terça-feira, 30 de novembro de 2010

Novembro de 2010


ESTADOS DEPRESSIVOS

A depressão é uma doença psicossomática, que poderíamos dizer, mais detalhadamente, que é bio-psico-neuro-imuno-endócrina, pois que atinge a psique e desestrutura a mente, que, por sua vez, ao irradiar energia negativa, desequilibra os sistemas nervoso central, endócrino e imunológico, causando ao corpo variadas doenças.

Esse mal acompanha a espécie humana, ao longo dos tempos; porém, nunca tão intensamente, como neste final de século das luzes e da tecnologia.
É a depressão uma doença que traz intenso sofrimento psico-físico, podendo, inclusive, causar o suicídio inconsciente. É universal e atinge as pessoas, independente do status social, raça, sexo, nacionalidade, cultura, idade. Em suma, todos podem desenvolver essa patologia, que tanto sofrimento traz às pessoas dela portadoras.

Calcula-se que 10% da população mundial, dela sofre, hoje. É preciso não confundir depressão, nem com tristeza, que é algo normal, todo mundo sente e é passageira, nem com transtorno bipolar, que alterna episódios eufóricos (mania) com episódios depressivos. Esse transtorno bipolar, até pouco tempo, conhecido como psicose maníaco-depressiva ou PMD, é muito mais grave do que a depressão.

As repetições de episódios de depressão podem ocorrer, a partir de duas semanas depois que a doença se instala, e perdurar por dias, meses ou anos a fio. Uma crise depressiva pode durar minutos, horas ou o dia todo, constituindo o chamado transtorno depressivo recorrente ou depressão unipolar. É um estado de ânimo que deixa a pessoa freqüentemente desanimada, deprimida, de "moral baixa", apática, sem graça, sem energia ou motivação para coisa alguma. A pessoa torna-se insatisfeita, insegura, preocupada com tudo; é negativista.

Não devemos confundir quem está deprimido, com quem está triste, "em baixo astral", "na fossa", porque, momentos de tristezas, nas pessoas, é normal e passageiro. Como diferenciar, então, os dois estados d´ânimo? Simples! Os transtornos de humor variam mais e duram mais, no deprimido. A reação ao estresse é mais intensa, tudo é complicado e difícil de resolver. O deprimido vive, o tempo todo, se lamentando; em nada sente prazer e prefere ficar sozinho do que ter companhia. Já o tristonho normal, procura conversar, sair da rotina, ajudar-se, distrair-se e não quer ficar sozinho, buscando, sempre, a companhia de outras pessoas.

A depressão provoca mau humor, irritação, queda na concentração no trabalho, e na qualidade de vida e muito sofrimento. Ela vem se alastrando, no meio de nossa sociedade, dita moderna, ocidental, pela inversão dos valores morais, uma vez que o homem moderno deixa de privilegiar o "ser" em detrimento do "ter".

Sociedade, em que os valores materiais; o consumismo desenfreado; o "modus vivendi" e o " modus operandi" capitalista; a concorrência selvagem, às mais das vezes, imorais e ilegais, se sobrepõem aos valores individuais, familiares, coletivos, morais e espirituais de cada indivíduo.

Sociedade em que o homem não mais vê, no outro, um irmão de caminhada, mas um concorrente, que o faz dormir e acordar, com medo, para enfrentar o novo dia, devido à falta de segurança, gerada pelos desequilíbrios sócio-econômicos, baixos salários, medo do desemprego, frustrações, violência nas ruas. Esse modo desumano de vida, de sociedade, faz com que o indivíduo se sinta, sozinho, na multidão.

As pessoas vivem, sob de constante tensão, em angústia, inseguras, com medo, situações essas que, quando não são bem administradas, acabam, na melhor das hipóteses, gerando o estresse ou, ainda mais grave, produzindo a síndrome do pânico ou da depressão.

A depressão, por si só, pode provocar, no organismo da pessoa: insônia ou sonolência, dores musculares, queda no desempenho sexual, sudorese, esquecimento, palpitações cardíacas, falta de ar, dor no estômago, prisão de ventre, boca seca, pressão no peito, dor de cabeça constante, medo, vazio existencial e perda de sentido da vida, entre outros males.

O que se pode fazer para evitar esse terrível e angustiante mal?

A profilaxia do mal, só, depende de cada um de nós. Para evitá-lo, procuremos seguir as regras simples que se seguem:

* Tenha, sempre, uma ocupação em vez de preocupações. Não confunda preocupação com responsabilidade. Todos temos deveres e obrigações a cumprir, mas devemos ter responsabilidades e não preocupações.

* Evite todas as formas de desequilíbrios mentais, que podem levar aos distúrbios psíquicos, tais como: inveja, mentira, vaidade, orgulho, ódio, rancor, avareza, mágoa, ciúme, cobiça, amargura, indiferença, egoísmo, egocentrismo, pessimismo, ira, desespero, revolta. São portas que, abertas, podem dar passagem às doenças mentais, como a depressão, entre outras, que abrem sucessivas portas para as doenças do corpo, porque baixam as resistências do organismo quando atacam o sistema imunológico, produzindo doenças como a hipertensão arterial, as arritmias cardíacas, as úlceras e gastrites, as doenças alérgicas, as colagenoses como o lúpus e os reumatismos, as infecções, os diversos tipos de câncer e muitos outros males. As moléstias físicas resultam das mentais, que provêm das doenças espirituais, conhecidas, hoje, como espiritopatias, entre os médicos espíritas, ou doenças da alma, que são males do pretérito, auto-infligidos (Lei de Causa e Efeito) ou adquiridas (obsessões).

* Reconhecer, como nos ensina Joanna de Ângelis: "A depressão instala-se, pouco a pouco, porque as correntes psíquicas desconexas que a desencadeiam, desarticulam, vagarosamente, o equilíbrio mental". "...Todos os males que infelicitam o homem procedem do espírito que ele é, no qual se encontram estruturadas as conquistas e as quedas, no largo mecanismo da evolução inevitável. Da alma procedem as realizações edificantes e os processos degenerativos que se exteriorizam no corpo".

* Não se lembre do ontem, mas pense no amanhã.

* Ande de frente para o sol, para que a sua sombra fique às suas costas.

* Aprenda a sorrir, pois infeliz é aquele que não tem mais um sorriso para dar.

* Qualquer que seja o problema, lembre-se que, na vida, tudo passa e isto, também, passará.

* Saia da depressão em que se encontra, e suba a montanha, pois, do alto, você será o primeiro a ver os raios do sol, quando nascer.

* Não viva na solidão. Abra, bem, os olhos e verá um mundo de gente amiga, ao seu redor.

