sábado, 30 de novembro de 2013

Questionamentos Espíritas

Por Que Existimos?
Somos um alto investimento de Deus. Temos todos os atributos da perfeição, mas ainda somos falhos, simples e ignorantes.
Para conseguirmos alcançar os caracteres da perfeição será necessário muito trabalho, estudo, devotamento à causa do bem, vigilância constante de atos e pensamentos, derrotar imperfeição por imperfeição nas lutas do dia a dia.
Somos elos de uma corrente, por isso, somos importantes para que a corrente se mantenha inteira. Não tem como retirarmos esse elo. Se ele deixasse de existir a corrente também não existiria.
Somos resultado de milenares existências e o objetivo de toda essa peregrinação é a evolução do princípio inteligente até alcançar a perfeição.


O que acontecerá, então, quando alcançarmos a perfeição?
Iremos trabalhar em benefício daqueles que ainda não a alcançaram, iremos consolar aqueles que se encontram em desespero, dar forças aqueles que passam por duras provas, ensinar aqueles que estão carentes de conhecimento, em suma, retribuir aos outros aquilo tudo que recebemos, por nossa vez, do mais Alto.

Quer dizer que não iremos descansar?

O descanso é uma necessidade humana. Quando encarnados, precisamos deste período para nosso equilíbrio, por isso, condicionamos nossa mente a pensar que o que nos aguardaria no futuro seria paz e descanso. Mera ilusão. Habitaremos corpos mais sutis e, quanto mais sutil for, menor a necessidade de descanso.
O que nos espera é mais trabalho?
Quanto mais evoluídos espiritualmente estivermos, abraçaremos mais responsabilidades e trabalhos, mas com uma grande diferença: trabalharemos não porque seremos forçados e sim por amor. O trabalho nos trará a satisfação que tanto nosso espírito anseia e a ociosidade seria para nós uma enorme decepção. Quanto mais evoluímos, mais compreendemos nossa importância, o “por quê” fomos criados, qual o nosso papel no universo. Por ora, pensamos ser um simples e insignificante ser, mas tenho certeza absoluta que o Pai não pensa assim e assim não o é. Trabalho jamais será um castigo e sim um privilégio.

Qual a finalidade da vida?
A finalidade é nos fazer crescer e evoluir.

Por que não fomos já criados perfeitos?
Porque não teríamos mérito algum para isso. Como ter privilégios sem merecer?
Por que tantos sofrem imensamente, desde o berço e ainda terão que sofrer e trabalhar mais ainda para alcançar um mundo melhor?
As dificuldades, dores e sofrimentos que hoje atingem uma imensidão de seres humanos é resultado do mal proceder de outras existências. É a colheita obrigatória da semeadura errada realizada no passado. Somos totalmente responsáveis pelos nossos atos e pelas suas conseqüências. A Lei que nos rege não é de punição, mas de educação. Aprendemos com as conseqüências de nossos erros para não errar mais. Uma vez a lição sendo compreendida e “quitado” nosso débito, desaparece o sofrimento, adquire-se uma lucidez maior e as forças são reavivadas para a continuação da jornada.

Quer dizer então que o trabalho não tem fim?
Não, não tem. Deus cria incessantemente, Jesus trabalha pelo nosso planeta incessantemente, os espíritos abnegados do Bem se desdobram em nos ajudar continuamente. Se o mais Alto Escalão não tem descanso, por que nós teríamos?
Entendamos que o trabalho não é uma punição e sim uma bênção. É a sagrada oportunidade que temos de retribuir todo o bem que fora realizado em nosso benefício para que chegássemos à condição que nos encontramos.

Qual o sentido real da vida?

Viver, amar e servir.
Isso é apenas filosofia, não tem uma explicação melhor?
Viver: onde existe vida, existe uma criação de Deus e toda criação é importante para a harmonia do Universo.
Amar: É o sentimento que mais nos aproxima de Deus. É o elo inquebrantável da corrente da vida.
Servir: É a contribuição que podemos dar em troca de todo investimento que fora empregado em nossa evolução. É o trabalho que fará com que quitemos o imenso débito para com toda a organização da vida, empregada em nosso favor. Se ficássemos inertes, ociosos, seria sinal de que na realidade não teríamos compreendido a magnitude da vida e seu mecanismo, ou melhor, não teríamos evoluído.


De onde viemos?

Eis uma pergunta que todo mundo já fez um dia.
Muitos pensam que fomos criados quando nascemos. Outros acreditam que no momento da concepção é que somos criados.
Na realidade, na matéria, somos criados (corpo, perispírito, espírito) no momento da concepção, porém nosso espírito e perispírito já existiam.
No momento da concepção uma nova jornada se inicia, como se fosse um ano letivo do currículo escolar. Terminada essa vida, esse ciclo, há um intervalo para posteriormente reiniciarmos em novo ano escolar, ou seja, uma nova jornada neste mundo.

