segunda-feira, 23 de março de 2015

O Boneco

Osório, sua esposa Selma e o filho Tiago almoçam, tranquilos, quando ouvem gritos. É Carmem, a filha mais nova, nos fundos da casa. Acodem rápido!
– Vejam que horrível! – mostra a jovem, as¬sustada.
Num canto do quintal, perto da piscina, o objeto de tamanho alarido: um boneco de pano, muito estranho, com várias costuras no ventre e na boca, manchas de sangue no tecido surrado, espetado por várias agulhas...
– Não toquem! Cuidado! É um despacho! – adverte Felismina, a serviçal doméstica.
– Não fazemos mal a ninguém! – reclama a dona da casa.
E dirigindo-se ao marido:
– Certamente é arte daquela sirigaita que trabalha em sua repartição! Ela não esconde que o considera um ótimo partido. Seria um viúvo disputado! Valha-me, Jesus amado! Sinto falta de ar!... É para mim essa encomenda das trevas!...
– Ora, querida – responde o esposo, conciliador –, não julgue assim a pobre Anita. Conheço-a bem. Seria incapaz de semelhante maldade! Sus¬peito antes do Costinha e sua mulher. São invejosos!... Provavelmente estão pretendendo amarrar nossa prosperidade! É preciso fazer algo rápido para neutralizar essa nefasta influência, porquanto também fui atingido... Ah! Minha enxaqueca... Parece que martelam meus miolos!...
– Coisa boa não é! – acrescenta, perturbado, Tiago – As agulhas parecem enterradas em meu próprio corpo. Dói tudo! O despacho é para mim! Quando me apaixonei pela Margarida e rompi o noivado com Júlia, ela jurou que eu pagaria pela desfeita. A família dela mexe com saravá!
– Você, que entende dessas coisas, o que nos diz, Felismina?
A serviçal responde, enfática:
– Não sei quem fez, mas é para prejudicar a família toda. Com a confusão que mora nesta casa, não tenho dúvida de que há males encomenda¬dos!...
O grupo assusta-se mais! O medo cresce fermentado pela dúvida! O desajuste encontra portas abertas! Todos tensos e angustiados! Selma está na iminência de um colapso nervoso!...
Batem à porta. É o vizinho que, levado ao quintal, vai dizendo:
– Bom dia! Desculpem importuná-los. Queria pedir licença para levar o boneco de meu filho. O irmão o jogou neste quintal. O garoto está em prantos. Seu sonho é ser médico-cirurgião. O fantoche é seu paciente. Já o operou muitas vezes. Não tem mais onde costurar... Até sangue inventou, usando molho de tomate. E pratica acupuntura, es¬petando-o com agulhas...
O despacho é devolvido. O visitante retira-se. Olham-se todos, atônitos! Descontraem-se. O riso solto saúda abençoado alívio. Osório comenta, bem humorado:
– Felizmente o vizinho chegou a tempo! Se demorasse um pouco, poderíamos morrer de susto!...

Ignorância, crendice e superstição são grilhões terríveis que semeiam perturbação.
Tudo será diferente quando compreendermos que nenhum mal tem acesso ao nosso universo íntimo sem transitar pelas vias da aceitação.
Por isso, a melhor defesa exprime-se no empenho por compreendermos melhor a existência humana com os valores do estudo e da meditação, aprendendo sempre.
Era isso que Jesus ensinava ao proclamar: Conhecereis a Verdade e a Verdade vos fará livres.

Por Richard Simonetti

sexta-feira, 20 de março de 2015

O Desencarne na visão Espírita

A Doutrina Espírita não apenas consola, mas também ilumina o raciocínio dos que indagam e choram na grande separação.