* Procure participar, ajudando, somente, quem é solidário não é solitário.

* Recebemos o que damos. Colhemos o que plantamos.

* Distribua felicidades, pois a felicidade é algo que se multiplica, quando se divide.

Para finalizar, lembre-se: todos temos, dentro de nós, um médico interno, à nossa disposição. Só adoece quem quer!

Guilherme Travassos Sarinho
Associação de Medicina e Espiritismo da Paraíba

domingo, 28 de novembro de 2010

As diferenças entre Religião e Espiritualidade

Espiritualidade consciente nos  leva a estudar , compreender e respeitar todas as religiões, e  por fim percebemos que tirando “rótulos” crescemos na aceitação dos diferentes Caminhos para entender e respeitar a Grande  Obra de  Deus. “


As Diferenças entre Religião e Espiritualidade

A religião não é apenas uma, são centenas.
A espiritualidade é apenas uma.
A religião é para os que dormem.
A espiritualidade é para os que estão despertos.

A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer, querem ser guiados.
A espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Interior.
A religião tem um conjunto de regras dogmáticas.
A espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.

A religião ameaça e amedronta.
A espiritualidade lhe dá Paz Interior.
A religião fala de pecado e de culpa.
A espiritualidade lhe diz: “aprende com o erro”.

A religião reprime tudo, te faz falso.
A espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro!
A religião não é Deus.
A espiritualidade é Tudo e portanto é Deus.

A religião inventa.
A espiritualidade descobre.
A religião não indaga nem questiona.
A espiritualidade questiona tudo.

A religião é humana, é uma organização com regras.
A espiritualidade é Divina, sem regras.
A religião é causa de divisões.
A espiritualidade é causa de União.

A religião lhe busca para que acredite.
A espiritualidade você tem que buscá-la.
A religião segue os preceitos de um livro sagrado.
A espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.

A religião se alimenta do medo.
A espiritualidade se alimenta na Confiança e na Fé.
A religião faz viver no pensamento.
A espiritualidade faz Viver na Consciência.

A religião se ocupa com fazer.
A espiritualidade se ocupa com Ser.
A religião alimenta o ego.
A espiritualidade nos faz Transcender.

A religião nos faz renunciar ao mundo.
A espiritualidade nos faz viver em Deus, não renunciar a Ele.
A religião é adoração.
A espiritualidade é Meditação.

A religião sonha com a glória e com o paraíso.
A espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.
A religião vive no passado e no futuro.
A espiritualidade vive no presente.

A religião enclausura nossa memória.
A espiritualidade liberta nossa Consciência.
A religião crê na vida eterna.
A espiritualidade nos faz consciente da vida eterna.

A religião promete para depois da morte.
A espiritualidade é encontrar Deus em Nosso Interior durante a vida e noutro plano também!


Paz e Luz

quem Ama

Quem ama nada exige.
Perdoa sem traçar condições.

Sabe sacrificar-se pela felicidade alheia.

Renuncia com alegria ao que mais deseja.

Não espera reconhecimento.

Serve sem cansaço.

Apaga-se para que outros brilhem.

Silencia as aflições, ocultando as próprias lágrimas.

Retribui o mal com o bem.

É sempre o mesmo em qualquer situação.

Vive para ser útil aos semelhantes.

Agradece a cruz que leva sobre os ombros.

Fala esclarecendo e ouve compreendendo.

Crê na Verdade e procura ser justo.

Quem ama, qual o samaritano anônimo da parábola do Mestre, levanta os caídos da estrada, balsamiza-lhes as chagas, abraça-os fraternalmente e segue adiante...


Xavier, Francisco Cândido; Baccelli, Carlos A.. Da obra: Brilhe Vossa Luz.

sábado, 27 de novembro de 2010

O Bobo da Corte

Saber brincar é importante. "dentro de cada um de nós", escreve Daphne Rose Kingma em um livro maravilhoso chamado "A Garland of Love" (Conari Press, Berkeley), " existe um bobo da corte, um espírito brincalhão que está sempre achando graça na vida, que no meio do pior problema ou da tragédia mais triste nos distrai de nossas preocupações dando saltos mortais.

Ficar sintonizado com esta parte cômica de você mesmo, honrando-a e desenvolvendo-a, encherá sua vida da leveza de espírito que mantém afastados todos os aborrecimentos. Mas os bobos da corte são tímidos; eles não mostram a cara se não forem aplaudidos. portanto, se quiser que eles continuem atuando, trate de rir quando estiver dando cambalhotas para você parar de chorar, e jogue confetes metafóricos todas as vezes que ele fizer graça para afastar suas preocupações ".

Estas são algumas sugestões enquanto você continua a sua jornada pelo melhor caminho:

- A qualidade da viagem sempre será mais importante do que o seu destino final. Você não precisa ser a pessoa mais rica, mais inteligente, mais bem vestida. Certamente, você não precisa ser perfeita, sempre se comparando com os outros, este pode ser o caminho mais rápido para a tristeza. Em vez de buscar cegamente a perfeição, lute pela excelência em tudo que fizer. Basta ser uma pessoa atenciosa. A vida é uma jornada. O sucesso é um processo, não o pedestal.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Pai e Mãe

São dois esteios de luz na Terra, na vida dos filhos: pai e mãe! Sejam o que forem, o dever dos filhos é, pois, obedecer a seus genitores, enquanto se encontrem sob a direção do lar onde nasceram.
O carinho e a gratidão para com os pais, dar-lhes-ão novas forças para as lutas de cada dia, e mesmo idéias de renovação dos próprios costumes, no campo da vivência lar e filhos.
Estás no mundo por misericórdia de Deus, que usa o processo da reencarnação, lei universal que opera em todos os mundos habitados, e é nesta oportunidade valiosa que deves usar de gratidão para com aqueles que, diante do Senhor, são teus tutores.
Filho, une-te a teus pais, no amor de Jesus, que esse amor transmutar-se-á em luz para o teu caminho! Se desprezares teus pais, esse gesto será semente que poderá dar frutos correspondentes ao plantio.
Observemos que a própria lei antiga pede respeito aos pais, para que possamos desfrutar, na Terra, longos dias de paz, nascida da consciência estabilizada pelo coração!...
Esse é o nosso dever.
Sejam o que forem os pais, merecem o nosso amparo,gratidão e ajuda! Eles receberão nossas luzes, pelos caminhos que trilharmos, pela conduta que assimilamos de Jesus.
O lar é e pode ser a célula da sociedade.
Faltando harmonia nos lares, faltará segurança nos povos.
Eis porque a Doutrina Espírita trabalha e se esforça para o nascimento do Culto do Evangelho em casa, como sendo marco divino, anunciando a felicidade para a família! O pai e a mãe podem e devem representar Jesus e Maria para os filhos que nasceram do fruto do amor em família, despertando o Mestre nos corações, com a força da alegria e da esperança, formando assim todos os sentimentos no amor.
Lembra-te de que deves honrar pai e mãe, e quando saíres do teu lar, respeita os outros pais, que não são os teus, como se o fossem, mantendo a gratidão por todos eles, que o Senhor não Se esquecerá do que fazes de bem, por onde andares.


