Toda tarde aquela senhora pobre, de firmes princípios religiosos, fazia suas orações na varanda de sua modesta vivenda.
Ao terminar falava alto, em exaltação da fé:
– Deus seja louvado!
Invariavelmente, um vizinho, ateu de carteirinha, proclamava alto para ela ouvir:
– Deus não existe!
Certa vez, ela pediu:
– Senhor, minha despensa está vazia. Por misericórdia, envie-me alimentos.
Na manhã seguinte, encontrou farta cesta básica na entrada de sua casa. Emocionada, proclamou:
– Deus seja louvado! Obrigada, Senhor, pela dádiva!
– Bobagem! – gritou o vizinho. – Não há nenhum Deus. Fui eu quem comprou a cesta básica para você.
– Deus seja louvado! – repetiu ela.
E completou:
– O Senhor não apenas enviou-me mantimentos, como fez o diabo pagar por eles!
Esta história lembra outra, relatada em meu livro Uma Razão para Viver:
Montado em seu belo cavalo, o rico fazendeiro diri¬gia-se à cidade, como fazia frequentemente, a fim de cui¬dar de seus negócios. Nunca prestara atenção àquela casa humilde, quase escondida num desvio, à margem da es¬trada. Naquele dia experimentou insistente curiosidade. Quem morava ali?
Cedendo ao impulso, aproximou-se. Contornou a residência e, sem desmontar, olhando por uma janela aberta, viu uma garotinha de aproximadamente dez anos, ajoelhada, mãos postas, olhos lacrimejantes...
– Que faz você aí, minha filha?
– Estou orando à Virgem Maria, pedindo socorro... Meu pai morreu, minha mãe está doente, meus quatro irmãos têm fome...
– Bobagem! O Céu não ajuda ninguém! Está muito distante... Temos que nos virar sozinhos!...
Embora irreverente e um tanto rude, era um ho¬mem de bom coração. Compadeceu-se, tirou do bolso boa soma de dinheiro e o entregou à menina.
– Aí está! Vá comprar comida para os irmãos e remé¬dio para a mamãe! E esqueça a oração!...
Isto feito, retornou à estrada. Antes de completar duzentos metros, decidiu verificar se sua orientação esta¬va sendo observada. Para sua surpresa, a pequena devota continuava de joelhos.
– Ora essa, menina! Por que não vai fazer o que reco-mendei? Não lhe expliquei que não adianta pedir?
E ela, feliz:
– Estou apenas agradecendo. Pedi ajuda à Virgem Maria e ela enviou o senhor!
Diz André Luiz que Deus atende às criaturas por intermédio das criaturas.
Quando oramos contritamente, apelo do coração, não mero exercício de palavras, nossa prece ultrapassa o teto da superficialidade e é ouvida por mentores espirituais que procuram nos atender, naturalmente observado o princípio do mérito e, em situações específicas, a condição da mão de obra.
Se for um pobre que precisa de alimento, um doente que precisa de determinado remédio, uma criança perdida que precisa ser encontrada, um homem em desespero pensando em suicidar-se, há necessidade de alguém bem sintonizado, disposto a ser o agente da ação espiritual.
E aqui não se trata meramente do religioso. Imperioso é encontrar alguém possuidor de religiosidade, virtude que não está subordinada à frequência às igrejas, e sim à disposição de servir.
Nas duas histórias foram dois ateus que serviram de intermediários ao esforço do Céu, porque talvez os religiosos estivessem muito ocupados com suas orações ou despreocupados da finalidade maior da religião: fazer ao semelhante o bem que gostaríamos nos fosse feito, como ensinava Jesus.
Diz o Mestre (Mateus 25:34-36):
… Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do Mundo.
Pois tive fome, e me destes de comer, tive sede e me destes de beber, era forasteiro e me hospedastes, estava nu, e me vestistes, estive enfermo, e me visitastes, preso e fostes ver-me.
Observe, caro leitor: Jesus não se reporta aos religiosos, como usufrutuários das benesses divinas, e, sim, àqueles que atenderam seus irmãos em penúria, independentemente de acreditarem ou não em Deus.
Diga-se de passagem:
Deus não está preocupado com nossa crença.
Espera apenas nos comportemos como Seus filhos.
Richardsimonetti@uol.com.br
Richard Simonetti
terça-feira, 25 de novembro de 2014
Colhendo Pedras
Para o Espírito não existe velhice nem desgaste. É sempre novo, porque nele tudo se renova. Suas possibilidades se revigoram na experiência, desdobrando-se em novas capacidade.
Ninguém se faz velho por ter vivido um determinado número de anos (só o corpo). Há envelhecimento, quando há desânimo, quando se volta as costas para os ideais. Os anos enrugam a pele mas o abandono do entusiasmo faz rugas na alma. A dúvida, a falta de confiança em si próprio, o temor e a desesperação, são os largos, larguíssimos anos, que fazem inclinar a cabeça e submergir o Espírito.
És tão jovem como a tua fé, e tão velho como a tua dúvida; tão jovem como a confiança em ti mesmo, e tão velho como o temor; tão jovem como tua esperança e tão velho como desesperação.
Hoje somos aquilo que fizemos ontem. Portanto acreditemos, amanhã será aquilo que fizermos hoje. Então façamos o melhor.
Na vida tudo recomeça! O dia, a noite, as estações, as marés e vazantes. Mas a natureza é cíclica e repetitiva. Nós, não. Nós podemos recomeçar sempre em nível melhor, com a experiência passada.
Sempre que uma pessoa passa por uma forte experiência de perda ou enfermidade, vê-se defronte um convite de recomeço; uma necessidade urgente de correção ou de readaptação. E pode recomeçar melhor! Seja um novo lar, uma vida nova, um novo emprego, uma nova atividade, uma transformação de hábitos, em prol da saúde — se invoca Deus com fé. Ele lhe infunde poder, descortino e decisão para reconstruir sua vida.
Considera-se fé a confiança que se deposita na realização de determinada coisa, a certeza de atingir um objetivo. Assim, ela confere uma espécie de lucidez, que faz antever pelo pensamento os fins que se têm em vista e os meios de atingi-los, de maneira que aquele que a possui avança, por assim dizer, infalivelmente.
A fé sincera e verdadeira é sempre calma. Confere a paciência que sabe esperar, porque estando apoiada na inteligência e na compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao fim.
Pela fé o ser humano pode revelar valores desconhecidos dele próprio e canaliza-los de modo muito proveitoso à sua alma.
A fé racional e a esperança nos sustentarão.
Recomece melhor! Descubra os seus dons!
A nossa vida diária se constrói com tijolos de pensamentos, emoções, reações, palavras, e experiências! Somos todos construtores! Conforme a qualidade de nossa vida e de nossos propósitos, assim é a construção e aprimoramento de nossa consciência ou a sua degeneração...
Nossa consciência é formada e reformulada diariamente com a nossa vida.
Tal como construímos e mantemos nossos lares; assim como organizamos e levamos avante nossos negócios — com maior ou menor empenho e zelo — assim também com nossa consciência, que reflete em nossa alma e em nossa felicidade.
Pelo conhecimento e prática sincera da verdade estamos aprendendo a manejar sabiamente a nossa vida. Escolher, manter e aprimorar pensamentos retos; evitar emoções negativas e cultivar sentimentos nobres; tomar consciência de nossas palavras e atitudes; agir sensatamente — por certo assegurará uma rica consciência, que nos abençoará profusamente com progresso interno e externo. É claro que isto pressupõe aspiração, que as pessoas de íntimo elevado alimentam. E também disciplina, que bem mostra nossas convicções. O certo é que, desse modo, conquistamos o respeito dos homens e as bênçãos de Deus.
Por que haveremos de viver vulgarmente, cedendo às inclinações da personalidade, por negligência, ausência de ideal ou preguiça?
Podemos dizer que a nossa vida e semelhante a uma caravana que caminhava no deserto penosamente num terreno árido, poeirento. As pessoas que a compunham tinham uma fé absoluta no guia e, confiadamente, entregavam-lhe a ele todas as decisões. Gostavam de o fazer, sobretudo quando, devido ao intenso calor do sol, ele decidia que viajassem de noite, reservando o dia para dormir.
Certa noite, após uma jornada particularmente esgotante, o guia, de repente, exclamou:
— Alto! Deter-nos-emos aqui por alguns momentos. Como vêem, atravessamos, neste momento, um terreno invulgarmente pedregoso. Quero que se abaixem e apanhem todas as pedras que consigam alcançar. Talvez consigam encher as bolsas e levá-las assim cheias para casa. Temos que fazer isso depressa! — Prosseguiu, batendo as palmas — temos apenas cinco minutos; depois disso, retomaremos a marcha.
Os viajantes, que apenas desejavam um prolongado descanso e um sono repousante, pensaram que o guia tinha enlouquecido.
— Pedras?! — Disseram eles — Quem pensa ele que somos nós?
Somente alguns fizeram o que o guia sugerira: puseram nas bolsas uns quantos punhados de pedras soltas.
— Bem, agora chega! — Disse o guia — Temos que andar de novo!
Enquanto continuavam a difícil caminhada, durante o resto da noite, todos se encontravam demasiado cansados para se darem ao incomodo de falar. Mas todos continuavam a perguntar a si mesmos o que poderiam significar as estranhas ordens daquele guia.
Quando o sol se levantou no horizonte, a caravana deteve-se de novo. Todos armaram as suas tendas. Os poucos viajantes que tinham apanhado as referidas pedras puderam vê-las detidamente pela primeira vez. Assombrados, começaram a gritar:
— Santo Deus! Todas elas são de cores diferentes! E como brilham! Realmente são pedras preciosas!
Mas esta sensação de júbilo depressa deu lugar a outra de depressão e abatimento:
— Por que não tivemos o bom senso de seguir as ordens do guia? Se assim fosse, teríamos apanhado o maior número de pedras possível!
A viagem da vida e semelhante a esta história, muitas vezes caminhamos por terrenos áridos, outras vezes encontramos um oásis, outras caminhamos por terrenos pedregosos, mas tudo isso é para que consigamos a perfeição.
As vezes, não compreendemos o motivo dessas dificuldades, e praguejamos contra Deus e contra tudo, mas mesmo assim, temos que continuar caminhando, nesse trajeto muitos não se revoltam, mas procuram tirar bom proveito dessa situação, tem esperanças de um dia melhor e, aproveitam para aprender com essas dificuldades, começam a conhecer e, suas mentes clareiam, com isso a fé se robustece, e os problemas agora não mais os fazem sofrer. Começam a compreender seus semelhantes, sentem agora necessidade de ajudá-los e, fazem de tudo para os ensinar e facilitar sua caminhada.
Sempre teremos que andar com esforço próprio, de vez em quando encontraremos um cirineu que nos dará uma ajuda, assim como, também nós, ajudaremos outros. Mas o mérito está em conseguir chegar lá no apogeu com esforço próprio. E todos nós estamos juntos nessa caminhada. Podemos fazer esta viajem de uma maneira alegre, nos dando as mãos e apoiando-nos mutuamente.
Temos as lições e os exemplos de Jesus por nosso guia e as pedras no caminho serão jóias quando a olharmos detidamente. Assim, não podemos dispensá-las. Temos que ter fé. Apanhá-las, e guardá-las com carinho. Porque a vida será o buril que as farão brilhar com todo o vigor tal qual o diamante.
Podemos pedir a Deus nosso Pai, forças para superar os percalços que encontramos no caminho.
