domingo, 31 de julho de 2011

Doenças fantasmas

Somos defrontados com freqüência por aflitivo problema cuja solução reside em nós. A ele debitamos longas fileiras de irmãos nossos que não apenas infelicitam o lar onde são chamados à sustentação do equilíbrio, mas igualmente enxameiam nos consultórios médicos e nas casas de saúde, tomando o lugar de necessitados autênticos.
Referimo-nos às criaturas menos vigilantes, sempre inclinadas ao exagero de quaisquer sintomas ou impressões e que se tornam doentes imaginários, vítimas que se fazem de si mesmas nos domínios das moléstias-fantasmas.
Experimentam, às vezes, leve intoxicação, superável sem maiores esforços, e, dramatizando era demasia pequeninos desajustes orgânicos, encharcam-se de drogas, respeitáveis quando necessárias, mas que funcionam à maneira de cargas elétricas inoportunas, sempre que impropriamente aplicadas.
Atingido esse ponto, semelhantes devotos da fantasia e do medo destrutivo caem fisicamente em processos de desgaste, cujas conseqüências ninguém pode prever, ou entram, modo imperceptível para eles, nas calamidades sutis da obsessão oculta, pelas quais desencarnados menos felizes lhes dilapidam as forças.
Depois disso, instalada a alteração do corpo ou da mente, é natural que o desequilíbrio real apareça e se consolide, trazendo até mesmo a desencarnação precoce, em agravo de responsabilidade daqueles que se entibiam diante da vida, sem coragem de trabalhar, sofrer e lutar.
Precatemo-nos contra esse perigo absolutamente dispensável. Se uma dor aparece, auscultemos nossa conduta, verificando se não demos causa à benéfica advertência da Natureza.
Se surge a depressão nervosa, examinemos o teor das emoções a que estejamos entregando as energias do pensamento, de modo, a saber, se o cansaço não se resume a um aviso salutar da própria alma, para que venhamos a clarear a existência e o rumo.
Antes de lançar qualquer pedido angustiado de socorro, aprendamos a socorrer-nos através da auto-análise, criteriosa e consciente.
Ainda que não seja por nós, façamos isso pelos outros, aqueles outros que nos amam e que perdem, inconsequentemente, recurso e tempo valiosos, sofrendo em vão com a leviandade e a fraqueza de que fornecemos testemunho.
Nós que nos esmeramos no trabalho desobsessivo, em Doutrina Espírita, consagremos a possível atenção a esse assunto, combatendo as doenças-fantasmas que são capazes de transformar-nos em focos de padecimentos injustificáveis a que nos conduzimos por fatores lamentáveis de auto-obsessão.

- Emmanuel e André Luiz -

sábado, 30 de julho de 2011

Fernando Pessoa

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôndito da sua alma .
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um 'não'.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
 Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...


sexta-feira, 15 de julho de 2011

O Remorso

Todos os acontecimentos de uma vida
são eternos em nossa consciência.
Nossa consciência nos reprova,
pelas faltas que cometemos, gerando assim o Remorso
Um sentimento que perturba o equilíbrio de nossa Alma
quando fazemos algo, nem pensamos nas conseqüências mais adiante
Esquecemos-nos que a consciência nos cobra,
e isso fica latente pulsando dentro de nós
Não dormimos em paz, não desenvolvemos nossa capacidade de superação,
tudo isso porque não pensamos antes de agir.
Depois nos cobramos! Porque não fiz enquanto pude?
Porque falei daquela forma? Porque deixei de abraçar?
Porque deixei de falar que amo? Porque fui tão intolerante?
Porque perdi a paciência? Porque não fui humilde?
Porque não perdoei? São perguntas pertinentes a nossas faltas.
Veja se você está em falta com sua consciência,
antes de fazer algo a alguém,
reflita nas conseqüências que lhe trará posteriormente.
Ninguém está livre desta cobrança.
Procure ser tolerante em todas as circunstâncias,
para que sua consciência não cobre de você amanhã.
E o Remorso não seja seu companheiro.

