quarta-feira, 26 de março de 2014

Sonhos Premonitórios

Sonhos premonitórios são aqueles cujos fatos vistos ou vivenciados durante o sonho realizam-se no plano material, e ocorrem normalmente de três formas diferentes como veremos a seguir.
Quando durante o sono, o espírito estando desprendido do corpo físico, e participando da vida no plano espiritual, ele tem uma visão muito mais ampla das realidades e das leis que regem a vida e o universo. Nesse estado ele pode com maior facilidade perceber a forma como se desenrola determinados fatos de sua vida ou de outrem, e assim antever o desfecho lógico para aquela situação.
Assim se dá uma boa parte das premonições em sonhos.
Uma outra forma de sonho premonitório é quando estando no plano espiritual, o espírito recebe de um ou mais espíritos evoluídos, informações sobre fatos que ainda estão para ocorrer e ao acordarem trazem a lembrança de tais informações.
Nesses dois tipos de experiências ao acordar tem-se na grande maioria das vezes a impressão de ter vivido aquelas situações, o que não é verdadeiro. Tem-se essa impressão porque a linguagem usada para comunicar-se entre um espírito e outro não é a palavra articulada e sonora emitida pelo aparelho fonador de um corpo físico e sim uma linguagem telepática onde se passa uma ideia formada ou imagens que se queira transmitir ao outro espírito.
A terceira maneira desse tipo de sonho é mais rara de ocorrer por se tratar de uma forma mais precisa e rica em detalhes, e às vezes, até com precisão de datas, horas e locais, são verdadeiras visões proféticas, de fatos que irão acontecer em um espaço de tempo que pode variar de algumas horas até vários séculos de antecedência.
Nesse tipo de sonho o espírito daquele que sonha é transportado ao local e hora exata no futuro onde os fatos irão acontecer e assiste o desenrolar das cenas reais e irão recordar dessas imagens com riqueza de detalhes quando despertarem.
É importante lembrar que o sonho não é a única forma de premonição que existe e também não é o mais comum. O transe mediúnico de clarividência e clariaudiência são muito mais frequentes que os sonhos.

-fonte: site/Somos Todos Um-
Por Irmãos da Nova Era Espírita

A Preparação da Abolição da Escravatura no Plano Espiritual

Isabel Cristina Leopoldina Augusta Miguela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon veio ao mundo com a sua tarefa no trabalho abençoado da Abolição da Escravatura. Mas todo o andamento do processo já vinha sido delineado pelas falanges de Ismael, que procuravam dirigir os movimentos republicanos e abolicionistas com alta serenidade e muita prudência, com o propósito de evitar conflitos.
O momento de iniciar o cumprimento do que estava estabelecido no plano espiritual, partiu do próprio Mestre Jesus, segundo Humberto de Campos, no livro "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", psicografado por Francisco Cândido Xavier:
- Ismael, o sonho da liberdade de todos os cativos deverá concretizar-se agora, sem perda de tempo. Prepararás todos os corações, a fim de que as nuvens sanguinolentas não marchem o solo abençoado da região do Cruzeiro. Todos os emissários celestes deverão conjugar esforços nesse propósito e, em breve, teremos a emancipação de todos os que sofrem os duros trabalhos do cativeiro na terra bendita do Brasil. Disse o Mestre Jesus.

A articulação de Ismael
Com a concordância de Jesus, Ismael começou a articular o que viria ser o fim da escravidão no Brasil. Sob a influência dos mentores invisíveis da pátria, D. Pedro II foi afastado do trono nos primeiros anos de 1888. Com isso a Princesa Isabel, que já havia sancionado a Lei do Ventre Livre em 1871 - lei que garantia a liberdade aos filhos dos escravos - assumia a Regência. Sob a inspiração de Jesus, Isabel escolhe o Senador João Alfredo para organizar o novo ministério, que seria formado por notáveis espíritos ali encarnados. Em 13 de maio de 1888, os abolicionistas apresentam à regente a proposta de lei que Isabel, cercada de entidades angelicais e misericordiosas, sancionou sem hesitar.

Espíritos festejam a Redenção
O Livro "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", Humberto de Campos, através das mãos límpidas de Chico Xavier, relata a comemoração do Plano Espiritual naquela noite de domingo.
- Nesse dia inesquecível, toda uma onda de claridades compassivas descia dos céus sobre as vastidões do norte e sul da Pátria do Evangelho. Ao Rio de Janeiro afluem multidões de seres invisíveis, que se associam às grandiosas solenidades da abolição. Junto ao espírito magnânimo da princesa, permanecia Ismael com a bênção da sua generosa e tocante alegria. Enquanto se entoavam hosanas de amor no Grupo Ismael e a Princesa Imperial sentia, na sua grande alma, as comoções mais ternas e mais doces, os pobres e os sofredores, recebendo a generosa dádiva do céu, iam reunir-se, nas asas cariciosas do sono, aos seus companheiros da imensidade, levando às alturas o preito do seu reconhecimento a Jesus que, com a sua misericórdia infinita, lhes outorgara a carta de alforria, incorporando-se, para sempre, ao organismo social da pátria generosa dos seus sublimes ensinamentos.

Mil Tronos daria pela Liberdade dos Escravos do Brasil

A Abolição da Escravatura ocorreu através da Lei Áurea, assinada em 13 de maio de 1888. A Princesa Isabel usou uma pena de ouro especialmente confeccionada para a ocasião e recebeu a aclamação do povo do Rio de Janeiro. Mas a elite cafeeira não aceitava a abolição. Em 28 de setembro de 1888, a Redentora foi congratulada com a comenda "Rosa de Ouro", oferecida pelo Papa Leão XIII. João Maurício Vanderley (1815-1889), o Barão de Cotegipe, ao cumprimentar a princesa alfinetou: "Vossa Alteza libertou uma raça, mas perdeu o trono". Pouco mais de um ano depois, Isabel veria a monarquia no Brasil ser extinta. Lembrando-se da profecia de Cotegipe, declarou: "Mil tronos eu tivesse, mil tronos eu daria para libertar os escravos do Brasil". A complacência da Princesa era tão grande que documentos recentemente descobertos revelam que a princesa estudou indenizar os ex-escravos com recursos do Banco Mauá.

Fonte: http://www.redeamigoespirita.com.br

terça-feira, 25 de março de 2014

Dias Difíceis

Há dias que parecem não ter sido feitos para ti.
Amontoam-se tantas dificuldades, inúmeras frustrações e incontáveis aborrecimentos, que chegas a pensar que conduzes o globo do mundo sobre os ombros dilacerados.
Desde cedo, ao te ergueres do leito, pela manhã, encontras a indisposição moral do companheiro ou da companheira, que te arremessa todos os espinhos que o mau humor conseguiu acumular ao longo da noite.
Sentes o travo do fel despejado em tua alma, mas crês que tudo se modificará nos momentos seguintes.
Sais à rua, para atender a esse ou àquele compromisso cotidiano, e te defrontas com a agrestia de muitos que manejam veículos nas vias públicas e que os convertem em armas contra os outros; constatas o azedume do funcionário ou do balconista que te atende mal, ou vês o cinismo de negociantes que anseiam por te entregar produtos de má qualidade a preços exorbitantes, supondo-te imbecil. Mesmo assim, admites que, logo, tudo se alterará, melhorando as situações em torno.
Encontras-te com familiares ou pessoas amigas que te derramam sobre a mente todo o quadro dos problemas e tragédias que vivenciam, numa enxurrada de tormentos, perturbando a tua harmonia ainda frágil, embora não te permitam desabafar as tuas angústias, teus dramas ou tuas mágoas represadas na alma. Em tais circunstâncias, pensas que deves aguardar que essas pessoas se resolvam com a vida até um novo encontro.
São esses os dias em que as palavras que dizes recebem negativa interpretação, o carinho que ofereces é mal visto, tua simpatia parece mero interesse, tuas reservas são vistas como soberba ou má vontade. Se falas, ou se calas, desagradas.
Em dias assim, ainda quando te esforces por entender tudo e a todos, sofres muito e a costumeira tendência, nessas ocasiões, é a da vitimação automática, quando se passa a desenvolver sentimentos de autopiedade.
No entanto, esses dias infelizes pedem-nos vigilância e prece fervorosa, para que não nos percamos nesses cipoais de pensamentos, de sentimentos e de atitudes perturbadores.
São dias de avaliação, de testes impostos pelas regentes leis da vida terrena, desejosas de que te observes e verifiques tuas ações e reações à frente das mais diversas situações da existência.
Quando perceberes que muita coisa à tua volta passa a emitir um som desarmônico aos teus ouvidos; se notares que escolhendo direito ou esquerdo não escapas da ácida crítica, o teu dever será o de te ajustares ao bom senso. Instrui-te com as situações e acumula o aprendizado das horas, passando a observar bem melhor as circunstâncias que te cercam, para que melhor entendas, para que, enfim, evoluas.
Não te olvides de que ouvimos a voz do Mestre Nazareno, há distanciados dois milênios, a dizer-nos: No mundo só tereis aflições...
Conhecedores dessa realidade, abrindo a alma para compreender que a cada dia basta o seu mal..., tratarás de te recompor, caso tenhas te deixado ferir por tantos petardos, quando o ideal teria sido agir como o bambuzal diante da ventania. Curvar-se, deixar passar o vendaval, a fim de te reergueres com tranquilidade, passado o momento difícil.
Há, de fato, dias difíceis, duros, caracterizando o teu estádio de provações indispensáveis ao teu processo de evolução. A ti, porém, caberá erguer a fronte buscando o rumo das estrelas formosas, que ao longe brilham, e agradecer a Deus por poderes afrontar tantos e difíceis desafios, mantendo-te firme, mesmo assim.
Nos dias difíceis da tua existência, procura não te entregares ao pessimismo, nem ao lodo do derrotismo, evitando alimentar todo e qualquer sentimento de culpa, que te inspirariam o abandono dos teus compromissos, o que seria teu gesto mais infeliz.
Põe-te de pé, perante quaisquer obstáculos, e sê fiel aos teus labores, aos deveres de aprender, servir e crescer, que te trouxeram novamente ao mundo terrestre.
Se lograres a superação suspirada, nesses dias sombrios para ti, terás vencido mais um embate no rol dos muitos combates que compõem a pauta da guerra em que a Terra se encontra engolfada.
Confia na ação e no poder da luz, que o Cristo representa, e segue com entusiasmo para a conquista de ti mesmo, guardando-te em equilíbrio, seja qual for ou como for cada um dos teus dias.

Camilo. - Raul Teixeira, em 30.12.2002, na Sociedade Espírita Fraternidade, Niterói-RJ
Por Sérgio Ribeiro

Tens Orado?

"Pela prece obtém o homem o concurso dos bons espíritos que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções e a inspirar-lhe idéias sãs. Ele adquire,desse modo, a força moral necessária para vencer as dificuldades e a volver ao caminho reto,se deste se afastou."- O Evangelho segundo o Espiritismo,cap. XXVII, item11
Sem qualquer margem de dúvida, a oração representa formosa ponte levadiça que o espírito humano distende dos continentes da Terra aos campos de harmonia da Superior Imortalidade.
A oração é a chave que destrava as portas dos Céus, permitindo o acesso imprescindível às arcas de bênçãos do Senhor.
Através da oração é que o coração terreno, assinalado por angústias, por frustrações e dores, logra contato com o Coração dos Céus, saciando as próprias necessidades.
Tens orado, realmente, ou tens ajuntado palavras ou entoado louvaminhas dirigidas ao Mundo Maior?
Tens orado ou tens-te limitado a encenações teatrais que, se sensibilizam os que te ouvem, não conseguem repercutir nas telas do Invisível?
Muitas vezes deparamos situações em que os humanos asseveram estar orando e nada conseguindo com suas preces. Vale a pena uma pausa avaliadora, a fim de verificares se o que vai chamado de oração não passa de compulsão verbal, sem reflexão, sem suavidade, sem que esteja confirmada pela prece da vivência digna e fiel às eternas Leis de Deus.
Se tens orado, de fato, nada lamentes. Aguarda o tempo, enquanto realizas o melhor em tua trajetória.
Se tens orado, verdadeiramente, encontras-te em profunda comunhão com as Fontes do Grande Bem que, sob o impulso do Criador, far-te-ão fruir lucidez e alegria, saúde e novas energias, a fim de que cumpras os teus deveres e te alcandores para os estuários da paz e do amor.

