O pequeno grupo reunido, nos minutos que antecedem ao início dos trabalhos, comenta a memorável visita de Divaldo Franco, à nossa SEJA, no domingo, dia 10/07, dois dias antes, portanto. Na conversação que se estabeleceu os participantes da reunião fizeram várias observações sobre o tema que Divaldo abordou, ao relatar sua experiência quando esteve no campo de concentração de Auschwitz, na Polônia.
Feita a leitura de O Evangelho segundo o Espiritismo, a prece inicial foi proferida pelo dirigente.
Algumas comunicações foram acontecendo.
Aproximando-se a parte final dos trabalhos, comunica-se um Espírito, por meu intermédio, que relata o que aconteceu, no plano espiritual, enquanto Divaldo citava os horrores do holocausto.
“- Naquela manhã – começou o Espírito comunicante - eu participei de uma assembléia das vítimas do holocausto, de diversas nacionalidades, que fomos trazidos para esta Casa a fim de assistir o relato que ele iria apresentar. Éramos um grande grupo.
- A finalidade de nossa presença relacionava-se com a necessidade que cada um sentia, intimamente, de compreender os motivos pelos quais tivemos que passar por tantos sofrimentos. Evidentemente que já havíamos sido informados a respeito, no meu caso, sendo judeu, as Leis do Torá foram diversas vezes citadas, não só para mim, mas igualmente aos meus irmãos de raça. Entretanto, isso não aclarava suficientemente as nossas mentes, ávidas de explicações que nos acalmassem a ânsia de saber mais profundamente.
- Ele (Divaldo) seguia relatando os detalhes do campo de concentração e a maneira como era efetuada a seleção dos que iam ser exterminados imediatamente à chegada e outros que seriam poupados para diferentes ocasiões. Não necessitamos de intérpretes para entendermos o que ele dizia, pois era como se houvesse tradução imediata. Neste momento em que transmito esta mensagem tenho alguma dificuldade com o idioma, mas estou conseguindo, com a ajuda superior.
- Grande número de prisioneiros, como no meu próprio caso, ia sendo levado às câmaras de gás, sem saber o porque daquele terrível destino. Na verdade, a maioria seguia como gado indo para o matadouro sem ter noção do que viria depois. Quando nos demos conta da realidade o horror que a todos invadiu foi enlouquecedor.
- Mas ali estávamos, naquela manhã, ouvindo o orador, de alguma forma refeitos das dores superlativas, do medo, da revolta, buscando respostas mais claras e tentando conceber como a Misericórdia de Deus atuou sobre nossas vidas mesmo em tão dramáticas circunstâncias.
- Fomos cientificados que nem todos, porém, vivenciaram reações semelhantes às nossas. Soubemos que algumas vítimas das atrocidades tiveram outra compreensão do que padeceram, libertando-se das injunções sofridas e logo alçando voos para regiões mais altas. Entretanto, por outro lado, tivemos notícias de que muitos daqueles ali exterminados se transformaram em vingadores, dominados pelo ódio contra os algozes, que o sofrimento acarretou.
- A explanação, todavia, não terminou quando ele encerrou a reunião (prossegue o comunicante). A partir daquele instante fomos sendo esclarecidos quanto aos pormenores para que tivéssemos um entendimento maior.
- 70 anos transcorridos até hoje é pouco tempo. Agora sabemos que séculos e séculos se passaram quando nos comprometemos perante a Contabilidade Divina. Fizemos parte de hordas cruéis de antigos povos bárbaros, devastando lares, destruindo famílias, incendiando cidades e vilas, pilhando e matando sem piedade para com adultos, crianças, velhos. Muitos de nós em outras épocas nos erigimos em seguidores de líderes considerados hediondos pela Humanidade. Foi assim que soubemos que cada um escreve sua própria história, somos, pois, herdeiros de nós mesmos. Este entendimento abriu-nos perspectivas inteiramente novas, acalmando-nos as emoções e os sentimentos.
- Nosso grupo, do qual sou representante, foi informado, que a presença de Divaldo ao campo de concentração de Auschwitz, hoje transformado em museu, para que os seres humanos jamais se esqueçam das terríveis ocorrências vividas naquele local por outros seres humanos, algozes e vítimas-, desencadeou uma série de providências, articuladas pelos Espíritos de Luz, para esclarecimento de grande parte dos que ali foram exterminados, apegados que estávamos a ideias de revolta, rebeldia e ceticismo quanto à justiça de Deus. Portanto, os relatos que ele tem apresentado proporciona benefícios notáveis a inúmeros grupos, que são encaminhados, constituindo um nobre programa de aclaramento da verdade.
-(Emocionado, o Espírito agradece) Foi assim que um horizonte novo se abriu para nós, graças às explicações profundas que o Espiritismo apresenta. Fomos envolvidos por um ambiente de amor e paz, que nos engrandeceu, porque até aquele dia cultivávamos a ideia negativa de nossa pequenez irremediável, como se nada mais restasse para cada um de nós. Igualmente passamos a sentir que Deus é Pai de todas as criaturas humanas, sem distinção de raça, sem rótulos religiosos ou qualquer separação. Portanto, agradecemos a esta Casa que nos acolheu. Prossigam nesse caminho, tendo Jesus como guia, O qual também nos é grato seguir.”
A Entidade se despediu, deixando-nos profundamente comovidos . Um profundo silêncio seguiu-se à comunicação do nosso querido irmão.
Mais alguns minutos e o Mentor da sessão, Dr. Almada Horta, trouxe-nos alguns esclarecimentos adicionais quanto ao trabalho realizado decorrente da visita do querido amigo Divaldo Franco.
