segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Suicida

SUICIDA REENCARNA COM CORPO MUTILADO PARA REPRIMIR NOVO SUICÍDIO

Uma criança foi levada ao Chico Xavier porque os médicos tinham indicado a amputação das pernas. A mãe perguntou: - Chico, o que é que eu faço? E o Chico disse: - Siga a orientação dos médicos. Os amigos espirituais que acompanharam aquele atendimento perguntaram: - Mas, Chico, como é que pode uma criança ter as pernas amputadas? Ela já não tem braços, é cega, muda e surda. Qual a vantagem dessa encarnação? - O Chico explicou: - Os espíritos amigos me disseram que a mãe deveria seguir as orientações médicas porque o espírito que habita este corpo mutilado, nas últimas 10 encarnações, se suicidou. E antes de encarnar, ele rogou a misericórdia divina para que impedisse por todos os modos que ele cometesse o suicídio novamente. Embora ele não tenha os braços, não ouça, não fale e não enxergue, ele está pensando em ir caminhando procurar uma ponte para se jogar. A gangrena veio como a misericórdia divina para que na próxima encarnação ele viesse com menos débito e começasse a caminhar para a recuperação espiritual.

OBSERVAÇÃO:

Como disse Emmanuel: “A sagrada oportunidade de uma nova experiência concedida por Deus, já significa, em si, o perdão ou a magnanimidade da Lei.” Então, o perdão que o Espiritismo e os amigos espirituais preconizam em verdade não é de fácil execução. Requer muito boa-vontade. Demanda esforço - esforço continuado, persistente. Reclama perseverança. Pede tenacidade. ENTÃO, DEUS NÃO PERDOA? Quem não perdoa é a LEI de Deus, porque perdoar seria anular o mal que foi feito. E na verdade, a lei ama, deixando ao infrator a oportunidade de reparação, ou seja, Deus dá meios para ressarcirmos erros. Aos espíritas não existe penas eternas. Aqueles que se acham renovados pelo processo da renovação moral, aqueles que conseguiram romper as amarras do passado, pelo Bem que fizeram, naturalmente minimizaram as conseqüências do Mal que realizaram, e muitas vezes são poupados, estão excluídos do débito pelo Bem que fizeram. Exemplo: aquele que reencarna para ficar cego, com o Bem que praticar diminuirá sua dívida com a lei divina. Ele poderá ficar com a visão precisando apenas de óculos. “O amor cobre multidões de pecados.” – disse Jesus.

Uma criança foi levada ao Chico Xavier porque os médicos tinham indicado a amputação das pernas. A mãe perguntou:

- Chico, o que é que eu faço?
E o Chico disse:
- Siga a orientação dos médicos.
Os amigos que acompanharam aquele atendimento perguntaram:
- Mas, Chico, como é que pode uma criança ter as pernas amputadas? Ela já não tem braços, é cega, muda e surda. Qual a vantagem dessa encarnação?
- O Chico explicou:
- Os espíritos amigos me disseram que a mãe deveria seguir as orientações médicas porque o espírito que habita este corpo mutilado, nas últimas 10 encarnações, se suicidou. E antes de encarnar, ele rogou a misericórdia divina para que impedisse por todos os modos que ele cometesse o suicídio novamente. Embora ele não tenha os braços, não ouça, não fale e não enxergue, ele está pensando em ir caminhando procurar uma ponte para se jogar. A gangrena veio como a misericórdia divina para que na próxima encarnação ele viesse com menos débito e começasse a caminhar para a recuperação espiritual.


Chico Xavier
Fonte: GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC
Cepal André Luiz

domingo, 29 de setembro de 2013

Morte na Família

A morte na família deixa qualquer um triste, principalmente quando a pessoa que morre esta com a vida ativa e com saúde, aparentemente poderia ter mais tempo de vida na terra, mas o tempo de vida de cada um só Deus sabe, criança, jovem, adulto ou idoso é apenas a aparência do corpo físico, porque a alma é forte para enfrentar qualquer situação.Quantos não choram ao lembrar-se daquele que já se foi, querido pela família, mesmo doente poderia continuar entre os parentes apenas para dar a graça da vida, conselhos, sorrisos ou apenas o olhar, mas perto daqueles que os amam.
Nada acontece por acaso, a justiça divina esta em todos os lugares e tempos, as nossas vontades estão em segundo plano para Deus que sabe o que faz e quando faz, no momento contrário ao nosso pensamento, mas no futuro saberemos por que tudo aconteceu assim.
Sendo a terra um lugar de prova e expiação, quanto menos tempo a alma ficar aqui é melhor, pois, há lugares melhores para viver de um nível espiritual mais elevado onde há menos sofrimentos e dores, mas, para isso é preciso passar pela terra, acertar contas com os credores e seguir em frente evoluindo espiritualmente.
A separação entre os que morrem e os que permanecem na terra não é eterna apenas passageira, pois, todos se encontrarão no mundo espiritual, principalmente os parentes.
A saudade existe nos dois lados e com ela a tristeza para que isso não aconteça o melhor que se tem a fazer é aceitar a situação naturalmente para que ambos continuem no mesmo caminho para Deus.

Fonte: Espiritismo para todos
Pensamentos de André Luiz

sábado, 28 de setembro de 2013

Choras os teus mortos?

Permitiu Deus que te libertasses antes de mim e eu disso me não poderia queixar sem egoísmo, porquanto fora querer-te sujeito ainda às penas e sofrimentos da vida. Espero, pois, resignado, o momento de nos reunirmos de novo no mundo mais venturoso no qual me precedeste.
O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXVIII, item 63.
Sim, naturalmente, a morte dos seres queridos tem o poder de transtornar os sentimentos humanos.
Evidentemente, o fenômeno da morte, ou desencarnação, ainda prova no mundo incomensuráveis padecimentos, que costumam hebetar a pessoa, mormente quando ela, não dispondo dos conhecimentos da Vida Imperecível, imagina seja a morte o fim absoluto da querida convivência dos que se prezam, dos que se amam.

Muito embora a lágrima sentida ocupe o seu lugar, quando desses transes difíceis, faz-se necessário atentar para os excessos, que são, sem dúvida, expressões da mente bloqueada ou da alma emparedada em ignorância desarticuladora, impedindo-se de pensar mais alto.

Há familiares que se desesperam de tal modo, ante a morte, que mais parecem descarregar as quotas de remorsos para com o desencarnado, do que propriamente saudade ou ternura.
Há casos de tamanha revolta, diante da lei que não tem exceção, que passam a acusar, sem que se apercebam, os afetos trespassados, como responsáveis por seus sofrimentos.
Há situações em que familiares e amigos, num processo inconsciente de autopiedade, valem-se do passamento dos entes caros, a fim de exteriorizar a carência afetiva que os caracteriza. Não pensam claramente no morto, mas, em si mesmos, elastecendo o sofrimento, atraindo para si as atenções e cuidados gerais.

* * *
Pára e pensa, pois, nessas questões.
Não obstante a morte imponha amargura e dor, frustração e lágrimas naqueles que ficam, nas lides da atividade carnal, vale a pena estejas vigilante, para que o egoísmo milenário, mimético e torpe, não se imiscua nos teus sentimentos verdadeiros.
Cultiva, então, o bom senso.

Sofre e chora sem que o teu sofrimento perturbe os outros, e sem que tuas lágrimas traiam teus desejos íntimos de afago, na descompensação em que te achas.

Aprende a sofrer retirando bom aproveitamento do padecer, amadurecendo, superando-te, para que as tuas provações ou expiações humanas, de fato, façam-te avançar para Deus, e não te aguilhoem aos postes morais do indivíduo espiritualmente pigmeu.
Choras por teus mortos? Então, faze desse pranto um aceno de ternura e um bilhete de paz, onde tu digas aos amores desencarnados:

Até breve; que Deus te abençoe, ser querido!
Camilo

Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira
Fonte: Site Raul Teixeira
http://www.raulteixeira.com.br/

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Pesadelo e espiritismo

Os questionamentos sobre sono e os sonhos são uma constante em nossa página, embora o aspecto espiritual dos pesadelos ainda não tenha sido abordado. Como já dissemos (Sonhos: Sensações do fundo da alma), o corpo espiritual deixa o corpo físico durante o sono. Enquanto um descansa, outro serve-se da momentânea “liberdade” para interagir, aprender ou simplesmente vivenciar novas experiências. Sonhando, somos suscetíveis a impressões provenientes do espírito porque não estamos absorvidos por nosso consciente. Isto quer dizer que a maior parte de nosso controle está repousando, assim como nossa racionalidade. Portanto, é mais fácil captar impressões. No corpo espiritual, somos muito mais capazes de ver as pessoas queridas e nossos mentores e, eventualmente, prever eventos ou rever vidas passadas.

