terça-feira, 21 de junho de 2016

Um caso de obsessão

Hoje veio à minha casa uma mulher que me procurou cerca de dois anos antes com sérios problemas de relacionamento. Ela veio me dizer que finalmente resolveu sua vida afetiva e está feliz e em paz.
O caso dela foi muito interessante e por isso quero abordar aqui.
Quando ela veio à minha procura para uma consulta metafísica, seu principal problema era a vida amorosa. Já tinha 38 anos e nunca havia dado certo com nenhum homem que se envolveu. Chegou a casar quando tinha 25 anos, mas a relação não durou mais que dois anos, terminando com a traição do marido. Para casar foi com grande dificuldade, pois não tinha sorte no amor desde adolescente e depois do casamento fracassado havia chegado aos 38 anos sem expectativa de se realizar no campo afetivo e com muito medo de ficar só.
Conversamos e submeti seu caso aos espíritos amigos que trabalham comigo. Eles disseram que a causa de sua solidão e de seus desacertos amorosos eram porque havia um espírito que a obsediava. Tratava-se de um homem que fora apaixonado por ela na última encarnação, mas que, após anos de dedicação, ela o traiu, deixando-o triste, magoado e infeliz.
Ela reencarnou, mas ele continuou no mundo astral e logo a encontrou, ainda adolescente, no novo corpo de carne. A partir daí, louco de paixão e ciúme passou a segui-la o tempo inteiro, desviando os homens que se interessavam por ela fazendo-os com que desistissem, espalhava energias desagradáveis ao seu redor para que nenhum homem a observasse ou gostasse de sua presença. Quando ela casou, fez de tudo para destruir seu casamento e conseguiu. Durante 38 anos ele conseguiu com que ela ficasse solitária, amargurada e sem esperanças, já que os homens pareciam não enxergá-la e fugiam como o diabo da cruz.
Ela, de posse dessa informação, procurou um Centro Espírita Kardecista, se tratou e o espírito cedeu, foi doutrinado e resolveu deixá-la em paz. Hoje está muito bem e feliz com um companheiro que a aprecia e respeita.
Você pode estar se perguntando: por que Deus permitiu que um espírito fizesse isso na vida de uma pessoa? Terá sido pela traição que ela fez no passado? Ou haveria outro motivo? Se ela não soubesse dessa informação continuaria sozinha e infeliz?
A princípio parece que essa mulher foi vítima indefesa da obsessão de um espírito apaixonado e possessivo, mas isso não é verdade. Para conseguir fazer tudo isso que ele fez, ele manipulou seus pontos fracos, se aproveitou de sua baixa estima, insegurança, falta de firmeza, amor próprio e crenças negativas. Nenhuma obsessão acontece sem nós darmos abertura. Se ela não tivesse uma ideia negativa de si mesma e muita baixa estima, ele não teria conseguido nada.
Os espíritos obsessores exploram nossas fraquezas para nos dominar, enganar e até destruir nossa vida. Deus, Jesus e até nosso mentor espiritual permite para que nós possamos aprender com essa lição, ainda que dolorosa.
Tomar posse de si e gerenciar o mundo interior é a melhor forma de se defender do assédio dos espíritos das trevas.
Essa mulher está aprendendo isso e se melhorando cada vez mais.
Existem muitos casos como o dela, mas nós, mesmo sabendo de alguns, não podemos dizer porque as pessoas não irão acreditar ou se acreditar ficarão com medo, se impressionarão, o que dará ainda mais força ao espírito.
Será que em sua vida não está acontecendo o mesmo?
Fica a reflexão!
 Maurício de Castro-médium e escritor

