quinta-feira, 29 de maio de 2014
Hóspedes
Convite é responsabilidade para quem o formula.
O hóspede receberá o tratamento que se dispensa à família.
Nenhum amigo, por mais íntimo, tomará a liberdade de chegar à residência dos anfitriões, a fim de hospedar-se com eles, sem aviso.
Se pessoa não é convidada a hospedar-se com esse ou aquele companheiro e precisa valer-se da moradia deles para certos fins, mesmo a curto prazo, não deve fazer isso sem consulta prévia.
Se alguém procura saber de alguém, quanto à possibilidade de hospedagem e não recebe resposta, procederá corretamente, buscando um hotel, de vez que o amigo consultado tenha dificuldades,
em casa, que, de pronto, não possa resolver.
Um hóspede para ser educado não entra nos desacordos
da família ou do grupo que o acolhe.
Em casa alheia, necessitamos naturalmente respeitar os horários e hábitos dos anfitriões, evitando interferir em assuntos de cozinha e arranjos domésticos, embora seja obrigação trazer o quarto
de dormir tão organizado e tão limpo, quanto possível.
Grande mostra de educação acatar os pontos de vista
das pessoas amigas, na residência delas.
Na moradia dos outros, é imperioso ocupar banheiros pelo
mínimo de tempo, para que não se estrague a vida de
quem nos oferece acolhimento.
Fugir de apontamentos e relatos inconvenientes à mesa,
principalmente na hora das refeições.
O hóspede não se intrometerá em conversações caseiras
que não lhe digam respeito.
Justo gratificar, dentro das possibilidades próprias, aos irmãos empregados nas residências que nos hospedam, já que
eles não têm a obrigação de nos servir.
André Luiz
Sinal Verde
Cepal André Luiz
terça-feira, 27 de maio de 2014
Uma Despedida
Em nossa reunião da noite de 10 de março de 1955, por permissão de nossos Benfeitores Espirituais, no horário dedicado às palestras dos Instrutores, o amigo desencarnado que conhecemos por José Gomes ocupou a organização psicofônica, falando-nos de sua penosa experiência no Além. Nosso visitante, há seguramente dois anos, passou pelos serviços assistenciais de nossa agremiação, desorientado e aflito, voltando até nós, agora calmo e consciente, para relatar-nos sua história, por intermédio da qual nos faz sentir toda a gama de sofrimentos em que se enleou, depois do homicídio em que se comprometeu na Terra. “Uma Despedida” oferece-nos amplo material para meditação e para estudo.
Trazido até aqui por devotados benfeitores, venho agradecer-vos e despedir-me.
Há quase dois anos, fui socorrido nesta casa, fazendo-se luz nas trevas de minhalma...
Eu era, então, um assassino que por cinqüenta anos padecia no ergástulo do remorso.
Crendo preservar a minha felicidade, apunhalei um amigo, instigado pela mulher que eu amava e, apoiando-me na desculpa de legítima defesa, consegui absolvição na justiça terrestre.
Contudo, que irrisão! O homem que eu supunha haver aniquilado, mais vivo que nunca prendeu-se-me ao corpo e, em poucos meses, sucumbi devorado por estranha moléstia que escarneceu de todos os recursos da medicina.
Ai de mim! Nas raias da morte, apesar do conforto que me era oferecido pela fé, através de um sacerdote, não encontrei para mentalizar senão o quadro do homicídio que perpetrara.
E à maneira do homem vitimado por tormentoso pesadelo, sem sair do leito em que se acolhe à prostração, vi-me encarcerado em meus próprios pensamentos, vivendo a tortura e o pavor que alimentava no campo da minha alma...
Sempre o terrificante painel a vibrar na memória!...
Um companheiro infeliz, suplicando indefeso: — «Não me mate! Não me mate!... » A presença da mulher querida... Os gênios do crime a gargalharem junto de mim e a calma impassível da noite, com a minha cólera insopitável a dessedentar-se num peito exangue e aberto...
Em me cansando de enterrar a lâmina na carne sem resistência, arrojava-me ao piso da câmara iluminada, mas, a onda esmagadora de sangue levantava-se do chão, tingindo paredes, afogando móveis, empapando-me a vestimenta e, quando me sentia semi-sufocado, eis que me erguia de novo para continuar no duelo indefinível.
Se tinha fome, mãos invisíveis ofereciam-me sangue coagulado; se tinha sede, davam-me sangue para beber...
Era dia? Era noite?
Ignorava.
Somente mais tarde, quando amparado pelas palavras de esclarecimento e de amor dos nossos benfeitores, por vosso intermédio, vim a saber que o inimigo se contentara com o meu cadáver e que eu não vivia senão minha própria obsessão, magnetizado por minhas idéias fixas, jungido ao pó do sepulcro, durante meio século, recapitulando quase que interminavelmente o meu ato impensado.
Circunscrito à alcova fatídica, que jazia em minhas reminiscências, passei da extrema cegueira à desmedida aflição.
Existiria, realmente, um Deus de paz e bondade?
Bastou essa pergunta para que réstias de luz se fizessem sentir em meu espírito entenebrecido, como relâmpago em noite de espessa treva...
No entanto, para chegar à certeza de Deus, precisava de um caminho.
Esse caminho era ela, a mulher amada.
Queria vê-la, ouvi-la, tocá-la...
E tanto clamei por isso que, em certa ocasião, senti como que uma rajada de vento forte, arrebatando-me para o seio da noite...
Carregava comigo aquele fatal aposento, contudo, podia agora respirar a brisa refrescante, entre as sombras noturnas que filtravam, de leve, as irradiações da lua nova.
Mais ágil, andei apressadamente...
Onde estaria ela, a mulher que estava em mim?
Favorecia-me o sopro do vento e, a minutos breves, alcancei pequeno jardim, vendo-a sentada com uma criança ao colo...
Ah! somente aqueles que sentiram na vida uma profunda e irremediável saudade poderão compreender o alarme de meu espírito naquela hora de reencontro!...
Mas, assim que me percebeu, conchegou a criança ao coração e fugiu, espavorida...
Eu devia ser aos seus olhos um fantasma repelente a regressar do túmulo!
Persegui-a, porém, até que a vi penetrando um quarto humilde... Observei-a, ajustando-se ao corpo de carne, tal qual a mão em se colando à luva...
Entendi, sem palavras, a nova situação.
Enlaçada a um homem que lhe partilhava o leito, reconheci, sem explicações verbais, que o filhinho nascituro era meu velho rival e que o homem desconhecido era-lhe agora o esposo, outro adversário que me cabia vencer.
O ódio passou a estourar-me o crânio.
O cheiro acre e fedentinoso de sangue novamente me ensandeceu.
Beijei-a, delirando em transportes de amor não correspondido, e consegui instilar-lhe aversão pelo marido e pelo filho recém-nato.
Queria matá-la... desejava que ela vivesse novamente para mim... pretendia sugar-lhe os eflúvios do coração...
E, durante muitos dias, permaneci naquela casa, desvairado e irresponsável, envenenando a própria medicação que lhe era administrada...
Consegui dominá-la até o dia em que foi conduzida a um círculo de orações...
E, nesse círculo, vossos amigos me encontraram... Encontraram-me e trouxeram-me a esta casa...
Com os ensinamentos que me dirigiram, a câmara do crime desapareceu de minha imaginação... Todas as idéias estagnadas que me limitavam o pensamento, qual se eu fora o próprio remorso num casulo infernal, desfizeram-se, de pronto, como escamas de lodo que, em se desintegrando, me libertaram o espírito...
Desde então, fui admitido em uma escola...
Transcorridos seis meses, tornei ao lar que eu me propunha destruir, transformado pelas lições dos instrutores que vos orientam o santuário.
Novos sentimentos me vibravam no coração.
Compadeci-me daquela que sofria tanto e que tanto se esforçava por reabilitar-se perante a Lei!
Contemplei-lhe o filhinho e o esposo, tomado de viva compaixão...
Achava-me renovado...
Compreendi então convosco que o coração humano — concha divina — pode guardar consigo todos os amores...
Observei a extensão de minhas faltas e voltarei à carne em dias breves!
Aquela por quem me perdi ser-me-á devotada mãe... Terei um pai humilde, generoso e trabalhador, abençoando-me o restabelecimento moral, e, em meu irmão, já renascido, encontrarei não mais o antagonista, mas o companheiro de provação com quem restaurarei o destino...
Ante o coração que me estimula a esperança, não mais direi: — «mulher que eu desejo»! e sim «mãezinha querida!..»
Nossos sentimentos pairarão em esfera mais alta e de seus lábios aprenderei, de novo, as sublimes palavras: — «Pai Nosso, que estás no Céu...»
Fitar-lhe-ei nos olhos o celeste horizonte e, trabalhando, enxergarei feliz a senda libertadora...
Ah!... entendereis comigo semelhante ventura?
Creio que sim.
Partirei, desse modo, não para a companhia dos anjos, mas para o convívio dos homens, refazendo meu próprio caminho e regenerando a própria consciência.
E, abraçando-vos com afetuosa gratidão, saúdo em Nosso Senhor Jesus-Cristo a fé que nos reúne!...
Terra — abençoado mar de lutas...
Carne — navio da salvação!
Lar — templo de luz e trabalho...
Mãe — santuário de amor!...
Meus amigos, até amanhã!
Bendito seja Deus.
José Gomes - Do livro: Instruções Psicofônicas-Francisco Cândido Xavier
Fonte: CE Caminhos de Luz
Trazido até aqui por devotados benfeitores, venho agradecer-vos e despedir-me.
Há quase dois anos, fui socorrido nesta casa, fazendo-se luz nas trevas de minhalma...
Eu era, então, um assassino que por cinqüenta anos padecia no ergástulo do remorso.
Crendo preservar a minha felicidade, apunhalei um amigo, instigado pela mulher que eu amava e, apoiando-me na desculpa de legítima defesa, consegui absolvição na justiça terrestre.
Contudo, que irrisão! O homem que eu supunha haver aniquilado, mais vivo que nunca prendeu-se-me ao corpo e, em poucos meses, sucumbi devorado por estranha moléstia que escarneceu de todos os recursos da medicina.
Ai de mim! Nas raias da morte, apesar do conforto que me era oferecido pela fé, através de um sacerdote, não encontrei para mentalizar senão o quadro do homicídio que perpetrara.
E à maneira do homem vitimado por tormentoso pesadelo, sem sair do leito em que se acolhe à prostração, vi-me encarcerado em meus próprios pensamentos, vivendo a tortura e o pavor que alimentava no campo da minha alma...
Sempre o terrificante painel a vibrar na memória!...
Um companheiro infeliz, suplicando indefeso: — «Não me mate! Não me mate!... » A presença da mulher querida... Os gênios do crime a gargalharem junto de mim e a calma impassível da noite, com a minha cólera insopitável a dessedentar-se num peito exangue e aberto...
Em me cansando de enterrar a lâmina na carne sem resistência, arrojava-me ao piso da câmara iluminada, mas, a onda esmagadora de sangue levantava-se do chão, tingindo paredes, afogando móveis, empapando-me a vestimenta e, quando me sentia semi-sufocado, eis que me erguia de novo para continuar no duelo indefinível.
Se tinha fome, mãos invisíveis ofereciam-me sangue coagulado; se tinha sede, davam-me sangue para beber...
Era dia? Era noite?
Ignorava.
Somente mais tarde, quando amparado pelas palavras de esclarecimento e de amor dos nossos benfeitores, por vosso intermédio, vim a saber que o inimigo se contentara com o meu cadáver e que eu não vivia senão minha própria obsessão, magnetizado por minhas idéias fixas, jungido ao pó do sepulcro, durante meio século, recapitulando quase que interminavelmente o meu ato impensado.
Circunscrito à alcova fatídica, que jazia em minhas reminiscências, passei da extrema cegueira à desmedida aflição.
Existiria, realmente, um Deus de paz e bondade?
Bastou essa pergunta para que réstias de luz se fizessem sentir em meu espírito entenebrecido, como relâmpago em noite de espessa treva...
No entanto, para chegar à certeza de Deus, precisava de um caminho.
Esse caminho era ela, a mulher amada.
Queria vê-la, ouvi-la, tocá-la...
E tanto clamei por isso que, em certa ocasião, senti como que uma rajada de vento forte, arrebatando-me para o seio da noite...
Carregava comigo aquele fatal aposento, contudo, podia agora respirar a brisa refrescante, entre as sombras noturnas que filtravam, de leve, as irradiações da lua nova.
Mais ágil, andei apressadamente...