Vamos abrir a sacola, vamos ver as pedras que colhemos, isto é, se confiamos no nosso guia e as pegamos, com certeza a caminhada valeu a pena, caso contrário, não desanimemos, pois o amanhã será mais uma oportunidade que Deus nos oferece para aproveitarmos e conseguirmos também chegar ao objetivo... colhendo as pedras preciosas.
Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/meditacao-diaria/colhendo-pedras-
Ninguém se faz velho por ter vivido um determinado número de anos (só o corpo). Há envelhecimento, quando há desânimo, quando se volta as costas para os ideais. Os anos enrugam a pele mas o abandono do entusiasmo faz rugas na alma. A dúvida, a falta de confiança em si próprio, o temor e a desesperação, são os largos, larguíssimos anos, que fazem inclinar a cabeça e submergir o Espírito.
És tão jovem como a tua fé, e tão velho como a tua dúvida; tão jovem como a confiança em ti mesmo, e tão velho como o temor; tão jovem como tua esperança e tão velho como desesperação.
Hoje somos aquilo que fizemos ontem. Portanto acreditemos, amanhã será aquilo que fizermos hoje. Então façamos o melhor.
Na vida tudo recomeça! O dia, a noite, as estações, as marés e vazantes. Mas a natureza é cíclica e repetitiva. Nós, não. Nós podemos recomeçar sempre em nível melhor, com a experiência passada.
Sempre que uma pessoa passa por uma forte experiência de perda ou enfermidade, vê-se defronte um convite de recomeço; uma necessidade urgente de correção ou de readaptação. E pode recomeçar melhor! Seja um novo lar, uma vida nova, um novo emprego, uma nova atividade, uma transformação de hábitos, em prol da saúde — se invoca Deus com fé. Ele lhe infunde poder, descortino e decisão para reconstruir sua vida.
Considera-se fé a confiança que se deposita na realização de determinada coisa, a certeza de atingir um objetivo. Assim, ela confere uma espécie de lucidez, que faz antever pelo pensamento os fins que se têm em vista e os meios de atingi-los, de maneira que aquele que a possui avança, por assim dizer, infalivelmente.
A fé sincera e verdadeira é sempre calma. Confere a paciência que sabe esperar, porque estando apoiada na inteligência e na compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao fim.
Pela fé o ser humano pode revelar valores desconhecidos dele próprio e canaliza-los de modo muito proveitoso à sua alma.
A fé racional e a esperança nos sustentarão.
Recomece melhor! Descubra os seus dons!
A nossa vida diária se constrói com tijolos de pensamentos, emoções, reações, palavras, e experiências! Somos todos construtores! Conforme a qualidade de nossa vida e de nossos propósitos, assim é a construção e aprimoramento de nossa consciência ou a sua degeneração...
Nossa consciência é formada e reformulada diariamente com a nossa vida.
Tal como construímos e mantemos nossos lares; assim como organizamos e levamos avante nossos negócios — com maior ou menor empenho e zelo — assim também com nossa consciência, que reflete em nossa alma e em nossa felicidade.
Pelo conhecimento e prática sincera da verdade estamos aprendendo a manejar sabiamente a nossa vida. Escolher, manter e aprimorar pensamentos retos; evitar emoções negativas e cultivar sentimentos nobres; tomar consciência de nossas palavras e atitudes; agir sensatamente — por certo assegurará uma rica consciência, que nos abençoará profusamente com progresso interno e externo. É claro que isto pressupõe aspiração, que as pessoas de íntimo elevado alimentam. E também disciplina, que bem mostra nossas convicções. O certo é que, desse modo, conquistamos o respeito dos homens e as bênçãos de Deus.
Por que haveremos de viver vulgarmente, cedendo às inclinações da personalidade, por negligência, ausência de ideal ou preguiça?
Podemos dizer que a nossa vida e semelhante a uma caravana que caminhava no deserto penosamente num terreno árido, poeirento. As pessoas que a compunham tinham uma fé absoluta no guia e, confiadamente, entregavam-lhe a ele todas as decisões. Gostavam de o fazer, sobretudo quando, devido ao intenso calor do sol, ele decidia que viajassem de noite, reservando o dia para dormir.
Certa noite, após uma jornada particularmente esgotante, o guia, de repente, exclamou:
— Alto! Deter-nos-emos aqui por alguns momentos. Como vêem, atravessamos, neste momento, um terreno invulgarmente pedregoso. Quero que se abaixem e apanhem todas as pedras que consigam alcançar. Talvez consigam encher as bolsas e levá-las assim cheias para casa. Temos que fazer isso depressa! — Prosseguiu, batendo as palmas — temos apenas cinco minutos; depois disso, retomaremos a marcha.
Os viajantes, que apenas desejavam um prolongado descanso e um sono repousante, pensaram que o guia tinha enlouquecido.
— Pedras?! — Disseram eles — Quem pensa ele que somos nós?
Somente alguns fizeram o que o guia sugerira: puseram nas bolsas uns quantos punhados de pedras soltas.
— Bem, agora chega! — Disse o guia — Temos que andar de novo!
Enquanto continuavam a difícil caminhada, durante o resto da noite, todos se encontravam demasiado cansados para se darem ao incomodo de falar. Mas todos continuavam a perguntar a si mesmos o que poderiam significar as estranhas ordens daquele guia.
Quando o sol se levantou no horizonte, a caravana deteve-se de novo. Todos armaram as suas tendas. Os poucos viajantes que tinham apanhado as referidas pedras puderam vê-las detidamente pela primeira vez. Assombrados, começaram a gritar:
— Santo Deus! Todas elas são de cores diferentes! E como brilham! Realmente são pedras preciosas!
Mas esta sensação de júbilo depressa deu lugar a outra de depressão e abatimento:
— Por que não tivemos o bom senso de seguir as ordens do guia? Se assim fosse, teríamos apanhado o maior número de pedras possível!
A viagem da vida e semelhante a esta história, muitas vezes caminhamos por terrenos áridos, outras vezes encontramos um oásis, outras caminhamos por terrenos pedregosos, mas tudo isso é para que consigamos a perfeição.
As vezes, não compreendemos o motivo dessas dificuldades, e praguejamos contra Deus e contra tudo, mas mesmo assim, temos que continuar caminhando, nesse trajeto muitos não se revoltam, mas procuram tirar bom proveito dessa situação, tem esperanças de um dia melhor e, aproveitam para aprender com essas dificuldades, começam a conhecer e, suas mentes clareiam, com isso a fé se robustece, e os problemas agora não mais os fazem sofrer. Começam a compreender seus semelhantes, sentem agora necessidade de ajudá-los e, fazem de tudo para os ensinar e facilitar sua caminhada.
Sempre teremos que andar com esforço próprio, de vez em quando encontraremos um cirineu que nos dará uma ajuda, assim como, também nós, ajudaremos outros. Mas o mérito está em conseguir chegar lá no apogeu com esforço próprio. E todos nós estamos juntos nessa caminhada. Podemos fazer esta viajem de uma maneira alegre, nos dando as mãos e apoiando-nos mutuamente.
Temos as lições e os exemplos de Jesus por nosso guia e as pedras no caminho serão jóias quando a olharmos detidamente. Assim, não podemos dispensá-las. Temos que ter fé. Apanhá-las, e guardá-las com carinho. Porque a vida será o buril que as farão brilhar com todo o vigor tal qual o diamante.
Podemos pedir a Deus nosso Pai, forças para superar os percalços que encontramos no caminho.
Vamos abrir a sacola, vamos ver as pedras que colhemos, isto é, se confiamos no nosso guia e as pegamos, com certeza a caminhada valeu a pena, caso contrário, não desanimemos, pois o amanhã será mais uma oportunidade que Deus nos oferece para aproveitarmos e conseguirmos também chegar ao objetivo... colhendo as pedras preciosas.
Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/meditacao-diaria/colhendo-pedras-
domingo, 23 de novembro de 2014
Se eu soubesse o que sei agora
Conta-se que o dono de um pequeno comércio, amigo do grande poeta Olavo Bilac, abordou-o na rua e lhe falou:
Sr.Bilac, estou precisando vender o meu sítio, que o senhor conhece tão bem. Poderia redigir um anúncio para o jornal?
Olavo Bilac, muito solícito, apanhou um papel e escreveu:
Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeirão.
A casa, banhada pelo sol nascente oferece a sombra tranquila das tardes, na varanda.
Meses depois, o poeta topa com o homem e pergunta-lhe se havia vendido o sítio.
Nem pensei mais nisso, disse o amigo. Quando li o anúncio é que percebi a maravilha que tinha.
* * *
Às vezes, para que possamos reconhecer o valor dos tesouros que possuímos, é preciso que alguém nos abra os olhos.
E isso não acontece somente com relação aos bens materiais, mas também no campo afetivo.
Talvez motivados pela rotina ou pela acomodação, passamos a observar apenas as manias ou os pequenos defeitos daqueles que convivem conosco, esquecendo-nos das qualidades boas que eles possuem.
Não é raro alguém de fora nos surpreender com uma lista de virtudes dos nossos filhos, que passam despercebidas aos nossos olhos.
Ou, então, um colega que elogia nosso esposo ou esposa ressaltando qualidades que não estamos percebendo.
Esposas que criticam o marido porque ele não abre a porta do carro para ela, não puxa a cadeira para ela se sentar, esquece o aniversário de casamento, não lhe oferece flores no dia dos namorados...
Essas esposas não levam em conta que aquele mesmo homem é um pai carinhoso, dedicado, é trabalhador, honesto, e sempre que ela precisa, ele está por perto para ajudar.
Há maridos que desvalorizam suas esposas porque não estão em dia com a moda, porque os cabelos brancos não estão bem camuflados, porque não lhe dão atenção integral quando dela necessitam...
Esses esposos certamente não se dão conta do valor que essas mulheres têm. Não percebem quantas noites elas são capazes de passar acordadas, vigiando o filho doente, e enfrentar dias inteiros de trabalho exaustivo, sem reclamar.
Não se dão conta de que essas mulheres, tantas vezes, fazem verdadeiros malabarismos financeiros para poupar o marido de saber que o dinheiro do mês foi curto.
Mães e pais que criticam os filhos porque não atendem a todos os seus caprichos, ou porque nem sempre fazem as coisas como lhes determinam, esquecidos de que esses garotos e garotas têm muito valor.
São jovens que prezam pela fidelidade, que respeitam opiniões contrárias, que valorizam a família, que se dedicam a causas nobres, jovens saudáveis e cidadãos de bem.
Assim, não façamos como o comerciante que queria vender seu sítio, e ao ler o anúncio redigido por alguém de fora, mudou de ideia.
Tenhamos, nós mesmos, olhos de ver, ouvidos de ouvir e sensibilidade para sentir as boas qualidades e as virtudes daqueles que nos seguem mais de perto.
* * *
Existem pessoas que nem sempre conseguem demonstrar seus verdadeiros sentimentos.
Talvez por medo de uma decepção ou por timidez, escondem-se atrás de uma couraça de proteção que as faz sentirem-se mais seguras.
E essa forma de isolar-se, muitas vezes pode aparecer disfarçada de agressividade ou de comportamento antissocial.
É por essa razão que precisamos desenvolver nossa capacidade de penetrar os sentimentos das pessoas, um pouco além das aparências.
Autor desconhecido
Fonte:Redação do Momento Espírita
Sr.Bilac, estou precisando vender o meu sítio, que o senhor conhece tão bem. Poderia redigir um anúncio para o jornal?
Olavo Bilac, muito solícito, apanhou um papel e escreveu:
Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeirão.
A casa, banhada pelo sol nascente oferece a sombra tranquila das tardes, na varanda.