Camilo -
  J. Raul Teixeira
Por Sérgio Ribeiro

segunda-feira, 24 de março de 2014

Síndrome de Down na visão Espírita

Todo efeito tem uma causa. Logo, deduzimos haver uma causa para que esses espíritos vivam tal experiência, causa justa, levando-se em consideração a infinita bondade e justiça de Deus.
Todos os obstáculos que não resultem de ações na vida atual procedem de atitudes nas reencarnações passadas.
A Providência Divina permite que determinados espíritos reencarnem nesta condição, para aprenderem uma grande lição através do constrangimento a que ficam sujeitos, totalmente impossibilitados de se manifestarem normalmente.

Os amigos espirituais alertam: a imensa maioria dos casos de crianças portadoras de deficiência física e/ou mental são aqueles que se voltaram contra si mesmos, buscando o fim de dificuldades, na porta ilusória do suicídio. Ou então, são indivíduos que em encarnação passada abusaram da inteligência, de seu saber, para o mal, para enganar os outros, explorando-lhes a ignorância ou a boa-fé, inventores de engenhos de morte ou os que estragaram seus corpos carnais cultivando o vício.

O remorso, aliado aos prejuízos causados pelo ato infeliz, faz que o espírito não disponha de condições nem de méritos para reencarnar num corpo físico isento de quaisquer lesões. Sabemos que o perispírito é um arquivo minucioso e implacável de nossos menores atos bons e maus. Os excepcionais, quando reencarnam, trazem gravados em seus cérebros espirituais o mal que maquinaram contra seu próximo e, pela lei da causa e do efeito, contra si mesmos. Porque, todo mal que praticarmos contra o próximo, somos nós os primeiros lesados.

Pois bem, para tirarem essa crosta maléfica que o perispírito deles guardam, só há um meio: "reencarnarem". E o corpo de carne funciona então como um filtro através do qual se escoará aquele lodo moral que ali se formou; esse lodo só deixará a inteligência do excepcional funcionar normalmente depois de se ter escoado por completo, ou seja, limpado o perispírito porque, enquanto houver um resquício desse lodo moral ali depositado, a inteligência não funcionará direito embaraçada por ele.

"QUAL A PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NA DÍVIDA?"

Os pais, como em qualquer ambiente doméstico, trazem vínculos profundos com seus filhos, carregando uma parte dos motivos que ocasionaram a queda desses espíritos, e, como tal, devem lutar e sofrer com eles. Por outro lado, podem ser espíritos com grande capacidade de amar que voltaram a Terra, para amparar essas criaturas em tão difícil experiência reparatória.

"QUAL A PERCEPÇÃO DA CRIANÇA EXCEPCIONAL?
Não pensemos que a existência como excepcional seja perdida em termos de aprendizado. O espírito sofre não poder manifestar-se, contudo mantém todas as suas faculdades e gradativamente aprenderá a não utilizá-las mal. Crianças excepcionais significam, muitas vezes, o retorno de grandes intelectuais, gênios que caíram no orgulho e no abuso. Os mentores da vida maior elucidaram a Kardec: "A superioridade moral nem sempre guarda proporção com a superioridade intelectual". Sobretudo, quando fora do corpo, tem - de acordo com o grau evolutivo de cada um - percepção da situação e da prova a que estão submetidos. Chico Xavier elucida como se sentem e como são tratadas: "Sentem e ouvem, registram e sabem de que modo são tratadas; elas são profundamente lúcidas na intimidade do próprio ser".

E QUANDO HÁ REJEIÇÃO DOS PAIS?
Infelizmente, existem pessoas que se julgam despreparadas para superarem determinados testes, passando a agir de maneira irresponsável, fugindo às próprias obrigações para com os mecanismos da lei de causa e efeito. Semelhante fuga ocasiona o agravamento do problema, comprometendo toda a programação reencarnatória, adiando, não raro, para muito longe, a reparação e a retomada do crescimento espiritual. Quando Deus nos confiar semelhante tarefa, utilizemos o recurso incondicional do Evangelho, a nos preparar e auxiliar em quaisquer testes, superando, desde os menores obstáculos, até as montanhas das grandes provas. Não fujamos dos testes que nos apresentam. Pais espíritas, toda prova no lar é bafejo da confiança que desce dos "Céus", gravando em nossos corações - à custa de lutas e alegrias, sofrimentos e satisfação - a legenda divina do amor e da justiça, da bondade e da misericórdia, que, proferida pelo meigo Rabi da Galiléia, ainda ecoa na acústica de nossas almas: "Todas as vezes que isso fizestes a um destes mais pequeninos dos meus irmãos, foi a mim mesmo que o fizestes".

Compilação de Rudymara

Fonte: GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC

Por Cepal André Luis

domingo, 23 de março de 2014

Sentenciados

Os irmãos reeducandos, refugiados nas penitenciárias, efetivamente não se encontram sozinhos.
Retidos em prisões sem grades, em quase todos os lugares da Terra, surpreendemos sentenciados diversos, dentre os quais salientamos:
- Os presidiários das tribulações longas e dolorosas;
- Os réus do remorso, que gemem sob o peso de culpas que ocultam inconfessadas, no imo da consciência;
- Os detentos da rebeldia, que nunca se satisfazem com os recursos que a vida lhes coloca nas mãos;
- Os prisioneiros do sofrimento nas trevas da inconformação, que se recusam a sair do labirinto de negação em que se escondem, fugindo à luz da consolação;
- Os irmãos que choram e, ao mesmo tempo, se encarceram em lamentações sem proveito, na teimosia e no desespero, repelindo a terapêutica do perdão e do trabalho que se lhes faria estrada libertadora;
- Os encadeados da angústia que se levantam contra os espinhos das grandes provações, suscetíveis de reconduzi-los ao equilíbrio e à paz de que se reconhecem distantes.
Ainda mesmo perante os irmãos considerados delinquentes, abstém-se de condenar.
Todos nós, espíritos endividados ante as Leis de Deus, se abrirmos o próprio íntimo, diante de companheiros que se empenham a conhecer-nos, ei-los a soletrarem esta frase com as nossas próprias lágrimas, no portal de entrada de nosso coração: - Compadece-te de mim.

Emmanuel- Francisco Cândido Xavier.
Livro: O Essencial. Lição nº 19. Pág. 61.

sábado, 22 de março de 2014

Eternidade

O que eu tenho não me pertence embora faça parte de mim.

Tudo o que sou me foi um dia emprestado pelo Criador, para que eu possa dividir com aqueles que entram na minha vida.

Ninguém cruza nosso caminho por acaso e nós não entramos
na vida de alguém sem nenhuma razão.

Há muito o que dar e o que receber; há muito o que aprender,
com experiências boas ou negativas.

É isso...tente ver as coisas negativas que acontecem com você como algo que acontece por uma razão precisa. E não se lamente pelo ocorrido, além de não servir de nada reclamar, isso vai lhe vendar os olhos para continuar seu caminho.

Quando não conseguimos tirar da cabeça que alguém nos feriu, estamos somente reavivando a ferida, tornando-a muitas vezes bem maior do que era no início.

Nem sempre as pessoas nos ferem voluntariamente. Muitas vezes somos nós que nos sentimos feridos e a pessoa nem mesmo percebeu; e nos sentimos decepcionados porque aquela pessoa não correspondeu às nossas expectativas. E sabemos lá quais eram as suas expectativas?

Nós tanto nos decepcionamos quanto decepcionamos os outros. Mas, claro, é bem mais fácil pensar nas coisas que nos atingem. Quando alguém lhe disser que o magoou sem intenção, acredite nela!

Vai lhe fazer bem, assim, talvez ela poderá entender quando você, sinceramente, disser que “foi sem querer.”

Dê de você mesmo o quanto puder! Sabe, quando você se for, a única coisa que vai deixar é a lembrança do que fez aqui. Seja bom, tente dar sempre o primeiro passo, nunca negue uma ajuda ao seu alcance, perdoe e dê de você mesmo.

SEJA UMA BENÇÃO!

Deus não vem em pessoa para abençoar. Ele usa os que estão aqui dispostos a cumprir essa missão.

Todos nós podemos ser anjos.

A eternidade está nas mãos de todos nós. Viva de maneira que quando você se for, muito de você ainda fique naqueles que tiveram a boa ventura de encontrá-lo!!!

Chico Xavier

quinta-feira, 20 de março de 2014

As consequências do Suicídio para o Espírito

Muitas são as consequências para os que atentam contra própria vida, porém as mesmas são variáveis para cada espírito, pois há de se levar em conta os motivos do crime e as condições utilizadas para praticá-lo. Em comum, as consequências para os suicidas, são os sofrimentos provocados por ele mesmo.
Um suicida no plano espiritual torna-se escravo da própria consciência e é acometido por um grande sentimento de culpa, o que lhe causa dor, portanto, aqueles que se suicidam pensando em colocar fim no próprio sofrimento enganam-se, pois após o desencarne passam por grandes dificuldades causadas por seu ato criminoso e posteriormente tem de voltar à vida terrena para passar pelas mesmas provações que os fizeram sucumbir.
Como o desencarne de um suicida acontece de forma violenta, o perispírito permanece lesionado, causando um grande desajuste no espírito. Na maioria dos casos é necessário submetê-lo a uma reencarnação compulsória para reajustar sua organização espiritual, tendo de estagiar em corpos físicos atrofiados, o que pode explicar alguns casos de crianças que nascem em estado de completa idiotia ou deficiência física.
Tudo depende de onde está a lesão no perispírito. Por exemplo, um suicida que desencarnou disparando uma arma de fogo contra o crânio, pode retornar à matéria portando uma deficiência mental, correspondente a região comprometida pelo projétil. Se a lesão acometeu uma parte do cérebro responsável pela fala, a criança nasce muda, se lesionou o nervo óptico, pode nascer cega e assim por diante.
Se o suicida desencarnou enforcando-se, é natural renascer com a vértebra fraturada, se ingeriu substâncias químicas, terá seu aparelho digestivo comprometido. Todas essas provações causam ao suicida muito sofrimento.
Quando o suicídio é acompanhado de um homicídio, as consequências são ainda maiores. Também não é raro o suicídio comprometer a reencarnação de outros espíritos, como por exemplo, os familiares que ficam em dificuldade. Tudo isso são agravantes ao espírito imprudente.
Mas como dissemos anteriormente, as consequências dependem dos fatores determinantes, pois não há efeito sem causa.

Blog Espiritismo em Cristo

Por  Luz da Existência

domingo, 16 de março de 2014

O Fim das materializações de Chico Xavier

Em 1953, Chico estava na cabine quando a sala foi iluminada por uma espécie de relâmpago. Segundo o livro Mandato de Amor: "Já era bem tarde, Chico ainda estava na cabine, quando se materializou uma entidade, cujo porte e luminosidade demonstraram-nos grande superioridade. A porta por onde adentrou o recinto evidenciou-lhe a estatura elevada. Profundo silêncio se fez, embora sussurros se fizessem ouvir:
— Emmanuel?!?
Ali estava o abnegado servidor de Cristo, o ex-senador romano!
Arnaldo Rocha assim descreve a profunda emoção causada pela materialização daquela singular e inesquecível presença: A materialização de Emmanuel foi magnífica! Emmanuel é um belíssimo tipo de homem. Atlético, alto, provavelmente 1 metro e 90 centímetros de altura. Sua voz clara, forte, baritonada, suave mas enérgica, impressionou-nos muito. O andar e os gestos elegantes, simples, porém aristocráticos. No grande e largo tórax um luzeiro multicolorido. Na mão direita, erguida, trazia uma tocha luminescente e sua presença sempre irradiava paz, harmonia, beleza e felicidade."
E ele falou a todos:
- Amigos, a materialização é fenômeno que pode deslumbrar alguns companheiros e até beneficiá-los com a cura física. Mas o livro é chuva que fertiliza lavouras imensas, alcançando milhões de almas. Rogo aos amigos a suspensão destas reuniões a partir desse momento.
Pelo visto, a espiritualidade só permitiu essas materializações para atrair o interessa para a doutrina espírita. De fato, não faz muito sentido espíritos ficarem se exibindo para satisfazer a curiosidade humana, a menos que isso sirva para que os humanos se interessem em estudar, progredir, mudar suas atitudes menos nobres, e foi por isso que depois disso Chico se dedicou apenas a psicografar. E psicografou muito!

Chico Xavier/Emmanuel

Laços Espirituais

Desde o momento da concepção do ser humano na terra, o espírito que irá encarnar aquele corpo que está sendo gerado, já está presente e acompanha a mãe durante a gravidez?