É também quando os espíritos de nossos familiares comunicam-se conosco. Por estarmos mais próximos dos níveis espirituais, quando sonhamos, torna-se, na verdade, mais fácil nos comunicarmos com os que já se foram. Contudo, muitos não lembram as visitas que receberam, ou lembram-se apenas de relances. Normalmente, nossos sonhos não fazem qualquer sentido. Recordar os sonhos requer prática e disciplina.
Você me relata a ocorrência de pesadelos constantes, nos quais se destaca a aflição e o medo. Embora questione sob o ponto de vista espiritual, é bom ressaltar que existem aspectos físicos e psicológicos na ocorrência de sonhos ruins e repetitivos. Quanto ao caráter físico, geralmente está relacionado à alguma disfunção digestiva, que pode ser investigada se você observar relação entre seus pesadelos e a alimentação noturna. No aspecto psicológico, há relatos de pessoas que livraram-se de tais ocorrências fixando um pensamento em soluções previsíveis para os dramas enfrentados. Assim, uma jovem que sonhava freqüentemente que caía num abismo, resolveu seu drama quando determinou mentalmente pedir ajuda a seu marido, que a salvava. E um jovem, que enfrentava animais lhe devorando, resolveu seu drama imaginando, quando acordado, situações em que se livrava dos bichos. Como vê, para alguns a solução está em resolver distúrbios do sono, para outros na prática de inteligência emocional.
Mas, e quanto ao quadro espiritual ? Não se duvida da influência dos espíritos sobre nosso sono e assim desde época remota. A palavra ‘nightmare’, que em língua inglesa significa pesadelo dizia respeito, há quatrocentos anos, exatamente a um “demônio” (os incubus) que vinha e sufocava as pessoas enquanto dormiam. Através do Espiritismo, sabemos da inexistência de demônios ou diabos, mas sim da presença de espíritos, bons e maus, assim como vemos, entre nós, todos os dias, pessoas de boa ou má índole.
Sabemos, sim, que os pesadelos podem significar recordação de vidas passadas, esquecidas em nosso inconsciente ou a ação espiritual do encontro com outros espíritos. Geralmente, causam uma emoção perturbadora e forte aflição. Não há como diagnosticá-los objetivamente. Quando se relacionam a vidas passadas, comum é o desencavar de sentimentos ou sensações de experiências vividas, dramáticas ou violentas, que nos causam medo. Se você recordar os pesadelos, verá que são situações que se repetem e que demonstram um temor íntimo que voltem a ocorrer na vida presente.
O terapeuta Osvaldo Shimoda relata um quadro clínico resolvido por Terapia de Vidas Passadas (TVP). Uma jovem tinha pesadelos desde a infância, quando acordava chorando, sem lembrar-se da experiência que vivera em sonho. Queria entender também o porquê de sua mãe não confiar nela, querendo sempre controlar sua vida. Ocasionalmente era tomada também por uma tristeza profunda sem saber o porquê e uma impaciência e ansiedade constantes. Ao submeter-se à regressão contou passagem de vida anterior onde estava presa pelas pernas. Dizia : “Estou deitada no chão em um cômodo, as minhas pernas estão amarradas com cordas, presas a um barril. Foi a minha mãe que me prendeu. É a minha mãe da vida atual. É o mesmo olhar profundo (os pacientes costumam identificar as pessoas que estiveram com eles em suas vidas passadas através do olhar). Ela não quer que eu fique com o homem que amo. Ela tem medo de me perder, quer me ver sempre por perto. Me amarrou para que eu não me encontrasse com ele”. Naquela época, a jovem faleceu antes de completar 20 anos e seu mentor espiritual observou que mãe, filha e o rapaz por quem se apaixonara teriam nova experiência juntos, numa encarnação futura. “Nós precisamos completar uma missão juntos”, disse a jovem, ainda em transe.
Ao fim de quatro sessões de regressão, a paciente disse que não tinha mais pesadelos. Aquela tristeza profunda que vinha do nada tinha passado também e estava bem mais calma. Não pensava mais em querer fazer tudo ao mesmo tempo para não ‘perder seu tempo’, pois entendera o porquê dessa ansiedade de querer viver. Eis aí um exemplo do que alguns chamam de “resgate”; um acerto de contas a que todos nos submetemos. Embora tenha particularmente restrições à TVP quando buscada como mera curiosidade, reconheço que é um instrumento eficaz quando trata de dramas encravados no inconsciente de uma vida anterior.
Não posso, infelizmente, determinar as causas de seus pesadelos. Podem ser um temor relacionado a uma experiência traumática de outra encarnação, como, também, a influência espiritual de seres que se ocupam de atormentar o sono de inocentes ou de pessoas que julgam culpadas ou ofensoras. Durante o sono, quando não suficientemente seguros ou esclarecidos, entramos em contato com seres que buscam o mal. Por isto, antes de dormir é conveniente que peçamos a Deus sua proteção para que possamos ter sonhos instrutivos e saudáveis.
Passe a cultivar o hábito de orar antes de deitar-se, dirigindo-se a Deus e aos seus espíritos protetores, pedindo força, discernimento e proteção durante a noite. E, na ocorrência de pesadelos, ao invés de buscar acordar para livrar-se do problema, busque (ainda que seja difícil) dirigir uma prece a Deus e aos mesmos espíritos bons, pedindo auxílio. Afinal, se há obsessores encarnados e desencarnados, não é menos verdade, como diz André Luiz no livro “Nos Domínios da Mediunidade”, que há protetores que nos ajudam e elevam e que igualmente participam de nossas experiências de cada dia. “É imprescindível compreender que, em toda a parte, acima de tudo, vivemos em espírito”, observa. Precisamos, então, dominar esta realidade e viver positivamente no bem para que contornemos nossas imperfeições, nossos medos e enfrentemos nossas dívidas. Pense que precisamos e temos toda a proteção necessária, mas que necessitamos fazer nossa parte para que os bons espíritos possam nos ajudar de maneira eficaz.

Fonte: Associação Espírita de Amor e Caridade André Luiz

Cepal André Luiz

A morte

A morte é Lei Divina, mecanismo natural e necessário para o progresso dos seres. E portanto não deve ser interpretada como fim e destruição.
Lembremo-nos da verdade científica que diz: - “Em a natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”. A morte é a divina executora da transformação necessária.
A flor, depois de embelezar a paisagem, morre e seca. Entretanto a semente varrida pelo vento alcança a terra e a flor perpetua-se em vida nova.
A lagarta, que rasteja na terra, encerra-se no casulo para, depois, ressurgir em luminescente borboleta.
De igual maneira o homem na Terra.
A morte o conduz ao túmulo, porém ali jaz somente a vestimenta física: seu espírito imortal eleva-se a novos planos da vida.
Depois da morte – a continuidade da vida!
A realidade espiritual é patente: cerram-se os olhos do corpo para abrirem-se os olhos do espírito.
Morte é vida!
A vida prossegue em outras dimensões, o aprendizado continua, novos planos, novas realizações, amplia-se o conhecimento, a visão se faz mais nítida, dilata-se a compreensão, abarcando-se a grandeza das Leis Divinas.
Reconhecendo os inúmeros degraus da escala do aperfeiçoamento humano, movido pelo impulso de crescer, ascender, o ser retorna à vida material, toma outro corpo, recomeça nova experiência.
E nesse nascer, morrer e renascer o homem se aprimora e se eleva para o Criador.
Paulo de Tarso, o inesquecível apóstolo dos gentios, anunciou: - “Ó morte, onde está o teu aguilhão?...”
E nós repetimos-lhe a indagação: Ó morte, onde o fim, onde o extermínio?... Só há vida e, conforme ensinou Jesus, vida em abundância, vida pulsante, vida plena.
Idoso, você que alcançou a senectude, agradeça a bênção da vida. Não creia que a morte seja o fim. Louve a Deus a bênção de viver, passe as mãos suavemente pela face em rugas e agradeça o corpo que lhe permitiu a existência na Terra. A velhice é a colheita bendita do plantio da existência.
Idoso, você que chegou no entardecer da existência, não tema as sombras da morte que se aproximam. Olhe para o céu, contempla com admiração o ocaso da vida.
Na Terra, quando o Sol se despede, escondendo-se atrás da linha do horizonte, quando chega o entardecer e a noite se anuncia, logo despontam as estrelas do sol poente, como a anunciarem que a Bondade do Criador sempre acende estrelas na noite escura.
Idoso, você que está no entardecer da existência, assemelhe-se a essas estrelas e, louvando a vida, atenda o apelo do Divino Mestre, fazendo brilhar a sua luz.

Pelo Espírito: Antônio Carlos Tonini
Psicografado por: Luís Antônio Ferraz
Livro: No Entardecer da Existência –Editora DIDIER
Fonte:Jesus Kardec e nós

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Gravidez

A gravidez é a materialização da vida no plano físico, através da mãe (médium, intermediária da vida) serão modelados os elementos necessários para a expressão do espírito no mundo físico.A Gestação é um processo de beleza divina onde temos a participação dos seguintes componentes:
- Mãe – Atua fornecendo os elementos físicos e espirituais, auxilia através da sua força mental a formar o molde físico.
- Espírito Reencarnante – Atua junto com a mãe na formação do corpo físico.
- Anjo da Guarda, Protetor Espiritual – Fica muito próximo durante a gravidez, protege a mãe e o filho (segundo o merecimento) das energias hostis. Os amigos espirituais também se aproximam para visitar e ajudar no que for possível, levando vibrações de otimismo e fé para a família. No trecho abaixo, retirado do livro Missionários da Luz, vemos o exemplo de Herculano, espírito que se comprometeu a auxiliar Segismundo em sua nova encarnação. 
- Equipe Reencarnacionista (Construtores) – São os responsáveis pelo processo de reencarnação, atuam protegendo e auxiliando e estão presentes mesmo quando a mãe não realiza sua parte na tarefa divina que lhe foi outorgada. Sua ajuda tem limites e está diretamente vinculada á conduta da mãe.
- Espíritos Superiores – Embora os anjos do senhor estejam em uma faixa de vibração quase imperceptível, eles estão sempre presentes, podemos facilmente verificar nas passagens do livro Missionários da Luz o auxilio imperceptível que espíritos de alta estirpe espiritual realizam.
A troca de impressões entre mãe e filho acontece durante todo o período da gravidez, quando o futuro filho é um espírito inferior ele não traz sensações muito agradáveis. Nesses casos funcionam também um canal de expurgo para as energias tóxicas do reencarnante.
Quando um espírito mais evoluído se liga a mãe as influencias são suaves e agradáveis.
E sobre a aversão que muitas mães sentem em relação aos maridos ou pessoas próximas:
— Afligia-me observar — lembrou Hilário, com interesse — a inopinada
aversão de muitas gestantes contra os próprios maridos...
— Sim, isso ocorre sempre que um inimigo do pretérito volta à carne, a fim de resgatar débitos contraídos para com aquele que lhe servirá de pai.

Missionários da Luz – Chico Xavier

O mal estar e as doenças que muitas mães sentem durante a gravidez pode ter como causa as energias que ela expurga do filho:
O organismo materno, absorvendo as emanações da entidade reencarnante, funciona como um exaustor de fluidos em desintegração, fluidos esses que nem sempre são aprazíveis ou facilmente suportáveis pela sensibilidade feminina.

Entre o Céu e a Terra – Chico Xavier

por Gustavo Martins
Coluna: Em Busca da Verdade
Grupo PAS

Fatalidade material

Quando um Espírito se encarna, escolhe uma prova; escolhendo-a, cria-se uma espécie de destino que não pode conjurar, desde que se submeteu. Falo das provas físicas. Conservando seu livre-arbítrio sobre o bem e o mal, o Espírito é sempre livre de suportar ou repelir a prova. Vendo-o fraquejar, um bom Espírito pode vir em seu auxílio, mas não pode influir sobre ele de modo a dominar sua vontade. Um Espírito mau, isto é, inferior, mostrando-lhe e exagerando o perigo físico, pode abalá-lo e apavorá-lo, mas nem por isso a vontade do Espírito encarnado fica menos livre de qualquer entrave.Para um homem que está na iminência de ser vítima de um acidente, os bons ou os maus Espíritos não podem sugerir senão pensamentos bons ou maus, conforme sua natureza. O acidente está marcado no destino do homem. Quando tua vida é posta em perigo, é sinal que tu mesmo o desejaste, a fim de te desviares do mal e te tornares melhor. Quando escapas ao perigo, ainda sob a influência do perigo que correste, pensas mais ou menos fortemente, conforme a ação, mais ou menos forte, dos bons Espíritos, em te tornares melhor. Sobrevindo um mau Espírito (e digo mau subentendendo o mal que nele ainda está), pensas que igualmente escaparás a outros perigos e novamente te entregarás às tuas paixões desenfreadas.
Tu mesmo escolheste a tua prova; quanto mais rude for e melhor a suportares, tanto mais te elevas. Os que passam a vida na abundância e na felicidade humana são Espíritos fracos, que ficam estacionários. Assim, o número dos infortunados ultrapassa de muito o dos felizes deste mundo, de vez que em geral os Espíritos escolhem a prova que lhes dê mais frutos. Eles vêem muito bem a futilidade de vossas grandezas e de vossos prazeres. Aliás, a vida mais feliz é sempre agitada, sempre perturbada, mesmo quando não o seja por meio da dor.
Quando um homem passa por uma ponte que deve cair não é um espírito que o impele, é o instinto de seu destino que o leva para ela. As circunstâncias naturais fazem a ponte desmoronar. A matéria tem em si as causas da destruição. No caso vertente, se o Espírito tiver necessidade de recorrer a um elemento estranho à sua natureza para mover as forças materiais, recorrerá antes à intuição espiritual. Assim, devendo desmoronar-se aquela ponte, tendo a água desajustado as pedras que a compõem ou a ferrugem roído as correntes que a sustentam, o Espírito, digamos, insinuará antes ao homem que passe por esta ponte; não irá romper uma outra no momento em que ele passa. Aliás, tendes uma prova material do que digo: seja qual for o acidente, ocorre sempre naturalmente, isto é, as causas se ligam uma às outras e o produzem insensivelmente.
Antes de encarnar-se, o Espírito tem conhecimento de todas as fases de sua existência; quando estas têm um caráter saliente, ele conserva uma espécie de impressão em seu foro íntimo e tal impressão, despertando ao aproximar-se o instante, torna-se pressentimento. 

