quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

A Ingratidão

(Enviada pelo Sr. Pichon, médium de Sens)

É preciso sempre ajudar os fracos e os que desejam fazer o bem, embora sabendo antecipadamente que não seremos recompensados por aqueles a quem o fazemos, porque aquele que se recusa a vos ser grato pela assistência que lhe destes, nem sempre é tão ingrato quanto o imaginais; muitas vezes age segundo o ponto de vista determinado por Deus, embora os seus pontos de vista não sejam, e muitas vezes não possam ser apreciados por vós. Que vos baste saber que é necessário fazer o bem por dever e por amor a Deus, pois disse Jesus: “Aquele que não faz o bem senão por interesse, já recebeu a sua recompensa”. Sabei que se aquele a quem prestais serviço esquece o benefício, Deus vos levará mais em conta do que se já tivésseis sido recompensado pela gratidão do vosso favorecido.

Sócrates
Revista Espírita Março de 1861

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Vigilância



"Deus não nos atende pessoalmente, conforme nossos caprichos, mas por intermédio de suas leis imutáveis, e de seus mensageiros, isto é, Deus auxilia as criaturas por intermédio das criaturas. O amigo espiritual comparece quando é invocado por meio de uma simples prece. Ninguém está desamparado não existe parcialidade nem previlégio nas leis Divinas ou seja, cada um recebe de acordo com seu merecimento de conformidade com seus esforços...
O processo, no qual te encontras engajado, é de evolução, resolve-te por avançar, sem as contramarchas tormentosas. Ascendendo psiquicamente e harmonizando-se emocionalmente, far-te-as respeitado pelos Espíritos pertubadores que, mesmo intentando molestar-te não encontrarão receptividade da tua parte.Recorda-te por fim de Jesus. Quem o encontrou, descobriu um tesouro luminoso, e, enriquecendo-se com Ele, jamais tropeçará em sombra e aflições. Impregna-te dele, e seja feliz, sem mais controvérsia."

Joana de Angelis
Divaldo Pereira Franco

O Júbilo de Scheilla

Ao lado de José Grosso, acabara de chegar à rude casinha do sertão nordestino.Prestaríamos ali o socorro imprescindível à finalização do processo de desenlance de simpático e humilde irmão, que naquele dia chegara ao fim de suas possibilidades físicas.
Ao adentrarmos o humilde lar-quase uma tapera- deparamo-nos com Scheilla, toda iluminada por sublime vibração de prece, derramando lágrimas de contentamento, a velar a forma perispiritual do enfermo, já exteriorizada com seu efetivo auxílio.
Ali, nenhuma sombra, ninguém, mesmo encarnado, somente Scheilla, e agora José Grosso e eu, em posição de respeito ante a manifestação de infinita ternura da benfeitora iluminada.
Após instruções a nós, despediu-se, feliz, aquela flor do céu, deixando-nos o encanto de seu perfume cristão.
Sem me conter, indaguei ao meu parceiro:José, por que Scheilla tão feliz,emocionada, perante o irmão em despedida do corpo?
E ele, com sorriso discreto e matreiro na boca, explicou: Este é um irmão que, embora pobre, fervoroso e humilde nesta existência, animou, na antiga Prússia e depois nos domínios da Alemanha nazista, veste de um incrédulo e malfadado elemento, que, ao contrário de considerar seus irmãos, combatia-os em corrida louca.
Indaguei: Mas como ele mudou tanto, de lá para cá?
Sem demora , olhou para mim significativamente e respondeu: Por necessidade, ligou a um Centro Espírita muito fraternal, aprendeu a receber apoio e a servir, ensinou e aprendeu, desenvolveu a fé e venceu, conhecendo a fraternidade legítima, a própria conversão a Jesus, ao Seu Evangelho.
E, batendo em meus ombros, antes de proceder ao desligamento final do desencarnante, brincou: Evangelho é vida;fraternidade é fenômeno de materialização do amor de Deus. Você não acha que é motivo de sobra para o júbilo de nossa Scheilla?!

Almir Fontoura

Mensagem psicografada por Wagner Gomes da Paixão, em 20 de abril de 2003,durante a 20 Semana da Fraternidade, em Belo Horizonte/MG
Fonte:Doutrina Espírita

Recém-Desencarnados

Texto compilado a partir do trabalho apresentado pelo grupo de Estudos da Mediunidade da FEMEL

A principal dificuldade do recém-desencarnado é a adaptação ao impacto das energias astrais. O choque é muito forte, os pensamentos e emoções dele, ou de pessoas próximas, o atingem com facilidade.
A fragilidade do espírito é maior até o momento em que o cordão de prata é rompido, e infelizmente, esse é o período de maior emissão de sofrimento pelos irmãos encarnados. Eles podem receber os choques desagradáveis das lembranças e das emanações de sofrimento dos que se encontram encarnados. Além disso, muitos falam mal dos que se foram, relembrando acontecimentos de sua vida.
O incômodo sentido pelo espírito, (mesmo quando possui merecimento para auxílio) não está isento das energias hostis enviadas pelos seus irmãos.
O principal motivo para as perturbações que ocorrem durante o processo de desencarne é o padrão vibratório dos amigos e familiares que estão em volta do leito de morte. Choros, gritos, angustias, medo, saudade e, além de tudo isso, temos as conversas egoístas ou de baixo padrão vibratório. Existe também a atração de espíritos de baixo padrão vibratório envolvidos nas conversas, que podem vir pedir perdão ou cobrar erros do indivíduo.
O espírito também fica suscetível as vibrações dos familiares. Quando estes, em desequilíbrio, ficam chamando por ele, ocorre uma atração muito forte e o espírito recebe esse impacto, porque ainda esta em período de adaptação. Se o espírito recém-liberto voltar para o lar ele sofrerá junto com os familiares e de forma inconsciente se tornará um obsessor dos seus entes queridos.
Pode ocorrer, nesse intercâmbio de influências, a retenção do espírito no ambiente familiar, em que o desencarnado retorne para o lar juntamente com os seus e sequer perceba o fato de já estar desencarnado, gerando problemas para ambos os lados, podendo, inclusive causar sofrimentos e mal-estar entre os encarnados, que, por um lado, reclamam a falta do que desencarnou, e por outro, não lhe percebem a presença e o desespero em se fazer notar e ser ajudado.
É fato que a vibração energética emitida pelos entes encarnados é de profunda influência no espírito em libertação. Durante esse meio tempo o espírito fica meio consciente (espírito de média evolução) sente-se fraco, facilmente influenciável pelo ambiente, não consegue raciocinar direito e pode sentir as sensações da doença que o levou ao desencarne.
Por isso, a melhor postura durante o desencarne é a PRECE, o SILÊNCIO e assuntos que não comprometam o padrão vibratório do ambiente.

Fonte: Centro Espírita "Allan Kardec

Cepal André Luiz

domingo, 15 de dezembro de 2013

Vidas Sucessivas

A palavra de Jesus a Nicodemos foi suficientemente clara. 

Desviá-la para interpretações descabidas pode ser compreensível no sacerdócio organizado, atento às injunções da luta humana, mas nunca nos espíritos amantes da verdade legítima.
A reencarnação é lei universal.
Sem ela, a existência terrena representaria turbilhão de desordem e injustiça; à luz de seus esclarecimentos, entendemos todos os fenômenos dolorosos do caminho.
O homem ainda não percebeu toda a extensão da misericórdia divina, nos processos de resgate e reajustamento.
Entre os homens, o criminoso é enviado a penas cruéis, seja pela condenação à morte ou aos sofrimentos prolongados.
A Providência, todavia, corrige, amando... Não encaminha os réus a prisões infectas e úmidas. Determina somente que os comparsas de dramas nefastos troquem a vestimenta carnal e voltem ao palco da atividade humana, de modo a se redimirem, uns à frente dos outros.
Para a Sabedoria Magnânima nem sempre o que errou é um celerado, como nem sempre a vítima é pura e sincera. Deus não vê apenas a maldade que surge à superfície do escândalo; conhece o mecanismo sombrio de todas as circunstâncias que provocaram um crime.
O algoz integral como a vítima integral são desconhecidos do homem; o Pai, contudo, identifica as necessidades de seus filhos e reúne-os, periodicamente, pelos laços de sangue ou na rede dos compromissos edificantes, a fim de que aprendam a lei do amor, entre as dificuldades e as dores do destino, com a bênção de temporário esquecimento.


Xavier, Francisco Cândido- Emmanuel.  Rio de Janeiro, RJ: FEB. 1996.

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sábado, 14 de dezembro de 2013

AFEIÇÃO DOS BONS ESPÍRITOS

Os bons Espíritos, que sempre nos acompanham, fazem tudo para a nossa paz interior. Certamente que eles se afligem com a nossa impaciência ante a dor e os problemas, pelos quais passamos reclamando. Somente os Espíritos puros têm a tranquilidade imperturbável da consciência. Eles compreendem que os encarnados carregam consigo fraquezas capazes de os envolverem nas sombras que sempre os espreitam, mas, que uma queda pode ser prenúncio de vitória no porvir. Estamos rodeados de testemunhas espirituais que nos assistem, e atraímos outras tantas pela sintonia dos nossos sentimentos. O Espírito envolvido na carne recebe do próprio ambiente impulsos de magnetismo inferior a todos os momentos. É preciso orar e vigiar permanentemente. Essas forças aparecem aos homens como barreira para cercear suas forças para o bem. Devemos lutar, não contra o mal, que não merece atenção nem desperdício de tempo, mas, lutar na sequência do bem comum, aprimorando, com as qualidades espirituais, a. árvore do amor que se encontra em nosso coração. Busquemos sempre o melhor, e nessa procura, Jesus aparece com as Suas mãos que nos encorajam a batalhar com nós mesmos, aliviando ou fazendo desaparecer as nossas tensões, no que se refere à nossa consciência. Os bons Espíritos têm suas lutas no chão do planeta e ainda procuram inspirar os homens para torná-los bons também. Os Espíritos puros inspiram os bons, mesmo desencarnados, e eles, fortalecidos ajudam os encarnados. Sabemos que os homens fazem o bem e o mal, entretanto, a Doutrina dos Espíritos, como sendo a volta de Jesus, vem nos ajudar a compreender a necessidade de diminuir o mal, investindo no bem cada vez mais, para que ele domine os nossos sentimentos na sua amplitude. Se queres paz, trabalha pela paz alheia; se queres amor, não te esqueças de amar, porque, se é dando que recebemos, a inteligência nos pede para doar o quanto pudermos. 

