sexta-feira, 8 de maio de 2015

Quem Verdadeiramente Somos?

Quem verdadeiramente somos?
 O que sentimos ou o que pensamos? 
O que sonhamos ou o que realizamos? 
Matéria ou espírito? 
Somos feitos de tudo isso e muito mais. Pontuar apenas um de nossos lados é injusto com quem realmente somos. Reduz a nossa complexidade, a nossa maestria como indivíduos.
Somos filhos e pais, mesmo não tendo filhos biológicos. Agimos como pais de irmãos e de amigos. Somos amigos, mas às vezes inimigos, quando defendemos quem amamos, tomamos partido, esquecendo que somos todos irmãos. Assim somos nós: fragilidade e força, medo e coragem, amor e ódio.
Somos belos e feios. Assim nos sentimos muitas vezes entre um lado e outro da moeda. Desprezamo-nos facilmente ou amamo-nos em demasia, reduzindo quem está ao nosso lado, vivenciando o egoísmo ou reduzindo a nós mesmos, não vivenciando o amor próprio. Desacreditamos facilmente em quem somos. Exaltamos erros, enaltecemos dificuldades, esquecemo-nos de nossas qualidades e, por fim, nos abandonamos.
Por que somos tão cruéis conosco e com o outro?
Por que queremos ser quem não somos?
Por que não olhamos para quem somos?
 Medo? 
Impaciência?
 O desconhecimento de nós mesmos torna-nos frágeis e imaturos. Ignorantes de nós mesmos. Estranhos.
Saber quem somos, respeitando-nos, amando-nos, acolhendo nossas dificuldades, torna-nos o ser que realmente somos. Sei que causa um estranhamento. É confuso. Saímos do início ao fim e retornamos tal qual uma linha reta sem reentrâncias, sem interferências. Enganam-se.
Ser complexo não quer dizer confuso. Ser complexo quer dizer rico em detalhes. Constituído de vários pontos, uns já perfeitos, outros precisando se perfeiçoar. Assim somos nós seres humanos. Um ser em construção que se burila diariamente com o objetivo de conquistar a perfeição.
Não para sermos simplesmente perfeitos, melhores, um mais que os outros. Mas para sermos evoluídos. O melhor que podemos ser. Perfeitos como o Pai. Enganamos a nós mesmos, correndo atrás da perfeição da beleza da matéria, do crescimento intelectual e financeiro, comparando-nos uns aos outros, na tentativa de ultrapassarmos a quem estiver no topo, local que desejamos alcançar.
Não é para isso que nascemos inúmeras vezes, pelo contrário. Temos a chance de renascer para superarmos estes pequenos percalços que teimamos em instalar em nosso caminho. Por isso, experimentamos diversas formas de materialmente ser. Já fomos loiros, morenos, negros. Já tivemos olhos e cabelos de cores e texturas diferentes. Já experimentamos ser pobres ou ricos, intelectuais ou ignorantes, já fomos o que hoje queríamos ser ou desprezamos ser.
O Pai, justo e amoroso, ensina-nos com sabedoria e delicadeza. Fornece-nos o que é necessário ao nosso crescimento. Não nos lança ao aprendizado sem olhar para as nossas necessidades, equipa-nos com os instrumentos necessários para que alcancemos nossos objetivos em cada jornada.
Tenhamos fé. Acreditemos em Seu amor e em Sua maestria de Pai e Educador. Caminhemos seguros e confiantes. Sem medo, olhemo-nos com amor para que possamos enxergar além das nossas faltas. Percebamos nossas virtudes e o caminho para o nosso aperfeiçoamento. Não foqueis nas inabilidades ou nas ausências, paralisando-se. Almejai o crescimento, utilizando o que tem e construindo o que não tem, não se prendendo a falsas necessidades. Muitas vezes uma falta é o passaporte para grandes voos na evolução.
Ficai atentos. Orai e vigiai. Acolhei-os carinhosamente. Respeitai quem sois. Agradecei por quem sois. O Pai caprichou na criação de seus filhos para que um dia todos eles estejam ao seu lado. Confiem em Seus desígnios.
Abraço carinhoso
Luanda

03/05/15
Leia mais: http://www.cacef.info/news/quem-verdadeiramente-

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