 Ou somente no momento do nascimento, quando o ar entra pela primeira vez em seu corpo físico, o espírito então vem, de lugares distantes, e se dá então, a união do espírito com o corpo?
Em muitos casos há um preparo anterior.
Quando o espírito vem à Terra para um resgate em família, quando tem provas a passar, quando há afinidade com a família na qual deve reencarnar, há uma aproximação anterior.
Geralmente, a mãe encontra o futuro filho durante o desprendimento pelo sono.
Mas existem casos, geralmente quando há uma relação sexual inconsequente, sem vínculos, quando não há espiritualização por parte dos futuros pais, o espírito reencarnante se liga no momento da concepção, mas sem preparo anterior.
Quando são espíritos rebeldes, suicidas, etc..., são levados à reencarnação apenas no momento da concepção.
Existem, ainda, raros casos de corpos onde não há espírito habitando.
São casos em que a gravidez, o parto, o nascimento apenas servem como resgate ou prova para os pais.
O corpo terá vida vegetativa, durando poucos minutos, ou até horas, mas sem chance de vida.
Ou ainda, haverá um aborto natural.

Mas nunca há ligação do espírito tempo depois da concepção, mesmo porque o corpo é determinado para funções que o espírito deverá vivenciar, nessa nova vida.

Fonte:Espiritismo Perguntas e Resposta

sábado, 15 de março de 2014

Abortos espontâneos

Por que, para certas mulheres que desejam muito ser mães,
ocorrem aborto espontâneo?

O que acontece, nesses casos, ao Espírito que se preparava para reencarnar naquele corpo que estava em formação?

Uma senhora narrou uma experiência muito interessante.
Ela estava grávida e feliz. Estava no quarto mês de gestação.
Os exames preliminares lhe haviam anunciado o sexo da criança:
seria um menino, e ela se apressara a começar chamá-lo de André.
Então, uma noite, ela sonhou que estava deitada em um leito de hospital, sem apresentar o ventre desenvolvido, próprio da gravidez.
Estranhou, pois não conseguia entender o que acontecera. Levantou-se e foi até a janela do quarto. Um jardim se descortinava abaixo e nele um garotinho lhe sorria e a saudava com sua mãozinha.
Ela o olhou e lhe disse: - Até breve, meu tesouro. O nosso é somente um até breve, não um adeus.

Despertando, horas depois, Giovanna precisou ser encaminhada
ao Hospital da localidade, sob ameaça de um aborto.
A médica, auxiliada por sua equipe, se esforçou ao máximo,
sem conseguir evitar o aborto espontâneo.
Uma grande tristeza invadiu aquele coração materno,
ansioso pelo nascimento de mais um filho.
Desalentada e triste, chorou até se esgotarem as lágrimas. E o sonho da noite anterior então teve sentido para si: seu filhinho viera se despedir. E ela se despedira dele. Fora o anúncio da tristeza que estava a caminho e que invadiria aquele coração feminino.
Talvez, mais tarde, em um outro momento, ele pudesse retornar,
em nova tentativa gestacional. Mesmo porque, conforme o sonho,
fora uma despedida temporária.

Por que ocorrem abortos espontâneos? 

Allan Kardec, interessou-se pela delicada questão.
Em síntese, esclarecem os mensageiros celestes que, as mais das vezes, esses eventos espontâneos têm por causa as imperfeições da matéria,ou seja,as condições inadequadas do feto ou da gestante.O Espírito reencarnante, temeroso das lutas que terá que enfrentar na vida de logo mais, desiste da reencarnação, volta atrás em sua decisão.
Retirando-se o Espírito que presidia ao fenômeno reencarnatório,
a criança não vinga, a gestação não chega a termo.
A gestação frustrada é dolorosa experiência para os pais
e para o Espírito em processo reencarnatório.
Como não existe sofrimento sem causa anterior, chega a esses corações, como medida salutar para ajuste de débitos anteriores.
Para o Espírito que realizava a tentativa, sempre preciosa lição.
Retornará à vida terrena, após algum tempo, em novas cirtunstâncias.

Para quem aguarda o nascimento de um filho, se constitui em 
doloroso transe a frustração do processo da gestação.
De um modo geral, volta o mesmo Espírito,
superadas as dificuldades, para a reencarnação.
Se forem inviáveis as condições para ser agasalhado no ventre que elege para sua mãe, engendra outras formas de chegar ao lar paterno.
É nessas circunstâncias que a adoção faz chegar a pais não
biológicos o filho inestimável do coração.

Redação do Momento Espírita

Por Cepal André Luis

Amar o próximo como a si mesmo

O Cristianismo, fundamentado no conceito sublime do "amar ao próximo como a si mesmo", abriu as primeiras portas da compaixão e da misericórdia aos portadores de lepra, nos dias difíceis dos séculos passados. Proliferaram, assim, os lazaretos,onde cada recém-chegado era considerado como "se fosse o próprio Cristo que ali se hospedava", passando a receber a caridade da assistência e o socorro do amor fraterno. Muito deve a Humanidade a esses primeiros hospitais, se levarmos em consideração a época de ignorância e promiscuidade, de imundície e indiferença humana, em que se multiplicaram.
Se o passado é nossa sombra de dor, o futuro significa a nossa primavera de bênçãos, conforme o presente ao nosso alcance. As trevas cedem ante a luz, e o sofrimento desaparece em face à alegria da esperança e ao consolo da consciência em tranqüilidade. Ninguém paga além do débito a que se vincula. O amor, porém, é o permanente haver, em clima de compensação de todas as desgraças quer por acaso hajamos semeado, recompensando-nos o espírito pelo que fizermos em nome do bem e realizarmos em prol de nós mesmos.
Não receies, nem temas, nunca! O pântano desprezível é desafio ao nosso esforço para mudar-lhe o aspecto, e a aridez do deserto é incitação à nossa capacidade de transformá-la em jardim de esperanças e em pomar de bênçãos...Imprescindível começar agora a nossa obra de aprimoramento interior, enquanto surge a oportunidade favorável. Amanhã, talvez seja tarde demais, e o minuto valioso já se terá esvaído na ampulheta do tempo. Cada coração é nosso momento de produzir. Cada sofrimento é a nossa quota de reparação. O adversário significa o solo a trabalhar, esperando por nós, enquanto o amigo é dádiva de que nos devemos utilizar com respeito e elevação.

Espírito Victor Hugo
Divaldo P. Franco em “Sublime Expiação”.
Por Sérgio Ribeiro

quinta-feira, 13 de março de 2014

Aprender e Refazer

Todos os Espíritos desencarnados, que se atrasam em pesadelos da revolta, acordam, um dia.
Surge-lhes o arrependimento, no âmago do ser, em lágrimas jubilosas, quais se fossem prisioneiros repentinamente libertos.
Derruída a masmorra de trevas em que jaziam encadeados, respiram, enfim, a grande emancipação, junto dos amigos que lhes estendem os braços. Observam, porém, a sombra que ainda carregam, contrastando com a luz em que se banham transfigurados, e suspiram por merecê-la; sentem-se, aí, na condição de pássaros mutilados, e reconhecerem o valor da experiência física, em que lhes cabe refazer as próprias asas, e volvem ansiosos, à procura do antigo ninho de serviço e de amor, que os alente e restaure. Quase sempre, contudo, ensejos passaram, paisagens queridas alteraram-se totalmente, facilidades sumiram e afetos abandonados evoluíram noutros rumos...
Ainda assim, é necessário lutar na conquista do recomeço.
Personalidades do poder transitório, que abusaram do povo, assistem às privações das classes humildes, verificando o martírio silencioso dos que se levantam cada dia, para a contemplação da própria miséria; avarentos que rolaram no ouro regressam às paredes amoedadas dos descendentes, acompanhando os mendigos que lhes recorrem à caridade, anotando quanto dói suplicar migalha a corações petrificados no orgulho; escritores que se faziam especialistas da calúnia ou do escândalo tornam à presença dos seus próprios leitores, examinando os entorpecentes e corrosivos mentais que segregavam impunes; pais e mães displicentes ou desumanos voltam ao reduto doméstico dos rebentos desorientados, considerando as raízes da viciação ou da crueldade, plantadas por eles mesmos; malfeitores, que caíram na delinquência, socorrem as vítimas de criminosos vulgares, avaliando os processos de sofrimento com que supliciavam a carne e a alma dos semelhantes...
Mas isso não basta.
Depois do aprendizado, é preciso retomar o campo de ação, renascer e ressarcir, progredir e aprimorar, solvendo débito por débito, perante a Lei.
*
Companheiro do mundo, se o conhecimento da reencarnação já te felicita, sabes que a existência na Terra é preciosa bolsa de trabalho e de estudo, com amplos recursos de pagamento. Assim, pois, seja qual for à provação que te assinala o caminho, sofre, amando, e agradece a Deus.

Emmanuel -Chico Xavier
Reformador (FEB) Novembro 1961

O que acontece com o espírito durante um coma profundo?


Partindo do princípio da reencarnação nosso espírito é eterno e sobrevive após à morte. Tivemos muitas vidas e reencarnaremos seguidamente até atingir a perfeição. Seja na Terra ou em outros mundos.
O sofrimento não é um castigo divino, mas uma consequência dos nossos atos impensados ou egoístas. O sofrimento pode ser opcional. Se nós repararmos o erro não teremos necessidade de sofrer.Podemos pagar o Mal com o Bem.Mesmo as provas mais dolorosas tem como fim a libertação do espírito e sua evolução.
A nossa matéria ainda é muito grosseira. Ela abriga o perispírito e o espírito. O perispírito é uma espécie de invólucro semi-material que envolve a matéria. Para entender melhor imagine as várias camadas de uma cebola descascada.
O espírito é nossa essência mais pura. O perispírito adquire a forma da encarnação atual. Após à morte, dependendo da sua evolução, pode mudar sua aparência.Geralmente,mantém a aparência da sua última encarnação na Terra para ser reconhecido por seus parentes através da mediunidade de vidência, psicofonia, ou psicografia.
O espírito plasma essa mudança através do processo mental.Uma característica de espíritos mais evoluídos. Espíritos atrasados têm dificuldades em atravessar paredes e portas. Seu perispírito ainda é muito grosseiro.A aparência de um espírito desencarnado provém de sua evolução espiritual. Um espírito evoluído sempre tem muita luz e o médium sente bem estar quando o vê ou sente sua presença.
A doença aparece por conta de karmas negativos contraídos na vida atual ou vidas passadas.Pode ser a consequência de uma vida desregrada, ambiente e alimentação. Mas Deus nos deu a cura e reabilitação através da ciência, medicina, dos medicamentos.
O que acontece quando uma pessoa adoece e entra em coma no hospital? 
Seja pela própria doença ou por coma induzido. O coma induzido é aquele provocado por medicações fortes para auxiliar no tratamento médico. Algumas doenças cerebrais podem provocar o coma, acidentes e outros males. Algumas pessoas permanecem em coma por muitos dias e até anos. Parecem dormir e algumas precisam de auxílio de máquinas até para respiração.
Algumas voltam à consciência, outras não. Quando os neurônios morrem o restabelecimento é impossível. Algumas famílias , nesse momento de dor, doam os órgãos sadios do familiar querido. Essa atitude tem salvado muitas vidas através dos transplantes.
A pessoa pode sentir o carinho e ouvir os entes queridos mesmo estando inconsciente. Seu corpo material dorme, mas o espírito permanece desperto.Conversam com parentes desencarnados e seu espírito pode se deslocar para outros planos. Outras ficam ao lado do corpo e observam tudo o que acontece à sua volta: o movimento dos médicos e enfermeiros no hospital e os ruídos naturais de uma U.T.I ,etc. Sentem as emoções, mas não conseguem expressá-las. O corpo jaz imóvel no leito.
A diferença é a lembrança. Soube de um rapaz que sofreu um acidente de moto e ficou em coma por alguns dias. Quando acordou do coma se lembrou das conversas entre os médicos e sentiu o sofrimento dos entes queridos. E descreveu uma cena de uma encarnação passada com muitos detalhes.
O corpo dorme, mas o espírito fica alerta. Conversar com o doente pode ajudar na sua recuperação. Mesmo que ele não mova um músculo, sentirá o seu carinho.
Algumas pessoas ficam em coma por vários anos e mesmo ,após o desligamento das máquinas,continuam vivas. Pode ser uma prova que elas mesmo escolheram quando programaram sua reencarnação. Ou até um repouso para a matéria e fase de reflexão para o espírito.
Algumas pessoas despertam do estado de coma e não tem lembrança desse período.O estado de coma é um sono longo e profundo.
Quando dormimos nosso espírito sai do corpo e pode entrar em contato com entes queridos em outros planos siderais.

A prece e o carinho da família podem acelerar o processo de cura.