Meses depois, o poeta topa com o homem e pergunta-lhe se havia vendido o sítio.
Nem pensei mais nisso, disse o amigo. Quando li o anúncio é que percebi a maravilha que tinha.
* * *
Às vezes, para que possamos reconhecer o valor dos tesouros que possuímos, é preciso que alguém nos abra os olhos.
E isso não acontece somente com relação aos bens materiais, mas também no campo afetivo.
Talvez motivados pela rotina ou pela acomodação, passamos a observar apenas as manias ou os pequenos defeitos daqueles que convivem conosco, esquecendo-nos das qualidades boas que eles possuem.
Não é raro alguém de fora nos surpreender com uma lista de virtudes dos nossos filhos, que passam despercebidas aos nossos olhos.
Ou, então, um colega que elogia nosso esposo ou esposa ressaltando qualidades que não estamos percebendo.
Esposas que criticam o marido porque ele não abre a porta do carro para ela, não puxa a cadeira para ela se sentar, esquece o aniversário de casamento, não lhe oferece flores no dia dos namorados...
Essas esposas não levam em conta que aquele mesmo homem é um pai carinhoso, dedicado, é trabalhador, honesto, e sempre que ela precisa, ele está por perto para ajudar.
Há maridos que desvalorizam suas esposas porque não estão em dia com a moda, porque os cabelos brancos não estão bem camuflados, porque não lhe dão atenção integral quando dela necessitam...
Esses esposos certamente não se dão conta do valor que essas mulheres têm. Não percebem quantas noites elas são capazes de passar acordadas, vigiando o filho doente, e enfrentar dias inteiros de trabalho exaustivo, sem reclamar.
Não se dão conta de que essas mulheres, tantas vezes, fazem verdadeiros malabarismos financeiros para poupar o marido de saber que o dinheiro do mês foi curto.
Mães e pais que criticam os filhos porque não atendem a todos os seus caprichos, ou porque nem sempre fazem as coisas como lhes determinam, esquecidos de que esses garotos e garotas têm muito valor.
São jovens que prezam pela fidelidade, que respeitam opiniões contrárias, que valorizam a família, que se dedicam a causas nobres, jovens saudáveis e cidadãos de bem.
Assim, não façamos como o comerciante que queria vender seu sítio, e ao ler o anúncio redigido por alguém de fora, mudou de ideia.
Tenhamos, nós mesmos, olhos de ver, ouvidos de ouvir e sensibilidade para sentir as boas qualidades e as virtudes daqueles que nos seguem mais de perto.
* * *
Existem pessoas que nem sempre conseguem demonstrar seus verdadeiros sentimentos.
Talvez por medo de uma decepção ou por timidez, escondem-se atrás de uma couraça de proteção que as faz sentirem-se mais seguras.
E essa forma de isolar-se, muitas vezes pode aparecer disfarçada de agressividade ou de comportamento antissocial.
É por essa razão que precisamos desenvolver nossa capacidade de penetrar os sentimentos das pessoas, um pouco além das aparências.
Autor desconhecido
Fonte:Redação do Momento Espírita
terça-feira, 18 de novembro de 2014
Por que sua vida ficou infeliz?
Você muitas vezes lembra de sua infância, adolescência e início da idade adulta e um grande sentimento de nostalgia a invade. Você lembra em como aqueles tempos eram maravilhosos e bons, parecendo haver magia no ar. Ao ouvir uma música você se transporta para aquela época e queria que o tempo voltasse.
Quando você compara sua vida naquela época, quando lembra das amizades, dos namoros, das paqueras, das viagens, dos sorrisos, e compara tudo isso com sua vida atual você sente como hoje é infeliz.
Por que será que você ficou infeliz? Por que sua vida mudou tanto?
Porque, com a fase adulta você entrou nos papéis sociais, nas obrigações, na mente social e perdeu seu espírito de aventura e matou sua espontaneidade.
Você acha que ser adulto é ser responsável, é ralar, é sofrer, é fazer tudo diferente porque agora você não é mais aquela criança ou adolescente de antes.
Isso é um conceito errado ditado pela sociedade e que vem infelicitando as pessoas.
Claro que você precisa trabalhar, estudar, cumprir suas obrigações, ter sua família, mas não precisa matar sua espontaneidade nem deixar de ser quem você é por isso.
Aquela adolescente aventureira, que adorava paquerar, namorar, ouvir músicas, fazer coleções disso ou aquilo, sair sem hora pra voltar, ainda está aí dentro de você, mas está sufocada pelos padrões sociais.
Você se perdeu de si mesma e foi por isso que sua vida ficou tão chata, sem graça e infeliz.
Adoro ver aquelas senhoras já idosas, mas todas pintadas, com maquiagem forte, arrumadas indo para os bailes, para os forrós, para os pagodes, paquerando, namorando, viajando, nem aí para as "obrigações" que os outros querem impingi-las e nem ligando para aqueles que as critica. Elas vivem a vida com espírito da juventude que nunca morreu dentro delas.
Você está infeliz porque sufocou sua juventude, sua aventura, a magia de sua vida. Você que sair por aí, experimentar namoros diferentes, ter novas amizades, sentar em rodas de bate papo até tarde, viajar sem destino só pra curtir uma aventura, mas você não faz nada disso, porque se fizer o que outros irão dizer?
Pois é. Por causa de sua mente preconceituosa, fruto de uma sociedade doente e infeliz, você também acabou ficando infeliz junto.
Não está na hora de mudar e voltar a ser o que sempre foi?
Você pode ser um bom pai, uma boa mãe, um ótimo funcionário, sem contudo, matar a criança e o adolescente que vivem em você, sem matar o jovem lindo e aventureiro que sempre foi.
Desejo isso para você. Seja feliz!
Quando você compara sua vida naquela época, quando lembra das amizades, dos namoros, das paqueras, das viagens, dos sorrisos, e compara tudo isso com sua vida atual você sente como hoje é infeliz.
Por que será que você ficou infeliz? Por que sua vida mudou tanto?
Porque, com a fase adulta você entrou nos papéis sociais, nas obrigações, na mente social e perdeu seu espírito de aventura e matou sua espontaneidade.
Você acha que ser adulto é ser responsável, é ralar, é sofrer, é fazer tudo diferente porque agora você não é mais aquela criança ou adolescente de antes.
Isso é um conceito errado ditado pela sociedade e que vem infelicitando as pessoas.
Claro que você precisa trabalhar, estudar, cumprir suas obrigações, ter sua família, mas não precisa matar sua espontaneidade nem deixar de ser quem você é por isso.
Aquela adolescente aventureira, que adorava paquerar, namorar, ouvir músicas, fazer coleções disso ou aquilo, sair sem hora pra voltar, ainda está aí dentro de você, mas está sufocada pelos padrões sociais.
Você se perdeu de si mesma e foi por isso que sua vida ficou tão chata, sem graça e infeliz.
Adoro ver aquelas senhoras já idosas, mas todas pintadas, com maquiagem forte, arrumadas indo para os bailes, para os forrós, para os pagodes, paquerando, namorando, viajando, nem aí para as "obrigações" que os outros querem impingi-las e nem ligando para aqueles que as critica. Elas vivem a vida com espírito da juventude que nunca morreu dentro delas.
Você está infeliz porque sufocou sua juventude, sua aventura, a magia de sua vida. Você que sair por aí, experimentar namoros diferentes, ter novas amizades, sentar em rodas de bate papo até tarde, viajar sem destino só pra curtir uma aventura, mas você não faz nada disso, porque se fizer o que outros irão dizer?
Pois é. Por causa de sua mente preconceituosa, fruto de uma sociedade doente e infeliz, você também acabou ficando infeliz junto.
Não está na hora de mudar e voltar a ser o que sempre foi?
Você pode ser um bom pai, uma boa mãe, um ótimo funcionário, sem contudo, matar a criança e o adolescente que vivem em você, sem matar o jovem lindo e aventureiro que sempre foi.
Desejo isso para você. Seja feliz!
Por Mauricio de Castro-escritor e médium
domingo, 16 de novembro de 2014
Por que algumas pessoas vivem tanto enquanto outras morrem tão jovens?
Cada pessoa traz, ao nascer, uma programação de quantos anos viverá na Terra. Não existe, propriamente o dia específico da morte de cada um, mas um prazo que, tanto pode se estender quanto pode ser reduzido. Esse tempo é escolhido pelo próprio espírito antes de nascer ou designado pelos mentores espirituais, sempre visando o que cada um precisa aprender.
Gente ruim geralmente vive muito porque precisa estar na Terra mais tempo para que, com os acontecimentos cotidianos, vá melhorando em sua maldade. Ter que enfrentar a velhice, as doenças, as perdas de entes queridos e muitas vezes o abandono e os maus tratos, faz com que muita gente que foi ruim a vida inteira comece a despertar para a realidade da vida.
Por outro lado, as pessoas que possuem uma missão coletiva de ajuda ao próximo, também nascem programadas para viverem muitos anos, geralmente só desencarnam muito velhas. Para isso, os espíritos superiores lhes transmitem, em uma operação espiritual, mais fluido vital, para que tenham mais saúde e vivam mais. Eles ganham moratória. O que é isso? Moratória é o tempo a mais que é concedido para as pessoas na Terra. Chico Xavier teve moratória, assim como Divaldo Franco, Zibia Gasparetto, o papa Francisco, dentre outros anônimos já estão tendo moratória e viverão ainda muitos anos.
Quando uma pessoa morre muito jovem é porque sua missão aqui na Terra terminou naquele momento. Não estou me referindo aqui às mortes por excesso de velocidade, drogas, etc, refiro-me às mortes por doenças que essas pessoas não buscaram, acidentes inesperados, etc.
Quem já cumpriu sua missão aqui, não precisa ficar mais preso e então é liberto pela morte, indo rumo à verdadeira vida que é a espiritual.
Muitas pessoas boas, que precisavam apenas aparar pequenas arestas, quando faz isso, logo desencarnam. Isso é uma libertação, embora nós nos chocamos muito com mortes de jovens. Mas para o espírito é muito melhor se libertar do que prosseguir na Terra.
A verdadeira vida não é aqui, mas no mundo espiritual. Encarnamos aqui para resgatar o passado e dar um passo a mais na escada do progresso. Quando esse ciclo se encerra é hora de voltar.
Deus faz tudo certo e a hora de cada partir um sempre é a hora certa. Aceitar isso é confiar em Deus e encontrar a paz.
Maurício de Castro-médium e escritor
Gente ruim geralmente vive muito porque precisa estar na Terra mais tempo para que, com os acontecimentos cotidianos, vá melhorando em sua maldade. Ter que enfrentar a velhice, as doenças, as perdas de entes queridos e muitas vezes o abandono e os maus tratos, faz com que muita gente que foi ruim a vida inteira comece a despertar para a realidade da vida.
Por outro lado, as pessoas que possuem uma missão coletiva de ajuda ao próximo, também nascem programadas para viverem muitos anos, geralmente só desencarnam muito velhas. Para isso, os espíritos superiores lhes transmitem, em uma operação espiritual, mais fluido vital, para que tenham mais saúde e vivam mais. Eles ganham moratória. O que é isso? Moratória é o tempo a mais que é concedido para as pessoas na Terra. Chico Xavier teve moratória, assim como Divaldo Franco, Zibia Gasparetto, o papa Francisco, dentre outros anônimos já estão tendo moratória e viverão ainda muitos anos.
Quando uma pessoa morre muito jovem é porque sua missão aqui na Terra terminou naquele momento. Não estou me referindo aqui às mortes por excesso de velocidade, drogas, etc, refiro-me às mortes por doenças que essas pessoas não buscaram, acidentes inesperados, etc.