O choro dos bebês e suas causas

 Um fato bastante conhecido das pessoas que já tiveram filhos tem sido agora objeto de importante discussão nos meios médicos: o choro dos bebês. Por que será que eles choram?
O assunto foi tema de um debate promovido em Curitiba pela Sociedade Paranaense de Pediatria, ocasião em que a psiquiatra e psicoterapeuta Maria Lúcia Bezerra afirmou que em 95% dos casos os bebês choram devido a problemas emocionais.
O encontro foi bastante produtivo e gerou conclusões interessantes. Duas delas interessam-nos de perto. A primeira: os pais não devem ceder ao impulso de oferecer ao bebê remédios para cólica sem ter antes conversado com o pediatra. A segunda: é preciso zelar pela saúde emocional da família, porquanto um lar em desequilíbrio refletirá sem dúvida no comportamento das pessoas que o compõem, especialmente os bebês, seres ainda frágeis que requerem, por isso mesmo, toda a atenção dos pais.
Como sabemos, o serviço de reencarnação começa com a concepção, mas só se completa, com a plena integração do Espírito reencarnante nos elementos físicos, quando a criança atinge sete anos de idade.
O assunto foi focalizado oportunamente pelo professor Raul Teixeira ao narrar uma experiência pessoal vivida na creche que ele e alguns companheiros fundaram na cidade de Niterói.
Nos primeiros tempos da creche não havia ali o hábito de oferecer o passe magnético e a água fluidificada às crianças então assistidas. Por orientação espiritual, elas passaram a receber o recurso do passe e a água magnetizada, uma providência singela que, no entanto, propiciava àquelas criaturinhas um reforço vital para o seu organismo físico e perispiritual.
Muitas crianças, quando em tenra idade, costumam ver vultos desencarnados no ambiente em que vivem. Nem sempre esses vultos são benfeitores vindos em missão de paz. Se o lar não é equilibrado, podem ser Espíritos igualmente perturbados cuja visão assusta os bebês e, eventualmente, os leva ao choro.
O passe, a água fluidificada e a prece fornecem as condições mencionadas no encontro de Curitiba, indispensáveis à saúde emocional da família, eliminando assim, sem qualquer dúvida, um dos motivos que levam os bebês a chorar.

                           Editorial-O Consolador

quarta-feira, 13 de julho de 2011

A benção do esquecimento

Um dos postulados básicos do espiritismo é o da pluralidade das existências ou reencarnação.
 A evolução dos espíritos exige inúmeras existências para aperfeiçoar-se.
 Todos são criados simples e ignorantes, mas seu destino é tornarem-se anjos.
 A magnitude da meta evidencia a impossibilidade de ser alcançada no curto espaço de uma vida terrena.
 Um questionamento freqüentemente levantado a essa idéia refere-se ao esquecimento das existências passadas.
 Afirma-se que esse olvido é contraproducente.
 Se já vivemos muitas vezes na terra, por que não nos lembramos?
 Segundo alguns, a lembrança auxiliaria a não repetir os equívocos do passado.
 Também serviria de incentivo à adoção de um patamar nobre de conduta.
 Afinal, seria possível correlacionar as dores atuais a específicos erros de outrora.
 Conseqüentemente, as criaturas teriam interesse em agir com dignidade.
 A crítica parece sedutora, mas não resiste a uma análise criteriosa.
 Tenha-se em mente que o esquecimento constitui a regra geral.
 Raras pessoas têm, naturalmente, a lembrança de seu agir em outras existências.
 A sabedoria divina certamente possui razões para assim estabelecer.
 Convém recordar que a lei do progresso rege a vida.
 Toda a criação está em permanente processo de evolução e metamorfose.
 Na conformidade dessa lei, os espíritos não retroagem em suas conquistas.
 As posições sociais mudam constantemente, mas ninguém é hoje pior do que já foi um dia.
 As conquistas morais e intelectuais dos espíritos jamais são perdidas.
 Assim, cada homem hoje se encontra no auge de seu processo evolutivo.
 Ninguém nunca foi no passado mais bondoso ou nobre do que é agora.
 Ocorre que a maioria absoluta da humanidade possui atualmente inúmeras mazelas morais.
 Isso evidencia que o passado dos homens, em geral, não é repleto de nobres e belas ações.
 Nesse contexto, o esquecimento das encarnações pretéritas constitui uma bênção.
 No âmbito de uma única existência, quantas vezes a criatura deseja esquecer seus equívocos?
 Não é fácil conviver com a lembrança de atos levianos.
 Inúmeros relacionamentos periclitam pela dificuldade dos seres humanos relevarem os erros recíprocos.
 E na verdade os erros são inerentes ao processo de aprender.
 Não é possível sair da mais completa ignorância e transitar para a angelitude sem cometer equívocos nesse gigantesco caminhar.
 Para propiciar os acertos necessários, a divindade permite o esquecimento do viver pretérito.
 O que se viveu persiste na forma de intuições e tendências, simpatias e antipatias, facilidades e dificuldades.A
 Muitas vezes, o inimigo de ontem renasce na condição de um filho.
 O esquecimento permite a transformação da mágoa em amor.
 Ante o rostinho rosado e o olhar ingênuo de uma criança, torna-se possível amar a quem ontem odiávamos.
 Quem outrora nos incomodava hoje nos auxilia na figura de um amigo ou irmão.
Sob a bênção do esquecimento, refundem-se as emoções e elos fraternos se estabelecem.
 Assim, não é relevante lembrar o passado.
 O importante é viver bem o presente.