O Livro dos Espíritos comentado pelo Espírito Miramez

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

A vida

A vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, agradáveis surpresas em muitos embarques e grandes tristezas em alguns desembarques.
Quando nascemos, entramos nesse magnífico trem e nos deparamos com algumas pessoas, que julgamos, estarão sempre nessa viagem conosco, nossos pais.
Infelizmente isso não é verdade, em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos do seu carinho, amizade e companhia insubstituível. Isso porém não nos impedirá que durante o percurso, pessoas que se tornarão muito especiais para nós, embarquem. Chegam nossos irmãos, amigos, filhos e amores inesquecíveis!
Muitas pessoas embarcarão nesse trem apenas a passeio, outras encontrarão no seu trajeto somente tristezas e ainda outras circularão por ele prontos a ajudar quem precise.
Vários dos viajantes quando desembarcam deixam saudades eternas, outros tantos quando desocupam seu assento, ninguém nem sequer percebe.
Curioso é constatar que alguns passageiros que se tornam tão caros para nós, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos, portanto somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não nos impede é claro que possamos ir ao seu encontro. No entanto, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já haverá alguém ocupando aquele assento.
Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas, porém, jamais, retornos. Façamos essa viagem então, da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com os outros passageiros, procurando em cada um deles o que tiverem de melhor, lembrando sempre que em algum momento eles poderão fraquejar e precisaremos entender, porque provavelmente também fraquejaremos e com certeza haverá alguém que nos acudirá com seu carinho e sua atenção.
O grande mistério afinal é que nunca saberemos em qual parada desceremos, muito menos nossos companheiros de viagem, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado. Eu fico pensando se quando descer desse trem sentirei saudades. Acredito que sim, me separar de muitas amizades que fiz será no mínimo doloroso, deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos será muito triste com certeza... mas me agarro na esperança que em algum momento
estarei na estação principal e com grande emoção os verei chegar. Estarão provavelmente com uma bagagem que não possuíam quando embarcaram e o que me deixará mais feliz será ter a certeza que de alguma forma eu fui uma grande colaboradora para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.
Amigos, façamos com que a nossa estada nesse trem seja tranquila, que tenha valido a pena e que quando chegar a hora de desembarcarmos o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem a viagem.

TRISTEZA

Tristeza - Tire esta erva daninha do coração
Não raro, a tristeza bate a nossa porta, desarmonizando o espírito, fazendo com que, pouco a pouco, a auto-estima, alegria, fé e a vontade de viver se afaste de nossa vida.
São momentos em que deixamos de "orar e vigiar" e com esta atitude podemos atrair irmãos desencarnados que vibram na mesma sintonia.
Os motivos da tristeza que nos visita são de ordem variada: solidão, perda da pessoa amada, problemas do cotidiano, entre outros tantos motivos.
A oração, que poderia nos colocar em sintonia com Deus e nossos anjos guardiões nos acalmando e nos fortalecendo nem é lembrado neste momento.
Os pensamentos negativos como desânimo, falta de fé, inconformação, pode fazer com que a tristeza abra as portas para uma doença comum nos dias de hoje: a depressão.
Esquecemos que somos capazes de enfrentar todos os infortúnios da vida.
Ao sentir a tristeza apontar no coração, é necessário espantá-la com todas as forças do ser.
Mudando o rumo dos pensamentos e emoções, lembrando que o Pai da Vida espera por nós para que avancemos com coragem e fé cada passo da vida.
Lembra que seu anjo guardião está a seu lado procurando o momento em que poderá lhe acolher, consolar e fortalecer seu espírito nos momentos de crise.
Lembra que a oração é o lenitivo que lhe trará a cura para sua tristeza.
Lembra que sua dor e tristeza é pequenina diante dos sofrimentos dos irmãos do caminho.
Acredita que é filho de Deus, único, que não existe ninguém igual a você em todo o Universo, portanto, luta por seu crescimento espiritual com a certeza que depende apenas de você sua própria felicidade.
Olha para dentro de si, procurando conhecer-te intimamente, aceitando-se como é com todos os defeitos e imperfeições.
Procura a partir disso, vencer todas suas más tendências que há séculos ti companham.
Segue em frente, olhando a sua volta, observando a beleza que Deus deixou para usufruto de todos os seus filhos.
Observa a natureza. as pessoas a sua volta e luta para conquistar a paz e felicidade ofertada por Deus.
Ama a ti mesmo e a seus semelhantes, seguindo o exemplo e o legado que Jesus deixou em sua breve passagem pela Terra.
Segue em frente de braços abertos para a vida, consciente de que a felicidade e a paz vive dentro de seu coração.

Rita Ramos Cordeiro
 Fonte:Cepal André Luiz

Velhice na visão Espírita

Quando encarnamos, recebemos uma carga de fluidos vital (fluido da vida). Quando este fluido acaba, morremos. Somos como a pilha que com o tempo vai descarregando. Chegamos ao ponto que os remédios já não fazem mais efeito. Daí não resta outra alternativa senão trocar de “roupa” e voltar para a escola planetária. A quantidade de fluido vital não é igual em todos seres orgânicos. Isso dependerá da necessidade reencarnatória de cada um de nós. Quando chegamos á Terra cada um tem uma estimativa de vida. Vai depender do que viemos fazer aqui. Se viemos acertar as pendências biológicas por mau uso do corpo, como no caso do suicídio, nós vamos ficar aqui pouco tempo. É só para cobrir aquele buraco que nós deixamos. Exemplo: Se nossa estimativa de vida é 60 anos e nós, por abusos, desencarnamos aos 40 anos, ficamos devendo 20 anos. Então, na próxima encarnação viverá somente 20 anos. Mas há outros indivíduos que vem para uma tarefa prisional. E daí vai ficar, 70, 80, 90, 100 anos. Imaginamos que quem vira os 100 anos está resgatando débitos. Porque vê as diversas gerações que já não são as suas. E o indivíduo vai se sentindo cada vez mais um estranho no ninho. Os jovens o olham como se ele fosse um dinossauro. Os da sua idade já não se entendem mais porque já faltam certos estímulos (visuais, auditivos, etc.). Já não podem visitar reciprocamente, com raras exceções. Tornam-se pessoas dependentes dos parentes, dos descendentes para levar aqui e acolá. Até para cuidar-se e tratar-se. Então, só pode ser resgate para dobrar o orgulho, para ficar nas mãos de pessoas que nem sempre gostam dela. Alguns velhos apanham, outros são explorados na sua aposentadoria, outros são colocados em asilos onde nunca recebem visitas. Em compensação, outros vêm, cuidam da família, educam os filhos em condição de caminhar, fecham os olhos e voltam para a casa com a missão cumprida com aqueles que se comprometeu em orientar, impulsionar, a ajudar. Por isso, precisamos conversar com os jovens. Dizer a eles que é na juventude que a gente estabelece o que quer na velhice, se chegar lá. E que vamos colher na velhice do corpo o que tivermos plantado na juventude. Se ele quiser ter um ídolo, que escolha alguém que esteja envolvido com a paz, com a saúde, a ética, ao invés de achar ídolos da droga, do crime, das sombras. E aqueles que não tem jovens para orientar e que estão curtindo a própria maturidade, avaliar o que fizeram da vida até agora. Se a morte chegasse hoje, o que teriam para levar? Se chegarem a conclusão que não tem nada para levar lembrem que: HÁ TEMPO. Enquanto Deus nos permitir ficar na Terra, HÁ TEMPO, para fazermos algum serviço no Bem seja ao próximo ou a nós mesmos, já que somos Espíritos, ou seja, levaremos na memória espiritual o que fizermos: ser voluntário em uma instituição de caridade, estudar, aprender uma língua, uma arte, praticar um esporte. Enquanto respirarmos no corpo perguntemos:
 “O QUE DEUS QUER QUE EU FAÇA?” Usemos bem o fluido que nos foi disponibilizado. A vida bem vivida pela causa do Bem pode nos dar “moratória”, ou seja, uma sobrevida, uma dilatação do tempo de permanência do Espírito no corpo de carne. Então, há idosos em caráter expiatório e em caráter de moratória. 

J. Raul Teixeira

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Sofrimento de um Suicida

Nota do compilador: Abaixo, uma pequena mostra do sofrimento de um suicida no Plano Espiritual. Várias obras ditadas pelos espíritos nos dão conta que o suicídio é a pior saída para quem quer fugir de situação que acha impossível solucionar. Ninguém tem o direito de tentar impedir a ordem natural da vida. Quem desejar saber com profundidade as conseqüências de um suicídio, pode ler a obra "Memórias de Um Suicida", ditada pelo espírito do famoso e importante escritor Camilo Castelo Branco, onde nos conta todo o seu sofrimento após suicidar-se, em 1890.
Henri Numiers não acreditava que houvesse uma alma imortal animando seu saudável corpo de homem. Para ele, existiam apenas os ossos, as carnes, os nervos, artérias carreando o sangue necessário à vida. Era materialista. Por isso matou-se, assim tentando fugir à situação moral que o incomodava. Uma vez morrendo o homem, acreditava ele, a alma, se existisse, se extinguiria também com ele. Pensamento, amor, inteligência, sentimento, ação, honra, desonra, ódios, amarguras, decepções, tudo o que constitui o ser moral humano cria ele que se aniquilava no túmulo juntamente com o corpo. Dos belos sermões filosóficos de Rômulo e de Thom sobre os graves problemas do homem e sua alma imortal, feita à imagem e semelhança de Deus, Henri só guardava a lembrança da ansiedade com que esperava o fim para regressar a Numiers e rever Berthe. Contudo, o maior desapontamento o desgraçado moço colheu do seu ato de suicídio quando, ao primeiro amargor que a vida lhe apresentara, desejou furtar-se a ele, matando-se.
Caíra de todo a noite e em Numiers e suas imediações pairava completo silêncio. Havia alguns meses que Henri desaparecera do mundo terreno, mas a desolação era porventura maior tanto em Numiers como em Stainesbourg e Fontaine. Pai Arnold não mais trabalhava, desinteressando-se da prosperidade da Quinta, e Marie continuava enferma. Era inverno. Contudo, naquela noite, o luar irradiava, emprestando àquele recanto da velha Flandres certa doçura de ambiente.
Na aldeia de Numiers uns dormiam, outros velavam, alguns sofriam e choravam, e o silêncio presidia tudo.
De súbito, um grito agudo e forte repercutiu do vale do ribeiro estendendo-se pela aldeia. Na Quinta, que ficava próxima a esse vale, o grito fora também ouvido. Os cães uivaram tristemente, as ovelhas baliram, dolorosas, no aprisco, cochicharam os galináceos, assustados... e Marie e Arnold, que se achavam ainda despertos, entreolharam-se tomados de pavor e caíram em pranto. Haviam reconhecido naquele grito a voz do filho que morrera havia pouco.
Rômulo, padre e médico, achava-se à cabeceira de Marie. Benzeu-se discretamente, dizendo consigo mesmo, comovido:

