quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Serenidade e Acomodação

Você já observou que um dos maiores inimigos do homem é a acomodação? Irmã da indiferença, aparentada com a preguiça, a acomodação é como uma doença que aos poucos paralisa as iniciativas humanas.
A acomodação vai contra o ritmo da vida. Sim, porque aqui na Terra tudo nos convida ao trabalho. A ação move a roda do progresso e é responsável pelos avanços humanos.
Sem trabalho, o homem se afasta de seu grupo social. Sem agir, ele se torna praticamente invisível aos outros. E assim foge ao contato que pode enriquecer sua experiência de vida.
Você já notou como há gente acomodada no Mundo? Pessoas que, à primeira dificuldade, simplesmente desistem. Outras há que sequer começam qualquer coisa que dê trabalho dobrado. São vítimas da preguiça.
É óbvio que essa acomodação não se restringe apenas ao trabalho. Quem é acomodado, leva isso para todos os demais aspectos da vida.
Assim, o acomodado não busca se aperfeiçoar ou se aprimorar. Pior: geralmente, costuma reclamar que não é valorizado. Esquece que não é valorizado porque está parado no tempo.
A atitude do acomodado é muito diferente da atitude de uma pessoa que enfrenta os acontecimentos da vida com serenidade. Vamos ver qual a diferença?
Sereno é aquele que, diante de uma situação adversa analisa todas as variáveis: verifica onde errou, como pode corrigir e pesa os prós e os contras.
Em geral, a pessoa realmente serena não se deixa perturbar pelas dificuldades, mas busca soluções.
O acomodado é bem diferente. Ele diz simplesmente: “Deus quis assim e eu não vou contra Ele”. E cruza os braços!
Ora, é indiscutível que tudo o que acontece é porque Deus permite. Também não se trata de ser contra a vontade divina. No entanto, as dificuldades chegam para que aprendamos a lidar com elas.
Ou seja: toda situação difícil traz uma lição. Mas esse aprendizado é longo e tem várias fases.
Depois de observar quais lições aprendemos com determinados episódios, o passo seguinte é verificar se podemos minimizar os efeitos negativos.
A diferença entre uma pessoa tranqüila e uma pessoa acomodada é que a segunda não aproveita a lição de forma completa.
Ela pára no meio do caminho. Quando algo aparentemente ruim acontece, chora, se lamenta e fica por isso mesmo.
Algumas vezes até permanece calma, mas não reflete, nem toma qualquer atitude para que no futuro não mais seja atingida por situações semelhantes.
Em verdade, o acomodado tem preguiça de pensar no que fará daí por diante. Para ele é mais fácil varrer as dificuldades para debaixo do tapete do esquecimento.
E esse conformismo paralisa a criatura, faz com que ela se torne apática, sem iniciativa.
Por isso, vale a pena observar os nossos atos perante a vida. Que estamos fazendo com as lições que Deus nos permite vivenciar?
Será que estamos aproveitando para mudar hábitos negativos? Para modificar a maneira de ver as coisas?
Não esqueça de que cada momento vivido é um instante único em nossa trajetória. Cada lágrima ou sorriso carrega consigo um mundo de ricas experiências que devemos aproveitar.

Pense nisso!
Redação do Momento Espírita

Permanece em Serenidade

A Terra é, sem dúvida, um hospital-escola de provas e expiações.
Os seus alunos ainda tateiam nas experiências do primarismo, renteando com as paixões fortes que remanescem como heranças dos seus instintos agressivos.
Por isso, manifestam-se os abusos e descalabros, gerando desordens que retardam a marcha do progresso.
Distraído ou agitado, o homem insiste na preservação da estrutura material em detrimento da sua realidade espiritual, dos seus valores éticos, da autoconsciência responsável.
Frágil na constituição orgânica, cuja existência pode diluir-se após uma picada insignificante que lhe infecte a maquinaria, usa-a qual se a mesma pudesse manter-se indefinidamente.
Constituído por células que se renovam e equipamentos de duração efêmera, não se dá conta da transitoriedade nele latente e ensoberbece-se, brutaliza-se, tornando-se prepotente e dominador, pisoteando física e moralmente todos quantos lhe tombam sob as injunções cruéis.
Tudo, nele, é convite à reflexão, à tolerância, ao amor. Não obstante, o seu comportamento envilece-o, retendo-o nas amarras do primitivismo, enquanto são desprezados os apelos para o crescimento, a ascensão.
Apesar disso, na condição de aprendiz da vida, a dor o faz, a prazo necessário, descortinar as metas que deve alcançar, atraindo-o para os altos cimos da liberdade e da paz.
antém-te sereno ante as vicissitudes, por mais rudes se te apresentem. Elas te fortalecerão as fibras morais para empreendimentos mais dignificadores.
Retribui com o bem, sem qualquer ressentimento, todo o mal que te façam. Quem age corretamente, desfruta de paz íntima.
Desconecta a mente das angústias e cultiva o otimismo dinâmico. O bem é a única diretriz para a saúde integral.
Avança com serenidade, considerando que estás em trânsito no mundo corporal. Quem vive em vigilância nunca padece surpresas desagradáveis.
Executa as tarefas que te dizem respeito com equilíbrio, com fidelidade ao dever. O tempo preenchido com ações úteis se transforma em agente de felicidade.
Verás, na convivencia humana, pessoas que parecem ditosas, despreocupadas, plenas. No entanto, não o são; apenas parecem. Desconhece-lhes o calvário interior e quanto dariam para trocar a sua pela tua vida.
Destacam-se, ao teu lado, as criaturas odientas, perversas, que galgam os degraus da fama e do poder utilizando-se de recursos ignóbeis. Magoas-te com a sua irreverência. Desconheces, porém, a loucura que as domina, assim como a desdita em que se asfixiam, assumindo essas atitudes como mecanismos de demência escapista.
As almas estão na Terra em processo de reparação.
Cuida-te e cresce para Deus com a consciência transparente.
Jesus, a Vítima sem culpa, aceitou a injunção arbitrária para ensinar paciência, resignação e confiança irrestrida em Deus, em extraordinária demonstração de certeza da imortalidade, que confirmou ao retornar da sepultura em esplendorosa ressurreição.
- Joanna de Ângelis & Divaldo Franco

Dívida e Resgate

Uma das cunhadas do Chico Xavier teve um filho ‘anormal’. Braços e pernas atrofiados. Os olhos, cobertos por uma espessa névoa, mantinham-no mergulhado na mais completa escuridão. Inspirava medo às pessoas que o viam. Era tão deformado que a mãe ao vê-lo teve um choque e foi internada num hospital de doentes mentais.
O Chico ficou sozinho com o sobrinho.
Cuidar dele não era fácil. Medicá-lo, banhá-lo e aplicar-lhe um clister diariamente. O menino não deglutia e para alimentá-lo, Chico tinha que formar uma pequena bola com a comida, colocar em sua garganta e empurrar com o dedo.
Isto, durante onze anos aproximadamente.
Quando o sobrinho piorava, Chico rezava muito para que ele não desencarnasse. Já o amava como um filho.
Um dia o Espírito Emmanuel lhe disse:
— Ele só vai desencarnar quando o pulmão começar a desenvolver e não encontrar espaço. Aí, então, qualquer resfriado pode se transformar numa pneumonia e ele partirá.
Quando estava próximo dos doze anos, foi acometido de uma forte gripe e começou a definhar.
Na hora do desencarne, seus olhos voltaram a enxergar. Ele olhou para o Chico e procurou traduzir toda a sua gratidão naquele olhar.
Emmanuel, presente, explicou:
— Graças a Deus. É a primeira vez, depois de cento e cinqüenta anos, que seus olhos voltam para a Luz. As suas dívidas do passado foram aniquiladas. Louvado seja Jesus.