(Espírito de São Luís - Revista Espírita de 1858).
Cepal André Luiz

domingo, 22 de setembro de 2013

Abençoada Expiação

Chico Xavier visitou durante muitos anos um jovem que tinha o corpo totalmente deformado e que morava num barraco à beira de uma mata. O estado de alienado mental era completo. A mãe deste jovem era também muito doente e o Chico a ajudava a banhá-lo, alimentá-lo e a fazer a limpeza do pequeno cômodo em que moravam.O quadro era tão estarrecedor que, numa de suas visitas em que um grupo de pessoas o acompanhava, um médico perguntou ao Chico:
- Nem mesmo neste caso a eutanásia seria perdoável?
- Não creio, doutor, respondeu-lhe o Chico. Este nosso irmão, em sua última encarnação, tinha muito poder. Perseguiu, prejudicou e com torturas desumanas tirou a vida de muitas pessoas. Algumas o perdoaram, outras não e o perseguiram durante toda a sua vida. Aguardaram o seu desencarne (sic) e, assim que ele deixou o corpo, eles o agarraram e o torturaram de todas as maneiras durante muitos anos. Este corpo disforme e mutilado representa uma bênção para ele. Foi o único jeito que a Providência Divina encontrou para escondê-lo de seus inimigos. Quanto mais tempo aguentar, melhor será. Com o passar dos anos, muitos de seus inimigos o terão perdoado. Outros terão reencarnado. Aplicar a eutanásia seria devolvê-lo às mãos de seus inimigos para que continuassem a torturá-lo.
- E como resgatará ele seus crimes? Inquiriu o médico.
- O Irmão X costuma dizer que Deus usa o tempo e não a violência.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Abortos espontâneos provocados pelo espírito

Além dos abortos espontâneos, motivados em débitos cármicos do casal, que se associam às dívidas e desarmonias do Espírito reencarnante, outros fatores podem ser causa de aborto não provocado por interferência material.Uma das causas que devem ser mencionadas é a relacionada à própria entidade reencarnante. Como nós, seres viventes do planeta Terra, temos muitas vezes o temor à morte, os Espíritos, em muitas circunstâncias, temem abandonar uma situação que se lhes afigura estável, para mergulhar novamente na matéria, aprisionando ou anestesiando suas conquistas do passado. Em outras palavras, medo de nascer.
Espíritos que necessitam renascer com severas limitações físicas, frutos de alterações expressivas em sua constituição perispiritual, atemorizam-se ante uma perspectiva que custam a aceitar Apesar de todo o trabalho dos mentores espirituais esclarecendo que a exteriorização deformante do corpo físico facilita a eliminação das anomalias em nível perispiritual, desde que acompanhada de uma postura mental saudável, os receios e as reações muitas vezes ocorrem.
Outros, embora nada tenham a temer com relação a deformidades físicas, travam intensa luta íntima, um conflito entre a razão que os faz renascer naquele lar e o sentimento de antipatia com relação a alguns dos seus membros.
Como sabemos, a ligação familiar freqüentemente é o palco dos reajustes do passado. Vínculos pretéritos de desafetos que necessitam se perdoar, encontram na "anestesia" do pretérito a condição predisponente para a "cirurgia" psíquica que eliminará o "abscesso" do ódio.
Embora ocorram reencarnações compulsórias, necessárias para aqueles cujo primitivismo psíquico não permite a participação na escolha de suas provas ou expiações, na nova romagem física, normalmente o livre-arbítrio é preservado. Todos nós, seres humanos, temos a possibilidade de escolher, acertar ou errar, avançar ou recuar. A liberdade que já conquistamos nas milhares de encarnações faculta-nos o ensejo de decidir. Decidir, porém arcando com o peso das conseqüências.
Há Espíritos que se posicionam mentalmente de forma reiterada na recusa psíquica a reencarnar. Acentuam esta posição à medida que se sentem retidos na malha fluídico-energética materna. Nos casos onde a dificuldade anterior de relacionamento era justamente com a mãe, a interpenetração energética entre ambos pode exacerbar a predisposição contrária ao renascimento. Acordam velhas emoções que dormiam embaladas pela canção do esquecimento.
Laços fluídicos que prendiam as emanações energéticas do perispírito da entidade reencarnante ao perispírito materno ou, já unidas, ao chacra genésico da futura mãe podem romper-se. Nos casos em que a gestação já se fazia em curso, e o fluido vital do embrião em desenvolvimento se fundia com o corpo espiritual em processo de miniaturização, a súbita e intensa revolta do Espírito pode determinar a ruptura definitiva das ligações, deixando o futuro feto sem o Espírito. Inviabiliza-se a gestação por falta do modelo organizador biológico.
Ocorre o processo do aborto tido como espontâneo, porém, na realidade, provocado pela recusa sistemática, enérgica e imatura do Espírito. Perde ele, assim, uma grande oportunidade para superar-se a si mesmo e avançar celeremente rumo à felicidade.

Ricardo di Bernardi. Reformador, dez. 1992.
- Reflexões Espíritas
-Cepal André Luiz

Resgatando o débito contraído com o aborto

Para melhorar a própria situação, que deve fazer a mulher que se reconhece, na atualidade, com dívidas no aborto provocado, antecipando-se, desde agora, no trabalho da sua própria melhoria moral, antes que a próxima existência lhe imponha as aflições regenerativas.- Sabemos que é possível renovar o destino todos os dias.Quem ontem abandonou os próprios filhos pode hoje afeiçoar-se aos filhos alheios, necessitados de carinho e abnegação.O próprio Evangelho do Senhor, na palavra do Apóstolo Pedro, adverte-nos quanto à necessidade de cultivarmos ardente caridade uns para com os outros, porque a caridade cobre a multidão de nossos males

Evolução em Dois Mundos – Chico Xavier

Deus não é o carrasco impiedoso ou o justiceiro maquiavélico, embora não consigamos entender os motivos das dores, angustias e dificuldades que passamos, podem acreditar, existe uma lição, um aprendizado, uma reflexão, enfim, uma oportunidade de crescimento em cada desafio da vida.
É possível resgatar qualquer débito através do amor e da caridade, contudo, a preguiça e a acomodação espiritual fazem acordar, em algum momento, os gigantes internos, responsáveis pelo aprendizado espiritual.
Se um dia alguém realizou o Aborto ele poderá resgatar esse erro através do auxilio às crianças órfãs, ou apoio a mães que não tem como criar o filho, etc, revertendo possíveis abortos ele também pode quitar o débito contraído.
No entanto, a maioria de nós quer orar, pedir, chorar e fazer trocas no momento que a justiça nos cobra o débito que em algum lugar do passado cometemos e, por pura ignorância achamos que não seriamos cobrados.
Se o irmão ou irmã participou de um aborto ou o executou e deseja reverter a culpa que invade o seu coração então busque de corpo e alma a reparação do erro através do auto-aprimoramento espiritual e auxilio ao próximo.
Isso vale para qualquer erro, podemos nesta vida, através de nossa vontade transformar um desfiladeiro espinhento em uma ponte radiosa de luz. Acordem irmãos, despertem para o Cristo Interno que existe em cada um de vocês.

por Gustavo Martins
Coluna: Em Busca da Verdade
Grupo PAS
Fonte:Cepal André Luiz

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Insônia-causas espirituais

É cada vez mais comum ouvirmos no consultório a seguinte frase:"Doutor, me receita um remédio para dormir!"Alguns ainda exigem a prescrição de determinados remédios,pois já experimentaram todos e sabem que, no caso deles, alguns funcionam melhor.Vivemos a época das pílulas milagrosas. Compramos milagres em cápsulas, diariamente, e nosso limite é o Céu... Lutero teria desencarnar novamente para lançar uma contra reforma.
Deixemos que a ciência oficial trate da insônia, mas seria interessante abordar alguns aspectos do sono do ponto de vista espiritualista.
Allan Kardec nos diz em O Livro dos Espíritos, no capítulo que versa sobre a emancipação da alma, que o espírito nunca está inativo e aproveita as horas de sono para manter relação direta com o plano espiritual, entrando em contato com espíritos encarnados e desencarnados, e visitando lugares bons ou ruins de acordo com sua evolução, de acordo com o que permite a sua própria energia. Isso explica o motivo pelo qual podemos acordar completamente descansados e inspirados e outros dias acordamos mais cansados do que nos deitamos.

SINTOMAS OBSESSIVOS


Não é incomum, durante os tratamentos no centro espírita, observamos que algumas pessoas simplesmente não conseguem dormir porque tem sua casa repleta de espíritos desencarnados, que por algum motivo querem prejudicar aquela família.
Se imaginarmos nossa noite de sono como uma viagem a ser empreendida, facilmente compreenderemos que alguns sabotam seu próprio sono.Qualquer viagem, por menor que seja, exige um preparo mínimo.Verificamos o melhor caminho, a roupa que levamos, o dinheiro, o local onde ficaremos etc... mas a maioria de nós não consegue nem fazer uma prece antes de dormir. Para alguns não há antídoto melhor para insônia do que iniciar uma prece ou uma leitura edificante. É fatal! É começar e cair no sono.
Deitamos na cama, nos preparamos para dormir, repletos de problemas,trazendo uma enormidade de situações mal resolvidas, e queremos que nossa noite seja tranquila. Jesus nos diz que onde estiver nosso tesouro aí se encontrará nosso coração. Como esperar noites tranquilas,acompanhadas pelo nosso anjo da guarda, nosso mentor espiritual se passamos o dia de forma agitada, ansiosa, intranquila? Com certeza nosso espírito estará junto daqueles e das coisas as quais voltamos nosso sentimento.

ESPIRITUALIDADE DIÁRIA

Deixemos de ser "cristãos de templos", nos preocupando com Jesus somente quando estamos na nossa casa religiosa, e com certeza teremos noites tranquilas, de sono reparador. Refletindo nisso, chegamos a conclusão de que dormimos com nosso maior inimigo: nós mesmos.
Os livros de Divaldo Pereira Franco nos relatam inúmeros casos de trabalhadores do bem, em noites de sono na continuação dos trabalhos de ajuda espiritual iniciados durante o dia. Quantos benefícios não colhem esses trabalhadores, aproveitando cada minuto para sua evolução.
Cada um encontra o que busca. O que passa o dia acumulando raiva, desentendimentos e estress, com certeza terá uma noite bem diferente daquele que tenta viver em paz consigo mesmo,exercendo sua religiosidade de forma segura.

