segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Sofrimento,Alavanca do Progresso

Terra é planeta-escola, que abriga uma sociedade cujas características de imperfeição e fraqueza estão adequadas às necessidades de Espíritos carecedores de oportunidades, a lhes oferecerem meios de expungir do acervo pessoal as mazelas que impedem ascensão aos planos superiores da Eternidade. A vida de relação é, assim, valioso recurso para exercício dos elevados atributos intelectuais e morais da alma, com vistas à vida eterna, apanágio de todos os Espíritos, rumo à perfeição.
As adversidades, os infortúnios, as dores em geral são meios de purificação da natureza espiritual que nos é própria, por isso, não deverão ser considerados punições, e sim, oportunidades redentoras, estimulando- nos os esforços, no caminho da própria libertação. Há que considerar, ainda, que ninguém mais nos impõe sofrimentos, senão nós próprios, criando, no pleno uso da liberdade e do livre-arbítrio, o determinismo que nos coloca diante dos inflexíveis efeitos da Lei Causal.
As aflições que nos visitam objetivam estimular-nos o esforço, não somente para compreendê-las, mas também para envidarmos esforços concretos na sua erradicação, porque, embora a vida material nos pareça suficiente e completa em si mesma, na realidade visa o progresso da natureza eterna que nos é peculiar: a natureza espiritual. “Bem-aventurados os que sofrem porque serão consolados” (Mateus, 5:4), sentenciou Jesus. Como complemento dessa máxima, ensina-nos o divino Mestre que a coragem, a resignação e humildade são as forças que otimizam a conquista do progresso, enquanto a revolta, a rebeldia, o orgulho e a fraqueza retardam-lhe o advento.
Os resgates, expiações e provas a que estamos sujeitos, durante a vida material, são criações nossas.
Os acontecimentos do presente estarão sempre com raízes no passado.
Nossos agressores e adversários nada mais são que auxiliares da nossa evolução; instrumentos utilizados pelo automatismo da Lei, para que a justiça se cumpra. Eis por que a vingança será sempre um sentimento desprovido de sentido!
É como se estivéssemos destruindo um remédio amargo, que nos livrará de enfermidade pertinaz.
Se quisermos bem aproveitar a oportunidade encarnatória, evitando a repetição de experiências mal-sucedidas, há que exercitarmos a capacidade de renúncia e o espírito de serviço, conquistando, através deles, o enriquecimento do acervo de realizações, com que retornaremos à Pátria Espiritual portando bagagem que nos situará no convívio dos justos. Os elementos para a consecução desse objetivo serão encontrados nos ensinamentos do Evangelho de Jesus, amplamente explicados pela Terceira Revelação, que é a Doutrina Espírita.

Reformador Ago/08

Por Sergio Ribeiro

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