Chico xavier-Adelino Silveira

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Forma-Pensamento...

O pensamento trabalha o tempo todo sem cessar. Ele se desenvolve através de símbolos por meio da imaginação, que é a grande capacidade criadora do Espírito. Através dessa capacidade criamos imagens mentais, e em seguida tentamos transformá-las em palavras.
  Portanto, é através do símbolo que o homem pensa. Toda criação se inicia através do pensamento que pode ser bom ou mal, porque todo pensamento carrega energia e possui uma forma. Essa teoria é a forma-pensamento.
 Por meio dessas formas que criamos através dos pensamentos, atraímos para perto de nós energia correspondente, consciente ou inconsciente, seres elementais, que vivem no mundo astral, das emoções, podendo ser benéficos ou maléficos , conforme a qualidade de força da vibração de cada forma-pensamento que produzimos.
 Um pensamento de cólera, por exemplo, emite uma cor relâmpago vermelha e chama a si elementais que se projetam para quem os atrai, e um deles, penetra a forma-pensamento e dá-lhe atividade independente, de um gênero destrutivo e desorganizador.
 As formas-pensamento animadas por elementais têm período de vida correspondente à quantidade de energia que colocamos nela e do tempo que a alimentamos com essa energia, que se mantém através da repetição do mesmo pensamento.
 É dessa forma que colocamos formas auto criadas povoando o mundo ao nosso redor de: desejos, paixões, impulsos, invejas cóleras ou seja, criando um ambiente negativo. Mas também se quisermos poderemos criar elementais de: amor, compaixão, generosidade, indulgência, tolerância, afetividade, lucidez, caridade e conseqüentemente equilíbrio e paz, porque segundo a “grande lei” estamos sujeitos à tudo aquilo que criamos.
 Através do livre arbítrio, você escolhe os pensamentos, conseqüentemente, gera uma vibração relativa àquela forma-pensamento correspondente, e viverá atrelada a ela até optar pela mudança. Responde pelos seus atos, arca com as consequências.
 Considerando que toda e qualquer ação e toda e qualquer pensamento, fica registrado na memória vital do espírito e no éter cósmico, pode-se caracterizar as formas-pensamento como concretizadores de pensamentos. Por exemplo, se um homem, num ambiente de trabalho, sente inveja de um colega, pelo fato de este se mostrar mais competente, mais esforçado e, portanto, mais solicitado e admirado, a inveja do primeiro, “cria”, no éter cósmico uma forma –pensamento própria de sentimento.
 Essa forma-pensamento pode possuir forma física, como a de uma faca, de um homem morto, ou pode possuir forma indefinida, caracterizando apenas o sentimento pelo qual ela foi gerada. A forma-pensamento pode se depositar no éter cósmico, ou pode colar-se ao indivíduo invejado, no caso do exemplo em questão, causando-lhe prejuízos psíquicos e até físicos. Está aí a explicação do famoso “mau-olhado”, agouro direcionado a uma pessoa que, efetivamente, na maioria dos casos, logra prejuízos.
 Porém, as formas-pensamentos não se resumem apenas a sentimentos baixos. Elas podem se originar de sentimentos lies, como o amor ou a benevolência. Por exemplo, uma mãe, amando profundamente seus filhos, ao assistir ao progresso dos mesmos, se enche de alegria envia forma-pensamento benéficas a eles, que podem se caracterizar por imagens alegres como um coração, um rosto sorrindo, ou por formas indefinidas mas de cores vivazes e alegres.
 Por isso, é sempre bom pedir em nossas orações ajuda àqueles que, mesmo sem querer, exercem esse maligno prejuízo aos outros, e pedir também que nossa casa, assim como nós mesmo, possamos ser limpos pelos espíritos amigos de quaisquer formas-pensamento negativas que possam ter-se depositado em nossa casa ou em nós.
 É importante acrescentar que somente os espíritos já evoluídos é que conseguem dar a forma e comandar com plenos poderes suas formas-pensamento; os demais espíritos as produzem inconscientemente.
      Ramatis-Harmonia Espiritual

sábado, 24 de setembro de 2011

Causas espirituais das doenças

   Será que, ao nos sintonizarmos com energias e atitudes negativas, não estamos abrindo caminho para ficarmos doentes?
  Antes de se falar em cura espiritual, é importante definirmos o que é uma doença. Seria ela um mal de fato? No livro Mãos de Luz, a curadora norte-americana Barbara Ann Brennan apresenta um raciocínio muito interessante: "Toda doença é uma mensagem direta dirigida a você, dizendo-lhe que não tem amado quem você é e nem se tratado com carinho, a fim de ser quem você é". De fato, todas as vezes que nosso corpo apresentar alguma "doença", isto deve ser tomado como um sinal de que alguma coisa não está bem.
   A doença não é uma causa, é uma conseqüência proveniente das energias negativas que circulam por nossos organismos espiritual e material. O controle das energias é feito através dos pensamentos e dos sentimentos, portanto, possuímos energias que nos causam doenças porque somos indisciplinados mentalmente e emocionalmente. Em Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz explica que "assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual absorve elementos que lhe degradam, com reflexos sobre as células materiais".
   Permanentemente, recebemos energia vital que vem do cosmo, da alimentação, da respiração e da irradiação das outras pessoas e para elas imprimimos a energia gerada por nós mesmos. Assim, somos responsáveis por emitir boas ou más energias às outras pessoas. A energia que irradiamos aos outros estará impregnada com nossa carga energética, isto é, carregada das energias de nossos pensamentos e de nossos sentimentos, sendo necessário que vigiemos o que pensamos e sentimos.
   TIPOS DE DOENÇAS:

   Podemos classificar as doenças em três tipos: físicas, espirituais e atraídas ou simbióticas. As doenças físicas são distúrbios provocados por algum acidente, excesso de esforço ou exagero alimentar, entre outros, que fazem um ou mais órgãos não funcionarem como deveriam, criando uma indisposição orgânica.
   As doenças espirituais são aquelas provenientes de nossas vibrações. O acúmulo de energias nocivas em nosso perispírito gera a auto-intoxicação fluídica. Quando estas energias descem para o organismo físico, criam um campo energético propício para a instalação de doenças que afetam todos os órgãos vitais, como coração, fígado, pulmões, estômago etc., arrastando um corolário de sofrimentos.
   As energias nocivas que provocam as doenças espirituais podem ser oriundas de reencarnações anteriores, que se mantém no perispírito enfermo enquanto não são drenadas. Em cada reencarnação, já ao nascer ou até mesmo na vida intra-uterina, podemos trazer os efeitos das energias nocivas presentes em nosso perispírito, que se agravam à medida que acumulamos mais energia negativa na reencarnação atual. Enquanto persistirem as energias nocivas no perispírito, a cura não se completará.
   Já as doenças atraídas ou simbióticas são aquelas que chegam por meio de uma sintonia com fluidos negativos. O que uma criatura colérica vibrando sempre maldades e pestilências pode atrair senão as mesmas coisas? Essa atração gera uma simbiose energética que, pela via fluídica, causa a percepção da doença que está afetando o organismo do espírito que está imantado energeticamente na pessoa, provocando a sensação de que a doença está nela, pois passa a sentir todos os sintomas que o espírito sente. Aí, a pessoa vai ao médico e este nada encontra.
   André Luiz afirma que "se a mente encarnada não conseguiu ainda disciplinar e dominar suas emoções e alimenta paixões (ódio, inveja, idéias de vingança), ela entrará em sintonia com os irmãos do plano espiritual, que emitirão fluidos maléficos para impregnar o perispírito do encarnado, intoxicando-o com essas emissões mentais e podendo levá-lo até à doença". 
Por Edvaldo Kulcheski - Revista Cristã de Espiritismo - n.º 2

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Convite ao Perdão

Francisco Cândido Xavier foi um homem que viveu semeando a palavra do Cristo. Através das suas atitudes, pregou a paz e ensinou a caridade. Sua vida foi um exemplo de conduta cristã.
Médium, viveu por noventa e dois anos, foi desprezado por muitos e durante sua vida sofreu ofensas e insultos, tendo passado imune a tudo.
Em uma de suas muitas frases que ficaram registradas, ele disse:
Graças a Deus, não me lembro de ter revidado a menor ofensa que sofri, certamente objetivando, todas elas, o meu aprendizado. E não me recordo de que tenha, conscientemente, magoado a quem quer que fosse.
Esta frase nos faz refletir sobre a forma como agimos diante das ofensas que sofremos. No cotidiano, nos deparamos com situações que põem à prova a nossa conduta.
São os olhares de desprezo ou de inveja. As palavras que ferem, humilham, magoam. As indelicadezas e os gestos que perturbam e ofendem.
São também as atitudes contínuas de omissão, de abandono dos deveres, ou de opressão, que acontecem entre irmãos, casais, pais e filhos, que vão se somando e se transformando em imensas mágoas.
É comum vermos famílias desestruturadas pelo cultivo da raiva, do rancor e da indelicadeza. Enfim, vemos com frequência, relações se esvaindo pela ausência do perdão.
Seja qual for a gravidade do ato infeliz que nos atinja, enxerguemos o outro, que nos fere e magoa, como alguém que pode estar enfermo e precisando de ajuda.
E como escolhemos agir diante de quem nos ofende?
Quando procedemos da mesma forma que o outro, entrando na sua sintonia, revidando, seja com palavras ou com atitudes, estaremos deixando que o outro dite a nossa conduta.
Estaremos nos equiparando àquele que cometeu o gesto desequilibrado.
É certo que ficamos tristes quando alguém nos ofende, mas o que deveria mesmo nos entristecer, é quando somos nós os ofensores.
Trabalhar o perdão ao próximo, assim como o autoperdão, é um exercício diário que podemos nos propor. Todos nós somos capazes de perdoar.
Não nos esqueçamos de que, por diversas vezes, nós é que desejamos ser perdoados.
Temos que começar relevando e perdoando as leves ofensas, para que estejamos preparados, quando nos depararmos com situações mais delicadas que nos exijam essa virtude.
Perdoar também é doar. Ao perdoar estaremos doando entendimento, paciência, compreensão e o amor que purifica. O esquecimento das ofensas é próprio da alma elevada.
Mas o perdão não é o esquecimento do fato. Por vezes, torna-se difícil eliminar da memória uma atitude que tenha nos ferido.
Perdoar é cessar de ter raiva, é deixar de nutrir em nós o ressentimento pela pessoa que nos causou a dor ou o gesto infeliz que nos atingiu.
Perdoar acalma, liberta, traz paz e harmonia às nossas vidas.
O verdadeiro perdão é aquele que vem do coração e não dos lábios.
Façamo-nos hoje o convite para que deixemos que o perdão triunfe sobre a mágoa e o ressentimento.

Redação do Momento Espírita.

No clima da oração

A oração nem sempre nos retira do sofrimento, mas sempre nos reveste de forças para suportá-lo.
Não nos afasta os problemas do cotidiano, entretanto, nos clareia o raciocínio, a fim de resolve-los com segurança.
Não nos modifica as pessoas difíceis dos quadros de convivência, no entanto, nos ilumina os sentimentos, de modo a aceitá-las como são.
Nem sempre nos cura as enfermidades, contudo, em qualquer ocasião, nos fortalece para o tratamento preciso.
Não nos imuniza contra a tentação, mas nos multiplica as energias para que lhe evitemos a intromissão, sempre desdobrar-se, através de influências obsessivas.
Não nos livra da injúria e da perseguição, entretanto, se quisermos, ei-la que nos sugere o silêncio, dentro do qual deixaremos de ser instrumentos para a extensão do mal.
Não nos isenta da incompreensão alheia, porém, nos inclina à tolerância para que a sombra do desequilíbrio não nos atinja o coração.
Nem sempre nos evitará os obstáculos e as provações do caminho que nos experimentem por fora, mas sempre nos garantirá a tranqüilidade, por dentro de nós, induzindo-nos a reconhecer que, em todos os acontecimentos da vida, Deus nos faz sempre o melhor.