Onde estaria ela, a mulher que estava em mim?
Favorecia-me o sopro do vento e, a minutos breves, alcancei pequeno jardim, vendo-a sentada com uma criança ao colo...
Ah! somente aqueles que sentiram na vida uma profunda e irremediável saudade poderão compreender o alarme de meu espírito naquela hora de reencontro!...
Mas, assim que me percebeu, conchegou a criança ao coração e fugiu, espavorida...
Eu devia ser aos seus olhos um fantasma repelente a regressar do túmulo!
Persegui-a, porém, até que a vi penetrando um quarto humilde... Observei-a, ajustando-se ao corpo de carne, tal qual a mão em se colando à luva...
Entendi, sem palavras, a nova situação.
Enlaçada a um homem que lhe partilhava o leito, reconheci, sem explicações verbais, que o filhinho nascituro era meu velho rival e que o homem desconhecido era-lhe agora o esposo, outro adversário que me cabia vencer.
O ódio passou a estourar-me o crânio.
O cheiro acre e fedentinoso de sangue novamente me ensandeceu.
Beijei-a, delirando em transportes de amor não correspondido, e consegui instilar-lhe aversão pelo marido e pelo filho recém-nato.
Queria matá-la... desejava que ela vivesse novamente para mim... pretendia sugar-lhe os eflúvios do coração...
E, durante muitos dias, permaneci naquela casa, desvairado e irresponsável, envenenando a própria medicação que lhe era administrada...
Consegui dominá-la até o dia em que foi conduzida a um círculo de orações...
E, nesse círculo, vossos amigos me encontraram... Encontraram-me e trouxeram-me a esta casa...
Com os ensinamentos que me dirigiram, a câmara do crime desapareceu de minha imaginação... Todas as idéias estagnadas que me limitavam o pensamento, qual se eu fora o próprio remorso num casulo infernal, desfizeram-se, de pronto, como escamas de lodo que, em se desintegrando, me libertaram o espírito...
Desde então, fui admitido em uma escola...
Transcorridos seis meses, tornei ao lar que eu me propunha destruir, transformado pelas lições dos instrutores que vos orientam o santuário.
Novos sentimentos me vibravam no coração.
Compadeci-me daquela que sofria tanto e que tanto se esforçava por reabilitar-se perante a Lei!
Contemplei-lhe o filhinho e o esposo, tomado de viva compaixão...
Achava-me renovado...
Compreendi então convosco que o coração humano — concha divina — pode guardar consigo todos os amores...
Observei a extensão de minhas faltas e voltarei à carne em dias breves!
Aquela por quem me perdi ser-me-á devotada mãe... Terei um pai humilde, generoso e trabalhador, abençoando-me o restabelecimento moral, e, em meu irmão, já renascido, encontrarei não mais o antagonista, mas o companheiro de provação com quem restaurarei o destino...
Ante o coração que me estimula a esperança, não mais direi: — «mulher que eu desejo»! e sim «mãezinha querida!..»
Nossos sentimentos pairarão em esfera mais alta e de seus lábios aprenderei, de novo, as sublimes palavras: — «Pai Nosso, que estás no Céu...»
Fitar-lhe-ei nos olhos o celeste horizonte e, trabalhando, enxergarei feliz a senda libertadora...
Ah!... entendereis comigo semelhante ventura?
Creio que sim.
Partirei, desse modo, não para a companhia dos anjos, mas para o convívio dos homens, refazendo meu próprio caminho e regenerando a própria consciência.
E, abraçando-vos com afetuosa gratidão, saúdo em Nosso Senhor Jesus-Cristo a fé que nos reúne!...
Terra — abençoado mar de lutas...
Carne — navio da salvação!
Lar — templo de luz e trabalho...
Mãe — santuário de amor!...
Meus amigos, até amanhã!
Bendito seja Deus.
José Gomes - Do livro: Instruções Psicofônicas-Francisco Cândido Xavier
Fonte: CE Caminhos de Luz
sábado, 24 de maio de 2014
O Ensino da Sementeira
Certo fazendeiro, muito rico, chamou o filho de quinze anos e disse-lhe:
— Filho meu, todo homem apenas colherá daquilo que plante. Cuida de fazer bem a todos, para que sejas feliz.
O rapaz ouviu o conselho e, no dia imediato, muito carinhosamente alojou minúsculo cajueiro em local não distante da estrada que ligava o vilarejo próximo à propriedade paternal.
Decorrida uma semana, tendo recebido das mãos paternas um presente em dinheiro, foi ágil e protegeu pequena fonte natural, construindo-lhe conveniente abrigo com a cooperação de alguns poucos trabalhadores, aos quais recompensou generosamente.
Reparando que vários mendigos por ali passavam, ao relento, acumulou as dádivas que recebia dos familiares e, quando completou vinte anos, edificou reconfortante albergue para asilar viajores sem recursos.
Logo após, a vida lhe impôs amargurosas surpresas.
Sua Mãezinha morreu num desastre e o Pai, em virtude das perseguições de poderosos inimigos na luta comercial, empobreceu rapidamente, falecendo em seguida. Duas irmãs mais velhas casaram-se e tomaram diferentes rumos.O rapaz, agora sozinho, embora jamais esquecesse os conselhos paternos, revoltou-se contra as idéias nobres e partiu mundo afora.
Trabalhou, ganhou enorme fortuna e gastou-a, gozando os prazeres inúteis.
Nunca mais cogitou de semear o bem.
Os anos se desdobraram uns sobre os outros.
Entregue à idade madura, dera-se ao vício de jogar e beber.
Muita vez, o Espírito de seu pai se aproximava, rogando-lhe cuidado e arrependimento. O filho registrava-lhe os apelos em forma de pensamentos, mas negava-se a atender. Queria somente comer à vontade e beber nas casas ruidosas, até à madrugada.
Acontece, porém, que o equilíbrio do corpo tem limites e sua saúde se alterou de maneira lamentável. Apareceram-lhe feridas por todo o corpo. Não podia alimentar-se regularmente. Perdeu a fortuna que possuia, através de viagens e tratamentos caros. Como não fizera afeições, foi relegado ao abandono. Branquejaram-se-lhe os cabelos. Os amigos das noitadas alegres fugiram dele; envergonhado, ausentou-se da cidadea que se acolhera e transformou-se em mendigo. Peregrinou por muitos lugares e por muitos climas, até que, um dia, sentiu imensa saudade do antigo lar e voltou ao pequeno burgo que o vira crescer.
Fez longa excursão a pé. Transcorridos muitos dias, chegou, extenuado, ao sítio de outro tempo.
O cajueiro que plantara convertera-se em árvore dadivosa. Encantado, viu-lhe os frutos tentadores. Aproveitou-os para matar a própria fome e seguiu para a vila. Tinha sede e buscou a fonte. A corrente cristalina, bem protegida, afagou-lhe a boca ressequida.
Ninguém o reconheceu, tão abatido estava.
Em breve, desceu a noite e sentiu frio. Dois homens caridosos ofereceram-lhe os braços e conduziram-no ao velho asilo que ele mesmo construíra.
Quando entrou no recinto, derramou muitas lágrimas, porque seu nome estava gravado na parede com palavras de louvor e bênção.
Deitou-se, constrangido, e dormiu.
Em sonho, viu o Espírito do pai, junto a ele, exclamando:
- Aprendeste a lição, meu filho? Sentiste fome e o cajueiro te alimentou; tiveste sede e a fonte te saciou; necessitavas de asilo e te acolheste ao lar que edificaste em favor dos que passam com destino incerto...
Abraçando-o, com ternura, acrescentou:
— Porque deixaste de semear o bem?
O interpelado nada pode responder. As lágrimas embargavam-lhe a voz, na garganta.
Acordou, muito tempo depois, com o rosto lavado em pranto, e, quando o encarregado do abrigo lhe perguntou o que desejava, informou simplesmente:
— Preciso tão somente de uma enxada... Preciso recomeçar a ser útil, de qualquer modo.
Neio Lúcio - Do livro: Alvorada Cristã: Francisco Cândido Xavier
— Filho meu, todo homem apenas colherá daquilo que plante. Cuida de fazer bem a todos, para que sejas feliz.
O rapaz ouviu o conselho e, no dia imediato, muito carinhosamente alojou minúsculo cajueiro em local não distante da estrada que ligava o vilarejo próximo à propriedade paternal.
Decorrida uma semana, tendo recebido das mãos paternas um presente em dinheiro, foi ágil e protegeu pequena fonte natural, construindo-lhe conveniente abrigo com a cooperação de alguns poucos trabalhadores, aos quais recompensou generosamente.
Reparando que vários mendigos por ali passavam, ao relento, acumulou as dádivas que recebia dos familiares e, quando completou vinte anos, edificou reconfortante albergue para asilar viajores sem recursos.
Logo após, a vida lhe impôs amargurosas surpresas.
Sua Mãezinha morreu num desastre e o Pai, em virtude das perseguições de poderosos inimigos na luta comercial, empobreceu rapidamente, falecendo em seguida. Duas irmãs mais velhas casaram-se e tomaram diferentes rumos.O rapaz, agora sozinho, embora jamais esquecesse os conselhos paternos, revoltou-se contra as idéias nobres e partiu mundo afora.
Trabalhou, ganhou enorme fortuna e gastou-a, gozando os prazeres inúteis.
Nunca mais cogitou de semear o bem.
Os anos se desdobraram uns sobre os outros.
Entregue à idade madura, dera-se ao vício de jogar e beber.
Muita vez, o Espírito de seu pai se aproximava, rogando-lhe cuidado e arrependimento. O filho registrava-lhe os apelos em forma de pensamentos, mas negava-se a atender. Queria somente comer à vontade e beber nas casas ruidosas, até à madrugada.
Acontece, porém, que o equilíbrio do corpo tem limites e sua saúde se alterou de maneira lamentável. Apareceram-lhe feridas por todo o corpo. Não podia alimentar-se regularmente. Perdeu a fortuna que possuia, através de viagens e tratamentos caros. Como não fizera afeições, foi relegado ao abandono. Branquejaram-se-lhe os cabelos. Os amigos das noitadas alegres fugiram dele; envergonhado, ausentou-se da cidadea que se acolhera e transformou-se em mendigo. Peregrinou por muitos lugares e por muitos climas, até que, um dia, sentiu imensa saudade do antigo lar e voltou ao pequeno burgo que o vira crescer.
Fez longa excursão a pé. Transcorridos muitos dias, chegou, extenuado, ao sítio de outro tempo.
O cajueiro que plantara convertera-se em árvore dadivosa. Encantado, viu-lhe os frutos tentadores. Aproveitou-os para matar a própria fome e seguiu para a vila. Tinha sede e buscou a fonte. A corrente cristalina, bem protegida, afagou-lhe a boca ressequida.
Ninguém o reconheceu, tão abatido estava.
Em breve, desceu a noite e sentiu frio. Dois homens caridosos ofereceram-lhe os braços e conduziram-no ao velho asilo que ele mesmo construíra.
Quando entrou no recinto, derramou muitas lágrimas, porque seu nome estava gravado na parede com palavras de louvor e bênção.
Deitou-se, constrangido, e dormiu.
Em sonho, viu o Espírito do pai, junto a ele, exclamando:
- Aprendeste a lição, meu filho? Sentiste fome e o cajueiro te alimentou; tiveste sede e a fonte te saciou; necessitavas de asilo e te acolheste ao lar que edificaste em favor dos que passam com destino incerto...
Abraçando-o, com ternura, acrescentou:
— Porque deixaste de semear o bem?
O interpelado nada pode responder. As lágrimas embargavam-lhe a voz, na garganta.
Acordou, muito tempo depois, com o rosto lavado em pranto, e, quando o encarregado do abrigo lhe perguntou o que desejava, informou simplesmente:
— Preciso tão somente de uma enxada... Preciso recomeçar a ser útil, de qualquer modo.
Neio Lúcio - Do livro: Alvorada Cristã: Francisco Cândido Xavier
sexta-feira, 23 de maio de 2014
Receita contra o Egoísmo
Procure esquecer o lado escuro da personalidade do próximo.
Aprenda a ouvir com calma os longos apontamentos do seu irmão, sem o impulso de interromper-lhe a palavra.
Olvide a ilusão de que seus parentes são as melhores pessoas do mundo e de que a sua casa deve merecer privilégios especiais.
Não dispute a paternidade das idéias proveitosas, ainda mesmo que hajam atravessado o seu pensamento, de vez que a autoria de todos os serviços de elevação pertencem, em seus alicerces, a Jesus, nosso Mestre e Senhor.
