sábado, 29 de outubro de 2011

As quatro estações da vida

Você já notou a perfeição que existe na natureza? Uma prova incontestável da harmonia que rege a Criação. Como num poema cósmico, Deus rima a vida humana com o ritmo dos Mundos.
Ao nascermos, é a primavera que eclode em seus perfumes e cores. Tudo é festa. A pele é viçosa. Cabelos e olhos brilham, o sorriso é fácil. Tudo traduz esperança e alegria.
Delicada primavera, como as crianças que encantam os nossos olhos com sua graça. Nessa época, tudo parece sorrir. Nenhuma preocupação perturba a alma.
A juventude corresponde ao auge do verão. Estação de calor e beleza, abençoada pelas chuvas ocasionais. O sol aquece as almas, renovam-se as promessas.
Os jovens acreditam que podem todas as coisas, que farão revoluções no Mundo, que corrigirão todos os erros.
Trazem a alma aquecida pelo entusiasmo. São impetuosos, vibrantes. Seus impulsos fortes também podem ser passageiros... Como as tempestades de verão.
Mas a vida corre célere. E um dia – que surpresa – a força do verão já se foi.
Uma olhada ao espelho nos mostra rugas, os cabelos que começam a embranquecer, mas também aponta a mente trabalhada pela maturidade, a conquista de uma visão mais completa sobre a existência. É a chegada do outono.
Nessa estação, a palavra é plenitude. Outono remete a uma época de reflexão e de profunda beleza. Suas paisagens inspiradoras - de folhas douradas e céus de cores incríveis – traduzem bem esse momento de nossa vida.
No outono da existência já não há a ingenuidade infantil ou o ímpeto incontido da juventude, mas há sabedoria acumulada, experiência e muita disposição para viver cada momento, aproveitando cada segundo.
Enfim, um dia chega o inverno. A mais inquietante das estações. Muitos temem o inverno, como temem a velhice. É que esquecem a beleza misteriosa das paisagens cobertas de neve.
Época de recolhimento? Em parte. O inverno é também a época do compartilhamento de experiências.
Quem disse que a velhice é triste? Ela pode ser calorosa e feliz, como uma noite de inverno diante da lareira, na companhia dos seres amados.
Velhice também pode ser chocolate quente, sorrisos gentis, leitura sossegada, generosidade com filhos e netos. Basta que não se deixe que o frio enregele a alma.
Felizes seremos nós se aproveitarmos a beleza de cada estação. Da primavera levarmos pela vida inteira a espontaneidade e a alegria.
Do verão, a leveza e a força de vontade. Do outono, a reflexão. Do inverno, a experiência que se compartilha com os seres amados.
A mensagem das estações em nossa vida vai além. Quando pensar com tristeza na velhice, afaste de imediato essa idéia.
Lembre-se que após o inverno surge novamente a primavera. E tudo recomeça.
Nós também recomeçaremos. Nossa trajetória não se resume ao fim do inverno. Há outras vidas, com novas estações. E todas iniciam pela primavera da idade.
Após a morte, ressurgiremos em outros planos da vida. E seremos plenos, seremos belos. Basta para isso amar. Amar muito.
Amar as pessoas, as flores, os bichos, os Mundos que giram serenos. Amar, enfim, a Criação Divina. Amar tanto que a vida se transforme numa eterna primavera.

Redação do Momento Espírita.



Harmonia das Diferenças

Você já pensou que o nosso grande problema, nas relações pessoais, é que desejamos que os outros sejam iguais a nós? 
 Em se falando de amigos, desejamos que eles gostem exatamente do que gostamos, que apreciem o mesmo gênero de filmes e música que constituem o nosso prazer. 
 No âmbito familiar, prezaríamos que todos os componentes da família fossem ordeiros, organizados e disciplinados como nós. 
 No ambiente de trabalho, reclamamos dos que deixam a cadeira fora do lugar, papel espalhado sobre a mesa e que derramam café, quando se servem. 
 Dizemos que são relaxados e que é muito difícil conviver com pessoas tão diferentes de nós mesmos. Por vezes, chegamos às raias da infelicidade, por essas questões. 
 Mas, é assim que se cresce no mundo. Por causa das grandes diferenças entre as criaturas que o habitam. 
 A sabedoria divina colocou as pessoas no mundo, com tendências e gostos diferentes umas das outras. 
 Também em níveis culturais diversos e degraus evolutivos diferentes. 
 Tudo para nos ensinar que o grande segredo do progresso está exatamente em aprendermos uns com os outros, a trocar experiências e valorizar essas diferenças.
 (Fonte: Momento Espírita)

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Socorro tardio

        Você já parou para pensar, algum dia, a respeito da caridade?

        De um modo geral, confundida com a esmola pura e simples, o dar para se ver livre do pobre, do pedinte, dar para que ele se vá, de uma vez.
        Face aos problemas da fome, da miséria, já não lhe ocorreu dizer: Isto é um problema do governo? Será mesmo?
        Afinal, quem, em que hora, quando e em que lugar deve praticar a caridade?
        Certa vez, no tempo dos czares, no Teatro de Moscou, foi representada uma peça muito célebre.
        Todas as dependências estavam totalmente tomadas pelos membros da realeza.
        O enredo girava em torno dos sofrimentos de um soberano místico que, em meio a cruéis padecimentos, sacrificou-se pela fé cristã.
        A música enlevava os corações da nobreza assistente. Todos se identificavam com as agonias cristãs da personagem que, de alguma forma, traduzia um pouco do íntimo de cada um.
        Quando findou o colorido espetáculo, à saída do Teatro, deitado sob a marquise, estava um mendigo.
        Tiritava de frio. Parecia que delirava em meio à nevasca da noite.
        Uma das damas da corte, ao descer as escadarias que a levariam à sua carruagem, movida por um natural impulso de bondade, retirou o rico casaco de peles que a agasalhava, e se encaminhou em direção ao pobre homem, com a firme intenção de o cobrir.
        A dama que lhe fazia companhia, porém, percebendo o que a outra iria fazer, a deteve.
        Não faças isso!
        De que adiantaria a esse miserável uma peça de vestuário de tal valor? Amanhã enviarás, por um dos teus servos, agasalhos quentes para ele.
        A dama do casaco de alto preço, movida agora por sentido utilitarista da vida, respondeu: Sim, tens razão. E tornou a vestir o casaco, buscando a carruagem.
        Chegaram ao luxuoso castelo, tomaram um chá quente e reconfortante e buscaram as camas aconchegantes.
        Esqueceram da agonia do desconhecido tombado sob a marquise gélida.
        No dia seguinte, despertando já manhã alta, a dama recordou-se do homem tiritante de frio.
        Chamou um de seus servos e ordenou que levasse agasalhos ao pobre homem.
        Quando lá chegou, o serviçal se deparou com o desconhecido já morto, sendo removido pela polícia.
                                              
        O fato responde aos questionamentos iniciais.
        Sempre que a caridade recebe a interferência de polêmicas, discussão, debate, invariavelmente o socorro chega atrasado.
        É necessário que cada um de nós faça o bem hoje. Há muitas formas de se praticar a caridade:
        Retirar alguém da escuridão do analfabetismo. Providenciar internamento devido a um  doente sem recursos.
        Levar o remédio necessário ao que se encontra no leito. Propiciar o leite a uma criança cuja mãe já apresenta os seios vazios.
        Ofertar um brinquedo ao menino de rua, ao garoto sem pais, à criança que espera.
        Enfim, ser caridoso é fazer aos outros o que desejamos que os outros nos façam, tanto no aspecto material como no moral.
                                                  
        As nossas posses de nada valerão se não tivermos no cofre do coração o pão da caridade e a palavra consoladora da misericórdia que nos compete distribuir.
        Dar do que nos sobra é dever de solidariedade, dar um tanto mais é doação plena.