 MEIME- Francisco Xavier

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Confia Sempre

Confia sempre. Não percas a tua fé entre as sombras do mundo. Ainda que os teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima de ti mesmo.
 Crê e trabalha. Esforça-te no bem e espera com paciência. Tudo passa e tudo se renova   na terra, mas o que vem do céu permanecerá.
 De todos os infelizes os mais desditosos são os que perderam a confiança em Deus e em si mesmo, porque o maior infortúnio é sofrer a privação da fé e prosseguir vivendo.
 Eleva, pois, o teu olhar e caminha. Luta e serve. Aprende e adianta-te. Brilha a alvorada além da noite.
 Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com a aflição ou ameaçando-te com a morte...Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia.
 . *** Meimei * Francisco Xavier-Harmonia Espiritual

sábado, 17 de setembro de 2011

Sombra e Luz

Sombra e luz, escuridão e claridade... Essa realidade dupla forma o interior do ser humano, que tenta negar-se a cada dia, enganando-se. A maioria das pessoas quer ser apenas luz. Recusam-se a identificar a sombra que faz parte delas.
 Religiosos de um modo geral falam de um lado sombrio, diabólico, umbralino, como se esse lado escuro fosse algo externo, ruim, execrável. Até quando negar a realidade íntima? Até quando adiar o conhecimento do mundo interno?
 Várias tentativas foram realizadas para conscientizar o homem terreno de que as chamadas trevas exteriores são apenas o reflexo do que existe dentro dele... Luz e sombra são aspectos internos do ser e não representam necessariamente um lado ruim e outro bom.
  A sombra não é pior do que a luz. Apenas faz parte de um equilíbrio universal ainda necessário para a visão do homem terrestre. São dois pólos de uma verdade interna, mais profunda. A sombra representa um aspecto transitório, porém necessário para o ser reavaliar-se ante os apelos da vida e as lutas que o fizeram ser o que é.
 Quando é proposta a realização de uma excursão aos domínios das sombras, espera-se que haja coragem para admitir que esse reino obscuro tem sua raiz dentro do próprio ser humano. Ele não existe à parte ou em separado. É preciso reconhecer que a natureza do plano astral, da paisagem extrafísica é apenas a exteriorização do mundo íntimo de cada um. Dessa forma, não há como descortinar a realidade do astral inferior sem enfrentar-se, sem encontrar a si mesmo, em seu lado sombra, escuro e muitas vezes renegado.
  Essa transitoriedade em qualquer plano da vida é uma etapa de aprendizado, adaptação, revisão dos valores adquiridos em lutas e desafios na grande jornada interna, pessoal, íntima. Portanto, viver esse lado de forma mais plena, conhecer-se mais profundamente, enfrentar-se sem mascarar-se talvez seja um caminho mais excelente— Parafraseando o apóstolo Paulo — do que aquele que as religiões do mundo vêm oferecendo e que se reflete em fugas da realidade. Jamais se esqueça, porém, de que mal ou bem, trevas ou luz, sombra ou claridade fazem parte de você, de mim, do universo...
 Portanto, a jornada que ora se inicia pode representar muito para seu crescimento..
                                         Harmonia Espiritual

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Doenças

 1 – O câncer é uma enfermidade cármica?
A experiência diz que sim. Estamos submetidos a um mecanismo de causa e efeito que nos premia com a saúde ou corrige com a doença, de acordo com nossas ações.
2 – O câncer seria o resultado de um comportamento desajustado, em vidas anteriores?
Nem sempre. Como já comentamos, a causa pode estar nesta existência.
3 – Um exemplo…
As estatísticas demonstram grande incidência de câncer no pulmão, em pessoas que fumam. Há elementos cancerígenos nas substâncias que compõem o cigarro. Quem fuma, portanto, é sério candidato a esse mal. Será o seu carma. Vi, noutro dia, uma charge ilustrativa, em que um cigarro diz para o fumante: "Hoje você me acendeu. Amanhã eu o apagarei!" Certíssimo!
4 – Está demonstrado que os fumantes passivos, pessoas que convivem com fumantes, também podem ter câncer. Como explicar essa situação?
Não há inocentes na Terra, um planeta de provas e expiações. O fumante passivo que venha a contrair câncer tem comprometimentos do passado que justificam seu problema. Aliás, o simples fato de aqui vivermos significa que merecemos tudo o que aqui possa nos acontecer. Se não merecêssemos, estaríamos morando em mundos mais saudáveis.
5 – Isso isenta de responsabilidade o fumante que polui o ambiente, situando-o como instrumento de resgate para alguém?
Ao contrário, apenas o compromete mais. Deus não necessita do concurso humano para exercitar a justiça. Além de responder pelos desajustes que provoca em si mesmo, responderá por prejuízos causados ao meio ambiente e às pessoas.
6 – A Medicina vem desenvolvendo técnicas para a cura do câncer. Concebe-se que dentro de algumas décadas será possível a cura radical em todas as suas manifestações. Como ficarão aqueles que estão se reajustando perante as leis divinas a partir de um carcinoma?
A Medicina vem fazendo grandes progressos, mas está longe de erradicar a doença. Males são superados; outros surgem. Nos domínios da sexualidade, a sífilis era um flagelo, decorrente da promiscuidade. Hoje é a AIDS. A dor, a grande mestra, que tem na enfermidade um de seus aguilhões, continuará a nos corrigir, até que aprendamos a respeitar as leis divinas.
7 – A pessoa que sofre bastante, vitimada por um câncer, resgatou seus débitos, habilitando-se a um futuro feliz na espiritualidade?
A doença elimina as sombras do passado, mas não ilumina o futuro. Este depende de nossas ações, da maneira como enfrentamos problemas e enfermidades. Quando o nosso comportamento diante da dor não oprime aqueles que nos rodeiam, estamos nos redimindo, habilitados a um porvir glorioso.
8 – Como funciona isso?
Se o paciente tem câncer, suas dores implicarão em sofrimento para a família. Tudo bem. Faz parte das experiências humanas. Mas, dependendo da maneira como enfrentar seu problema, poderá gerar aflições bem maiores para todos, o que acontece com o paciente revoltado, inconformado, agressivo. Se humilde e resignado, a família lidará melhor com a situação. Pacientes assim estão "zerando o carma".
 Richard Simonetti - Do livro: Reencarnação: Tudo o que você precisa Saber


Aos Rebeldes

 –Quando os filhos são rebeldes e incorrigíveis, impermeáveis a todos os processos educativos,como devem proceder aos pais?-Depois de movimentar todos os processos de amor e de energia no trabalho de orientação educativa dos filhos, é justo que os responsáveis pela família dê continuidade aos ensinamentos e
que a providência Divina dê o esclarecimento necessário aos filhos incorregíveis compreendendo que essa manifestação deve chegar através de dores e de provas acerbas, de modo a semear-lhes, com êxito, o campo da compreensão e do sentimento.
Como poderão os pais despertar no íntimo do filho rebelde as noções sagradas do dever e das obrigaçães para com Deus?-Depois de esgotar todos os recursos a bem dos filhos e depois da prática sincera de todos os processos amorosos e enérgicos pela sua formação espiritual, sem êxito algum, é preciso que os pais estimem nesses filho adultos, que não lhes apreenderam a palavra e a exemplificação, os irmãos indiferentes ou endurecidos de sua alma, comparsas do passado delituoso, que é necessário entregar a Deus, de modo que sejam naturalmente trabalhados pelos processos tristes e violentos da educação do mundo.
A dor tem possibilidades desconhecidas para penetrar os espíritos, onde a linfa do amor não conseguiu brotar, não obstante o serviço inestimável do afeto paternal, humano.
Eis a razão pela qual, em certas circunstâncias da vida, faz-se mister que os pais estejam revestidos de suprema resignação, reconhecendo no sofrimento que persegue os filhos a manifestação de uma bondade superior, cujo buril oculto, constituído por sofrimentos, remodela e aperfeiçoa com vistas ao futuro espiritual."
("O Consolador", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Mortes Prematuras