Não cultive referências à sua própria pessoa, para que a vaidade não faça ninho em seu coração.
Escute com serenidade e silêncio as observações ásperas ou amargas dos seus superiores hierárquicos e auxilie, com calma e bondade, aos companheiros ou subalternos, quando estiverem tocados pela nuvem da perturbação.
Receba com carinho as pessoas neurastênicas ou desarvoradas, vacinando o seu fígado e a sua cabeça contra a intemperança mental.
Abandone a toda espécie de crítica, compreendendo que você poderia estar no banco da reprovação.
Habitue-se a respeitar as criaturas que adotem pontos de vista diferentes dos seus e que elegeram um gênero de felicidade diversa da sua, para viverem na Terra com o necessário equilíbrio.
Honre a caridade em sua própria casa, ajudando, em primeiro lugar, aos seus próprios familiares, através do rigoroso desempenho de suas obrigações, para que você esteja realmente habilitado a servir ao Mundo e à Humanidade, hoje e sempre.
André Luiz
(Do livro “Marcas do Caminho”, Francisco Cândido Xavier)
Por Cepal André Luiz
Aprenda a ouvir com calma os longos apontamentos do seu irmão, sem o impulso de interromper-lhe a palavra.
Olvide a ilusão de que seus parentes são as melhores pessoas do mundo e de que a sua casa deve merecer privilégios especiais.
Não dispute a paternidade das idéias proveitosas, ainda mesmo que hajam atravessado o seu pensamento, de vez que a autoria de todos os serviços de elevação pertencem, em seus alicerces, a Jesus, nosso Mestre e Senhor.
Não cultive referências à sua própria pessoa, para que a vaidade não faça ninho em seu coração.
Escute com serenidade e silêncio as observações ásperas ou amargas dos seus superiores hierárquicos e auxilie, com calma e bondade, aos companheiros ou subalternos, quando estiverem tocados pela nuvem da perturbação.
Receba com carinho as pessoas neurastênicas ou desarvoradas, vacinando o seu fígado e a sua cabeça contra a intemperança mental.
Abandone a toda espécie de crítica, compreendendo que você poderia estar no banco da reprovação.
Habitue-se a respeitar as criaturas que adotem pontos de vista diferentes dos seus e que elegeram um gênero de felicidade diversa da sua, para viverem na Terra com o necessário equilíbrio.
Honre a caridade em sua própria casa, ajudando, em primeiro lugar, aos seus próprios familiares, através do rigoroso desempenho de suas obrigações, para que você esteja realmente habilitado a servir ao Mundo e à Humanidade, hoje e sempre.
André Luiz
(Do livro “Marcas do Caminho”, Francisco Cândido Xavier)
Por Cepal André Luiz
Príncipe Encantado
Dizia estar à procura de seu príncipe encantado.
Só que o fazia de forma errada, cultivando experiências amorosas promíscuas, em atividade inconsequente e comprometedora.
Os familiares preocupavam-se. Sua mãe a aconselhava. O pai aborrecia-se. Os irmãos faziam ameaças... Tudo inútil.
– Sou independente, maior de idade, dona de meu nariz – retrucava Marta, julgando-se gente, só porque, aos 22 anos, concluíra a Faculdade, tinha bom emprego, bela aparência, numerosos admiradores.
E petulante, contestadora:
– Considero-me uma mulher liberada, com direito de relacionar-me afetivamente com quem desejar. Casar-me-ei um dia, terei filhos, mas só quando encontrar meu príncipe. O modo como o procuro é problema meu! Não me aborreçam!...
Um dia engravidou.
A primeira reação: abortar.
Chegou a procurar um médico amigo. Não conseguiu, entretanto, consumar o ato criminoso. Estranhamente, o pequenino ser que levava em suas entranhas a sensibilizara.
Não sabia explicar exatamente o que ocorria, mas sentia, com todas as forças de sua Alma, que desejava aquele filho.
Na medida em que a gestação avançou, foi forçada a informar a família.
Os pais ficaram horrorizados. Era preciso tirar a criança. Família bem posta na sociedade, seria uma vergonha...
Marta resistiu com a desenvoltura de sempre. O filho era seu. Ficaria com ele. Devotava-lhe, desde o início, incontido amor.
Desejava, ardentemente, tê-lo em seus braços. Iria embora se insistissem! Jamais renunciaria à criança!...
Os familiares, que a conheciam suficientemente, concluíram que seria inútil tentar demovê-la e decidiram assumir a situação.
Com o passar do tempo, observaram, agradavelmente surpresos, que, acompanhando a evolução da gestação, a jovem passava por radical transformação.
Tornou-se mais comedida, já não saía tanto, deixou a bebida e o cigarro, afastou-se de amizades indesejáveis, perdeu o contato com os rapazes...
Apesar dos percalços, a criança que estava por vir atuava providencialmente em seu benefício.
Finalmente chegou o grande dia. Experimentando as primeiras contrações, Marta foi levada ao hospital. Atendida prontamente, em breve nascia um belo menino, sorridente e calmo.
Toda a família logo se tomou de amores por ele, particularmente a jovem, que, sem o saber, detinha nos braços seu “príncipe encantado”, nobre entidade espiritual ligada a ela desde recuada época. Viera em seu socorro para afastá-la da inconsequência...
Há Espíritos que retornam à carne em experiências sacrificiais.
Embora as abençoadas oportunidades de aprendizado, suas existências são marcadas, sobretudo, pelo compromisso maior de auxiliar companheiros retardatários.
Sua presença desperta neles incontidos anseios do coração, ajudando-os a afastarem-se de perigosas ilusões.
Por: Richard Simonetti
Só que o fazia de forma errada, cultivando experiências amorosas promíscuas, em atividade inconsequente e comprometedora.
Os familiares preocupavam-se. Sua mãe a aconselhava. O pai aborrecia-se. Os irmãos faziam ameaças... Tudo inútil.
– Sou independente, maior de idade, dona de meu nariz – retrucava Marta, julgando-se gente, só porque, aos 22 anos, concluíra a Faculdade, tinha bom emprego, bela aparência, numerosos admiradores.
E petulante, contestadora:
– Considero-me uma mulher liberada, com direito de relacionar-me afetivamente com quem desejar. Casar-me-ei um dia, terei filhos, mas só quando encontrar meu príncipe. O modo como o procuro é problema meu! Não me aborreçam!...
Um dia engravidou.
A primeira reação: abortar.
Chegou a procurar um médico amigo. Não conseguiu, entretanto, consumar o ato criminoso. Estranhamente, o pequenino ser que levava em suas entranhas a sensibilizara.
Não sabia explicar exatamente o que ocorria, mas sentia, com todas as forças de sua Alma, que desejava aquele filho.
Na medida em que a gestação avançou, foi forçada a informar a família.
Os pais ficaram horrorizados. Era preciso tirar a criança. Família bem posta na sociedade, seria uma vergonha...
Marta resistiu com a desenvoltura de sempre. O filho era seu. Ficaria com ele. Devotava-lhe, desde o início, incontido amor.
Desejava, ardentemente, tê-lo em seus braços. Iria embora se insistissem! Jamais renunciaria à criança!...
Os familiares, que a conheciam suficientemente, concluíram que seria inútil tentar demovê-la e decidiram assumir a situação.
Com o passar do tempo, observaram, agradavelmente surpresos, que, acompanhando a evolução da gestação, a jovem passava por radical transformação.
Tornou-se mais comedida, já não saía tanto, deixou a bebida e o cigarro, afastou-se de amizades indesejáveis, perdeu o contato com os rapazes...
Apesar dos percalços, a criança que estava por vir atuava providencialmente em seu benefício.
Finalmente chegou o grande dia. Experimentando as primeiras contrações, Marta foi levada ao hospital. Atendida prontamente, em breve nascia um belo menino, sorridente e calmo.
Toda a família logo se tomou de amores por ele, particularmente a jovem, que, sem o saber, detinha nos braços seu “príncipe encantado”, nobre entidade espiritual ligada a ela desde recuada época. Viera em seu socorro para afastá-la da inconsequência...
Há Espíritos que retornam à carne em experiências sacrificiais.
Embora as abençoadas oportunidades de aprendizado, suas existências são marcadas, sobretudo, pelo compromisso maior de auxiliar companheiros retardatários.
Sua presença desperta neles incontidos anseios do coração, ajudando-os a afastarem-se de perigosas ilusões.
Por: Richard Simonetti
quarta-feira, 14 de maio de 2014
Retrato de Mãe
Depois de muito tempo,
sobre os quadros sombrios do calvário.
Judas, cego no além, errava solitário...
Era triste a paisagem, o céu era nevoento...
Cansado de remorso e sofrimento,
Sentara-se a chorar...
Nisso, nobre mulher de planos superiores,
Nimbada de celestes esplendores,
Que ele não conseguia divisar,
Chega e afaga a cabeça do infeliz.
Em seguida, num tom de carinho profundo,
Quase que em oração ela diz:
- Meu filho, porque choras?
Acaso não sabeis? – replica o interpelado,Claramente,
Sou um morto e estou vivo.
Matei-me e novamente estou de pé,
Sem consolo, sem lar, sem amor e sem fé...
Não ouvistes falar em Judas, o traidor?
Sou eu que aniquilei a vida do Senhor...
A princípio, julguei poder fazê-lo rei,
Mas apenas lhe impus, sacrifício, martírio, sangue e cruz.
E em flagelo e aflição
Eis que a minha vida agora se reduz...
Afastai-vos de mim,
Deixai-me padecer neste inferno sem fim...
Nada me pergunteis, retirai-vos senhora,
Nada sabeis da mágoa que me agita...
O assunto que lastimo é unicamente meu...
No entanto a dama calma respondeu:
- Meu filho, sei que choras, sei que lutas,
Sei a dor que causa o remorso que escutas...
Venho apenas falar-te
Que Deus é sempre amor em toda parte...
E acrescentou serena:
- A bondade de Deus jamais condena:
Venho por mãe a ti, buscando um filho amado.
Sofre com paciência a dor e a prova.
Terás em breve, uma existência nova...
Não te sintas sozinho ou desprezado!
Judas interrompeu-a e bradou, rude e pasmo:
- Mãe? Não venhais aqui com mentira e sarcasmo.
Depois de me enforcar num galho de figueira,
Para acordar na dor,
Sem mais poder fugir à vida verdadeira.
Fui procurar consolo e força de viver.
Ao pé da pobre mãe que forjara o ser !..
Ela me viu chorando e escutou meus lamentos.
Mas teve medo dos meus sofrimentos.
Expulsou-me a esconjuros,
Chamou-me monstro, por sinal
Disse que eu era
Unicamente o espírito do mal,
Intimidou-me a terrível retrocesso,
Mandando que apressasse o meu regresso
Para a zona infernal de onde eu vinha...
Ah ! Detesto lembrar a horrível mãe que eu tinha...
Não me faleis de mães, não me faleis de amor,
Sou apenas um monstro sofredor...
Inda assim – disse a dama docemente:
- Por mais recuses, não me altero,
Amo-te filho meu, amo-te e quero
Ver-te de novo a vida
Maravilhosamente revestida
De paz e luz, de fé e elevação...
Virás comigo à terra,
Perderás pouco a pouco, o ânimo violento,
Terás o coração
Nas águas de bendito esquecimento.
Numa existência de esperança,
Levar-te-ei comigo
A remansoso abrigo.
Dar-te-ei outra mãe ! Pensa e descansa !...
E Judas neste instante.
Como quem olvidasse a própria dor gigante,
Ou como quem se desgarra
De pesadelo atroz,
sobre os quadros sombrios do calvário.
Judas, cego no além, errava solitário...
Era triste a paisagem, o céu era nevoento...
Cansado de remorso e sofrimento,
Sentara-se a chorar...
Nisso, nobre mulher de planos superiores,
Nimbada de celestes esplendores,
Que ele não conseguia divisar,
Chega e afaga a cabeça do infeliz.
Em seguida, num tom de carinho profundo,
Quase que em oração ela diz:
- Meu filho, porque choras?
Acaso não sabeis? – replica o interpelado,Claramente,
Sou um morto e estou vivo.
Matei-me e novamente estou de pé,
Sem consolo, sem lar, sem amor e sem fé...
Não ouvistes falar em Judas, o traidor?
Sou eu que aniquilei a vida do Senhor...
A princípio, julguei poder fazê-lo rei,
Mas apenas lhe impus, sacrifício, martírio, sangue e cruz.
E em flagelo e aflição
Eis que a minha vida agora se reduz...
