segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Recém-Desencarnados

Texto compilado a partir do trabalho apresentado pelo grupo de Estudos da Mediunidade da FEMEL

A principal dificuldade do recém-desencarnado é a adaptação ao impacto das energias astrais. O choque é muito forte, os pensamentos e emoções dele, ou de pessoas próximas, o atingem com facilidade.
A fragilidade do espírito é maior até o momento em que o cordão de prata é rompido, e infelizmente, esse é o período de maior emissão de sofrimento pelos irmãos encarnados. Eles podem receber os choques desagradáveis das lembranças e das emanações de sofrimento dos que se encontram encarnados. Além disso, muitos falam mal dos que se foram, relembrando acontecimentos de sua vida.
O incômodo sentido pelo espírito, (mesmo quando possui merecimento para auxílio) não está isento das energias hostis enviadas pelos seus irmãos.
O principal motivo para as perturbações que ocorrem durante o processo de desencarne é o padrão vibratório dos amigos e familiares que estão em volta do leito de morte. Choros, gritos, angustias, medo, saudade e, além de tudo isso, temos as conversas egoístas ou de baixo padrão vibratório. Existe também a atração de espíritos de baixo padrão vibratório envolvidos nas conversas, que podem vir pedir perdão ou cobrar erros do indivíduo.
O espírito também fica suscetível as vibrações dos familiares. Quando estes, em desequilíbrio, ficam chamando por ele, ocorre uma atração muito forte e o espírito recebe esse impacto, porque ainda esta em período de adaptação. Se o espírito recém-liberto voltar para o lar ele sofrerá junto com os familiares e de forma inconsciente se tornará um obsessor dos seus entes queridos.
Pode ocorrer, nesse intercâmbio de influências, a retenção do espírito no ambiente familiar, em que o desencarnado retorne para o lar juntamente com os seus e sequer perceba o fato de já estar desencarnado, gerando problemas para ambos os lados, podendo, inclusive causar sofrimentos e mal-estar entre os encarnados, que, por um lado, reclamam a falta do que desencarnou, e por outro, não lhe percebem a presença e o desespero em se fazer notar e ser ajudado.
É fato que a vibração energética emitida pelos entes encarnados é de profunda influência no espírito em libertação. Durante esse meio tempo o espírito fica meio consciente (espírito de média evolução) sente-se fraco, facilmente influenciável pelo ambiente, não consegue raciocinar direito e pode sentir as sensações da doença que o levou ao desencarne.
Por isso, a melhor postura durante o desencarne é a PRECE, o SILÊNCIO e assuntos que não comprometam o padrão vibratório do ambiente.

Fonte: Centro Espírita "Allan Kardec

Cepal André Luiz

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