Quando a morte acontece nas nossas famílias, arrebatando, sem restrições, os mais moços antes dos velhos, costumamos dizer: Deus não é justo, pois sacrifica um que está forte e tem grande futuro e conserva os que já viveram longos anos cheios de decepções;  e despedaça o coração de uma mãe, privando-a da inocente criatura que era toda a sua alegria.
É nesse ponto que precisamos elevar-nos acima  da vida, para compreendermos que o bem, muitas vezes, está onde julgamos ver o mal, a sábia previdência onde pensamos divisar a cega fatalidade do destino. Por que haveis de avaliar a justiça divina pela nossa?
Podemos supor que o Senhor dos mundos se aplique, por mero capricho, a nos infligir penas cruéis? Nada se faz sem um fim inteligente e, seja o que for que aconteça, tudo tem a sua razão de ser.

O que acontece com o Espírito na morte prematura? Normalmente, um retorno tranquilo. O que dificulta nossa readaptação à pátria espiritual é o apego à vida física, os comprometimentos com a ambição, as paixões, os vícios... O Espírito literalmente entranha-se na vida física, o que lhe impõe sérias dificuldades, até mesmo para perceber sua nova condição. Já o jovem nem sempre tem esses comprometimentos. É alguém que desperta para a vida, que ainda não se envolveu. Será logo acolhido e amparado pelos mentores espirituais, por familiares desencarnados.
O grande problema dos que partem nessa condição é a reação dos que ficam. Desespero, revolta, rebeldia são focos pestilentos de vibrações desajustadas, que atingem em cheio o passageiro da Eternidade, causando- lhe aflições e desajustes, já que nos primeiros tempos de vida espiritual tende a permanecer ligado psiquicamente à família. E o que é pior – na medida em que os familiares insistem nas lembranças, quando a desencarnação ocorreu em circunstâncias trágicas, induzem o Espírito a reviver, em tormento, todas  aquelas emoções.
Há uma mensagem famosa de uma jovem que desencarnou no incêndio do Edifício Joelma, psicografada por Francisco Cândido Xavier, dirigida à sua mãe.
Após dizer-lhe que fora muito bem amparada e que sua morte atendera a compromissos cármicos, pediu à mãe que não ficasse recordando do incêndio nem a contemplasse, na tela de sua mente, morrendo queimada. – Cada vez que a senhora me vê assim, é assim que me sinto.
Em vez de -se queixar,peça a Deus  para retirar deste vale de misérias um de seus filhos.
Não será egoísmo desejar que ele continue  sofrer connosco?  Nós, espíritas, porém, sabemos que a alma vive melhor quando desembaraçada do seu invólucro corpóreo.
Mães, saiba que nossos filhos amados estão perto de nós sim, nossos  pensamentos -lhes protegem, a lembrança que deles guardamos os transporta de alegria, e  também as nossas dores  os afligem, porque denotam falta de fé e exprimem uma revolta contra a vontade de Deus. Nós, que compreendemos a vida espiritual, escutamos as pulsações do nossos corações a chamar esses entes queridos pedimos a Deus que os abençoe, e eles serão consolados.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Aparências

"Às vezes, a santificação permanece com aquele que se afigura pecador e a maldade se resguarda no imo de quem se oculta na máscara da pobreza e da angústia, no jogo das aparências..."
Não te percas na contemplação excessiva do plano exterior, aniquilando a gloriosa oportunidade de tua própria ascensão à Luz Divina...
Aquele que passa na estrada, exibindo pesada bagagem de ouro, provavelmente transporta um coração atormentado e infeliz.
Muitas vezes, quem estende os braços, implorando a esmola fácil, traz consigo a revolta e a dureza íntima, sob o farrapo humilhante.
Não raro, o jovem que provoca a inveja de muitos se dirige para destino doloroso, fazendo-se credor de nossa simpatia em preces de intercessão.
Frequentemente, aquele que te parece feliz, no círculo da prosperidade transitória, é um irmão desventurado, entre aflições morais que lhe constringem o Espírito.
Não julgues o rico por impiedoso, nem o pobre por humilde.
Não suponhas a felicidade na beleza efêmera do corpo, nem admitas a virtude incorruptível onde se encontre a felicidade passageira.
Às vezes, a santificação permanece com aquele que se afigura pecador e a maldade se resguarda no imo de quem se oculta na máscara da pobreza e da angústia, no jogo das aparências.
Lembra-te de que a Força Divina sabe ver nas profundezas e, com o arado do tempo, tudo corrige, reajusta e eleva, sem necessidade de nossa apreciação individual.
Aproveitemos o campo da boa luta para a sementeira do bem, porque não responderemos pelos outros e sim por nós mesmos, quando a ordem superior da vida nos conduzir a exame necessário.
Não te prendas à sombra e, consciente de que receberemos, segundo as nossas próprias obras, procuremos, cada dia, a glória de servir, a fim de encontrarmos na imortalidade, fora das ilusões da carne, a Felicidade verdadeira e maior.
Emmanuel- Francisco Cândido Xavier 

domingo, 11 de setembro de 2011

Amar faz bem

Que Deus não permita que eu perca o romantismo, mesmo sabendo que as rosas não falam;
Que eu não perca o otimismo, mesmo sabendo que o futuro que nos espera não é assim tão alegre;
Que eu não perca a vontade de viver, mesmo sabendo que a vida é em muitos momentos dolorosa;
Que eu não perca a vontade de ter grandes amigos(as), mesmo sabendo que com as voltas do mundo, eles(as) acabam indo embora de nossas vidas;
Que eu não perca a vontade de ajudar as pessoas, mesmo sabendo que muitas delas, são incapazes de ver, reconhecer e retribuir esta ajuda;
Que eu não perca o equilíbrio, mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia;
Que eu não perca a vontade de amar, mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo pode não ter o mesmo sentimento por mim;
Que eu não perca a luz e o brilho no olhar, mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo, escurecerão meus olhos;
Que eu não perca a garra, mesmo sabendo que a derrota e a perda, são dois adversários extremamente poderosos;
Que eu não perca a razão, mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas;
Que eu não perca o sentimento de justiça, mesmo sabendo que posso ser prejudicado;
Que eu não perca o meu forte abraço, mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos;
Que eu não perca a beleza e a alegria de ver, mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha face;
Que eu não perca o amor por minha família, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigirá esforços incríveis para manter sua harmonia;
Que eu não perca a vontade de doar este enorme amor que existe em meu coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado;
Que eu não perca a vontade de ser grande, mesmo sabendo que o mundo é pequeno;
E acima de tudo... Que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente, que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois...
... a VIDA É CONSTRUÍDA NOS SONHOS E CONCRETIZADA NO AMOR!
Francisco Cândido Xavier