domingo, 10 de julho de 2011

Alguém contigo

    Nunca estarás a sós.
    Ante a névoa das lágrimas, quando a incompreensão de outrem te agite os sentimentos, lembra-te de alguém que sempre te oferece entendimento e conforto.
    Ante a deserção de pessoas queridas, quando mais necessitavas de presença e segurança, pensa nesse benfeitor oculto que jamais te abandona.
    Ante as ameaças do desânimo, nos obstáculos para a concretização de tuas esperanças mais belas, considera o amparo desse amigo certo que, em tempo algum, te recusa bom ânimo.
    Ante a queda iminente na irritação, capaz de induzir-te à delinquência, refugia-te no clima desse doador de serenidade que te guarda o coração nas bênçãos da paz.
    Ante as sugestões do desequilíbrio emotivo, suscetíveis de te impulsionarem a esquecer encargos que assumiste, reflete no mentor abnegado que jamais te nega defesa, para que usufruas a tranqüilidade de consciência.
    Ante prejuízos, muitas vezes causados por amigos aos quais empenhaste generosidade e confiança, medita nesse protetor magnânimo que nunca te desampara e que promove, em teu favor, sempre que necessário, os recursos preciosos à recuperação de que careças.
    Ante acusações daqueles que se te fazem adversários gratuitos, amargurando-te os dias, eleva-te em pensamento ao instrutor infatigável que sempre te convida à tolerância e ao perdão.
    Ante as crises da existência que te surgiram revolta e desespero, recorda o mestre da paciência que te resguarda constantemente na certeza de que não há problemas sem solução para quem trabalha e serve para o bem sem perder a esperança.
    Ante os desgostos e contratempos que te sejam impostos pelos entes amados, não te emaranhes no cipoal das afeições possessivas, refletindo no companheiro que te ama desinteressadamente muito antes que te decidisses a conhecê-lo.
    E quando perguntares quem será esse alguém que nunca te desampara e que te garante a vida, em nome de Deus, deixa que os teus ouvidos se recolham aos recessos da própria alma e escutarás o coração a dizer-te na intimidade da consciência que esse alguém é Jesus.

(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel.

Banho Purificador

Os rituais e banhos de purificação causam muito mais que um efeito puramente psicológico como acreditam os céticos, embora o fator psicológico seja também importante. Existe o efeito espiritual que é o que muitos buscam, e o efeito fisiológico. Fisiológico? Sim fisiológico.
Sofremos diversas mudanças temperamentais durante o dia. Raiva, estresse, angústia e outros sentimentos negativos acabam ocorrendo, o que gera diverssas substâncias químicas a partir do comando de nosso cerebro e que vão como uma avalanche direto para nossa pele. Até doenças estão indiscutivelmente ligadas a quadros emocionais e existe uma comunicação constante entre cérebro e pele. Somos realmente seres interessantes, somos capazes de modificar nossa biologia pelo que pensamos e sentimos, nossas celulas estão constantemente sendo modificadas por nossos pensamentos!
Assim como quando estamos apaixonados ou felizes nossa pele parece ficar mais viçosa e saudável, o contrário também acontece quando estamos deprê. neurotransmissores- mediadores químicos que levam a mensagem de uma célula para outra- projetam substâncias agressivas na pele, o nível de hormônios importantes baixa, os receptores neuropeptídicos na superfície externa das células da pele ficam distorcidos, as plaquetas sanguíneas ficam mais viscosas e mais propensas a formar grumos e tudo isso é secretado pelas fibras nervosas da pele permanecendo em sua superfície. Algumas substâncias simplesmente evaporam, outras são gradualmente reabsorvidas, formando um ciclo, uma barreira praticamente física ao equilíbrio espiritual.