Redação do Momento Espírita

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Anjos e Demônios

Os seres que chamamos anjos, arcanjos, serafins formam uma categoria especial, de natureza diferente da dos outros Espíritos?
R: Não; são Espíritos puros: estão no mais alto grau da escala e reúnem em si todas as perfeições.

*** Comentário de Kardec:  A palavra *anjo* desperta geralmente a idéia da perfeição moral; não obstante é freqüentemente aplicada a todos os seres, bons e maus, que existam fora da Humanidade. Diz-se: o bom e o mau anjo; o anjo da luz e o anjo das trevas; e nesse caso ela é sinônima de Espírito ou de gênio. Tomamo-la aqui na sua significação boa.

Os anjos também percorreram todos os graus?
R: Percorreram todos. Mas, uns aceitaram a sua missão sem lamentar e chegaram mais depressa; outros empregaram maior ou menor tempo para chegar à perfeição.

Há demônios, no sentido que se dá a essa palavra?
R: Se houvessem demônios, eles seriam obra de Deus. E Deus seria justo e bom, criando seres infelizes, eternamente voltados ao mal?

Se há demônios, é no teu mundo inferior e em outros semelhantes que eles residem: são esses *homens hipócritas que fazem de um Deus justo um Deus mau e vingativo*, e que pensam lhe ser agradáveis pelas abominações que cometem, em seu nome.


*** Comentário de Kardec: A palavra *demônio* não implica a idéia de Espírito mau, a não ser na sua acepção moderna, porque o termo grego *dáimon* de que ela deriva, significa *gênio, inteligência*, e se aplicou aos seres incorpóreos, bons ou maus. sem distinção.

*** Os demônios, segundo a significação vulgar do termo, seriam entidades essencialmente malfazejas: e seriam, como todas as coisas, criação de Deus.

*** Mas Deus, que é eternamente justo e bom, não pode ter criado seres predispostos ao mal por sua própria natureza, e condenados pela eternidade. Se não fossem obra de Deus, seriam eternos como ele, e nesse caso haveria muitas potências soberanas.

*** A palavra *demônio* deve, portanto, ser entendida como referente aos *Espíritos impuros*, que freqüentemente não são melhores que os designados por esse nome, mas com a diferença de ser o seu estado apenas transitório...

*** São esses os *Espíritos imperfeitos* que protestam contra as suas provações e por isso as sofrem por mais tempo, mas chegarão por sua vez á perfeição, quando se dispuserem a tanto.

*** A propósito de *Satanás*, é evidente que se trata da *personificação do mal sob uma forma alegórica*, porque não se poderia admitir um ser maligno lutando de igual para igual com a Divindade, e cuja única preocupação seria a de contrariar os seus desígnios.

*** Como o homem necessita de imagens e figuras para impressionar a sua imaginação, pintou os seres incorpóreos com formas materiais dotadas de atributos que lembram as suas qualidades ou os seus defeitos. 

*** No Espiritismo.: O Espiritismo afirma que demônios não existem. Deus, ao criá-los, estaria derrogando suas leis e contradizendo-se, uma vez que lhe são atribuídos os fatores divinizadores sendo um deles a bondade. Deus não criaria seres para perturbar a vida dos homens.

*** Existem espíritos que incorporam esse personagem fictício e passam a agir em seu nome, representando esse papel mitológico. O Espiritismo entende que todo mal é temporário e a EVOLUÇÃO é caminho único do espírito que pode apenas estacionar no seu estado de imperfeição, mas não retroceder.

*** Outras religiões atribuem aos espíritos levianos o rótulo de *demônio* por não conhecerem profundamente a relação espiritual na que estamos imersos.

*** Esses *demônios* são espíritos em estado temporário de ignorância que precisam de amor fraterno para se libertarem dos sentimentos inferiores que os prendem à esta condição.



Fonte:_ Livro dos Espíritos _

sábado, 22 de outubro de 2011

A alegria dos outros

  Um jovem, muito inteligente, certa feita se aproximou de Chico Xavier e indagou-lhe:
Chico, eu quero que você formule uma pergunta ao seu guia espiritual, Emmanuel, pois eu necessito muito de orientação.
Eu sinto um vazio enorme dentro do meu coração. O que me falta, meu amigo?
Eu tenho uma profissão que me garante altos rendimentos, uma casa muito confortável, uma família ajustada, o trabalho na Doutrina Espírita como médium, mas sinto que ainda falta alguma coisa.
O que me falta, Chico?
O médium, olhando-o profundamente, ouviu a voz de Emmanuel que lhe respondeu:
Fale a ele, Chico, que o que lhe falta é a “alegria dos outros”! Ele vive sufocado com muitas coisas materiais. É necessário repartir, distribuir para o próximo...
A alegria de repartir com os outros tem um poder superior, que proporciona a alegria de volta àquele que a distribui.
É isto que está lhe fazendo falta, meu filho: a “alegria dos outros”.
Será que já paramos para refletir que todas as grandes almas, que transitam pela Terra, estiveram intimamente ligadas com algum tipo de doação?
Será que já percebemos que a caridade esteve presente na vida de todos esses expoentes, missionários que habitaram o planeta?
Sim, todos os Espíritos elevados trazem como objetivo a alegria dos outros.
Não se refere o termo, obviamente, à alegria passageira do mundo, que se confunde com euforia, com a satisfação de prazeres imediatos.
Não, essa alegria dos outros,mencionada por Emmanuel, é gerada por aqueles que se doam ao próximo, é criada quando o outro percebe que nos importamos com ele.
É quando o coração sorri, de gratidão, sentindo-se amparado por uma força maior, que conta com as mãos carinhosas de todos os homens e mulheres de bem.
Possivelmente, em algum momento, já percebemos como nos faz bem essa alegria dos outros, quando, de alguma forma conseguimos lhes ser úteis, nas pequenas e grandes questões da vida.
Esse júbilo alheio nos preenche o coração de uma forma indescritível. Não conseguimos narrar, não conseguimos colocar em palavras o que se passa em nossa alma, quando nos invade uma certa paz de consciência por termos feito o bem, de alguma maneira.
É a Lei maior de amor, a Lei soberana do Universo, que da varanda de nossa consciência exala seu perfume inigualável de felicidade.
Toda vez que levamos alegria aos outros a consciência nos abraça, feliz e exuberante, segredando, ao pé de ouvido:  É este o caminho... Continue...
Sejamos nós os que carreguemos sempre o amor nas mãos, distribuindo-o pelo caminho como quem semeia as árvores que nos farão sombra nos dias difíceis e escaldantes.
Sejamos os que carreguemos o amor nos olhos, desejando o bem a todos que passam por nós, purificando a atmosfera tão pesada dos dias de violência atuais.
E lembremos: a alegria dos outros construirá a nossa felicidade.