Afastai-vos de mim,
Deixai-me padecer neste inferno sem fim...
Nada me pergunteis, retirai-vos senhora,
Nada sabeis da mágoa que me agita...
O assunto que lastimo é unicamente meu...
No entanto a dama calma respondeu:
- Meu filho, sei que choras, sei que lutas,
Sei a dor que causa o remorso que escutas...
Venho apenas falar-te
Que Deus é sempre amor em toda parte...
E acrescentou serena:
- A bondade de Deus jamais condena:
Venho por mãe a ti, buscando um filho amado.
Sofre com paciência a dor e a prova.
Terás em breve, uma existência nova...
Não te sintas sozinho ou desprezado!
Judas interrompeu-a e bradou, rude e pasmo:
- Mãe? Não venhais aqui com mentira e sarcasmo.
Depois de me enforcar num galho de figueira,
Para acordar na dor,
Sem mais poder fugir à vida verdadeira.
Fui procurar consolo e força de viver.
Ao pé da pobre mãe que forjara o ser !..
Ela me viu chorando e escutou meus lamentos.
Mas teve medo dos meus sofrimentos.
Expulsou-me a esconjuros,
Chamou-me monstro, por sinal
Disse que eu era
Unicamente o espírito do mal,
Intimidou-me a terrível retrocesso,
Mandando que apressasse o meu regresso
Para a zona infernal de onde eu vinha...
Ah ! Detesto lembrar a horrível mãe que eu tinha...
Não me faleis de mães, não me faleis de amor,
Sou apenas um monstro sofredor...
Inda assim – disse a dama docemente:
- Por mais recuses, não me altero,
Amo-te filho meu, amo-te e quero
Ver-te de novo a vida
Maravilhosamente revestida
De paz e luz, de fé e elevação...
Virás comigo à terra,
Perderás pouco a pouco, o ânimo violento,
Terás o coração
Nas águas de bendito esquecimento.
Numa existência de esperança,
Levar-te-ei comigo
A remansoso abrigo.
Dar-te-ei outra mãe ! Pensa e descansa !...
E Judas neste instante.
Como quem olvidasse a própria dor gigante,
Ou como quem se desgarra
De pesadelo atroz,
Perguntou: - quem sois vós?
Que me falais assim, sabendo-me traidor?
Sois divina mulher, irradiando amor,
Ou anjo celestial de quem pressinto a luz?
No entanto ela a fitá-lo frente a frente,
Respondeu simplesmente:
- Meu filho, eu sou a mãe de Jesus!!!
Do livro "Momentos de Ouro", Maria Dolores- Francisco C. Xavier
Leia mais: http://www.cacef.info/news/retrato-de-mãe
Que me falais assim, sabendo-me traidor?
Sois divina mulher, irradiando amor,
Ou anjo celestial de quem pressinto a luz?
No entanto ela a fitá-lo frente a frente,
Respondeu simplesmente:
- Meu filho, eu sou a mãe de Jesus!!!
Do livro "Momentos de Ouro", Maria Dolores- Francisco C. Xavier
Leia mais: http://www.cacef.info/news/retrato-de-mãe
Perdão de Mãe
A notícia chocou todos os habitantes da pequena República de Palau, na Micronésia.
Um casal e seu filho, assassinados dentro de sua própria casa, por um homem de nome Justin, que buscava apenas alguns bens de consumo para roubar.
O funeral de Ruimar de Paiva e sua família foi acompanhado por cerca de quatrocentas pessoas na cidade de Koror, entre elas o Presidente da República, profundamente abalado.
Um evento, porém, marcou para sempre a vida daqueles habitantes.
Presentes estavam a mãe de Ruimar de Paiva e, também, a mãe do assassino.
Dona Ruth de Paiva, profundamente emocionada, ao fazer um pronunciamento aos presentes, pede a presença da mãe de Justin ao seu lado.
As pessoas ficam em silêncio, quase sem respirar, imaginando o que poderia acontecer naquele momento.
Dona Ruth, trêmula, pega nas mãos da outra mãe, levanta-as em direção aos presentes, e afirma:
Aqui estão duas mães... Estou certa de que a mãe de Justin orou muitas vezes por seu filho, e estou certa de que seu coração está terrivelmente ferido.
A Sra. de Paiva contém as lágrimas, e termina dizendo:
Eu apenas desejo dizer à mãe de Justin que estarei orando por ela... E por Justin.
Segundo declaração do Presidente da República de Palau, que assistiu à cerimônia fúnebre, a habilidade da Sra. Paiva em perdoar, permitia à nação começar um processo de cura.
Disse ainda que perdoar, quando o incidente é tão recente, ajudou muitas pessoas a olharem além da tragédia, e verem que podemos nos perdoar e viver juntos.
Você seria capaz de perdoar, passando por uma situação dessas?
É natural que a resposta da maioria de nós seja negativa. O perdão ainda se faz difícil no coração das almas da Terra.
Mas exemplos como este, que felizmente já são muitos neste mundo, vêm nos dizer que é possível, que somos capazes de perdoar.
A busca de uma vida mais feliz nos leva pelo caminho do perdão, sem dúvida alguma. Sem esquecer as mágoas, sem abandonar a vingança, não encontraremos dias melhores, tal qual sonhamos.
Ninguém consegue alçar voos, carregando o peso do ressentimento no Espírito.
Perdoar é nos libertar da angústia, do medo, do ódio.
Quem perdoa compreende a justiça de Deus, que tudo vê e que nos faz sempre os únicos responsáveis por nossos atos.
Quem perdoa encontra uma nova forma de amar, a da compaixão, que vê o agente do mal como alguém que sofre, e precisa de ajuda.
Perdoar aos inimigosé pedir perdão para si próprio;
Perdoar aos amigos é dar-lhes uma prova de amizade; perdoar as ofensas é mostrar-se melhor do que era.
(...)Se fordes duros, exigentes, inflexíveis, se usardes de rigor até por uma ofensa leve, como querereis que Deus esqueça de que cada dia maior necessidade tendes de indulgência?
Trabalhemos pelo perdão. Aprendamos como perdoar, dia após dia, experiência após experiência.
Redação do Momento Espírita com base em notícia publicada em vários jornais, em 6 de janeiro de 2004, e no cap. X, do livro O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. FEB
Em 09.05.2012.
Leia mais: http://www.cacef.info/
Um casal e seu filho, assassinados dentro de sua própria casa, por um homem de nome Justin, que buscava apenas alguns bens de consumo para roubar.
O funeral de Ruimar de Paiva e sua família foi acompanhado por cerca de quatrocentas pessoas na cidade de Koror, entre elas o Presidente da República, profundamente abalado.
Um evento, porém, marcou para sempre a vida daqueles habitantes.
Presentes estavam a mãe de Ruimar de Paiva e, também, a mãe do assassino.
Dona Ruth de Paiva, profundamente emocionada, ao fazer um pronunciamento aos presentes, pede a presença da mãe de Justin ao seu lado.
As pessoas ficam em silêncio, quase sem respirar, imaginando o que poderia acontecer naquele momento.
Dona Ruth, trêmula, pega nas mãos da outra mãe, levanta-as em direção aos presentes, e afirma:
Aqui estão duas mães... Estou certa de que a mãe de Justin orou muitas vezes por seu filho, e estou certa de que seu coração está terrivelmente ferido.
A Sra. de Paiva contém as lágrimas, e termina dizendo:
Eu apenas desejo dizer à mãe de Justin que estarei orando por ela... E por Justin.
Segundo declaração do Presidente da República de Palau, que assistiu à cerimônia fúnebre, a habilidade da Sra. Paiva em perdoar, permitia à nação começar um processo de cura.
Disse ainda que perdoar, quando o incidente é tão recente, ajudou muitas pessoas a olharem além da tragédia, e verem que podemos nos perdoar e viver juntos.
Você seria capaz de perdoar, passando por uma situação dessas?
É natural que a resposta da maioria de nós seja negativa. O perdão ainda se faz difícil no coração das almas da Terra.
Mas exemplos como este, que felizmente já são muitos neste mundo, vêm nos dizer que é possível, que somos capazes de perdoar.
A busca de uma vida mais feliz nos leva pelo caminho do perdão, sem dúvida alguma. Sem esquecer as mágoas, sem abandonar a vingança, não encontraremos dias melhores, tal qual sonhamos.
Ninguém consegue alçar voos, carregando o peso do ressentimento no Espírito.
Perdoar é nos libertar da angústia, do medo, do ódio.
Quem perdoa compreende a justiça de Deus, que tudo vê e que nos faz sempre os únicos responsáveis por nossos atos.
Quem perdoa encontra uma nova forma de amar, a da compaixão, que vê o agente do mal como alguém que sofre, e precisa de ajuda.
Perdoar aos inimigosé pedir perdão para si próprio;
Perdoar aos amigos é dar-lhes uma prova de amizade; perdoar as ofensas é mostrar-se melhor do que era.
(...)Se fordes duros, exigentes, inflexíveis, se usardes de rigor até por uma ofensa leve, como querereis que Deus esqueça de que cada dia maior necessidade tendes de indulgência?
Trabalhemos pelo perdão. Aprendamos como perdoar, dia após dia, experiência após experiência.
Redação do Momento Espírita com base em notícia publicada em vários jornais, em 6 de janeiro de 2004, e no cap. X, do livro O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. FEB
Em 09.05.2012.
Leia mais: http://www.cacef.info/
terça-feira, 13 de maio de 2014
Morrer é diferente de Desencarnar?
No livro "Ação e Reação" o espírito André Luiz narra, através da mediunidade de Chico Xavier, um acidente de avião onde 14 pessoas desencarnaram. O mentor chamado Druso esclareceu que o socorro só seria possível para 6, porque apesar do acidente ter sido igual para todos, a morte é diferente para cada um. Naquele momento seriam retirados da carne somente aqueles cuja vida interior (consciência tranquila) lhes concedia a imediata libertação. Quanto aos outros, cuja situação presente não lhes favorecia o afastamento rápido da armadura física, permaneceriam ligados, por mais tempo, aos despojos que lhes diziam respeito. A quantidade de dias que ficariam ali dependeria do grau de animalização dos fluidos que lhes retêm o Espírito à atividade corpórea. Alguns seriam detidos por algumas horas, outros, talvez, por longos dias . . . Corpo inerte nem sempre significa libertação da alma. O gênero de vida que alimentamos no estágio físico (quando estamos encarnados) dita as verdadeiras condições de nossa morte. Quanto mais mergulharmos nas correntes de baixas ilusões, mais tempo gastamos para esgotar as energias vitais que nos aprisionam à matéria pesada e primitiva de que se nos constitui a instrumentação fisiológica, demorando-nos nas criações mentais inferiores a que nos ajustamos, nelas encontramos combustível para dilatados enganos nas sombras do campo carnal, propriamente considerado. E quanto mais nos submetamos às disciplinas do espírito, que nos aconselham equilíbrio e sublimação, mais amplas facilidades conquistaremos para a libertação da carne em quaisquer emergências de que não possamos fugir por força dos débitos contraídos perante a Lei. Assim é que "morte física" não é o mesmo que "emancipação espiritual". Isso, no entanto, não quer dizer que os demais companheiros acidentados estarão sem assistência, embora coagidos a temporária detenção nos próprios restos. De modo algum, ninguém fica desamparado. O amor infinito de Deus abrange o Universo. Os irmãos que se demoram enredados em mais baixo teor de experiência física compreenderão, gradativamente, o socorro que se mostram capazes de receber. Todavia, na hipótese de serem surdos ao bem, é possível que se rendam às sugestões do mal (entidades de inteligência perversa), a fim de que, pelos tormentos, é preciso considerar que a tentação é sempre uma sombra a atormentar-nos a vida, de dentro para fora. A junção de nossas almas com os poderes infernais verifica-se em relação com o inferno que já trazemos dentro de nós.
Observação: Todos nós, um dia, desencarnaremos, mas não morreremos, porque quem morre é o corpo físico, mas a Espírito é eterno. E é este que irá responder por suas transgressões. A colheita é resultado do plantio de nossas ações: nesta vida, após a morte do corpo físico e na próxima encarnação. O rico, da parábola "O rico e Lázaro", rogou que Moisés mandasse alguém avisar seus 5 irmãos (encarnados) do sofrimento dele após a desencarnação, para que eles não sofressem também. Mas Abraão disse: Eles têm Moisés e os Profetas: ouçam-nos. Enfim, nós temos Jesus, os ensinamentos dele estão aí, nós sabemos o que temos que fazer ou seguir, enquanto estamos encarnados, mas adiamos.