sábado, 10 de setembro de 2011

Paz Interior

"Aprendi que se aprende errando;
Que crescer nao significa fazer aniversário;
Que o silencio às vezes é a melhor resposta;
Que amigos conquistamos sendo nós mesmos;
Que os verdadeiros amigos estao conosco até o fim;
Que nao se espera a felicidade chegar,mas se procura por ela;
Que quando penso saber tudo,ainda nao aprendi nada;
Que a natureza é uma das coisas mais perfeitas na vida;
Que amar significa se dar por inteiro;
Que apenas um dia pode ser mais importante do que muitos anos;
Que se pode conversar com as estrelas;
Que se pode confessar com a lua;
Que se pode viajar além do infinito;
Que sonhar é preciso e procurar realizar esses sonhos é ainda mais necessário;
Que se deve ser criança a vida toda".
Que nosso ser é livre!!!
Que Deus nao proibe nada em nome do amor;
Que o julgamento alheio nao é importante;
Que o que realmente importa é a paz interior".

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O Umbral

Quando a pessoa desencarna, leva consigo todos os vícios, hábitos e lembranças que tinha enquanto encarnada. O fator que determina para onde ela vai após o desenlace físico é a conduta que teve em vida...
 Aqueles que desencarnam em baixo padrão vibratório acabam atraídos para regiões menos felizes. Este é o local de sofrimento, denominado Umbral. Segundo André Luiz, esta região está bem próxima à Terra e seus habitantes mantém estreita relação com os encarnados.
 Nessa região narrada como cidades em ruínas ou locais escuros e lodosos, vive toda a gama de espíritos sofredores, criminosos, e devedores de todo tipo e predomina lamentos e demonstrações de desespero. Lá impera a lei do mais forte, que na maioria das vezes mantém em seu jugo as almas fragilizadas e desprotegidas...
 Assim como nas colônias, o que molda a região Umbralina é o pensamento de seus habitantes. Este pensamento expele todo tipo de sentimento contrário ao bem, como a vingança contra inimigos encarnados e desencarnados.
 Não há ordem e equilíbrio; seus habitantes experimentam as mesmas sensações que tinham enquanto encarnados, como frio, medo, fome e sentem as dores das doenças que culminaram em sua desencarnação.
 Enquanto encarnados... reflitamos  mais em nossas atitudes...para que nossos pensamentos e atos sejam os mais nobres possíveis... 
Fonte:Harmonia Espiritual       

Como era a pessoa de Jesus Cristo,segundo documento que se encontra em Roma

Do governador da Judéia, Públios Lentulus, ao César Romano:
- Soube ó César, que desejavas informações acerca desse homem virtuoso que se chama Jesus, que o povo considera um profeta, e seus discípulos, o filho de Deus, criador do céu e da terra.
Com efeito, César, todos os dias se ouvem contar dele coisas maravilhosas.
Numa palavra, ele ressuscita os mortos e cura os enfermos.
É um homem de estatura regular, em cuja fisionomia se reflete tal doçura e tal dignidade que a gente sente obrigado a amá-lo e temê-lo ao mesmo tempo.
A sua cabeleira tem até as orelhas, a cor das nozes maduras e, daí aos ombros tingem-se de um louro claro e brilhante; divide-se uma risca ao meio, á moda nazarena.
A sua barba, da mesma cor da cabeleira, e encaracolada, não longa e também repartida ao meio.
Os seus olhos severos têm o brilho de um raio de sol; ninguém o pode olhar em face. Quando ele acusa ou verbera, inspira o temor, mas logo se põe a chorar.
Até nos rigores é afável e benévolo.
Diz-se que nunca ninguém o viu rir, mas muitas vezes foi visto chorando. As suas mãos são belas como seus braços, toda gente acha sua conversação agradável e sedutora.
Não é visto amiúde em público e, quando aparece, apresenta-se modestissimamente vestido. O seu porte é muito distinto. É belo.
Sua mãe, aliás, é a mais bela das mulheres que já se viu neste país..  Se o queres conhecer, ó César, como uma vez me escreveste, repete a tua ordem e eu te o mandarei.
Se bem que nunca houvesse estudado, esse homem conhece todas as ciências.
Anda descalço e de cabeça descoberta.
Muitos riem, quando ao longe o enxergam; desde que porém se encontram face a face com ele, tremem e admiram-no.
Dizem os hebreus que nunca viram um homem semelhante, nem doutrinas iguais às suas. Muitos crêem que ele seja Deus, outros afirmam que é teu inimigo, ó César.
Diz-se ainda que ele nunca desgostou ninguém, antes se esforça para fazer toda gente venturosa.
OBS 1
A descrição acima foi traduzida de uma carta de Públius Lentulus a César Augusto, Imperador de Roma.
Públius Lentulus foi predecessor de Pôncio Pilatos como governador da Judéia, na época em que Jesus Cristo iniciou seu ministério.O texto original encontra-se na biblioteca do Vaticano. Comprovada sua autenticidade, tornou-se, fora da Bíblia, o documento mais importante sobre a pessoa do Senhor Jesus.
OBS 2
Sabemos também que após a crucificação de Cristo Públius Lentulus tornou-se seu seguidor e, juntamente com sua filha Lívia, levava a palavra de Deus aos povos da época
fonte: www.recadosaarao.com.br

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Razão de Viver

 Muitas pessoas erguem-se pela manhã acreditando não existir qualquer sentido para despertarem.
Dormem sem nenhum objetivo e acordam do mesmo modo, transformando o dia-a-dia, em uma experiência insossa ou vazia.
Vagam pelas ruas, sem destino certo, à mercê do que lhes aconteça no curso do dia.
Levam uma vida sem direção, desvalorizando o tempo e a oportunidade de estarem reencarnados.
Deixam-se levar pelos “ventos do acaso”.
Não vêem significado em família, em amigos, nem em trabalho.
Quando se estabelece este estado d’alma, a pessoa corre o risco de ser tragada pelo aguaceiro das circunstâncias, sem quaisquer resistências morais para enfrentar as dificuldades.
Com certeza, não é o melhor modo de se viver.