Fonte: Relax Mental
Por Cepal André Luis

terça-feira, 11 de março de 2014

Divaldo e o Padre

Certa vez, fui a um padre confessar (antes de tornar-me espírita). Contei-lhe sobre minhas comunicações com os mortos. Para ele eram forças demoníacas tentando me afastar da Igreja. Veio-me uma mágoa de Deus e comecei a questionar:
- Sou um bom católico, bom sacristão, adoro a Igreja, faço jejum, passo a semana da Páscoa sem comer até o meio-dia. Se Deus não pode com o diabo, eu vou agüentar? O diabo vai me vencer. Como um garoto de 17 anos, do interior, ingênuo, pode vencer o diabo se nem Deus consegue?
Entrei em depressão e fiquei com mágoa de Deus. Confessei-me ao padre:
- Eu vou me matar. Nossa Senhora do Carmo vai ter pena de mim, vai me colocar o escapulário e me tirar do inferno.
Ele me olhou demoradamente e respondeu:
- Não tome nenhuma atitude agora. O demônio às vezes nos perturba para testar a nossa fé; quando não consegue, abandona. Volte para a Igreja.
Era um homem honesto, acreditava piamente em suas idéias.
Um dia, ao confessar-me a ele, vi aproximar-se um Espírito. Tive outro conflito:
- Como pode o diabo entrar na sacristia?
Aliás eu via sempre os Espíritos. no momento da eucaristia a hóstia tornava-se luminosa quando colocada na minha boca. Às vezes, em Feira de Santana, via o cônego Mário Pessoa aureolado. No meu entendimento (católico), ele era um santo. As pessoas na hora da fé se iluminavam e eu julgava tudo alucinação.
Quando o Espírito entrou, exclamei:
- Olha, o diabo está vindo, e é mulher!
- Você vê algum sinal particular no rosto dela? - indagou-me o padre.
- Vejo uma verruga acima do lábio.
- E o que mais?
- O cabelo está partido ao meio, penteado com um coque atrás.
- E o que mais?
- Vejo um xale sobre os ombros, com pontas, um xale negro de xadrez.
- Pode ficar tranqüilo, é mamãe.
Ela "incorporou" e conversou com o padre. Quando despertei, ele me esclareceu:
- Divaldo, mamãe veio me alertar. A sua missão não é aqui, vá seguir a tarefa que Deus lhe confiou, porque o bem está em todo lugar.
Fiquei mais tumultuado, porque eu não era espírita, tinha medo, sentia-me de certo modo alijado da Igreja, mas continuava a freqüentá-la e ao Centro Espírita.
Tinha conflitos de fé, principalmente quando morreu minha irmã, por suicídio. Mamãe foi encomendar missa a esse mesmo sacerdote, um homem bom, e ouviu dele:
- Dona Ana, não posso celebrar, porque o suicida está no inferno e Deus não o tira de lá.
Foi quando aprendi a primeira lição de lógica e de psiquiatria, com uma mulher iletrada - a minha mãe:
- Padre, então eu renego o seu Deus. Se Ele não é capaz de perdoar não é digno de ser Deus. Sou lavadeira modesta e analfabeta, mas a filha que perdi, eu a perdôo; como é que Deus, que a tem, não a perdoa? Digo mais, quem se mata não está no seu juízo.
Mais tarde eu viria saber que muitos portadores de psicose maníoco-depressiva PMD, vão ao suicídio.
Aprendi muito com esse homem, com mamãe, e quando eu lhe disse que não iria mais à igreja, ela me respondeu:
- Deus está em todo lugar. Se você for justo e agir com retidão, Ele estará com você. Faça o bem, meu filho, porque a verdadeira religião é aliviar o sofrimento alheio.
A partir desse acontecimento integrei-me lentamente ao Espiritismo.

http://grupoallankardec.blogspot.com.br

Por Luz da Existência

Para onde vai um suicida?

Cada espírito é uma história.

Alguns suicidas sentem-se presos ao corpo de tal modo que, leva-os a ver e sentir os efeitos da decomposição; outros vão para as regiões umbralinas (região destinada a esgotamento de resíduos mentais); outros ainda, como conta no livro “Memórias de um suicida”, tornam-se presas de obsessores, que as vezes, também foram suicidas, entidades perversas e criminosas, que sentem prazer na prática de vilezas, e que continuam vivendo na Terra ao lado dos homens, contaminando a sociedade, os lares terrenos que não lhes oferecem resistências através da vigilância dos bons pensamentos e prudentes ações. Esses infelizes unem-se, geralmente, em locais pavorosos e sinistros da Terra, afinados com seus estados mentais como: florestas tenebrosas, catacumbas abandonadas dos cemitérios, cavernas solitárias de montanhas muitas vezes desconhecidas dos homens e até antros sombrios de rochedos marinhos e crateras de vulcões extintos. Eles aprisionam, torturam por todas as formas, desde maus tratos físicos e da obscenidade, até a criação da loucura para mentes já torturadas por sofrimentos que já lhes são pessoais, etc.

QUANTO TEMPO OS SUICIDAS FICAM PRESOS AO CORPO FÍSICO?
Não há previsão para o tempo que os suicidas ficam presos ao corpo vendo sua decomposição, vagando nas regiões umbralinas, prisioneiros de obsessores, etc. Isso varia de espírito para espírito. É o tempo que levam para harmonizar sua mente e entenderem o apoio que está sendo dado a ele. Pois, há grupos de socorro para os Espíritos que sofrem. No Vale dos Suicidas, por exemplo, o grupo de trabalhadores é chamado de: Legião dos Servos de Maria, pois o Vale é chefiado pelo grande Espírito de Maria de Nazaré.

TODO SUICIDA VAI PARA O VALE DOS SUICIDAS?A médium Yvonne Pereira, em seu livro “Memórias de um Suicida”, fala do Vale dos Suicidas. Entretanto, há notícias de outros suicidas que não foram para o referido Vale. O próprio Camilo (personagem principal do livro) diz que não sabe como acontece os trabalhos de correção para suicidas nos demais núcleos ou colônias espirituais.

COMO REENCARNA UM SUICIDA?

Geralmente renascem com defeito ou deficiência no órgão afetado. E o resgate também não é igual para todos. Por exemplo: Jerônimo, personagem do livro “Memórias de um suicida”, que se matou com um tiro no ouvido porque sua empresa faliu, deixando esposa e filhos em situação difícil, reencarnou em família rica, com o propósito de não formar família, montar uma instituição para crianças órfãs, e ir à ruína financeira novamente, para ter que lutar com coragem. Seria um teste para ele; Camilo, personagem principal do livro referido, tornou-se grande trabalhador no Vale dos Suicidas, e após 50 anos reencarnou para cegar aos 40 anos e desencarnar aos 60 anos. Como vemos, ambos deram um tiro no ouvido, mas o resgate foi diferente.

É ERRADO MATAR-SE PARA ENCONTRAR COM O ENTE QUERIDO?

Além de ser errado adiará ainda mais o reencontro com este ente querido. No livro O Céu e o Inferno, de Allan Kardec, 2ª parte, capítulo V, há um relato de uma mãe que suicidou-se logo após a desencarnação de seu filho. Sua intenção era acompanha-lo. Mas não aconteceu o esperado.

É ERRADO MATAR-SE PARA SALVAR UMA VIDA?


Sacrificar sua vida para salvar outra, só sem intenção de morrer. Exemplo: bombeiro. Suicídio, nunca! Portanto, deixemos claro que, só Deus tem o direito de retirar a vida. Deus não castiga o suicida, é o próprio suicida quem se castiga, através de sua consciência pesada. O tribunal do suicida (e de todos nós) é a sua própria consciência. Se o ato do suicida é covarde ou corajoso, não podemos precisar, porque há casos de loucura, onde o suicida, por estar em estado de demência, não pode avaliar o crime que está cometendo. No caso de Getúlio Vargas, ex-presidente do Brasil, diz Emmanuel, que ele não foi considerado como suicida, uma vez que evitou uma guerra civil com sua morte. Como vemos, cada caso é um caso. Por isso, aprendamos a não julgar pela aparência. Pois, não sabemos se já fomos ou estamos sendo suicidas indiretos, ou seja, aquele que se mata devagarzinho, todos os dias através de vícios, excesso alimentar, sexo desregrado, etc. Nossos sentidos são primários e não temos direito de julgar. Só há um juiz, perfeito e infalível: DEUS. Para nós cabe a caridade da prece à esses irmãos.

NÃO SE MATE, VOCÊ NÃO MORRE.
Fonte da Pesquisa: Grupo de Estudos Allan Kardec-Site

Cepal André Luis

segunda-feira, 10 de março de 2014

por um mundo melhor

Na casa de meu Pai há muitas moradas. Jesus (João – 14:2)
Provas e expiações refletem, na Terra, o estado de inferioridade da humanidade que a habita.
Mundos felizes serão a morada daqueles que já se libertaram de suas sombras espirituais.
Que fazer para que a Terra deixe de ser um mundo de sofrimento para se tornar em um mundo feliz?
Por um sopro da Vontade Divina ou pela vontade do próprio Homem?
Qual dessas duas proposições seria a mais justa?
Deus não criou o sofrimento. A dor é criação do Homem, quando fere a Lei Divina, que recomenda o amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
A glória da paz e a felicidade perfeita devem ser, portanto, conquistas do próprio Homem, à medida que se rearmoniza com a Lei.
Deus deseja que a Sua Criatura construa a sua própria ventura, por isso, Jesus afirmou: Vós sois Deuses, querendo dizer-nos que todos possuímos as potencialidades indispensáveis à construção de nossa felicidade total, desde que o queiramos.
Assim, não choremos perdidos nas considerações das desventuras que encontramos ainda na Terra. Paremos para refletir de que maneira temos contribuído para que elas se diluam dentro do Tempo e concluiremos que não existe outra forma senão a de modificarmos o nosso mundo interior, modificando nossos pensamentos, nossos atos e intenções.
Iluminemos nossos lares com a luz da prece, criemos alegria junto aos nossos parentes, amigos, vizinhos, colegas de profissão...
Aceitemos amorosamente as nossas tarefas; cumpramos nossos deveres com dedicação; formulemos votos de paz por onde passarmos e, decerto, a Terra passará a refletir essas partículas de luz e de harmonia que acendermos dentro de nós, irradiando-as para fora de nós.
Sobretudo, liberemos a nossa Terra dos nossos queixumes e lágrimas vãs, aceitando os nossos sofrimentos que representam o tributo à nossa rearmonização com a Divina Lei e a Terra – Mãe dadivosa – há de, brevemente, projetar-se no concerto dos Mundos como a morada de Espíritos eleitos.
Cada um de nós é, também, um mundo por si, vivendo, nos dias que passam, momentos difíceis de transição.
Assumamos uma posição de tranquilidade frente a esses momentos, os quais são indispensáveis ao nosso aperfeiçoamento.
Iluminemos com a luz da fé o nosso mundo interior, e a alegria passará a habitar em nós, substituindo as queixas e lamentações.
Mantenhamos a certeza de que as moradas felizes da Casa do Pai começam a ser construídas por nós mesmos, e serão fatalmente a nossa herança dentro do Infinito dos Tempos.
Trabalhemos, pois, no sentido de melhorarmo-nos dia a dia, a fim de que possamos atender às recomendações do Mestre:
− Brilhe a vossa luz diante dos Homens para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem o Pai Celeste.

Aurélio (Espírito)
‘Evangelho e Vida’ – Ed Lar de Tereza 2004

Por Sérgio Ribeiro

sexta-feira, 7 de março de 2014

Alzheimer uma doença espiritual. Será?

Um artigo interessantíssimo para ser lido e entendido como um todo.
Melhor ainda por quem tiver contatos com alguém nessa condição de doença de Alzheimer. Vai entender alguma coisa do assunto!

Alzheimer acima de tudo é uma moléstia que reflete o isolamento do espírito.

Queremos dividir com os leitores um pouco de algumas das observações pessoais a respeito dessa moléstia, fundamentadas em casos de consultório e na vida familiar – dois casos na família. Achamos importante também analisar o problema dos ‘cuidadores’ do doente (família).
Além de trazer à discussão o problema da precocidade com que as coisas acontecem no momento atual. Será que as projeções estatísticas de alguns anos atrás valem para hoje? Serão confiáveis como sempre foram? Se tudo está mais precoce, o que impede de doenças com possibilidade de surgirem lá pelos 65 anos de idade apareçam lá pela casa dos 50 ou até menos?
Alerta
- É incalculável o número de pessoas de todas as idades (até crianças) que já apresentam alterações de memória recente e de déficit de atenção (primeira fase da doença de Alzheimer). Lógico que os motivos são o estilo de vida atual, estresse crônico, distúrbios do sono, medicamentos, estimulantes como a cafeína e outros etc. Mas, quem garante que nosso estilo de vida vai mudar? Então, quanto tempo o organismo suportará antes de começar a degenerar? É possível que em breve tenhamos jovens com Alzheimer?