Toda religião procura confortar os homens, ante a esfinge da morte. A Doutrina Espírita não apenas consola, mas também alumia o raciocínio dos que indagam e choram na grande separação. Toda religião admite a sobrevivência.
A Doutrina Espírita não apenas patenteia a imortalidade da vida, mas também demonstra o continuísmo da evolução do ser, em esferas diferentes da Terra. Toda religião afirma que o mal será punido, para lá do sepulcro. A Doutrina Espírita não apenas informa que todo delito exige resgate, mas também destaca que o inferno é o remorso, na consciência culpada, cujo sofrimento cessa com a necessária e justa reparação. Toda religião ensina que a alma será expurgada de todo o erro, em regiões inferiores. A Doutrina Espírita não apenas explica que a alma, depois da morte, se vê mergulhada nos resultados das próprias ações infelizes, mas também esclarece que, na maioria dos casos, a estação terminal do purgatório é mesmo a Terra, onde reencontramos as consequências de nossas faltas, a fim de extingui-las, através da reencarnação. Toda religião fala do céu, como sendo estância de alegria perene. A Doutrina Espírita não apenas mostra que o céu existe, por felicidade suprema no espírito que sublimou a si mesmo, mas também elucida que os heróis da virtude não se imobilizam em paraísos estanques, e que, por mais elevados, na hierarquia moral, volvem a socorrer os irmãos da Humanidade ainda situados na sombra. Toda religião encarece o amparo da Providência Divina às almas necessitadas. A Doutrina Espírita não apenas confirma que o amor infinito de Deus abraça todas as criaturas, mas também adverte que todos receberemos, individualmente, aqui ou além, de acordo com as nossas próprias obras. Os espíritas, pois, realmente não podem temer a morte que lhes sobrevém, na pauta dos desígnios superiores. Para todos eles, a desencarnação em atendimento às ordenações da Vida Maior é o termo de mais um dia de trabalho santificante, para que se ponham, de novo, a caminho do alvorecer.

Emmanuel

quinta-feira, 19 de março de 2015

A Luz Inextinguível

"A caridade jamais se acaba." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 13:8.)
Permaneces no campo da experiência humana, em plena atividade transformadora.
Todas as situações de que te envaideces, comumente, são apenas ângulos necessários mas instáveis de tua luta.
A fortuna material, se não a fundamentas no trabalho edificante e continuo, é patrimônio inseguro.
A família humana, sem laços de verdadeira afinidade espiritual, é ajuntamento de almas, em experimentação de fraternidade, da qual te afastarás, um dia, com extremas desilusões.
A eminência diretiva, quando não solidificada em alicerces robustos de justiça e sabedoria, de trabalho e consagração ao bem, é antecâmara do desencanto.
A posição social é sempre um jogo transitório.
As emoções da esfera física, em sua maior parte, apagam-se como a chama duma vela.
A mocidade do corpo denso é floração passageira.
A fama e a popularidade costumam ser processos de tortura incessante.
A tranqüilidade mentirosa é introdução a tormentos morais.
A festa desequilibrante é véspera de laborioso reparo.
O abuso de qualquer natureza compele ao reajustamento apressado.
Tudo, ao redor de teus passos, na vida exterior, é obscuro e problemático.
O amor, porém, é a luz inextinguível.
A caridade jamais se acaba.
O bem que praticares, em algum lugar, é teu advogado em toda parte.
Através do amor que nos eleva, o mundo se aprimora.
Ama, pois, em Cristo, e alcançarás a glória eterna.

(Francisco Candido Xavier por Emmanuel. In: Vinha de Luz)