 É urgente que nos possamos sentir como peças importantes nas engrenagens da vida.
É necessário que tomemos gradual consciência quanto ao nosso exato papel frente às leis de Deus.
Seria muito belo se cada pessoa – principalmente as que não vêem sentido para a própria vida – resolvessem perguntar-se:
“O que posso fazer em prol do mundo onde estou? Para que, afinal, é que eu vivo? Para quem é que eu vivo?”
Dificilmente não achará respostas valiosas, caso esteja, de fato, imbuída da vontade de conferir um sentido para sua existência.
Cada um de nós, quando se encontra nas pelejas do mundo terreno, pode viver para atender, para cuidar de alguém ou de alguma coisa, dando valor às suas horas.
 É importante dar sentido à vida.
É importante viver por algo ou por alguém.
Dedique-se a um ser que lhe seja querido, que lhe sensibilize a alma, e passe a viver em homenagem a ele, ou a eles, se forem vários.
Dedique-se a uma causa que lhe pareça significativa para o bem geral, e passe a viver em cooperação com ela.
Dedique-se a cuidar de plantas, de animais, do ambiente.
Apóie-se em algum projeto justo, desde que voltado para as fontes do bem, pois isso alimentará o seu íntimo.
Assim seus passos na terra não serão a esmo, ao azar.

 Quando se encontram razões para viver, passa-se a respeitar e a honrar as bênçãos da existência terrestre.
Cada momento se converte em oportunidade valiosa para crescer e progredir.
A vida na terra não precisa ser um “campo de concentração” a impor-lhe tormentos a cada hora.
Se você quiser, ela será um jardim de flores ou um pomar de saborosos frutos, após a sementeira responsável e cuidadosa que você fizer.
Dedique-se a isso.
Empreste sentido e beleza a cada um dos seus dias terrenos.
Liberte-se desse amortecimento da alma que produz indiferença.
Sinta que, apesar de todos os problemas e dificuldades que se abatem sobre a humanidade, a chuva continua a beijar a face do mundo e um sol magnífico segue iluminando e garantindo a vida em todo lugar.
Isso porque, todos nós somos alvos da dedicação de Deus.

 O tempo é uma dádiva que Deus nos oferece sem que o possamos reter.
Utilizá-lo de forma responsável e útil é dever que nos cabe a todos.
Dê sentido às suas horas, aos seus dias, e assim, por consequência, a toda a sua vida.
(Equipe de Redação do Momento Espírita

Vizinhos

Ampare os vizinhos sem ser indiscreto. Discrição é caridade.
Cultue a gentileza na vizinhança. Ajude a todos aqueles que lhe partilham a estrada, para que alguém ajude você nas horas difíceis.
Respeite as ocorrências alegres ou infelizes que afetem os lares próximos. Incêndio na casa alheia é ameaça de fogo na nossa própria casa.
Desfaça qualquer incompreensão entre você e os irmãos do ambiente em que vive. Todo vizinho pode ser bom, se você cultivar a bondade para com ele.
Compreenda os problemas e as dificuldades de quantos caminham ao seu lado. Os familiares são parentes do sangue, mas os vizinhos são parentes do coração.
                                     André Luís-Chico Xavier

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Pai Nosso

 ( traduzido por Severino Celestino do original)
Pai nosso dos Céus,Santo é Teu nome,
Venha o Teu reino,Tua vontade se faz na terra,
como também nos Céus,
dá-nos hoje nossa parte de pão.
Perdoa as nossas culpas, quando tivermos perdoado
a culpa dos nossos devedores
Não nos deixes entregues a provação,
porque assim nos resgates do mal.
Amém.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A Existência de Deus

    Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho, cada noite, que, certa vez, o rico chefe de grande caravana cha­mou-o à sua presença e lhe perguntou:
– Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler?
O crente fiel respondeu:
– Grande senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais dele.
– Como assim? – indagou o chefe, admirado.
O servo humilde explicou-se:
– Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu?
– Pela letra.
– Quando o senhor recebe uma joia, como é que se informa quanto ao autor dela?
– Pela marca do ourives.
O empregado sorriu e acrescentou:
– Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabe, depois, se foi um carneiro, um cavalo ou um boi?
– Pelos rastros –  res­pondeu o chefe, surpreen­dido.
Então, o velho crente convidou-o para fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a Lua brilhava, cercada por multidões de estrelas, exclamou, respei­toso:
– Senhor, aqueles si­nais, lá em cima, não po­dem ser dos homens!
Nesse momento, o orgu­lhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou a orar também.
Meimei- Francisco Cândido Xavier


domingo, 4 de setembro de 2011

O Céu e o Inferno-136 anos

Em Agosto de 1865, Allan Kardec lançava em Paris - França, o livro “O Céu e o Inferno” ou “A Justiça Divina Segundo o Espiritismo”.
Segundo as afirmações de André Moreil, um dos brilhantes biógrafos do Codificador do Espiritismo, o ano de 1865 foi um ano de várias conquistas para a doutrina. Além do surgimento dessa obra básica que é “O Céu e o Inferno”, surgiram vários jornais espíritas que contribuíram para ampliar a divulgação do Espiritismo, entre eles: “O Salvador do Povo”, “A Luz”, “A voz de Além Túmulo”, em Bordéus; “O Futuro”, em Paris; “O Médium Evangélico”, em Toulouse; “O Mundo Musical”, Bruxelas. E, no Brasil, o “Eco d’Além Túmulo”, na Bahia.
Entretanto, foi o lançamento de “O Céu e o Inferno” que representou o acontecimento principal, pois, a partir deste fato, os conceitos espíritas sobre a imortalidade da alma ganharam nova dimensão e repercutiram na cultura da época, como um relâmpago iluminando inúmeros pontos obscuros e/ou mal interpretados pelas doutrinas ortodoxas.
Composto de 19 capítulos, “O Céu e o Inferno” expõe o exame comparado das doutrinas sobre a morte e vai além: discorre sobre as penalidades e recompensas futuras; aborda a questão dos anjos e demónios e tece vários comentários sobre as penas, culminando com a exposição de numerosos exemplos sobre a situação real da alma, durante e depois da morte física.
Ao lado dos demais livros da chamada Codificação Espírita estruturada por Allan Kardec, sob a orientação dos Espíritos Superiores, “O Céu e o Inferno” é uma obra de leitura obrigatória por todos aqueles que pretendam conhecer com mais profundidade o outro lado da vida corpórea, querem compreender como se processa a justiça divina e quão justa ela é.
Ao ler e assimilar o conteúdo do item “Código da Vida Futura” que integra o capítulo VII, dificilmente o leitor deixará de reflectir sobre as suas atitudes da vida presente e, como consequência, passa a descortinar uma nova perspectiva de vida, em busca da felicidade.
Allan Kardec termina assim este capítulo: “Podendo o homem libertar-se das imperfeições por efeito da vontade, pode igualmente anular os males consecutivos e assegurar a futura felicidade”.
“A cada um segundo as suas obras, no Céu como na Terra: - tal é a lei da Justiça Divina”.
Vamos, pois, colocar “O céu e o Inferno”, no seu devido lugar: nas feiras do livro, nas livrarias, nos estudos regulares nas casas espíritas, nas cabeceiras de nossas camas e, sobretudo, em nosso dia-a-dia.
                                Jornal verdade e luz-agosto de 2001

