segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Consequências do Passado- Emmanuel


 1 - Como podemos compreender os resultados de nossas experiências anteriores?
-Para compreender os resultados de nossas experiências anteriores, basta
que o homem observe as próprias tendências, oportunidades, lutas e provas.
 2 - Como entender, na essência, as dívidas ou vantagens que trazemos das existências passadas?
-Estudos que efetuamos corretamente, ainda que terminados há longo
tempo, asseguram-nos títulos profissionais respeitáveis. Faltas praticadas
deixam azeda sucata de dores na consciência, pedindo reparação. Se
plantamos preciosa árvore, desde muito, é natural venhamos a surpreendê-la,
carregada de utilidades e frutos para os outros e para nós. Se nos
empenhamos num débito, é justo suportemos a preocupação de pagar.
 3 – Qual a lição que as horas nos ensinam?
-Meditemos a simples lição das horas.
Comumente, durante a noite, o homem repousa e dorme; em sobrevindo a
manhã, desperta e levanta-se com os bens ou com os males que haja
procurado para si mesmo, no transcurso da véspera.
Assim, a vida e a morte, na lei da reencarnação que rege o destino.
 4 – Qual a situação moral da alma no túmulo e no berço?
-No túmulo, a alma, ainda vinculada ao crescimento evolutivo, entra na
posse das alegrias e das dores que amontoou sobre a própria cabeça; no
berço, acorda e retoma o arado da experiência, nos créditos que lhe cabe
desenvolver e nos débitos que está compelida a resgatar.
 5 – Em síntese, onde permanece, espiritualmente, a criatura
reencarnada?
-Cada criatura reencarnada permanece nas derivantes de tudo o que fez
consigo e com o próximo.
 6 – Qual a explicação lógica das enfermidades congênitas?
-Os grandes delitos operam na alma estados indefiníveis de angústia e
choque, daí nascendo a explicação lógica das enfermidades congênitas, às
vezes inabordáveis a qualquer tratamento.
 7 – O que ocorre aos suicidas nas vidas anteriores?
-Suicidas que estouraram o crânio ou que se entregaram a enforcamento,
depois de prolongados suplícios, nas regiões purgatoriais, freqüentemente,
após diversos tentames frustrados de renascimento, readquirem o corpo de
carne, mas transportam nele as deficiências do corpo espiritual, cuja
harmonia desajustaram. Nessa fase, exibem cérebros retardados ou
moléstias nervosas obscuras.
 8 – E os protagonistas de tragédias passionais?
-Protagonistas de tragédias passionais, violentas e obscuras, criminosos de
guerra, aproveitadores de lutas civis, que manejam a desordem para
acobertar interesses escusos, exploradores do sofrimento humano,
caluniadores, empreiteiros do aborto e devassidão e malfeitores outros, que
a justiça do mundo não conseguiu cadastrar, voltam à reencarnação em
tribulações compatíveis com os débitos que assumiram e, muitas vezes, junto
das próprias vítimas, sob o mesmo teto, marcados por idênticos laços
consangüíneos, tolerando-se mutuamente até a solução dos enigmas que
criaram contra si mesmos, atentos ao reequilibro de que se vêem necessitados; ou sofrem a pena do resgate preciso em desastres dolorosos,
integrando os quadros inquietantes dos acidentes em que se desdobra o
resgate do espírito reencarnado, seja nos transes individuais ou nas
provações coletivas.
 9 – E aos cúmplices de erros e enganos?
-As grandes dificuldades não caem exclusivamente sobre os suicidas e
homicidas comuns. Quantos se fizeram instrumentos diretos ou indiretos das
resoluções infelizes que se adotaram são impelidos a recebê-los nos próprios
braços, ofertando-lhes o recinto doméstico por oficina de regeneração.
 10 – O que ocorre àqueles que provocaram o suicídio de alguém?
-Se levianamente provocamos o suicídio de alguém, é possível que
tenhamos esse mesmo alguém, muito breve, na condição de um
filho-problema ou de um familiar padecente, requisitando-nos auxílio, na
medida das responsabilidades que assumimos, na falência a que se arrojou.
 11 – Que acontece àqueles que impelem o próximo à falência moral?
-Se instilamos viciação e criminalidade em companheiros do caminho,
asfixiando-lhes as melhores esperanças na desencarnação prematura, é
certo que se corporificarão, de novo, na Terra, ao nosso lado, a fim de que
lhes prestemos concurso imprescindível à reeducação, na pauta dos
compromissos a que enredamos, ao precipitá-los aos enganos terríveis de
que buscam desvencilhar-se, abatidos e desditosos.
Nas mesmas circunstâncias, carreamos em nós, enraizados nas forças
profundas da mente, os bens ou os males que cultivamos.
 12 – E o que ocorre aos desencarnados que malbarataram os tesouros
da emoção e da idéia?
-Quando desencarnados, não fugimos as leis de causa e efeito.
Se malbaratamos os tesouros da Terra, deambulamos nas esferas espirituais
por doentes da alma, que a perturbação ensandece, fadados a reaparecer no
plano carnal com as enfermidades conseqüentes, a se entranharem, nos
tecidos orgânicos, que nos compõem a vestimenta física.
 13 – E aqueles que se entregam aos desequilíbrios do sexo?
-Se abraçamos desequilíbrios de sexo, agravados com padecimentos
alheios por nossa conta, agüentamos inibições genésicas, muitas vezes,
com o cansaço precoce e a distrofia muscular, a epilepsia ou o câncer, de
permeio.
 14 - E àqueles que perpetram crimes?
-Se perpetramos crimes na pessoa dos semelhantes, ei-nos a frente de
mutilações dolorosas.
 15 – E àqueles que se entregam às extravagâncias da mesa?
-Se nos entregamos às extravagâncias da mesa, arcamos com ulcerações
e gastralgias que persistem tanto tempo quanto se nos perdurem as
alterações do veículo espiritual.
 16 – E àqueles que se afeiçoam ao alcoolismo?
-Se nos afeiçoamos ao alcoolismo ou ao abuso de entorpecente, somos
induzidos à loucura ou à idiotia seja onde for.
 17 – E àqueles que se empenham em delitos de maledicência e calúnia?
-Se nos empenhamos em delitos de maledicência e calúnia, atravessamos
vastos períodos de surdez ou mudez, precedidas ou seguidas por distonias
correlatas.
 18 – As conseqüências de nossos erros se verificam apenas na forma de
doenças comuns?
-Não. Além disso, é preciso contar com as probabilidades da obsessão,
porquanto, cada vez que ofendemos aos que partilham a marcha, atraímos,
em prejuízo próprio, as vibrações de revolta ou desespero daqueles que se
categorizam por vítimas de nossas ações impensadas.
 19 – Qual deve ser nossa atitude perante as provas da vida?
-Diante das provas inquietantes que se demoram conosco, aprendamos a
refletir, para auxiliar, melhorar, amparar e servir aqueles que nos cercam.
 20 – Quais as relações entre o presente, o passado e o futuro?
Todos estamos no presente, com o ensejo de construir o futuro, mas
envolvidos nas conseqüências do passado que nos é próprio. Isso por que
tudo aquilo que a criatura semeie, isso mesmo colherá.
 Harmonia Espiritual

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