Redação do Momento Espírita

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Você é o que deseja ser

 João era um importante empresário. Morava em um apartamento de cobertura, na zona nobre da cidade.
Ao sair pela manhã, deu um longo beijo em sua amada, fez sua oração matinal de agradecimento a Deus pela sua vida, seu trabalho e suas realizações.
Tomou café com a esposa e os filhos e os deixou no colégio. Dirigiu-se a uma das suas empresas.
Cumprimentou todos os funcionários com um sorriso. Ele tinha inúmeros contratos para assinar, decisões a tomar, reuniões com vários departamentos, contatos com fornecedores e clientes.
Por isso, a primeira coisa que falou para sua secretária, foi: Calma, vamos fazer uma coisa de cada vez, sem stress.
Ao chegar a hora do almoço, foi curtir a família. À tarde, soube que o faturamento do mês superara os objetivos e mandou anunciar a todos os funcionários uma gratificação salarial, no mês seguinte.
Conseguiu resolver tudo, apesar da agenda cheia. Graças a sua calma, seu otimismo.
Como era sexta-feira, João foi ao supermercado, voltou para casa, saiu com a família para jantar.
Depois, foi dar uma palestra para estudantes, sobre motivação.
Enquanto isso, Mário, em um bairro pobre de outra capital, como fazia todas as sextas-feiras, foi ao bar jogar e beber.
Estava desempregado e, naquele dia, recusara uma vaga como auxiliar de mecânico, por não gostar do tipo de trabalho.
Mário não tinha filhos, nem esposa. A terceira companheira partira, cansada de ser espancada e viver com um inútil.
Ele morava de favor, num quarto muito sujo, em um porão. Naquele dia, bebeu, criou confusão, foi expulso do bar e o mecânico que lhe havia oferecido a vaga em sua oficina, o encontrou estirado na calçada.
Levou-o para casa e depois de passado o efeito da bebedeira, lhe perguntou por que ele era assim: Sou um desgraçado, falou. Meu pai era assim. Bebia, batia em minha mãe.
Eu tinha um irmão gêmeo que, como eu, saiu de casa depois que nossa mãe morreu. Ele se chamava João. Nunca mais o vi. Deve estar vivendo desta mesma forma.
Na outra capital, João terminou a palestra e foi entrevistado por um dos alunos: Por favor, diga-nos, o que fez com que o senhor se tornasse um grande empresário e um grande ser humano?
Emocionado, João respondeu: Devo tudo à minha família. Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia em minha mãe, não parava em emprego algum.
Quando minha mãe morreu, saí de casa, decidido que não seria aquela vida que queria para mim e minha futura família. Tinha um irmão gêmeo, Mário, que também saiu de casa no mesmo dia. Nunca mais o vi. Deve estar vivendo desta mesma forma.
                                                                   
O que aconteceu com você até agora não é o que vai definir o seu futuro e, sim, a maneira como você vai reagir a tudo que lhe aconteceu.
Não lamente o seu passado. Construa você mesmo o seu presente e o seu futuro.
Aprenda com seus erros e com os erros dos outros.
O que aconteceu é o que menos importa. Já passou.
O que realmente importa é o que você vai fazer com o que vai acontecer.
E esta é uma decisão somente sua. Você decide o seu dia de amanhã. De tristeza ou de felicidade. De coisas positivas ou de amargura, sem esperança.
Pense nisso!
  Redação do Momento Espírita

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Dia de Luz

O despertador toca e você acorda. Abre os olhos e torna a contemplar as mesmas cenas do ontem.
Pela sua mente ágil, as dores sofridas passam em cenário cinematográfico.
Você sente o corpo dolorido e cansado. Na boca, o gosto da amargura, que como fel, lhe fere o paladar.
Novo dia... Contudo, embora a noite de sono, não serão novas as lutas.
Os problemas financeiros não se solucionaram no intervalo de algumas horas. A enfermidade que se abateu em seu lar não partiu. Ao contrário, você a sente mais presente do que nunca, nos gemidos que já lhe chegam aos ouvidos.
Há que erguer-se do leito e retornar às lutas. A mesma luta.
Você sente desânimo e pensa: Por que Deus não me tirou a vida, enquanto dormia? Sinto-me exausto. Não desejo mais sofrer, nem lutar.
No entanto, os minutos correm céleres e é preciso retomar as atividades.
Entre a tristeza e o desalento, você se ergue e abre a janela.
Neste instante, o sol lhe bate em cheio na face e ilumina o seu quarto.
Faz-se luz e a luz espanca as trevas.
É novo dia! - Informa-lhe o sol.
Há alegrias no ar! - Cantam os pássaros.
A brisa da manhã o envolve e a natureza toda o convida a reformular suas disposições íntimas.
Pare um instante. Encha os seus pulmões com o ar renovado da manhã. Respire profundamente. Contemple o azul do céu e dirija ao Criador a sua prece.
Prece de gratidão por mais um dia no corpo. Em vez de rogar a Deus que lhe tire a vida, rogue-Lhe forças para o combate.
É dia novo. Você não pode imaginar o que a Divindade lhe reservou para hoje.
Pense em quantas pessoas almejariam estar em seu lugar, agora.
Enfermidade, dor, desemprego são problemas a serem administrados e equacionados, ao longo da existência.
Recorde que a Divindade lhe providenciou um dia de luz para você treinar, outra vez, disciplina, paciência, perdão.
Não perca a oportunidade. Não jogue fora as chances de crescimento e resgate.
E hoje, enquanto você sofre, luta e espera, alegre-se com os sons da vida, com o sorriso das crianças, com o colorido da Natureza que o Pai Criador dispôs especialmente para você.
Sorria. As lutas poderão ser semelhantes, mas não idênticas.
Porque dia como este nunca houve e não haverá outra vez.
Deus não se repete. Detenha-se a descobrir detalhes e observe a riqueza que o circunda.
Amigos, colegas, brincadeiras, abraços.
Nada será igual ao que já foi.
Desfrute deste dia integralmente, porque dia igual a este só se vive uma vez.
Cada dia é bênção nova. Cada minuto é oportunidade espontânea de crescimento.
Pense nisso!

Redação do Momento Espírita

Quando Deus criou as mães

 Diz uma lenda que o dia em que o bom Deus criou as mães, um mensageiro se acercou Dele e Lhe perguntou o porquê de tanto zelo com aquela criação.
Em quê, afinal de contas, ela era tão especial?
O bondoso e paciente Pai de todos nós lhe explicou que aquela mulher teria o papel de mãe, pelo que merecia especial cuidado.
Ela deveria ter um beijo que tivesse o dom de curar qualquer coisa, desde leves machucados até namoro terminado.
Deveria ser dotada de mãos hábeis e ligeiras que agissem depressa preparando o lanche do filho, enquanto mexesse nas panelas para que o almoço não queimasse.
Que tivesse noções básicas de enfermagem e fosse catedrática em medicina da alma. Que aplicasse curativos nos ferimentos do corpo e colocasse bálsamo nas chagas da alma ferida e magoada.
Mãos que soubessem acarinhar, mas que fossem firmes para transmitir segurança ao filho de passos vacilantes. Mãos que soubessem transformar um pedaço de tecido, quase insignificante, numa roupa especial para a festinha da escola.
Por ser mãe deveria ser dotada de muitos pares de olhos. Um par para ver através de portas fechadas, para aqueles momentos em que se perguntasse o que é que as crianças estão tramando no quarto fechado.
Outro par para ver o que não deveria, mas precisa saber e, naturalmente, olhos normais para fitar com doçura uma criança em apuros e lhe dizer: Eu te compreendo. Não tenhas medo. Eu te amo, mesmo sem dizer nenhuma palavra.
O modelo de mãe deveria ser dotado ainda da capacidade de convencer uma criança de nove anos a tomar banho, uma de cinco a escovar os dentes e dormir, quando está na hora.
Um modelo delicado, com certeza, mas resistente, capaz de resistir ao vendaval da adversidade e proteger os filhos.
De superar a própria enfermidade em benefício dos seus amados e de alimentar uma família com o pão do amor.
Uma mulher com capacidade de pensar e fazer acordos com as mais diversas faixas de idade.
Uma mulher com capacidade de derramar lágrimas de saudade e de dor mas, ainda assim, insistir para que o filho parta em busca do que lhe constitua a felicidade ou signifique seu progresso maior.
Uma mulher com lágrimas especiais para os dias da alegria e os da tristeza, para as horas de desapontamento e de solidão.
Uma mulher de lábios ternos, que soubesse cantar canções de ninar para os bebês e tivesse sempre as palavras certas para o filho arrependido pelas tolices feitas.
Lábios que soubessem falar de Deus, do Universo e do amor. Que cantassem poemas de exaltação à beleza da paisagem e aos encantos da vida.
Uma mulher. Uma mãe.
Ser mãe é missão de graves responsabilidades e de subida honra. É gozar do privilégio de receber nos braços Espíritos do Senhor e conduzi-los ao bem.
Enquanto haja mães na Terra, Deus estará abençoando o homem com a oportunidade de alcançar a meta da perfeição que lhe cabe, porque a mãe é a mão que conduz, o anjo que vela, a mulher que ora, na esperança de que os seus filhos alcancem felicidade e paz.
 