Leia mais: http://www.cacef.info/news/a-luz-inextinguivel

sexta-feira, 13 de março de 2015

Mansos de Coração

Quando Jesus proclamou a felicidade nos mansos de coração, não se propunha, de certo, exaltar a ociosidade, a hesitação e a fraqueza.
Muita gente, a pretexto de merecer o elogio evangélico, foge aos mais altos deveres da vida e abandona-se à preguiça e à fé inoperante, acreditando cultivar a humildade.
O Mestre desejava destacar as almas equilibradas, os homens compreensivos e as criaturas de boa vontade que, alcançando o valor do tempo, sabem plantar o bem e esperar-lhe a colheita, sem desespero e sem violência.
A cortesia é o primeiro passo da caridade.
A gentileza é o princípio do amor.
Ninguém precisa, pois, aguardar o futuro, a fim de possuir a Terra. É possível orientá-la hoje mesmo, detendo-lhe os favores e talentos, entre os nossos semelhantes, cultuando a bondade fraternal.
As melhores oportunidades de cada dia no mundo pertencem àqueles que melhores se fazem para quantos lhes rodeiam os passos. E ninguém se faz melhor, arremessando pedras de irritação ou espinhos de amargura na senda dos companheiros.
A Sabedoria é calma e operosa, humilde e confiante.
O espírito de quem ara a Terra com Jesus compreende que o pântano pede socorro, que a planta frágil espera defesa, que o mato inculto reclama cuidado e que os detritos do temporal podem ser convertidos em valioso adubo, no silêncio do chão.
Se pretendes, pois, a subida evangélica, aprende a auxiliar sem distinção.
A pretexto de venerar a verdade, não aniquiles as promessas do amor. Abraça o teu roteiro, com a alegria de quem trabalha por fidelidade ao Sumo Bem, estendendo a graça da esperança, a benefício de todos, e, um dia, todos os que te cercam e te acompanham entoarão o cântico de bem-aventurança que o teu coração escreveu e compôs nos teus atos, aparentemente pequeninos de fraternidade e sacrifício, em favor dos outros, em tua jornada de ascensão à Divina Luz.

 Emmanuel - Do livro: Escrínio de Luz-Francisco Cândido Xavier.

Fonte: CE Caminhos de Luz

segunda-feira, 9 de março de 2015

Saudade não tem hora

Quando a barca da relação matrimonial começa a apresentar dificuldades, ameaçando de modo geral, os filhos percebem.
Embora os pais procurem disfarçar, mantendo o rol das discussões longe deles, o clima de desconforto do casal é percebido.
Até mesmo os bebês registram a psicosfera conjugal, que deixou de emitir vibrações de amor e harmonia. E, por não disporem da palavra para se manifestar, principiam a apresentar intranquilidade no sono, choramingos sem causa aparente, podendo evoluir para febres e infecções.
Crianças de pouca idade observam e, ante a saída rápida de um dos cônjuges para o trabalho, perguntam: Você não vai dar um beijo na mamãe?
E, quando não passa de um rápido pousar dos lábios no rosto, insistem: Não desse jeito. Beijo de verdade. Beijo de amor.
Se existem avós ou tios nas proximidades, não raro são surpreendidos com perguntas como: Posso ir na sua casa? Posso ficar com você?
Isso demonstra a inquietude quanto ao seu futuro. Se pai e mãe se separarem, para onde iremos?
E, na ausência de parentes próximos, os pequenos fazem as mesmas indagações a amigos ou vizinhos, na ânsia de garantirem, emocionalmente, um porto que lhes possa parecer seguro.
Finalmente, quando a relação se desfaz e um dos cônjuges deixa o lar, no balanço das emoções, o item perda irreparável se acentua.
Se adolescentes, as reações são as mais diversas, conforme a intensidade dos laços afetivos e de como interpretam a separação. Alguns se sentem literalmente traídos, outros se sentem abandonados, desprezados.
Dependendo dos motivos da separação, a questão se torna ainda mais nevrálgica.
Natural que se o casal descobre que não mais consegue viver sob o mesmo teto, compartilhando as dificuldades e o afeto, busque uma forma de melhor convivência.
Contudo, saudável que procure alternativas, antes da separação pura e simples. Importante que se indaguem o que os fez se unirem e conversem a respeito da possibilidade de investimento na continuidade do contrato matrimonial.
Não haverá ajustes a serem feitos, que permitirão o amadurecimento da relação e o consequente aparar das arestas?
Finalmente, se o caminho da separação se fizer inevitável, que os filhos não sejam esquecidos. Eles são a parte mais nobre e mais preciosa do inventário, na hora de se decidir quem fica com quem, em que condições.
Que, em nome da mágoa, não se criem empecilhos para o relacionamento com os filhos, que não se criem maiores entraves.
Guarda compartilhada, ajustes definidos de forma consensual ou não, os filhos são as joias que precisam ser preservadas de maiores prejuízos, nesse momento.
Lembramos de uma garotinha de seus três anos que, ante a saída do pai do lar, depressa aprendeu a digitar o número do seu telefone, para dizer: Pai,estou com saudades.
E, quando esse lhe dizia: Está bem, amor. Amanhã passo aí para lhe dar um abraço, ouvia a voz insistente: Pai, eu estou com saudades, agora!
Quem pode comandar a saudade, que é a manifestação do amor que deseja quem ama perto de si?
Pensemos nisso. E, em decisão tão importante, lembremos dos filhos, antes das deliberações da partilha do patrimônio, valores monetários e todos os demais detalhes.
Filhos – tesouro das nossas vidas. Pensemos neles!
Redação do Momento Espírita.

Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/meditacao-diaria

quarta-feira, 4 de março de 2015

A causa das doenças graves

"Mauricio, minha mãe descobriu que está com câncer no fígado em estado avançado. Estamos desesperados. Por que isso acontece?" (anônima)

O corpo é o espelho da alma e a saúde é o resultado do equilíbrio do espírito. Quando o corpo adoece é porque estamos cultivando pensamentos, sentimentos e atitudes que são negativos. Essas atitudes causam marcas na alma, marcas estas que passam para o perispírito e em seguida explodem no corpo de carne em forma de doenças.
Contudo essas marcas podem não ter começado nesta vida presente, mas sim em vidas passadas quando, guiados pela maldade, pelo egoísmo e pelo orgulho cometemos atos cruéis que marcaram nossa consciência e se estamparam em nosso perispírito como uma tinta se estampa no papel.
Quando reencarnamos, a depender de nossa nova conduta e de nossas novas crenças, essas marcas podem ser apagadas ou ficarem do mesmo jeito. Em alguns casos podem ser agravadas. Se a pessoa não modificar radicalmente sua forma de pensar, sentir e agir, essas marcas surgirão de repente, em forma de doenças dolorosas, graves, cruéis e de difícil tratamento.
"Mas minha mãe era muito boa, isso não faz sentido" dirá você. Ocorre que estar no mal não se resume a fazer o mal aos outros.
Toda vez que você se nega, se deprime, se culpa, se magoa, guarda ódio ou rancor, não se acha digna, quando se condena e não procura viver feliz, você está no mal.
O câncer de fígado é, em geral, o resultado de muito tempo de mágoas, raiva e rancores acumulados. As pessoas que o apresentam tem dificuldade de perdoar, são intolerantes na convivência humana e possuem dificuldade de aceitar os outros como eles são.
Isso não é uma regra geral, pode não ser o caso de sua mãe, mas é o da maioria das pessoas acometidas de câncer de fígado.
Para se curar é necessário uma mudança radical no sentido oposto. A pessoa obtém a cura quando passa a perdoar, esquecer as ofensas, compreender, amar, aceitar, tolerar no sentido maior que essas palavras tem. Não é fácil, porém não é impossível.
Vou torcer para que sua mãe consiga. É possível.