Bezerra de Menezes
Bezerra (De "Assimilação Evangélica", de João Nunes Maia - Espíritos Diversos)

As Vidas Passadas de Emmanuel

Emmanuel transmitiu ao médium mineiro as suas impressões, dando-nos a conhecer o orgulhoso patrício romano Públio Lentulus Cornelius, em vida pregressa Públio Lentulus Sura, e que culminou no romance extraordinário : Há dois mil anos.
Públio é o homem orgulhoso, mas também nobre. Roma é o seu mundo e por ele batalha. Não admite a corrupção, mostrando, desde então, o seu caráter íntegro. Intransigente, sofre durante anos, a suspeita de ter sido traído pela esposa a quem ama. Para ela, nos anos da mocidade, compusera os mais belos versos: "Alma gêmea da minha alma/ Flor de luz da minha vida/ Sublime estrela caída/ Das belezas da amplidão..." e, mais adiante: “És meu tesouro infinito/ Juro-te eterna aliança/ Porque eu sou tua esperança/ Como és todo o meu amor!”
Tem a oportunidade de se encontrar pessoalmente com Jesus, mas entre a opção de ser servo de Jesus ou servo do mundo, escolhe a segunda.
Não é por outro motivo que escreve, ao início da citada obra mediúnica: “Para mim essas recordações têm sido muito suaves, mas também muito amargas. Suaves pela rememoração das lembranças amigas, mas profundamente dolorosas, considerando o meu coração empedernido, que não soube aproveitar o minuto radioso que soara no relógio da minha vida de Espírita, há dois mil anos.”
Desencarnou em Pompéia, no ano de 79, vítima das lavas do vulcão Vesúvio, cego e já voltado aos princípios de Jesus.
Cinqüenta anos depois, no ano de 131, ei-lo já de retorno ao palco do mundo. Nascido em Éfeso, de origem judia, foi escravizado por ilustres romanos que o conduziram ao antigo país de seus ascendentes. Nos seus 45 anos presumíveis, Nestório mostra no porte israelita, um orgulho silencioso e inconformado. Apartado do filho, que também fora escravizado, tornaria a encontrá-lo durante uma pregação nas catacumbas onde ele, Nestório, tinha a responsabilidade da palavra. Cristão desde os dias da infância, é preso e, após um período no cárcere, por manter-se fiel a Jesus, é condenado à morte.
Junto com o filho, Ciro, e mais uma vintena de cristãos, num fim de tarde, foi conduzido ao centro da arena do famoso circo romano, situado entre as colinas do Célio e do Aventino, na capital do Império. Atado a um poste por grossas cordas presas por elos de bronze, esquelético, munido somente de uma tanga que lhe cobria a cintura, até os rins, teve o corpo varado por flechas envenenadas. Com os demais, ante o martírio, canta, dirigindo os olhos para o Céu e, no mundo espiritual, é recebido pelo seu amor, Lívia.
Pelo ano 217, peregrina na Terra outra vez. Moço, podemos encontrá-lo nas vestes de Quinto Varro, patrício romano, apaixonado cultor dos ideais de liberdade.
Afervorado a Jesus, sente confranger-lhe a alma a ignorância e a miséria com que as classes privilegiadas de Roma mantinham a multidão.
O pensamento do Cristo, ele sente, paira acima da Terra e, por mais lute a aristocracia romana, Varro não ignora que um mundo novo se formava sobre as ruínas do velho.
Vítima de uma conspiração para matá-lo, durante uma viagem marítima, toma a identidade de um velho pregador de Lyon, de nome Corvino. Transforma-se em Irmão Corvino, o moço e se torna jardineiro. Condenado à decapitação, tem sua execução sustada após o terceiro golpe, sendo-lhe concedida à morte lenta, no cárcere.
Onze anos após, renasce e toma o nome de Quinto Celso. Desde a meninice, iniciado na arte da leitura, revela-se um prodígio de memória e discernimento.
Francamente cristão, sofreu o martírio no circo, amarrado a um poste untado com substância resinosa ao qual é ateado fogo. Era um adolescente de mais ou menos 14 anos.
Sua derradeira reencarnação se deu a 18 de outubro de 1517 em Sanfins, Entre-Douro-e-Minho, em Portugal, com o nome de Manoel da Nóbrega, ao tempo do reinado de D. Manoel I, o Venturoso.
Inteligência privilegiada, ingressou na Universidade de Salamanca, Espanha, aos 17 anos. Aos 21, está na faculdade de Cânones da Universidade, onde freqüenta as aulas de direito canônico e de filosofia, recebendo a láurea doutoral em 14 de junho de 1541.
Vindo ao Brasil, foi ele quem estudou e escolheu o local para a fundação da cidade de São Paulo, a 25 de janeiro de 1554. A data escolhida, tida como o dia da Conversão do apóstolo Paulo, pretende-se seja uma homenagem do universitário Manoel da Nóbrega ao universitário Paulo de Tarso
O historiador paulista Tito Lívio Ferreira, encerra sua obra “Nóbrega e Anchieta em São Paulo de Piratininga” descrevendo: “Padre Manoel da Nóbrega fundara o Colégio do Rio de Janeiro. Dirige-o com o entusiasmo de sempre. Aos 16 de outubro de 1570, visita amigos e principais moradores. Despede-se de todos, porque está, informa, de partida para a sua Pátria. Os amigos estranham-lhe os gestos. Perguntam-lhe para onde vai. Ele aponta para o Céu.”
No dia seguinte, já não se levanta. Recebe a Extrema Unção. Na manhã de 18 de outubro de 1570, no próprio dia de seu aniversário, quando completava 53 anos, com 21 anos ininterruptos de serviços ao Brasil, cujos alicerces construiu, morre o fundador de São Paulo.
E as últimas palavras de Manoel da Nóbrega são: “Eu vos dou graças, meu Deus, Fortaleza minha, Refúgio meu, que marcastes de antemão este dia para a minha morte, e me destes a perseverança na minha religião até esta hora.”
E morreu sem saber que havia sido nomeado, pela segunda vez, Provincial da Companhia de Jesus no Brasil: a terra de sua vida, paixão e morte.
A título de curiosidade, encontramos registros que o deputado Freitas Nobre, já desencarnado na atualidade, declarou, em programa televisivo da TV Tupi de São Paulo, na noite de 27 para 28 de julho de 1971, que ao escrever um livro sobre Anchieta, teve a oportunidade de encontrar e fotografar uma assinatura de Manuel da Nóbrega, como E. Manuel.
Assim, o E inicial do nome do mentor de Francisco Cândido Xavier se deveria à abreviatura de Ermano, o que, segundo ele, autorizaria a que o nome fosse grafado Emanuel, um "m" somente e pronunciado com acentuação oxítona.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Recomeçar