Redação do Momento Espírita.
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terça-feira, 18 de outubro de 2011

A Mensagem da Compaixão

Dentro da noite clara, a assembléia familiar em casa de Pedro centralizara-se no exame das dificuldades no trato com as pessoas.
Como estender os valores da Boa Nova? Como instalar o mesmo dom e a mesma bênção em mentalidades diversas entre si? Findo o longo debate fraternal, em que Jesus se mantivera em pesado silêncio, João perguntou- lhe, preocupado:
— Senhor, que fazer diante da calúnia que nos dilacera o coração? — Tem piedade do caluniador e trabalha no bem de todos — respondeu o Celeste Mentor, sorrindo —, porque o amor desfaz as trevas do mal e o serviço destrói a idéia desrespeitosa.
— Mestre — ajuntou Tiago, filho de Zebedeu —, e como agir perante aquele que nos ataca, brutalmente? — Um homem que se conduz pela violência — acentuou o Cristo, bondoso —, deve estar louco ou envenenado. Auxiliemo-lo a refazer-se.
— Senhor — aduziu Judas, mostrando os olhos esfogueados —, e quando o homem que nos ofende se reveste de autoridade respeitável, qual seja a dum príncipe ou dum sacerdote, com todas as aparências do ordenador consciente e normal?
— A serpente pode ocultar-se num ramo de flores e há vermes que se habituam nos frutos de bela apresentação.
O homem de elevada categoria que se revele violento e cruel é enfermo, ainda assim.
Compadece-te dele, porque dorme num pesadelo de escuras ilusões, do qual será constrangido a despertar, um dia.
Ampara-o como puderes e marcha em teu caminho, agindo na felicidade comum.
— Mestre, e quando a nossa casa é atormentada por um crime? Como procederei diante daquele que me atraiçoa a confiança, que me desonra o nome ou me ensangüenta o lar?
— Apiada-te do delinqüente de qualquer classe — elucidou Jesus — e não desejes violar a Lei que o próximo desrespeitou, porque o perseguidor e o criminoso de todas as situações carrega consigo abrasadora fogueira.
Uma falta não resgata outra falta e o sangue não lava sangue.
Perdoa e ajuda.
O tempo está encarregado de retribuir a cada criatura, de acordo com o seu esforço.
— Mestre — atalhou Bartolomeu —, que fazer do juiz que nos condena com parcialidade? — Tem compaixão dele e continua cooperando no bem de todos os que te cercam.
Há sempre um juiz mais alto, analisando aqueles que censuram ou amaldiçoam e, além de um horizonte, outros horizontes se desdobram, mais dilatados e luminosos.
— Senhor — indagou Tadeu —, como proceder diante da mulher que amamos, quando se entrega às quedas morais?
— Jesus fitou-o com brandura, e inquiriu, por sua vez: — Os sofrimentos íntimos que a dilaceram, dia e noite, não constituirão, por si só, aflitiva punição? Fez-se balsâmico silêncio no círculo doméstico e, logo ao perceber que os aprendizes haviam cessado as interrogações, o Senhor concluiu: — Se pretendemos banir os males do mundo, cultivemos o amor que se compadece no serviço que constrói para a felicidade de todos.
Ninguém se engane.
As horas são inflexíveis instrumentos da Lei que distribui a cada um, segundo as suas obras.
Ninguém procure sanar um crime, praticando outros crimes, porque o tempo tudo transforma na Terra, operando com as labaredas do sofrimento ou com o gelo da morte.
Néio Lúcio-Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Os anjos guardiões

 O menino voltou-se para a mãe e perguntou:
- Os anjos existem mesmo? Eu nunca vi nenhum.
Como ela lhe afirmasse a existência deles, o pequeno disse que iria andar pelas estradas, até encontrar um anjo.
- É uma boa idéia, falou a mãe.
- Irei com você.
- Mas você anda muito devagar, argumentou o garoto. Você tem um pé aleijado.
A mãe insistiu que o acompanharia. Afinal, ela podia andar muito mais depressa do que ele pensava. Lá se foram. O menino saltitando e correndo e a mãe mancando, seguindo atrás. De repente, uma carruagem apareceu na estrada. Majestosa, puxada por lindos cavalos brancos. Dentro dela, uma dama linda, envolta em veludos e sedas, com plumas brancas nos cabelos escuros. As jóias eram tão brilhantes que pareciam pequenos sóis. Ele correu ao lado da carruagem e perguntou à senhora:
- Você é um anjo? Ela nem respondeu. Resmungou alguma coisa ao cocheiro que chicoteou os cavalos e a carruagem sumiu, na poeira da estrada. Os olhos e a boca do menino ficaram cheios de poeira. Ele esfregou os olhos e tossiu bastante. Então, chegou sua mãe que limpou toda a poeira, com seu avental de algodão azul.
- Ela não era um anjo, não é, mamãe?
- Com certeza, não. Mas um dia poderá se tornar um, respondeu a mãe.
Mais adiante uma jovem belíssima, em um vestido branco, encontrou o menino. Seus olhos eram estrelas azuis e ele lhe perguntou:
- Você é um anjo? Ela ergueu o pequeno em seus braços e falou feliz:
- Uma pessoa me disse ontem à noite que eu era um anjo!
Enquanto acariciava o menino e o beijava, ela viu seu namorado chegando. Mais do que depressa, colocou o garoto no chão. Tudo foi tão rápido que ele não conseguiu se firmar bem nos pés e caiu.
- Olhe como você sujou meu vestido branco, seu monstrinho! Disse ela, enquanto corria ao encontro do seu amado. O menino ficou no chão, chorando, até que chegou sua mãe e lhe enxugou as lágrimas com seu avental de algodão azul. Aquela moça, certamente, não era um anjo.
O garoto abraçou o pescoço da mãe e disse estar cansado.
- Você me carrega?
- É claro, disse a mãe.
- Foi para isso que eu vim.
Com o precioso fardo nos braços, a mãe foi mancando pelo caminho, cantando a música que ele mais gostava. Então o menino a abraçou com força e lhe perguntou:
- Mãe, você não é um anjo?
A mãe sorriu e falou mansinho:
- Imagine, nenhum anjo usaria um avental de algodão azul como o meu...
Anjos são todos os que na Terra se tornam guardiões dos seus amores. São mães, pais, filhos, irmãos que renunciam a si próprios, a suas vidas em benefício dos que amam. Às vezes, podem estar do nosso lado e não percebemos.