Quem já cumpriu sua missão aqui, não precisa ficar mais preso e então é liberto pela morte, indo rumo à verdadeira vida que é a espiritual.
Muitas pessoas boas, que precisavam apenas aparar pequenas arestas, quando faz isso, logo desencarnam. Isso é uma libertação, embora nós nos chocamos muito com mortes de jovens. Mas para o espírito é muito melhor se libertar do que prosseguir na Terra.
A verdadeira vida não é aqui, mas no mundo espiritual. Encarnamos aqui para resgatar o passado e dar um passo a mais na escada do progresso. Quando esse ciclo se encerra é hora de voltar.
Deus faz tudo certo e a hora de cada partir um sempre é a hora certa. Aceitar isso é confiar em Deus e encontrar a paz.
Maurício de Castro-médium e escritor
A Lenda do Poder
A assembléia familiar comentava a difícil situação dos Espíritos revoltados que se habituam ao azedume crônico por vasta fieira de encarnações sucessivas, quando João de Kotchana, experimentado instrutor de cristãos desencarnados, nas regiões da Bulgária, contou-nos, entre sensato e otimista:
- Temos nós antiga lenda que adaptarei ao nosso assunto para a devida meditação...
Dizem que Deus, quando começou a repartir os dons da vida, entre os primeiros homens dos primeiros grandes agrupamentos humanos constituídos na Terra, decretou fosse concedido aos Bons o Poder Soberano.
Informados de que o Supremo Senhor estava fazendo concessões, os Corajosos acudiram apressados à Divina Presença, solicitando o quinhão que lhes seria adjudicado.
- Que desejais, filhos meus? – indagou o Eterno.
- Senhor, queremos o Poder Supremo.
- Essa atribuição – explicou o Todo-Misericordioso – já concedi aos Bons; eles unicamente conseguirão governar o reino dos corações, o território vivo do espírito, onde se exerce o poder verdadeiro.
- Ah! Senhor, e nós? Que será de nós, os que dispomos de suficiente ousadia para comandar os distritos da existência e transformá-los?
- Não posso revogar uma ordem que expedi – observou o Onipotente -, entretanto, se não vos posso confiar o Poder Soberano, concedo-vos um encargo dos mais importantes, a Autoridade. Ide em paz.
Espalhou-se a notícia e vieram os Intelectuais ao Trono Excelso.
O Todo-Poderoso inquiriu quanto ao propósito dos visitantes e a resposta não se fez esperar:
- Senhor, aspiramos à posse do Poder Soberano.
- Impossível. Essa prerrogativa foi concedida ao Bons. Só eles lograrão renovar as outras criaturas em meu nome.
E porque os Intelectuais perguntassem respeitosamente com que recurso lhes seria lícito operar. Deus entregou-lhes o domínio da Ciência.
Veio, então, a vez dos Habilidosos. Com vasta representação, surgiram diante do Pai e, como fôssem questionados quanto ao que pretendiam, responderam veementemente:
- Senhor, suplicamos para nós o Poder Soberano.
O Todo-Bondoso relacionou a impossibilidade de atender, mas deu-lhes o Engenho.
Depois, acorreram os Imaginosos ao Sagrado Recinto e esclareceram que contavam para eles com a mesma cobiçada atribuição.
O Todo-Amoroso respondeu pela negativa afetuosa; no entanto, brindou-os com a luz da Arte.
Logo após, os Devotados chegaram ao Augusto Cenáculo e rogaram igualmente se lhes conferisse a faculdade do mando, e recolheram a mesma recusa, em termos de extremado carinho; contudo, o Todo-Misericordioso outorgou-lhes o talento bendito do Trabalho.
Em seguida, os Revoltados, que não procuravam senão defeitos e problemas transitórios na obra da Vida – os problemas e defeitos que Deus sanaria com o apoio do Tempo, de modo a não ferir os interesses dos filhos mais ignorantes e mais fracos - compareceram perante o Supremo Doador de Todas as Bênçãos e, em vista de se mostrarem com agressiva atitude, a voz do Pai se fêz mais doce ao perguntar-lhes:
- Que desejais, filhos meus?
Os Revoltados retrucaram duramente:
- Senhor, exigimos para nós o Poder Soberano.
- Isso pertence aos Bons – disse o Todo-Sábio -, pois somente aqueles que dispõem de suficiente abnegação para esquecer os agravos que se lhes façam, prosseguindo infatigáveis no cultivo do bem aos semelhantes, guardarão consigo o poder de governar os corações... No entanto, meus filhos, tenho outros dons para conceder-vos...
Antes, porém, que o Supremo Senhor terminasse, os ouvintes gritaram intempestivamente:
- Não aceitamos outra coisa que não seja o Poder soberano. Queremos dominar, dominar... Fora do poder, o resto é miséria...
O Onipotente fitou cada um dos circunstantes, tomado de compaixão, e declarou, sem alterar-se:
- Então, meus filhos, em todo o tempo que estiverdes na condição de Revoltados, tereis convosco a miséria...
E, desde essa ocasião, rematou Kotchana, todo espírito, enquanto rebelado, não tem para si mesmo senão o azedume da queixa e a penúria do coração.
Ouvi a lenda, retiro o ensinamento que me toca e ofereço a peça aos companheiros reencarnados na Terra, que porventura sejam ainda inutilmente revoltados quanto tenho sido e já não quero mais ser.
Irmão X - Do livro: Estante da Vida: Francisco Cândido Xavier
- Temos nós antiga lenda que adaptarei ao nosso assunto para a devida meditação...
Dizem que Deus, quando começou a repartir os dons da vida, entre os primeiros homens dos primeiros grandes agrupamentos humanos constituídos na Terra, decretou fosse concedido aos Bons o Poder Soberano.
Informados de que o Supremo Senhor estava fazendo concessões, os Corajosos acudiram apressados à Divina Presença, solicitando o quinhão que lhes seria adjudicado.
- Que desejais, filhos meus? – indagou o Eterno.
- Senhor, queremos o Poder Supremo.
- Essa atribuição – explicou o Todo-Misericordioso – já concedi aos Bons; eles unicamente conseguirão governar o reino dos corações, o território vivo do espírito, onde se exerce o poder verdadeiro.
- Ah! Senhor, e nós? Que será de nós, os que dispomos de suficiente ousadia para comandar os distritos da existência e transformá-los?
- Não posso revogar uma ordem que expedi – observou o Onipotente -, entretanto, se não vos posso confiar o Poder Soberano, concedo-vos um encargo dos mais importantes, a Autoridade. Ide em paz.
Espalhou-se a notícia e vieram os Intelectuais ao Trono Excelso.
O Todo-Poderoso inquiriu quanto ao propósito dos visitantes e a resposta não se fez esperar:
- Senhor, aspiramos à posse do Poder Soberano.
- Impossível. Essa prerrogativa foi concedida ao Bons. Só eles lograrão renovar as outras criaturas em meu nome.
E porque os Intelectuais perguntassem respeitosamente com que recurso lhes seria lícito operar. Deus entregou-lhes o domínio da Ciência.
Veio, então, a vez dos Habilidosos. Com vasta representação, surgiram diante do Pai e, como fôssem questionados quanto ao que pretendiam, responderam veementemente:
- Senhor, suplicamos para nós o Poder Soberano.
O Todo-Bondoso relacionou a impossibilidade de atender, mas deu-lhes o Engenho.
Depois, acorreram os Imaginosos ao Sagrado Recinto e esclareceram que contavam para eles com a mesma cobiçada atribuição.
O Todo-Amoroso respondeu pela negativa afetuosa; no entanto, brindou-os com a luz da Arte.
Logo após, os Devotados chegaram ao Augusto Cenáculo e rogaram igualmente se lhes conferisse a faculdade do mando, e recolheram a mesma recusa, em termos de extremado carinho; contudo, o Todo-Misericordioso outorgou-lhes o talento bendito do Trabalho.
Em seguida, os Revoltados, que não procuravam senão defeitos e problemas transitórios na obra da Vida – os problemas e defeitos que Deus sanaria com o apoio do Tempo, de modo a não ferir os interesses dos filhos mais ignorantes e mais fracos - compareceram perante o Supremo Doador de Todas as Bênçãos e, em vista de se mostrarem com agressiva atitude, a voz do Pai se fêz mais doce ao perguntar-lhes:
- Que desejais, filhos meus?
Os Revoltados retrucaram duramente:
- Senhor, exigimos para nós o Poder Soberano.
- Isso pertence aos Bons – disse o Todo-Sábio -, pois somente aqueles que dispõem de suficiente abnegação para esquecer os agravos que se lhes façam, prosseguindo infatigáveis no cultivo do bem aos semelhantes, guardarão consigo o poder de governar os corações... No entanto, meus filhos, tenho outros dons para conceder-vos...
Antes, porém, que o Supremo Senhor terminasse, os ouvintes gritaram intempestivamente:
- Não aceitamos outra coisa que não seja o Poder soberano. Queremos dominar, dominar... Fora do poder, o resto é miséria...
O Onipotente fitou cada um dos circunstantes, tomado de compaixão, e declarou, sem alterar-se:
- Então, meus filhos, em todo o tempo que estiverdes na condição de Revoltados, tereis convosco a miséria...
E, desde essa ocasião, rematou Kotchana, todo espírito, enquanto rebelado, não tem para si mesmo senão o azedume da queixa e a penúria do coração.
Ouvi a lenda, retiro o ensinamento que me toca e ofereço a peça aos companheiros reencarnados na Terra, que porventura sejam ainda inutilmente revoltados quanto tenho sido e já não quero mais ser.
Irmão X - Do livro: Estante da Vida: Francisco Cândido Xavier
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
Cavalo,quarenta e um
Sonolento, mal desperto, o marido ouviu a mulher perguntar:
– Quarenta e um é cavalo?
– Não entendi…
– Quarenta e um é cavalo?
– Por que quer saber?
– Sonhei que um alazão me dizia: – Jogue no meu número, quarenta e um.
– É minha idade… Ando escoiceando?!
– Não, meu bem, pelo contrário. Você é um amor! Sonhei mesmo. Talvez seja um convite da sorte…
– Bobagem. Nem sei se quarenta e um é cavalo.
Horas depois, o casal está no posto de gasolina, ao lado do supermercado. Ela pergunta ao frentista:
– O senhor sabe que bicho é quarenta e um?
– Cavalo.
– Meu Deus! Tem certeza?!
– Absoluta. Sempre faço minha fezinha.
Tanque cheio: quarenta e um litros.
Número da nota fiscal: final quarenta e um!
Entram no mercado. Ele tropeça numa banca. Cai um tênis no chão. Tamanho: quarenta e um!
Pagam a conta: Quarenta e um reais!
Entreolham-se, excitados.
– Aqui tem coisa! – reconhece o marido.
– É a sorte, querido. Está acenando para nós. Não podemos deixar passar a oportunidade.
Procuram o bilheteiro que faz ponto no estacionamento do mercado.
– Queremos escolher um número.
– Não vai dar. Só tenho um bilhete.
– Qual o final?
– Quarenta e um.
Compraram o bilhete inteiro!
Era para resolver de pronto todos os problemas financeiros, garantindo futuro tranquilo. À tarde, cheios de expectativa, acompanharam o sorteio pelo rádio. Empolgados, ouviram o número do primeiro prêmio. Nem sombra do quarenta e um!