Como citou Shakespeare: “ Nós somos feitos da mesma matéria dos sonhos”.
Esses traços químicos de sensações e sentimentos ruins podem ser retirados com a limpeza física através da água que é, além de outras coisas, um purificador muito potente. Além dos benefícos gerais conhecidos por todos de limpar o corpo, ela nos livra das experiências acumuladas. Sem falar das comprovadas características anti-sépticas, antinflamtórias e té antibióticas de muitas ervas e materiais de purificação comumente usados.
Um exemplo de purificação física e espiritual:
Natro:
A água de natro, à base de sódio, era muito usada no antigo Egito para purificar o corpo e um de seus mais importantes portais, a boca. Uma versão mais moderna do natro pode ser criada misturando bicabornato de sódio a água mineral ou de fonte. Para a purificação esfregue a água de natro pelo corpo durante o banho, faça um bochecho para purificar a boca também.
Fonte: Outros Olhares.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Ser transparente

 Às vezes, nos perguntamos por que é tão difícil ser transparente.
Costumamos acreditar que ser transparente é simplesmente ser sincero e não enganar os outros. No entanto, é muito mais do que isso.
É ter coragem de se expor, de ser frágil, de chorar, de falar do que sentimos. É desnudar a alma, deixar cair as máscaras e baixar as armas.
É destruir os imensos e grossos muros que insistimos tanto em levantar e permitir que toda a nossa doçura aflore, desabroche e transborde.
Infelizmente, quase sempre, a maioria de nós decide não correr esse risco. Preferimos a dureza da razão à leveza que exporia toda a fragilidade humana.
Preferimos o nó na garganta às lágrimas que brotam da profundeza do nosso ser.
Preferimos nos perder na busca insensata por respostas imediatas a simplesmente nos entregar diante de Deus e admitir que não sabemos todas as respostas, que somos frágeis, que temos medo.
Por mais doloroso que seja construir uma máscara que nos distancia cada vez mais do que realmente somos e de Deus, preferimos manter uma imagem que nos dê a sensação de proteção.
E vamos nos afogando mais e mais em atitudes, palavras e sentimentos que não condizem com o nosso verdadeiro eu.
Não porque sejamos pessoas falsas, mas porque nos perdemos de nós mesmos e já não sabemos onde está nossa brandura, nosso amor mais intenso.
Com o passar dos anos, um vazio escuro nos faz perceber que já não sabemos oferecer e nem pedir aos que nos cercam o que de mais precioso temos a compartilhar: a doçura, a compaixão e a compreensão.
Muitas vezes sofremos e nos sentimos sós, imensamente tristes e choramos sozinhos, num silêncio que nos remete à saudade de nós mesmos.
Saudade daquilo que pulsa e grita dentro de nós e que não temos coragem de mostrar àqueles que nos querem bem e que nos amam.
Aprendemos que nos mostrar com transparência é sinal de fraqueza, é ser menos do que o outro. Na verdade, se agíssemos deixando que a nossa razão ouvisse o nosso coração, poderíamos evitar muita dor.
Quando formos surpreendidos pelo sofrimento de qualquer natureza, lembremos primeiramente de Deus, Pai amoroso, que nunca desampara um filho Seu. Fortaleçamo-nos na prece e na fé que conforta e acalma.
Ao partilhar as dores com os nossos afetos, tenhamos a certeza que elas serão abrandadas, pois dividir as angústias, medos e aflições, as torna menores.
Quando partilharmos as alegrias, estaremos fazendo felizes também aqueles a quem estimamos, pois a alegria dos amigos é nossa também.
Expor a nossa fragilidade aos amigos e amores jamais será sinal de fraqueza.
Procuremos, pois, de forma equilibrada, não prender tanto o choro, não conter a demonstração da alegria, não esconder tanto o nosso medo e nossas aflições. Enfim, abandonemos essa ideia de desejarmos parecer tão invencíveis.
 