Raio de luz

 Todas as noites, antes de fazer os filhos adormecerem, um pai muito carinhoso conversava com eles, enquanto lhes afagava os cabelos anelados.
Diariamente, escolhia um assunto que encontrava no Evangelho ou em algum acontecimento do cotidiano.
Naquela noite sem luar, quando as nuvens encobriam as estrelas, ele arranjou uma forma diferente de chamar a atenção das crianças.
Colocou-as no sofá da sala e disse-lhes que não se assustassem com a escuridão. Ele apagaria todas as luzes da casa, de propósito.
E assim o fez.                                         
Deixou a casa às escuras e sentou-se no meio dos filhos que o aguardavam apreensivos.
Perguntou-lhes o que eles eram capazes de ver em meio àquele breu.
O menininho mais velho comentou que conseguia distinguir os contornos da cadeira que estava a sua frente, mas que não conseguia saber ao certo qual objeto produzia a sombra que se apresentava um pouco mais adiante.
O pai, aproveitando a oportunidade, esclareceu:
Nossos olhos acostumam-se com a ausência de luz e acabam conseguindo, com algum esforço, distinguir alguns objetos.
Porém, não é possível notar tudo quando a luz nos falta.
Alguns contornos podem enganar nossos sentidos.
Muitos detalhes passam despercebidos.
As cores deixam de ser perceptíveis.
A ausência de luz dificulta nosso caminhar porque não conseguimos notar com segurança para onde estamos indo.
Nesse momento, ele acendeu uma vela que trazia consigo.
As crianças exultaram diante da claridade que se fez na sala.
Vejam! – Convidou o pai. – Percebam como tudo parece diferente na presença da luz.
As sombras já não mais nos confundem.
Agora as formas assumem contornos mais exatos.
Como é mais fácil buscar um caminho, quando há luz a mostrar a direção correta.
Encantadas com a singela, porém, inesquecível descoberta, as crianças concordaram com o pai, enquanto o cobriam de carinhos antes de serem levados para a cama.
A maior glória da alma que deseja participar na obra de Deus será transformar-se em luz na estrada de alguém.
Registramos a luz sem nos adentrar em sua grandeza.
O raio de luz penetra a furna escura, levando a réstia de claridade que espanca as trevas.
Adentra o vale sombrio e estimula o florescer.
Atinge a gota d´água e reverte-a em um diamante multicolorido.
Visita o pântano e transforma-o em jardim, em pomar.
Viaja pelo ar, aquece vidas e as alimenta.
Beija as corolas e desata perfumes inesquecíveis.
Aninha-se no cristal e ele reverbera, embelezando-se ainda mais.
Não nos deixemos adoecer pelo amolentamento.
Há tantas possibilidades de darmos utilidade e beleza à vida.
Com o exemplo da luz, o Criador convida-nos a fazer o mesmo.
Desfaçamos as sombras nos corações.
Drenemos os charcos das almas.
Projetemos alegrias fomentadoras de vida naqueles que se encontram combalidos pela tristeza e pelo desalento.
Sejamos também um raio de luz, espraiando brilho e calor, beleza e harmonia, em todos os momentos, iluminando, assim, também, nossos próprios caminhos.
Redação do Momento Espírita.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Analisando

Quando a vida começava no mundo, os pássaros sofriam bastante.
Pousavam nas árvores e sabiam voar, mas como haviam de criar os filhotinhos? Isso era muito difícil.
Obrigados a deixar os ovos no chão, viam-se, quase sempre, perseguidos e humilhados.
A chuva resfriava-os e os grandes animais, pisando neles, quebravam-nos sem compaixão.
E as cobras? Essas rastejavam no solo, procurando-os para devorá-los, na presença dos próprios pais, aterrados e trêmulos.
Conta-se que, por isso, as aves se reuniram e rogaram ao Pai Celestial lhes desse o socorro necessário. Deus ouviu-as e enviou-lhes um anjo que passou a orientá-las na construção do ninho.
Os pássaros não dispunham de mãos;entretanto, o mensageiro inspirou-os a usar os biquinhos e mostrando-lhes os braços amigos das árvores, ensinou-os a transportar pequeninas migalhas da floresta, ajudando-os a tecer os ninhos no alto.
Os filhotinhos começaram a nascer sem aborrecimentos, e, quando as tempestades apareceram, houve segurança geral.
Reconhecendo que o Pai Celeste havia respondido às suas orações, as aves combinaram entre si cantar todos os dias, em louvor do Santo Nome de Deus.
Por essa razão, há passarinhos que se fazem ouvir pela manhã, outros durante o dia e outros, ainda, no transcurso da noite.
Quando encontrarmos uma ave cantando, lembremos-nos, pois, de que do seu coraçãozinho, coberto de penas, está saindo o eterno agradecimento que Deus está ouvindo nos céus.
Francisco Cândido Xavier -Meimei


Liçao de Vida

Se a desilusão atingir sua alma,
Devastando seus sonhos e ofuscando novas possibilidades,
Pense na infinidade de caminhos que podem se abrir para você em apenas um dia, uma hora, um minuto...
Se a frustração acariciar sua face,
Fazendo você cair diante dos obstáculos,
Olhe para trás e veja o quanto você já caminhou e o quanto cresceu colhendo em cada trilha amigos sinceros, amores, experiências inesquecíveis...
Se a preocupação com os encargos do dia-a-dia tomar sua mente e enfraquecer o seu corpo,
Despertando o nervosismo e o estresse,
Olhe o horizonte e tente descobrir as saídas para os problemas ao invés de lamentar e achar que eles são piores do que realmente são...
Se a solidão sussurrar em seus ouvidos palavras melancólicas,
Não se esqueça de que em cada dia, em cada instante,
Você conhece pessoas novas e que uma delas, no futuro, poderá ser o grande amor da sua vida, aquela pessoa que te fará acreditar em noites iluminadas, que estará sempre ao seu lado...
Se a tristeza insistir em te acompanhar,
Saiba enxergar a felicidade nas pequenas coisas como numa conversa com os amigos,
Numa brincadeira com o cachorro, numa paquera em barzinho ou no jogo de damas com seu avô...
Rotina é uma palavra que não existe, pois cada dia traz consigo pequenas surpresas...
E, depois de tudo isso,
Olhe para si mesmo e veja como você é especial...
Valorize as suas qualidades e tente corrigir seus defeitos
E saiba o quanto é privilegiado por poder caminhar, cair e aprender com os erros.
Pense nisso...
Ouse sonhar, pois os sonhadores vêem o amanhã. ouse fazer um desejo, pois desejar abre caminhos para a esperança e ela é o que nos mantém vivos.
Ouse buscar as coisas que ninguém mais pode ver.
Não tenha medo de ver o que os outros não podem.
Acredite na magia, pois a vida é cheia dela. Mas, acima de tudo, acredite em si mesmo porque dentro de você reside toda a magia da esperança, do amor e dos sonhos de amanhã.
      Marli Pacheco