Passou longe!…
Assim como eles, centenas de visionários que sonharam com um bicho ou um número, acompanharam com a mesma expectativa o sorteio, e também se decepcionaram. Alguém ganhou, provavelmente comprando um bilhete de forma aleatória, do tipo “qualquer número serve”.
Concebem as pessoas que sonham com a sorte, que na extração de uma loteria possa haver a interferência de Espíritos, a seu favor.
Admitamos que o fizessem, por exercício de telecinesia do além, influindo no resultado. Imaginemos milhares de mentores a disputarem o prêmio, interessados em resolver os problemas financeiros de seus pupilos. Seria uma briga!
Ou será que submeteriam a um poder superior suas reivindicações, para decidir quem levaria a bolada?
Há quem suponha que o próprio Criador interfere.
Qual seria o divino critério? Merecimento, não é.
Há pilantras que ganham. Necessidade, também não.
Gente rica costuma ganhar, até porque compra mais bilhetes.
Com elementar exercício de bom senso, chegamos a uma conclusão óbvia, amigo leitor: Qualquer apostador poderá ganhar, atendendo ao fato de que alguém ficará com o prêmio, não por escolha ou determinação sobrenatural, mas conforme a velha lei das probabilidades.
Se esperamos pelos favores dos Espíritos ou de Deus, saibamos que eles nos ajudam, sim, e muito!
Consideremos, entretanto, que o fazem de forma peculiar:
Enviam-nos desafios e dificuldades, lutas e contratempos, o clima próprio para nos tirar da inércia a fim de conquistarmos um prêmio muito mais valioso:
Vencer nossas próprias limitações.
Richardsimonetti@uol.com.br
Richard Simonetti
– Quarenta e um é cavalo?
– Não entendi…
– Quarenta e um é cavalo?
– Por que quer saber?
– Sonhei que um alazão me dizia: – Jogue no meu número, quarenta e um.
– É minha idade… Ando escoiceando?!
– Não, meu bem, pelo contrário. Você é um amor! Sonhei mesmo. Talvez seja um convite da sorte…
– Bobagem. Nem sei se quarenta e um é cavalo.
Horas depois, o casal está no posto de gasolina, ao lado do supermercado. Ela pergunta ao frentista:
– O senhor sabe que bicho é quarenta e um?
– Cavalo.
– Meu Deus! Tem certeza?!
– Absoluta. Sempre faço minha fezinha.
Tanque cheio: quarenta e um litros.
Número da nota fiscal: final quarenta e um!
Entram no mercado. Ele tropeça numa banca. Cai um tênis no chão. Tamanho: quarenta e um!
Pagam a conta: Quarenta e um reais!
Entreolham-se, excitados.
– Aqui tem coisa! – reconhece o marido.
– É a sorte, querido. Está acenando para nós. Não podemos deixar passar a oportunidade.
Procuram o bilheteiro que faz ponto no estacionamento do mercado.
– Queremos escolher um número.
– Não vai dar. Só tenho um bilhete.
– Qual o final?
– Quarenta e um.
Compraram o bilhete inteiro!
Era para resolver de pronto todos os problemas financeiros, garantindo futuro tranquilo. À tarde, cheios de expectativa, acompanharam o sorteio pelo rádio. Empolgados, ouviram o número do primeiro prêmio. Nem sombra do quarenta e um!
Passou longe!…
Assim como eles, centenas de visionários que sonharam com um bicho ou um número, acompanharam com a mesma expectativa o sorteio, e também se decepcionaram. Alguém ganhou, provavelmente comprando um bilhete de forma aleatória, do tipo “qualquer número serve”.
Concebem as pessoas que sonham com a sorte, que na extração de uma loteria possa haver a interferência de Espíritos, a seu favor.
Admitamos que o fizessem, por exercício de telecinesia do além, influindo no resultado. Imaginemos milhares de mentores a disputarem o prêmio, interessados em resolver os problemas financeiros de seus pupilos. Seria uma briga!
Ou será que submeteriam a um poder superior suas reivindicações, para decidir quem levaria a bolada?
Há quem suponha que o próprio Criador interfere.
Qual seria o divino critério? Merecimento, não é.
Há pilantras que ganham. Necessidade, também não.
Gente rica costuma ganhar, até porque compra mais bilhetes.
Com elementar exercício de bom senso, chegamos a uma conclusão óbvia, amigo leitor: Qualquer apostador poderá ganhar, atendendo ao fato de que alguém ficará com o prêmio, não por escolha ou determinação sobrenatural, mas conforme a velha lei das probabilidades.
Se esperamos pelos favores dos Espíritos ou de Deus, saibamos que eles nos ajudam, sim, e muito!
Consideremos, entretanto, que o fazem de forma peculiar:
Enviam-nos desafios e dificuldades, lutas e contratempos, o clima próprio para nos tirar da inércia a fim de conquistarmos um prêmio muito mais valioso:
Vencer nossas próprias limitações.
Richardsimonetti@uol.com.br
Richard Simonetti
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
Assistência Mútua
O grupo de companheiros espíritas fazia o trabalho de assistência aos enfermos, com entusiasmo e alegria.
Em casa de Dona Carlota Ribas, o quadro era comovente.
A pobre senhora, assistida pelos vizinhos, jazia paralítica, como que algemada ao catre.
Sofria. Contorcia-se de vez em quando, em vista da posição incômoda. Doía ver-lhe a magreza extrema.
- Se Dona Carlota pudesse ao menos instalar-se numa boa cadeira de rodas...
A observação vinha de alguém que integrava a caravana; entretanto, os visitantes eram pessoas remediadas, sem serem ricos, e ninguém se arriscou à promessa de doação de apetrecho assim tão caro.
Joaquim Peixoto, no entanto, que conhecera no próprio lar o martírio silencioso da sogra doente, mostrava os olhos marejados de pranto, e falou à esposa, igualmente comovida:
- Veja, Lilinda! Tenho a impressão de reencontrar a nossa querida enferma que Deus levou...
Dona Lilinda concordou em silêncio, mal contendo a emoção.
Mais tarde, em casa, Peixoto dirigiu-se à companheira, considerando:
- Lilinda, você compreende...Temos aqui a cadeira de rodas deixada por sua mãe. É uma relíquia, bem sei. Entretanto, como será grande a alegria de Dona Carlota, se lhe entregarmos essa doce herança como presente!...
A interpelada esboçou um gesto de repulsa e falou:
- Impossível! A cadeira de mamãe foi primorosamente trabalhada na Alemanha...Tem a bolsa anexa com espelho incrustado de pérolas de que ela tanto gostava! Já enjeitamos vinte contos de réis! Você ganha pouco. Até hoje sou obrigada a dar o pé na máquina de costura, embora as promessas de nomeação para o magistério...A cadeira de mamãe é uma reserva que não podemos menosprezar... Quando a dificuldade maior aparecer...
Peixoto não prosseguiu.
No dia seguinte, porém, ao chegar do serviço para o almoço, encontrou Dona Lilinda com a face clareada por enorme sorriso, a dizer-lhe, contente:
- Peixoto! Peixoto! mudei de idéia. Sonhei com mamãe a pedir-me para que atendesse a você...Vamos levar, hoje mesmo, a cadeira de rodas para Dona Carlota...
Dessa vez, no entanto, foi o marido quem se mostrou acabrunhado...
- Ora, Lilinda – disse ele -, agora é tarde...
Já comprei uma cadeira, mais humilde, embora muito confortável, e já a mandei para a nossa doente...
Sei que você não se aborrecerá comigo...Pagarei tudo em seis prestações.
Dona Lilinda ouviu a notícia, imensamente desapontada.
Pesado silêncio caiu entre ambos.
Nisso, alguém bate à porta.
Peixoto abre.
É um rapaz modesto que se dirige ao casal, consultando:
- Sr. Peixoto, vovó soube por amigos que o senhor e Dona Lilinda possuem uma cadeira de rodas em casa...Não sei se quererão vendê-la, mas, francamente, se assim é, não poderemos fazer a compra. Vovó está paralítica, há dois meses, com muito pouca esperança de cura...Foi professora e ganha regular vencimento. Mas somos oito irmãos, seis dos quais ainda não têm doze anos de idade... Vovó manda saber se o senhor e Dona Lilinda poderão emprestar-lhe a cadeira por algum tempo...
A dona da casa voltou a sorrir novamente e exclamou, encantada:
- Peixoto e eu vamos levar-lhe a cadeira hoje ainda...Nada de empréstimos...A cadeira é dela, será dela sempre...
O mocinho agradeceu, contente, e, na tarde do mesmo dia, o casal procurou a casa indicada, transportando a encomenda.
Dona Umbelina, a paralítica, rodeada dos netinhos órfãos, chorou de felicidade.
Enfim, a cadeira sonhada...
Enfim, repousava, como queria...
Lilinda e Peixoto acomodam-na com jeito.
A enferma pede a Deus para que os abençoe e pergunta à benfeitora:
- A senhora tem alguma irmã que deseje trabalhar?
- Como assim? – inquire Lilinda, surpresa.
- Alguma jovem professora, por exemplo? Deixei os encargos no colégio, jubilada desde anteontem. Minha diretora, porém, solicita que indique a minha substituta...
Emocionada, a visitante fala do diploma conseguido à custa de muito esforço e do velho sonho de ingressar nos trabalhos do ensino público...
Depois de dois meses sobre o encontro expressivo, a senhora Peixoto entrava no educandário, cercada de simpatia.
A bondade gerara a bondade, e uma cadeira de carinho e repouso trouxera outra de serviço e educação.
Hilário Silva - Do livro: A Vida Escreve: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira
Em casa de Dona Carlota Ribas, o quadro era comovente.
A pobre senhora, assistida pelos vizinhos, jazia paralítica, como que algemada ao catre.
Sofria. Contorcia-se de vez em quando, em vista da posição incômoda. Doía ver-lhe a magreza extrema.
- Se Dona Carlota pudesse ao menos instalar-se numa boa cadeira de rodas...
A observação vinha de alguém que integrava a caravana; entretanto, os visitantes eram pessoas remediadas, sem serem ricos, e ninguém se arriscou à promessa de doação de apetrecho assim tão caro.
Joaquim Peixoto, no entanto, que conhecera no próprio lar o martírio silencioso da sogra doente, mostrava os olhos marejados de pranto, e falou à esposa, igualmente comovida:
- Veja, Lilinda! Tenho a impressão de reencontrar a nossa querida enferma que Deus levou...
Dona Lilinda concordou em silêncio, mal contendo a emoção.
Mais tarde, em casa, Peixoto dirigiu-se à companheira, considerando:
- Lilinda, você compreende...Temos aqui a cadeira de rodas deixada por sua mãe. É uma relíquia, bem sei. Entretanto, como será grande a alegria de Dona Carlota, se lhe entregarmos essa doce herança como presente!...
A interpelada esboçou um gesto de repulsa e falou:
- Impossível! A cadeira de mamãe foi primorosamente trabalhada na Alemanha...Tem a bolsa anexa com espelho incrustado de pérolas de que ela tanto gostava! Já enjeitamos vinte contos de réis! Você ganha pouco. Até hoje sou obrigada a dar o pé na máquina de costura, embora as promessas de nomeação para o magistério...A cadeira de mamãe é uma reserva que não podemos menosprezar... Quando a dificuldade maior aparecer...
Peixoto não prosseguiu.
No dia seguinte, porém, ao chegar do serviço para o almoço, encontrou Dona Lilinda com a face clareada por enorme sorriso, a dizer-lhe, contente:
- Peixoto! Peixoto! mudei de idéia. Sonhei com mamãe a pedir-me para que atendesse a você...Vamos levar, hoje mesmo, a cadeira de rodas para Dona Carlota...