Rudymara
http://grupoallankardec.blogspot.com.br/
Fonte:Luz da Existência Kardecista
Observação: Todos nós, um dia, desencarnaremos, mas não morreremos, porque quem morre é o corpo físico, mas a Espírito é eterno. E é este que irá responder por suas transgressões. A colheita é resultado do plantio de nossas ações: nesta vida, após a morte do corpo físico e na próxima encarnação. O rico, da parábola "O rico e Lázaro", rogou que Moisés mandasse alguém avisar seus 5 irmãos (encarnados) do sofrimento dele após a desencarnação, para que eles não sofressem também. Mas Abraão disse: Eles têm Moisés e os Profetas: ouçam-nos. Enfim, nós temos Jesus, os ensinamentos dele estão aí, nós sabemos o que temos que fazer ou seguir, enquanto estamos encarnados, mas adiamos.
Rudymara
http://grupoallankardec.blogspot.com.br/
Fonte:Luz da Existência Kardecista
sábado, 10 de maio de 2014
A Transmissão do Passe
O fluxo energético se mantém e se projeta às custas da vontade do médium passista, assim como de entidades espirituais desencarnadas que auxiliam na composição dos fluidos.
A transmissão do Passe se faz pela vontade que dirige os fluidos para atingir os fins desejados. Dessa forma, podemos concluir que a disposição mental de quem aplica o Passe e de quem o recebe é muito importante.
As forças fluídicas vitais (psíquicas) dependem do estado de saúde do médium passista e as espirituais de seu grau de elevação moral. Assim é que o médium passista deverá estar o mais possível em equilíbrio orgânico e moral.
Na transmissão do Passe deve-se evitar condicionamentos que possam desvirtuar a prática espírita, assim como as encenações e gesticulações. Todo poder e toda eficácia do Passe dependem do espírito e não da matéria, da assistência espiritual do médium passista e não dele mesmo.
As encenações preparatórias: mãos erguidas ao alto e abertas, para suposta captação de fluidos pelo passista, mãos abertas sobre os joelhos, pelo paciente, para melhor assimilação fluídica, braços e pernas descruzados para impedir a livre passagem dos fluidos, e assim por diante, só servem para ridicularizar o passe, o passista e o paciente.
O médium passista age somente sob a influência da entidade, não havendo necessidade de incorporação mediúnica, não precisa falar, aconselhar ou transmitir mensagens concomitantes ao passe.
O passe deve ser silencioso, discreto, sem o balbuciar de preces, repetições de chavões ou orientações a modo de palavras sacramentais.
Não há a necessidade do toque, a qualquer pretexto, no assistido. A transmissão da energia se dá através de aura a aura. O toque pode causar reações contrárias a boa recepção de fluidos e criar situações embaraçosas que convém prevenir.
Não há necessidade de o médium passista receber passe de outro médium ao final dos trabalhos, a pretexto de revitalização. À medida que o passista aplica o passe ele automaticamente se recarrega de fluidos salutares. Poderá haver cansaço físico, mas não desgaste fluídico se o passista estiver em condições físicas e espirituais e o trabalho estiver bem orientado.
Evitar os passes em domicílio para não favorecer comodismo. Em casos de doença grave ou impossibilidade total do assistido em comparecer a casa espírita, deverá ser ministrado por uma pequena equipe, na residência do necessitado, enquanto perdurar o impedimento.
Deve-se evitar a prática de dar-se passes em roupas, toalhas, objetos, fotografias que pertençam ao doente, para que ele seja atendido à distância.
Deve-se sempre aliar ao tratamento espiritual, o tratamento médico, pois os benefícios somar-se-ão em favor do necessitado.
Em geral, os assistidos tomam os passistas ou trabalhador como exemplo de elevação. Recomenda-se, então, a tais servidores o cuidado em sua conduta e conversas, pautando sempre pela elevação e dignidade.
Será sempre aconselhável apresentar-se na sala de passes de maneira mais simples possível, sendo inconveniente jóias, bijuterias, ou peças quaisquer que o passista ao movimentar-se produzam ruídos, vestes exageradas impeçam os movimentos, perfumes fortes que, por serem voláteis, impregnam a câmara de passes modificando a pré disposição dos que nela penetram.
Não há necessidade de roupas especiais (uniformes) para a transmissão do passe, sob o pretexto de higiene e facilitar a transmissão de energias.
Fonte: Sociedade de Estudos Espíritas Camille Flammarion
A transmissão do Passe se faz pela vontade que dirige os fluidos para atingir os fins desejados. Dessa forma, podemos concluir que a disposição mental de quem aplica o Passe e de quem o recebe é muito importante.
As forças fluídicas vitais (psíquicas) dependem do estado de saúde do médium passista e as espirituais de seu grau de elevação moral. Assim é que o médium passista deverá estar o mais possível em equilíbrio orgânico e moral.
Na transmissão do Passe deve-se evitar condicionamentos que possam desvirtuar a prática espírita, assim como as encenações e gesticulações. Todo poder e toda eficácia do Passe dependem do espírito e não da matéria, da assistência espiritual do médium passista e não dele mesmo.
As encenações preparatórias: mãos erguidas ao alto e abertas, para suposta captação de fluidos pelo passista, mãos abertas sobre os joelhos, pelo paciente, para melhor assimilação fluídica, braços e pernas descruzados para impedir a livre passagem dos fluidos, e assim por diante, só servem para ridicularizar o passe, o passista e o paciente.
O médium passista age somente sob a influência da entidade, não havendo necessidade de incorporação mediúnica, não precisa falar, aconselhar ou transmitir mensagens concomitantes ao passe.
O passe deve ser silencioso, discreto, sem o balbuciar de preces, repetições de chavões ou orientações a modo de palavras sacramentais.
Não há a necessidade do toque, a qualquer pretexto, no assistido. A transmissão da energia se dá através de aura a aura. O toque pode causar reações contrárias a boa recepção de fluidos e criar situações embaraçosas que convém prevenir.
Não há necessidade de o médium passista receber passe de outro médium ao final dos trabalhos, a pretexto de revitalização. À medida que o passista aplica o passe ele automaticamente se recarrega de fluidos salutares. Poderá haver cansaço físico, mas não desgaste fluídico se o passista estiver em condições físicas e espirituais e o trabalho estiver bem orientado.
Evitar os passes em domicílio para não favorecer comodismo. Em casos de doença grave ou impossibilidade total do assistido em comparecer a casa espírita, deverá ser ministrado por uma pequena equipe, na residência do necessitado, enquanto perdurar o impedimento.
Deve-se evitar a prática de dar-se passes em roupas, toalhas, objetos, fotografias que pertençam ao doente, para que ele seja atendido à distância.
Deve-se sempre aliar ao tratamento espiritual, o tratamento médico, pois os benefícios somar-se-ão em favor do necessitado.
Em geral, os assistidos tomam os passistas ou trabalhador como exemplo de elevação. Recomenda-se, então, a tais servidores o cuidado em sua conduta e conversas, pautando sempre pela elevação e dignidade.
Será sempre aconselhável apresentar-se na sala de passes de maneira mais simples possível, sendo inconveniente jóias, bijuterias, ou peças quaisquer que o passista ao movimentar-se produzam ruídos, vestes exageradas impeçam os movimentos, perfumes fortes que, por serem voláteis, impregnam a câmara de passes modificando a pré disposição dos que nela penetram.
Não há necessidade de roupas especiais (uniformes) para a transmissão do passe, sob o pretexto de higiene e facilitar a transmissão de energias.
Fonte: Sociedade de Estudos Espíritas Camille Flammarion
A Chama da vida
A vida que o espírito tem para ficar reencarnado na terra é comparada ao tempo que fica acessa chama de uma vela que medida pelo tamanho pode se calcular o tempo que irá permanecer acessa e que ao término da matéria se apaga naturalmente. O corpo físico que enquanto vivo é a ferramenta que o espírito usa sua estrutura em prol de seu adiantamento ou a sua própria evolução.
Acontece que não sabemos o tamanho (tempo) de vida do nosso corpo físico, sendo assim a chama da vida na terra pode terminar (apagar) a qualquer momento naturalmente.
O vento é outro fator para por fim na chama da vida na vela, comparamos o vento com os vícios e os prazeres em coisas materiais que proporciona o bem-estar momentâneo a nossa matéria, demonstrando o nosso estado de ignorância espiritual, e que pode por fim a oportunidade que Deus nos dá de reencarnar na terra para o nosso aperfeiçoamento espiritual.
Os vícios são nocivos à evolução espiritual e o sofrimento na vida espiritual o espírito roga a Deus para ter mais uma oportunidade de vida na terra e quitar as dívidas que assumiu em outras vidas passadas.
O vento é o maior inimigo da vela que pode por fim em sua luz o mesmo acontece com o espírito na sua vivência na terra evitar o vício por menor que seja, não se apegar as coisas materiais que são passageiras, mas que pode ocasionar o sofrimento por tempo indeterminado na caminha de sua evolução.
A chama da vida na terra é a alavanca para o progresso espiritual que tanto o espírito procura, mas que por influencias negativas e por ignorância (pensamentos inferiores) não da o devido valor ao tempo legado por Deus.
Fonte: Espiritismo para todos
Acontece que não sabemos o tamanho (tempo) de vida do nosso corpo físico, sendo assim a chama da vida na terra pode terminar (apagar) a qualquer momento naturalmente.
O vento é outro fator para por fim na chama da vida na vela, comparamos o vento com os vícios e os prazeres em coisas materiais que proporciona o bem-estar momentâneo a nossa matéria, demonstrando o nosso estado de ignorância espiritual, e que pode por fim a oportunidade que Deus nos dá de reencarnar na terra para o nosso aperfeiçoamento espiritual.
Os vícios são nocivos à evolução espiritual e o sofrimento na vida espiritual o espírito roga a Deus para ter mais uma oportunidade de vida na terra e quitar as dívidas que assumiu em outras vidas passadas.
O vento é o maior inimigo da vela que pode por fim em sua luz o mesmo acontece com o espírito na sua vivência na terra evitar o vício por menor que seja, não se apegar as coisas materiais que são passageiras, mas que pode ocasionar o sofrimento por tempo indeterminado na caminha de sua evolução.
A chama da vida na terra é a alavanca para o progresso espiritual que tanto o espírito procura, mas que por influencias negativas e por ignorância (pensamentos inferiores) não da o devido valor ao tempo legado por Deus.
Fonte: Espiritismo para todos
Cepal André Luiz
quarta-feira, 7 de maio de 2014
Em casa
Ninguém foge à Lei da Reencarnação.
ONTEM, atraiçoamos a confiança de um companheiro, induzindo-o à derrocada moral.
ONTEM, atraiçoamos a confiança de um companheiro, induzindo-o à derrocada moral.
HOJE, guardamo-lo na condição do parente difícil, que nos pede sacrifício incessante.
ONTEM, abandonamos a jovem que nos amava, inclinando-a ao mergulho na lagoa do vício.
ONTEM, abandonamos a jovem que nos amava, inclinando-a ao mergulho na lagoa do vício.
HOJE, temo-la de volta por filha incompreensiva, necessitada do nosso amor.
ONTEM, colocamos o orgulho e a vaidade no peito de um irmão que nos seguia os exemplos menos felizes.
ONTEM, colocamos o orgulho e a vaidade no peito de um irmão que nos seguia os exemplos menos felizes.
HOJE, partilhamos com ele, à feição de esposo despótico ou de filho-problema, o cálice amargo da redenção.
ONTEM, esquecemos compromissos veneráveis, arrastando alguém ao suicídio.
ONTEM, esquecemos compromissos veneráveis, arrastando alguém ao suicídio.
HOJE, reencontramos esse mesmo alguém na pessoa de um filhinho, portador de moléstia irreversível, tutelando-lhe, à custa de lágrimas, o trabalho de reajuste.
ONTEM, abandonamos a companheira inexperiente, à míngua de todo auxílio, situando-a nas garras da delinqüência.
ONTEM, abandonamos a companheira inexperiente, à míngua de todo auxílio, situando-a nas garras da delinqüência.
HOJE, achamo-la ao nosso lado, na presença da esposa conturbada e doente, a exigir-nos a permanência no curso infatigável da tolerância.
ONTEM, dilaceramos a alma sensível de pais afetuosos e devotados, sangrando-lhes o espírito, a punhaladas de ingratidão.
ONTEM, dilaceramos a alma sensível de pais afetuosos e devotados, sangrando-lhes o espírito, a punhaladas de ingratidão.
