Era uma agradável tarde de sábado e estávamos na ecumênica área da casa do Chico, quando alguém lhe disse:
- Chico, fale-nos sobre Meimei.
Sua fala mansa e agradável começou a penetrar-nos ouvidos.
- É um espírito que tem trabalhado muito. Lembro-me quando ela precisou encaminhar seu ex-esposo, que andava muito triste, para o segundo matrimônio. Quando a data do casamento estava próxima, ela começou a sentir um pouco de ciúmes e desejou voltar para junto dele. “Como esposa, não dá mais tempo. Mas, como filha, ainda posso”, pensou ela.
Fez a solicitação, mas seu requerimento foi parar nas mãos de nosso caro Emmanuel. Ele a chamou e disse:
- A senhora tem méritos suficientes para nascer como filha de seu ex-esposo, mas por que, então a senhora sensibilizou tantos corações com suas mensagens, levantando creches e lares para crianças? Deseja deixar o trabalho sobre os ombros dos companheiros e voltar à Terra por uma simples questão de ciúmes? Posso encaminhar seu requerimento às Autoridades Superiores, mas quero que a senhora fique bem certa que ele vai sair daqui com o primeiro “não”, que é o meu.
Desde então, Meimei desistiu da idéia e continua no mundo Espiritual graças a Deus.
Os dois tipos de sofrimentos, físico e moral, são de exclusiva culpa do próprio homem, que ao se desviar das leis divinas e humanas, atraem para si as dores e sofrimentos que experimentam, aqui e do outro lado da vida. O sofrimento material algumas vezes independe da vontade do homem, mas o sofrimento moral como: o orgulho ferido, a ambição frustrada, a ansiedade da avareza, a inveja, o ciúme, todas as paixões, numa palavra, são torturas da alma, ou seja, são fraquezas da alma. (O Livro dos Espíritos, questão 933)
183 –Como se interpreta o ciúme no plano espiritual?
-O ciúme, propriamente considerado nas suas expressões de escândalo e de violência, é um indício de atraso moral ou de estacionamento no egoísmo, dolorosa situação que o homem somente vencerá a golpes de muito esforço, na oração e na vigilância, de modo a enriquecer o seu íntimo com a luz do amor universal, começando pela piedade para com todos os que sofrem e erram, guardando também a disposição sadia para cooperar na elevação de cada um.
Só a compreensão da vida, colocando-nos na situação de quem errou ou de quem sofre, a fim de iluminarmos o raciocínio para a análise serena dos acontecimentos, poderá aniquilar o ciúme no coração, de modo a cerrar-se a porta ao perigo, pela qual toda alma pode atirar-se a terríveis tentações, com largos reflexos nos dias do futuro.
(O Consolador - Emmanuel)
Por trabalhadores do Bem
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