Sempre é tempo de recomeçar.
Em qualquer situação podemos abrir novas portas, conhecer novos lugares, novas pessoas, ter outros sonhos.
Renovar o nosso compromisso com a vida e assim, renascer para a vida e alcançar a felicidade.
Não importa quem te feriu, o importante é que você ficou.
Não interessa o que te faltou, tudo pode ser conquistado.
Não se ligue em quem te traiu, você foi fiel.
Não se lamente por quem se foi, cada um tem seu tempo.
Não reclame da dor, ela é a conselheira que nos chama de volta ao caminho.
Não se espante com as pessoas, cada um carrega dentro de si, dores e marcas que alteram o seu comportamento, ora estamos felizes e transbordamos de alegria e paz, ora estamos melancólicos e só queremos ficar sozinhos...
O mundo está cheio de novas oportunidades, basta olhar para a terra depois da chuva. Veja quantas plantinhas estão surgindo, como o verde se espalha mais bonito e forte depois da tempestade.
As portas se abrem para os que não tem medo de enfrentar as adversidades da vida, para os que caíram, mas se levantam com o brilho de vitória nos olhos.
Todo o caminho tem duas mãos, uma que seguimos ainda com passos inseguros, com medo, porque não sabemos ainda o que vamos encontrar lá na frente, na volta, mesmo derrotados, já sabemos o que tem no caminho, e quando um dia, resolvemos enfrentar os nossos medos e fazer essa viagem novamente, somos mais fortes, nossos passos são mais firmes, já sabemos onde e como chegar ao destino, o destino é a vitória, o seu destino é ser feliz, eu creio nisso, e você?
Você está pronto para recomeçar?
O caminho está a tua espera, pé na estrada, coloque um sonho na alma, fé no coração e esperança na mochila, a vida se enche de novidades para os que se aventuram na viagem que conduz a verdadeira liberdade.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

A Hora Final

Que se passa no momento da morte e como se desprende o Espírito da sua prisão material? Que Impressões, que sensações o esperam nessa ocasião temerosa? É isso o que interessa a todos conhecer, porque todos cumprem essa jornada. A vida foge-nos a todo instante: nenhum de nós escapará à morte.

Ora, o que todas as religiões e filosofias nos deixaram ignorar os Espíritos, em multidão, no-lo vêm ensinar. Dizem-nos que as sensações que precedem e se seguem à morte são infinitamente variadas e dependentes sobretudo do caráter, dos méritos, da elevação moral do Espírito que abandona a Terra. A separação é quase sempre lenta, e o desprendimento da alma opera-se gradualmente. Começa, algumas vezes, muito tempo antes da morte, e só se completa quando ficam rotos os últimos laços fluídicos que unem o perispírito ao corpo. A impressão sentida pela alma revela-se penosa e prolongada quando esses laços são mais fortes e numerosos. Causa permanente da sensação e da vida, a alma experimenta todas as comoções, todos os despedaçamentos do corpo material.

Dolorosa, cheia de angústias para uns, a morte não é, para outros, senão um sono agradável seguido de um despertar silencioso. O desprendimento é fácil para aquele que previamente se desligou das coisas deste mundo, para aquele que aspira aos bens espirituais e que cumpriu os seus deveres. Há, ao contrário, luta, agonia prolongada no Espírito preso à Terra, que só conheceu os gozos materiais e deixou de preparar-se para essa viagem.

Entretanto, em todos os casos, a separação da alma e do corpo é seguida de um tempo de perturbação, fugitivo para o Espírito justo e bom, que desde cedo despertou ante todos os esplendores da vida celeste; muito longo, a ponto de abranger anos inteiros, para as almas culpadas, impregnadas de fluídos grosseiros. Grande número destas últimas crê permanecer na vida corpórea, muito tempo mesmo depois da morte. Para estas, o perispírito é um segundo corpo carnal, submetido aos mesmos hábitos e, algumas vezes, às mesmas sensações físicas como durante a vida terrena.

Outros Espíritos de ordem inferior se acham mergulhados em uma noite profunda, em um completo Insulamento no seio das trevas. Sobre eles pesa a Incerteza, o terror. Os criminosos são atormentados pela visão terrível e incessante das suas vítimas.

A hora da separação é cruel para o Espírito que só acredita no nada.

Agarra-se como desesperado a esta vida que lhe foge; no supremo momento insinua-se-lhe a dúvida; vê um mundo temível abrir-se para abismá-lo, e quer, então, retardar a queda. Daí, uma luta terrível entre a matéria, que se esvai, e a alma, que teima em reter o corpo miserável. Algumas vezes, ela fica presa até à decomposição completa, sentindo mesmo, segundo a expressão de um Espírito, “os vermes lhe corroerem as carnes”.

Pacífica, resignada, alegre mesmo, é a morte do justo, a partida da alma que, tendo muito lutado e sofrido, deixa a Terra confiante no futuro.

Para esta, a morte é a libertação, o fim das provas. Os laços enfraquecidos que a ligam à matéria, destacam-se docemente; sua perturbação não passa de leve entorpecimento, algo semelhante ao sono.

Deixando sua residência corpórea, o Espírito, purificado pela dor e pelo sofrimento, vê sua existência passada recuar, afastar-se pouco a pouco com seus amargores e ilusões; depois, dissipar-se como as brumas que a aurora encontra estendidas sobre o solo e que a claridade do dia faz desaparecer. O Espírito acha-se, então, como que suspenso entre duas sensações: a das coisas materiais que se apagam e a da vida nova que se lhe desenha à frente.

Entrevê essa vida como através de um véu, cheia de encanto misterioso, temida e desejada ao mesmo tempo. Após, expande-se a luz, não mais a luz solar que nos é conhecida, porém uma luz espiritual, radiante, por toda parte disseminada. Pouco a pouco o inunda, penetra-o, e, com ela, um tanto de vigor, de remoçamento e de serenidade. O Espírito mergulha nesse banho reparador. Aí se despoja de suas incertezas e de seus temores. Depois, seu olhar destaca-se da Terra, dos seres lacrimosos que cercam seu leito mortuário, e dirige-se para as alturas. Divisa os céus Imensos e outros seres amados, amigos de outrora, mais jovens, mais vivos, mais belos que vêm recebê-lo, guiá-lo no seio dos espaços. Com eles caminha e sobe às regiões etéreas que seu grau de depuração permite atingir. Cessa, então, sua perturbação, despertam faculdades novas, começa o seu destino feliz.