HOJE, moramos no espinheiro, em forma de lar, carregando fardos de angústia, a fim de aprender a plantar carinho e fidelidade.
À frente de toda dificuldade e de toda prova, abençoa sempre e faze o melhor que possas.
Ajuda aos que te partilham a experiência, ora pelos que te perseguem, sorri para os que te ferem e desculpa todos aqueles que te injuriam...
A humildade é a chave de nossa libertação.
E, sejam quais sejam os teus obstáculos na família, é preciso reconhecer que toda construção moral do Reino de Deus, perante o mundo, começa nos alicerces invisíveis da luta em casa.
Chico Xavier -Da obra: Amor e Vida em Família.
Ditado por Emmanuel.-1995
À frente de toda dificuldade e de toda prova, abençoa sempre e faze o melhor que possas.
Ajuda aos que te partilham a experiência, ora pelos que te perseguem, sorri para os que te ferem e desculpa todos aqueles que te injuriam...
A humildade é a chave de nossa libertação.
E, sejam quais sejam os teus obstáculos na família, é preciso reconhecer que toda construção moral do Reino de Deus, perante o mundo, começa nos alicerces invisíveis da luta em casa.
Chico Xavier -Da obra: Amor e Vida em Família.
Ditado por Emmanuel.-1995
Extinção do mal
A Lei de Deus determina, em qualquer parte, seja o mal destruído não pela violência, mas pela força pacífica e edificante do bem.
Na didática de Deus, o mal não é recebido com a ênfase que caracteriza muita gente na Terra, quando se propõe a combatê-lo.
Por isso, a condenação não entra em linha de conta
nas manifestações da Misericórdia Divina.
Nada de anátemas, gritos, baldões ou pragas.
A Lei de Deus determina, em qualquer parte, seja o mal destruído não pela violência, mas pela força pacífica e edificante do bem.
A propósito, meditemos.
O Senhor corrige:
a ignorância com a instrução;
o ódio com o amor;
a necessidade com o socorro;
o desequilíbrio com o reajuste;
a ferida com o bálsamo;
a dor com o sedativo;
a doença com o remédio;
a sombra com a luz;
a fome com o alimento;
o fogo com a água;
a ofensa com o perdão;
o desânimo com a esperança;
a maldição com a benção.
Somente nós, criaturas humanas, por vezes, acreditamos
que um golpe seja capaz de sanar outro golpe.
Simples ilusão. O mal não suprime o mal.
Em razão disso, Jesus nos recomenda amar os inimigos e
nos adverte de que a única energia suscetível de remover
o mal e extingui-lo é e será sempre a força suprema do bem.
Bezerra de Menezes
Na didática de Deus, o mal não é recebido com a ênfase que caracteriza muita gente na Terra, quando se propõe a combatê-lo.
Por isso, a condenação não entra em linha de conta
nas manifestações da Misericórdia Divina.
Nada de anátemas, gritos, baldões ou pragas.
A Lei de Deus determina, em qualquer parte, seja o mal destruído não pela violência, mas pela força pacífica e edificante do bem.
A propósito, meditemos.
O Senhor corrige:
a ignorância com a instrução;
o ódio com o amor;
a necessidade com o socorro;
o desequilíbrio com o reajuste;
a ferida com o bálsamo;
a dor com o sedativo;
a doença com o remédio;
a sombra com a luz;
a fome com o alimento;
o fogo com a água;
a ofensa com o perdão;
o desânimo com a esperança;
a maldição com a benção.
Somente nós, criaturas humanas, por vezes, acreditamos
que um golpe seja capaz de sanar outro golpe.
Simples ilusão. O mal não suprime o mal.
Em razão disso, Jesus nos recomenda amar os inimigos e
nos adverte de que a única energia suscetível de remover
o mal e extingui-lo é e será sempre a força suprema do bem.
Bezerra de Menezes
Fonte: cepal André Luiz
Prevenções
No capítulo dos sofrimentos voluntários, se somássemos os problemas, conflitos, obstáculos e tribulações decorrentes da prevenção que alimentamos habitualmente contra aquilo que os nossos irmãos estejam pensando ou poderiam pensar, decerto que chegaríamos a conclusões espantosas acerca de aflição desnecessária e tempo perdido.
Oponhamos o bem ao mal e deixemos aos outros a faculdade de serem eles mesmos.
Esse amigo ter-nos-á omitido o nome para determinada manifestação de alegria...
Outro companheiro nos haverá negado a saudação que lhe endereçamos com frase amistosa...
Pessoa querida passou indiferentemente por nós com o semblante carregado de preocupação ou azedume...
Certo colega terá erguido demasiadamente a voz, ferindo-os a sensibilidade, por bagatelas...
E caímos nos excessos de imaginação, fantasiando ofensas que não existem.
Aprendamos a considerar quem tanto quanto nos acontece, os outros também podem sofrer lapsos da memória, contrariedades imanifestas, inquietações e doenças.
E lembremo-nos: toda vez que descambamos para semelhantes desequilíbrios, somos igualmente capazes de esquecer ou ferir, sem participação de nossa vontade.
Evitemos a prevenção no cotidiano, a fim de que a nossa vida encontre o máximo de rendimento no bem.
Confiança em Deus.
Consciência tranqüila.
Dever cumprido.
Trabalho à frente.
E, fazendo todo o bem que se nos faça possível, por todos os modos justos, em todas as ocasiões, com todos os recursos ao nosso alcance e para com todas as criaturas, nunca nos previnamos contra quem quer que seja, porque os pensamentos dos outros pertencem a eles e não a nós.
Emmanuel- Do livro: Rumo Certo: Francisco Cândido Xavier.
Leia mais: http://www.cacef.info/news/preven
Oponhamos o bem ao mal e deixemos aos outros a faculdade de serem eles mesmos.
Esse amigo ter-nos-á omitido o nome para determinada manifestação de alegria...
Outro companheiro nos haverá negado a saudação que lhe endereçamos com frase amistosa...
Pessoa querida passou indiferentemente por nós com o semblante carregado de preocupação ou azedume...
Certo colega terá erguido demasiadamente a voz, ferindo-os a sensibilidade, por bagatelas...
E caímos nos excessos de imaginação, fantasiando ofensas que não existem.
Aprendamos a considerar quem tanto quanto nos acontece, os outros também podem sofrer lapsos da memória, contrariedades imanifestas, inquietações e doenças.
E lembremo-nos: toda vez que descambamos para semelhantes desequilíbrios, somos igualmente capazes de esquecer ou ferir, sem participação de nossa vontade.
Evitemos a prevenção no cotidiano, a fim de que a nossa vida encontre o máximo de rendimento no bem.
Confiança em Deus.
Consciência tranqüila.
Dever cumprido.
Trabalho à frente.
E, fazendo todo o bem que se nos faça possível, por todos os modos justos, em todas as ocasiões, com todos os recursos ao nosso alcance e para com todas as criaturas, nunca nos previnamos contra quem quer que seja, porque os pensamentos dos outros pertencem a eles e não a nós.
Emmanuel- Do livro: Rumo Certo: Francisco Cândido Xavier.
Leia mais: http://www.cacef.info/news/preven
domingo, 4 de maio de 2014
Graças a Deus
Sozinho. No velho “Sítio da Quitéria”, que herdara dos avós, Anselmo Pires, apesar da movimentação dos empregados, sentia-se sozinho.
Desde que a morte lhe arrebatara Antônia, a companheira de muitos anos, estava espiritualmente só na casa grande.
A princípio adoecera. Acamado, pedia que lhe dessem veneno. Queria desertar da existência, abandonar o mundo...
Amigos, porem, chegaram generosos e providenciais. E o velho Pires foi conduzido a um templo espírita, à procura de socorro moral. Embora desarvorado, começou a ouvir as interpretações do Evangelho, em novo sentido, e começou a melhorar. As palavras de fé e amor que escutava, atento, penetravam-no como bálsamo santo. Os livros espíritas, desempenhando o papel de conselheiros silenciosos, imprimiram-lhe novo rumo às meditações. A prece, no ambiente dos companheiros, parecia-lhe agora alimento insubstituível.
E, certa noite, ao pé dos irmãos de fé, sobreviera a grande surpresa. Desabrochou-lhe de súbita a clarividência. Viu Antônia, rediviva, ao seu lado... Chorando, ouvia-a pronunciar as antigas frases de carinho e confiança, a pedir-lhe mais ampla renovação. Desde essa hora, a existência de Pires mudara completamente.
Estava sozinhos mas desfrutando alegria misteriosa.
Não acreditava apenas. Sabia, tinha certeza. Reencontraria a esposa abnegada e inesquecível num mundo melhor. E, por isso, já não era somente o arrendatário das terras que possuía. Fizera-se, de todos os meeiros e assalariados, o amigo e o benfeitor. Reformara os próprios hábitos. Dispunha de horário para visitar os doentes e tinha tempo para conversar com os meninos esfarrapados da vizinhança, fosse para solucionar-lhes as necessidades ou para guiá-los no aproveitamento da escola.
Com a vida transformada, surgira, no entanto, um problema.
Anselmo fora caçador inveterado e possuía vasta coleção de espingardas e lâminas, revólveres e chuços, tudo em madeira primorosamente trabalhada. Verdadeira sala de armas. Amigos, de passagem, visitavam-lhe a coleção, como quem surpreendia valioso setor de museu.
O acervo de preciosidades era avaliado em seiscentos mil cruzeiros, incluindo duas telas notáveis pela, precisão dos traços e das cores, em que se viam grandes cães estraçalhando coelhos inermes.
Anselmo envergonhava-se, agora, de reter semelhante material.
Ele que ensinava, atualmente, princípios de compaixão e caridade, não sentia satisfação em contemplar aquilo. Com o desapontamento de quem pedia perdão à Natureza, recordava o tempo em que se punha a perseguir codornizes e pacas e a experimentar o gatilho em pombos e nhambus assustados.
Nesse dia, parara por muito tempo no paiol velho, a que mandara recolher, descontente consigo próprio, dois grandes alambiques em que fazia a destilação de aguardente.
Ora, ora! Ele, espírita, como incentivar o alcoolismo? Alambiques, no engenho, agora, não tinham razão de ser. Desparafusou as máquinas e colocou-as no galpão de bugigangas.
Em seguida, num ato de bravura moral para consigo mesmo, transferiu para o antigo paiol todas as armas de que se ufanara tanto tempo! Espingardas de suas costumeiras excursões à região do Araguaia, armas que haviam pertencido ao Conde, deu armas que haviam sido usadas pelo bisavô, em terras do Paraguai, armas que o sogro lhe deixara em recordação de afanosas caçadas ao javali em Mato Grosso... Juntou-as aos dois grandes painéis que lembravam pobres coelhos expondo vísceras sangrentas e comunicou à governanta que a sala de armas teria outro destino...
A seguir, Anselmo pensou, pensou...
Como desvencilhar-se de semelhantes apetrechos? Não mais fabricaria aguardente, não mais caçaria animais indefesos...
Entretanto, o material representava significativa fortuna.
Vendido, resultaria em patrimônio importante para qualquer instituição de beneficência ou conseguiria ajudar a independência econômica de qualquer dos abnegados companheiros de serviço que o cercavam. Mas seria justo – refletiu – entregar aos outros o que se fizera prejudicial a ele mesmo?
Dois dias passaram, sem que a solução lhe viesse à pergunta íntima.
Orou, pedindo a inspiração do Alto; contudo, mesmo assim, a idéia-chave não lhe surgiu à cabeça.
Em razão disso, intrigado, resolveu ir à cidade próxima, onde consultaria um benfeitor espiritual, através de um médium amigo. Expor-lhe-ia o caso. No entanto, o instrumento a que recorreria estava ausente. Pires visitou esse e aquele amigo. Trouxe a questão à baila. Mas nenhum deles, após ouvi-la, emitiu opinião em caráter definitivo. Tudo incerto.
É muito dinheiro, quase um milhão...
A resposta vinha reticencioso, de quase todos.
Pires, desalentado, tomou a charrete para a volta e outro assunto não lhe vinha ao pensamento que não fosse o montão de coisas indesejáveis a esperar-lhe a decisão.
Quase ao chegar a casa, porém, não somente avistou o bambual novo a dançar ao vento, como grande parada de bailarinos, mas também o Zé Guindo, antigo servidor da fazenda, montando o alazão de serviço, em plena disparada ao encontro dele mesmo.
– Que teria acontecido?
Mas o inquieto sitiante não teve muito tempo na indagação, porque o Zé, acercando-se do veículo, disse logo:
– “Seu” Anselmo, venha depressa! Depressa!