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A CONSCIÊNCIA DE SUA MISSÃO

Freqüentemente, eu me pergunto:
" O que cada um de nós está fazendo neste planeta?
Se a vida for somente tentar aproveitar o máximo possível as horas e minutos, esse filme é bobo.
Tenho certeza de que existe um sentido melhor em tudo o que vivemos.
Para mim, nossa vinda ao planeta Terra tem basicamente dois motivos:
*  Evoluir espiritualmente,
*  Aprender a amar melhor.
- Todos os nossos bens na verdade não são nossos.
- Somos apenas as nossas almas.
E devemos aproveitar todas as oportunidades que a vida nos dá para nos aprimorarmos como pessoas.
Portanto, lembre sempre que os seus fracassos são sempre os melhores professores e é nos momentos difíceis que as pessoas precisam encontrar uma razão maior para continuar em frente.
As nossas ações, especialmente quando temos de nos superar, fazem de nós pessoas melhores.
A  nossa capacidade de resistir às tentações, aos desânimos para continuar o caminho é que nos torna pessoas especiais.
Ninguém veio a essa vida com a missão de juntar dinheiro e comer do bom e do melhor.
Ganhar dinheiro e alimentar-se faz parte da vida, mas, não pode ser a razão da vida.
Tenho certeza de que pessoas como:
*  Martin Luther King,
*  Mahatma Ghandi,
*  Nelson Mandela,
*  Madre Tereza de Calcutá,
*  Irmã Dulce,
*  Betinho e tantas outras anônimas, que lutaram e lutam para melhorar a vida dos mais fracos e dos mais pobres, não estavam motivadas pela idéia de ganhar dinheiro.
O que move essas pessoas generosas a trabalhar diariamente, a não desistir nunca?
A resposta é uma só a consciência de sua missão nesta vida.
Quando você tem a consciência de que através do seu trabalho você está  realizando sua missão você desenvolve uma força extra, capaz de levá-lo ao cume da montanha mais alta do planeta.
Infelizmente, muita gente se perde nesta viagem e distorce o sentido de sua existência pensando que acumular bens materiais é o objetivo da vida.
E quando chega no final do caminho percebe que o caixão não tem gavetas e que ela só vai poder levar daqui o bem que fez às pessoas.
Se você tem estado angustiado sem motivo aparente está aí, um aviso para parar e refletir sobre o seu estilo de vida.
Escute a sua alma, ela tem a orientação sobre qual caminho seguir.
Tudo na vida é um convite para o avanço e a conquista de valores, na harmonia e na glória do bem.
Roberto Shinyashiki

Missionários do Amor

 Quando se fala em missionário, a primeira imagem que nos acode à mente é a de um religioso devotado ao bem.     
   Alguém que dedique seus dias e noites, de forma integral, para o bem dos seus irmãos, para a Humanidade.
        No entanto, missionários existem de diversos portes. E alguns muito próximos de nós.
        Por vezes, pais amorosos que recebem nos braços filhos deficientes e os sustentam por toda uma vida, com seus cuidados e extremada ternura.
        De outras, amigos excepcionais que estendem mãos de veludo para aplacar as dores dos espinhos nas carnes alheias.
        Filhos dedicados que nascem para iluminar nossas vidas, à semelhança de astros luminíferos em nosso céu borrascoso.
        Recordamos de uma família que conhecemos. O segundo filho do casal nasceu portador de séria enfermidade que, a pouco e pouco, lhe foi retirando a mobilidade.
        Primeiro foi o andar impreciso, depois somente com amparo forte, até a imobilidade dos membros inferiores.
        Da dificuldade de coordenação motora à dependência total para as mínimas necessidades: beber um copo d'água, levar o alimento à boca.
        Enquanto o drama era vivido e sofrido pelos pais, a esposa engravidou pela terceira vez.
        O diagnóstico nada animador prescrevia um abortamento, dadas as complicações cardíacas da gestante, além da possibilidade do bebê ser portador de microcefalia.
        Estribado na fé, o casal aguardou o tempo. O bebê nasceu perfeito. Garoto feliz, demonstrou desde os primeiros momentos o quanto era grato por estar vivo.
        Mais de uma vez, deixava dos folguedos para correr ao pescoço da mãe, abraçá-la e dizer: Eu amo a minha vida, amo a minha casa, amo todos vocês.
        A nota mais interessante começou a ser observada quando o pequeno não tinha mais que ano e meio. Colocava-se em pé em sua cadeirinha e com cuidado ajudava colocar na boca do irmão deficiente a alimentação.
        Na sua linguagem infantil, pronunciava: Eu judo o mano. E na medida em que cresceu, a ajuda se tornou mais constante e efetiva.
        Hoje, quase aos sete anos, o pequeno é o guardião do seu irmão. Dormem no mesmo quarto, por insistência dele e, não são raras as madrugadas em que ele se levanta do leito, atravessa o corredor, se dirige ao quarto dos pais para pedir ajuda para o mano, que necessita alguma atenção maior.
        Nenhuma queixa, nenhuma reclamação. Deixa de brincar com os amigos para se dedicar ao irmão. Busca água, conduz a cadeira de rodas, joga vídeo-game, assiste filmes, comenta futebol.
        Dia desses, na sua inocência infantil, olhou para a mãe e lhe disse: Mãe, sabe por que eu nasci?- e, ante a surpresa da genitora, aduziu: Eu nasci para cuidar do mano.
        Missionários existem, sim, em nossos lares. Anônimos, ocultos, realizam sua tarefa.
        Missionário é todo aquele que se entrega em totalidade em tarefa de amor, na obscuridade da  estrada ou nos palcos da ciência, da filosofia ou da religião.
        Missionário é todo aquele que traz a consciência do seu dever de servir além e acima de qualquer circunstância.
        Movido pelo amor, é qual chama ardente que não se extingue. Sol de primeira grandeza que ilumina outras vidas, em barracos infectos ou em mansões suntuosas.
        Sua missão é amar e servir. Como a violeta escondida na ramagem do jardim, exala seu perfume e se esconde na capa humilde de servidor.
        Quem ama, coroa as horas de luz. Quem serve, adorna o coração de ventura imorredoura.
        Saiamos na direção do sol para servir.
Divaldo Pereira e Joana de Ângelis

Nada é Impossível

Às vezes a vida parece tão difícil.
Pensamos que alguns problemas jamais serão resolvidos.
E se torna difícil de entender que questões da vida
que sempre parece resolver, de repente se tornem insolúveis.
Mas sempre há esperança para aquele que ainda crê.
Tudo pode acontecer, e se você olhar ao seu redor,
verá as maravilhas que Deus lhe proporciona.
Não é tão difícil assim, quando realmente cremos que nada
é impossível e que quando todas as portas estão se fechando,
não se desespere, ore e verá que uma outra porta
irá se abrir para você passar.
As portas que vão se fechando, são as superações que você
precisa passar para se libertar da derrota que
você está aceitando em sua mente.
Segue confiante, e acredite que Deus nosso Pai e nosso criador,
jamais nos desampará.
Estejamos convictos que tudo tem uma razão e um propósito,
mas que nós ainda não conseguimos decifrar.
Acredite que se você crer e confiar, tudo se resolverá.