A entrada em uma vida nova traz impressões tão variadas quanto o permite a posição moral dos Espíritos. Aqueles — e o número é grande — cujas existências se desenrolam indecisas, sem faltas graves nem méritos assinalados, acham-se, a princípio, mergulhados em um estado de torpor, em um acabrunhamento profundo; depois, um choque vem sacudir-lhes o ser. O Espírito sai, lentamente, de seu invólucro: como uma espada da bainha; recobra a liberdade, porém, hesitante, tímido, não se atreve a utilizá-la ainda, ficando cerceado pelo temor e pelo hábito aos laços em que viveu. Continua a sofrer e a chorar com os entes que o estimaram em vida. Assim corre o tempo, sem ele o medir; depois de muito, outros Espíritos auxiliam-no com seus conselhos, ajudando a dissipar sua perturbação, a libertá-lo das últimas cadeias terrestres e a elevá-lo para ambientes menos obscuros.

Em geral, o desprendimento da alma é menos penoso depois de uma longa moléstia, pois o efeito desta é desligar pouco a pouco os laços carnais. As mortes súbitas, violentas, sobrevindo quando a vida orgânica está em sua plenitude, produzem sobre a alma um despedaçamento doloroso e lançam-na em prolongada perturbação. Os suicidas são vítimas de sensações horríveis.

Experimentam, durante anos, as angústias do último momento e reconhecem, com espanto, que não trocaram seus sofrimentos terrestres senão por outros ainda mais vivazes.

O conhecimento do futuro espiritual, o estudo das leis que presidem à desencarnação são de grande importância como preparativos à morte. Podem suavizar os nossos últimos momentos e proporcionar-nos fácil desprendimento, permitindo mais depressa nos reconhecermos no mundo novo que se nos desvenda.

Léon Denis

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Dívidas e Resgates

Na antevéspera do Natal de 1856, Dona Maria Augusta Correia da Silva, senhora de extensos haveres, retornava à fazenda, às margens do Paraíba, após quase um ano de passeio repousante na Corte.

Acompanhada de numerosos amigos que lhe desfrutariam a festiva hospitalidade, a orgulhosa matrona, na tarde chuvosa e escura, recebia os sessenta e dois cativos de sua casa que, sorridentes e humildes, lhe pediam a bênção.

Na sala grande, nobremente assentada em velha poltrona sobre largo estrado que lhe permitisse mais amplo golpe de vista, fazia um gesto de complacência, à distância, para cada servidor que exclamava de joelhos: - Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo, “sinhá”.

- Louvado seja! – acentuava Dona Maria com terrível severidade a transparecer-lhe da voz.

Velhinhos de cabeça branca, homens rudes do campo, mulheres desfiguradas pelo sofrimento, moços e crianças desfilavam nas boas-vindas.

Contudo, em ângulo recuado, pobre moça mestiça, sustentando nos braços duas crianças recém-nascidas, sob a feroz atenção de capataz desalmado, esperava a sua vez.

Foi a última que se aproximou para a saudação.

A fazendeira soberana levantou-se, empertigada, chamou para junto de si o Cérbero humano que seguia de perto a jovem escrava, e, antes que a pobrezinha lhe dirigisse a palavra, falou-lhe, duramente: - Matilde, guarde as crias na senzala e encontre-me no terreiro.Precisamos conversar.

A interpelada obedeceu sem hesitação.

E afastando-se do recinto, na direção do quintal, Dona Maria Augusta e o assessor de azorrague em punho cochichavam entre si.

No grande pátio que a noite agora amortalhava em sombra espessa, a mãezinha infortunada veio atender à ordenação recebida.

- Acompanhe-nos! - determinou Dona Maria, austeramente.

Guiadas pelo rude capitão do mato, as duas mulheres abordaram a margem do rio transbordante.

Nuvens formidandas coavam no céu os medonhos rugidos de trovões remotos...

Derramava-se o Paraíba, em soberbo espetáculo de grandeza, dominando o vale extenso.

Dona Maria pousou o olhar coruscante na mestiça humilhada e falou: - Diga de quem são essas duas “crias” nascidas em minha ausência! - De “Nhô” Zico “sinhá”! - Miserável! – bradou a proprietária poderosa – meu filho não me daria semelhante desgosto.Negue essa infâmia! - Não posso! Não posso! A patroa encolerizada relanceou o olhar pela paisagem deserta e bramiu, rouquenha: - Nunca mais verá você essas crianças que odeio...

- Ah! “Sinhá” – soluçou a infeliz -, não me separe dos meninos! Não me separe dos meninos! Pelo amor de Deus!...

- Não quero você mais aqui e essas crias serão entregues à venda.

- Não me expulse, “sinhá”! Não me expulse! - Desavergonhada, de hoje em diante você é livre! E depois de expressivo gesto para o companheiro, acentuou, irônica: - Livre, poderá você trabalhar noutra parte para comprar esses rebentos malditos.

Matilde sorriu, em meio do pranto copioso, e exclamou: - Ajude-me, “sinhá”...Se é assim, darei meu sangue para reaver meus filhinhos...

Dona Maria Augusta indicou-lhe o Paraíba enorme e sentenciou: - Você está livre, mas fuja de minha presença.Atravesse o rio e desapareça! - “Sinhá”, assim não! Tenha piedade de sua cativa! Ai, Jesus! Não posso morrer...

Mas, a um sinal da patroa, o capataz envilecido estalou o chicote no dorso da jovem, que oscilou, indefesa, caindo na corrente profunda.

- Socorro! Socorro, meu Deus! Valei-me, Nosso Senhor! – gritou a mísera, debatendo-se nas águas.

Todavia, daí a instantes, apenas um cadáver de mulher descia rio a baixo, ante o silêncio da noite...

Cem anos passaram...

Na antevéspera do Natal de 1956, Dona Maria Augusta Correia da Silva, reencarnada estava na cidade de Passa-Quatro, no sul de Minas Gerais.

Mostrava-se noutro corpo de carne, como quem mudara de vestimenta, mas era ela mesma, com a diferença de que, ao invés de rica latifundiária, era agora apagada mulher, em rigorosa luta para ajudar o marido na defesa do pão.

Sofria no lar as privações dos escravos de outro tempo.