- É a alma alucinada do meu pobre Henri...
- Ouvistes, meu Padre? - interpelou pai Arnold.
- Não, Arnold, nada ouvi. Que foi?
- Um grito de desespero, a voz do meu rapaz...
- É a tua impressão, meu pobre Arnold. Afasta da idéia esses pensamentos lúgubres...
- Marie também ouviu, meu Padre, os cães uivaram, as ovelhas gemeram.
- Ora, Marie está enferma e a febre excita-lhe os nervos e a imaginação. Os cães ladram sempre, as ovelhas choram a cada instante...
Mas no íntimo, dolorosamente, ele repetiu:
- Sim, é a alma alucinada do meu pobre Henri...
No andar térreo, sozinho, diante da lareira acesa Thom também ouvira, compreendera e pusera-se a orar com fervor.
Com efeito, Henri Numiers não morrera.
Supondo aniquilar-se para sempre, ao atirar-se da montanha, ele conseguira aniquilar apenas o corpo carnal. Seu espírito, com a tenebrosa queda, como que desmaiara, anulara-se como se tudo ao derredor dele se extinguisse. A violência do gênero de morte que escolhera traumatizara o seu corpo espiritual, despedaçando-lhe a harmonia das vibrações de tal forma que um século não bastaria para que elas retornassem ao ritmo normal necessário a um estado de vida satisfatório.
Passados que foram alguns dias, porém, Henri começou a voltar a si do longo desmaio, isto é, um estado de pesadelo angustioso sobreveio ao desmaio e ele começou a sentir a sensação da queda, as dores insuportáveis do seu corpo batendo nas pedras, partindo-se, esmagando-se. Estava cego, pois nada via, uma faixa negra e gelada envolvia-o, seus pensamentos eram um caos, não podia reunir as idéias, refletir, compreender o que se passava consigo, por que razão rolava, rolava da montanha mas sem jamais atingir o solo. Somente podia refletir em que quisera morrer para fugir à tortura de viver sem a sua Berthe e que, para isso, saltara para o abismo num gesto pavoroso de completo louco. Um pavor alucinante invadira sua mente e ele pusera-se a gritar, a gritar desesperadamente, pedindo socorro. Fora um desses gritos que as três aldeias testemunharam e que, daquela noite em diante, começara a repetir-se periodicamente, pelas imediações. Por vezes, envolvido por aquele pesadelo, sentia-se no fundo do vale ao mesmo tempo que rolava pela montanha, apavorava-se com a negra solidão que o rodeava, presenciava, sem saber como, o desespero de seus pais e as lágrimas dos amigos, chorava também, desesperado, e contemplava, apesar de cego para as demais ocorrências, os próprios despojos sangrentos, mutilados, sepultados sob um montão de terra e pedras. Nada compreendia senão que continuava a sofrer o desprezo da mulher amada e as humilhações daí conseqüentes, sofrimentos que, agora, reunidos ao martírio da inconcebível queda que nunca chegava ao fim, dele fazia um Espírito enlouquecido no mais alto grau que a mente humana poderá conceber.
Tudo isso, porém, uma confusão atrocíssima para o desgraçado que a sofre, passava-se nele com dificuldade, em pequenos intervalos, pois, de quando em vez, ele perdia-se dentro de um caos, num penoso estado de colapso. E quando o infeliz esforçava compreender o que se passava, seus pensamentos, traumatizados, negavam-se a atendê-lo e desapareciam naquela negridão interior que o confundia. Mas isso era apenas os vislumbres do despertar, o momento dramático e solene da ocasião em que o Espírito que abandona seu corpo carnal, valendo-se do suicídio, começa a se desenraizar dos liames magnéticos que o atavam à matéria. Esse desprendimento, lento, doloroso, que poderia durar meses e anos, valeria a Henri períodos infernais, indescritíveis ao entendimento humano. Sua impressão era de que estava atado por um ímã poderoso a um objeto do qual, no entanto, precisava desprender-se. Esse objeto encontrava-se ao sopé da montanha da qual ele rolava sem jamais parar, na escuridão do vale.
Eram os seus despojos sangrentos, que ele via, apesar de cego, no fundo de uma cova, visão satânica da qual quisera fugir, mas que se agarrara a ele com um poder dominador, incapaz de ser repelida. Sobrevinham, em seguida, terríveis convulsões, fazendo-o estorcer-se como se seus nervos, absolutamente traumatizados, sofressem choques elétricos ao despenhar-se ele da montanha. Era como se ataques epilépticos o atingissem avassalando sua mente, suas vibrações, todas as moléculas do seu ser espiritual; era a sensação da queda sofrida pelo perispírito, estado depressor que o acompanharia até a reencarnação futura e que somente o Evangelho, revigorador de vibrações, reeducando-lhe a mente, poderia reencontrar. Nesse inconcebível estado traumático gritava de horror e procurava agarrar-se a qualquer coisa a fim de se deter na queda, e o desgraçado, apesar de tudo, através do pesadelo que o torturava, sente que continua sendo a personalidade Henri Numiers, que ele mesmo é que rola da montanha, que ele mesmo é que está estirado sob o montão de terra, apodrecido, corroído pelos vibriões, despojos de carnes sangrentas, negras, asquerosas, miseráveis, ele, que fora belo e forte, e que, a despeito disso, está vivo, sofredor e desgraçado, mas vivo, pensante, sensível.

Por vezes, sem saber como, vencido pelo cansaço e o desânimo, todos os atos de sua vida se lhe desenham no interior da consciência com uma minúcia de detalhes que o infeliz, já alucinado, converte-se em verdadeiro réprobo: seus modos de orgulhoso, sua indiferença pelos que o rodeiam em sua aldeia, o menosprezo a conselhos sensatos que recebia, a ingratidão para com os pais, sua arrogância de ateu, suasbaixezas de ébrio e devasso, primeiro em Stainesbourg, ao perder Berthe, depois em Bruges; suas refregas com os moços da aldeia, todos marcados nas faces por sua faca, o suicídio de Franz Schmidt, a que dera causa, tudo o que constituíra o seu eu atuante na intimidade do lar e na sociedade agora desfilava diabolicamente em torno dele como cenas vivas que o enlouqueciam de mistura com as torturas que já o afligiam. Quer furtar-se à imposição do panorama de si mesmo, mas, em vão. A visão do que ele próprio foi e de como se conduziu na vida ali está, à sua frente, dentro dele, quais faixas de fogo que lhe devorassem o ser na desaprovação própria a que chamam arrependimento, remorso!
Não podendo mais ou julgando-se exausto de tantas dores e sofrimentos, pensou em sua casa, saudoso do conforto desfrutado entre seus pais, da solidariedade de sua mãe, que ele tão mal soubera compreender e menos ainda agradecer. Num esforço supremo da própria vontade conseguiu locomover-se... e ei-lo à procura de socorro no lar paterno.
Penetra naquela casa que o viu nascer e lhe dera os dias mais felizes que vivera. Diante de sua mãe, a quem encontra enferma e alquebrada, exclama cheio de queixas, julgando-se ouvido e compreendido:
- Mãe, minha mãe! Tem compaixão de teu filho, que está ferido, enterrado vivo. Não, minha mãe, eu não estou morto, eu não morri, estou vivo, todos se enganaram a meu respeito. Olha em que estado me encontro: todo corroído por vermes, que me mordem e maltratam como lobos. Não posso sair de lá e sofro satanicamente, debaixo daquela terra pestilenta, que cheira a imundície. Não posso mais, tira-me de lá, tenho horror àquela caverna onde me prenderam, vejo fantasmas, que se riem do estado em que me encontro. Franz Schmidt está lá e culpa-me do que lhe aconteceu, tira-me de lá, minha mãe, eu estou vivo, estou vivo, estou vivo!
Mas Marie, que nada via nem ouvia do que ele lhe dizia, não respondia, continuando a chorar, como sempre.

A angústia do pobre suicida recrudescia então e ele saía, desesperado, a procurar socorro noutra parte. Visitava o Presbitério, dirigia-se a Padre Rômulo e ao amigo Thom, suplicava auxílio, queixando-se sempre, e via que ambos o entendiam, mas, em vez de empunharem uma enxada e irem ao vale, a fim de desenterrá-lo, punham-se a orar banhados em lágrimas. E corria a aldeia rogando piedade e socorro a quantos encontrava. Ninguém lhe respondia, ninguém lhe dava atenção, mas alguns poucos se benziam e oravam.
Entretanto, começou a correr o boato de que a alma de Henri sofria suplícios e que fora vista e reconhecida por alguns antigos amigos, e que ele mostrava-se horrorosamente feio: as vestes despedaçadas, rasgadas pela queda, o rosto esfolado e ensangüentado, as pernas quebradas, mutilado, imagem perfeita daqueles destroços que haviam sido sepultados no vale.
Entrementes, o suicida não encontrava refrigério em parte alguma. Por toda parte onde tentasse o socorro alheio acompanhava-o as terríveis sensações que descrevemos. Por toda parte a sensação da queda que o alucinava. Por toda parte a sentir-se grilheta do próprio corpo que apodrecia no vale, a saudade da esposa, a humilhação do seu desprezo, o desespero de uma situação confusa, enigmática, atroz.
Henri Numiers trazia o inferno dentro de si.
Querendo furtar-se ao desgosto que, pela primeira vez o visitara, matou-se para dormir o eterno sono do esquecimento. Mas não encontrou o sono depois do suicídio. Não encontrou esquecimento. Encontrou apenas o seu próprio ser sofrendo novas fases de angústias criadas por ele próprio. Assim é o suicídio.

(Espírito de Charles - Médium Yvonne A. Pereira - Obra: O Cavaleiro de Numiers)
Fonte:Cepal André Luiz

Socorrer os sofredores

Meus bons amigos, quando o frio chegou e tudo falta em casa dessa brava gente, porque não viria eu, vosso antigo condiscípulo, vos lembrar a palavra de ordem, a palavra caridade? Daí, tudo quanto pode dar o coração, em palavras, em consolo, em cuidados. O amor de Deus está em vós, Espíritas, se souberdes cumprir o mandato que vos é confiado.
Nos instantes livres, quando o trabalho vos deixa o repouso, procurai aquele que sofre, moral ou fisicamente; a um dai esta força que consola e fortalece o Espírito, a outra dai aquilo que sustenta e faz calar, tanto as apreensões da mão cujos braços estão desocupados, quanto o lamento da criança que pede pão.
As geadas vieram; uma brisa fria rola a poeira: em breve a neve. É a hora em que deveis marchar e buscar. Quantos pobres envergonhados se ocultam e gemem em segredo, sobretudo o pobre de luto, que tem todas as aspirações e sente as primeiras necessidades. Para aqueles, meus amigos, agi com prudência: que a vossa mão alivie e cure, mas, também, possa a voz do coração apresentar delicadamente o óbolo que penosamente pode ferir o amor-próprio do homem bem educado. Repito-o: é preciso dar, mas saber dar bem. Deus, o dispensador de tudo, oculta os seus tesouros, as suas espigas, as suas flores e os seus frutos; entretanto, os seus dons, que secreta e laboriosamente germinaram na seiva do tronco e da haste, nos chegam sem que sintamos a mão que os dispensou. Fazei como Deus; imitai-O e sereis abençoados.
Oh! como é belo e bom ser útil e caridoso, saber erguer-se, erguendo os outros, esquecer as pequenas necessidades egoístas da vida para praticar a mais nobre atribuição da humanidade, a que nos torna verdadeiros filhos do Criador!
E que ensinamento para os vossos! Vossos filhos vos imitam; vosso exemplo dá frutos, porque todo ramo bem enxertado é abundância. O futuro espiritual da família depende sempre da forma que derdes a todas as vossas ações.
Eu vo-lo digo e nunca seria demais repetir: ganhareis espiritualmente se derdes e consolardes. Porque Deus vos dará e vos consolará em seu reino, que não é deste mundo. Neste, a família que honra e bem diz o seu chefe inteligente nesta parcela de realeza que Deus lhe concedeu é uma atenuação de todas as dores que acompanham a vida. Adeus, meus amigos, sede todo amor, todo caridade. (Espírito de Sanson - R. E. 1863)

Cepal André Luiz

sábado, 7 de dezembro de 2013

As cores de nossa aura

Existe uma correlação entre o estado geral de corpo-mente-alma de uma pessoa e seu corpo vibratório. Danos à alma, tensão e fraquezas físicas tornam-se perceptíveis através de sua Aura, antes mesmo de se manifestarem em você, como depressões, fadigas e doenças. Para quem não sabe, uma das maneiras de deixá-la equilibrada e energizada, é tomar banho de água com sal grosso.