Por Maurício de Castro- médium e escritor

terça-feira, 3 de março de 2015

Causa e Efeito

Embora muitos de nós não entendamos o funcionamento das Leis de Deus, elas se manifestam a cada instante da vida, como mensageiras da Justiça e do Amor Divinos.
Aquele parente difícil, que nos exige constantes sacrifícios, pode ser o companheiro de ontem, a quem atraiçoamos e induzimos à derrocada moral.
A filha incompreensiva e rebelde pode ser a jovem que ontem nos amava, e a quem abandonamos, inclinando-a ao vício. Hoje ela retorna necessitada do nosso amor e da nossa compreensão.
Ontem colocamos o orgulho e a vaidade no peito de um irmão que nos seguia os exemplos menos felizes. Hoje, talvez, o tenhamos de volta, na feição de esposo mandão ou de filho problema, para sorvermos juntos o cálice da redenção.
Ontem, esquecemos compromissos nobres, arrastando alguém ao suicídio. Hoje, possivelmente, reencontramos esse mesmo alguém na pessoa de um filhinho, portador de moléstia irreversível, tutelando-lhe, à custa de lágrimas, o trabalho de reajuste.
Ontem, abandonamos a companheira inexperiente, à míngua de todo auxílio, situando-a nas garras da delinquência. Hoje, moramos no espinheiro em forma de lar, carregando fardos de angústia, a fim de aprender a plantar carinho e fidelidade.
O marido faltoso de hoje é aquele mesmo homem que, um dia, inclinamos à crueldade e à mentira.
Assim, cada elo de simpatia ou cada sombra de desafeto, que encontramos na família ou na atividade profissional, podem ser forças do passado a nos pedirem mais amplas afirmações de trabalho e dedicação ao bem.
Tenhamos sempre em mente que todos os delitos que cometemos não desaparecerão, no silêncio do túmulo, porque a vida prossegue, além da morte, desdobrando causas e consequências.
Assim sendo, diante de toda dificuldade e de toda prova, façamos o melhor ao nosso alcance.
Ajudemos aos que partilham conosco as experiências, e oremos pelos que nos perseguem, desculpando todos aqueles que nos infelicitam.
A humildade é a chave de nossa libertação. Dessa forma, sejam quais forem os nossos obstáculos, lutemos por superá-los com dignidade e honradez. E não nos esqueçamos de que a conquista da nossa felicidade começa nos alicerces invisíveis da luta dentro do próprio lar.
Sócrates, um dos filósofos mais conhecidos da Humanidade, sintetizou o que pensava sobre a Lei de causa e efeito numa frase de grande sabedoria. Disse simplesmente: A justiça conduz aos nossos lábios a taça que nós mesmos envenenamos.
Ele se referia apenas aos atos infelizes do ser humano, mas nós podemos acrescentar, sem medo de errar, que a justiça também nos devolve em forma de bênçãos felizes todas as boas ações que praticamos.
Assim é a Lei de causa e efeito: justa e sábia como o próprio Criador.

Redação do Momento Espírita com base no cap. II,
do livro Leis de amor, pelo Espírito Emmanuel,
 Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, ed. Feesp.

domingo, 1 de março de 2015

Mudança de Plano

Não esperes pela morte do corpo físico para realizares o serviço da própria elevação.
Cada dia é oportunidade de ascensão ao melhor.
Cada tarefa edificante é degrau com que podemos subir às esferas superiores.
Todos respiramos em planos distintos e todos podemos alcançar horizontes mais altos.
Se te habituaste à irritação, cultiva o silêncio e a tolerância, com os quais te desvencilharás dos laços sombrios da cólera, penetrando os domínios da luz.
Se tens a infelicidade de comprar inimigos, através de atitudes impensadas, detém-te na serenidade e aprende a servir aos teus desafetos, alcançando, assim, o reino brilhante da simpatia.
Se ainda te debates nos desvãos da ignorância, não te esqueças do esforço na leitura sadia e edificante para a aquisição do conhecimento e da sabedoria.
Se respiras no resvaladouro da queixa, esquece a ociosidade e o desânimo, e, erguendo-te para o trabalho digno, consagra-te ao suor enobrecente, a fim de incorporares ao teu patrimônio espiritual o otimismo, a paz, o bom ânimo e a alegria.
Há milhões de "círculos de vida", dentro de nossa residência planetária.
O verme agarra-se à escuridão do subsolo.
O batráquio mora no charco.
A ave plana e canta na altura.
A chama envolve-se nas emanações da luz que irradia.
Assim, também, cada alma reside na esfera de ideal e pensamento que forma para si mesma.
Quem deseje, pois, um mundo melhor pode avançar, pelo trabalho e pela boa-vontade, no roteiro da ascensão, desde hoje.


 Emmanuel - Do livro: Correio Fraterno: Francisco Cândido Xavier.