Era mãe, padecendo aflições e sonhos...Meditava nos filhinhos, ante a expectação do Natal, quando a chuva, sobre o telhado, se fez mais intensa.

Horrível temporal desabava na região.

Alagara-se tudo em derredor da casa singela.

A pobre senhora, vendo a água invadir-lhe o reduto doméstico, avançou para fora, seguida do esposo e das crianças...

As águas, porém, subiam sempre em turbilhão envolvente e destruidor, arrastando o que se lhes opusesse à passagem.

Diante da ex-fazendeira erguia-se um rio inesperado e imenso e, em dado instante, esmagada de dor, ante a violenta separação do companheiro e dos pequeninos, tombou na caudal, gritando em desespero: - Socorro! Socorro, meu Deus! Valei-me Nosso Senhor! Todavia, decorridos alguns momento, apenas um cadáver de mulher descia corrente a baixo, ante o silêncio da noite...

A antiga sitiante do Vale do Paraíba resgatou o débito que contraíra perante a Lei.


Uma Lenda Chinesa



Uma Lenda Chinesa


Era uma vez uma jovem chamada Lin, que se casou e foi viver com o marido na casa da sogra. Depois de algum tempo, começou a ver que não se adaptava à sogra.

Os temperamentos eram muito diferentes e Lin se irritava com os hábitos e costumes da sogra, que criticava cada vez mais com insistência.

Com o passar dos meses, as coisas foram piorando, a ponto de a vida se tornar insuportável. No entanto, segundo as tradições antigas da China, a nora tem que estar sempre a serviço da sogra e obedecer-lhe em tudo.

Mas Lin, não suportando por mais tempo a idéia de viver com a sogra, tomou a decisão de ir consultar um Mestre, velho amigo do seu pai.

Depois de ouvir a jovem, o Mestre Huang pegou num ramalhete de ervas medicinais e disse-lhe:
- “Para te livrares da tua sogra, não as deves usar de uma só vez, pois isso poderia causar suspeitas. Vais misturá-las com a comida, pouco a pouco, dia após dia, e assim ela vai-se envenenando lentamente.

Mas, para teres a certeza de que, quando ela morrer, ninguém suspeitará de ti, deverás ter muito cuidado em tratá-la sempre com muita amizade. Não discutas e ajuda-a a resolver os seus problemas”.

Lin respondeu: "Obrigado Mestre Huang, farei tudo o que me recomenda”. Lin ficou muito contente e voltou entusiasmada com o projeto de assassinar a sogra.

Durante várias semanas Lin serviu, dia sim, dia não, uma refeição preparada especialmente para a sogra. E tinha sempre presente a recomendação de Mestre Huang para evitar suspeitas: controlava o temperamento, obedecia à sogra em tudo e tratava-a como se fosse a sua própria mãe.

Passados seis meses, toda a família estava mudada. Lin controlava bem o seu temperamento e quase nunca se aborrecia. Durantes estes meses, não teve uma única discussão com a sogra, que também se mostrava muito mais amável e mais fácil de tratar com ela.

As atitudes da sogra também mudaram e ambas passaram a tratar-se como mãe e filha. Certo dia, Lin foi procurar o Mestre Huang, para lhe pedir ajuda e disse-lhe:

“Mestre, por favor, ajude-me a evitar que o veneno venha a matar a minha sogra. É que ela transformou-se numa mulher agradável e gosto dela como se fosse a minha mãe. Não quero que ela morra por causa do veneno que lhe dou.”

Mestre Huang sorriu e abanou a cabeça: “Lin, não te preocupes. A tua sogra não mudou. Quem mudou foste tu. As ervas que te dei são vitaminas para melhorar a saúde. O veneno estava nas tuas atitudes, mas foi sendo substituído pelo amor e carinho que lhe começaste a dedicar”.

Na China, há um provérbio que diz: “A pessoa que ama os outros também será amada”. E os árabes têm outro provérbio: “O nosso inimigo não é aquele que nos odeia, mas aquele que nós odiamos”.


As pessoas que mais nos dão dor de cabeça hoje poderão vir a ser as que mais nos darão alegrias no futuro.
Invista nelas...cative-as, ouça-as, cruze seu mundo com o mundo delas. Plante sementes. Não espere o resultado imediato...colha com paciência.

Esse é o único investimento que jamais se perde. Se as pessoas não ganharem, você pelo menos ganhará: Paz interior, experiência e consciência de que fez o melhor.

Autoria Desconhecida


Na grande parte das vezes, recebemos das outras pessoas o que damos a elas. Lembre-se sempre: o plantio é livre, mas a colheita é obrigatória. Por isso, tenha cuidado com o que planta!

Plante amor e terá amor...



Oração de São Francisco de Assis


Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.


Prece de Cáritas


PRECE DE CÁRITAS


Deus, nosso Pai, que tendes poder e bondade, dai força àquele que passa pela provação, dai luz àquele que procura a verdade, ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.

Deus, dai ao viajor a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso.

Pai, dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, à criança o guia, ao órfão o pai.

Senhor, que a Vossa bondade se estenda sobre tudo que criastes.

Piedade, meu Deus, para aquele que Vos não conhece, esperança para aquele que sofre. Que a Vossa bondade permita aos Espíritos consoladores derramarem por toda a parte a paz, a esperança e a fé.

Deus, um raio de luz, uma centelha do Vosso amor pode iluminar a Terra; deixai-nos beber nas fontes dessa bondade fecunda e infinita, e todas as lágrimas secarão, todas as dores acalmar-se-ão; um só coração, um só pensamento, subirão até Vós, como um grito de reconhecimento e amor.

Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços abertos, oh! poder, oh! bondade, oh! beleza, oh! perfeição, e queremos de algum modo alcançar a Vossa misericórdia.

Deus, dai-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até Vós; dai-nos a caridade pura, dai-nos a fé e a razão, dai-nos a simplicidade que fará das nossas almas o espelho onde se deve refletir a Vossa imagem.

Sra. W. Krell. Da obra: Anuário Espirita 2002. Ditado pelo Espírito Cárita. A Prece de Cárita original foi recebida no Natal de 1873, em Bordéus, França, pela médium Sra. W. Krell.. Instituto de Difusão Espírita.

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Evangelho Segundo o Espiritismo

Nada de Coitadinho...