Por que isso ocorre?
Ocorre para que possamos, nas diferentes jornadas, irmos adquirindo experiências e conhecimentos nas mais diversas condições, consequentemente, fazendo a desenvolvimento de nossas faculdades morais e espirituais.
Mas, quando foi nossa primeira encarnação?
Somos frutos de um constante desenvolvimento. Nossa primeira existência como seres humanos foi exatamente posterior a última que vivenciamos no reino animal. Talvez, como seres imortais que somos, nem tenhamos feito essa mudança de reino neste planeta. Talvez, e tudo indica ser essa a realidade, tenhamos vindo para este planeta estagiar em condições mais primitivas para adquirirmos aquilo que este meio poderia nos fornecer em termos de aprendizagem. Quando esse período se findar, retornaremos para o planeta de origem ou estagiaremos em outro mais evoluído para continuarmos nosso ciclo de aprendizagem, assim como os alunos que saem do colégio, ingressam numa determinada faculdade para complementarem seus estudos.
Quer dizer que podemos ter vivido já em outro planeta?

Sim, isso é bem provável, tendo em vista a Terra ser um planeta ainda relativamente “jovem”, ou seja, que há muito pouco tempo saiu de uma fase primitiva. Em sua maior parte, os espíritos nativos desse planeta renascem em agrupamentos mais rudimentares, isolados, como nos agrupamentos indígenas e, gradativamente, vão travando contato com a civilização e adquirindo conhecimentos. Lógico que isso não é uma regra, mas digamos que grande parte se encontram ali vivendo.
Nós viemos para este planeta por alguns motivos: ajudar o progresso da civilização primitiva aqui existente; para que o planeta que habitávamos ficasse “livre” da nossa influenciação negativa e pudesse progredir com menos impecilhos, assim como está ocorrendo hoje com a Terra, onde multidões de espíritos estão sendo exilados para planetas mais primitivos para que os que aqui ficarem possam evoluir mais livremente; para que aprendêssemos, no exílio, a dar o devido valor aquilo que tínhamos, aprendermos através do nosso suor e lágrimas, construir um novo ser, mais humano e irmão, capaz de conviver facilmente em quaisquer sociedades, dando ali sua contribuição sem esperar nada em troca.


Isso quer dizer que poderemos sair deste planeta e sermos levados a outro primitivo?

Isso dependerá da condição evolutiva de cada um. Se ficarmos ainda apegados com excesso à matéria, com o orgulho e vaidade intensos, atrapalhando o progresso de nossos semelhantes, desperdiçando nosso tempo em gozos perecíveis e não construindo nada de bom para nós mesmos e nosso próximo, com certeza, haverá grande probabilidade de sermos “banidos” para outro orbe.
E se isso acontecer, como ficaremos?

Renasceremos em novo mundo primitivo nas condições físicas que aquele plano nos oferecer. Nossos corpos serão mais limitados, porém, toda bagagem de conhecimentos que adquirimos estará sempre conosco. Teremos possibilidade, com muito suor e lágrimas, de construir um novo mundo a partir do zero, ajudar os povos primitivos a adquirirem novos conhecimentos, assim como sucedeu com a Terra milênios atrás.
Nunca mais voltaremos a Terra?
Quando expurgarmos tudo aquilo que nos imanta aquele planeta, seremos reconduzidos para cá ou para outro plano que se assemelhe às nossas vibrações.
Quem somos nós, afinal?
Somos seres imortais, filhos de Deus, que estagiamos em todos os lugares criados por Ele para exercitar nossa capacidade e despertar nossa inteligência. Digamos que essa centelha que somos estagia a milhões de anos nos diversos reinos da natureza e o que somos hoje, é o resultado de todo esse processo de aperfeiçoamento.
Não seria mais prudente crermos que Deus nos criou quando nascemos?
Se crermos nisso, estaremos incorrendo no erro de classificá-Lo como parcial e imperfeito, pois para alguns dá muitas facilidades e para outros verdadeiros martírios. Deus jamais daria privilégios a uns em detrimentos de outros, afinal, ele é a Suprema Perfeição. Deu a todos aquilo que precisavam para construírem um ser perfeito, mas o resultado final sempre será mérito individual de cada um. Fomos criados simples e ignorantes, mas com todos os atributos de um ser perfeito. Para adquirir a perfeição é necessário estimular esse princípio inteligente para que ele se desenvolva. Esses estímulos começam a ocorrer ainda no reino mineral e avança sempre, até chegar onde nos encontramos. Longa etapa essa, mas afinal, o que é o tempo diante da eternidade? É apenas uma unidade de medida para que possamos nos situar. A evolução do ser é constante, em todos os reinos desse planeta e posteriormente, de outros, ainda ignorados, que um dia habitaremos.
(Colaboração: Valdenir 

 Fonte: Centro Espírita Vinhas do Senhor


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