Alguns traços de personalidade das pessoas portadoras de Alzheimer
- Em nossa experiência, temos observado algumas características que se repetem:

a) Costumam ser muito focadas em si mesmas.
b) Vivem em função das suas necessidades e das pessoas com as quais criam um processo de co- dependência e até de simbiose.
c) Seus objetivos de vida são limitados (em se tratando de evolução).
d) São de poucos amigos.
e) Gostam de viver isoladas.
f) Não ousam mudar.
g) Conservadoras até o limite.
h) Sua dieta é sempre a mesma.
i) Criam para si uma rotina de ‘ratinho de laboratório’.
j) São muito metódicas.
k) Costumam apresentar pensamentos circulares e idéias repetitivas bem antes da doença se caracterizar.
l) Cultivam manias e desenvolvem TOC (transtorno obsessivo compulsivo) com freqüência.
m) Teimosas, desconfiadas, não gostam de pensar.
n) Leitura os enfastia.
o) Não são chegadas em ajudar o próximo.
p) Avessas á prática de atividades físicas.
q) Facilmente entram em depressão.
r) Agressivas contidas.
s) Lidam mal com as frustrações que sempre tentam camuflar.
t) Não se engajam.
u) Apresentam distúrbios da sexualidade como impotência precoce e frigidez.
v) Bloqueadas na afetividade e na sexualidade. Algumas têm dificuldades em manifestar carinho, para elas um abraço, um beijo, um afago requer um esforço sobre-humano.

Gatilhos que costumam desencadear o processo:


- Na atualidade a parcela da população que corre mais risco, são os que se aposentam – especialmente os que se aposentam cedo e não criam objetivos de vida de troca interativa em seqüência. Isolam-se.
Adoram TV porque não os obriga a raciocinar, pois não gostam de pensar para não precisar fazer escolhas ou mudanças. Avarentos de afeto e carentes de trocas afetivas quando não podem vampirizar os parentes, deprimem-se escancarando as portas para a degeneração fisiológica e principalmente para os processos obsessivos. Nessa situação degeneram com incrível rapidez, de uma hora para outra.

Alzheimer e mediunidade
- No decorrer do processo os laços fluídicos ficam tão flexíveis que eles falam com pessoas que não enxergamos nem sentimos. Chegam a transmitirem o que dizem os desencarnados ou são usados de forma direta para comunicações.
Esta condição fluídica permite que acessem com facilidade o filme das vidas passadas (bem mais a última) – muitas vezes nesses momentos, nos nomeiam e nos tratam como se fossemos outras pessoas que viveram com eles na última existência e nos relatam o que ‘fizemos’ juntos, caso tenhamos vivido próximos na última existência. Vale aqui uma ressalva, esse fato ocorre em muitos doentes terminais e em algumas pessoas durante processos febris.

Obsessão
- É bem comum que a doença insidiosamente se instale através de um processo arquitetado por obsessores, pois os que costumam apresentar essa doença não são muito adeptos da ajuda ao próximo e do amor incondicional; daí ficam vulneráveis às vinganças e retaliações. É raro que bons tarefeiros a serviço do Cristo transformem-se em Alzheimer. Mas, quem é ou quais são os alvos do processo obsessivo? O doente ou a família?

Alzheimer – o umbral para os ainda encarnados
- O medo de dormir reflete, dentre outras coisas, as companhias espirituais nada agradáveis. Os ‘cuidadores’ desses pacientes tem mil histórias a contar e muitos depoimentos a fazer. Esse assunto merece muitos comentários.

O espírito volta para a vitrine

- Tal e qual o espírito que reencarna; pois na infância nosso espírito está na vitrine, já que ainda não sofreu a ação da educação formal. Esse tipo de doença libera toda a nossa real condição que, perde as contenções da personalidade formal e mostra sua verdadeira condição: nua e crua.
Para quê? Quem pode se beneficiar com isso? Serão os familiares mais atentos? Os profissionais da saúde?
Como médica, tive um caso curioso, nosso paciente se beneficiava na parte cognitiva com a medicação específica mas, tivemos que suspendê-la, pois, ele que antes parecia um ‘docinho de coco’, com o evoluir da doença, mostrou sua personalidade agressiva e manifestava-se de tal forma que chegou a ser expulso de uma clínica especializada pois do nada agredia os outros internos – na decisão de consenso optou-se por manter as tradicionais ‘camisas de força’ (remédios que todos conhecem).

Os cuidadores

- Mesmo com medo de ter que ‘cuidar de uma antiga criança mal educada’ como se tornam os portadores dessa doença; ela não deixa de ser uma oportunidade ímpar de desenvolvermos qualidades espirituais a ‘toque de caixa’. Feliz de quem encara essa tarefa sem dia sem noite, sem férias. Pena que algumas pessoas não sejam capazes de suportar tal tarefa com calma – Quem se arrisca a encarar com bom humor e realizar o que for possível ajudando a esse irmão? Serão os cuidadores vítimas ou felizardos? O que isso tem a ver com o passado? Cada qual que decida…

Quantos cuidadores se tornarão doentes?
- Alerta: ‘Cuidadores’ costumam não aprender nada e, repetem a lição para os outros, tornam-se ferramentas de aprendizado.
O que é possível aprender como cuidador? Paciência, tolerância, aceitação, dedicação incondicional ao próximo, desprendimento, humildade, inteligência, capacidade de decidir por si e pelo outro. Amor.

Para o ‘cuidador’ é diferente o Alzheimer rico do pobre?

- O que mais se vê é o pobre sendo cuidado pela família e o rico sendo cuidado por terceiros. Quem ganha o que e quanto? Terceirizar tem algum mérito? Tornar-se doente de Alzheimer na classe média é uma loteria; por quem ou onde seremos ‘cuidados’?

Cuidador ou responsável?
- Tal e qual na infância temos pais ou responsáveis, neste caso vale a mesma analogia.
O que o cuidador ganha ou perde?

- Vale a pena abdicar de uma tarefa de vida para cuidar de uma pessoa que tudo fez para ficar nessa condição de necessitado? – Quem ou o que dita os valores? Quem ganha ou perde o que? Em qual condições? – Na dúvida chame Jesus, Ele explica tudo muito bem…

O problema da obsessão
- Quem obsidia quem? Cuidador e doente são antigos obsessores um do outro – não é preciso recuar muito no tempo, pois mesmo nesta existência, com um pouco de honestidade dá para analisar o processo em andamento; na dúvida basta analisar as relações familiares, como as coisas ocorreram.
Não foi possível? – não importa; basta que hoje, no decorrer do processo da doença, avaliemos o que nos diz o doente nas suas ‘crises de mediunidade’: você fez isso ou aquilo, agora vai ver! – preste muita atenção em tudo que o doente diz, pois aí, pode estar a chave para entendermos a relação entre o passado e o presente.
Quem ganha e quem perde a briga? O doente parece estar em situação desfavorável, pois aparentemente perdeu a capacidade de arquitetar, decidir – mas, quem sabe ele abriu mão disso, para tornar-se simples instrumento de outros desencarnados que estão em melhores condições de azucrinar a vida do inimigo (alianças e conchavos) – Quem sabe?

A dieta influencia
- Os portadores da doença costumam ter hábitos de alimentação sem muita variação centrada em carboidratos e alimentos industrializados.
Descuidam-se no uso de frutas, verduras e legumes frescos, além de alimentos ricos em ômega3 e ômega6, devem consumir mais peixe e gorduras de origem vegetal (castanha do Pará, nozes, coco, azeite de oliva extra virgem, óleo de semente de gergelim).
Estudos recentes mostram que até os processos depressivos podem ser atenuados ou evitados pela mudança de dieta.

Doença silenciosa?

- Nem tanto, pois avisos é que não faltam, desde a infância analisando e estudando as características da criança, é possível diagnosticar boa parte dos problemas que se apresentarão para serem resolvidos durante a atual existência, até o problema da doença de Alzheimer.
Dia após dia, fase após fase o quadro do que nos espera no futuro vai ficando claro.
Fique esperto: Evangelize-se (no sentido de praticar não de apenas conhecer) para não precisar voltar a usar fraldas.

O mal de Alzheimer é hereditário? Pode ser transmitido?

- Sim pode, mas não de forma passiva inscrito no DNA, e sim, pelo aprendizado e pela cópia de modelos de comportamento. Lógico que pode ser contagioso; mas pela convivência descuidada fruto de uma educação sem Evangelização.

Remédios resolvem?
- Ajudar até que ajudam; mas resolver é impossível, ilógico e cruel se, possível fosse – pois, nem todos tem acesso a todos os recursos ao mesmo tempo.
Remédios usados sem a contrapartida da reforma no pensar, sentir e agir podem causar terríveis problemas de atraso evolutivo individual e coletivo; pois apenas abrandam os efeitos sem mexer nas causas. Tapam o sol com a peneira.

Remédios previnem?
- Claro que não – apenas adiam o inexorável.
Quanto a isso, até os cientistas mais agnósticos concordam.
Um dos mais eficazes remédios já inventados foram os grupos de apoio á terceira idade. A convivência saudável e as atividades que possam ser feitas em grupo geram um fluxo de energia curativa.
A doença de Alzheimer acima de tudo é uma moléstia que reflete o isolamento do espírito que se torna solitário por opção. O interesse pelos amigos é um bom remédio.

Qual a vacina?

- Desde que saibamos separar a vacina ativa da passiva.
O ato de nos vacinarmos contra a doença de Alzheimer é o de estudar as características de personalidade, caráter e comportamento dos que a vivenciam, para que não as repitamos.
A melhor e mais eficiente delas é o estudo, o desenvolvimento da inteligência, da criatividade e a prática da caridade. Seguir ao pé da letra o recado que nos deixou o Espírito da Verdade:
‘Amai-vos e instruí-vos’.
Quer evitar tornar-se um Alzheimer?
Torne sua vida produtiva, pratique sem cessar o perdão e a caridade com muito esforço e inteligência.
Muito mais há para ser analisado e discutido sobre este problema evolutivo que promete nos visitar cada dia mais precocemente, além das dúvidas que levantamos esperamos que os interessados não se furtem ao saudável debate.

Até breve. Muita paz…

Artigo.: Alzheimer: É Possível Evitar
Por.: Dr. Américo Marques Canhoto (Casado, pai de quatro filhos. Nasceu em Castelo de Mação, Santarém, Portugal. Médico da família, clinica desde o ano de 1978. Hoje, atende em São Bernardo do Campo e São José do Rio Preto, Estado de São Paulo. Conheceu o Espiritismo em 1988. Recebia pacientes indicados pelo doutor Eduardo Monteiro.
Depois descobriu que esse médico era um espírito.

Site Jornal dos Espíritos

Fonte:Cepal André Luis

Ambiente Espiritual dos Cemitérios

“As cenas que tem lugar nas necrópoles sempre me são pungentes. Espetáculos dolorosos de algozes e vítimas em pugnas intermináveis ao lado de afetos dedicados labutando por auxiliar no desprendimento dos seres amados; cuidadosos vigilantes do amor, socorrendo; mensageiros conduzindo correspondências dos que ficaram na Terra, que são depositadas nos mausoléus e tumbas como se fossem postas-restantes onde os destinatários vem periodicamente para recolher notícias. Ao mesmo tempo, grupos de entidades nobres se revezam no labor iluminativo, orientando os que vagueiam errantes sem poderem se desprender do recinto. (Trilhas da Libertação, pág. 308).”

Comentários: Ambiente de cemitérios não são saudáveis. Recomenda-se que fiquemos em oração o tempo todo que durar nossa permanência ali, pois os espíritos sofredores ou maldosos que porventura estejam lá sem rumo, podem nos acompanhar de volta aos nossos lares e causarem perturbações completamente dispensáveis. É claro que como foi citado no texto acima, há também nesses ambientes bons espíritos, mas como já estamos cientes de que ainda somos seres inferiores, a melhor prevenção é a oração sincera.