Nascido em Ituiutaba (MG) a vida do médium Jerônimo Mendonça (1939-1989) foi um exemplo de superação de limites. Totalmente paralítico há mais de trinta anos, sem mover nem o pescoço, cego há mais de vinte anos, com artrite reumatóide que lhe dava dores terríveis no peito e em todo o corpo, era levado por mãos amigas pelo Brasil afora, para proferir palestras. Foi tão grande o seu exemplo que foi apelidado "O Gigante Deitado" pelos amigos e pela imprensa. Houve uma época, em meados de 1960, quando ainda enxergava, que Jerônimo quase desencarnou. Uma hemorragia acentuada, das vias urinárias, o acometeu. Estava internado num hospital de Ituiutaba quando o médico, amigo, chamou seus companheiros espíritas que ali estavam e lhes disse que o caso não tinha solução. A hemorragia não cedia e ele ia desencarnar. - Doutor, será que podemos pelo menos levá-lo até Uberaba, para despedir-se de Chico Xavier? Eles são muitos amigos. - Só se for de avião. De carro ele morre no meio do caminho. Um de seus amigos tinha avião. Levaram-no para Uberaba. O lençol que o cobria era branco. Quando chegaram a Uberaba, estava vermelho, tinto de sangue. Chegaram à Comunhão Espírita, onde o Chico trabalhava então. Naquela hora ele não estava, participava de trabalho de peregrinação, visita fraterna, levando o pão e o evangelho aos pobres e doentes. Ao chegar, vendo o amigo vermelho de sangue disse o Chico: - Olha só quem está nos visitando! O Jerônimo! Está parecendo uma rosa vermelha! Vamos todos dar uma beijo nessa rosa, mas com muito cuidado para ela não "despetalar". Um a um os companheiros passavam e lhe davam um suave beijo no rosto. Ele sentia a vibração da energia fluídica que recebia em cada beijo. Finalmente, Chico deu-lhe um beijo, colocando a mão no seu abdome, permanecendo assim por alguns minutos. Era a sensação de um choque de alta voltagem saindo da mão de Chico, o que Jerônimo percebeu. A hemorragia parou. Ele que, fraco, havia ido ali se despedir, para desencarnar, acabou fazendo a explanação evangélica, a pedido de Chico, e em seguida veio a explicação: - Você sabe o porquê desta hemorragia, Jerônimo? - Não, Chico. - Foi porque você aceitou o "coitadinho". Coitadinho do Jerônimo, coitadinho... Você desenvolveu a autopiedade. Começou a ter dó de você mesmo. Isso gerou um processo destrutivo. O seu pensamento negativo fluidicamente interferiu no seu corpo físico, gerando a lesão. Doravante, Jerônimo, vença o coitadinho. Tenha bom ânimo, alegre-se, cante, brinque, para que os outros não sintam piedade de você. Ele seguiu o conselho. A partir de então, após as palestras, ele cantava e contava histórias hilariantes sobre as suas dificuldades. A maioria das pessoas esquecia, nestes momentos, que ele era cego e paralítico. Tornava-se igual aos sadios. Sobreviveu quase trinta anos após a hemorragia "fatal". Venceu o "coitadinho". Que essa história nos seja um exemplo, para que nos momentos difíceis tenhamos bom ânimo, vencendo a nossa tendência natural de autopiedade e esmorecimento.

domingo, 21 de novembro de 2010

Consequências do Passado

1 - Como podemos compreender os resultados de nossas experiências anteriores?
Para compreender os resultados de nossas experiências anteriores, basta que o homem observe as próprias tendências, oportunidades, lutas e provas.

2 - Como entender, na essência, as dívidas ou vantagens que trazemos das existências passadas?
Estudos que efetuamos corretamente, ainda que terminados há longo tempo, asseguram-nos títulos profissionais respeitáveis. Faltas praticadas deixam azeda sucata de dores na consciência, pedindo reparação. Se plantamos preciosa árvore, desde muito, é natural venhamos a surpreendê-la, carregada de utilidades e frutos para os outros e para nós. Se nos empenhamos num débito, é justo suportemos a preocupação de pagar.

3 – Qual a lição que as horas nos ensinam?
Meditemos a simples lição das horas. Comumente, durante a noite, o homem repousa e dorme; em sobrevindo a manhã, desperta e levanta-se com os bens ou com os males que haja procurado para si mesmo, no transcurso da véspera. Assim, a vida e a morte, na lei da reencarnação que rege o destino.

4 – Qual a situação moral da alma no túmulo e no berço?
No túmulo, a alma, ainda vinculada ao crescimento evolutivo, entra na posse das alegrias e das dores que amontoou sobre a própria cabeça; no berço, acorda e retoma o arado da experiência, nos créditos que lhe cabe desenvolver e nos débitos que está compelida a resgatar.

5 – Em síntese, onde permanece, espiritualmente, a criatura reencarnada?
Cada criatura reencarnada permanece nas derivantes de tudo o que fez consigo e com o próximo.

6 – Qual a
explicação lógica das enfermidades congênitas?
Os grandes delitos operam na alma estados indefiníveis de angústia e choque, daí nascendo a explicação lógica das enfermidades congênitas, às vezes inabordáveis a qualquer tratamento.

7 – O que ocorre aos suicidas nas vidas ulteriores?
Suicidas que estouraram o crânio ou que se entregaram a enforcamento, depois de prolongados suplícios, nas regiões purgatoriais, freqüentemente, após diversos tentames frustrados de renascimento, readquirem o corpo de carne, mas transportam nele as deficiências do corpo espiritual, cuja harmonia desajustaram. Nessa fase, exibem cérebros retardados ou moléstias nervosas obscuras.

8 – E os protagonistas de tragédias passionais?
Protagonistas de tragédias passionais, violentas e obscuras, criminosos de guerra, aproveitadores de lutas civis, que manejam a desordem para acobertar interesses escusos, exploradores do sofrimento humano,caluniadores, empreiteiros do aborto e devassidão e malfeitores outros, que a justiça do mundo não conseguiu cadastrar, voltam à reencarnação em tribulações compatíveis com os débitos que assumiram e, muitas vezes, junto das próprias vítimas, sob o mesmo teto, marcados por idênticos laços consangüíneos, tolerando-se mutuamente até a solução dos enigmas que criaram contra si mesmos, atentos ao reequilibro de que se vêem necessitados; ou sofrem a pena do resgate preciso em desastres dolorosos, integrando os quadros inquietantes dos acidentes em que se desdobra o resgate do espírito reencarnado, seja nos transes individuais ou nas provações coletivas.

9 – E aos cúmplices de erros e enganos?
As grandes dificuldades não caem exclusivamente sobre os suicidas e homicidas comuns. Quantos se fizeram instrumentos diretos ou indiretos das resoluções infelizes que se adotaram são impelidos a recebê-los nos próprios braços, ofertando-lhes o recinto doméstico por oficina de regeneração.

10 – O que ocorre àqueles que provocaram o suicídio de alguém?
Se levianamente provocamos o suicídio de alguém, é possível que tenhamos esse mesmo alguém, muito breve, na condição de um filho-problema ou de um familiar padecente, requisitando-nos auxílio, na medida das responsabilidades que assumimos, na falência a que se arrojou.