– Que há, homem de Deus?
– Incêndio no paiol! As crianças começaram a brincar perto e o fogo está lavrando...
– Que paiol?
– O paiol onde o senhor guardou os alambiques...
Foi então que Anselmo, como se alijasse pesada carga, iluminou o semblante de alegria que, a entremostrar-se num sorriso, estourou numa risada franca.
– Que há, patrão? – gritou o moço, aflito.
Anselmo, porém, respondeu alegremente:
– Graças a Deus, Graças a Deus!
Pires encontrara a solução ao problema que tanto o acabrunhava, mas o empregado guardava a convicção de que o velho patrão estava caduco...
Hilário Silva -Chico Xavier
Desde que a morte lhe arrebatara Antônia, a companheira de muitos anos, estava espiritualmente só na casa grande.
A princípio adoecera. Acamado, pedia que lhe dessem veneno. Queria desertar da existência, abandonar o mundo...
Amigos, porem, chegaram generosos e providenciais. E o velho Pires foi conduzido a um templo espírita, à procura de socorro moral. Embora desarvorado, começou a ouvir as interpretações do Evangelho, em novo sentido, e começou a melhorar. As palavras de fé e amor que escutava, atento, penetravam-no como bálsamo santo. Os livros espíritas, desempenhando o papel de conselheiros silenciosos, imprimiram-lhe novo rumo às meditações. A prece, no ambiente dos companheiros, parecia-lhe agora alimento insubstituível.
E, certa noite, ao pé dos irmãos de fé, sobreviera a grande surpresa. Desabrochou-lhe de súbita a clarividência. Viu Antônia, rediviva, ao seu lado... Chorando, ouvia-a pronunciar as antigas frases de carinho e confiança, a pedir-lhe mais ampla renovação. Desde essa hora, a existência de Pires mudara completamente.
Estava sozinhos mas desfrutando alegria misteriosa.
Não acreditava apenas. Sabia, tinha certeza. Reencontraria a esposa abnegada e inesquecível num mundo melhor. E, por isso, já não era somente o arrendatário das terras que possuía. Fizera-se, de todos os meeiros e assalariados, o amigo e o benfeitor. Reformara os próprios hábitos. Dispunha de horário para visitar os doentes e tinha tempo para conversar com os meninos esfarrapados da vizinhança, fosse para solucionar-lhes as necessidades ou para guiá-los no aproveitamento da escola.
Com a vida transformada, surgira, no entanto, um problema.
Anselmo fora caçador inveterado e possuía vasta coleção de espingardas e lâminas, revólveres e chuços, tudo em madeira primorosamente trabalhada. Verdadeira sala de armas. Amigos, de passagem, visitavam-lhe a coleção, como quem surpreendia valioso setor de museu.
O acervo de preciosidades era avaliado em seiscentos mil cruzeiros, incluindo duas telas notáveis pela, precisão dos traços e das cores, em que se viam grandes cães estraçalhando coelhos inermes.
Anselmo envergonhava-se, agora, de reter semelhante material.
Ele que ensinava, atualmente, princípios de compaixão e caridade, não sentia satisfação em contemplar aquilo. Com o desapontamento de quem pedia perdão à Natureza, recordava o tempo em que se punha a perseguir codornizes e pacas e a experimentar o gatilho em pombos e nhambus assustados.
Nesse dia, parara por muito tempo no paiol velho, a que mandara recolher, descontente consigo próprio, dois grandes alambiques em que fazia a destilação de aguardente.
Ora, ora! Ele, espírita, como incentivar o alcoolismo? Alambiques, no engenho, agora, não tinham razão de ser. Desparafusou as máquinas e colocou-as no galpão de bugigangas.
Em seguida, num ato de bravura moral para consigo mesmo, transferiu para o antigo paiol todas as armas de que se ufanara tanto tempo! Espingardas de suas costumeiras excursões à região do Araguaia, armas que haviam pertencido ao Conde, deu armas que haviam sido usadas pelo bisavô, em terras do Paraguai, armas que o sogro lhe deixara em recordação de afanosas caçadas ao javali em Mato Grosso... Juntou-as aos dois grandes painéis que lembravam pobres coelhos expondo vísceras sangrentas e comunicou à governanta que a sala de armas teria outro destino...
A seguir, Anselmo pensou, pensou...
Como desvencilhar-se de semelhantes apetrechos? Não mais fabricaria aguardente, não mais caçaria animais indefesos...
Entretanto, o material representava significativa fortuna.
Vendido, resultaria em patrimônio importante para qualquer instituição de beneficência ou conseguiria ajudar a independência econômica de qualquer dos abnegados companheiros de serviço que o cercavam. Mas seria justo – refletiu – entregar aos outros o que se fizera prejudicial a ele mesmo?
Dois dias passaram, sem que a solução lhe viesse à pergunta íntima.
Orou, pedindo a inspiração do Alto; contudo, mesmo assim, a idéia-chave não lhe surgiu à cabeça.
Em razão disso, intrigado, resolveu ir à cidade próxima, onde consultaria um benfeitor espiritual, através de um médium amigo. Expor-lhe-ia o caso. No entanto, o instrumento a que recorreria estava ausente. Pires visitou esse e aquele amigo. Trouxe a questão à baila. Mas nenhum deles, após ouvi-la, emitiu opinião em caráter definitivo. Tudo incerto.
É muito dinheiro, quase um milhão...
A resposta vinha reticencioso, de quase todos.
Pires, desalentado, tomou a charrete para a volta e outro assunto não lhe vinha ao pensamento que não fosse o montão de coisas indesejáveis a esperar-lhe a decisão.
Quase ao chegar a casa, porém, não somente avistou o bambual novo a dançar ao vento, como grande parada de bailarinos, mas também o Zé Guindo, antigo servidor da fazenda, montando o alazão de serviço, em plena disparada ao encontro dele mesmo.
– Que teria acontecido?
Mas o inquieto sitiante não teve muito tempo na indagação, porque o Zé, acercando-se do veículo, disse logo:
– “Seu” Anselmo, venha depressa! Depressa!
– Que há, homem de Deus?
– Incêndio no paiol! As crianças começaram a brincar perto e o fogo está lavrando...
– Que paiol?
– O paiol onde o senhor guardou os alambiques...
Foi então que Anselmo, como se alijasse pesada carga, iluminou o semblante de alegria que, a entremostrar-se num sorriso, estourou numa risada franca.
– Que há, patrão? – gritou o moço, aflito.
Anselmo, porém, respondeu alegremente:
– Graças a Deus, Graças a Deus!
Pires encontrara a solução ao problema que tanto o acabrunhava, mas o empregado guardava a convicção de que o velho patrão estava caduco...
Hilário Silva -Chico Xavier
Dias Difíceis
Há dias que parecem não ter sido feitos para ti.
Amontoam-se tantas dificuldades, inúmeras frustrações e incontáveis aborrecimentos, que chegas a pensar que conduzes o globo do mundo sobre os ombros dilacerados.
Desde cedo, ao te ergueres do leito, pela manhã, encontras a indisposição moral do companheiro ou da companheira, que te arremessa todos os espinhos que o mau humor conseguiu acumular ao longo da noite.
Sentes o travo do fel despejado em tua alma, mas crês que tudo se modificará nos momentos seguintes.
Sais à rua, para atender a esse ou àquele compromisso cotidiano, e te defrontas com a agrestia de muitos que manejam veículos nas vias públicas e que os convertem em armas contra os outros; constatas o azedume do funcionário ou do balconista que te atende mal, ou vês o cinismo de negociantes que anseiam por te entregar produtos de má qualidade a preços exorbitantes, supondo-te imbecil.
Mesmo assim, admites que, logo, tudo se alterará, melhorando as situações em torno.
Encontras-te com familiares ou pessoas amigas que te derramam sobre a mente todo o quadro dos problemas e tragédias que vivenciam, numa enxurrada de tormentos, perturbando a tua harmonia ainda frágil, embora não te permitam desabafar as tuas angústias, teus dramas ou tuas mágoas represadas na alma.
Em tais circunstâncias, pensas que deves aguardar que essas pessoas se resolvam com a vida até um novo encontro.
São esses os dias em que as palavras que dizes recebem negativa interpretação, o carinho que ofereces é mal visto, tua simpatia parece mero interesse, tuas reservas são vistas como soberba ou má vontade. Se falas, ou se calas, desagradas.
Em dias assim, ainda quando te esforces por entender tudo e a todos, sofres muito e a costumeira tendência, nessas ocasiões, é a da vitimação automática, quando se passa a desenvolver sentimentos de autopiedade.
No entanto, esses dias infelizes pedem-nos vigilância e prece fervorosa, para que não nos percamos nesses cipoais de pensamentos, de sentimentos e de atitudes perturbadores.
São dias de avaliação, de testes impostos pelas regentes leis da vida terrena, desejosas de que te observes e verifiques tuas ações e reações à frente das mais diversas situações da existência.
Quando perceberes que muita coisa à tua volta passa a emitir um som desarmônico aos teus ouvidos; se notares que escolhendo direito ou esquerdo não escapas da ácida crítica, o teu dever será o de te ajustares ao bom senso. Instrui-te com as situações e acumula o aprendizado das horas, passando a observar bem melhor as circunstâncias que te cercam, para que melhor entendas, para que, enfim, evoluas.
Não te olvides de que ouvimos a voz do Mestre Nazareno, há distanciados dois milênios, a dizer-nos: No mundo só tereis aflições...
Conhecedores dessa realidade, abrindo a alma para compreender que a cada dia basta o seu mal..., tratarás de te recompor, caso tenhas te deixado ferir por tantos petardos, quando o ideal teria sido agir como o bambuzal diante da ventania. Curvar-se, deixar passar o vendaval, a fim de te reergueres com tranquilidade, passado o momento difícil.
Há, de fato, dias difíceis, duros, caracterizando o teu estádio de provações indispensáveis ao teu processo de evolução. A ti, porém, caberá erguer a fronte buscando o rumo das estrelas formosas, que ao longe brilham, e agradecer a Deus por poderes afrontar tantos e difíceis desafios, mantendo-te firme, mesmo assim.
Nos dias difíceis da tua existência, procura não te entregares ao pessimismo, nem ao lodo do derrotismo, evitando alimentar todo e qualquer sentimento de culpa, que te inspirariam o abandono dos teus compromissos, o que seria teu gesto mais infeliz.
Põe-te de pé, perante quaisquer obstáculos, e sê fiel aos teus labores, aos deveres de aprender, servir e crescer, que te trouxeram novamente ao mundo terrestre.
Se lograres a superação suspirada, nesses dias sombrios para ti, terás vencido mais um embate no rol dos muitos combates que compõem a pauta da guerra em que a Terra se encontra engolfada.
Confia na ação e no poder da luz, que o Cristo representa, e segue com entusiasmo para a conquista de ti mesmo, guardando-te em equilíbrio, seja qual for ou como for cada um dos teus dias.
Sentes o travo do fel despejado em tua alma, mas crês que tudo se modificará nos momentos seguintes.
Raul Teixeira Autor: Camilo.
Amontoam-se tantas dificuldades, inúmeras frustrações e incontáveis aborrecimentos, que chegas a pensar que conduzes o globo do mundo sobre os ombros dilacerados.
Desde cedo, ao te ergueres do leito, pela manhã, encontras a indisposição moral do companheiro ou da companheira, que te arremessa todos os espinhos que o mau humor conseguiu acumular ao longo da noite.
Sentes o travo do fel despejado em tua alma, mas crês que tudo se modificará nos momentos seguintes.
Sais à rua, para atender a esse ou àquele compromisso cotidiano, e te defrontas com a agrestia de muitos que manejam veículos nas vias públicas e que os convertem em armas contra os outros; constatas o azedume do funcionário ou do balconista que te atende mal, ou vês o cinismo de negociantes que anseiam por te entregar produtos de má qualidade a preços exorbitantes, supondo-te imbecil.
Mesmo assim, admites que, logo, tudo se alterará, melhorando as situações em torno.
Encontras-te com familiares ou pessoas amigas que te derramam sobre a mente todo o quadro dos problemas e tragédias que vivenciam, numa enxurrada de tormentos, perturbando a tua harmonia ainda frágil, embora não te permitam desabafar as tuas angústias, teus dramas ou tuas mágoas represadas na alma.
Em tais circunstâncias, pensas que deves aguardar que essas pessoas se resolvam com a vida até um novo encontro.