sábado, 8 de outubro de 2011

Castro Alves-superando Limites

Foi no dia 7 de setembro de 1868, na sessão magna da Associação do Ginásio Literário, em São Paulo, quando se comemorava a Independência do Brasil. O poeta Castro Alves declamou a poesia Navio negreiro.
Nos versos, ele pintava com cores fortes e amargas o destino dos pobres negros, retirados do seio de sua terra mãe, onde eram livres, para os porões infectados dos navios.
Sua voz se ergueu naquela tarde, como de hábito o vinha fazendo em todas as oportunidades que lhe eram concedidas, para falar em nome dos seus irmãos escravizados. Eram homens e credores de dignidade.
O ardor com que leu os versos inflamou corações. E desagradou muito aos escravocratas. Na tarde de 14 de novembro daquele mesmo ano, o poeta foi baleado. Atingiram-lhe o pé esquerdo. O objetivo dos
escravocratas era assustar o poeta e a quem mais se atrevesse a falar contra o tráfico de escravos.
Como resultado do atentado, Castro Alves passou a andar de muletas.
Quando o médico lhe retirou do pé 38 grãos de chumbo, ele disse:Corte-o, doutor, ficarei com menos matéria que o resto da Humanidade.
Demonstrando que os valores espirituais devem suplantar os problemas físicos, ele não deixou de trabalhar. Prosseguiu a produzir versos e mais versos.
Amava as estrelas e chegou a denominar a Estrela D’alva de /A lágrima do Cristo, pelo sofrimento dos escravos.
Lutou contra o cativeiro, a ignorância e a opressão. Foi o poeta dos escravos, lutou pela sua libertação. Inspirado por essas ideias é que escreveu as belíssimas páginas Vozes da África e Navio negreiro.
O seu exemplo nos fala de que as dificuldades e as deficiências são colocadas em nosso caminho para que as superemos e vivamos bem, em consonância com as Leis de sabedoria do Criador.
À semelhança dele, portadores de necessidades especiais várias aceitam suas incapacidades. Procuram compensá-las com os recursos técnicos de que dispomos na atualidade. E, claro, um enorme esforço
próprio.
Preparam-se para assumir papéis na vida familiar e na sociedade.
Basta que recebam uma chance e que as portas não estejam fechadas para eles.
Andam ou são conduzidos pelas ruas transportando suas mochilas com material de estudo ou instrumentos de trabalho. Confiantes em si mesmos, estão dispostos a fazer duplo esforço para desenvolver o seu potencial.
Se os que os cercamos lhes proporcionarmos chance, os seus resultados serão como na Parábola Evangélica a cento por um.
As pessoas com necessidades especiais são credoras de compreensão e assistência para que sejam capazes de superar as próprias limitações.
Vencendo obstáculos, transmitem a mensagem de ânimo, a confiança na vitória da tenacidade. A sua direção é o progresso e a sua meta é o bem.
E toda vez que alcançam os seus objetivos provam a vitória do Espírito sobre a matéria.

Redação do Momento Espírita,

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Oração Atendida

Será que Deus atende mesmo a todas as orações?
Jesus nos afirmou que tudo o que pedíssemos ao Pai em Seu nome, Ele nos concederia.
Mesmo assim, a debilidade da nossa fé, vez ou outra, faz com que nos perguntemos:
Será que atende?
Afinal, quantos de nós já fizemos rogativas ao Criador, que jamais foram atendidas?
Será preciso algum detalhe que nos possibilite ser atendidos por Deus?
Os mais revoltados, ante seus problemas não solucionados pela Divindade,
chegam a admitir a parcialidade Divina que atende a uns e não atende a outros.
Contudo, não é assim. Ocorre que, inúmeras vezes, não nos apercebemos
que Deus nos responde, embora nem sempre da forma que desejamos.
Mas, com certeza, sempre é o melhor que o Pai dispõe.
Recordamo-nos de um soldado americano, ferido durante a Guerra Civil.
Após o ferimento, seguiram-se meses e meses de sofrimentos.
A sua dor atingiu o auge quando ele se deu conta de que havia se tornado um deficiente físico.
No entanto, a transformação radical em sua vida lhe abriu novos horizontes
que ele sintetizou em uma oração.
Oração que talvez se constitua em uma das mais belas páginas escritas por um deficiente físico.
Conforme a tradução livre, do original inglês, diz ele:
Pedi a Deus que me desse forças, para tudo conseguir...
Fui feito fraco para aprender a obedecer.
Pedi a Deus a saúde para realizar coisas grandiosas...
Fui feito doente para realizar coisas difíceis.
Pedi a Deus por riquezas, para comprar felicidade...
Fui feito pobre, para vender sabedoria.
Pedi a Deus que me concedesse poder, para que os homens necessitassem de mim...
Fui feito insignificante, para sentir a necessidade de Deus ...
Pedi a Deus por tudo isso, para poder gozar a vida...
E Deus me deu a vida para poder avaliar seu gozo.
Não recebi nada do que pedi, mas obtive
tudo aquilo que esperava ganhar.
A despeito dos meus erros, as preces que não fiz foram atendidas.
E, dentre todos os homens, eu me considero o mais ricamente abençoado.
O entendimento do soldado ferido que se tornou um paralítico anônimo
nos dá a tônica de como Deus ouve nossas preces e as atende,
sempre de acordo com o que seja melhor para nós.
Afinal, muitas vezes passamos a valorizar as pequeninas e preciosas coisas da vida,
quando elas nos são retiradas.
O ano de 1981 foi o primeiro Ano Internacional da Pessoa Deficiente.
Ser deficiente não significa ser doente.
É simplesmente ser diferente. Diferente dos padrões considerados como normais.
Redação do Momento Espírita,

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O perispírito e suas modelações

Como será o tecido sutil da espiritual roupagem que o homem envergará, sem o corpo de carne, além da morte?
Tão arrojada é a tentativa de transmitir informes sobre a questão aos companheiros encarnados, quão difícil se faria esclarecer à lagarta com respeito ao que será ela depois de vencer a inércia da crisálida.
Colado ao chão ou à folhagem, arrastando-se, pesadamente, o inseto não desconfia que transporta consigo os germes das próprias asas.
O perispírito é, ainda, corpo organizado que, representando o molde fundamental da existência para o homem, subsiste, além do sepulcro, demorando-se na região que lhe é própria, de conformidade com o seu peso específico.
Formado por substâncias químicas que transcendem a série estequiogenética conhecida até agora pela ciência terrena, é aparelhagem de matéria rarefeita, alterando-se, de acordo com o padrão vibratório do campo interno.
Organismo delicado, com extremo poder plástico, modifica-se sob o comando do pensamento.
É necessário, porém, acentuar que o poder apenas existe onde prevaleçam a agilidade e a habilitação que só a experiência consegue conferir.
Nas mentes primitivas, ignorantes e ociosas, semelhante vestimenta se caracteriza pela feição pastosa, verdadeira continuação do corpo físico, ainda animalizado ou enfermiço.
O progresso mental é o grande doador de renovação ao equipamento do espírito em qualquer plano de evolução.
Note-se, contudo, que não nos reportamos aqui ao aperfeiçoamento interior.
O crescimento intelectual, com intensa capacidade de ação, pode pertencer a inteligências perversas.
Daí a razão de encontrarmos, em grande número, compactas falanges de entidades libertas dos laços fisiológicos, operando nos círculos da perturbação e da crueldade, com admiráveis recursos de modificação nos aspectos em que se exprimem.
Não possuem meios para a ascese imediata, mas dispõem de elementos para dominar no ambiente em que se equilibram.
Não adquiriram, ainda, a verticalidade do Amor que se eleva aos santuários divinos, na conquista da própria sublimação, mas já se iniciaram na horizontalidade da Ciência com que influenciam aqueles que, de algum modo, ainda lhes partilham a posição espiritual.
Os “anjos caídos” não passam de grandes gênios intelectualizados com estreita capacidade de sentir.
Apaixonados, guardam a faculdade de alterar a expressão que lhes é própria, fascinando e vampirizando nos reinos inferiores da natureza.
Entretanto, nada foge à transformação e tudo se ajusta, dentro do Universo, para o geral aproveitamento da vida.
A ignorância dormente é acordada e aguilhoada pela ignorância desperta.
A bondade incipiente é estimulada pela bondade maior.
O perispírito, quanto à forma somática, obedece a leis de gravidade, no plano a que se afina.
Nossos impulsos, emoções, paixões e virtudes nele se expressam fielmente.
Por isso mesmo, durante séculos e séculos nos demoraremos nas esferas da luta carnal ou nas regiões que lhes são fronteiriças, purificando a nossa indumentária e embelezando-a, a fim de preparar, segundo o ensinamento de Jesus, a nossa veste nupcial para o banquete do serviço divino.

