Um casal e seu filho, assassinados dentro de sua própria casa, por um homem de nome Justin, que buscava apenas alguns bens de consumo para roubar.
O funeral de Ruimar de Paiva e sua família foi acompanhado por cerca de quatrocentas pessoas na cidade de Koror, entre elas o Presidente da República, profundamente abalado.
Um evento, porém, marcou para sempre a vida daqueles habitantes.
Presentes estavam a mãe de Ruimar de Paiva e, também, a mãe do assassino.
Dona Ruth de Paiva, profundamente emocionada, ao fazer um pronunciamento aos presentes, pede a presença da mãe de Justin ao seu lado.
As pessoas ficam em silêncio, quase sem respirar, imaginando o que poderia acontecer naquele momento.
Dona Ruth, trêmula, pega nas mãos da outra mãe, levanta-as em direção aos presentes, e afirma:
Aqui estão duas mães... Estou certa de que a mãe de Justin orou muitas vezes por seu filho, e estou certa de que seu coração está terrivelmente ferido.
A Sra. de Paiva contém as lágrimas, e termina dizendo:
Eu apenas desejo dizer à mãe de Justin que estarei orando por ela... E por Justin.
Segundo declaração do Presidente da República de Palau, que assistiu à cerimônia fúnebre, a habilidade da Sra. Paiva em perdoar, permitia à nação começar um processo de cura.
Disse ainda que perdoar, quando o incidente é tão recente, ajudou muitas pessoas a olharem além da tragédia, e verem que podemos nos perdoar e viver juntos.
Você seria capaz de perdoar, passando por uma situação dessas?
É natural que a resposta da maioria de nós seja negativa. O perdão ainda se faz difícil no coração das almas da Terra.
Mas exemplos como este, que felizmente já são muitos neste mundo, vêm nos dizer que é possível, que somos capazes de perdoar.
A busca de uma vida mais feliz nos leva pelo caminho do perdão, sem dúvida alguma. Sem esquecer as mágoas, sem abandonar a vingança, não encontraremos dias melhores, tal qual sonhamos.
Ninguém consegue alçar voos, carregando o peso do ressentimento no Espírito.
Perdoar é nos libertar da angústia, do medo, do ódio.
Quem perdoa compreende a justiça de Deus, que tudo vê e que nos faz sempre os únicos responsáveis por nossos atos.
Quem perdoa encontra uma nova forma de amar, a da compaixão, que vê o agente do mal como alguém que sofre, e precisa de ajuda.
Perdoar aos inimigosé pedir perdão para si próprio;
Perdoar aos amigos é dar-lhes uma prova de amizade; perdoar as ofensas é mostrar-se melhor do que era.
(...)Se fordes duros, exigentes, inflexíveis, se usardes de rigor até por uma ofensa leve, como querereis que Deus esqueça de que cada dia maior necessidade tendes de indulgência?
Trabalhemos pelo perdão. Aprendamos como perdoar, dia após dia, experiência após experiência.
Redação do Momento Espírita com base em notícia publicada em vários jornais, em 6 de janeiro de 2004, e no cap. X, do livro O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. FEB
Em 09.05.2012.
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