terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Os Perigos do Carnaval

Mais uma vez chega o carnaval e não dá para negar que é um tempo alegre, onde as pessoas desejam se divertir, esquecer temporariamente os problemas e mergulhar no agito das músicas, das danças, da sensualidade e dos demais prazeres que essa festa traz.
Não seria nada demais se não fosse o nosso descontrole emocional e moral que nos faz entrar em todos os excessos, atraindo para essa festa uma multidão de espíritos inferiores, viciados e maus que irão se aproveitar desse momento para se colarem às pessoas a fim de sugarem, junto com elas, o máximo de energias vitais e fluidos maléficos que conseguirem.
Segundo o livro Nas Fronteiras da Loucura de Divaldo Franco escrito pelo espírito Manoel Philomeno de Miranda, os espíritos inferiores, viciados e maus que habitam as regiões do Umbral e das Trevas, começam a se preparar para o carnaval já no início do mês de janeiro, abrindo buracos invisíveis nas ruas das principais cidades carnavalescas, buracos esses que os ligam aos ambientes onde vivem. Um bom médium vidente, se passar pelas ruas dessas cidades pode notar espécies de bueiros de onde saem entidades deformadas, infelizes e carregadas de energias negativas.
Os espíritos obsessores, por sua vez, se aproveitam dessa festa para se vingarem dos seus desafetos encarnados, induzindo-os aos vícios, ao sexo desregrado, ao crime, também fazendo com que se aproximem de pessoas com doenças sexualmente transmissíveis para o sexo sem proteção.
Olhando por esse ângulo concluímos que o carnaval não é uma festa nem tão alegre, nem tão boa, nem tão divertida quanto parece. Ao contrário, é uma "alegria" e uma "diversão" que podem custar até caro demais.
Você pode estar achando que estou exagerando, mas essa é a verdade. É claro que não se aplica a todas as pessoas que vão para o carnaval, mas para a maioria.
Nosso espírito é ainda tão primitivo que associa a diversão a dançar sob o som de músicas barulhentas, a beber muito, usar outras drogas e fazer muito sexo com pessoas diferentes vivendo ao máximo esses prazeres. Só que esses prazeres quando acabam deixam dentro de nós um vazio terrível, um buraco enorme no peito que não conseguimos preencher.
A maioria ainda ignora que o verdadeiro prazer é o interior, é viver uma verdadeira experiência amorosa, é trocar energias de amor com os amigos, é ter contato com a natureza, é admirar o belo, é viajar em boa companhia, é trabalhar no que nos dá prazer e ainda ignoram que a maior alegria e a maior festa é fazer o bem.
Os prazeres que o carnaval traz são os que mais degradam as criaturas humanas, muitas vezes rebaixando-as a um nível inferior ao dos animais.
Quem vai para dançar, curtir as boas amizades, ver seus artistas favoritos se apresentarem, namorar e soltar uma boa energia sem nenhum excesso estará protegido e não faz nada de mais. O grande problema é que a maioria não faz isso e a energia fica ainda mais densa, mais pesada, sem contar que o carnaval parece jogar para debaixo do tapete todos os problemas e misérias sociais que vivemos, aplicando-se muito dinheiro em excessos de futilidades que poderia ser empregado no bem estar do próximo.
Nada contra a quem vai para o carnaval, mas faz melhor quem fica em casa, no seu prazer interior, curtindo sua paz, vivendo seu momento, fazendo as coisas que lhe dá prazer, ou viajando para curtir a natureza com os amigos ou em viagens turísticas.
Não se engane: embora os prazeres do mundo nos chame atenção e nos atraia, só se pode ser feliz vivendo dentro os valores eternos do espírito, pois só eles nos conduzirão à felicidade legítima.

Por Mauricio de Castro-Médium e escritor

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