A espessura da aura é proporcional à quantidade de pensamentos bons e maus. Esses pensamentos se convertem em luz, somando-se a luz do corpo espiritual. Ao contrário, quando os pensamentos e atos sãos maus, estes se convertem em nuvens do corpo espiritual.
Externamente, quando se faz o bem aos outros, os pensamentos de gratidão das pessoas beneficiadas também se convertem em luz. Transmitidos através do fio espiritual para a pessoa que praticou o bem, aumentam sua luz. Quando, ao contrário, a pessoa recebe transmissões de pensamentos de vingança, ódio, ciúme ou inveja e suas nuvens aumentam.
Para assegurar a boa luminosidade de sua Aura, todo cuidado é pouco. Ciúme, raiva, ódio ou inveja podem atuar negativamente sobre o equilíbrio dos campos energéticos. O primeiro passo é combater as situações de estresse com constantes exercícios de relaxamento, caminhar todos os dias sob o Sol e viver situações que promovam a alegria e o bom humor.
A Aura foi material de estudos pelo físico russo Samuel Kirlian, que criou a Kirliangrafia, um método que permite a visualização e análise da Aura, através de sua fotografia. Ela é constituída de quatro campos, camadas, e através dela pode-se detectar visualmente o campo energético de um ser humano:
1) Aura da saúde física;
2) Aura astral ou emocional;
3) Aura mental;
4) Aura do corpo etérico.

Existe uma técnica simples para visualizar a Aura de uma pessoa, usando sua intuição:

Coloque-se na frente pessoa e Fixe seu olhar nos intercílios, no terceiro olho da pessoa, na parte superior entre os dois olhos. Conte até 5 e feche os olhos por alguns segundos. Após isso, fixe sua atenção no alto da cabeça da pessoa que está à sua frente. Conte até 5 novamente e feche os olhos se perguntando mentalmente qual a cor da Aura da pessoa. A resposta deverá vir imediatamente, com você intuindo ou visualizando a cor mentalmente.

Caso não consiga nas primeiras tentativas, continue tentando, não desista, pois tudo, inclusive energeticamente falando, é uma questão de treino. Com o tempo, ao adquirir prática, tente se concentrar nessa mesma região, no topo da cabeça da pessoa por alguns segundos, de olhos abertos e mentalizando a intenção de ver a Aura da pessoa, e com certeza você adquirirá aptidão de enxergar sua cor com seus próprios olhos. Vale a pena tentar, pois o visual é muito bonito e gratificante, caso a Aura da pessoa esteja vibrante e cristalina.
Abaixo, algumas qualidades principais das cores da Aura, referentes à sua segunda camada, que representa o estado de nossa alma:

VERDE
Autoconfiança, capacidade de resolver problemas e de perdoar. Pessoa que ama a paz; sensibilidade. É organizador, planejador e estrategista.
AMARELA
Capacidade de dar e receber; ter esperanças; a saúde e a família desempenham um papel importante.
Tem o dom de trabalhar em grupo harmoniosamente. O amarelo é uma das cores cinestésicas do espectro; isso significa que uma pessoa com aura desta cor tem uma reação física antes de ter uma resposta emocional ou intelectual. Quando ele entra numa sala cheia de gente, sabe de imediato se quer permanecer ou não.
AZUL
Capacidade de curar através das próprias energias mentais e espirituais; age sobre os outros de modo agradável e calmante; altos ideais de vida; sinceridade.
O Azul personifica as características do cuidado e do carinho. É a cor da aura que mais se preocupa em ajudar os outros.
LARANJA
Destemidos, poderosos e descuidados com a própria segurança pessoal, brandem os punhos fechados contra o próprio Deus.
Sua busca espiritual é, na verdade, uma busca de um sentido de vida além de si mesmo.
DOURADA
Adora saber como e por que uma determinada coisa funciona, e lança mão de uma paciência infinita. A espiritualidade, para a pessoa de aura dourada, é o estudo da ordem superior do universo e de leis e princípios que o governam. Ele quer entender a organização mental, as leis ou as probabilidades que geraram a ordem no interior do caos espiritual.
VERMELHA
Ênfase no modo de vida material; sucesso alcançado através da dedicação pessoal completa; saúde física estável; tendência à irritabilidade quando contrariada.
VIOLETA
Espiritualidade bem desenvolvida; inspirações criativas; capacidade de transformar os sofrimentos pessoais em fatores positivos para o próprio destino.
O violeta é a cor do espectro mais próxima do equilíbrio psíquico, emocional e espiritual em vigor no planeta neste momento.
PRATA
Um curandeiro, médium natural. Utiliza energia para transformar luz em em raios que curam, seu maior desafio é aprender a se conhecer e descobrir seus dons especiais.
ANIL OU ÌNDIGO
A aguda perspicácia intelectual é um dos aspectos mais gratificantes e mais exasperantes, é brilhante e inquiridor, com uma inteligência que vai muito além dos conceitos mais tradicionais.

Por: Vania Tarot

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Mensagem de Chico Xavier

O que eu tenho não me pertence, embora faça parte de mim.
Tudo o que sou me foi um dia emprestado pelo Criador para que eu possa dividir com aqueles que entram na minha vida. Ninguém cruza nosso caminho por acaso e nós não entramos na vida de alguém sem nenhuma razão. Há muito o que dar e o que receber; há muito o que aprender, com experiências boas ou negativas. Tente ver as coisas negativas que acontecem com você como algo que aconteceu por uma razão precisa. E não se lamente pelo ocorrido; além de não servir de nada reclamar, isso vai te vendar os olhos, dificultando assim, continuar seu caminho. Quando não conseguimos tirar da cabeça que alguém nos feriu, estamos somente reavivando a ferida, tornando-a muitas vezes bem maior do que era no início. Nem sempre as pessoas nos ferem voluntariamente. Muitas vezes somos nós que nos sentimos feridos e a pessoa nem mesmo percebeu; e nos sentimos decepcionados porque aquela pessoa não correspondeu às nossas expectativas. E sabemos lá quais eram as nossas expectativas?
Decepcionamo-nos e decepcionamos outras pessoas também. Mas, claro, é bem mais fácil pensar nas coisas que nos atingem. Quando alguém te disser que te magoou sem intenção, acredite nela! Vai te fazer bem.
Assim, talvez, ela poderá entender quando você, sinceramente, disser que "foi sem querer". Dê de você mesmo o quanto puder! Sabe, quando você se for, a única coisa que vai deixar é a lembrança do que fez aqui. Seja bom, tente dar sempre o primeiro passo para a reconciliação, nunca negue uma ajuda ao seu alcance, perdoe e dê de você mesmo. Seja uma bênção a todos que o cercam! Deus não vem em pessoa para abençoar, Ele usa os que estão aqui dispostos a cumprir essa missão. Todos nós podemos ser Anjos. A eternidade está em nossas mãos. Viva de maneira honrada, para que quando envelhecer, você possa falar só coisas boas do passado e sentir assim, prazer uma segunda vez ... e ter a certeza de que quando você se for, muito de você ainda fique naqueles que tiveram a boa ventura de te encontrar.

Chico Xavier
Luz Da Existencia Kardecista

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Consequências

As consequências do estudo e da vivência da mediunidade demonstram que:

· A sobrevivência do Espírito, após a morte do corpo físico, o qual passa a viver em outra dimensão da vida: o plano espiritual;
· Os Espíritos conservam a própria individualidade antes e após a desencarnação, organizando-se em grupos ou famílias de acordo com as simpatias e afinidades existentes ente eles;
· Os desencarnados manifestam-se no plano físico por meio de indivíduos denominados médiuns;
· As manifestações mediúnicas dos Espíritos revelam o seu estado de equilíbrio ou sofrimento, conforme o bom ou mau uso do livre-arbítrio durante a reencarnação;
· As relações dos Espíritos com os encarnados são constantes, suas comunicações são ostensivas ou ocultas: os bons Espíritos orientam para o bem. Os Espíritos imperfeitos atraem as pessoas para o mal;
· No momento em que os Espíritos tomam consciência dos erros cometidos, pelo uso indevido do livre-arbítrio, arrependem-se e desenvolvem plano de melhoria espiritual, preparando-se para novas reencarnações;
· As reencarnações representam oportunidades de progresso espiritual e de reparação de equívocos cometidos em existências pretéritas, permitindo ao Espírito reajuste perante a Lei de Deus;
· O perispírito mantém o Espírito unido ao veículo físico e serve de molde para a construção de novo corpo físico, em cada reencarnação. Desencarnado, o Espírito manifesta-se no plano espiritual por meio do seu perispírito.


Fontes: KARDEC, Allan: O que é o Espiritismo, cap. 2, item 100. O Livro dos Espíritos. Introdução, item 6.

http://www.forumespirita.net/fe

Doenças na visão Espírita

Será que, ao nos sintonizarmos com energias e atitudes negativas, não estamos abrindo caminho para ficarmos doentes? No livro Mãos de Luz, a curadora norte-americana Barbara Ann Brennan apresenta um raciocínio muito interessante: “Toda doença é uma mensagem direta dirigida a você, dizendo-lhe que não tem amado quem você é e nem se tratado com carinho, a fim de ser quem você é”. De fato, todas as vezes que nosso corpo apresentar alguma “doença”, isto deve ser tomado como um sinal de que alguma coisa não está bem.

A doença não é uma causa, é uma consequência proveniente das energias negativas que circulam por nossos organismos espiritual e material. O controle das energias é feito através dos pensamentos e dos sentimentos, portanto, possuímos energias que nos causam doenças porque somos indisciplinados mentalmente e emocionalmente. Em Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz explica que “assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual absorve elementos que lhe degradam, com reflexos sobre as células materiais”.

Permanentemente, recebemos energia vital que vem do cosmo, da alimentação, da respiração e da irradiação das outras pessoas e para elas imprimimos a energia gerada por nós mesmos. Assim, somos responsáveis por emitir boas ou más energias às outras pessoas. A energia que irradiamos aos outros estará impregnada com nossa carga energética, isto é, carregada das energias de nossos pensamentos e de nossos sentimentos, sendo necessário que vigiemos o que pensamos e sentimos.

Tipos de doenças
Podemos classificar as doenças em três tipos: físicas, espirituais e atraídas ou simbióticas. As doenças físicas são distúrbios provocados por algum acidente, excesso de esforço ou exagero alimentar, entre outros, que fazem um ou mais órgãos não funcionarem como deveriam, criando uma indisposição orgânica.

As doenças espirituais são aquelas provenientes de nossas vibrações. O acúmulo de energias nocivas em nosso perispírito gera a auto-intoxicação fluídica. Quando estas energias descem para o organismo físico, criam um campo energético propício para a instalação de doenças que afetam todos os órgãos vitais, como coração, fígado, pulmões, estômago etc., arrastando um corolário de sofrimentos. As energias nocivas que provocam as doenças espirituais podem ser oriundas de reencarnações anteriores, que se mantém no perispírito enfermo enquanto não são drenadas. Em cada reencarnação, já ao nascer ou até mesmo na vida intra-uterina, podemos trazer os efeitos das energias nocivas presentes em nosso perispírito, que se agravam à medida que acumulamos mais energia negativa na reencarnação atual.

Enquanto persistirem as energias nocivas no perispírito, a cura não se completará. Já as doenças atraídas ou simbióticas são aquelas que chegam por meio de uma sintonia com fluidos negativos. O que uma criatura colérica vibrando sempre maldades e pestilências pode atrair senão as mesmas coisas? Essa atração gera uma simbiose energética que, pela via fluídica, causa a percepção da doença que está afetando o organismo do espírito que está imantado energeticamente na pessoa, provocando a sensação de que a doença está nela, pois passa a sentir todos os sintomas que o espírito sente. Aí, a pessoa vai ao médico e este nada encontra. André Luiz afirma que “se a mente encarnada não conseguiu ainda disciplinar e dominar suas emoções e alimenta paixões (ódio, inveja, idéias de vingança), ela entrará em sintonia com os irmãos do plano espiritual, que emitirão fluidos maléficos para impregnar o perispírito do encarnado, intoxicando-o com essas emissões mentais e podendo levá-lo até à doença”.