Redação do Momento Espírita

Proteção Espiritual

Autor: Celso Martins
Kardec tem esta consoladora mensagem no Evangelho Segundo o Espiritismo (cap. 28 - 11): Além do anjo guardião, que é sempre um Espírito superior, temos Espíritos protetores que, embora menos elevados, não são menos bons e magnânimos. Contamo-los entre amigos ou parentes, ou, até, entre pessoas que não conhecemos na existência atual. Eles nos assistem com seus conselhos e, não raro, intervindo nos atos da nossa vida...
Muita gente, que se vê atormentada sem saber como resolver seus problemas pessoais, acredita-se, até, esquecida por Deus. Estaria como que entregue ao seu próprio destino sem ter para quem apelar.
Nada, porém, mais falso. Ninguém está abandonado por Deus. A criatura pode esquecer-se do Pai mas o Criador nunca se esquece do filho. Tudo faz o Senhor para que todos os seus filhos sejam felizes. Naturalmente não queremos dizer com isto que não vamos sofrer as conseqüências desastrosas dos nossos pensamentos menos dignos, das nossas palavras levianas ou ferinas, das nossas ações menos cristãs.
O Pai é Bom, mas por ser Bom não deixa de ser Justo! Suas leis não dão sempre de acordo com as nossas obras!
Todavia, tendo Deus em vista o progresso de todos os Espíritos, sempre permite se aproximem de cada um de nós os amigos espirituais dando-nos renovadas forças para enfrentarmos as dificuldades da vida terrena. São espíritos benevolentes que já passaram em suas pretéritas encarnações pelas mesmas experiências que atualmente estão em nossos caminhos. Por isto, eles compreendem as nossas situações, relevam nossas fraquezas, entendem nossos anseios, colaboram na medida do possível para a nossa redenção.
Verdades tão simples e tão consoladoras como estas, trazidas a todos pela Doutrina Espírita, com alegria nós a difundimos aos quatro ventos no firme propósito de socorrer as criaturas aflitas.
Quantos irmãozinhos nossos, assoberbados de dificuldades financeiras, angustiados por problemas domésticos, possuidores de moléstias dolorosas - não apelam para o suicídio? Como se a morte provocada do corpo pudesse resolver os seus problemas angustiantes...
A nossa única segurança em um mundo tão inseguro - é aquela que nos vem do Alto!... é a proteção que nos dispensa os amigos do plano invisível. Ao invés do desespero que nada soluciona, agravando terrivelmente os nossos estados espirituais - recorramos a este auxílio de Deus!... através de uma prece brotada do fundo do coração sincero, ponhamo-nos em contato com os companheiros do Além!... Eles nos dão luz para nossas mentes... Trarão paz para os nossos corações!... E haveremos de ter forças, bastantes para lutar com Jesus e para Jesus na grandiosa obra pacífica, mas dinâmica, amorosa, mas urgente de construção de um mundo melhor!

Amparadores Espirituais

Nós, seres humanos, enquanto consciências emocionais, temos a tendência de pensar que os seres mais evoluídos sempre atendem aos nossos pedidos e realizam nossos desejos.
Não funciona assim. Do mesmo jeito que na Terra existem diferenças de padrão social, cultural, econômico etc, no plano espiritual também existe diferença de nível de evolução das consciências que lá habitam.
O que isso significa? Significa que quando nós pedimos ajuda a uma consciência evoluída (os seres de luz, como alguns costumam dizer) eles nem ouvem porque estamos numa frequência vibratória completamente diferente da que eles estão.
Imaginemos uma empresa. Quando um funcionário da linha de produção está com algum problema a quem ele vai pedir ajuda? Ao presidente, ao diretor? Não. Quem está mais próximo dele é o pessoal do RH – recursos humanos. Ele nem consegue chegar ao gerente, na maioria das vezes. O diretor da empresa nem toma conhecimento da existência desse funcionário. Não porque o funcionário não seja uma figura importante, mas é porque existe uma hierarquia e uma organização lógica dentro de uma empresa. O diretor está envolvido com assuntos de outro nível. O presidente também.
Levando isso para o lado espiritual, nós queremos acreditar que os seres de luz estão lá em cima para nos ajudar, não importa se eles estão em outro nível. É obrigação deles ajudarem as criaturas infelizes aqui da Terra. Pensar dessa forma é infantilidade e imaturidade consciencial.
As consciências evoluídas alcançaram esse nível porque trabalharam muito para isso. Ninguém dá para nenhuma consciência a evolução. Evolução é conquistada ao custo de muito trabalho. Mas nós, que somos seres emocionais e dependentes, não queremos trabalhar para nossa evolução, nem fazer mudanças significativas em nossas vidas. Nós só queremos pedir ajuda e esperar. E se não recebermos a ajuda que pedimos, criticamos os deuses, os santos e nos sentimos infelizes e esquecidos.
Temos que sair desse comodismo. Que tal arregaçar a manga e colocar a mão na massa? Pode ter certeza de que, se você fizer isso, aí sim vai trazer para perto de você amparadores espirituais de melhor qualidade. Não são os seres de luz que têm que baixar até a Terra para atender aos nossos pedidos. Nós é que temos que nos esforçar, melhorar nosso padrão para dar um passinho em direção a eles. Essa é a lógica. E como colocar a mão na massa? Comece fazendo uma lista de todos os seus "defeitos", vamos dizer assim, e se esforce para corrigi-los. Você sente raiva, geralmente? Você sente ciúme? Brigou com alguém e não consegue perdoar essa pessoa? Você vai ter que mudar tudo isso. É por essa razão que a pessoa nem pensa em sua própria vida, em seu nível de evolução. Porque se parar para pensar e fizer uma análise sincera, vai perceber tanta coisa para corrigir, que é melhor se auto-enganar, não encarar a sua própria verdade, e assim, fica durante várias encarnações, girando em torno de seu próprio ego, culpando as outras pessoas e o mundo pela sua infelicidade.
Nós somos responsáveis por nós mesmos. Somos herdeiros de tudo que criamos. Vamos encarar essa realidade com coragem e mudar esse contexto. Os amparadores espirituais se aproximam de pessoas que estão fazendo alguma coisa de útil para sua própria evolução. Não adianta ir a um asilo ou a um orfanato uma vez por mês, pensando que isso é uma bela ação de bondade. Você tem que mudar o que você é dentro de você.
Tente diminuir o tamanho do seu ego, assumindo os seus defeitos, assumindo os seus erros, pedindo desculpas quando for preciso, não julgando o seu próximo e nem praticando maledicências. Tente ser melhor a cada dia e você vai perceber as coisas a sua volta começarem a dar certo.
E, uma coisa que é fundamental: tenha sempre um sentimento de gratidão aos seus amparadores espirituais. Todas as coisas que você tem podem ser tiradas a qualquer momento. E, se você esta passando por dificuldades de qualquer tipo, analise seu comportamento. Se você se esforçar para mudar, saindo da zona de conforto do ego, com certeza atrairá amparadores espirituais, mudando o rumo da sua vida.