LIVRO: - OBSESSÃO E DESOBSESSÃO DE A a Z – Aprendendo com Manoel Philomeno de Miranda – Coletânea de textos psicografados por Divaldo Pereira Franco – Organizado por Sidnei Carvalho
Fonte:Cepal André Luis

quinta-feira, 6 de março de 2014

O Semeador de Estrelas

Um dia, perguntei ao Dr. Bezerra de Menezes, qual foi a sua maior felicidade quando chegou ao plano espiritual.
Ele respondeu-me:
- A minha maior felicidade, meu filho, foi quando Celina, a mensageira de Maria Santí­ssima, se aproximou do leito em que eu ainda estava dormindo, e, tocando-me, falou, suavemente:
- Bezerra, acorde, Bezerra!
Abri os olhos e vi-a, bela e radiosa.
- Minha filha, é você, Celina?!
- Sim, sou eu, meu amigo.
A Mãe de Jesus pediu-me que lhe dissesse que você já se encontra na Vida Maior, havendo atravessado a porta da imortalidade.
Agora, Bezerra, desperte feliz.
Chegaram os meus familiares, os companheiros queridos das hostes espí­ritas que me vinham saudar.
Mas, eu ouvia um murmúrio, que me parecia vir de fora.
Então, Celina, me disse:
- Venha ver, Bezerra.
Ajudando-me a erguer-me do leito, amparou-me até uma sacada, e eu vi, meu filho, uma multidão que me acenava, com ternura e lágrimas nos olhos.
- Quem são, Celina? - perguntei-lhe - não conheço a ninguém.
Quem são?
- São aqueles a quem você consolou, sem nunca perguntar-lhes o nome. São aqueles Espíritos atormentados, que chegaram ás sessões mediúnicas e a sua palavra caiu sobre eles como um bálsamo numa ferida em chaga viva; são os esquecidos da terra, os destroçados do mundo, a quem você estimulou e guiou. São eles, que o vêm saudar no pórtico da eternidade...
E o Dr.. Bezerra concluiu:
- A felicidade sem lindes existe, meu filho, como decorrência do bem que fazemos, das lágrimas que enxugamos, das palavras que semeamos no caminho, para atapetar a senda que um dia percorreremos.

Fonte:Luz da Existência

Mortes violentas e seu significado

Vamos procurar analisar parcial e genericamente alguns aspectos de mortes violentas, através de acidentes ou desastres dolorosos.
O que ocorre com as pessoas que são surpreendidas com a morte física num desastre?
Quais as sensações e emoções que as vítimas de um acidente fatal sentem ou vivenciam nos momentos deste tipo de morte?
Tomando por fundamentação teórica os ensinamentos espíritas, e com base em informações mediúnicas confiáveis, pode-se estabelecer alguns princípios gerais para elucidar a dinâmica do fenômeno da morte ou desencarnação e o processo do morrer propriamente dito.
Em princípio, é necessário esclarecer que a morte é um fenômeno natural inerente à dinâmica da própria vida.
O que é que morre ou desencarna? 
Apenas o corpo físico morre, isto é, passa por uma série de transformações psicobiofísicas de degradação energética, com rupturas dos centros vitais bioenergéticos que integram os diferentes sistemas atômicos celulares componentes de tecidos, órgãos, aparelhos e demais sistemas interativos que compõem o organismo humano como verdadeiro eco-sistema de manifestação vital.
Resumidamente, na visão materialista, a morte significa o caos orgânico, irreversível, culminando na cessação de todas as funções vitais e conseqüente desagregação do organismo físico, através da decomposição cadavérica, nada restando após a morte propriamente dita.
Na visão espiritualista de um modo geral, algo sobrevive após o fenômeno da morte física.
Sem maiores detalhes ou considerações filosóficas, o espiritualista de um modo geral, admite a existência da alma ou do Espírito e, portanto, ao morrer, independente do gênero de morte ou desencarne, a alma ou espírito sobrevive, continuando a viver no mundo espiritual.
O espiritualista espírita descortina um horizonte mais amplo, tendo um acervo de ensinamentos esclarecedores sobre a dinâmica da morte e do morrer, relacionado ao gênero de vida consciencial da criatura humana, independente da faixa etária, sexo, raça, cultura, religião, posição social, etc.
No caso particular da visão espírita, a morte ou desencarnação propriamente dita implica uma série de fenômenos não só psicobiofísicos: também inclui outros de natureza anímico-conscienciais extrafísicos, paranormais e mediúnicos de grande complexidade que, direta ou indiretamente, podem evidenciar a sobrevivência do espírito ou consciência que continua a viver após a ruptura dos laços bioenergéticos que mantinham o organismo físico em plena atividade, como veículo ou instrumento de manifestação do espírito encarnado, durante a respectiva cota de tempo de vida, compatível com as necessidades e projetos de realização e auto-realização consciencial, em cada experiência reencarnatória.
Assim sendo, a vida inteligente, consciencial, não se extingue com a morte física propriamente dita. O Eu-consciencial ou Espírito, ser pensante, volitivo, dotado de instinto, emoção, sentimento, razão, linguagem conceitual e demais atributos humanos, ao passar pelo fenômeno da morte do corpo físico, de acordo com seu estágio evolutivo espiritual, terá maior ou menor autonomia e maior ou menor lucidez consciencial, cognitiva, afetiva e volitiva, para compreender as diferentes fases do processo da morte física propriamente dita.
De acordo também com seu grau de educação consciencial e espiritual e, ainda, conforme as ações e obras realizadas em vida, terá maior ou menor merecimento, além do sentimento de auto-estima pelo cumprimento dos deveres e realizações edificantes não só em beneficio próprio, como, também, em favor dos seus semelhantes, da comunidade e da sociedade em geral.
Em tais circunstancias, os que viveram edificantemente, independente de rótulos místicos ou religiosos, apresentam melhores condições psicodinâmicas conscienciais para compreender e aceitar com maior ou menor autocontrole, equilíbrio e serenidade as surpresas da sua própria desencarnação.
Por outro lado, os que em decorrência da imaturidade consciencial, espiritual, cometeram equívocos, vivendo egoísta e egocentricamente, não aproveitando bem as lições da vida, no sentido de promover o auto-conhecimento e a construção da paz dentro e fora de si mesmos, apegando-se ao corpo físico como única realidade e razão de ser. estes que assim viveram terão maiores dificuldades para compreender e aceitar a surpresa da própria morte física e a grande realidade de sua própria sobrevivência como espírito desencarnado.
Isto não que dizer que a pessoa esteja condenada pela eternidade afora a um sofrimento infernal, tal qual as religiões dogmáticas e sectárias incutiram na mente popular.
Absolutamente. Cada consciência, de acordo com seu biorritmo e tempo de assimilação e vontade de reconstruir o próprio destino, para melhor, terá tantas oportunidades de aprendizagem auto-redentora quantas necessitar para construir a própria plenitude consciencial e existencial ao longo das vidas sucessivas.
Deste modo, na visão espírita, a vida é imperecível e o ser humano é um agente co-criador integrante do Plano Divino da Criação, e, conseqüentemente, arquiteto de seu próprio destino feliz ou infeliz.
Esta digressão teórica se faz necessária no sentido de estabelecer alguns princípios gerais relativos ao fenômeno da morte e seu significado.

1—A morte é apenas uma mudança de estado de ser, de pensar, de sentir e agir.
É natural a reação de rejeição e não aceitação da morte, qualquer que seja a situação circunstancial.
Esta reação é geral, sendo uma decorrência espontânea do instinto de conservação e auto-preservação inato no ser humano.
Graças ao instinto de conservação, reprodução e autodefesa, a espécie humana se mantém, sobrevivendo aos grandes desafios da evolução onto e filogenética e da necessidade de adaptação evolutiva, em íntima interação com a multidiversidade dos ecossistemas ambientais do planeta Terra e sua respectiva Biosfera.
Assim sendo, na dinâmica da vida, nascer, crescer, reproduzir, viver e morrer constituem um processo bioenergético, psicobiofísico, anímico-consciencial, universal, presente em todos os Reinos da Natureza, em sua multidimensionalidade física e extra-física.
O medo da morte é, pois, uma reação instintiva que se evidencia através do comportamento humano ao longo da evolução histórica, antropológica, cultural, religiosa, etc. da humanidade terrestre, variando com a época e com as características culturais, costumes, práticas e tradições religiosas de diferentes tribos, povos, raças e nações, tanto no Oriente quanto no Ocidente.
Entretanto, parece haver em todas as culturas, ao longo das diferentes épocas da história, a crença mais ou menos generalizada na sobrevivência espiritual do ser humano.
As diferentes tradições religiosas criaram diferentes regras e procedimentos ritualísticos místico-religiosos, influenciando a mente popular, submetendo-a aos dogmas e preceitos estabelecidos pelas diferentes religiões no mundo, e direta ou indiretamente, implícita ou explicitamente, o medo da morte vem passando de geração a geração.
Nos tempos atuais, com o advento da tanatologia como uma área de investigação e conhecimento cientifico, o tabu da morte aos poucos vai se transformando numa visão mais realística e consentânea com o progresso das investigações dos fenômenos paranormais que ocorrem com os doentes terminais e nas experiências da chamada morte aparente.
Como decorrência, a morte está sendo encarada com maior naturalidade, despida daqueles paramentos fúnebres e lúgubres de décadas atrás.
Neste particular a contribuição do Espiritismo é inegável e valiosamente significativa para desmitificar e desmistificar a morte como algo terrível, assustador e um caminho sem volta.
A morte ou desencarnação é, pois, apenas e tão-somente uma transmutação profunda psicobifísica, anímica e consciencial, refletindo intensamente no pensar, sentir e agir do ser humano, que deixa de se manifestar na vida de relação no plano físico, através do respectivo corpo psicossomático para continuar a pensar, sentir e agir sem o instrumento físico, no reino do Espírito, onde igualmente a vida de relação continua em outras tonalidades vibratórias, por meio da manifestação do pensamento e da vontade, de acordo com o grau de evolução e maturidade consciencial e espiritual alcançado, em sua última experiência reencarnatória.

2—A vida de relação não cessa com a morte física propriamente dita.
Os diferentes e diversificados fenômenos paranormais e mediúnicos, observados por ocasião não só da morte física, como também através de manifestações espontâneas ou provocadas experimentalmente, sugerem de maneira significativa que o ser humano desencarnado mantém uma dinâmica interação volitiva, energética, inteligente e afetiva, no mundo espiritual ou espiritosfera, em obediência à lei de sintonia, afinidade e ressonância vibratórias.
Isto posto, fica entendido que o intercâmbio mediúnico é um fenômeno universal entre encarnados e desencarnados e se verifica também entre os desencarnados no Reino dos Espíritos ou Espiritosfera, obedecendo-se aos mesmos princípios universais da lei de afinidade, sintonia e ressonância, correspondentes aos respectivos planos multi e transdimensionais extrafisicos conscienciais.
Deste modo, desde a mais remota antigüidade, o fenômeno mediúnico sempre foi uma prova de que o intercâmbio mediúnico entre encarnados e desencarnados existiu sempre como um fato natural e de amplitude universal.

III—O princípio de interdependência e de interação psicodinâmica entre encarnados e desencarnados é um fenômeno universal.
Assim sendo, as ações e reações interativas entre os seres humanos encarnados e desencarnados ocorreram sempre ao longo da história da humanidade terrestre, dando origem às diferentes manifestações místico-religiosas que fazem parte da herança cultural de todos os povos, raças e nações, tanto no Oriente como no Ocidente.
Estas interações podem se manifestar de maneira sutil ou ostensiva, assumindo características harmônicas ou desarmônicas, em função de sua influência positiva ou negativa no comportamento individual ou coletivo do ser humano.

IV—Os Espíritos desencarnados podem se manifestar espontaneamente ou por meio de evocação.

Em decorrência dos princípios anteriores, a manifestação do Espírito desencarnado pode se dar espontaneamente em função da lei de sintonia e afinidade. Os espíritos são atraídos em razão da existência de laços de simpatia que os atraem para se manifestarem a pessoas no meio onde vivem, objetivando manter uma relação harmônica, edificante e solidária.
Podem também ser conseguidas tais manifestações por meio de evocações, e de motivos justos, que justifiquem tal procedimento com finalidade de investigação e pesquisas sérias e construtivas.