EMANCIPAÇÃO DA ALMA DURANTE O SONO
- O Espírito encarnado permanece de bom grado no seu envoltório corporal?
É como se perguntasse se ao encarcerado agrada o cárcere.O espírito encarnado aspira constantemente à sua libertação e tanto mais deseja ver-se livre do seu envólucro, quanto mais grosseiro é este.
-Durante o sono, a alma repousa como o corpo?
Não, o espírito jamais está inativo. Durante o sono afrouxam-se os laços que o prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros espíritos.

 - Como podemos julgar da liberdade do espírito durante o sono?
Pelo sonhos. Quando o corpo repousa, acredita-o tem o espírito mais faculdades do que no estado de vigília. Lembra-se do passado e algumas vezes prevê o futuro. Adquiri maior potencialidade e pode pôr-se em comunicação com os demais espíritos, quer deste mundo, quer de outro.
 - Por que não nos lembramos sempre dos sonhos?

Em o que chamas sono, só há o repouso do corpo, visto que o espírito está constantemente em atividade. Recobra, durante o sono, um pouco da sua liberdade e se corresponde com os que lhe são caros, quer neste mundo, que em outros. Mas, como é pesado e grosseira a matéria que compõe, o corpo dificilmente conserva as impressões que o espírito recebeu, porque a este não chegaram por intermédio dos órgãos corporais.

- Pode a atividade o espírito, durante o repouso, ou o sono corporal, fatigar o corpo?
Pode, pois que o espírito se acha preso ao corpo qual balão cativo ao poste. Assim como as sacudiduras do balão abalam o poste, a atividade do espírito reage sobre o corpo e pode fatigá-lo.Dados bibliográficos -
O Livro dos Espíritos Parte II. cap. VII -Allan Kardec.Revista Cristã de Espiritismo - 

- QUE É INSÔNIA?

A insônia é o excesso de vigia, a incapacidade de começar a dormir ou de manter o sono.
A insônia deve ser analisada sobre três aspectos: físico, psicológico e social.
Depressão, estresse, problemas familiares, financeiros e/ou espiritual favorecer a insônia.
A ansiedade também pode gerar insônia e noites mal dormidas. Ela pode se manifestar de três formas: a demora para iniciar o sono, o acordar durante anoite ou o despertar muito cedo. Quando a insônia persiste por mais de três semanas é denominada crônica. Não é uma doença e sim um sintoma de algum distúrbio orgânico e/ou psíquico.

TRATAMENTO E PREVENÇÃO

• O mais importante é detectar a causa principal;
• Não deve ser tratada a insônia, mais sim a pessoa;;
• Criar hábitos constantes para dormir e acordar;
• Evitar dormir mais que o necessário;
• Crie um ambiente agradável e seguro antes de dormir;
• Procure dormir sempre no mesmo lugar;
• Evitar bebidas estimulantes (café e álcool) e fumo antes de dormir;
• Procure ler algo agradável antes de dormir;
• Evite refeições pesadas antes de dormir;
• Pratique atividades físicas onde se trabalha corpo, mente e espírito como por exemplo: Tai Chi Chuan, Aikido, Yoga ou Meditação;
• O tratamento da insônia com medicamento deve ser feito com muito critério. Os medicamentos ditos soníferos ou reguladores do sono nada mais são que psicóticos (na sua maioria derivados dos benzoliazepínicos) que devido a sua ação depressiva sobre o Sistema Nervoso Central induzem ao sono. O uso regular destas drogas deve ser evitado, pois leva a dependência, distúrbios da coordenação motora e de comportamento, diminuição da memória e podem contribuir para a depressão, piorando ainda mais a insônia. Existem substâncias naturais dentro da homeopatia como os Florais de Bach e que são muito favoráveis.
É importante saber se desligar do cotidiano do dia-dia antes de dormir, pois sabemos que nem tudo pode ser resolvido em um dia apenas. O desligar não está relacionado só com os pensamentos, mas também da própria energia das pessoas e dos lugares em que temos contato.
Ao dormir, muitos de nós carregamos cargas energéticas densas, que ficam impregnadas no nosso campo áurico. Portanto, é muito importante mesmo antes de deitar na cama fazer uma limpeza energética geral.

Autora: Elaine Lilli FongInstituto União
Fonte:Cepal André Luiz
http://www.institutouniao.com.br

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Um jeito de escapar do inferno

Mohandas Karamchand Gandhi foi um homem fabuloso e inesquecível.
Seu conhecimento sobre as leis de Deus é digno de nosso mais profundo respeito e admiração.
Uma das mais belas passagens de sua vida é relatada com competência pelo cineasta britânico Richard Attenborough.
O filme mostra a sangrenta guerra civil que se seguiu à divisão da Índia em Paquistão muçulmano e Índia hindu.
As mortes só trouxeram retaliações e mais vítimas, até que Gandhi, líder espiritual respeitado por hindus e muçulmanos, iniciou um jejum e jurou que não comeria até que a matança terminasse, mesmo que isso significasse sua morte por inanição.
Esse foi apenas um dos muitos jejuns de Gandhi defendendo a não-violência.
Um hindu enlouquecido visitou o Mahatma e, ao chegar aos pés da cama onde estava, atirou-lhe um pedaço de pão enquanto gritava:
Eu já vou para o inferno e não quero a culpa da sua morte também em minha alma! Coma, por favor!
Gandhi, sereno como sempre, replicou:
Por que você vai para o inferno?
O hindu tremia ao responder:
Eu tinha um filho pequeno, mais ou menos deste tamanho, que foi assassinado pelos muçulmanos. Então, eu peguei a primeira criança muçulmana que consegui encontrar e a matei, arrebentando-lhe a cabeça contra uma parede.
Gandhi fechou os olhos e chorou por dentro.
Depois se recompôs, pois sabia da importância de seu papel perante aquele povo e, com esperança na voz, disse:
Eu conheço um jeito de escapar do inferno.
Muitos meninos agora estão sem os pais por causa da matança. Encontre um menino muçulmano, com mais ou menos este tamanho - repetindo o gesto feito pelo visitante há pouco – e o crie como se fosse seu. Adote-o.
O homem desorientado estava admirado com a proposta, e tentava assimilá-la da melhor forma. Uma brisa de esperança chegou-lhe ao rosto.
Porém, Gandhi não havia terminado sua fala:
Atente apenas para um detalhe: você não deve esquecer que deverá criá-lo como um muçulmano.
O hindu não estava preparado para aquela proposta. Era muito diferente de tudo que sentia, de tudo que pensava. Era uma proposta revolucionária.
Era a revolução da lei do amor, ensinada por Gandhi, de forma magistral.
O homem caiu aos pés do mestre. A loucura abandonou seus olhos, que choravam copiosamente.
Gandhi colocou as mãos na cabeça do hindu, abençoando-o do fundo de seu coração, desejando que ele pudesse aceitar seu novo caminho, o caminho para sair do inferno.
Quando o hindu saiu, ele tinha um pouco de paz no coração, e uma proposta da lei do amor em suas mãos: proposta de perdão e de autoperdão.
Nada como o amor, em toda sua resplandecência, para nos libertar desse estado d’alma de inferno.
Sim, já somos capazes de entender que o inferno não é um local delimitado no espaço, mas um estado d’alma temporário.
Para alguns, desorientados e reincidentes nos mesmos erros, esse estado de espírito parece uma eternidade, mas essa dita eternidade dura apenas o tempo do aprendizado, o tempo do despertar para o amor.
O amor cobre uma multidão de pecados, conforme tão bem afirmou o Apóstolo Pedro.
A lei de causa e efeito abraça-se à lei da amorosidade e ambas, interligadas sempre, carregam-nos para a tão desejada felicidade.
Redação do Momento Espírita.