Artigo escrito por Fátima Alves

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O verdadeiro sentido da vida

Cada um de nós encontra em sua vida um ser especial. Às vezes é um avô, um professor, um amigo de família.
Uma pessoa mais velha, paciente e sábia, que se interessou por nós e nos compreendeu quando éramos jovens, inquietos e inseguros.
Uma pessoa que nos fez olhar o mundo de um outro ângulo. Uma pessoa que, com seus conselhos e seu afeto, nos fez encontrar nosso caminho.
Assim aconteceu ao jovem Mitch Albom que se tornaria o colunista esportivo número um da América.
Durante os anos universitários, um professor lhe foi um grande amigo. Esse amigo o ensinou a amar os livros de forma autêntica.
Mesmo fora dos horários das aulas, eles se encontravam para discutir assuntos sérios. Assuntos como as relações humanas. Nessas ocasiões, o professor lhe dava lições extraordinárias de vida.
Certo dia, porque o aluno se queixava do choque entre o que a sociedade esperava dele e o que ele queria para si mesmo, o professor lhe falou:
A vida é uma série de puxões para a frente e para trás. Queremos fazer uma coisa, mas somos forçados a fazer outra.
Algumas coisas nos machucam, apesar de sabermos que não deviam. Aceitamos certas coisas mesmo sabendo que não devemos aceitar nada como absoluto.
Mas o amor, dizia ele, o amor vence sempre.
Quando saiu da Universidade, Mitch era um jovem idealista. Prometera a si mesmo que jamais trabalharia por dinheiro, que se alistaria nos Corpos da Paz, que viveria em lugares belos e inspiradores.
Mas os anos passaram e ele acabou trocando montes de sonhos por cheques cada vez mais gordos.
Então, um dia, dezesseis anos depois, ele tornou a encontrar o seu professor. Bem mais velho e doente.
Eram os seus últimos meses de vida. Durante catorze semanas, até a sua morte, trataram de temas fundamentais para a felicidade e a realização humanas.
Era a última grande lição: um ensinamento sobre o sentido da vida.
E o jornalista reavaliou sua vida. Refletiu sobre as verdades ensinadas pelo professor, como a da necessidade de buscar o crescimento espiritual.
De deixar de se preocupar tanto com coisas materiais e observar o universo ao seu redor. O universo das afeições. A natureza que nos cerca.
A mudança que se opera nas árvores, a força do vento, as estações do ano.
E o velho mestre, caminhando para o túmulo arrastado por enfermidade incurável, finalizou a última grande lição ao seu antigo aluno com a frase:
Meu filho, quando se aprende a morrer, se aprende a viver.
A vida física é uma breve etapa. Sabedoria é ser aberto para as coisas belas que ela nos oferece. Para isso é preciso ignorar o brilho dos valores que a propaganda nos passa.
É preciso prestar atenção quando os entes queridos falam, como se fosse a última vez que os ouvisse.
É preciso andar com alegria como se fosse a última vez que pudéssemos estar de pé e nos servir das nossas pernas.
E, acima de tudo, lembrar que sempre é tempo de mudar.
 Redação do Momento Espírita