Dessa vez, no entanto, foi o marido quem se mostrou acabrunhado...
- Ora, Lilinda – disse ele -, agora é tarde...
Já comprei uma cadeira, mais humilde, embora muito confortável, e já a mandei para a nossa doente...
Sei que você não se aborrecerá comigo...Pagarei tudo em seis prestações.
Dona Lilinda ouviu a notícia, imensamente desapontada.
Pesado silêncio caiu entre ambos.
Nisso, alguém bate à porta.
Peixoto abre.
É um rapaz modesto que se dirige ao casal, consultando:
- Sr. Peixoto, vovó soube por amigos que o senhor e Dona Lilinda possuem uma cadeira de rodas em casa...Não sei se quererão vendê-la, mas, francamente, se assim é, não poderemos fazer a compra. Vovó está paralítica, há dois meses, com muito pouca esperança de cura...Foi professora e ganha regular vencimento. Mas somos oito irmãos, seis dos quais ainda não têm doze anos de idade... Vovó manda saber se o senhor e Dona Lilinda poderão emprestar-lhe a cadeira por algum tempo...
A dona da casa voltou a sorrir novamente e exclamou, encantada:
- Peixoto e eu vamos levar-lhe a cadeira hoje ainda...Nada de empréstimos...A cadeira é dela, será dela sempre...
O mocinho agradeceu, contente, e, na tarde do mesmo dia, o casal procurou a casa indicada, transportando a encomenda.
Dona Umbelina, a paralítica, rodeada dos netinhos órfãos, chorou de felicidade.
Enfim, a cadeira sonhada...
Enfim, repousava, como queria...
Lilinda e Peixoto acomodam-na com jeito.
A enferma pede a Deus para que os abençoe e pergunta à benfeitora:
- A senhora tem alguma irmã que deseje trabalhar?
- Como assim? – inquire Lilinda, surpresa.
- Alguma jovem professora, por exemplo? Deixei os encargos no colégio, jubilada desde anteontem. Minha diretora, porém, solicita que indique a minha substituta...
Emocionada, a visitante fala do diploma conseguido à custa de muito esforço e do velho sonho de ingressar nos trabalhos do ensino público...
Depois de dois meses sobre o encontro expressivo, a senhora Peixoto entrava no educandário, cercada de simpatia.
A bondade gerara a bondade, e uma cadeira de carinho e repouso trouxera outra de serviço e educação.
Hilário Silva - Do livro: A Vida Escreve: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira
domingo, 9 de novembro de 2014
conflitos domésticos
Um dos mais graves problemas humanos está na dificuldade de convivência no lar. Pessoas que enfrentam desajustes físicos e psíquicos tem, não raro, uma história de incompatibilidade familiar, marcada por freqüentes conflitos.
Há quem os resolva de forma sumária: o marido que desaparece, a esposa que pede divórcio, o filho que opta por morar distante.
Justificando-se em face das tempestades domésticas alguns espíritas utilizam o conhecimento doutrinário para curiosas racionalizações:
— Minha mulher é o meu carma: neurótica, agressiva, desequilibrada. Que fiz de errado no passado, meu deus, para merecer esse "trem"?
— Só o Espiritismo para me fazer tolerar meu marido. Agüento hoje para me livrar depois. Se o deixar agora terei que voltar a seu lado em nova encarnação. Deus me livre! Resgatando meu débito não quero vê-lo nunca mais!
Conversávamos com idosa confreira que teve conturbada convivência com o esposo, falecido há alguns anos. e lhe dizíamos, brincando:
— A senhora vai ficar feliz quando desencarnar. Reencontraá seu querido. Ele a espera...
A resposta veio pronta, incisiva:
— Isso nunca! Prefiro ir para o inferno!
Um pai nos dizia:
— Certamente há um grave problema entre mim e meu filho, relacionado com o passado. Em certas ocasiões sinto vontade de esganá-lo. Ele me desafia, olha-me com ódio. Preciso controlar-me muito para não perder a cabeça.
realmente, nesses relacionamento explosivos que ocorrem em muitos lares há o que poderíamos definir como "compromisso cármico". Espíritos que se prejudicaram uns aos outros e que, não raro, foram inimigos ferozes, reencontram-se no reduto doméstico.
Unidos não por afetividade, nem por afinidade, e sim por imperativos de reconciliação, no cumprimento das leis divinas, enfrentam inegáveis dificuldades para a harmonização, mesmo porque conservam, inconscientemente, a mágoa do passado.
Daí as desavenças fáceis que conturbam a vida familiar. Naturalmente situações assim não interessam à nossa economia física e psíquica e acabam por nos desajustar.
Imperioso considerar, todavia, que esses desencontros são decorrentes muito mais de nosso comportamento no presente do que dos compromissos do pretérito. Não seria razoável Deus nos reunir no lar para nos agredirmos e magoarmos uns aos outros.
"Deus espera que nos amemos e não que nos amassemos".
Richard Simonetti, do livro "Uma Razão para Viver"
Há quem os resolva de forma sumária: o marido que desaparece, a esposa que pede divórcio, o filho que opta por morar distante.
Justificando-se em face das tempestades domésticas alguns espíritas utilizam o conhecimento doutrinário para curiosas racionalizações:
— Minha mulher é o meu carma: neurótica, agressiva, desequilibrada. Que fiz de errado no passado, meu deus, para merecer esse "trem"?
— Só o Espiritismo para me fazer tolerar meu marido. Agüento hoje para me livrar depois. Se o deixar agora terei que voltar a seu lado em nova encarnação. Deus me livre! Resgatando meu débito não quero vê-lo nunca mais!
Conversávamos com idosa confreira que teve conturbada convivência com o esposo, falecido há alguns anos. e lhe dizíamos, brincando:
— A senhora vai ficar feliz quando desencarnar. Reencontraá seu querido. Ele a espera...
A resposta veio pronta, incisiva:
— Isso nunca! Prefiro ir para o inferno!
Um pai nos dizia:
— Certamente há um grave problema entre mim e meu filho, relacionado com o passado. Em certas ocasiões sinto vontade de esganá-lo. Ele me desafia, olha-me com ódio. Preciso controlar-me muito para não perder a cabeça.
realmente, nesses relacionamento explosivos que ocorrem em muitos lares há o que poderíamos definir como "compromisso cármico". Espíritos que se prejudicaram uns aos outros e que, não raro, foram inimigos ferozes, reencontram-se no reduto doméstico.
Unidos não por afetividade, nem por afinidade, e sim por imperativos de reconciliação, no cumprimento das leis divinas, enfrentam inegáveis dificuldades para a harmonização, mesmo porque conservam, inconscientemente, a mágoa do passado.
Daí as desavenças fáceis que conturbam a vida familiar. Naturalmente situações assim não interessam à nossa economia física e psíquica e acabam por nos desajustar.
Imperioso considerar, todavia, que esses desencontros são decorrentes muito mais de nosso comportamento no presente do que dos compromissos do pretérito. Não seria razoável Deus nos reunir no lar para nos agredirmos e magoarmos uns aos outros.
"Deus espera que nos amemos e não que nos amassemos".
Richard Simonetti, do livro "Uma Razão para Viver"
sábado, 8 de novembro de 2014
A Vida é uma passagem
"O mundo é feito de encontros e desencontros.
Encantos e desencantos. Ilusões e decepções.
Na realidade, é um ir e vir infinito, onde a medida que uns vão outros estão chegando.
O único porém é como deixar o que começamos. É olhar para trás e ver se valeu a pena.
Você, eu, ‘você outro’...
O que tem feito nesta sua vida ?
Encantos e desencantos. Ilusões e decepções.
Na realidade, é um ir e vir infinito, onde a medida que uns vão outros estão chegando.
O único porém é como deixar o que começamos. É olhar para trás e ver se valeu a pena.
Você, eu, ‘você outro’...
O que tem feito nesta sua vida ?
Tem valido a pena ?
Tem feito da sua vida motivo de orgulho para o Pai Todo Poderoso?
Coloque sua mente para funcionar e veja se tem levado uma vida digna e honesta?
Tens ajudado teu irmão?!
Tens feito por merecer uma vida além da vida sem muito arrependimento?
A vida é curta, uma passagem apenas ...
Tens te preparado para esta passagem ?
Tens te preparado para esta passagem ?
Ela será mais ou menos dolorida dependendo de suas obras. Dependendo do material usado em sua construção. Se usas material de primeira, tua obra será perfeita e não ruirá. Se o material usado for ruim, tudo o que fazes virá ao chão e nada terás para apresentar ao Pai, Nosso Deus.
Vamos fazer, vamos construir com amor e teremos uma construção sólida onde estará alicerçada nossa construção espiritual. Sejamos obreiros do Senhor e façamos tudo com a certeza de que está sendo bem feito. Só Jesus Nosso Senhor pode nos servir de exemplo na construção do bem. Que esta mensagem nos sirva para refletir e pensar nos nossos atos.
Um abraço fraterno a todos e que Deus Pai Todo Poderoso nos proteja.”
Autor desconhecido
Data : Julho de 2007.
Local : Sorocaba ( SP )
Médium : SAOG
Vamos fazer, vamos construir com amor e teremos uma construção sólida onde estará alicerçada nossa construção espiritual. Sejamos obreiros do Senhor e façamos tudo com a certeza de que está sendo bem feito. Só Jesus Nosso Senhor pode nos servir de exemplo na construção do bem. Que esta mensagem nos sirva para refletir e pensar nos nossos atos.
Um abraço fraterno a todos e que Deus Pai Todo Poderoso nos proteja.”
Autor desconhecido
Data : Julho de 2007.
Local : Sorocaba ( SP )
Médium : SAOG
fonte:Luz da Existência
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
Lembre -se
Se você estiver vivendo um momento de problema, procure dominar sua mente evitando a preocupação e os pensamentos negativos. Não é nada fácil, mas é perfeitamente possível se você se esforçar. Lembre-se que as preocupações não irão solucionar seus problemas, ao contrário, tudo vai continuar igual e você, por estar num estado de tensão, acabará tendo problemas de saúde. Evite também pensar negativo. Ajude a Vida para que ela trabalhe a seu favor trazendo as soluções de maneira mais rápida. Como se faz isso? Não deixando o negativismo tomar conta e, a cada pensamento ruim, coloque outro bom. Esse exercício é difícil no início, mas se você persistir acabará por se tornar fácil. As soluções podem aparecer a qualquer hora. Não existe problema sem solução, pois se existisse Deus seria injusto. Mas essa solução só virá no momento adequado, quando você estiver preparado. Até lá se preocupar é só perder tempo e energia. Pense nisso.
Espírito HERMES - Maurício de Castro,escritor e médium
Espírito HERMES - Maurício de Castro,escritor e médium
Benção Maior
“Amai pois, a vossa alma, porém, cuidai igualmente do vosso corpo, instrumento daquela.
Desatender as necessidades que a própria Natureza indica, é desatender a lei de Deus.
Não castigueis o corpo pelas faltas que o vosso livre arbítrio o induziu a cometer e pelas quais ele é tão responsável quanto o cavalo mal dirigido, pelos acidentes que causa. ” - LE, Cap.17, 11.
Teu corpo - tua bênção maior.
Auxilia-o com diligência para que ele te auxilie com segurança.
Educa-o para que te apóie a educação necessária.
Cabine de comando, - consegues manejá-lo, expedindo ordens e sugestões que remodelam o pedaço de globo em que respiras.
Cinzel, burilas com ele a matéria densamente concentrada, a fim de convertê-la em amparo e alegria.