sábado, 3 de setembro de 2011

Os Portões de Chegada

Cada abraço daqueles guarda uma história diferente...
Cada reencontro daqueles revela um outro mundo, uma outra vida, diversa da nossa, da sua...
Se você nunca teve a oportunidade de observar, por mais de cinco segundos, todas aquelas pessoas - desconhecidos numa multidão - esperando seus amigos, seus familiares, seus amores, não tenha medo de perceber da próxima vez, a magia de um momento, de um lugar.
Falamos dos portões de chegada de um aeroporto, um desses lugares do mundo onde podemos notar claramente a presença grandiosa do amor.
Invisível, quase imperceptível, ali ele está com toda sua sublimidade.
Nas declarações silenciosas de um olhar tímido. No calor ameno de um abraço apertado. No breve constrangimento ao tentar encontrar palavras para explicá-lo.
Na oração de três segundos elevada ao Alto - agradecendo a Deus por ter cuidado de seu ente querido que retorna.
Richard Curtis, que assina a produção cinematográfica de nome Love actually - traduzida no Brasil como Simplesmente amor, traz essas cenas com uma visão muito poética e inspirada.
O autor oferece na primeira e última cenas do filme exatamente a contemplação dos portões de chegada de um aeroporto e de seu belíssimo espetáculo representando a essência do amor.
Ouve-se um narrador, nos primeiros segundos, confessando que, toda vez que a vida se lhe mostrava triste, sem graça, cruel, ele se dirigia para o aeroporto para observar aqueles portões e ali encontrava o amor por toda parte.
Seu coração alcançava uma paz, um alívio, em notar que o amor ainda existia e que ainda havia esperança para o mundo.
Isso tudo pode parecer um tanto poético demais para os mais práticos, é certo.
Assim, a melhor forma de compreender a situação proposta é a própria vivência.
Sugerimos que faça a experiência de, por alguns minutos, contemplar essas cenas por si mesmo, seja na espera de aviões ou outros meios de transporte coletivos.
Propomos que parta de uma posição mais analítica, de início, com algumas pitadas de curiosidade:
Que grau de parentesco possuem aquelas pessoas? - Há quanto tempo não se veem? - De onde chegam?
Ou, quem sabe, sobre outros: Que histórias têm para contar! - O que irão narrar por primeiro ao saírem dali? Sobre a família, sobre a viagem, sobre a espera em outro aeroporto?
Ao perceber lágrimas em alguns olhos, questione: De onde elas vêm? - Há quanto tempo não se encontram? - Que felicidade não existe dentro da alma naquele momento!
Por fim, reflita:
Por quanto tempo aquele instante irá ficar guardado na memória! O instante do reencontro...
Tudo isso poderá nos levar a uma analogia final, a uma nova questão: não seria a Terra um imenso aeroporto? Um lugar de chegadas e partidas que não param, constantes, inevitáveis?
Pensando nos portões de chegada na Terra, lembramos dos bebês, que abraçamos ao nascerem, com este mesmo amor daqueles que esperam num aeroporto por seus amados.
Choramos de alegria, contemplando a beleza de uma nova vida, e muitas vezes este choro é de gratidão pela oportunidade do reencontro.
É um antigo amor que, por vezes, volta ao nosso lar através da reencarnação.
Pensando agora nos portões de partida, inevitavelmente lembramos da morte, da despedida.
Mas este sentir poderá ser também feliz!
Como o sentimento que invade uma mãe ou um pai que dá adeus a um filho que logo embarcará em direção a outro país, a fim de fazer uma viagem de aprendizagem, de estudo ou profissional.
Choram sim, de saudade, mas o sentimento que predomina no bom coração dos pais é a felicidade pela oportunidade que estão recebendo, pois têm consciência de que aquilo é o melhor para ele no momento.
Vivemos no aeroporto Terra.
Todos os dias milhares partem, milhares chegam.
Chegadas e partidas são inevitáveis.
O que podemos mudar é a forma de observá-las.



Redação do Momento Espírita

Efeito do Perdão

"Quando conseguimos desculpar o erro ou a provocação de alguém contra nós, exoneramos o mal de qualquer compromisso para conosco, ao mesmo tempo que nos desvencilhamos de todos os laços suscetíveis de nos prender a ele...."
 Dentre os ângulos do perdão, um existe dos mais importantes, que nos cabe salientar: os resultados dele sobre nós mesmos, quando temos a felicidade de desculpar.
Muito frequentemente interpretamos o perdão como sendo simples ato de virtude e generosidade, em auxílio do ofensor, que passaria a contar com a absoluta magnanimidade da vítima; acontece, porém, que a vítima nem sempre conhece até que ponto se beneficiará o agressor da liberalidade que flui do comportamento, porquanto, não nos é dado penetrar no íntimo mais íntimo dos outros e, por outro lado, determina a bondade se relegue ao esquecimento os detritos de todo mal.
Urge perceber, no entanto, que, quando conseguimos desculpar o erro ou a provocação de alguém contra nós, exoneramos o mal de qualquer compromisso para conosco, ao mesmo tempo que nos desvencilhamos de todos os laços suscetíveis de nos prender a ele.
 Pondera semelhante realidade e não te admitas carregando os explosivos do ódio ou os venenos da mágoa que destroem a existência ou corroem as forças orgânicas, arremessando a criatura para a vala da enfermidade ou da morte sem razão de ser.
 Efetivamente, conhecerás muitas vezes a intromissão do mal em teu caminho, mormente se te consagras com a diligência e decisão à seara do bem, mas não te permitas a leviandade de acolhê-lo e transporta-lo contigo, à maneira de lâmina enterrada por ti mesmo no próprio coração.
Ante ofensas quaisquer, defende-te, pacifica-te e restaura-te, perdoando sempre. Nas trilhas da vida, somos nós próprios quem acolhe em primeiro lugar e mais intensivamente os resultados da intolerância, quando nos entrincheiramos na dureza de alma.
Sem dúvida, é impossível saber, quando venhamos a articular o perdão em favor dos outros, se ele foi corretamente aceito ou se produziu as vantagens que desejávamos; entretanto, sempre que olvidemos o mal que se nos faça, podemos reconhecer, de pronto, os benefícios efeitos do perdão conosco, em forma de equilíbrio e de paz agindo em nós


(Do livro "Alma e Coração", Emmanuel, Francisco C. Xavier)