A cerimônia dos sonhos

Frida sempre havia sonhado com um casamento de contos de fadas.
Planejara como seria o vestido, o véu, o buquê, o penteado, o sapato, os vestidos das madrinhas.
Selecionou as músicas da cerimônia, da entrada até a saída, e especificou como seriam as lembrancinhas, o bolo, os doces.
Preparou tudo com cuidadoso zelo.
Mas se esqueceu de levar em conta a parte principal, aquela que faria a diferença na adaptação do casamento: a realidade da vida a dois.
Ficara tão absorvida na cerimônia que deixara de lado a essência e o significado profundo desse ato.
O dia da celebração foi maravilhoso. Os convidados se encantaram com a decoração dos salões, os aromas das flores, os sons dos violinos e os sabores dos pratos.
Frida estava orgulhosa de si mesma. Havia se esmerado e agora se sentia realizada.
O noivo a tudo assistia com resignada alegria. Ficava feliz ao vê-la radiante.
Para ele, bastaria uma cerimônia simples, com os amigos íntimos e os familiares, mas ela queria uma festa digna de rainha.
Por conta desse desejo, casaram-se endividados.
Casamento é uma vez só, justificara Frida, a cada novo gasto inesperado.
E assim foram avançando em compromissos financeiros. Tudo em nome do sonho da mimada noiva.
Uma amiga alertou: Você não acha que está exagerando? Foi afastada do convívio e tratada com polida indiferença.
A noiva não queria ninguém lançando energias negativas em seu casamento.
Terminada a cerimônia, o casal rumou para uma breve lua de mel, em uma cidade de veraneio.
Quando voltaram, Frida não conseguia se adaptar à rotina de casada. Irritava-se, reclamando das tarefas diárias.
As dívidas chegavam impiedosas e o casal acabava discutindo por causa da eterna insatisfação de Frida.
Meses depois, ela decidiu voltar para a casa dos pais. Acusava o marido de não lhe dar atenção, de trabalhar muitas horas, deixá-la sozinha e não ajudá-la nos trabalhos da casa.
Ele realmente trabalhava horas a mais para pagar as onerosas contas. E, ultimamente, não fazia questão de retornar mais cedo.
Não se sentia à vontade em casa, onde a esposa o aguardava sempre com queixumes.
O casamento acabou antes mesmo do casal terminar de pagar todas as prestações assumidas.
Aquela amiga que havia sido afastada, um dia encontrou Frida e, ao ouvi-la reclamar sem parar, nem a deixou terminar.
Você estava tão focada em concretizar o seu sonho, tão voltada para si mesma e para a parte material do casamento, que ignorou o fato de que nossa felicidade está intimamente associada à felicidade dos que nos cercam.
O que você fez para que as pessoas que a cercam também tivessem seus sonhos realizados?
Frida emudeceu. Não havia pensado nos sonhos de mais ninguém. Apenas nos seus.
Naquele momento, um clarão iluminou sua mente. Ela percebeu, em choque, o quanto havia sido egoísta e imatura.
Voltou para casa cabisbaixa, pensando no quê, de fato, havia significado o casamento para ela.
E lamentou ter desperdiçado tanto tempo e recursos numa ilusão.
Desde então, Frida mudou sua forma de ser e estar no mundo, buscando primeiro a essência das coisas, e não suas manifestações exteriores.