O perdão de Deus

 Ele era um homem terno, com profundo respeito por todas as formas de vida.
Tinha a capacidade de recolher aranhas e besouros e soltá-los do lado de fora da casa.
Como profissionalmente viajava muito, se tornara um motorista extremamente cauteloso.
Mesmo nas férias da família, dirigia abaixo do limite de velocidade permitido.
Um dia, um garoto de bicicleta entrou de repente na frente do carro dele. Num segundo, a vida do jovem chegou ao fim.
Consciente de que não fora o causador do acidente, passou a ser atormentado por olhares acusadores. O rapaz era filho único e os seus pais não escondiam o pesar e a dor pela perda.
O homem alto, moreno, de dentes perfeitos, se tornou retraído. Luto e dor se misturavam em seus gestos.
Ele não tivera culpa, mas não conseguia se perdoar. E Deus, o perdoaria?
Ele tirara a vida do único filho do casal. Ele mesmo tinha duas filhas. Será que Deus não reclamaria a vida de uma delas como compensação?
Ele sempre acreditara num Deus amoroso e paternal, mas agora verdadeiro pavor o dominava.
Redobrou cuidados com as meninas e vivia em sobressaltos.
Em um certo final de semana, ele viu uma das filhas vir correndo em direção à casa. Ela gritava. A voz era de pânico.
Pela mente do pai, como um raio, veio a ideia. Sua filha menor havia se afogado no rio próximo, onde as duas pescavam. Ele tinha certeza que ela se afogara.
Abriu a porta e saiu a correr em direção à água.
A pequena não estava dentro d’água, mas chorava. O anzol tinha penetrado de leve na pele abaixo da sobrancelha direita.
Com as mãos trêmulas, a voz quase soluçante, ele tranquilizou a filha. Com cuidado, tirou o anzol do pequeno ferimento. O olho não fora atingido.
Com o anzol na mão ele riu. Riu alto. De alívio. A máscara da dor que carregava há meses rompeu-se, afinal.
Tomou as duas filhas pela mão e voltou para casa.
Nesse dia começou a recuperação daquele homem. Ele, literalmente, recebera o recado de Deus.
Deus jamais lhe exigiria o sacrifício de um dos seus afetos pelo acidente que provocara de forma involuntária.
Conseguiu perdoar a si mesmo. Voltou aos caminhos da oração e da tranquilidade.

domingo, 3 de julho de 2011

você acredita na sua oração?

Muitas são as vezes que nos deitamos para dormir, e de tão cansados, pegamos no sono sem orar, portanto sem ligar-nos aos planos espirituais de energias renovadoras. Quando deixamos isto acontecer, não preparando nosso campo vibratório por meio da oração, nosso Espírito pode ir ao encontro (atrair-se) do mesmo campo vibratório que adquirimos durante o dia.
Sensações e sentimentos como  o cansaço, o estresse, a irritação, a fadiga, estão diretamente ligados com o o nosso campo vibratório. Quando estamos felizes, com pensamentos positivos e, principalmente orando, é como se houvesse um "sistema de guarda" no nosso perispírito contra as más influências, não atraímos energias pesadas e essas, por sua vez, estão ligadas a campos vibratórios baixíssimos, de Espíritos que ainda não acharam o caminho da luz.
Contrariamente, quando estamos com aquelas sensações e sentimentos, nosso "sistemas de guarda" está desativado, na verdade, atraimos Espíritos que estejam compartilhando das mesmas sensações. Desta forma, inundados destes sentimentos, não poderemos atrair Espíritos de Luz, pois nenhum deles é acometido por raiva, cansaço, inveja etc.
Tão importante quanto orar é acreditar no que nossos pensamentos e nossas bocas estão proferindo.
Lembro-me que quando eu era pequena aprendi a rezar o Pai Nosso e Ave Maria rapidamente, mas não me lembro quanto tempo levei para aprender a conversar com Deus, se é que sei fazer isso hoje. Conversar com Deus requer um pouco de maturidade, o que não é a idade que dita, mas a vontade de sentar em determinada parte do dia e desabafar com algo maior e a fé em saber que você está sendo ouvido.
Muito provavelmente, quando você conversa com Deus, seu amigo espiritual (conhecido em algumas religiões com anjo da guarda) está te ouvindo com muito carinho e pronto a ajudar.
“O essencial não é orar muito, mas orar bem. (...)" LE, Q 660a
Se orarmos com fé e enforçando-nos ao máximo para ser o que pedimos em oração, com confiança e benfeitoria, conseguiremos. Como exemplo, não adianta nada pedirmos paz, se julgamos os nossos irmãos.
Vamos recorrer ao Livro dos Espíritos (LE):
660. A prece torna melhor o homem?
“Sim, porquanto aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assisti-lo. É este um socorro que jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade.”
654. Tem Deus preferência pelos que O adoram desta ou daquela maneira?
“Deus prefere os que O adoram do fundo do coração, com sinceridade, fazendo o bem e evitando o mal, aos que julgam honrá-Lo com cerimônias que os não tornam melhores para com os seus semelhantes.
“Todos os homens são irmãos e filhos de Deus. Ele atrai a Si todos os que lhe obedecem às leis, qualquer que seja a forma sob que as exprimam.
“É hipócrita aquele cuja piedade se cifra nos atos exteriores. Mau exemplo dá todo aquele cuja adoração é afetada e contradiz o seu procedimento.
“Declaro-vos que somente nos lábios e não na alma tem religião aquele que professa adorar o Cristo, mas que é orgulhoso, invejoso e cioso, duro e implacável para com outrem, ou ambicioso dos bens deste mundo. Deus, que tudo vê, dirá: o que conhece a verdade é cem vezes mais culpado do mal que faz, do que o selvagem ignorante que vive no deserto.
E como tal será tratado no dia da justiça. Se um cego, ao passar, vos derriba, perdoá-lo-eis; se for um homem que enxerga perfeitamente bem, queixar-vos-eis e com razão.
“Não pergunteis, pois, se alguma forma de adoração há que mais convenha, porque equivaleria a perguntardes se mais agrada a Deus ser adorado num idioma do que noutro. Ainda uma vez vos digo: até Ele não chegam os cânticos, senão quando passam pela porta do coração.”
Referência
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos.