Vampirismo Espiritual

Cansaço, baixa imunidade às doenças, falta de equilíbrio e concentração, bem como excesso de irritabilidade podem ser indícios de uma perda energética provocada pelo vampirismo.
Quando a Doutrina Espírita se refere aos vampiros, não fala de seres mitológicos com dentes agudos, adaptados para sugar o sangue das pessoas saudáveis, mas sim, de encarnados e desencarnados, que, desrespeitando as leis de Deus, se munem de sentimentos de vingança contra desafetos do passado, ou mesmo de sentimento oportunista e passam a viver à custa de energia vital de outrem.
Há também aqueles seres que embora tenham deixado o corpo físico, continuam ainda vivendo os prazeres obscuros da carne e dos vícios como o fumo e as drogas, bem como os desregramentos da bebida e do sexo, entre outros e que por se encontrarem impossibilitados de satisfazerem seus prazeres, induzem outras pessoas encarnadas a fazê-lo, e delas captam os fluidos, sentindo-se assim os mesmos prazeres produzidos pelo ato.
 - Espíritos vampirizadores
O termo vampiro é usado analogamente para definir o ato do espírito que suga intencionalmente as energias do outro, em alusão à figura mítica de Drácula que hipnotizava suas vítimas e lhes sugava o sangue até a morte. No mundo espiritual encontram-se figuras distintas deste ser mas que atuam de forma muito parecida com as artimanhas do conhecido ser das trevas do folclore.
Há espíritos que sugam as energias sutis de seus hospedeiros a ponto de lhes causar sérios danos à saúde física e psicológica, uma vez que, além de lhes enfraquecer as forças, lhes envolvem em formas mentais grosseiras, que os martirizam mentalmente levando-os, às vezes, a casos de loucura. André Luiz chamou este processo de infecção fluídica, tão grave é o dano causado a vítima.
Seres alienados
Ao desencarnar, o homem leva consigo todos os seus vícios e necessidades. Dependendo de sua nova situação no mundo dos espíritos e, principalmente da região onde habita, é muito comum que sinta as mesmas necessidades que tinha quando encarnado. Como não tem meios para desfrutar dos prazeres da vida corpórea, e sem condições de suprimir esta necessidade em sua nova condição na erraticidade, ele busca apoio naqueles encarnados que podem lhe oferecer formas para a satisfação destas vontades.
Temos aí o sugador de forças vitais, que se aproxima de um encarnado que detém as mesmas necessidades que as suas, induzindo-o a prática em excesso dos vícios em comum. Podemos citar os viciados no campo sexual, das drogas, do jogo, e até nas práticas mais comuns do dia a dia, mas que em excesso, oferecem sérios prejuízos, como o caso da alimentação, como mostram os ensinamentos do espírito André Luiz nos livros da Coleção Mundo Espiritual (FEB).
Encarnados se alimentam e bebem em excesso, o fazem por si e por outros espíritos, e quando em comportamento sexual vicioso, expõem sua vida íntima e privada a uma série de experiências no campo sexual.
- Os monstros
Narra a literatura espírita que, no plano espiritual, há entidades que pela ignorância e atraso moral, além de subjugar suas vítimas encarnadas e até mesmo desencarnadas, mantêm pela chamada ideoplastia seu perispírito em formas monstruosas. Sentem-se bem sendo temidos e reconhecidos pela forma que se apresentam e, normalmente agem em bandos visando intimidar os outros espíritos que encontram pela frente.
Ambientes terrenos onde impera o vício e a imoralidade são roteiros preferidos destes espíritos, uma vez que lá encontram por afinidade suas presas com maior facilidade. Segundo o Espírito Miramez pela psicografia de João Nunes Maia, na série de livros que trata da Vida Espiritual (Editora Fonte Viva), bem como pelos livros de André Luiz, os matadouros de animais estão repletos destas criaturas que sugam a energia do animal abatido, saciando dos seus instintos ferozes com os fluidos da presa.
Velórios e cemitérios cujos enterros não contam com a proteção fluídica da prece e a presença de espíritos nobres, podem também ficar vulneráveis à presença destas criaturas, que aproveitam para colher os resquícios de fluidos vitais dos recém-desencarnados.
 - Vítimas do ódio
Espíritos que mantém desavenças enquanto encarnados, também no plano espiritual, continuam nutrindo o mesmo ódio por seus inimigos. Sentindo-se em vantagem, travam forte perseguição a seus desafetos, aproximando-se deles e, muitas vezes, induzindo-os a tomar atitudes que os prejudiquem como a prática de vícios, o excesso físico, além da escravidão psíquica. Os Centros Espíritas tem por função serem abrigos ao viajor que bate à porta em busca do auxílio para os males do corpo físico ou da alma.
Entre os males da alma, é na Casa Espírita que aquele que, sentindo a pressão da cobrança de uma entidade espiritual vingativa, encontra a proteção e o entendimento necessários ao resgate dessa dívida cármica. Em reunião mediúnica privativa, este espírito será lembrado das palavras do Nazareno que ensinou a perdoar o mal que nos fazem, e que esta dívida cármica será sim quitada com a moeda da ação caridosa em favor de alguém e sem espera de recompensas que não seja outra senão a da alegria na prática do bem
Envolvido em uma psicosfera de amor e oração, este cobrador do além sentirá o envolvimento de sentimentos de paz e bondade que o estimulará a desistir do intento de vingança e a compreender que o perdão liberta quem perdoa e não quem é perdoado.
 Vampiros encarnados
Não podemos deixar de falar da obsessão dos encarnados aos desencarnados. É o que acontece devido ao apego aos entes queridos. Ao desencarnar o homem passa a habitar um mundo desconhecido do plano físico, porém, há laços afetivos que não se rompem. O pensamento daquele que fica aqui atravessa as barreiras físicas chegando à alma daquele que está do outro lado da existência.Se o pensamento do encarnado for de inconformismo e desespero, isto poderá causar desequilíbrios ao desencarnado que poderá sentir a necessidade de voltar a viver junto a seus entes queridos; e infelizmente é esta atitude que muitos tomam ao ouvir os chamados incessantes de seus entes queridos encarnados.
Mas a presença do espírito normalmente se torna um problema, pois ele passa a dividir o espaço com os encarnados e a tirar deles, mesmo involuntariamente, seus fluidos vitais e, pela ligação psíquica, podem passar sua insegurança emocional. Assim ambos, encarnados e desencarnados, são prejudicados.
Há também o exercício irresponsável da mediunidade, quando espíritos são praticamente escravizados por médiuns que os usam para a satisfação de prazeres pessoais e a manutenção de sua vaidade medianímica, como ensina André Luiz no livro Nos Domínios da Mediunidade:
“Desencarnados são mais vampirizados que vampirizadores. Fascinados pelas requisições dos médiuns que lhe prestigiam a obra infeliz, seguem-lhes os passos, como aprendizes no encalço dos mentores aos quais se devotam.”
Fala também do futuro destes irmãos envolvidos no processo de simbiose mental: “Na hipótese de não se reajustarem no bem, tão logo desencarnem o dirigente deste grupo e os instrumentos medianímicos que lhe copiam as atitudes, serão eles surpreendidos pelas entidades que escravizaram, a lhes reclamarem orientação e socorro.”
 - Proteção
A forma de fugir desta influência é seguir as orientações da Espiritualidade que recomenda a vigilância e a mudança de hábitos. Ninguém pode nos forçar a fazer aquilo que não desejamos desde que tenhamos forças para resistir, conforme ensina o saudoso escritor Herculano Pires:”Vivendo no plano extra-físico, os vampiros agem sobre nós por indução mental e afetiva. Induzem-nos a fazer o que desejam e que não podem fazer por si mesmos. Quanto mais os obedecemos, mais submissos nos tornamos”.
É preciso ter força para ignorar e resistir às más orientações, perdoar seus inimigos. Além de melhorar sua condição espiritual, você ainda convida os seus obsessores a seguirem seus passos em direção ao bem.

Leandro Martins - Revista Espiritismo
Fonte: Harmonia Espiritual

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Quando o sono é inimigo

O sono foi dado ao homem para a reparação de suas forças orgânicas, informa-nos Allan Kardec. Isso não quer dizer que estejamos a dormir a qualquer hora. Há momento próprio para o sono. Não se poderia imaginar alguém dormindo ou mesmo cochilando no exercício de seu trabalho profissional, cuidando de uma criança na escola, assistindo a uma aula ou dirigindo automóvel.O sono à hora em que se impõe à vigília torna-se inimigo cruel, diz-nos o Espírito Viana de Carvalho, referindo-se à sonolência nas reuniões espíritas. Conseqüentemente, é estranhável que consideremos uma reunião espírita um acontecimento banal, a ponto de nela cochilar, julgando-a menos importante que nosso trabalho profissional ou uma aula a que assistamos num educandário do mundo, ocasiões em que normalmente permanecemos em vigília. Não se justifica, pois, entregar-se ao sono nos estudos, palestras, reuniões mediúnicas ou demais atividades na seara espírita.
Nós, encarnados, sempre procuramos, consciente ou inconscientemente, justificar atos, fato a que psicólogos chamam de racionalizar. E, para justificar o adormecimento no ambiente da casa Espírita, é comum ouvir-se o seguinte: 

1) Estar cedendo fluidos para ajudar o orador;
 2) Trata-se de desprendimento mediúnico para trabalhar em parcial desdobramento. 
3) Terceiros alegam que em espírito aprendem melhor, adquirindo cabedal que retorna à consciência no momento próprio. São alegações “desculpistas”, sem fundamento, carente de lógica.Viana de carvalho diz-nos textualmente o seguinte: Impostergável o esforço em combater a epidemia da sonolência nas atividades e estudos Doutrina Consoladora. É certo que o cansaço, o esgotamento físico, aliados à monotonia ou falta de motivação do orador podem, às vezes, dar origem à sonolência, representando isso, porém, a maioria das causas, funcionando, na realidade, mais como fatores predisponentes.
Na maioria dos casos, a origem do adormecimento nas reuniões espíritas reside na ação espiritual inferior, na interferência de mentes viciosas do Mundo Espiritual, operando magneticamente, predominantemente à distância, para que as pessoas, adormecendo, não se liguem ao tema edificante da reunião e assim não se beneficiem.
O mentor Aulus, respondendo a uma indagação de André Luiz sobre o assunto, informa-nos que as entidades inferiores operam nas reuniões com objetivo de “envolver” os desatentos em fluidos entorpecentes, conduzindo-os ao sono provocado, para que se lhes adie a renovação.
A explicação é ratificada pela irmã Zélia quando, participando de uma reunião, aponta para uma médium que cochilava e pergunta a Otília Gonçalves: Notas algo? Sim, está dormindo. Exatamente, o fenômeno aí chama-se “hipnose à distância”. Seu perseguidor ficou na retaguarda; no entanto, continua ligado ao pensamento, pela idéia. Portanto, isso nos esclarece que não há necessidade de os Espíritos entrarem na Casa Espírita para provocar sono nos assistentes. Em muitos casos (talvez maioria), eles atuam telepaticamente, de longe, o que a irmã Zélia cognomina Hipnose à distância.
O fenômeno reveste-se de maior gravidade quando o sono, ao invés de ser ocasional, ocorre habitualmente, o que pode caracterizar uma obsessão em curso. Nenhuma chance deve se dar ao sono, nos recintos de estudo e aprendizado, locais de meditação e prece, santuário de intercâmbio mediúnico e de iluminação interior. (Viana de Carvalho)

Eis porque o espírito Marco Prisco nos adverte a respeito: Se irrefreável torpor lhe domina a lucidez, quando convocado ao serviço do bem geral, observe o sinal vermelho de alarme chamando-lhe atenção. Pode ser cansaço, talvez seja sono mesmo. Se, porém, é habitual essa situação, ou você está doente de “narcolepsia” (sono incontrolável) ou insidiosa obsessão está assenhoreando-se de suas forças.
O fenômeno de adormecimento nas reuniões pode ser facilmente explicado pelo que se contém em “A Gênese”, onde Kardec nos instrui que os espíritos agem pelo pensamento sobre os fluidos, “dando-lhes propriedades especiais”, podendo ser “excitantes, calmantes, irritantes, dulcificantes, soporíficos (produz sono) narcóticos (que faz dormir)”. E prossegue esclarecendo que atuando os fluidos sobre o perispírito dos encarnados, este os assimila (como uma esponja se embebe de líquido) e, a seu turno, reage sobre o organismo material com que se acha em contato molecular.
Ora, as entidades adversárias do progresso, através da atuação mental, dão propriedades soporíferas, narcóticas, aos fluidos, e, com eles, tentam envolver os assistentes e demais participantes da reunião, sendo facilmente assimiláveis pelos que estão acomodados, enfadados (como se estivessem ali apenas fazendo um favor ou cumprindo um dever), indiferentes, desatentos muitas vezes totalmente desligados da atmosfera nobre do ambiente, mentalizando assuntos do dia-a-dia.

Com base na orientação dos Espíritos, damos algumas sugestões para evitar situações predisponentes ao adormecimento nas reuniões espíritas:
1) Se possível, ensejar-se a um “relax”, antes de dirigir-se à Casa Espírita, fazendo o devido refazimento do corpo e do espírito;
2) Antes de sair do lar, preparar-se interiormente, através de leitura salutar, prece e meditação, ligando a tomada para o Alto, retirando-se das vulgaridades do “terra-a-terra”;
3) Poupar-se à alimentação exagerada de difícil assimilação (estômago cheio, cérebro inábil);
4) Motivar-se para a reunião, conscientizando-se de que ela é um ato nobre, de doação espiritual e refazimento interior (pois é dando que se recebe), ao invés de encará-la como um encontro rotineiro, social ou como um dever ou obrigação enfadonha.
5) Se houver conversação antes de entrar na sala da reunião, esta deverá ser boa e edificante, de modo a auxiliar a psicosfera do recinto ao invés de conturbá-la com temas negativos: reprovações, críticas, anedotas, queixas, azedume, comentários de enfermidades, temas vulgares etc. (a absorção de fluidos perniciosos de psicosfera saturada negativamente também provoca sono);
6) Após a entrada na sala, se possível, manter-se em silêncio e recolhimento e, enquanto aguarda o início dos trabalhos, ler obra doutrinaria ou concentrar-se em ideações superiores;
7) Sentar-se bem, evitando situações de excessivo desmazelo, o que predispõe ao adormecimento;
8 ) Ligar-se ao tema exposto, dinamicamente, e não “arrastar-se mentalmente” ou “voar o pensamento”, fixando-se nas ocorrências do dia-a-dia;
9) Ante os primeiros sintomas do torpor, orar, renovando a paisagem psíquica.

Sugestões importantíssimas para aqueles que dormem habitualmente, nas reuniões espíritas. A luta contra o adormecimento nas atividades espíritas deve ser encarada seriamente, razão porque encerramos este artigo, lembrando a recomendação de Viana de Carvalho (espírito) sobre o assunto: Ou o candidato vence o sono ou o sono, desta ou daquela procedência, especialmente o produzido pelos espíritos inferiores, inutiliza o aprendiz das lições superiores.

