a semente morre para que surja a plântula tenra;
transforma-se a ostra, de modo a produzir a pérola preciosa;
estiola-se a flor, emurchecida, a fim de que provenha o fruto que guarda, na essência, o sabor;
morre o dia nas tintas do poente, de modo que o véu cintilante da noite envolva a Terra;
morre a noite, entre as lágrimas do orvalho, para que o manto aurifulgente do dia consiga embelezar a amplidão;
o rio morre na exuberância do mar;
fana-se o homem para que se liberte o Espírito, antes cativo.
À frente disso, vemos que a morte é sempre a chave que desata o perfume da vida. Não há morte, essencialmente. Tudo é transformação, tudo é recriação...
A lágrima de agora se tornará sorriso.
A dor atual prepara a ventura porvindoura.
A saudade que punge hoje, fomenta o sublime reencontro de logo mais.
Morte é vida, agora o sabemos...
Habitue-se, caro coração, a refletir a respeito da morte, com serenidade e confiança em Deus, porque você não ignora que, por mais se aturda, desarvore ou se inconforme, essa é a única regra para a qual não se conhece exceção.
Prepare-se, amando e trabalhando no bem grandioso, até que você, um dia, igualmente se transforme em ave libertada da prisão – escola corporal.
A morte tão somente revela a vida mais amplamente.
Pense nisso.
pelo Espírito Rosângela -psicografia de J. Raul Teixeira http://www.raulteixeira.com/mensagens.php?not=286.
Leia mais: http://www.cacef.info/news/a-morte1/?
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