O surgimento das doenças
A cada pensamento, emoção, sensação ou sentimento negativo, o perispírito imediatamente adquire uma forma mais densa e sua cor fica mais escura, por causa da absorção de energias nocivas. Durante os momentos de indisciplina, o homem mobiliza e atrai fluidos primários e grosseiros, os quais se convertem em um resíduo denso e tóxico.Devido à densidade, estas energias nocivas não conseguem descer de imediato ao corpo físico e vão se acumulando no perispírito. Com o passar do tempo, as cargas energéticas nocivas que não forem dissolvidas ou não descerem ao corpo físico formam manchas e placas que aderem à superfície do perispírito, comprometendo seu funcionamento e se agravando quando a carga deletéria acumulada é aumentada com desatinos da existência atual. Em seus tratados didáticos, a medicina explica que, no organismo do homem, desde seu nascimento físico, existem micróbios, bacilos, vírus e bactérias capazes de produzirem várias doenças humanas. Graças à quantidade ínfima de cada tipo de vida microscópica existente, eles não causam incômodos, doenças ou afecções mórbidas, pois ficam impedidos de terem uma proliferação além da “cota -mínima” que o corpo humano pode suportar sem adoecer.

No entanto, quando esses germes ultrapassam o limite de segurança biológica fixado pela sabedoria da natureza, motivados pela presença de energias nocivas no corpo físico, eles se proliferam e destroem os tecidos de seu próprio “hospedeiro”. Partindo das estruturas energéticas do perispírito na direção do corpo, em ondas sucessivas, essas radiações nocivas criam áreas específicas nas quais podem se instalar ou se desenvolver as vidas microscópicas encarregadas de produzir os fenômenos compatíveis com os quadros das necessidades morais para o indivíduo. Elas se alimentam destas energias nocivas que chegam ao físico, conseguindo se multiplicar mais rapidamente e, em consequência, causando as doenças. A recuperação do espírito enfermo só poderá ser conseguida mediante a eliminação da carga tóxica que está impregnada em seu perispírito. Embora o pecador já arrependido esteja disposto a uma reação construtiva no sentido de se purificar, ele não pode se subtrair dos imperativos da Lei de Causa e Efeito. Para cada atitude corresponde um efeito de idêntica expressão, impondo uma retificação de aprimoramento na mesma proporção, ou seja, a pessoa tem que dispender um esforço para repor as energias positivas da mesma maneira que dispende esforços para produzir as energias negativas que se acumulam em seu perispírito.

Eliminando as energias tóxicas
Assim, como decorrência de tal determinismo, o corpo físico que veste agora ou outro, em reencarnação futura, terá de ser justamente o dreno ou a válvula de escape para expurgar os fluidos deletérios que o intoxicam e impedem de firmar sua marcha na estrada da evolução. Durante a purificação perispiritual, as toxinas psíquicas convergem para os tecidos, órgãos ou regiões do corpo, provocando disfunções orgânicas que conhecemos como doença.Quando o espírito não consegue expurgar todo o conteúdo venenoso de seu perispírito durante a existência física, ele desperta no além sobrecarregado de energia primária, densa e hostil. Em tal caso, devido à própria “lei dos pesos específicos”, ele pode cair nas zonas umbralinas pantanosas, onde é submetido à terapêutica obrigatória de purgação no lodo absorvente. Assim, pouco a pouco vai se libertando das excrescências, nódoas, venenos e “crostas fluídicas” que nasceram em seu tecido perispiritual por efeito de seus atos de indisciplina vividos na matéria. Os charcos pantanosos do umbral inferior são do mesmo nível vibratório das manchas e placas, por isso servem para drenar essas energias nocivas. Embora sofram muito nesses locais, isso os alivia da carga tóxica acumulada na Terra, assim como seu psiquismo enfermo, depois de sofrer pela dor cruciante, desperta e se corrige para viver existências futuras mais educativas ou menos animalizadas.

Os espíritos socorristas só retiram dos charcos purgatoriais os “pecadores” que já estão em condições de uma permanência suportável nos postos e colônias de recuperação perispiritual adjacentes à crosta terrestre. Cada um tem certo limite que pode aguentar em meio a estes charcos, então eles são resgatados mesmo que ainda não tenham expurgado todas as placas, reencarnando em corpos onde permanecerão expurgando e drenando essas energias através das doenças que se manifestarão no corpo físico.

Ajuda da medicina
A doutrina espírita não prega o conformismo, por isso é lícito procurar a medicina terrena, que pode aliviar muito e curar onde for permitido. Se a misericórdia divina colocou os medicamentos ao nosso alcance é porque podemos e devemos utilizá-los para combater as energias nocivas que migraram do perispírito para o corpo físico, mas não devemos esquecer que os medicamentos alopáticos combatem somente os efeitos da doença.Isto quer dizer que, quando as doenças estão presentes no corpo físico, devemos combatê-la, buscar alívio. Muitas vezes, estas doenças exigem tratamentos prolongados, outras vezes necessitamos até de cirurgia, mas tudo faz parte da “Lei de Causa e Efeito”, que tenta despertar para uma reforma moral através deste processo doloroso.

Qualquer medida profilática em relação às doenças tem que se iniciar na conduta mental, exteriorizando-se na ação moral que reflete o velho conceito latino: mens sana in corpore sano. Estados de indisciplina são os maiores responsáveis pela convocação de energias primárias e daninhas que adoecem o homem pelas reações de seu perispírito contra o corpo físico. Sentimentos como orgulho, avareza, ciúme, vaidade, inveja, calúnia, ódio, vingança, luxúria, cólera, maledicência, intolerância, hipocrisia, amargura, tristeza, amor-próprio ofendido, fanatismo religioso, bem como as conseqüências nefastas das paixões ilícitas ou dos vícios perniciosos, são também geradores das energias nocivas. Ou seja, a causa das doenças está na própria leviandade no trato com a vida. Analisando criteriosamente o comportamento, ver-se-á que os males que atormentam as pessoas persistirão enquanto não forem destruidas as causas. Portanto, soluções superficiais são enganosas. É preciso lutar contra todas as aflições, mas jamais de forma milagrosa. Procuremos sempre pensar e agir dentro dos ensinamentos cristãos, a fim de alcançarmos a cura integral.


Fonte: Chico Xavier para sempre

domingo, 1 de dezembro de 2013

Divaldo Franco

O médium espírita Divaldo P. Franco, conta a história de um garoto, que foi abandonado aos 6 meses de idade, na instituição Mansão do Caminho, onde ele dirige:

Este garoto, aos 4 anos de idade, fazia faquinhas e ameaçava as voluntárias que ajudavam Divaldo a tomar conta das crianças. Ele dizia que queria enfiar a faca em alguém para sentir o sangue quente escorrer em suas mãos. Divaldo perguntava como ele sabia que o sangue era quente, e ele respondia que não sabia como, mas ele tinha certeza que era quente. Quando este garoto completou 12 anos, as voluntárias que auxiliavam Divaldo tinham medo dele. Divaldo então, fez uma terapia de choque. Chamou o garoto e disse que ele teria que ir embora da instituição. O garoto assustou, pediu desculpas e prometeu não ameaçar mais. Estudou e foi evangelizado pela instituição espírita Mansão do Caminho. Aos 18 anos, o menino pediu a emancipação. Divaldo disse: - Dou sua emancipação com uma condição: quando você desejar matar alguém, você vem aqui e me mata. - Mas, tio? . . . - disse o garoto assustado. - Sim porque eu falhei. A sociedade me entregou você com 6 meses, a sociedade nos dá tudo, você não tem nada contra a sociedade, espero, porque a sociedade é a humanidade. Se você matar alguém, é porque eu falhei. Antes me mate, por causa do meu fracasso em relação a você. O garoto concordou, e foi embora. Após 10 anos, eles se reencontraram. Divaldo então, aproveitou e perguntou se ele sentiu vontade de matar. O garoto disse que sim, mas que toda vez que sentiu essa vontade, ele via o rosto de Divaldo na sua frente dizendo: "Venha e me mate primeiro", então, ele se desarmava. Ele agradeceu dizendo que, se não fosse Divaldo e o Espiritismo, ele estaria num cárcere. Divaldo, então, esclareceu: - Agradeça a sua consciência, que assimilou toda a educação moral evangélica que recebeu na Mansão do Caminho. Você fez bom uso do livre arbítrio. Hoje, você pode entender, por isso vou lhe contar que, os bons espíritos me disseram que você foi um criminoso na encarnação anterior, meu filho. Você trazia no inconsciente a lembrança do sangue jorrando em sua mão quando esfaqueava alguém. Estava tão dentro de você, que explodia na sua memória atual, eram flashes do passado. Resumo de uma história verídica vivenciada pelo médium espírita Divaldo P. Franco.

Do Livro: Conversa Fraterna

sábado, 30 de novembro de 2013

Questionamentos Espíritas

Por Que Existimos?
Somos um alto investimento de Deus. Temos todos os atributos da perfeição, mas ainda somos falhos, simples e ignorantes.
Para conseguirmos alcançar os caracteres da perfeição será necessário muito trabalho, estudo, devotamento à causa do bem, vigilância constante de atos e pensamentos, derrotar imperfeição por imperfeição nas lutas do dia a dia.
Somos elos de uma corrente, por isso, somos importantes para que a corrente se mantenha inteira. Não tem como retirarmos esse elo. Se ele deixasse de existir a corrente também não existiria.
Somos resultado de milenares existências e o objetivo de toda essa peregrinação é a evolução do princípio inteligente até alcançar a perfeição.


O que acontecerá, então, quando alcançarmos a perfeição?
Iremos trabalhar em benefício daqueles que ainda não a alcançaram, iremos consolar aqueles que se encontram em desespero, dar forças aqueles que passam por duras provas, ensinar aqueles que estão carentes de conhecimento, em suma, retribuir aos outros aquilo tudo que recebemos, por nossa vez, do mais Alto.

Quer dizer que não iremos descansar?

O descanso é uma necessidade humana. Quando encarnados, precisamos deste período para nosso equilíbrio, por isso, condicionamos nossa mente a pensar que o que nos aguardaria no futuro seria paz e descanso. Mera ilusão. Habitaremos corpos mais sutis e, quanto mais sutil for, menor a necessidade de descanso.
O que nos espera é mais trabalho?
Quanto mais evoluídos espiritualmente estivermos, abraçaremos mais responsabilidades e trabalhos, mas com uma grande diferença: trabalharemos não porque seremos forçados e sim por amor. O trabalho nos trará a satisfação que tanto nosso espírito anseia e a ociosidade seria para nós uma enorme decepção. Quanto mais evoluímos, mais compreendemos nossa importância, o “por quê” fomos criados, qual o nosso papel no universo. Por ora, pensamos ser um simples e insignificante ser, mas tenho certeza absoluta que o Pai não pensa assim e assim não o é. Trabalho jamais será um castigo e sim um privilégio.

Qual a finalidade da vida?
A finalidade é nos fazer crescer e evoluir.