Notas e referências:
(1) Mensagem de Viana de Carvalho, em Nova Lisboa, psicografada por Divaldo Franco, sob o título O sono inimigo.
(2) O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. XXVI, item 38.
(3) Nos domínios da Mediunidade, de André Luiz, Cap. IV
(4) Além da morte, de Otília Gonçalves. Cap. XXVI.
(5) Sementeira da Fraternidade. Cap. 37.
(6) A Gênese. Cap. XIV.

Fonte: Harmonia Espiritual

http://www.forumespirita.net

domingo, 15 de setembro de 2013

Filhos adotivos

TODOS SOMOS FILHOS ADOTIVOS?
Pela visão espírita, todos somos adotados. Porque o único Pai legítimo é Deus. Os pais da Terra não SÃO nossos pais, eles ESTÃO nossos pais. Porque a cada encarnação, mudamos de pais consangüíneos, mas em todas elas Deus é sempre o mesmo Pai. Mas, para entendermos melhor a existência desta experiência na vida de muitos pais, é necessário analisá-lo sob a óptica espírita, sob a luz da reencarnação. A formação de um lar é um planejamento que se desenvolve no Mundo Espiritual. Sabemos que nada ocorre por acaso. Assim como filhos biológicos, nossos filhos adotivos também são companheiros de vidas passadas. E nossa vida de hoje é resultado do que angariamos para nós mesmos, no passado. Surge, então, a indagação: "se são velhos conhecidos e deverão se encontrar no mesmo lar, por que já não nasceram como filhos naturais?" Na literatura espírita encontramos vários casos de filhos que, em função do orgulho, do egoísmo e da vaidade, se tornaram tiranos de seus pais, escravizando-os aos seus caprichos e pagando com ingratidão e dor a ternura e zelo paternos.
De retorno à Pátria Espiritual (ao desencarnarem), ao despertarem-lhes a consciência e entenderem a gravidade de suas faltas, passam a trabalhar para recuperarem o tempo perdido e se reconciliarem com aqueles a quem lesaram afetivamente. Assim, reencontram aqueles mesmos pais a quem não valorizaram, para devolver-lhes a afeição machucada, resgatando o carinho, o amor e a ternura de ontem. Porque a lei é a de Causa e Efeito. Não aproveitada a convivência com pais amorosos e desvelados, é da Lei Divina que retomem o contato com eles como filhos de outros pais chegando-lhes aos braços pelas vias de adoção. Aos pais cabe o trabalho de orientar estes filhos e conduzi-los ao caminho do bem, independente de serem filhos consangüíneos ou não. A responsabilidade de pais permanece a mesma. Recebendo eles no lar a abençoada experiência da adoção, Deus sinaliza aos cônjuges estar confiando em sua capacidade de amar e ensinar, perdoar e auxiliar aos companheiros que retornam para hoje valorizarem o desvelo e atenção que ontem não souberam fazer. Trazem no coração desequilíbrios de outros tempos ou arrependimento doloroso para a solução dos quais pedem, ao reencarnarem, a ajuda daqueles que os acolhem, não como filhos do corpo, mas sim filhos do coração. Allan Kardec elucida: "Não são os da consangüinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de idéias".
DEVEMOS ESCONDER QUE ELES SÃO ADOTIVOS? 

Um dos maiores erros que alguns pais adotivos cometem é o de esconder a verdade aos seus filhos. É importante, desde cedo, não esconder a verdade. Ás vezes, fazem por amor, já que os consideram totalmente como filhos; outros o fazem por medo de perder a afeição e o carinho deles. Quando os filhos adotivos crescem, aprendendo no lar valores morais elevados, sentem-se mais amados por entenderem que o são, não por terem nascido de seus pais, mas sim frutos de afeição sincera e real, e passam a entender que são filhos queridos do coração. Revelar-lhes a verdade somente na idade adulta é destruir-lhes todas as alegrias vividas, é alterar-lhes a condição de filhos queridos em órfãos asilados à guisa de pena e compaixão. Não devemos traumatizá-los, livrando-os do risco de perderem a oportunidade de aprendizado no hoje.
André Luiz esclarece-nos quanto a este perigo: "Filhos adotivos, quando crescem ignorando a verdade, costumam trazer enormes complicações, principalmente quando ouvem esclarecimentos de outras pessoas". Identicamente ao que ocorre em relação aos nossos filhos biológicos, buscar o diálogo franco e sincero, com base no respeito mútuo, sob a luz da orientação cristã de conduta. Pais que conversam com os filhos fortalecem os laços afetivos, tornando a questão da adoção coisa secundária. Recebendo em nossa jornada terrena a oportunidade de ter em nosso lar um filho adotivo, guardemos no coração a certeza de que Jesus está nos confiando a responsabilidade sagrada de superar o próprio orgulho e vaidade, amando verdadeiramente e desinteressadamente a criatura de Deus confiada em trabalho de educação e amparo. E, ajudando-o a superar suas próprias mazelas, amanhã poderá retornar ao seio daqueles que o amam na posição de filho legítimo.

É CERTO A ADOÇÃO POR CASAIS HOMOSSEXUAIS?
Raul Teixeira responde: “O amor não tem sexo. Como é que podemos imaginar que o melhor para uma criança é ser criada na rua, ao relento, submetida a todo tipo de execração, a ser criada nutrida, abençoada por um lar de casal homossexual? Muita gente assevera que a criança corre riscos. Mas como? Nós estamos acompanhando as crianças correndo riscos nas casas de seus pais heterossexuais todos os dias. Outros afirmam que a criança criada por homossexuais poderá adotar a mesma postura, a mesma orientação sexual. O que também é falso. A massa de homossexuais do mundo advêm de lares heterossexuais. Então, teremos de concluir que são os casais heterossexuais que formam os homossexuais. Logo,não devemos entrar nessa discussão que é tola e preconceituosa. aquele que tem amor para dar que dê.”Amemos nossos filhos, sem cogitar se nos vieram aos braços pela descendência física ou não, como encargo abençoado com que o Céu nos presenteia. Encerremos com Emmanuel: "Recorda que, em última instância, seja qual seja a nossa posição nas equipes familiares da Terra, somos, acima de tudo, filhos de Deus". 
Rudymara 

GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC

sábado, 14 de setembro de 2013

Tudo é obsessão?