São esses os dias em que as palavras que dizes recebem negativa interpretação, o carinho que ofereces é mal visto, tua simpatia parece mero interesse, tuas reservas são vistas como soberba ou má vontade. Se falas, ou se calas, desagradas.
Em dias assim, ainda quando te esforces por entender tudo e a todos, sofres muito e a costumeira tendência, nessas ocasiões, é a da vitimação automática, quando se passa a desenvolver sentimentos de autopiedade.
No entanto, esses dias infelizes pedem-nos vigilância e prece fervorosa, para que não nos percamos nesses cipoais de pensamentos, de sentimentos e de atitudes perturbadores.
São dias de avaliação, de testes impostos pelas regentes leis da vida terrena, desejosas de que te observes e verifiques tuas ações e reações à frente das mais diversas situações da existência.
Quando perceberes que muita coisa à tua volta passa a emitir um som desarmônico aos teus ouvidos; se notares que escolhendo direito ou esquerdo não escapas da ácida crítica, o teu dever será o de te ajustares ao bom senso. Instrui-te com as situações e acumula o aprendizado das horas, passando a observar bem melhor as circunstâncias que te cercam, para que melhor entendas, para que, enfim, evoluas.
Não te olvides de que ouvimos a voz do Mestre Nazareno, há distanciados dois milênios, a dizer-nos: No mundo só tereis aflições...
Conhecedores dessa realidade, abrindo a alma para compreender que a cada dia basta o seu mal..., tratarás de te recompor, caso tenhas te deixado ferir por tantos petardos, quando o ideal teria sido agir como o bambuzal diante da ventania. Curvar-se, deixar passar o vendaval, a fim de te reergueres com tranquilidade, passado o momento difícil.
Há, de fato, dias difíceis, duros, caracterizando o teu estádio de provações indispensáveis ao teu processo de evolução. A ti, porém, caberá erguer a fronte buscando o rumo das estrelas formosas, que ao longe brilham, e agradecer a Deus por poderes afrontar tantos e difíceis desafios, mantendo-te firme, mesmo assim.
Nos dias difíceis da tua existência, procura não te entregares ao pessimismo, nem ao lodo do derrotismo, evitando alimentar todo e qualquer sentimento de culpa, que te inspirariam o abandono dos teus compromissos, o que seria teu gesto mais infeliz.
Põe-te de pé, perante quaisquer obstáculos, e sê fiel aos teus labores, aos deveres de aprender, servir e crescer, que te trouxeram novamente ao mundo terrestre.
Se lograres a superação suspirada, nesses dias sombrios para ti, terás vencido mais um embate no rol dos muitos combates que compõem a pauta da guerra em que a Terra se encontra engolfada.
Confia na ação e no poder da luz, que o Cristo representa, e segue com entusiasmo para a conquista de ti mesmo, guardando-te em equilíbrio, seja qual for ou como for cada um dos teus dias.
Sentes o travo do fel despejado em tua alma, mas crês que tudo se modificará nos momentos seguintes.
Raul Teixeira Autor: Camilo.
Deficiência Mental
Quando nos deparamos com um deficiente físico ou mental, ficamos a indagar o porquê de determinadas pessoas encarnarem em corpos enfermos?
Na antiguidade, a humanidade pensava que os indivíduos vinham com essas enfermidades por que os deuses não gostavam deles, assim, seria um castigo imposto por algo indevido que haviam praticado.
Toda enfermidade é um resgate por excessos do pretérito. No livro Deficiente Mental: Por que fui um?, há o seguinte comentário sobre esse assunto: “Temos muitas oportunidades de voltar a Terra em corpos diferentes e que são adequados para o aprendizado necessário. Quando há muito abuso, há o desequilíbrio, e para ter novamente o equilíbrio tem de haver a recuperação. Quando se danifica o corpo perfeito, podemos por aprendizado tê-lo com anormalidades para aprender a dar valor a essa grande oportunidade que é viver por períodos num corpo de carne. Somos o que fizemos, somos o que praticamos e por isso iremos merecer aquilo que fizemos de bom ou de ruim, e as dificuldades que passamos no período da encarnação são lições preciosas”.
Convictos de que o espírito escolhe as provações que experimentará na terra, durante o processo reencarnatório nas esferas superiores, o individuo em plena condição moral dos seus atos, elege automaticamente, para si, grande parte das doenças que lhe incorporam ás preocupações.
Lembramos das decisões lamentáveis, em que assumimos no corpo físico, todos sabemos que a prática do bem é simples dever de praticar o bem, é o único antídoto contra o mal em nós próprios.Entretanto, criamos habitualmente, ás sugestões do mal, favorecendo á instalação de determinadas moléstias no corpo físico. Seja na ingestão de alimentos inadequados, por extravagância á mesa, seja no uso do álcool mesmo moderado, no aborto criminoso e nos abusos sexuais, estabelecemos em nosso prejuízo as síndromes das mais diferentes ordens.
Mantidas tais conexões, surgem freqüentemente os processos obsessivos que, muitas vezes, sem afetarem a razão, nos mantém nos domínios da enfermidade e assim pouco a pouco esterilizam nossas forças e corroem a nossa existência. É servindo ao próximo, serviremos á nos mesmo, lembrando que cada um adquire as doenças que deseja para tormento próprio.
“As ações geram reações semelhantes e sempre produzem choque de retorno, ninguém foge á ação da própria consciência”.
Como fica o espírito do deficiente mental em sua existência?
R: Sabemos que durante alguns momentos o espírito do deficiente, tem períodos de lucidez, afinal não seria justo que o doente não tivesse consciência do seu estado senão para que serviria a sua expiação. Por isso, o espírito sempre terá momentos de lucidez para saber valorizar o novo corpo e em muitos casos o deficiente tem plena certeza do seu estado atual. Durante o sono é que o deficiente mental tem a maior consciência e nitidez em que encontra o seu corpo material, é no momento do sono e dos sonhos que o espírito se desprende parcialmente do corpo e assim esta liberto por alguns momentos.
E a família como fica? Qual o seu papel?
A família tem um papel fundamental, a expiação não é só do enfermo mas sim de toda a família, o resgate e a regeneração também são para os membros da família, para que todos possam atingir uma conduta moral coletiva, isto é em muitos casos aquele deficiente esta nesta ou naquela condição para que a sua família ou um determinado membro evolua.
Outro fator importante é o convívio a família é o primeiro degrau, é o primeiro grupo social do qual fazemos parte e em segundo lugar a escola é em casa aonde aprendemos as primeiras noções de comportamento e atitudes, portanto, o convívio do deficiente com a família gera a compreensão, afetividade, carinho, companheirismo, união e principalmente que o lar esteja sempre em harmonia. E se possível à prática do evangelho no lar, mudança de atitudes e pensamentos. Na educação é necessário procurar escolas capacitadas e profissionais especializados e treinados, que possam oferecer as mais variadas atividades.
E a obsessão nos casos de deficiência mental?
R: O enfermo por estar mais no estado latente, não tem plena consciência dos seus atos, a ação obsessiva por parte dos desencarnados, contribui para algumas causas; o baixo consumo de oxigênio, a anemia secundária; baixo fluxo sangüíneo e outros distúrbios registrados nos pacientes portadores de deficiência, outra característica da obsessão é a vampirização, ideoplastia, telementalização, hipnose, alienação mental, desajustes temperamentais, conduta irregular. Em alguns casos pode levar o doente até ao autismo (Alienação mental), causando, rigidez, desagregação do pensamento, idéias delirantes, incoerência.
Como o Centro espírita pode ajudar?
R: Os Centros Espíritas oferecem vários tipos de tratamento, isto é, dependendo da necessidade do doente e da avaliação dos Entrevistadores: Passe Magnético, Samaritano, Desobsessão, Passe à Distância, ou outros tratamentos que o Centro julgar necessário.
Freddy Brandi
Fonte: Centro Espírita Casa de Emmanuel
Cepal André Luis
Na antiguidade, a humanidade pensava que os indivíduos vinham com essas enfermidades por que os deuses não gostavam deles, assim, seria um castigo imposto por algo indevido que haviam praticado.
Toda enfermidade é um resgate por excessos do pretérito. No livro Deficiente Mental: Por que fui um?, há o seguinte comentário sobre esse assunto: “Temos muitas oportunidades de voltar a Terra em corpos diferentes e que são adequados para o aprendizado necessário. Quando há muito abuso, há o desequilíbrio, e para ter novamente o equilíbrio tem de haver a recuperação. Quando se danifica o corpo perfeito, podemos por aprendizado tê-lo com anormalidades para aprender a dar valor a essa grande oportunidade que é viver por períodos num corpo de carne. Somos o que fizemos, somos o que praticamos e por isso iremos merecer aquilo que fizemos de bom ou de ruim, e as dificuldades que passamos no período da encarnação são lições preciosas”.
Convictos de que o espírito escolhe as provações que experimentará na terra, durante o processo reencarnatório nas esferas superiores, o individuo em plena condição moral dos seus atos, elege automaticamente, para si, grande parte das doenças que lhe incorporam ás preocupações.
Lembramos das decisões lamentáveis, em que assumimos no corpo físico, todos sabemos que a prática do bem é simples dever de praticar o bem, é o único antídoto contra o mal em nós próprios.Entretanto, criamos habitualmente, ás sugestões do mal, favorecendo á instalação de determinadas moléstias no corpo físico. Seja na ingestão de alimentos inadequados, por extravagância á mesa, seja no uso do álcool mesmo moderado, no aborto criminoso e nos abusos sexuais, estabelecemos em nosso prejuízo as síndromes das mais diferentes ordens.
Mantidas tais conexões, surgem freqüentemente os processos obsessivos que, muitas vezes, sem afetarem a razão, nos mantém nos domínios da enfermidade e assim pouco a pouco esterilizam nossas forças e corroem a nossa existência. É servindo ao próximo, serviremos á nos mesmo, lembrando que cada um adquire as doenças que deseja para tormento próprio.
“As ações geram reações semelhantes e sempre produzem choque de retorno, ninguém foge á ação da própria consciência”.
Como fica o espírito do deficiente mental em sua existência?
R: Sabemos que durante alguns momentos o espírito do deficiente, tem períodos de lucidez, afinal não seria justo que o doente não tivesse consciência do seu estado senão para que serviria a sua expiação. Por isso, o espírito sempre terá momentos de lucidez para saber valorizar o novo corpo e em muitos casos o deficiente tem plena certeza do seu estado atual. Durante o sono é que o deficiente mental tem a maior consciência e nitidez em que encontra o seu corpo material, é no momento do sono e dos sonhos que o espírito se desprende parcialmente do corpo e assim esta liberto por alguns momentos.
E a família como fica? Qual o seu papel?
A família tem um papel fundamental, a expiação não é só do enfermo mas sim de toda a família, o resgate e a regeneração também são para os membros da família, para que todos possam atingir uma conduta moral coletiva, isto é em muitos casos aquele deficiente esta nesta ou naquela condição para que a sua família ou um determinado membro evolua.
Outro fator importante é o convívio a família é o primeiro degrau, é o primeiro grupo social do qual fazemos parte e em segundo lugar a escola é em casa aonde aprendemos as primeiras noções de comportamento e atitudes, portanto, o convívio do deficiente com a família gera a compreensão, afetividade, carinho, companheirismo, união e principalmente que o lar esteja sempre em harmonia. E se possível à prática do evangelho no lar, mudança de atitudes e pensamentos. Na educação é necessário procurar escolas capacitadas e profissionais especializados e treinados, que possam oferecer as mais variadas atividades.
E a obsessão nos casos de deficiência mental?
R: O enfermo por estar mais no estado latente, não tem plena consciência dos seus atos, a ação obsessiva por parte dos desencarnados, contribui para algumas causas; o baixo consumo de oxigênio, a anemia secundária; baixo fluxo sangüíneo e outros distúrbios registrados nos pacientes portadores de deficiência, outra característica da obsessão é a vampirização, ideoplastia, telementalização, hipnose, alienação mental, desajustes temperamentais, conduta irregular. Em alguns casos pode levar o doente até ao autismo (Alienação mental), causando, rigidez, desagregação do pensamento, idéias delirantes, incoerência.
Como o Centro espírita pode ajudar?
R: Os Centros Espíritas oferecem vários tipos de tratamento, isto é, dependendo da necessidade do doente e da avaliação dos Entrevistadores: Passe Magnético, Samaritano, Desobsessão, Passe à Distância, ou outros tratamentos que o Centro julgar necessário.
Freddy Brandi
Fonte: Centro Espírita Casa de Emmanuel
Cepal André Luis
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