Por Redação do Momento Espírita

As aflições

No íntimo de todas as criaturas existe o desejo de ser feliz e de afastar os sofrimentos.
No entanto, Jesus Cristo nos disse: No mundo só tereis aflições.
São variadas as causas das aflições. Podemos, para melhor compreensão, separá-las entre as que têm origem em nossa intimidade e aquelas próprias da natureza em que vivemos.
Assim temos várias dores que somente têm a ver com o mundo em que nos encontramos.
Por exemplo, a dor causada pelo nascimento do siso, o último dos molares, é um impositivo da biologia humana. A dor pela picada de um mosquito ou de uma agulha, da mesma forma.
São dores próprias de um mundo material. São dores comuns a que estão sujeitos os seres que habitam o planeta.
O sofrimento faz parte de nossa vida, uma vez que em tudo existe a necessidade de ação.
Nossa mente pensa, nossa vontade almeja. Mas o corpo precisa executar.
Toda vez que desejamos alguma coisa, quando aspiramos algo, a necessidade de trabalhar para realizar nossos sonhos gera um certo sofrimento.
Quem deseja bater recordes, vive aflições. São horas intermináveis de exercícios, disciplina rígida, com intuito de superar as próprias limitações físicas.
Dores físicas, preocupação com a classificação, um revés de última hora. Aflições de toda sorte.
Quem deseja passar no vestibular, apesar do grande esforço despendido no estudo, se aflige ante a perspectiva de não conseguir a vaga pretendida.
E se esquecer tudo na hora da prova? E se não conseguir a vaga? E se precisar fazer outro vestibular?
Quem deseja ser cantor, ator, engenheiro, médico passa pelas aflições das horas estafantes de estudo, estágio, aprendizagem, esforço, testes.
Reveses. Inquietudes. Aflições.
São os sofrimentos deste mundo, os empeços materiais que se apresentam.
Também existem os sofrimentos causados por nós mesmos. É o resultado originado de nossas intenções, de nossas atitudes, do estado geral da nossa mente e do nosso coração.
Quando tomamos decisões desequilibradas, sofremos.
Quando agimos de forma negativa, teremos que recolher adiante o resultado dessas ações infelizes.
Quando pensamos somente em nós, num egocentrismo doentio, sofremos.
Quando desejamos que as coisas não mudem ou não terminem, sofremos novamente.
Tudo passa. As paisagens mudam. Os momentos bons terminam, e os maus também.
Procurando entender a mensagem de Jesus poderemos vencer os sofrimentos do mundo, vendo-os como realmente se apresentam.
Ou seja, como empeços materiais numa realidade relativa. Alargando nosso ponto de vista poderemos vencer a melancolia e a aflição.
No íntimo de todas as criaturas existe o desejo de ser feliz e de afastar os sofrimentos.
No entanto, Jesus Cristo nos disse: No mundo só tereis aflições.
São variadas as causas das aflições. Podemos, para melhor compreensão, separá-las entre as que têm origem em nossa intimidade e aquelas próprias da natureza em que vivemos.
Assim temos várias dores que somente têm a ver com o mundo em que nos encontramos.
Por exemplo, a dor causada pelo nascimento do siso, o último dos molares, é um impositivo da biologia humana. A dor pela picada de um mosquito ou de uma agulha, da mesma forma.
São dores próprias de um mundo material. São dores comuns a que estão sujeitos os seres que habitam o planeta.
O sofrimento faz parte de nossa vida, uma vez que em tudo existe a necessidade de ação.
Nossa mente pensa, nossa vontade almeja. Mas o corpo precisa executar.
Toda vez que desejamos alguma coisa, quando aspiramos algo, a necessidade de trabalhar para realizar nossos sonhos gera um certo sofrimento.
Quem deseja bater recordes, vive aflições. São horas intermináveis de exercícios, disciplina rígida, com intuito de superar as próprias limitações físicas.
Dores físicas, preocupação com a classificação, um revés de última hora. Aflições de toda sorte.
Quem deseja passar no vestibular, apesar do grande esforço despendido no estudo, se aflige ante a perspectiva de não conseguir a vaga pretendida.
E se esquecer tudo na hora da prova? E se não conseguir a vaga? E se precisar fazer outro vestibular?
Quem deseja ser cantor, ator, engenheiro, médico passa pelas aflições das horas estafantes de estudo, estágio, aprendizagem, esforço, testes.
Reveses. Inquietudes. Aflições.
São os sofrimentos deste mundo, os empeços materiais que se apresentam.
Também existem os sofrimentos causados por nós mesmos. É o resultado originado de nossas intenções, de nossas atitudes, do estado geral da nossa mente e do nosso coração.
Quando tomamos decisões desequilibradas, sofremos.
Quando agimos de forma negativa, teremos que recolher adiante o resultado dessas ações infelizes.
Quando pensamos somente em nós, num egocentrismo doentio, sofremos.
Quando desejamos que as coisas não mudem ou não terminem, sofremos novamente.
Tudo passa. As paisagens mudam. Os momentos bons terminam, e os maus também.
Procurando entender a mensagem de Jesus poderemos vencer os sofrimentos do mundo, vendo-os como realmente se apresentam.
Ou seja, como empeços materiais numa realidade relativa. Alargando nosso ponto de vista poderemos vencer a melancolia e a aflição.
Sem visão pessimista, venceremos os obstáculos próprios ao meio em que nos encontramos.
E se optarmos por seguir Jesus, não haverá aflição que resista ao bendito remédio da fé.
Todos desejamos ser felizes. Sejamos ricos ou pobres, instruídos ou não, desejamos evitar os sofrimentos.
Assim, procuremos vencer as tribulações de cada dia e encontrar razões para a felicidade em coisas pequenas.
Ser grato pelo que temos, pelo que usufruímos.
Aprender com os pássaros a saudar o dia com um cântico de esperança.
Eis uma boa fórmula para superar as aflições e começar a ser feliz, desde hoje.
Sem visão pessimista, venceremos os obstáculos próprios ao meio em que nos encontramos.
E se optarmos por seguir Jesus, não haverá aflição que resista ao bendito remédio da fé.
Todos desejamos ser felizes. Sejamos ricos ou pobres, instruídos ou não, desejamos evitar os sofrimentos.
Assim, procuremos vencer as tribulações de cada dia e encontrar razões para a felicidade em coisas pequenas.
Ser grato pelo que temos, pelo que usufruímos.
Aprender com os pássaros a saudar o dia com um cântico de esperança.
Eis uma boa fórmula para superar as aflições e começar a ser feliz, desde hoje.
Fonte: Redação do Momento Espírita