sábado, 2 de julho de 2011

Por que estamos na terra

Você já se perguntou, algum dia, por que é que você nasceu? Por que veio ao mundo?
Cada um de nós traz uma missão para cumprir. Existem aqueles que logo a descobrem e se esmeram no cumprimento dela.
São os gênios, que cedo despertam e atraem para si os olhos do mundo: pintores, músicos, literatos, homens de ciência.
Outros demoram um tempo mais longo para se darem conta do que devem fazer. Alguns nunca chegam a descobrir que nasceram para realizar algo especial.
Esse algo especial pode ser se tornar pai, ou mãe, ter filhos, educá-los, transformando-os em homens de bem.
Quando, por exemplo, assistimos a um espetáculo musical e nos encantamos com a voz de uma cantora, já não nos ocorreu pensar em quem são seus pais? Como a educaram?
Terão percebido, desde cedo, o maravilhoso dom da filha e se esmeraram em lhe propiciar as melhores oportunidades para desenvolvê-lo?
E, concluímos: eles cumpriram sua missão. Aí está sua filha, emocionando corações, enchendo de sons o mundo, encantando plateias, com sua extraordinária voz.
Quando lemos trabalhos científicos ou filosóficos e nos admiramos com o saber ali contido, fruto de mentes de valor, pensamos em que essas criaturas vieram ao mundo para o tornarem melhor.
E estão cumprindo a sua missão, espalhando, com suas teses, suas teorias, seus escritos, suas conferências, as boas ideias, auxiliando a construir o homem renovado. Auxiliando-o a viver melhor.
Quando descobrimos um professor dedicado ao ensino, muito além do dever, pensamos: essa deve ser sua missão!
E como ele a está cumprindo, com honra!
Então, em certos dias, olhamos para nós mesmos, analisamos os anos vividos, os que nos faltam ainda a vencer e nos indagamos: Afinal, porque eu nasci?
Nada fiz ou faço de excepcional. Tenho um diploma, um emprego, sustento-me. Mas, por que estou aqui?
Nada faço que possa melhorar a vida de alguém. Não sou excepcional em nada. Talvez, até, não passe da média.

É nesses momentos que nos devemos recordar de um jovem apaixonado pela verdade que defendia.
Ele crescera, preparando-se para assumir um posto de destaque entre os seus. Seria um rabino. Em verdade, substituto do grande e respeitado Gamaliel.
Contudo, um dia, recebeu um chamado especial. Ele não saberia definir se a voz vinha de fora ou se soava dentro do seu coração.
Mas foi o suficiente para o jovem Saulo indagar: Senhor, que queres que eu faça?
E dali em diante, tornou-se a vontade do suave Pastor na Terra ao ponto de, em determinado momento de sua vida, assim se expressar:
Já não sou quem vive. É o Cristo que vive em mim.

À semelhança do jovem de Tarso, é bom meditemos, vez ou outra, nos indagando: Por que eu estou aqui? Que devo fazer?
E se permitir ouvir a resposta.
Logo identificaremos que temos algo muito importante a fazer: crescer, progredir, melhorarmo-nos.
E, realizando essa proeza, a cada dia, verificaremos que estaremos colaborando para a implantação mais breve do mundo renovado.
Um mundo de paz, de bênçãos, de trabalho, de harmonia.
Pensemos nisso.