Será mesmo que tudo é obsessão? Uma doença imprevista. Um acidente de carro. Uma discussão familiar. Uma dificuldade financeira. Será tudo obsessão? Uma briga de casal. Uma maledicência na casa espírita. Um parente se envolvendo com drogas. A vizinha foi agredida pelo marido. Aquela falta de energia na segunda-feira de manhã. Será mesmo que é obsessão? Minha samambaia secou, meu peixinho do aquário morreu, meu gato engasgou, meu cachorro adoeceu. Acho que foi um obsessor desencarnado, que projetou fluídos maléficos no peixinho que eu tanto adorava, só para que ele morresse e provocasse depressão em mim. É..., esse obsessor está querendo me desequilibrar mesmo! Mas, será mesmo que tudo é obsessão? Ah! Espere um pouco! Isso é um exagero ! Isso já é demais! Claro que existem obsessões, mas achar que tudo é obsessão não é ser espírita, é ser neurótico! É ser fanático religioso! É interpretar tudo que acontece pela ótica restrita do espiritismo! É ter pensamento fixo. Isso sim é, na verdade, criar uma auto-obsessão. Todo neurótico, precisa sim é de um bom tratamento para se curar! Está bem. Concordo. Mas, antes do tratamento faço a seguinte proposta: vamos estudar um pouco juntos? Sem querer esgotar o tema, quem sabe os esclarecimentos trazidos pela doutrina espírita, nos auxilie, proporcionando um melhor entendimento. Se, desejamos saber se tudo é obsessão ou não, vamos começar pelo começo? O que é obsessão? Qual o conceito? O Codificador nos esclarece no Evangelho Segundo o Espiritismo: O codificador nos esclarece no Evangelho Segundo o Espiritismo:A obsessão é a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais. Oblitera todas as faculdades mediúnicas; traduz-se, na mediunidade escrevente, pela obstinação de um Espírito em se manifestar, com exclusão de todos os outros.(1)Fica claro que a obsessão é exercida por um Espírito mau (leia-se e entenda-se: ainda transitoriamente inferior, um Espírito ignorante, pois ignora o que é o bem), geralmente desencarnado, com persistência, com uma graduação muito ampla, desde uma simples influência moral até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais. 
Mas, de que forma é realizada essa influenciação moral? 
Na questão 456 do LE nos ensinam, que os Espíritos desencarnados podem ver tudo que fazemos, desde que prestem atenção, e que constantemente nos rodeiam. Na LE 457 afirmam que os Espíritos conhecem nossos mais secretos pensamentos e atos, e quando nos achamos sozinhos é comum termos uma multidão de Espíritos que nos observam. Na LE 459 afirmam que os Espíritos influem em nossos pensamentos e atos mais frequentemente do que imaginamos , que de ordinário são eles que nos dirigem. E na LE 460 confirmam, que frequentemente sofremos, no mesmo instante, influência dos pensamentos dos Espíritos e que esses pensamentos, não raro, contrários uns aos outros (pensamentos do bem e do mal) estão mesclados em nossas mentes, com os nossos próprios pensamentos. 
Pelo que nos foi ensinado no Livro dos Espíritos, nas perguntas acima citadas, fica evidente que, desde a influenciação moral simples até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais, e toda a sua graduação intermediária, apresentadas por Kardec no conceito de obsessão, ambas se efetivam por influenciação constante do pensamento do obsessor sobre o pensamento do obsediado. Pensamentos estes que induzem o obsediado á desvios morais e as ações conseqüentes desses desvios, pensamentos, que tem por objetivo a perturbação da harmonia do corpo e da mente do obsidiado.
Fazendo uma analogia, a obsessão é como uma guerra constante entre o bem o e mal, cujo campo de batalha é a nossa mente. Os lances dessa guerra se expressam pelos pensamentos, articulados pelo Espírito de cada um de nós, que utilizando do livre-arbítrio que possui, conduz á responsabilidade dos pensamentos, decisões e atos. 
Desde o momento em que Deus nos criou, simples e ignorantes (LE 115), somos seres pensantes. Não há um só momento nas vinte e quatro horas do dia, e em todos os dias de nossa vida, em que nosso Espírito não esteja pensando. Nossa alma é um Espírito que pensa (LE 460). Desde o momento em que alcançamos, através da evolução, a consciência de nós próprios, acessamos o livre arbítrio de nossos pensamentos e atos. Para que o livre arbítrio seja perfeito não há nenhuma influência que sobrepuja a outra, nem do bem sobre o mal, e nem do mal sobre o bem. Ou seja, há um equilíbrio de influências para que o Espírito possa realmente decidir por sua livre vontade (LE 122) e assim ser o único responsável pelos seus atos. Kardec questiona na (LE 122 a e b):
Donde vêm as influências que sobre ele se exercem?
“Dos Espíritos imperfeitos, que procuram apoderar-se dele, dominá-lo, e que rejubilam com o fazê-lo sucumbir. Foi isso o que se intentou simbolizar na figura de Satanás.”
Tal influência só se exerce sobre o Espírito em sua origem?
“Acompanha-o na sua vida de Espírito, até que haja conseguido tanto império sobre si mesmo, que os maus desistem de obsidiá-lo.”(2)
É curioso observar, como alguns trabalhadores e dirigentes espíritas, apesar de tantas leituras e estudos, pensam que estão imunes ás obsessões. Acreditam que são imunes as influenciações espirituais dos Espíritos imperfeitos. Argumentam que o trabalho diário na casa espírita, seja no passe, na orientação, na exposição do evangelho, na desobsessão, na assistência social, nas visitas aos hospitais, creches, asilos, seja em favelas, enfim, todas as ações de caridade verdadeira, criam uma aura de proteção tão intensa e ampla que se torna impossível uma obsessão. Sim, é verdade que temos proteção espiritual intensa e ampla. Sim, é verdade que atraímos os bons Espíritos, e que a presença deles afasta a presença dos Espíritos inferiores. Sim, é verdade que, quando estamos em trabalho ativo e sincero na Seara do Mestre Jesus, estamos com o nosso pensamento equilibrado, e sintonizado com os benfeitores espirituais, e que isso afasta os maus pensamentos que possam nos ser sugeridos pelos obsessores. Mas, será que possuímos integralmente esse controle do pensamento nas vinte e quatro horas do dia? Será que esquecemos que somos espíritos imperfeitos caminhando na longa estrada da evolução, e que nossas imperfeições atraem constantemente os espíritos que possuem afinidade vibratória conosco? Será que já conseguimos “tanto império sobre nos mesmos, que os maus desistiram de nos obsidiar”?(LE 122 b). Será que já podemos dispensar o “Orai e Vigiai” ? 
Alguns argumentam que os Espíritos inferiores ficam isolados e restritos, apenas aos locais onde são atraídos por pessoas com a mesma afinidade moral, com a mesma afinidade de pensamentos e de ações. Mas, qual é a afinidade moral da grande maioria dos habitantes de nosso planeta? Kardec nos esclarece esse ponto com muita sabedoria.
“Os Espíritos maus pululam em torno da Terra, em virtude da inferioridade moral de seus habitantes. A ação malfazeja que eles desenvolvem faz parte dos flagelos com que a Humanidade se vê a braços neste mundo. A obsessão, como as enfermidades e todas as tribulações da vida, deve ser considerada prova ou expiação e como tal aceita.” (1).
Muitos de nós esquecemos, que no decorrer de nossa encarnação aqui na Terra, estamos expiando débitos passados e sendo provados de diversas formas, no trabalho, na família, na sociedade, nas relações afetivas, e também em nossas tarefas no campo religioso.
Sujeitos á influenciação espiritual negativa, aos ataques espirituais, enfim, sujeitos á obsessão estamos todos nós. Caminheiros da evolução. Combates espirituais entre o bem e o mal são travados por todos nós, nos diversos estágios evolutivos. Até os Espíritos mais elevados enfrentam os de menor elevação no transcorrer de suas missões, para implantação do bem no universo. Emmanuel pondera sobre a intensa batalha espiritual que o Divino Mestre travou contra os inimigos de seu Evangelho: 
“Esquecem-se, no entanto, de que a vida de Jesus, na Terra, foi uma batalha constante e silenciosa contra obsessões, obsidiados e obsessores.O combate começa no alvorecer do apostolado divino.Depois da resplendente consagração na manjedoura, o Mestre encontra o primeiro grande obsidiado na pessoa de Herodes, que decreta a matança de pequeninos, com o objetivo de aniquilá-lo.(4)
Sujeitos ás tentações e ás obsessões também estiveram os apóstolos, Espíritos escolhidos antes de reencarnar para a missão maravilhosa de divulgar o Evangelho de Jesus ao mundo. Espíritos, que com certeza possuíam a fé viva e operante, que possuíam um a ligação especial com o Mestre dos Mestres, mas, acima de tudo, ainda eram Espíritos imperfeitos, sujeitos ás tentações, provações e expiações que são necessárias á evolução de todos nós. Emmanuel apresenta-nos as seguintes ponderações. 
“Entre os que lhe comungam a estrada, surgem obses­sões e psicoses diversas.Maria de Magdala, que se faria a mensageira da res­surreição, fora vitima de entidades perversas.Pedro sofria de obsessão periódica.Judas era enceguecido em obsessão fulminante.Caifás mostrava-se paranóico.Pilatos tinha crises de medo.No dia da crucificação, vemos o Senhor rodeado por obsessões de todos os tipos, a ponto de ser considerado, pela multidão, inferior a Barrabás, malfeitor e obsesso vulgar.E, por último, como se quisesse deliberadamente le­gar-nos preciosa lição de caridade para com os alienados mentais, declarados ou não, que enxameiam no mundo, o Divino Amigo prefere partir da Terra na intimidade de dois ladrões, que a Ciência de hoje classificaria por clep­tomaníacos pertinazes”.(5)
Sabemos que somos Espíritos imortais, seres milenares e que já passamos por numerosas reencarnações (LE 169 e LE 196), acumulando no nosso patrimônio espiritual vitórias e derrotas, vencendo ou sucumbindo ás provas que estivemos submetidos. Natural entendermos, portanto, que somos todos devedores espirituais acumulando erros e mais erros cometidos nessas numerosas encarnações.
Reforçando esse conceito André Luiz nos ensina harmoniosamente:
“Todos possuímos desafetos de existências passadas, e, no estágio de evolução em que ainda respiramos, atraímos a presença de entidades menos evolvidas, que se nos ajustam ao clima do pensamento, prejudicando, não raro, involun­tariamente, as nossas disposições e possibilida­des de aproveitamento da vida e do tempo.”(6)
“Todos os encarnados são médiuns e antigos devedores uns dos outros”(7)
E Emmanuel também apresenta-nos sabiamente algumas passagens com esse ensinamento:
“Contra o nosso anseio de claridade, temos milê­nios de sombra. Antepondo-se-nos à mais humilde aspiração de crescer no bem, vigoram os séculos em que nos comprazíamos no mal.”(8)“Para todos nós, que temos errado infinitamente, no caminho longo dos séculos, chega sempre um minuto em que suspiramos, ansiosos, pela mudança de vida, fatigados de nossas próprias obsessões” (9)
É difícil para todos nós, após anos e anos de atuação no estudo e na prática da caridade, compreendermos e aceitarmos que somos imperfeitos e devedores do passado, enfim, que somos Espíritos obsidiados. Porque as obsessões encontram guarida nas nossas imperfeições e em nossos débitos do passado como pondera Kardec na seguinte passagem:
Do mesmo modo que as doenças resultam das imperfeições físicas, que tornam o corpo acessível às influências perniciosas exteriores, a obsessão é sempre o resultado de uma imperfeição moral, que dá acesso a um Espírito mau. A causas físicas se opõem forças físicas; a uma causa moral, tem-se de opor uma força moral. Para preservá-lo das enfermidades, fortifica-se o corpo; para isentá-lo da obsessão, é preciso fortificar a alma, pelo que necessário se torna que o obsidiado trabalhe pela sua própria melhoria, o que as mais das vezes basta para o livrar do obsessor, sem recorrer a terceiros.”(1)
Essa conscientização, apesar de necessária e salutar, a princípio abala a nossa auto-estima, trazendo uma sensação interior de desconforto. A maioria de nós prefere, então, negar essa realidade, mantendo uma auto-imagem irreal ligada á santidade. É mais cômodo se achar santo do que se conscientizar do contrário, e ter que se esforçar na prática da reforma íntima.
Apesar do problema grave da obsessão, apresentado por Kardec como “o maior escolho na prática do Espiritismo”(10), Deus sabiamente nos concedeu também as ferramentas da terapêutica espírita para o seu controle, o remédio ao lado da doença. Entre elas a prece, o passe, o estudo, a orientação, a explanação do evangelho, a mediunidade com Jesus, a prática da caridade em todas as suas formas, e a ferramenta mais específica que é a sessão de desobsessão. Em todas essas atividades recebemos apoio do plano espiritual superior. Eliminando fluídos negativos e recebendo fluídos positivos. Recebemos orientações benfazejas que irão substituir em nossas mentes idéias malfazejas, idéias que habitam nossas mentes há séculos. Que nós próprios criamos (auto obsessão) e, assim, estabelecemos um elo de simpatia com os Espíritos inferiores, ou idéias que foram introduzidas (obsessão) habilmente em nossas mentes, de forma sutil e gradativa, por obsessores especializados. 
Todas as ferramentas da terapêutica espírita objetivam nos dar apoio e forças para que possamos executar a nossa reforma íntima, criando assim, uma aura de proteção contra a obsessão.
“ Entre os escolhos que apresenta a prática do Espiritismo, cumpre se coloque na primeira linha a obsessão, isto é, o domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas.Nunca é praticada senão pelos Espíritos inferiores, que procuram dominar.(10)
Em todos os casos de obsessão, a prece é o mais poderoso auxiliar de quem haja de atuar sobre o Espírito obsessor.(1)
É por esse motivo, de que devemos nos proteger contra as obsessões, que André Luiz nos ensina com muita seriedade, sobre o dever de cada Casa Espírita possuir um Grupo de Desobsessão para essa terapêutica:
“Cada templo espírita deve e precisa possuir a sua equipe de servidores da desobsessão, quando não seja destinada a socorrer as vítimas da desorientação espiri­tual que lhe rondam as portas, para defesa e conserva­ção de si mesma.”(11)
Bem, agora que demos uma pequena pincelada no conceito da obsessão vamos retornar a um dos questionamentos apresentados no início deste artigo, e atribuídos a uma pessoa supostamente neurótica e fanática em espiritismo.
“Minha samambaia secou, meu peixinho do aquário morreu, meu gato engasgou, meu cachorro adoeceu. Acho que foi um obsessor desencarnado, que projetou fluídos maléficos no peixinho que eu tanto adorava, só para que ele morresse e provocasse depressão em mim.”
Será mesmo possível que obsessores manipulem fluídos e os projetem em pessoas e animais provocando doenças e até, em casos mais graves, conduzindo á morte do corpo físico? Vamos analisar usando como subsídio duas passagens da literatura espírita. Uma relatando a projeção de fluídos negativos e outra a projeção de fluídos positivos.
Primeiro vamos para a projeção de fluídos negativos. No Livro “Libertação” Capítulo 9 – “Perseguidores Invisíveis”(15) André Luiz e Gúbio disfarçados acompanham Saldanha (chefe dos obsessores):
“— A jovem senhora vai cedendo, devagari­nho — esclareceu a singular personagem, indicando-nos vasto corredor atulhado de substâncias fluídicas detestáveis.
Acompanhou-nos, um tanto solícito, mas des­confiado, e, em seguida a breve pausa, deixou-nos livre a entrada da grande câmara de casal.
A manhã resplandecia, lá fora, e o sol visitava o quarto, através da vidraça cristalina.
Mulher ainda moça, mostrando extrema pali­dez nas linhas nobres do semblante digno, entregava-se a tormentosa meditação.Compreendi que atingíramos a intimidade de Margarida, a obsidiada que o nosso orientador se propunha socorrer.
Dois desencarnados, de horrível aspecto fisio­nômico, inclinavam-se, confiantes e dominadores, sobre o busto da enferma,submetendo-a a compli­cada operação magnética. Essa particularidade do quadro ambiente dava para espantar. No entanto, meu assombro foi muito mais longe, quando con­centrei todo o meu potencial de atenção na cabeça da jovem singularmente abatida. Interpenetrando a matéria espessa da cabeceira em que descansava, surgiam algumas dezenas de “corpos ovóides”, de vários tamanhos e de cor plúmbea, assemelhando-se a grandes sementes vivas, atadas ao cérebro da paciente através de fios sutilíssimos, cuidadosa­mente dispostos na medula alongada.