V—A morte ou desencarnação, mediante um desastre doloroso e fatal, é diferente e específica para cada um, embora as circunstancias do desastre sejam as mesmas para todos os envolvidos no acidente.
Isto quer dizer que a morte física de uma pessoa está intimamente relacionada com a respectiva herança cármica e suas necessidades de auto-redenção.
Aliás, tal princípio se aplica a qualquer gênero de morte ou desencarne

VI—Ninguém, em circunstancias de morte violenta, em acidentes fatais, jamais estará desamparado, à míngua de uma assistência espiritual socorrista.
Todos são socorridos e atendidos em suas necessidades específicas, de acordo com o respectivo grau de maturidade consciencial, merecimento e a gravidade do estado pessoal de cada um.
Quando ocorre um acidente ou desastre doloroso no plano físico, imediatamente, no mundo espiritual, os Centros ou Núcleos de Pronto Socorro e Atendimento Espiritual mais próximos tomam conhecimento da ocorrência, providenciando com a máxima urgência o socorro das vítimas acidentadas que venham a morrer ou que fiquem poli traumatizadas e em estado grave no local do sinistro.
Nestas circunstancias emergenciais a pessoa moribunda agonizante ou desencarnante emite pensamentos aflitivos que se propagam na multidimensionalidade extrafísica, como se fossem verdadeiros S.O.S. telepáticos, os quais são devidamente captados e registrados por meio de sofisticada tecnologia, possibilitando a imediata localização e identificação pessoal das vítimas do desastre.
Equipes de socorro espiritual dirigem-se imediatamente ao local do acidente para a prestação do respectivo socorro e demais providências de amparo assistencial.
A título de exemplo, no capítulo XVIII—Resgates Coletivos, do livro Ação e Reação, psicografado e editado pelo Espírito André Luiz, 2a. ed. FEB, páginas 236 e seguintes, encontra-se o relato de um desastre aviatório.
Qual era a situação das pessoas vitimadas?
Vários desencarnados no referido acidente encontravam-se em posição de choque, presos aos respectivos corpos físicos, mutilados parcial ou totalmente, entretanto alguns apresentavam-se em melhores condições de lucidez consciencial.
Outros sentiam-se imantados aos próprios restos cadavéricos, gemendo de dor e sofrimento, e outros ainda gritavam em desespero, mantendo-se também aprisionados aos despojos físicos, em violenta crise de inconsciência, numa profunda perturbação.
Os espíritos socorristas, médicos e enfermeiros em especial, a todos atendiam com elevado sentimento de compaixão, prestando a assistência espiritual de acordo com a situação de cada um.
Comentários elucidativos a respeito da situação de cada vítima, feitos por generoso mentor espiritual, merecem ser analisados para efeitos de esclarecimentos educativos, objetivando a autoconscientização e o autoconhecimento de cada um e de todos.

1. O socorro espiritual é ministrado indistintamente a todos, sem nenhuma exceção.
2. A expressão—"Se o desastre é o mesmo para todos, a morte é diferente para cada um", é um ensinamento importante e merece ser assimilado.
3. Nem todos podem ser retirados dos despojos físicos, cadaverizados, logo imediatamente.

4. A afirmação de que "Somente aquele cuja vida interior lhe outorga a imediata liberação", é de relevante significado educativo, pois revela a necessidade moral de se buscar o autoconhecimento e a conseqüente emancipação psicológica e emocional indispensável para maior autonomia e discernimento conscienciais, ainda em plena vida física.
Consequentemente, isto implica um processo de autoeducação pessoal, ao longo da vida, face aos grandes desafios existenciais, exigindo a auto transmutação, capaz de conferir a cada um a plena liberdade e autonomia no pensar, sentir e agir, em harmonia com as Leis da Vida, na construção da paz dentro e fora de si mesmo, e na vivência do bem incondicional.
As pessoas que se dispuseram a viver em harmonia com a cosmoética nada têm a temer diante do momento decisivo e crucial da própria morte física.

5. Aquele cuja vida consciencial se manteve em desalinho, vivendo em descompasso desarmônico com as Leis da Vida, concentrando-se no egoísmo egocêntrico, perdendo valiosas oportunidades de amar e bem servir ao próximo como a si mesmo, e, por conseguinte, ficando mais condicionado às manifestações instintivas e emocionais, sem nenhuma preocupação com os valores espirituais para o próprio crescimento e desenvolvimento consciencial, este fica apegado ao corpo físico, não tendo condições de manter equilíbrio harmônico e a lucidez consciencial indispensáveis à neutralização dos impulsos de atração e imantação energética que o retém ao cadáver mutilado.
Nestas circunstancias, o desencarnado permanecerá ligado por tempo indeterminado aos despojos cadavéricos que lhe pertencem.

6. Este tempo indeterminado está na dependência "do grau de animalização dos fluídos que lhes retêm o espírito à atividade corpórea". (p. 238).
Pode levar horas, dias ou meses até a completa e plena auto-libertação psicológica, emocional, consciencial e espiritual.

7. As expressões seguintes merecem ser meditadas por sua relevante transcendência:
a) "Corpo inerte nem sempre significa libertação da alma". b) "O gênero de vida que alimentamos no estágio físico dita as verdadeiras condições de nossa morte" (p. 238).São por demais claras e, de certo modo, contundentes, no sentido de não deixar dúvidas ou escapismos.

8. Outra expressão complementar às já mencionadas também deve ser motivo de reflexão—"Morte física não é o mesmo que emancipação espiritual" (p. 239).

9. Mas aquelas vítimas desencarnadas no desastre, as quais não têm condições de se afastar do próprio cadáver, mediante a ruptura dos laços bioenergéticos que ligam o espírito ao corpo físico, através dos respectivos centros vitais ou chakras existentes no perispírito, estas vítimas ficarão relegadas ao sabor das circunstancias, por tempo indefinido, sem nenhum outro tipo de assistência socorrista?
Jamais isto acontece.
Todas, sem exceção, são amparadas sempre.
"Ninguém vive desamparado. O amor infinito de Deus abrange o Universo". (p. 239).

10. O ser humano encarnado ou desencarnado pode, a cada momento da existência, por meio do Bem "sentido e praticado", também modificar seu próprio destino para melhor, neutralizando ações e reações negativas circanstanciais, afastando do próprio horizonte "as nuvens de sofrimentos prováveis". (p. 240).
Mas indagações se impõem.
- Quais as causas que originaram semelhante provação?
- Quais os fatores circunstanciais que direta ou indiretamente contribuíram para a morte violenta e dolorosa através de desastres ou acidentes fatais?
A resposta encontra-se nos ensinamentos luminosos e redentores do Cristo, quando afirma:
"A cada um será dado segundo suas obras" ou "Cada um colhe de acordo com o que semeia".
Este ensinamento expressa a Lei de Ação e Reação ou Lei de Causa e Efeito, também ensinada pela sabedoria milenar do Oriente como Lei do Carma.
A título de esclarecimento, poder-se-ia estabelecer possíveis correlações entre a herança cármica individual ou coletiva, para poder explicar a origem de tais acontecimentos provacionais, dolorosos e irreversíveis. 
Sem pretender aprofundar o tema relativo a Lei do Carma, algumas relações podem ser estabelecidas, tais como:
a) As vitimas de hoje, perdendo a vida de modo tão trágico e violento, poderiam, em outras épocas passadas, ter cometido crimes não menos violentos também, atirando pessoas ou desafetos indefesos do "cimo de torres altíssimas, para que seus corpos se espatifassem no chão"...
b) As vítimas dos desastres de hoje poderiam ser as mesmas pessoas que em tempos passados se entregavam à pirataria, cometendo crimes hediondos em alto mar.
c) Ou suicidas que se precipitaram de edifícios ou se lançaram de elevados picos à beira de verdadeiros abismos, estraçalhando o corpo físico contra os rochedos pontiagudos, em manifesta rebeldia, insubmissão e desrespeito às leis da vida.
d) Ou também homicidas que praticaram crimes hediondos, seqüestrando e incendiando aldeias indefesas, ceifando vidas de crianças e adolescentes, estuprando e violentando mulheres para assassiná-las posteriormente com requintes de crueldade, ou que massacraram pessoas idosas sem piedade.
Quantos homens e mulheres, crianças e jovens, vivendo atualmente, em cuja ficha cármica encontram-se registrados erros e equívocos do passado próximo ou milenar, aguardando o despertar e o amadurecimento consciencial de cada um, para o indispensável trabalho educativo da própria redenção, através de novas oportunidades existenciais de trabalhar construtivamente na reconstrução do próprio destino para melhor, reencontrando as antigas vítimas e algozes de passadas existências, na condição de familiares, pais, filhos, irmãos, parentes ou amigos, para juntos viverem as lições do amor e do perdão incondicionais, sem o que não haverá paz na consciência e tampouco a plena quitação com a Lei de Deus.

11. Entretanto, é também da própria Lei Cármica que, a todo e qualquer momento, cada consciência encarnada ou desencarnada poderá modificar o próprio destino para melhor desde que se disponha a amar e servir, trabalhando na semeadura do Bem, adquirindo desta forma, pelo trabalho de auto-regeneração redentora, os indispensáveis créditos de merecimento que lhe trarão a paz consciencial, anulando os reflexos negativos decorrentes das ações infelizes do passado próximo ou remoto.
Deste modo "gerando novas causas com o bem, praticando hoje, podemos interferir nas causas do mal, praticado ontem, neutralizando-as e reconquistando, com isso, o nosso equilíbrio". (241).

12. É possível escolher o gênero de provações existenciais e até mesmo o gênero de morte?
Sem dúvida. Para tanto é indispensável ter adquirido maturidade espiritual e o merecimento indispensável para se propor e planejar uma nova existência reencarnatória, tendo em vista cooperar para o progresso e o bem comum, através de uma vida de trabalho, doação, sacrifício e renúncia, dedicando-se aos mais diversificados projetos de realização progressista, em benefício da coletividade em geral, contribuindo muitas vezes com o sacrifício da própria vida.
Assim sendo, muitos se preparam em tempo hábil, antes de uma nova reencarnação, habilitando-se para correr o risco de vida, e sofreram até mesmo morte violenta, em benefício do progresso das ciências em geral, das artes, da medicina e saúde, da indústria, da pesquisa de ponta em laboratórios e projetos de reconhecida periculosidade, em favor do progresso da navegação marítima, da aeronáutica, da engenharia, dos transportes terrestres, das viagens espaciais, da liderança política e do trabalho edificante e sacrificial no campo das reformas político-sociais, econômicas e educacionais, etc., objetivando beneficiar a sociedade em geral, promovendo direta ou indiretamente o desenvolvimento de um povo, da nação ou país na construção da paz e da justiça sociais.
Como se vê, a Lei Divina é Lei de Amor, Justiça e Misericórdia, não excluindo nenhum ser humano do direito de ser artífice do próprio destino.

13. Uma outra pergunta se faz necessária para maior elucidação do tema em estudo.
Todos terão condições de tomar esta decisão, no sentido de escolher o gênero de provação sacrificial?
Nem todos, porque a livre escolha depende do estágio de maturidade espiritual alcançado e, também, das auto-realizações no campo das ações edificantes e benéficas em prol do semelhante, das antigas vítimas do passado, dos que direta ou indiretamente foram atingidos por nossa insanidade na prática do mal.
É indispensável, pois, que cada espírito ou Eu-Consciencial já tenha adquirido a plena consciência no pensar, sentir e agir com lucidez e discernimento na mais íntima interação com as Leis da Vida, amando e servindo pelo amor à verdade, ao bem incondicional, trabalhando proficuamente na reconstrução do próprio destino, dispondo-se a viver conscientemente a lei do amor, do perdão, ida solidariedade, sem nenhum preconceito ou condicionamentos atávicos segregacionistas de qualquer espécie.
Como se vê, a liberdade de escolha está na razão direta da conquista realizada pelo próprio espírito, no sentido do auto-conhecimento e da auto-transmutação consciencial, atingindo o maior índice possível de auto-realização na construção do reino de Deus dentro e fora de si mesmo.
É pois um longo processo de maturação consciencial, a que todos estamos submetidos, ao longo das múltiplas e milenárias experiências de aprendizagem existencial através das vidas sucessivas.
Daí por que o ensinamento milenar—o ser humano é arquiteto do próprio destino.
As religiões dogmáticas e sectárias que envenenaram a mente humana com as idéias de castigo, punição, inferno, penas eternas, excomunhão, favoritismo para conquistar as benesses do paraíso celestial, prometendo a salvação mediante indulgências, penitências e atos litúrgicos sacramentais, inerentes ao culto externo e a idolatrias, ensinando o temor a Deus, contribuíram direta ou indiretamente para que o medo patológico se instalasse na mente humana, ao longo da evolução histórica da humanidade terrestre, gerando o fanatismo, a intolerância e a separação entre crentes e descrentes, criando dependências psicológico-emocionais, escravizando mentes e corações.
A liberdade de escolha está diretamente associada ao princípio da responsabilidade individual e coletiva intransferível e irrevogável.
Cada qual, com sua respectiva herança cármica, muitas vezes é submetido a diferentes provas existenciais na infância, na mocidade, na idade adulta ou na velhice, passando por experiências de mutilação reversível ou não, por enfermidades de difícil tratamento a curto, médio ou longo prazo, por acidentes dolorosos e até mesmo a morte súbita em circunstancias inesperadas e traumatizantes.
Os seres humanos que estão onerados perante as leis éticas da vida e que para se redimirem têm necessidade de viver provações e lutas expiatórias, encontram aqueles outros que se dispõem a ajudá-los através das relações familiares na condição de pais, parentes ou amigos, e que juntos se dispõem coletivamente ao aprendizado redentor, porque na maioria das vezes estão também vinculados reciprocamente por compromissos e comprometimentos cármicos específicos.
A provação coletiva desperta o sentimento de solidariedade humana, impulsionando todos a uma revisão dos valores e significados éticos do viver, descortinando a cada um novos horizontes conscienciais .
Deste modo, pode-se afirmar que, no Plano Divino da Criação, não há falhas e a Lei é de Amor, Justiça e Misericórdia, concedendo a cada um e a todos iguais oportunidades de progresso material, e espiritualmente falando, através das vidas sucessivas, na construção e reconstrução de um destino feliz.