Emmanuel
“Roteiro” -  Francisco Cândido Xavier

Ser Justo

Os maus inclinam-se perante a face dos bons, e os perversos junto às portas do justo.
Os maus inclinam-se diante dos bons por respeitarem a força do bem, mesmo que seja no silêncio da consciência. Somente a evolução da alma é capaz de mostrar humildade, reconhecendo a superioridade dos que a possuem.
Ser justo é melhorar as condições do coração para a entrada da paz.
O justo é dotado de coragem indomável; não teme o maior inimigo do caminho que é a ignorância porque já venceu a si mesmo.
O perverso não é capaz de encarar face a face o homem de bem; é a inferioridade que o faz abaixar a cabeça e a vergonha o faz impaciente junto ao ser honrado.
Querer ser justo é uma coisa e ser justo é outra bem diferente. Há uma distância imensurável entre uma atitude e uma vivência, no entanto, a força de vontade pode te levar de uma a outra em pouco tempo, pela educação e a disciplina que deves aceitar.
Lembra-te de Deus todos os dias e pede, pela oração, à Sua magnânima assistência, que os Seus agentes de luz dar-te-ão os meios de conquistar os maiores valores que te levam à felicidade.
Qualquer um reconhece a superioridade do homem de bem sem ser preciso ter escolaridade para esta verificação. Já nascemos com o sentido de compreensão desenvolvido, do certo e do errado. Quem contraria essa inspiração divina, na atmosfera humana, enerva a si mesmo.
O Espírito puro continua na sua pureza sem se modificar pela negação do inconseqüente.
Sê grato pelo que recebes dos bons; é provável que a tua sensibilidade não registre a caridade que eles te fazem, no entanto, a bondade desses seres irradia amor para todos.
Os justos são sóis de Deus nos umbrais da Terra. São luzes da luz maior.
(De “Gotas de Ouro”, de João Nunes Maia, pelo Espírito Carlos

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A Mágoa

À semelhança de ácido que corrói a superfície na qual se encontra, a mágoa
desgasta, a pouco e pouco, as peças delicadas das engrenagens orgânicas do homem,destrambelhando-lhe os equipamentos muito delicados da organização psíquica do ser humano.
A mágoa é conselheira impiedosa e artesã de males cujos efeitos são
imprevisíveis.
Penetra no âmago do ser e envenena-o, impedindo-lhe o recebimento dos socorros do otimismo, da esperança e da boa vontade em relação aos fatores que o maceram.
Instalando-se, arma a sua vítima de impiedade e rancor, levando-a a atitudes deseperadoras, desde que lhe satisfaça a programação vil.
Exala amargura e desconforto, expulsando as pessoas que intentam contribuir pra a mudança de estado, graças às altas cargas vibratórias negativas, que exteriorizam mau humor e azedume.
Quem acumula mágoas, coleciona lixo mental.
Reage às tentativas de alojamento da mágoa nos teus sentimentos.
Não estás, no mundo, por acaso, antes, com finalidades estabelecidas que deves atender.
Acompanha a marcha do Sol, e enriquece-te de luz, não mergulhando na sombra dos  ressentimentos destrutivos.
Sorri ante o infortúnio, agradecendo a oportunidade de superá-lo através dos valores éticos e educativos que já possuis, poupando-te à consumpção de que é portadora a mágoa.
Divaldo P. Franco.- Joanna de Ângelis
* * * Estude Kardec * * *
http://doutrinafilosofica.blogspot.com/

Biografia de Emmanuel

Emmanuel é o nome do espírito que vem tutelando a atividade mediúnica de Francisco Cândido Xavier, o maior médium psicógrafo de sempre, hoje com mais de 350 obras psicografadas.
Ao tempo da passagem de Jesus pela Terra, chamou-se Públio Lentulus - senador romano -, e, ao que se sabe, foi a única autoridade que efetuou uma perfeita descrição de Jesus, através da célebre carta, publicada em numerosas línguas, autêntica obra-prima do género, desencarnou em Pompeia, no ano 79, vítima das lavas do Vesúvio, reencarnaria como judeu na Grécia, em Éfeso, já não mais sob a posição de orgulhoso senador romano, mas sim na humilde de modesta passagem pela terra como escravo Nestório, que, na idade madura, participava das reuniões secretas dos cristãos nas catacumbas de Roma.
Podemos ficar com melhor conhecimento da história desse espírito através das suas obras transmitidas mediunicamente através de Chico Xavier. Estas obras constituem verdadeiras obras primas de literatura mediúnica e histórica.
A informação de que Emmanuel teria sido o Padre Manuel da Nóbrega, foi dada pelo próprio Emmanuel em várias comunicações através da mediunidade idónea e segura de Francisco Cândido Xavier.
No início da actividade mediúnica de Chico, nos anos trinta, ainda sem se identificar, disse-lhe que gostaria de trabalhar com ele durante longos anos, mas que necessitaria de três condições básicas para o fazer: 1ª disciplina, 2ª disciplina e 3ª disciplina. O que Chico cumpriu até hoje. Foi um modesto funcionário público do Ministério da Agricultura que jamais misturou a sua actividade profissional com o exercício da mediunidade. Não poderemos deixar de registrar, sob pena de cometermos grave omissão, que, durante as décadas que esteve ao serviço do Estado, nunca - não obstante a sua precária saúde e o trabalho doutrinário, fora das horas de serviço - deu uma única falta ou gozou qualquer tipo de licença, conforme documentos facultados pelo M.A. Também no início da sua nobre missão, Emmanuel disse-lhe que se alguma vez ele o aconselhar a algo que não esteja de acordo com as palavras de Jesus e Kardec, deverá procurar esquecê-lo, permanecendo fiel a Jesus e Kardec.
Emmanuel fez também parte da falange do Espírito da Verdade que trouxe à Terra o Cristianismo restaurado, definição sua da Doutrina Espírita. No Evangelho Segundo o Espiritismo , Allan Kardec inseriu uma mensagem de Emmanuel, recebida em Paris, 1861, intitulada O Egoísmo (Cap. XI - 11)
Para além dos dois livros históricos citados, temos ainda várias dezenas de outros, dos quais destacamos: Paulo e Estevão , obra que, segundo Herculano Pires, justificaria, por si só, a missão mediúnica de Francisco Cândido Xavier, Cristo e Renúncia , livros estes que, juntamente com os citados anteriormente, ajudam-nos a entender o nascimento do Cristianismo e, depois, à sua gradual adulteração este cinco livros são baseados em factos históricos verdadeiros. Foi considerado o 5º evangelista, pela superior interpretação do pensamento de Jesus analisemos os seus livros: Caminho, Verdade e Vida , Pão Nosso , Vinha de Luz e Fonte Viva .
Visto ser completamente impossível, num trabalho deste género, falar de toda a sua obra transmitida através de Chico Xavier, gostaríamos, no entanto, de registrar os livros: A Caminho da Luz , que nos relata uma História da Civilização à Luz do Espiritismo e Emmanuel , livro constituído por diversas dissertações importantes sobre Ciência, Religião e Filosofia, que preocupam a Humanidade.
 Fonte:Espiritualista