Pena, utilizas-te dele para grafar as concepções; que te fulguram no cérebro, assimilando a inspiração das Esferas Superiores.
Lira, podes tanger-lhe as cordas do sentimento e compor a melodia verbal que se faça jubilosa renovação naqueles que te escutem.
Santuário, fazes dele o templo da emoção, haurindo forças para sonhar e construir ou formar o jardim da família, em que situas os filhos do coração.
Teu corpo tua benção maior.
Há quem o acuse pelo golpe da criminalidade ou pela demência do vício, como se o carro obediente devesse pagar e a embriaguez ou pelos disparates do condutor.
E existem ainda aqueles que o declaram culpado pelos assaltos da calúnia e pelas calamidades da cólera, qual se o telefone fosse responsável pela malícia e pelos desequilíbrios dos que lhe menosprezam e injuriam a utilidade.
Guardas a impressão de que resides, de modo exclusivo, na cidade ou no campo e na essência moras no corpo.
As máquinas modernas asseguram facilidades enormes.
Valeriam muito pouco sem o concurso das mãos.
Palácios voadores alçam-te às alturas.
Na experiência cotidiana, equilibras-te nos pés.
Os grandes telescópios são maravilhas do mundo.
Não teriam qualquer significação sem os olhos.
A música é cântico do Universo.
Passaria ignorada sem os ouvidos.
Imperioso saibas que manejas o corpo, na condição de engenho divino que a vida te empresta, instrumento indispensável à tua permanência na estância terrestre.
Não te enganes com o esmero de superfície.
Que dizer do motorista que primasse por exibir um carro admirável na apresentação, sentando-se alcoolizado ao volante?
Estimas a higiene.
Sabes fugir do empanzinamento com quitutes desnecessários.
Justo igualmente eliminar o lixo moral de qualquer manifestação que nos exteriorize a individualidade e evitar a congestão emocional pela carga excessiva de anseios inadequados.
A vida orgânica é baseada na célula e cada célula é um centro de energia.
Todo arrastamento da alma a estados de cólera, ressentimento, desanimo ou irritação equivale a crises de cúpula, Ac ocasionando desarranjo e desastre em forma de doença e desequilíbrio na comunidade celular.
Dirige teu corpo com serenidade e bom-senso.
Compenetra-te de que, embora a ciência consiga tratá-lo, reconstruí–lo, reanimá-lo, enobrecê-lo e até mesmo substituir-lhe determinados implementos, ninguém, na Terra, encontra corpo novo para comprar.
“Mas bem-aventurados os vossos olhos porque vêem, e os vossos ouvidos, porquê ouvem”. - - JESUS - MATEUS, 13:16.
(Do livro "O Livro da Esperança"- Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)
Leia mais: http://www.cacef.info/news/ben%c3%a7%c3%a3o-maior/?
Desatender as necessidades que a própria Natureza indica, é desatender a lei de Deus.
Não castigueis o corpo pelas faltas que o vosso livre arbítrio o induziu a cometer e pelas quais ele é tão responsável quanto o cavalo mal dirigido, pelos acidentes que causa. ” - LE, Cap.17, 11.
Teu corpo - tua bênção maior.
Auxilia-o com diligência para que ele te auxilie com segurança.
Educa-o para que te apóie a educação necessária.
Cabine de comando, - consegues manejá-lo, expedindo ordens e sugestões que remodelam o pedaço de globo em que respiras.
Cinzel, burilas com ele a matéria densamente concentrada, a fim de convertê-la em amparo e alegria.
Pena, utilizas-te dele para grafar as concepções; que te fulguram no cérebro, assimilando a inspiração das Esferas Superiores.
Lira, podes tanger-lhe as cordas do sentimento e compor a melodia verbal que se faça jubilosa renovação naqueles que te escutem.
Santuário, fazes dele o templo da emoção, haurindo forças para sonhar e construir ou formar o jardim da família, em que situas os filhos do coração.
Teu corpo tua benção maior.
Há quem o acuse pelo golpe da criminalidade ou pela demência do vício, como se o carro obediente devesse pagar e a embriaguez ou pelos disparates do condutor.
E existem ainda aqueles que o declaram culpado pelos assaltos da calúnia e pelas calamidades da cólera, qual se o telefone fosse responsável pela malícia e pelos desequilíbrios dos que lhe menosprezam e injuriam a utilidade.
Guardas a impressão de que resides, de modo exclusivo, na cidade ou no campo e na essência moras no corpo.
As máquinas modernas asseguram facilidades enormes.
Valeriam muito pouco sem o concurso das mãos.
Palácios voadores alçam-te às alturas.
Na experiência cotidiana, equilibras-te nos pés.
Os grandes telescópios são maravilhas do mundo.
Não teriam qualquer significação sem os olhos.
A música é cântico do Universo.
Passaria ignorada sem os ouvidos.
Imperioso saibas que manejas o corpo, na condição de engenho divino que a vida te empresta, instrumento indispensável à tua permanência na estância terrestre.
Não te enganes com o esmero de superfície.
Que dizer do motorista que primasse por exibir um carro admirável na apresentação, sentando-se alcoolizado ao volante?
Estimas a higiene.
Sabes fugir do empanzinamento com quitutes desnecessários.
Justo igualmente eliminar o lixo moral de qualquer manifestação que nos exteriorize a individualidade e evitar a congestão emocional pela carga excessiva de anseios inadequados.
A vida orgânica é baseada na célula e cada célula é um centro de energia.
Todo arrastamento da alma a estados de cólera, ressentimento, desanimo ou irritação equivale a crises de cúpula, Ac ocasionando desarranjo e desastre em forma de doença e desequilíbrio na comunidade celular.
Dirige teu corpo com serenidade e bom-senso.
Compenetra-te de que, embora a ciência consiga tratá-lo, reconstruí–lo, reanimá-lo, enobrecê-lo e até mesmo substituir-lhe determinados implementos, ninguém, na Terra, encontra corpo novo para comprar.
“Mas bem-aventurados os vossos olhos porque vêem, e os vossos ouvidos, porquê ouvem”. - - JESUS - MATEUS, 13:16.
(Do livro "O Livro da Esperança"- Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)
Leia mais: http://www.cacef.info/news/ben%c3%a7%c3%a3o-maior/?
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
Conto de um Preto Velho
Dando início a uma destas reuniões mediúnica num centro espírita orientado pela doutrina de Allan Kardec, foi feita a prece de abertura por um dos presentes. Iniciando-se as manifestações, pequenas mensagens de consolo e apoio, foram dadas pelos desencarnados aos membros da reunião.
Quando se abriu o espaço destinado à comunicação de Espíritos necessitados, ocorreu o inesperado: a médium Letícia fica sob a influência de um Espírito
O dirigente, como sempre fez nos seus vinte e tantos anos de prática espírita, deu-lhe as boas-vindas, em nome de Jesus.
- Seja bem-vindo, meu irmão, nesta casa de caridade, disse-lhe Dr. Anestor.
O espírito respondeu:
- Boa noite, Fio. Suncê me dá licença prá eu me aproximá de seus trabalhos, Fio?".
- Claro, meu companheiro, nosso centro espírita está aberto a todos os que desejam progredir, respondeu o diretor da mesa.
Todos os presentes perceberam que a entidade comunicante era um preto-velho, a entidade continuou:
-"Vósmecê não tem aí uma cachacinha prá eu bebê, Fio?".
- Não, não temos, disse-lhe Dr. Anestor. Você precisa se libertar destes costumes que traz dos terreiros, que é o de ingerir bebidas alcoólicas.
O Espírito precisa evoluir, completou o dirigente.
- Vósmecê num tem aí um pito? Tô com vontade de pitá um cigarrinho, Fio.
- Ora, meu irmão, você deve deixar o mais breve possível este hábito adquirido nas práticas de terreiro, se é que queres progredir. Que benefícios traria isso a você?
O preto-velho respondeu:
- Preto-véio gostou muito de suas falas, mas suncê e mais alguns dos médiuns não faz uso do cigarro, Fio? Suncê mesmo num toma suas bebidinhas nos fins de sumana? Vós mecê pode me explicá a diferença que tem o seu Espírito que beberica `whisky' lá fora, do meu Espírito que quer beber aqui dentro? Ou explicá prá mim, a diferença do cigarrinho que suncês fuma na rua, daquele que eu quero pitar aqui dentro, Fio?
Dr. Anestor não pôde explicar, mas resolveu arriscar: - Ora, meu amigo, nós estamos num templo espírita e é preciso respeitar os trabalhos de Jesus. O preto-velho retrucou, agora já não mais falando como caipira:
- Caro dirigente, na escola espiritual da qual faço parte, temos aprendido que o verdadeiro templo não se constitui nas quatro paredes a que chamais centro espírita.
Para nós, estudiosos da alma, o templo da verdade é o do Espírito. E é ele que está sendo profanado com o uso do álcool e do fumo, como vêm procedendo os senhores. Vosso exemplo na sociedade, perante os estranhos e mesmo seus familiares, não tem sido dos melhores. O hábito, mesmo social, de beber e fumar deve ser combatido por todos os que trabalham na Terra em nome do Cristo. A lição do próprio comportamento é fundamental na vida de quem quer ensinar.
Houve grande silêncio diante de tal argumentação segura. Pouco depois, o Espírito continuou:
- Suncê me adescurpa a visitação que fiz hoje, e o tempo que tomei do seu trabalho. Vou-me embora para donde vim, mas antes, Fio, queria deixar a suncês um conselho: que tomem cuidado com suas obras, pois, como diria Nosso Sinhô', tem gente coando mosquito e engolindo camelos.
- Cuidado, irmãos, muito cuidado. Preto-véio deixa a todos um pouco da paz que vem de Deus. Ficam meus sinceros votos de progresso a todos os que militam nesta respeitável Seara".
Dado o conselho, afastou-se para o mundo invisível. Dr. Anestor ainda quis perguntar-lhe o porquê de falar "daquela forma", mas não houve resposta. No ar ficou um profundo silêncio, uma fina sensação de paz e uma importante lição para todos meditarem.
Autor Desconhecido
Quando se abriu o espaço destinado à comunicação de Espíritos necessitados, ocorreu o inesperado: a médium Letícia fica sob a influência de um Espírito
O dirigente, como sempre fez nos seus vinte e tantos anos de prática espírita, deu-lhe as boas-vindas, em nome de Jesus.
- Seja bem-vindo, meu irmão, nesta casa de caridade, disse-lhe Dr. Anestor.
O espírito respondeu:
- Boa noite, Fio. Suncê me dá licença prá eu me aproximá de seus trabalhos, Fio?".
- Claro, meu companheiro, nosso centro espírita está aberto a todos os que desejam progredir, respondeu o diretor da mesa.
Todos os presentes perceberam que a entidade comunicante era um preto-velho, a entidade continuou:
-"Vósmecê não tem aí uma cachacinha prá eu bebê, Fio?".
- Não, não temos, disse-lhe Dr. Anestor. Você precisa se libertar destes costumes que traz dos terreiros, que é o de ingerir bebidas alcoólicas.
O Espírito precisa evoluir, completou o dirigente.
- Vósmecê num tem aí um pito? Tô com vontade de pitá um cigarrinho, Fio.
- Ora, meu irmão, você deve deixar o mais breve possível este hábito adquirido nas práticas de terreiro, se é que queres progredir. Que benefícios traria isso a você?