A obra dos perseguidores desencarnados era meticulosa, cruel.

Margarida, pelo corpo perispirítico, jazia abso­lutamente presa, não só aos truculentos perturbadores que a assediavam, mas também à vasta fa­lange de entidades inconscientes, que se caracteri­zavam pelo veículo mental, a se lhe apropriarem das forças, vampirizando-a em processo intensivo.
Em verdade, já observara, por mim, grande quantidade de casos violentos de obsessão, mas sem­pre dirigidos por paixões fulminatórias. Entretan­to, ali verificava o cerco tecnicamente organizado.”(15)
Agora vamos para a projeção de fluídos positivos. No “Livro dos Médiuns” de Allan Kardec - Cap. 22 – item 236 (3), há uma comunicação muito interessante do Espírito Erasto para esclarecer os participantes de uma discussão ocorrida na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, que teve como tema a “Mediunidade nos Animais”.
“O Sr. T..., diz-se, magnetizou o seu cão. A que resultado chegou? Matou-o, porquanto o infeliz animal morreu, depois de haver caído numa espécie de atonia, de langor, conseqüentes à sua magnetização. Com efeito, saturando-o de um fluido haurido numa essência superior à essência especial da sua natureza de cão, ele o esmagou, agindo sobre o animal à semelhança do raio, ainda que mais lentamente. Assim, pois, como não há assimilação possível entre o nosso perispírito e o envoltório fluídico dos animais, propriamente ditos, aniquila-los-íamos instantaneamente, se os mediunizássemos”.(3)
Agora, após a leitura e estudo dessas duas passagens proponho á todos, as seguintes reflexões. 1 – Se obsessores organizados, podem provocar doenças através da projeção de fluídos maléficos em pessoas, porque não poderiam fazer isso em animais ou plantas? Como a samambaia, o peixinho do aquário, o gato, o cachorro, etc.?2 – Se o Sr. T., por descuido e ignorância, projetou fluídos, ainda que positivos em excesso, saturando o seu cão e o levando á morte, porque obsessores organizados não poderiam fazer o mesmo com plantas e animais como um peixinho de aquário, objetivando provocar depressão no dono do peixinho? Mas, antes da de responder a si mesmo estas duas questões, proponho a leitura de algumas das inúmeras passagens na literatura espírita para enriquecer e aprofundar nosso estudo.Emmanuel no livro “Seara dos médiuns, expõe alguns tipos de obsessão relatadas em passagens do Evangelho, sem contar muitas outras relatadas em sua extensa obra literária.
“Nos versículos 33 a 35, do capitulo 4, no Evangelho de Lucas... Temos aí a obsessão direta.”“Nos versículos 2 a 13, do capitulo 5, no Evangelho de Marcos...Temos aí a obsessão, seguida de possessão e vam­pirismo”.“Nos versículos 32 e 33, do capitulo 9, no Evangelho de Mateus... Temos aí a obsessão complexa, atingindo alma e corpo.”“No versículo 2, do capitulo 13, no Evangelho de João... Temos aí a obsessão indireta, em que a vitima padece influência aviltante, sem perder a própria responsabi­lidade.”“Nos versículos 5 a 7, do capítulo 8, nos Atos dos Após­tolos... Temos aí a obsessão coletiva, gerando moléstias-fantasmas.(12)

André Luiz, também nos auxilia com uma relação extensa de tipos de obsessão. Veja abaixo, a relação extraída do livro “Prontuário de André Luiz” de Ney da Silva Pinheiro, um excelente trabalho de catalogação das obras de André Luiz, editado pelo Instituto de Difusão Espírita (13)
Obsessão de nascituros (embriões e fetos);
Obsessão e aborto;
Obsessão durante o sono;
Obsessão e alcoolismo;
Obsessão e animismo;
Obsessão e complexo de culpa;
Obsessão e desenvolvimento mental da humanidade;
Obsessão e espiritismo;
Obsessão e figuras demoníacas;
Obsessão e loucura;
Obsessão e perispírito;
Obsessão e vampirismo;
Obsessão em templo religiosos (sono provocado);
Obsessão entre encarnados;
Obsessão logo após a desencarnação;
Obsessão por inveja;
Obsessão reciprocamente entre desencarnados (imantação mental);
Obsessão reciprocamente entre encarnados e desencarnados;(13)

Ufa! Perdí a respiração! A lista não termina nunca ! 

Auto-obsessão, delírio psíquico, demônios e demonismo, dupla personalidade, enxertia mental, epilepsia, Espíritos endemoninhados, hipnose, imantação mental, infecções fluídicas, licantropia, magia negra, obsessão e mediunidade, operações magnéticas, parasitas, ovóides, possessão, simbiose espiritual, vampirismo espiritual, etc. Chega! Não caberia mesmo neste artigo, a relação completa, de todos os variados tipos de obsessão relatados na literatura espírita. 
Agora que você já leu este artigo até aqui, faça uma pausa. Prepare-se pela prece, e faça a sua reflexão íntima. Utilize da razão, bom senso, análise crítica imparcial e despretensiosa. Analise com a coragem daqueles que buscam a verdade, ainda que essa verdade possa lhes doer profundamente no coração. E responda a si mesmo.
Será que aqueles que acham que tudo é obsessão são neuróticos? São fanáticos religiosos? Precisam é de um bom tratamento? Ou será que a pior de todas as obsessões, é aquela que objetiva manter as pessoas na ignorância do que é, realmente, obsessão? É aquela que, mantendo as pessoas ignorantes, sobre a realidade dos processos de influenciação espiritual constante pelo pensamento, as mantém longe do diagnóstico, do tratamento e da cura das obsessões? Ou será, que a pior de todas as obsessões, é aquela que introduz formas de pensar que conduzem á raciocínios e conclusões dogmáticos, místicos, superficiais e pessoais, mantendo, propositadamente, o ser humano na ignorância das Leis de Deus e criando, assim, um campo fértil para os obsessores atuarem livremente? 
“A quem muito foi dado muito será pedido” asseverou o Divino Mestre. Há uma relação de proporção, entre o muito de conhecimento que recebemos e o muito de conhecimentos que seremos cobrados em nossas atuações. Será que já não recebemos extensas e intensas orientações espirituais, sobre vários tipos de obsessão? Será que o conhecimento das obsessões é um assunto misterioso dentro da doutrina espírita? Será, que o conhecimento espírita, trazido pelo estudo aprofundado ainda não frutificou em nós, trazendo a conscientização dessa realidade? 
Todos nós erramos. É natural, pois somos Espíritos imperfeitos em estado de evolução contínua, mas, errar com conhecimento de causa, é uma falta gravíssima perante as Leis de Deus.Nesse sentido, Emmanuel respondeu sabiamente, quando questionado sobre um importantíssimo ensinamento do Divino Mestre Jesus.
“303 – Qual o sentido do ensinamento evangélico: - “Todos os pecados ser-vos-ão perdoados, menos os que cometerdes conta o Espírito Santo?”.
- A aquisição do conhecimento espiritual, com a perfeita noção de nossos deveres, desperta em nosso íntimo a centelha do espírito divino, que se encontra no âmago de todas as criaturas.
Nesse instante, descerra-se à nossa visão profunda o santuário da luz de Deus, dentro de nós mesmos, consolidando e orientando as nossas mais legítimas noções de responsabilidade na vida. Enquanto o homem se desvia ou fraqueja, distante dessa iluminação, seu erro justifica-se, de alguma sorte, pela ignorância ou pela cegueira. Todavia, a falta cometida com a plena consciência do dever, depois da bênção do conhecimento interior, guardada no coração e no raciocínio, essa significa o “pecado contra o Espírito Santo”, porque a alma humana estará, então, contra si mesma, repudiando as suas divinas possibilidades.
É lógico, portanto, que esses erros são os mais graves da vida, porque consistem no desprezo dos homens pela expressão de Deus, que habita neles.” (14)
Para encerrar, faço apenas só mais uma pequena pergunta.Será que tudo é obsessão?
Victor Manoel Ventura Seco é estudante da Doutrina Espírita há aproximadamente duas décadas, tendo freqüentado diversas casas espíritas na cidade de São Paulo.
É colaborador do site www.espiritismoemdebate.com.br
(1) ESE - Allan Kardec - Cap. 28 item 81- “Prece pelos Obsidiados” - Edição FEB – 115ª Edição;(2) “O Livro dos Espíritos” – Allan Kardec - Pergunta 122 a e b - Edição FEB –76ª Edição;(3) “O Livro dos Médiuns” – Allan Kardec - Cap. 22 – item 236 - Edição FEB –76ª Edição;(4) Livro “Seara dos Médiuns” – Emmanuel - “Obsessão e Jesus” pag. 59 - Edição FEB –6ª Edição;(5) Livro “Seara dos Médiuns” – Emmanuel - “Obsessão e Jesus” pag. 60 - Edição FEB –6ª Edição;(6) Livro “Desobsessão” – André Luiz - Cap. 64 - “Benefícios da Desobsessão” pag. 222 - Edição FEB – 15ª Edição;(7) Livro “Opinião Espírita” – André Luiz - Lição 15 - “Ao médium doutrinador” pag. 63 - Edição FEB – 9ª Edição;(8) Livro “Pão Nosso” – Emmanuel - Lição 101 - “Resiste á Tentação” pag. 213 - Edição FEB – 16ª Edição;(9) Livro “Justiça Divina” – Emmanuel - Capítulo “Desligamento do Mal” pag. 102 - Edição FEB – 9ª Edição;(10) “O Livro dos Médiuns” – Allan Kardec - Cap. 23 – item 237 - Edição FEB –76ª Edição;(11) Livro “Desobsessão” – André Luiz - Introdução - “ Desobsessão” pag. 19 - Edição FEB – 15ª Edição;(12) Livro “Seara dos Médiuns” – Emmanuel - “Obsessão e Evangelho” pag. 181 - Edição FEB –6ª Edição;(13) Livro “Prontuário de André Luiz” – Ney da Silva Pinheiro - pags. 116 e 117 - Edição Instituto de Difusão Espírita –2ª Edição;(14) Livro “O Consolador” – Emmanuel - pags. 177 e 178 - Edição FEB – 11ª Edição;(15) Livro “Libertação” – André Luiz - Lição 09 - “Perseguidores Invisíveis” pag. 114 e 115 - Edição FEB – 14ª Edição;

LE – Abreviatura de “O Livro dos Espíritos” - Edição FEB –76ª Edição; Nas citações acima onde aparece LE seguido de um número, este é a indicação no número da pergunta de “O Livro dos Espíritos” citada.
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