Por que não fomos já criados perfeitos?
Porque não teríamos mérito algum para isso. Como ter privilégios sem merecer?
Por que tantos sofrem imensamente, desde o berço e ainda terão que sofrer e trabalhar mais ainda para alcançar um mundo melhor?
As dificuldades, dores e sofrimentos que hoje atingem uma imensidão de seres humanos é resultado do mal proceder de outras existências. É a colheita obrigatória da semeadura errada realizada no passado. Somos totalmente responsáveis pelos nossos atos e pelas suas conseqüências. A Lei que nos rege não é de punição, mas de educação. Aprendemos com as conseqüências de nossos erros para não errar mais. Uma vez a lição sendo compreendida e “quitado” nosso débito, desaparece o sofrimento, adquire-se uma lucidez maior e as forças são reavivadas para a continuação da jornada.

Quer dizer então que o trabalho não tem fim?
Não, não tem. Deus cria incessantemente, Jesus trabalha pelo nosso planeta incessantemente, os espíritos abnegados do Bem se desdobram em nos ajudar continuamente. Se o mais Alto Escalão não tem descanso, por que nós teríamos?
Entendamos que o trabalho não é uma punição e sim uma bênção. É a sagrada oportunidade que temos de retribuir todo o bem que fora realizado em nosso benefício para que chegássemos à condição que nos encontramos.

Qual o sentido real da vida?

Viver, amar e servir.
Isso é apenas filosofia, não tem uma explicação melhor?
Viver: onde existe vida, existe uma criação de Deus e toda criação é importante para a harmonia do Universo.
Amar: É o sentimento que mais nos aproxima de Deus. É o elo inquebrantável da corrente da vida.
Servir: É a contribuição que podemos dar em troca de todo investimento que fora empregado em nossa evolução. É o trabalho que fará com que quitemos o imenso débito para com toda a organização da vida, empregada em nosso favor. Se ficássemos inertes, ociosos, seria sinal de que na realidade não teríamos compreendido a magnitude da vida e seu mecanismo, ou melhor, não teríamos evoluído.


De onde viemos?

Eis uma pergunta que todo mundo já fez um dia.
Muitos pensam que fomos criados quando nascemos. Outros acreditam que no momento da concepção é que somos criados.
Na realidade, na matéria, somos criados (corpo, perispírito, espírito) no momento da concepção, porém nosso espírito e perispírito já existiam.
No momento da concepção uma nova jornada se inicia, como se fosse um ano letivo do currículo escolar. Terminada essa vida, esse ciclo, há um intervalo para posteriormente reiniciarmos em novo ano escolar, ou seja, uma nova jornada neste mundo.

Por que isso ocorre?
Ocorre para que possamos, nas diferentes jornadas, irmos adquirindo experiências e conhecimentos nas mais diversas condições, consequentemente, fazendo a desenvolvimento de nossas faculdades morais e espirituais.
Mas, quando foi nossa primeira encarnação?
Somos frutos de um constante desenvolvimento. Nossa primeira existência como seres humanos foi exatamente posterior a última que vivenciamos no reino animal. Talvez, como seres imortais que somos, nem tenhamos feito essa mudança de reino neste planeta. Talvez, e tudo indica ser essa a realidade, tenhamos vindo para este planeta estagiar em condições mais primitivas para adquirirmos aquilo que este meio poderia nos fornecer em termos de aprendizagem. Quando esse período se findar, retornaremos para o planeta de origem ou estagiaremos em outro mais evoluído para continuarmos nosso ciclo de aprendizagem, assim como os alunos que saem do colégio, ingressam numa determinada faculdade para complementarem seus estudos.
Quer dizer que podemos ter vivido já em outro planeta?

Sim, isso é bem provável, tendo em vista a Terra ser um planeta ainda relativamente “jovem”, ou seja, que há muito pouco tempo saiu de uma fase primitiva. Em sua maior parte, os espíritos nativos desse planeta renascem em agrupamentos mais rudimentares, isolados, como nos agrupamentos indígenas e, gradativamente, vão travando contato com a civilização e adquirindo conhecimentos. Lógico que isso não é uma regra, mas digamos que grande parte se encontram ali vivendo.
Nós viemos para este planeta por alguns motivos: ajudar o progresso da civilização primitiva aqui existente; para que o planeta que habitávamos ficasse “livre” da nossa influenciação negativa e pudesse progredir com menos impecilhos, assim como está ocorrendo hoje com a Terra, onde multidões de espíritos estão sendo exilados para planetas mais primitivos para que os que aqui ficarem possam evoluir mais livremente; para que aprendêssemos, no exílio, a dar o devido valor aquilo que tínhamos, aprendermos através do nosso suor e lágrimas, construir um novo ser, mais humano e irmão, capaz de conviver facilmente em quaisquer sociedades, dando ali sua contribuição sem esperar nada em troca.


Isso quer dizer que poderemos sair deste planeta e sermos levados a outro primitivo?

Isso dependerá da condição evolutiva de cada um. Se ficarmos ainda apegados com excesso à matéria, com o orgulho e vaidade intensos, atrapalhando o progresso de nossos semelhantes, desperdiçando nosso tempo em gozos perecíveis e não construindo nada de bom para nós mesmos e nosso próximo, com certeza, haverá grande probabilidade de sermos “banidos” para outro orbe.
E se isso acontecer, como ficaremos?

Renasceremos em novo mundo primitivo nas condições físicas que aquele plano nos oferecer. Nossos corpos serão mais limitados, porém, toda bagagem de conhecimentos que adquirimos estará sempre conosco. Teremos possibilidade, com muito suor e lágrimas, de construir um novo mundo a partir do zero, ajudar os povos primitivos a adquirirem novos conhecimentos, assim como sucedeu com a Terra milênios atrás.
Nunca mais voltaremos a Terra?
Quando expurgarmos tudo aquilo que nos imanta aquele planeta, seremos reconduzidos para cá ou para outro plano que se assemelhe às nossas vibrações.
Quem somos nós, afinal?
Somos seres imortais, filhos de Deus, que estagiamos em todos os lugares criados por Ele para exercitar nossa capacidade e despertar nossa inteligência. Digamos que essa centelha que somos estagia a milhões de anos nos diversos reinos da natureza e o que somos hoje, é o resultado de todo esse processo de aperfeiçoamento.
Não seria mais prudente crermos que Deus nos criou quando nascemos?
Se crermos nisso, estaremos incorrendo no erro de classificá-Lo como parcial e imperfeito, pois para alguns dá muitas facilidades e para outros verdadeiros martírios. Deus jamais daria privilégios a uns em detrimentos de outros, afinal, ele é a Suprema Perfeição. Deu a todos aquilo que precisavam para construírem um ser perfeito, mas o resultado final sempre será mérito individual de cada um. Fomos criados simples e ignorantes, mas com todos os atributos de um ser perfeito. Para adquirir a perfeição é necessário estimular esse princípio inteligente para que ele se desenvolva. Esses estímulos começam a ocorrer ainda no reino mineral e avança sempre, até chegar onde nos encontramos. Longa etapa essa, mas afinal, o que é o tempo diante da eternidade? É apenas uma unidade de medida para que possamos nos situar. A evolução do ser é constante, em todos os reinos desse planeta e posteriormente, de outros, ainda ignorados, que um dia habitaremos.
(Colaboração: Valdenir 

 Fonte: Centro Espírita Vinhas do Senhor


Questionamentos Espíritas

-Para Onde Vamos?
“Na casa de meu Pai há muitas moradas”.

Essa máxima de Jesus vem a nos consolar, indicando-nos que na casa do Pai (Universo) existem muitas moradas. Logicamente, estaremos enquadrados em alguma delas. Atualmente vivemos neste planeta azul, mas pode ser que sejamos originários de outras esferas e, com certeza, um dia abandonaremos esse plano para viver outras experiências em outros mundos.
Existe uma Lei Maior que nos rege, que nos guia, que traça sempre os melhores caminhos para que possamos aprender, trabalhar e evoluir. Nem sempre o que gostaríamos para nós é o melhor, por isso é comum que andemos inconformados com algumas provas que surgem em nosso caminho. Não temos ainda uma visão dimensionada para entender toda extensão das Leis Supremas, mas devemos estar atentos, nos resignar e aprender com as lições proveitosas que cercam nossa existência física.

-Para onde iremos após a morte física?
Eis aí uma pergunta que todo mundo já se fez. Iremos para onde nossa condição espiritual nos levar. Como já fora dito, na casa do Pai há muitas moradas. Podemos entender também por moradas o plano espiritual,para onde iremos caso não fiquemos apegados às coisas deste mundo. Muitas vezes, ficamos hipnotizados no sentimento de posse material ou apegados excessivamente aos nossos entes queridos e criamos uma força de atração que nos prende a esse mundo da matéria.


Quer dizer que mesmo depois do desencarne podemos ficar residindo neste mundo?


Podemos sim e o tempo que vai determinar isso é justamente o necessário para que essas energias atrativas sejam enfraquecidas e consequentemente possamos ser resgatados.

Como que essas energias podem ser enfraquecidas?
À medida que o indivíduo vai tomando consciência da sua situação e se resignando, os laços que o prendem a esse mundo vão se enfraquecendo.

Por que não somos resgatados imediatamente?


Isso dependerá do merecimento de cada um. Não podemos nos esquecer também que todos possuem o livre arbítrio, que sempre é respeitado. Um indivíduo somente é resgatado quando tem merecimento para isso ou quando acorda para a realidade que o cerca e pede auxílio ao Alto.

Se formos atraídos para o plano espiritual, onde iremos parar?
Iremos para uma dimensão que se sintonize com nossa freqüência vibratória. Quanto mais animalizados estejamos, mais seremos atraídos para regiões densas. Quanto mais espiritualizados estejamos, seremos atraídos para regiões mais sublimes.
A Lei que nos rege é natural, imutável, perfeita e aplicada a todos os seres da criação. Não existe julgamento. Quem faz nosso julgamento é a própria consciência. Ela nos aponta os erros e acertos, nos mostra as atenuantes e as agravantes que geraram nosso estado consciencial. No plano espiritual, iremos conviver com pessoas que tenham as mesmas idéias e disposições que as nossas, gostos,virtudes e defeitos. Em suma, cada um conviverá com o grupo que se afinizar.

Quer dizer que poderei ficar separado das pessoas que mais amo?
Temporariamente sim. Tudo dependerá da sintonia vibratória. Cada um será atraído para determinado lugar, de acordo com seu nível evolutivo. Se tivermos um nível maior que outros, quando estivermos preparados e adaptados ao novo meio, poderemos visitá-los e até auxiliá-los, de acordo com a permissão superior. Caso estejamos num nível inferior, poderemos ser auxiliados pelos que estão acima de nosso nível, para que mais rapidamente possamos nos recuperar e conseguir alcançar esferas mais elevadas. Tudo dependerá da força de vontade de cada um.

Por que não podemos conviver com todos nossos familiares no plano espiritual?
Porque dificilmente todos estarão em perfeita sintonia vibratória. Essa separação é temporária, porém, como a evolução é constante, uns evoluem mais rápidos e outros mais lentamente. Uns vão na frente e puxam os que ficam atrás. Quem está na frente vê quem está atrás e o ajuda, mas quem está atrás raramente nota quem está à frente.

Se formos atraídos para regiões baixas, por quanto tempo ficaremos ali?