Na prece final Vitor externou toda a gratidão do grupo mediúnico e, também de nossa SEJA por esse significativo ensejo de trabalho, reconhecendo que de nossa parte pouco fizemos e que tudo devemos a mentora da SEJA, Joanna de Ângelis.
Suely Caldas Schubert
Fonte: Espiritualidade e Ciência
Pensamentos de André Luiz
Algumas comunicações foram acontecendo.
Aproximando-se a parte final dos trabalhos, comunica-se um Espírito, por meu intermédio, que relata o que aconteceu, no plano espiritual, enquanto Divaldo citava os horrores do holocausto.
“- Naquela manhã – começou o Espírito comunicante - eu participei de uma assembléia das vítimas do holocausto, de diversas nacionalidades, que fomos trazidos para esta Casa a fim de assistir o relato que ele iria apresentar. Éramos um grande grupo.
- A finalidade de nossa presença relacionava-se com a necessidade que cada um sentia, intimamente, de compreender os motivos pelos quais tivemos que passar por tantos sofrimentos. Evidentemente que já havíamos sido informados a respeito, no meu caso, sendo judeu, as Leis do Torá foram diversas vezes citadas, não só para mim, mas igualmente aos meus irmãos de raça. Entretanto, isso não aclarava suficientemente as nossas mentes, ávidas de explicações que nos acalmassem a ânsia de saber mais profundamente.
- Ele (Divaldo) seguia relatando os detalhes do campo de concentração e a maneira como era efetuada a seleção dos que iam ser exterminados imediatamente à chegada e outros que seriam poupados para diferentes ocasiões. Não necessitamos de intérpretes para entendermos o que ele dizia, pois era como se houvesse tradução imediata. Neste momento em que transmito esta mensagem tenho alguma dificuldade com o idioma, mas estou conseguindo, com a ajuda superior.
- Grande número de prisioneiros, como no meu próprio caso, ia sendo levado às câmaras de gás, sem saber o porque daquele terrível destino. Na verdade, a maioria seguia como gado indo para o matadouro sem ter noção do que viria depois. Quando nos demos conta da realidade o horror que a todos invadiu foi enlouquecedor.
- Mas ali estávamos, naquela manhã, ouvindo o orador, de alguma forma refeitos das dores superlativas, do medo, da revolta, buscando respostas mais claras e tentando conceber como a Misericórdia de Deus atuou sobre nossas vidas mesmo em tão dramáticas circunstâncias.
- Fomos cientificados que nem todos, porém, vivenciaram reações semelhantes às nossas. Soubemos que algumas vítimas das atrocidades tiveram outra compreensão do que padeceram, libertando-se das injunções sofridas e logo alçando voos para regiões mais altas. Entretanto, por outro lado, tivemos notícias de que muitos daqueles ali exterminados se transformaram em vingadores, dominados pelo ódio contra os algozes, que o sofrimento acarretou.
- A explanação, todavia, não terminou quando ele encerrou a reunião (prossegue o comunicante). A partir daquele instante fomos sendo esclarecidos quanto aos pormenores para que tivéssemos um entendimento maior.
- 70 anos transcorridos até hoje é pouco tempo. Agora sabemos que séculos e séculos se passaram quando nos comprometemos perante a Contabilidade Divina. Fizemos parte de hordas cruéis de antigos povos bárbaros, devastando lares, destruindo famílias, incendiando cidades e vilas, pilhando e matando sem piedade para com adultos, crianças, velhos. Muitos de nós em outras épocas nos erigimos em seguidores de líderes considerados hediondos pela Humanidade. Foi assim que soubemos que cada um escreve sua própria história, somos, pois, herdeiros de nós mesmos. Este entendimento abriu-nos perspectivas inteiramente novas, acalmando-nos as emoções e os sentimentos.
- Nosso grupo, do qual sou representante, foi informado, que a presença de Divaldo ao campo de concentração de Auschwitz, hoje transformado em museu, para que os seres humanos jamais se esqueçam das terríveis ocorrências vividas naquele local por outros seres humanos, algozes e vítimas-, desencadeou uma série de providências, articuladas pelos Espíritos de Luz, para esclarecimento de grande parte dos que ali foram exterminados, apegados que estávamos a ideias de revolta, rebeldia e ceticismo quanto à justiça de Deus. Portanto, os relatos que ele tem apresentado proporciona benefícios notáveis a inúmeros grupos, que são encaminhados, constituindo um nobre programa de aclaramento da verdade.
-(Emocionado, o Espírito agradece) Foi assim que um horizonte novo se abriu para nós, graças às explicações profundas que o Espiritismo apresenta. Fomos envolvidos por um ambiente de amor e paz, que nos engrandeceu, porque até aquele dia cultivávamos a ideia negativa de nossa pequenez irremediável, como se nada mais restasse para cada um de nós. Igualmente passamos a sentir que Deus é Pai de todas as criaturas humanas, sem distinção de raça, sem rótulos religiosos ou qualquer separação. Portanto, agradecemos a esta Casa que nos acolheu. Prossigam nesse caminho, tendo Jesus como guia, O qual também nos é grato seguir.”
A Entidade se despediu, deixando-nos profundamente comovidos . Um profundo silêncio seguiu-se à comunicação do nosso querido irmão.
Mais alguns minutos e o Mentor da sessão, Dr. Almada Horta, trouxe-nos alguns esclarecimentos adicionais quanto ao trabalho realizado decorrente da visita do querido amigo Divaldo Franco.
Na prece final Vitor externou toda a gratidão do grupo mediúnico e, também de nossa SEJA por esse significativo ensejo de trabalho, reconhecendo que de nossa parte pouco fizemos e que tudo devemos a mentora da SEJA, Joanna de Ângelis.
Suely Caldas Schubert
Fonte: Espiritualidade e Ciência
Pensamentos de André Luiz
Nenhum comentário:
Postar um comentário