11 – Que acontece àqueles que impelem o próximo à falência moral?
Se instilamos viciação e criminalidade em companheiros do caminho, asfixiando-lhes as melhores esperanças na desencarnação prematura, é certo que se corporificarão, de novo, na Terra, ao nosso lado, a fim de que lhes prestemos concurso imprescindível à reeducação, na pauta dos compromissos a que enredamos, ao precipitá-los aos enganos terríveis de que buscam desvencilhar-se, abatidos e desditosos. Nas mesmas circunstâncias, carreamos em nós, enraizados nas forças profundas da mente, os bens ou os males que cultivamos.

12 – E o que ocorre aos desencarnados que malbarataram os tesouros da emoção e da idéia?
Quando desencarnados, não fugimos as leis de causa e efeito. Se malbaratamos os tesouros da Terra, deambulamos nas esferas espirituais por doentes da alma, que a perturbação ensandece, fadados a reaparecer no plano carnal com as enfermidades conseqüentes, a se entranharem, nos tecidos orgânicos, que nos compõem a vestimenta física.

13 – E aqueles que se entregam aos desequilíbrios do sexo?
Se abraçamos desequilíbrios de sexo, agravados com padecimentos alheios por nossa conta, agüentamos  inibições genésicas, muitas vezes, com o cansaço precoce e a distrofia muscular, a epilepsia ou o câncer, depermeio.

14 - E àqueles que perpetram crimes?
Se perpetramos crimes na pessoa dos semelhantes, ei-nos a frente de mutilações dolorosas.

15 – E àqueles que se entregam às extravagâncias da mesa?
Se nos entregamos às extravagâncias da mesa, arcamos com ulcerações e gastralgias que persistem tanto tempo quanto se nos perdurem as alterações do veículo espiritual.

16 – E àqueles que se afeiçoam ao alcoolismo?
Se nos afeiçoamos ao alcoolismo ou ao abuso de entorpecente, somos induzidos à loucura ou à idiotia seja  onde for.

17 – E àqueles que se empenham em delitos de maledicência e calúnia?
Se nos empenhamos em delitos de maledicência e calúnia, atravessamos vastos períodos de surdez ou mudez, precedidas ou seguidas por distonias correlatas.

18 – As conseqüências de nossos erros se verificam apenas na forma de doenças comuns?
Não. Além disso, é preciso contar com as probabilidades da obsessão, porquanto, cada vez que ofendemos aos que partilham a marcha, atraímos, em prejuízo próprio, as vibrações de revolta ou desespero daqueles que se categorizam por vítimas de nossas ações impensadas.

19 – Qual deve ser nossa atitude perante as provas da vida?
Diante das provas inquietantes que se demoram conosco, aprendamos a refletir, para auxiliar, melhorar, amparar e servir aqueles que nos cercam.

20 – Quais as relações entre o presente, o passado e o futuro?
Todos estamos no presente, com o ensejo de construir o futuro, mas envolvidos nas conseqüências do passado que nos é próprio. Isso porque tudo aquilo que a criatura semeie, isso mesmo colherá.

EMMANUEL
extraído do livro "Leis de Amor", ítem VI - Francisco C. Xavier e
Waldo Vieira - pelo espírito de Emmanuel - 3º ed. FEESP

Acredite...

Ao longo da vida, por muitas vezes,
quando você perdeu a confiança espiritual,
mãos invisíveis sustentaram o seu coração.

Em muitas noites tristes, sem que você
soubesse, presenças invisíveis o levaram
espiritualmente para outros planos.

Lá, você foi banhado na Luz!

E, depois, foi trazido de volta para o corpo
físico e acordou melhor, sem saber como ou porquê.

Outras vezes, em momentos difíceis,
você foi amparado secretamente,
para resistir àquela prova e superá-la,
e você não percebeu.

Muitas vezes você perdeu a fé,
por um motivo ou outro e, mesmo assim,
mãos invisíveis lhe apoiaram.

E, nas vezes em que você se renovou
e quis voltar aos caminhos da Luz,
o plano espiritual não perguntou dos seus motivos.
Apenas lhe aceitou de volta, incondicional.

sábado, 20 de novembro de 2010

Não Estrague o Seu Dia...

NÃO ESTRAGUE O SEU DIA

A sua irritação não solucionará problema algum.
As suas contrariedades não alteram a natureza das coisas.
Os seus desapontamentos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar.
O seu mau humor não modifica a vida.
A sua dor não impedirá que o Sol brilhe amanhã sobre os bons e os maus.
A sua tristeza não iluminará os caminhos.
O seu desânimo não edificará a ninguém.
As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade.
As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você.
Não estrague o seu dia. Aprenda, com a Sabedoria Divina, a desculpar infinitamente, construindo e reconstruindo sempre para o infinito Bem.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Lembre-se

Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade.
Mário Quintana

Pai Nosso

Pai Nosso 
Nosso Pai, que estás em toda a parte:
Santificado seja o teu nome, no louvor de todas as criaturas;
Venha a nós o teu reino de amor e sabedoria;
Seja a tua vontade, acima dos nossos desejos,
Tanto na Terra, quanto nos círculos espirituais;
Pão Nosso do corpo e da mente dá-nos hoje;
Perdoa as nossas dívidas, ensinando-nos a perdoar nossos devedores com o esquecimento de todo o mal;
Não permitas que venhamos a cair sob os golpes da tentação de nossa própria inferioridade;
Livra-nos do mal que ainda resista em nós mesmos;
Porque só em ti brilha a luz eterna do reino e do poder, da glória e da paz, da justiça e do amor para sempre!

Assim seja!

Provérbios

METAS NA VIDA

Se você tem metas para um ano. Plante arroz
Se você tem metas para 10 anos. Plante uma árvore
Se você tem metas para 100 anos então eduque uma criança
Se você tem metas para 1000 anos, então preserve o Meio Ambiente.”
( Confûcio)

Pense bem

A gente pode morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos, e até ter um governo mais ou menos.

A gente pode dormir numa cama mais ou menos, comer um feijão mais ou menos, ter um transporte mais ou menos, e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro.

A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos...

TUDO BEM!

O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum...
é amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos, e acreditar mais ou menos.

Senão a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos.Chico Xavier

Cá entre nós

 Olá amigos....
              A finalidade deste blog é trazer um pouco do conhecimento espiritual e
compartilhar um pouco do que gosto com vocês,aceito idéias e criticas para o aprimoramento do mesmo.
Conto com a ajuda de vocês....um abraço a todos.