O tempo que for suficiente para desgastar as energias mais densas e termos condições de ser socorridos pelos benfeitores espirituais. Esse tempo pode durar desde algumas horas, como até séculos. Tudo depende da disposição íntima de cada um de se melhorar, de perdoar, de abandonar seus vícios, ódios, rancores e sentimentos de vingança. Cada um desempenha uma trajetória diferente, mas no final, nem que leve milênios, todos retornarão ao caminho seguro que leva ao Pai.

E o contrário: se formos para planos mais elevados, o que acontecerá?
Iremos continuar nesse plano nosso aprendizado. Iremos ter condições de aprender novos ensinamentos, teremos maior oportunidade de trabalho e também maiores responsabilidades. Não existe “céu” de ociosidade. O trabalho é constante, assim como a nossa evolução é também. Nas esferas superiores alcançaremos conhecimentos que o plano material que vivemos jamais poderia nos fornecer. Trabalharemos pelos nossos semelhantes que ficaram “para trás”, para que possam, com seu esforço e superação, nos alcançar. Aí sim, quando todos tivermos livres as nossas imperfeições, poderemos conviver harmonicamente.

(Colaboração: Valdenir 

Fonte: Centro Espírita Vinhas do Senhor

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A melhora da morte

Quando os familiares não aceitam a perspectiva da separação (desencarnação) formando a indesejável teia vibratória, os técnicos da Espiritualidade promovem, com recursos magnéticos, uma recuperação artificial do paciente que, "mais prá lá do que prá cá", surpreendentemente começa a melhorar, recobrando a lucidez e ensaiando algumas palavras...
Geralmente tal providência é desenvolvida na madrugada. Exaustos, mas aliviados, os "retentores" vão repousar, proclamando:
"Graças a Deus! O Senhor ouviu nossas preces!"
Aproveitando a trégua na vigília de retenção os benfeitores espirituais aceleram o processo desencarnatório e iniciam o desligamento.
A morte vem colher mais um passageiro para o Além.
Raros os que consideram a necessidade de ajudar o desencarnante na traumatizante transição.
Por isso é freqüente a utilização desse recurso da Espiritualidade, afastando aqueles que, além de não ajudar, atrapalham. Existe até um ditado popular a respeito do assunto:
"Foi a melhora da morte! Melhorou para morrer!”

Richard Simonetti – Grupo de estudo Allan Kardec

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O Retorno do Apóstolo Chico Xavier

Quando mergulhou no corpo físico, para o ministério que deveria desenvolver, tudo eram expectativas e promessas.
Aquinhoado com incomum patrimônio de bênçãos, especialmente na área da mediunidade, Mensageiros da Luz prometeram inspirá-lo e ampará-lo durante todo o tempo em quase encontrasse na trajetória física, advertindo-o dos perigos da travessia
no mar encapelado das paixões bem como das lutas que deveria travar para alcançar o porto de segurança.
Orfandade,perseguições rudes na infância, solidão e amargura estabelecermos cerco que lhe poderia ter dificultado o avanço. Porém, as providências superiores auxiliaram-no a vencer esses desafios mais rudes e a crescer interiormente no rumo do objetivo de iluminação.
Adversários do ontem que se haviam reencarnado também, crivaram-no de aflições e de crueldade durante toda a existência orgânica, mas ele conseguiu amá-los, jamais devolvendo as mesmas farpas, os espículos e o mal que lhe dirigiam.
 Experimentou abandono e descrédito, necessidades de toda ordem, tentações incontáveis que lhe rondaram os passos ameaçando-lhe a integridade moral, mas não cedeu ao dinheiro, ao sexo, às projeções enganosas da sociedade, nem aos sentimentos vis.
Sempre se manteve em clima de harmonia, sintonizado com as Fontes Geradoras da Vida, de onde hauria coragem e forças para não desfalecer.
Trabalhando infatigavelmente, alargou o campo da solidariedade, e acendendo o archote da fé racional que distendia através dos incomuns testemunhos mediúnicos, iluminou vidas que se tornaram faróis e amparo para outras tantas existências.
 Nunca se exaltou e jamais se entregou ao desânimo, nem mesmo quando sob o metralhar de perversas acusações, permanecendo fiel ao dever, sem apresentar defesas pessoais ou justificativas para os seus atos.
Lentamente, pelo exemplo, pela probidade e pelo esforço de herói cristão, sensibilizou o povo e os seu líderes, que passaram a amá-lo, tornou-se parâmetro do comportamento,transformando-se em pessoa de referência para as informações seguras sobre o Mundo Espiritual e os fenômenos da mediunidade.
Sua palavra doce e ungida de bondade sempre soava ensinando, direcionando e encaminhando as pessoas que o buscavam para a senda do Bem.
Em contínuo contato com o seu Anjo tutelar, nunca o decepcionou,extraviando-se na estrada do dever, mantendo disciplina e fidelidade ao compromisso assumido.
Abandonado por uns e por outros,afetos e amigos, conhecidos ou não, jamais deixou de realizar o seu compromisso para com a Vida, nunca desertando das suas tarefas.
As enfermidades minaram-lhe as energias, mas ele as renovava através da oração e do exercício intérmino da caridade.
A claridade dos olhos diminuiu até quase apagar-se, no entanto a visão interior tornou-se mais poderosa para penetrar nos arcanos da Espiritualidade.
Nunca se escusou a ajudar, mas nunca deu trabalho a ninguém.
 Seus silêncios homéricos falaram mais alto do que as discussões perturbadoras e os debates insensatos que aconteciam a sua volta e longe dele, sobre a Doutrina que esposava e os seus sublimes ensinamentos.
Tornou-se a maior antena parapsíquica do seu tempo, conseguindo viajar fora do corpo, quando parcialmente desdobrado pelo sono natural, assim como penetrar em mentes e corações para melhor ajudá-los, tanto quanto tornando-se maleável aos Espíritos que o utilizaram por quase setenta e cinco anos de devotamento e de renúncia na mediunidade luminosa.
Por isso mesmo, o seu mediunato foi incomparável.
...E ao desencarnar, suave e docemente, permitindo que o corpo se aquietasse,ascendeu nos rumos do Infinito, sendo recebido por Jesus, que o acolheu com a Sua bondade, asseverando-lhe:
- Descansa, por um pouco, meu filho, a fim de esqueceres as tristezas da Terra e desfrutares das inefáveis alegrias do reino dos Céus.

Joanna de Ângelis - Divaldo Franco

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Em torno da Mediunidade

Ali, no movimentado salão do Carnegie Hall, em Nova Iorque, encontramos famosa médium, a que emprestaremos tão-só o nome de Sra. Hayden, e de quem ouvíramos as melhores referências no Plano Espiritual.
Marcado o encontro pela intervenção afetuosa de nosso amigo Fred. Figner, fomos recebidos pela distinta senhora desencarnada, para conversação de alguns minutos.
A Sra. Hayden, orientadora de assuntos medianímicos, em vários círculos doutrinários dos Estados Unidos, recebeu-nos com extrema bondade, e, porque a víssemos cercada de amigos, naturalmente em atividades inadiáveis, firmamo-nos no objetivo direto de nossa visita, depois das saudações fraternais.
-Sra. Hayden — começamos —, se possível, estimaríamos ouvi-la em algumas perguntas sobre mediunidade...
-Minha experiência — comentou a interpelada — nada possui de notável...
E sorrindo:
-Mas pergunte o que deseje e responderei o que possa.
Sabíamos que a entrevistada, desde os primórdios do Espiritismo, na América, se fizera amiga pessoal do Juiz John Edmonds, do professor Robert Hare, da Sra. James Mapes, de Emma Hardinge e outros pioneiros do movimento espírita na Terra, e considerei:
-Não desconhecemos que a senhora estuda a mediunidade, desde as bases da Doutrina Espírita no mundo...
-Sim — aprovou —, tenho essa honra.
E o nosso diálogo prosseguiu:
-Que nos diz acerca da mediunidade, no momento atual do Planeta?
-Questão ainda nova, tão nova como quando nos aventuramos a praticá-la, há precisamente um século. Temos longo tempo, diante de nós, para examiná-la, conhecê-la, educá-la.
-Mas, a Ciência e a Religião?...
-Duas forças que, até agora, ainda não puderam compreendê-la. Com a veneração que lhes devemos e acatadas as exceções, não será lícito ignorar que os cientistas, até hoje, se esforçam, quase sempre, não em estudá-la mas em dissecá-la, como quem anatomiza grãos de trigo verde, querendo encontrar o pão feito; e os religiosos, muitas vezes, unicamente procuram cercear-lhes os vôos, sob capas mitológicas, interessados em prestigiar a superstição.
-Acredita, no entanto, que as realizações da mediunidade são retardadas tão-só pela inf1uência de cientistas e religiosos?
-De modo algum. A mediunidade é uma força neutra, qual o magnetismo e a eletricidade, que não são bons e nem maus em si. O homem é quem lhes caracteriza as aplicações. Todos sabemos que milhares de indivíduos, encarnados e desencarnados, abusam da mediunidade, como os falsários criam chantagem com o dinheiro ou os impostores exploram a palavra, envilecendo-a na demagogia.
-A senhora crê na possibilidade de se coibirem semelhantes abusos pelo estabelecimento, na Terra, de um instituto central de controle dos fenômenos mediúnicos?
-A questão é de consciência pessoal. Já pensou o que seria do mundo, nas condições morais em que ainda se encontra, se apenas um grupo de nações ou pessoas pudesse controlar a potência do Sol? As ocorrências medianímicas pertencem ao domínio da verdade; por isso mesmo, devem estar com todas as criaturas, no grau evolutivo em que se vejam, em regime de liberdade, conquanto saibamos que todo médium dará contas aos Poderes Orientadores da Vida quanto àquilo que faça de suas próprias faculdades.
-Sra. Hayden, estamos convencidos de que a mediunidade é característica peculiar a todas as pessoas. Apesar disso, a senhora crê, tanto quanto nós, que muitos Espíritos reencarnam com mandatos especiais para desenvolvê-la e honorificá-la?
-Perfeitamente.
-E como explicarmos a falência de tantos médiuns no mundo?
-Isso não sucede exclusivamente nos domínios da mediunidade. O amigo admite que os tiranos em política, os sicários da cultura intelectual que supõem desacreditar a Ciência com atos de crueldade e os fanáticos em Religião hajam nascido na Terra para fazerem o mal que causam? Identificamos companheiros transviados na mediunidade, como é fácil de conhecê-los nos círculos da fortuna, da inteligência, da administração...
-Que diz a isso?
-Que, por enquanto, somos, no conjunto, a família humana do Planeta, com imperfeições, paixões, erros e bancarrotas, inerentes à nossa posição de Espíritos em aperfeiçoamento gradativo, caindo agora e levantando depois, aprendendo e melhorando sempre.
-Em seu ponto de vista, como promover a elevação do conceito de mediunidade?
-Separar o fenômeno mediúnico da doutrina do Espiritismo, definindo fenômeno por matéria de observação e doutrina como sendo a luz que o esclarece.
-A senhora conhece a Codificação Kardequiana?
-Sim.
-Se fosse solicitada a falar para os irmãos de língua inglesa, encarnados na Terra, com vistas à obra de Allan Kardec, permitir-nos-á, por obséquio, saber o que diria?
-Se isso me fosse possível, convidaria todos os amigos e associados de ideal, de formação anglo-saxônia e latina, para o estudo generalizado dos temas e interesses espíritas e espiritualistas, em benefício da Humanidade, a começar dos mais humildes agrupamentos de opinião. Esses assuntos fundamentais da alma, da imortalidade, da evolução, da reencarnação, do destino, da dor e da justiça precisam sair do ambiente estreito dos simpósios para a analise clara e simples do povo.
-Sra. Hayden, desejando centralizar o nosso entendimento no que se relaciona com a mediunidade, muito nos agradaria ouvi-Ia sobre o que pensa, neste outro lado da vida, quanto à mistificação mediúnica.
-O irmão diz muito bem, quando afirma «neste outro lado da vida», porque, no campo físico, habituamo-nos a ver o empeço de maneira excessivamente sumária. A mistificação medianímica assume agora para mim aspectos multiformes, de vez que, se em alguns casos raros, podemos reconhecê-la movida pela má-fé, na maioria absoluta das ocorrências necessitamos compreender o papel da hipnose, da compulsão, do reflexo condicionado ou do processo obsessivo dentro dela. Discriminar mistificações mediúnicas, separando-as de fatos autênticos da mediunidade, não é tão fácil...
-Que sugere para a solução do problema?
-Trabalhar e estudar, cada vez mais. Os sábios das Esferas Superiores nos inspiram e guiam, mas não efetuam por nós a tarefa que nos cabe fazer.
-Mas, as fraudes mediúnicas, Sra. Hayden, que pensar das fraudes mediúnicas que plantam a dúvida e a negação entre os homens? Porque os sábios das Esferas Superiores não as proíbem irrevogavelmente?
-A notável seareira do Espiritismo, na América, sorriu de enigmático modo e acrescentou:
-Ah! Meu amigo, a dúvida é permitida pela Bondade Divina, em benefício da fraqueza humana. A fraude mediúnica, se prejudica de um lado, mostra função seletiva de outro. Muita gente que se gaba de cultura e discernimento não suportaria, de chofre, as verdades do Mundo Espiritual. Existem Espíritos que reencarnam prometendo prodígios de fidelidade e serviço, na obra do Senhor; entretanto, depois de se constituírem seguramente no corpo físico, voltam às tentações que noutro tempo lhes conturbavam o campo íntimo e recuam dos propósitos de elevação... Ainda assim, são criaturas boas e nobres. O Senhor, então, permite que elas duvidem das realidades espirituais e aceita, generosamente, que lhe neguem até mesmo a existência, de modo a que se inclinem para outras tarefas, não tão heróicas quanto as da confiança e da lealdade ao Bem até às últimas conseqüências, mas igualmente construtivas e meritórias... Tornarão à fé mais tarde, enquanto os companheiros mais amadurecidos seguem, com a bênção do Senhor, para a frente.
Uma campainha retiniu.
Os minutos previstos para a conversação haviam terminado.
A Sra. Hayden despediu-se e nós ficamos repentinamente a sós, no grande salão, com fome de silêncio e com sede de pensar.