14. E a morte por suicídio?
Doloroso equívoco cometem aqueles cuja decisão final é o apelo ao suicídio, como medida extrema para solucionarem problemas aflitivos, psicológicos, emocionais, conscienciais e existenciais.
A maior surpresa é a de que a vida não se extingue com a morte do corpo físico.
Doloroso e grave engano, porque o suicida se vê muitas vezes jungido aos despojos cadavéricos, por tempo indeterminado, através dos laços bioenergéticos que ligam o perispírito ao respectivo corpo físico em decomposição.
As sensações e emoções experimentadas pelo suicida variam de caso para caso.
Há, entretanto, algo em comum, ou seja, a constatação de que a vida consciencial é indestrutível e que ninguém burla suas leis sem assumir pesados compromissos cármicos a impor a indispensável reparação compulsória, por ter rompido, prematuramente, os elos de ligação psicobiofísica que permitiram a manutenção da vida no plano físico por uma cota de tempo compatível com as necessidades específicas de auto-realização espiritual de cada um, através do cumprimento de um plano de realizações existenciais educativo, visando à plena harmonização consciencial com as leis da vida, e na execução de projetos específicos de aprendizagens provacionais, sacrificiais, missionárias ou de resgate inadiáveis, tendo em vista a necessidade moral de construir a própria redenção.
Os relatos mediúnicos contendo informações sobre a situação do suicida após o ato cometido são unanimes em afirmar o estado de dolorosa penúria do espírito, o qual se vê num processo psicodinamico e bioenergético de recapitulação compulsiva das ações desencadeadas em decorrência do suicídio, gerando um profundo sentimento de remorso, dor e sofrimento inomináveis.
Este estado de verdadeira psicose alucinatória assume características dantescas, dramáticas e traumáticas, e na maioria dos casos o suicida sente-se mais vivo e sensível aos embates da decomposição cadavérica do próprio corpo físico.
Ora se vê no local onde o ato se consumou, ora se vê autopsiado e ao mesmo tempo preso ao túmulo, onde jazem os restos mortais sepultados.
Neste verdadeiro inferno consciencial se debate por tempo indeterminado, podendo durar dias a fio, meses ou anos até que, pela dor e sofrimento, possa despertar mais lúcido para compreender melhor o equívoco cometido. Para tanto, o remorso e o arrependimento são etapas inerentes ao despertar consciencial, seguidas de uma necessidade moral profunda de se redimir perante a própria consciência e às Leis de Deus.
Durante todo este tempo não fica abandonado pela misericordiosa assistência espiritual dos espíritos socorristas e familiares em condições de ajudar, bem como de amigos e protetores, que, amorosamente, prestam o socorro necessário, sem entretanto violar o código ético da vida.
Após esta fase crucial, à medida que for apresentando sinais de melhor receptividade e lucidez, é submetido a um complexo tratamento magnético-espiritual específico, em clinicas altamente especializadas, encarregadas de dar atendimento psicoterápico e sonoterápico, objetivando a plena recuperação do suicida.
Geralmente, a morte por suicídio produz marcas profundas no perispírito, e elas poderão determinar lesões nos respectivos centros vitais e demais órgãos perispíriticos, que irão repercutir na embriogênese e organogênese de um novo corpo físico em uma próxima e futura reencarnação.
Em conseqüência, nas futuras reencarnações o suicida poderá apresentar malformações congênitas ou doenças hereditárias irreversíveis, na maioria dos casos, renascendo em situações de excepcionalidade, exigindo muito amor e dedicação dos pais e familiares, médicos e enfermeiros, e tratamento em clínicas especializadas.
Não se deve, nestes casos, pensar em castigos ou punições divinas, mas tão-somente no cumprimento da Lei do Carma genético.
Através destas limitações morfogenéticas a curto, médio ou longo prazo, o suicida de ontem renasce em um novo corpo físico, com disfunções congênitas reversíveis ou irreversíveis, como decorrência natural das lesões registradas na memória genética perispíritica que servirão de matrizes indutoras a influenciar negativamente durante a gestação, na organogênese e morfogênese, do novo corpo físico, determinando malformações congênitas ou doenças hereditárias, correspondentes às lesões perispíriticas causadas por traumatismos, em decorrência do suicídio cometido em vidas anteriores.
A título de esclarecimento, há também casos de suicídio indireto, no qual a pessoa não tem a deliberação plena de cometer o suicídio propriamente dito, mas, pelo tipo de vida que leva, sem maiores compromissos com a saúde física e mental, expondo-se a situações de risco por imprudência, ou praticando excessos de toda a natureza, poderá morrer prematuramente, sendo, portanto, considerado também um caso de suicídio indireto.
MORTE E EDUCAÇÃO
Vê-se pois, que a morte na visão espírita é u m fenômeno natural de mudanças e transmutações, inerentes à própria dinâmica da vida.
A Pedagogia espírita, propõe-se através da educação formal e informal, desenvolver uma ação educativa, iniciando no respectivo lar, tendo os pais como pedagogos e educadores, com a missão natural de orientar e educar os filhos, desde a fase preparatória antes da reencarnação propriamente dita, através do processo psicobiofísico da gestação, acompanhando-os com amor e dedicação em todas as fases do crescimento e desenvolvimento pleno, quando assumirão com maior consciência e responsabilidade deveres e obrigações de viver construtivamente, em harmonia consigo mesmos, com a natureza, com a sociedade, com a vida, cumprindo o plano divino de suas existências.
Compreendendo desde cedo que a vida é imperecível, e que o ser humano como espírito ou consciência em expansão é um agente co-criador que integra e participa de um plano maior, de acordo com o nível de maturidade consciencial alcançado, e com a correspondente autonomia relativa, de agir e interagir no contexto existencial que lhe é concedido viver, é natural e de esperar que venha gradativamente, pela educação recebida, a desenvolver uma cosmovisão existencial, sem as peias do medo de qualquer espécie e muito menos do medo da morte e do morrer.
Nesta perspectiva, a Educação espírita visa o Ser integral, homem ou mulher, cujos papéis no contexto do viver se complementam e se integram na grande sinfonia da vida, com iguais direitos e deveres éticos e cosmoéticos no desempenho de seu respectivo plano existencial.
Como decorrência lógica deste processo de educação anímico-consciencial permanente, cada pessoa vai sentindo a imperiosa necessidade ético-espiritual de expandir-se na busca do auto-conhecimento, na construção da plenitude consciencial, livre de preconceitos e condicionamentos atávicos ou adquiridos, limitadores da liberdade de pensar, sentir e agir em harmonia com as leis da vida, numa visão plena de totalidade, integração e complementaridade.
Assim sendo, o viver passa a ser uma aprendizagem constante em todas as etapas do crescimento e desenvolvimento pessoal, de uma autoconsciência holística, ecológica e integradora, a se manifestar através de um comportamento individual e social, construtivo, edificante e solidário, em todos os momentos de sua vida de relação.
Sabe, por experiência própria, através de uma educação holística espiritualista ou espírita, que a vida de relação não se extingue com a cessação da vida física, mas ultrapassa os limites espaço-temporais do aqui, agora, expandindo-se na multidimensionalidade extrafísica da Biosfera e do Universo.
Consequentemente, tem consciência e discernimento de que é um agente co-criador arquiteto do próprio destino em todos os níveis de manifestação da vi da consciencial .Assim sendo, sente a própria dimensão transcendente do viver no plano físico e extra-físico através de suas funções psi, anímico-mediúnicas, paranormais, que lhe possibilitam projetar-se fora do respectivo corpo físico, penetrando nos diferentes níveis e planos conscienciais extra-físicos, continuando na dinâmica da vida de relação a interagir com espíritos ou consciências afins, encarnados ou desencarnados, realizando novos aprendizados enriquecedores ou participando solidariamente nas tarefas e trabalhos assistenciais ou socorristas, vivendo conscientemente o amor solidário, o amor compaixão, o amor-fraternidade, expressões particulares do verdadeiro "amor ao próximo como a si mesmo", princípio universal da Cosmoética, sem cuja observância o ser humano encarnado ou desencarnado não poderá ser plenamente feliz e nem poderá viver em paz consigo próprio, com a vida, com a natureza e com a humanidade.
Ressalta-se, pois, a importância da Educação numa visão e abordagem holística, integradora, sem os condicionamentos dogmáticos e sectários que dividem e segregam os seres humanos de todas as raças, povos e nações, tanto no Oriente como no Ocidente.
Sem dúvida alguma, o Espiritismo vem contribuindo para o desenvolvimento desta consciência holística, individual e coletiva, sem violentar a liberdade de pensar e de escolher o próprio caminho para o auto-conhecimento e a auto-realização como Espírito ou uma consciência em expansão, na construção da plenitude existencial rumo à plenitude do Ser.
Tais princípios educativos, fazendo parte dos currículos educacionais nas escolas de ensino fundamental, ampliando-se no segundo grau e ensino superior, através de projetos psicopedagógicos multi e transdisciplinares integrantes de um plano educacional de maior amplitude, privilegiando a valorização da Vida, a educação física, mental e afetiva do ser humano numa perspectiva holística, integradora e transcendente, possibilitando o desenvolvimento cognitivo, afetivo e espiritual, com ênfase no auto-conhecimento, e numa cosmovisão transcendente da v ida, em que a morte não seja considerada o fim de tudo, mas apenas uma grande e profunda transmutação consciencial.
Deste modo, a convicção adquirida e consolidada através de um novo paradigma educacional—holístico, ecológico, espiritualista ou espírita, evolucionista, convicção não imposta— mas construída através da auto-educação, de que o Espírito ou o Eu-Consciencial é um ser. agente co-criador, e integrante do processo dinâmico da própria vida, evoluindo ao longo de um contínuo histórico através das vidas sucessivas, na construção e reconstrução do próprio destino, nesta perspectiva cada Consciência, tanto no plano físico ou extra-físico, sente a realidade existencial com maior amplitude, eliminando toda e qualquer reação instintiva de medo face aos grandes desafios educativos da Vida e do próprio viver.
Assim sendo, adquire e desenvolve a plena lucidez e discernimento, cognitivo e afetivo, de que a vida de relação se expande também, além do aqui, agora, possibilitando a interação entre encarnados e desencarnados, segundo os princípios universais da lei de afinidade, sintonia e ressonância.
Através da constatação do próprio potencial anímico-mediunico, a manifestar-se por meio das funções psi, paranormais, ampliando as percepções extra-sensoriais e autoprojeção, fora do corpo, a constatação da realidade multi e transdimensional espaço-temporal torna-se uma evidência incontestável, com profunda repercussão no comportamento ético individual e coletivo, podendo acelerar o processo das grandes transformações político-sociais, econômicas, culturais, ético-religiosas, educacionais, e do despertar de uma consciência ecológica, holística, harmônica e integradora, na construção da Paz individual e coletiva, indispensável à implantação de uma nova ordem, alicerçada na Cosmoética do "amor ao próximo como a si mesmo", em todos os níveis de manifestação consciencial.
A comprovação científica dos fenômenos naturais, inerentes ao intercâmbio mediúnico, muito contribuirá para evidenciar, com maior solidez, a sobrevivência espiritual do ser humano, na mais eloqüente demonstração universal de que a morte não rompe e nem destrói os laços afetivos de amor conjugal, amor paternal, maternal, amor filial, fraternal, amor-solidariedade, amor-compaixão, entre as mentes e corações afins, encarnados e desencarnados, na dinâmica da vida imperecível.

Cícero Marcos Teixeira
(ANATOMIA DO DESENCARNE)
Por Sérgio Ribeiro