O preto-velho respondeu:
- Preto-véio gostou muito de suas falas, mas suncê e mais alguns dos médiuns não faz uso do cigarro, Fio? Suncê mesmo num toma suas bebidinhas nos fins de sumana? Vós mecê pode me explicá a diferença que tem o seu Espírito que beberica `whisky' lá fora, do meu Espírito que quer beber aqui dentro? Ou explicá prá mim, a diferença do cigarrinho que suncês fuma na rua, daquele que eu quero pitar aqui dentro, Fio?
Dr. Anestor não pôde explicar, mas resolveu arriscar: - Ora, meu amigo, nós estamos num templo espírita e é preciso respeitar os trabalhos de Jesus. O preto-velho retrucou, agora já não mais falando como caipira:
- Caro dirigente, na escola espiritual da qual faço parte, temos aprendido que o verdadeiro templo não se constitui nas quatro paredes a que chamais centro espírita.
Para nós, estudiosos da alma, o templo da verdade é o do Espírito. E é ele que está sendo profanado com o uso do álcool e do fumo, como vêm procedendo os senhores. Vosso exemplo na sociedade, perante os estranhos e mesmo seus familiares, não tem sido dos melhores. O hábito, mesmo social, de beber e fumar deve ser combatido por todos os que trabalham na Terra em nome do Cristo. A lição do próprio comportamento é fundamental na vida de quem quer ensinar.
Houve grande silêncio diante de tal argumentação segura. Pouco depois, o Espírito continuou:
- Suncê me adescurpa a visitação que fiz hoje, e o tempo que tomei do seu trabalho. Vou-me embora para donde vim, mas antes, Fio, queria deixar a suncês um conselho: que tomem cuidado com suas obras, pois, como diria Nosso Sinhô', tem gente coando mosquito e engolindo camelos.
- Cuidado, irmãos, muito cuidado. Preto-véio deixa a todos um pouco da paz que vem de Deus. Ficam meus sinceros votos de progresso a todos os que militam nesta respeitável Seara".
Dado o conselho, afastou-se para o mundo invisível. Dr. Anestor ainda quis perguntar-lhe o porquê de falar "daquela forma", mas não houve resposta. No ar ficou um profundo silêncio, uma fina sensação de paz e uma importante lição para todos meditarem.
Autor Desconhecido
terça-feira, 4 de novembro de 2014
Conselho sobre a Riqueza
O dinheiro pode ser algo muito bom quando utilizado para promover o progresso pessoal e do meio social em que vivemos, mas só.
Não é saudável nem para o corpo, nem para o espírito viver em busca de aumentar a fortuna que se amealha na Terra, nem desejar a riqueza para fruir de seus prazeres imediatos e passageiros, cujas consequências são sempre o vazio interior, a tristeza e a depressão.
Iludem-se aqueles que vivem para aumentar seus bens materiais, para ter a melhor casa, o melhor carro, as melhores roupas, como se isso fosse trazer a felicidade.
A felicidade independe das coisas externas.
A riqueza é, na maioria das vezes, pedra de tropeço para aqueles que a alcançam.
A verdadeira felicidade está na simplicidade.
Para ser feliz nada mais é preciso que um teto para nos cobrir, uma cama para dormir, comida para saciar nosso organismo, remédios para curar as mazelas que nosso pensamento produziu no corpo.
Nada mais.
A ilusão faz o brilho das coisas materiais ser maior do que é, seduzindo os desavisados que, para obtê-los, fazem as coisas mais torpes ou, mesmo na honestidade, dedicam a vida para para obtê-las para, assim que adquiri-las descobrir, decepcionado, que nada daquilo lhe fez mais feliz.
A felicidade está nas coisas mais simples da vida.
Você não precisa de uma casa melhor, de um carro melhor, de muito dinheiro, de roupas melhores que as que você já tem. Tudo isso é ilusão.
A verdadeira riqueza está no espírito. Essa nem o ladrão rouba, nem a traça corrói, nem preocupa sua perda, nem precisa de segurança, de cofre, de grades ou cercas elétricas.
Quem enriquece com as coisas do mundo acaba tornando-se um prisioneiro de si mesmo, pois a posse é possuidora.
Irmãos, pensem nisso e reflitam. As ilusões são as maiores causas do sofrimento humano.
Do amigo Hermes -Maurício de Castro
03 de novembro de 2014
Não é saudável nem para o corpo, nem para o espírito viver em busca de aumentar a fortuna que se amealha na Terra, nem desejar a riqueza para fruir de seus prazeres imediatos e passageiros, cujas consequências são sempre o vazio interior, a tristeza e a depressão.
Iludem-se aqueles que vivem para aumentar seus bens materiais, para ter a melhor casa, o melhor carro, as melhores roupas, como se isso fosse trazer a felicidade.
A felicidade independe das coisas externas.
A riqueza é, na maioria das vezes, pedra de tropeço para aqueles que a alcançam.
A verdadeira felicidade está na simplicidade.
Para ser feliz nada mais é preciso que um teto para nos cobrir, uma cama para dormir, comida para saciar nosso organismo, remédios para curar as mazelas que nosso pensamento produziu no corpo.
Nada mais.
A ilusão faz o brilho das coisas materiais ser maior do que é, seduzindo os desavisados que, para obtê-los, fazem as coisas mais torpes ou, mesmo na honestidade, dedicam a vida para para obtê-las para, assim que adquiri-las descobrir, decepcionado, que nada daquilo lhe fez mais feliz.
A felicidade está nas coisas mais simples da vida.
Você não precisa de uma casa melhor, de um carro melhor, de muito dinheiro, de roupas melhores que as que você já tem. Tudo isso é ilusão.
A verdadeira riqueza está no espírito. Essa nem o ladrão rouba, nem a traça corrói, nem preocupa sua perda, nem precisa de segurança, de cofre, de grades ou cercas elétricas.
Quem enriquece com as coisas do mundo acaba tornando-se um prisioneiro de si mesmo, pois a posse é possuidora.
Irmãos, pensem nisso e reflitam. As ilusões são as maiores causas do sofrimento humano.
Do amigo Hermes -Maurício de Castro
03 de novembro de 2014
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
Mensagem de André Luis
A vida não cessa.
A vida é fonte eterna e a morte é jogo escuro das ilusões.
O grande rio tem seu trajeto, antes do mar imenso. Copiando-lhe a expressão, a alma percorre igualmente caminhos variados e etapas diversas, também recebe afluentes de conhecimentos, aqui e ali, avoluma-se em expressão e purifica-se em qualidade, antes de encontrar o Oceano Eterno da Sabedoria.
Cerrar os olhos carnais constitui operação demasiadamente simples.
Permutar a roupagem física não decide o problema fundamental da iluminação, como a troca de vestidos nada tem que ver com as soluções profundas do destino e do ser.
Oh! caminhos das almas, misteriosos caminhos do coração! É mister percorrer-vos, antes de tentar a suprema equação da Vida Eterna! É indispensável viver o vosso drama, conhecer-vos detalhe a detalhe, no longo processo do aperfeiçoamento espiritual!... Seria extremamente infantil a crença de que o simples "baixar do pano" resolvesse transcendentes questões do Infinito.
Uma existência é um ato.
Um corpo - uma veste.
Um século - um dia.
Um serviço - uma experiência.
Um triunfo - uma aquisição.
Uma morte - um sopro renovador.
Quantas existências, quantos corpos, quantos séculos, quantos serviços, quantos triunfos, quantas mortes necessitamos ainda?
E o letrado em filosofia religiosa fala de deliberações finais e posições definitivas!
Ai! por toda parte, os cultos em doutrina e os analfabetos do espírito!
É preciso muito esforço do homem para ingressar na academia do Evangelho do Cristo, ingresso que se verifica, quase sempre, de estranha maneira - ele só, na companhia do Mestre, efetuando o curso difícil, recebendo lições sem cátedras visíveis e ouvindo vastas dissertações sem palavras articuladas. Muito longa, portanto, nossa jornada laboriosa. Nosso esforço pobre quer traduzir apenas uma idéia dessa verdade fundamental.
Grato, pois, meus amigos!
Manifestamo-nos, junto a vós outros, no anonimato que obedece à caridade fraternal. A existência humana apresenta grande maioria de vasos frágeis, que não podem conter ainda toda a verdade. Aliás, não nos interessaria, agora, senão a experiência profunda, com os seus valores coletivos. Não atormentaremos alguém com a idéia da eternidade. Que os vasos se fortaleçam, em primeiro lugar. Forneceremos, somente, algumas ligeiras notícias ao espírito sequioso dos nossos irmãos na senda de realização espiritual, e que compreendem conosco que "o espírito sopra onde quer".
E, agora, amigos, que meus agradecimentos se calem no papel, recolhendo-se ao grande silêncio da simpatia e da gratidão. Atração e reconhecimento, amor e júbilo moram na alma. Crede que guardarei semelhantes valores comigo, a vosso respeito, no santuário do coração.
Que o Senhor nos abençõe
O grande rio tem seu trajeto, antes do mar imenso. Copiando-lhe a expressão, a alma percorre igualmente caminhos variados e etapas diversas, também recebe afluentes de conhecimentos, aqui e ali, avoluma-se em expressão e purifica-se em qualidade, antes de encontrar o Oceano Eterno da Sabedoria.
Cerrar os olhos carnais constitui operação demasiadamente simples.
Permutar a roupagem física não decide o problema fundamental da iluminação, como a troca de vestidos nada tem que ver com as soluções profundas do destino e do ser.
Oh! caminhos das almas, misteriosos caminhos do coração! É mister percorrer-vos, antes de tentar a suprema equação da Vida Eterna! É indispensável viver o vosso drama, conhecer-vos detalhe a detalhe, no longo processo do aperfeiçoamento espiritual!... Seria extremamente infantil a crença de que o simples "baixar do pano" resolvesse transcendentes questões do Infinito.
Uma existência é um ato.
Um corpo - uma veste.
Um século - um dia.
Um serviço - uma experiência.
Um triunfo - uma aquisição.
Uma morte - um sopro renovador.
Quantas existências, quantos corpos, quantos séculos, quantos serviços, quantos triunfos, quantas mortes necessitamos ainda?
E o letrado em filosofia religiosa fala de deliberações finais e posições definitivas!
Ai! por toda parte, os cultos em doutrina e os analfabetos do espírito!
É preciso muito esforço do homem para ingressar na academia do Evangelho do Cristo, ingresso que se verifica, quase sempre, de estranha maneira - ele só, na companhia do Mestre, efetuando o curso difícil, recebendo lições sem cátedras visíveis e ouvindo vastas dissertações sem palavras articuladas. Muito longa, portanto, nossa jornada laboriosa. Nosso esforço pobre quer traduzir apenas uma idéia dessa verdade fundamental.
Grato, pois, meus amigos!
Manifestamo-nos, junto a vós outros, no anonimato que obedece à caridade fraternal. A existência humana apresenta grande maioria de vasos frágeis, que não podem conter ainda toda a verdade. Aliás, não nos interessaria, agora, senão a experiência profunda, com os seus valores coletivos. Não atormentaremos alguém com a idéia da eternidade. Que os vasos se fortaleçam, em primeiro lugar. Forneceremos, somente, algumas ligeiras notícias ao espírito sequioso dos nossos irmãos na senda de realização espiritual, e que compreendem conosco que "o espírito sopra onde quer".
E, agora, amigos, que meus agradecimentos se calem no papel, recolhendo-se ao grande silêncio da simpatia e da gratidão. Atração e reconhecimento, amor e júbilo moram na alma. Crede que guardarei semelhantes valores comigo, a vosso respeito, no santuário do coração.
Que o Senhor nos abençõe
Chico Xavier -André Luis
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