 Irmão X , Do Livro: Entre Irmãos de Outras Terras- Francisco Cândido Xavier

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Classificações de Casamentos

Acidentais, Provacionais, Sacrificiais, Afins (Afinidade superior), Transcendentes.

ACIDENTAIS : Se dá por efeito de atração momentânea, de almas ainda inferiorizadas. São as pessoas que se encontram, se vêem, se conhecem, se aproximam, surgindo, daí, o enlace acidental, sem qualquer ascendente espiritual. Usando de seu livre arbítrio, uma vez que por ele construímos sempre o nosso destino. No nosso mundo, tais casamentos são comuns, ainda.

PROVACIONAIS: Reencontro de almas, para reajustamentos necessários à evolução delas. São os mais frequentes. É por essa razão que há tantos lares onde reina a desarmonia, onde impera a desconfiança, onde os conflitos morais se transformam, tantas vezes, em dolorosas tragédias. Deus permite a união deles, através das leis do Mundo, a fim de que, pelo convívio diário, a Lei Maior, da fraternidade, seja por eles exercida nas lutas comuns. A compreensão evangélica, a boa vontade, a tolerância e a humildade são virtudes que funcionam à maneira de suaves amortecedores.
O Espiritismo, pelos conhecimentos que espalha, é meio eficiente para que muitos lares em provação, se reajustem e se consolidem, dando, assim, os primeiros passos na direção do Infinito Bem. O Espírita esclarecido sabe que somente ele pagará as suas próprias faltas, porém sempre contando com o auxílio Divino.

SACRIFICIAIS: Deus permite aí, o reencontro de alma iluminada com alma inferiorizada, com o objetivo de redimir a que se perdeu pelo caminho. Reúnem almas possuidoras de virtude a outras de sentimentos opostos. Acontece quando uma alma esclarecida, ou iluminada se propõe ajudar a que se atrasou na jornada ascensional. Como a própria palavra indica, é casamento de sacrifício, para um deles. E o sacrificado tanto pode ser a mulher como o homem. Quem ama não pode ser feliz se deixou na retaguarda, torturado e sofredor, o objeto de sua afeição.Volta, então, e, na qualidade de esposo ou esposa, recebe o viajor retardatário, a fim de, com o seu carinho e com a sua luz, estimular-lhe a caminhada. O Evangelho nos lares, como em toda a parte, funciona à maneira de estimulante da harmonia e construtor do entendimento. 

AFINS :
Pela lei da afinidade, reencontram-se corações amigos, para consolidação de afetos. São os que reúnem almas esclarecidas e que muito se amam. São Espíritos que, pelo casamento, no doce aconchego do lar, consolidam velhos laços de afeição.

TRANSCENDENTES
São Almas engrandecidas no Bem que se buscam para realizações imortais. São constituídos por almas que se reencontram, no plano físico, para as grandes realizações de interesse geral. A vida desses casais encerra uma finalidade superior. O ideal do Bem e do Belo enche-lhes as horas e os minutos repletando-lhes as almas de doce ventura, acima de quaisquer vulgaridades terrenas, acima das emoções inferiores, o amor puro e santo. Todos nós passamos, ou passaremos ainda, segundo o caso, por essa sequência de casamentos: acidentais, provacionais e sacrificiais, até alcançarmos no futuro, sob o sol de um novo dia, a condição de construirmos um lar terreno na base do idealismo transcendental ou da afinidade superior. E enquanto caminhamos, o Espiritismo, abençoada Doutrina, cumulará os nossos dias das mais santas esperanças…
É evidente que o matrimônio, sagrado em suas origens, tem reunido sob o mesmo teto os mais variados tipos evolutivos, o que vem demonstrar que a união, na Terra, funciona, às vezes como meio de consolidação de laços de pura afinidade espiritual, e, noutros casos, em sua maioria, como instrumento de reajuste.
Algumas vezes o lar é um santuário, um templo, onde almas engrandecidas pela legítima compreensão exaltam a glória suprema do amor sublimado. Porém, a maioia dos lares funcionam como oficina e hospital purificadores, onde, sob o calor de rudes provas e dolorosos testemunhos, Espíritos frágeis caminham, lentamente, na direção da Vida Superior.


Autor: Martins Peralva
Livro : Estudando a Mediunidade – cap. XVIII

O Problema do Divórcio

Ouvistes o que foi dito aos antigos: – Quem abandonar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio.
Eu, porém, vos digo que quem repudiar sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, a torna adúltera; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério.
(Mateus, 5:31 e 32.)


Nos primórdios do Judaísmo os vínculos matrimoniais eram bastante frágeis. Se o homem chegasse à conclusão de que sua esposa não lhe convinha, até pelo fato de cometer uma falha no preparo da comida, bastava dar-lhe carta de divórcio, uma espécie de demissão ou rescisão do contrato matrimonial. Isto bem de acordo com a mentalidade da época, situada a mulher em regime de escravidão.
Por incrível que pareça, a carta de divórcio, instituída por Moisés, representava um progresso, pois regulamentava a separação e dava à repudiada o direito de constituir nova família.
No capítulo 19, do Evangelho de Mateus, Jesus diz, categórico, que semelhante instituição deveu-se à dureza do coração humano.
Ao referir-se ao assunto, no Sermão da Montanha, o Mestre explica que o casamento deve ser indissolúvel, admitindo a separação apenas num caso — a infidelidade —, porque esta des-trói as bases fundamentais da união matrimonial: a confiança, a integridade, o respeito, o amor, a dignidade.
A Doutrina Espírita é bastante clara quanto à seriedade do vínculo matrimonial, demonstrando que ele é, geralmente, fruto de planejamento espiritual, e que, ao se ligarem, os cônjuges assumem compromissos muito sérios, não tão somente em relação ao próprio ajuste, mas, particularmente, no concernente aos filhos.
Todo casamento dissolvido representa fracasso dos cônjuges. A separação não faz parte do destino de ambos — é simples¬mente uma alternativa, quando a união entra em crise insuperável. O divórcio, nesta circunstância, defendido por Kardec, em O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo 22, limita-se tão só a re¬conhecer uma separação já existente. É o mal menor, oferecendo ao casal divorciado a oportunidade de recompor suas vidas e de legalizar sua nova situação perante a sociedade.
Imperioso reconhecer – e nisso reside a seriedade do problema – que a separação representa uma transferência de com¬promissos para o futuro, em regime de débito agravado, sempre que os filhos ou os próprios cônjuges venham a comprometer-se em desajustes e desequilíbrios diretamente relacionados com a desintegração do lar.
Inútil, entretanto, considerar-se os prejuízos advindos da separação, diante daqueles que chegaram a extremos tais de desentendimentos que tornam impossível a vida em comum. Nesta circunstância, nem toda a sabedoria do mundo os convencerá a permanecerem juntos, superando suas desavenças.
Por isso, mais importante do que tentar ajustar peças demasiadamente comprometidas pela ferrugem da discórdia, é cuidar de recursos que garantam a estabilidade matrimonial, a saúde do casamento.
Para tanto, a primeira providência é superar o velho enga¬no cometido pelo homem e pela mulher, que se julgam casados apenas porque assinaram o livro do registro civil, submetendo-se às demais disposições legais.
Socialmente falando o casamento é isso, mas, sob o ponto de vista moral e espiritual, trata-se de um compromisso a ser re¬novado todos os dias. Deve representar o empenho diário de dois seres, de estrutura biológica e psicológica totalmente diferentes, no sentido de se ajustarem. Cérebro e coração, razão e sentimento, força e sensibilidade, o homem e a mulher, realmente, são duas partes que se completam — mas somente com a força do amor. Não o amor paixão, que se esvai após a embriaguez dos primeiros tempos, mas o amor convivência, que se consolida com o perpassar dos anos, desde que sustentado pelos valores da compreensão, do respeito mútuo, da tolerância e da boa vontade.
Emmanuel tem uma imagem muito feliz a respeito do casamento, quando diz que a euforia dos noivos, no grande dia, é semelhante à do estudante que recebe o diploma do curso superior. É o coroamento de seus esforços, de seus anseios...
Mas depois vem o trabalho de cada dia, a dedicação, o es¬forço, o sacrifício, para que seu diploma represente para ele a base de uma vida melhor, econômica e socialmente.
Assim acontece com o casamento. Muita alegria no início, muito empenho depois, porque nenhuma casa será um lar autêntico, oásis de bênçãos e ternura, se não for primeiro uma oficina de boa vontade e de esforço em favor da paz.
Para tanto, lembrando ainda Jesus, é preciso que combatamos a dureza de nossos corações, pois, se bem analisarmos, verificaremos que todo problema de relacionamento humano, em qualquer lugar, principalmente no lar, nasce justamente porque nosso coração se fecha com muita facilidade ante as manifestações do egoísmo, que nos leva a exigir demais dos outros e tão pouco de nós mesmos.

Richard Simonetti