quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Drogas

"Mauricio, não sei mais o que fazer, estou desesperada. Meu filho é viciado em drogas, apronta muito chegando a vender objetos da casa para comprar cocaína. Já o internamos duas vezes, ele melhora, mas depois volta ao vício. Estou pensando em levá-lo a tratamento num Centro Espírita. Será que lá ele obterá a cura?" (G F)
O problema do vício em drogas é ainda mais complexo do que se imagina e do que os especialistas no assunto pensam e dizem a respeito. Com todo respeito que devemos ter à Psicologia e à Psiquiatria, elas são insuficientes para tratar um problema dessa gravidade porque se limitam aos conflitos da personalidade e da química orgânica, sem levar em conta os antecedentes espirituais da pessoa, dos conflitos que trouxe das outras reencarnações e, principalmente, dos espíritos que estão ao seu redor, obsediando-o de maneira simbiótica, o que agrava ainda mais o caso.
A maioria dos viciados em drogas nesta encarnação são reincidentes, ou seja, já tinham esse mesmo vício, sob formas diferentes em suas vidas anteriores. Antes de nascerem de novo, fazem um tratamento espiritual de reabilitação e prometem que, na próxima vida, irão resistir à tentação e vencer.
Para isso escolhem a família certa para esse fim. Alguns, pelo grave medo de recaírem no vício, escolhem reencarnar em famílias cujas religiões trazem regras rígidas de conduta, acenam com o pecado e com o medo do Satanás, para, pelo temor, não voltarem ao vício.
Outros desejam testar as próprias resistências e pedem para nascer numa família sem regras de conduta, em meio a viciados ou pedem para, em determinado momento da existência serem tentados mais uma vez pelo apelo da droga, a fim de que possam resistir. Só um espírito que sofreu muito pelo abuso das substâncias químicas é que tem força suficiente para vencer a tentação na hora que ela chega.
Seu filho só vai vencer o vício quando quiser, quando achar que ele está custando caro e tomar consciência de que precisa mudar. Sem ele querer e despertar para isso, nada se pode fazer.
Internações compulsórias são válidas e necessárias para evitar o perigo de morte por overdose ou por meio de traficantes, mas a internação em si, não resolve o problema, que está no espírito.
Toda pessoa viciada em drogas sofre de um enorme vazio existencial.
É preciso que os pais prestem atenção em seus filhos nesse sentido porque desde pequenos eles já demonstram propensão ao vício pela inquietude, por crises de apatia, desânimo e tristeza sem causa aparente.
O espírito de uma pessoa viciada perdeu-se de si mesmo e por isso sente falta de algo que nem elas mesmas sabem o que é. Quando usam o tóxico sentem-se completos, preenchidos, porque a droga traz essa ilusão, então é fácil mergulhar no vício, cuja saída será extremamente difícil.
Além disso, há, em torno dessas pessoas, espíritos viciados ou vingativos, inimigos do passado que tramam suas quedas por meio da droga, induzindo-os a irem a determinados lugares, a ter determinadas ideias, etc.
Se você quer que seu filho se liberte, a ajuda no Centro Espírita é muito boa, porém será preciso levá-lo a querer a libertação. Esse é um caminho espinhoso porque só se liberta de um vício quem faz a grande viagem ao interior da alma para buscar o que está perdido.
Amigos espirituais estão prontos a ajudar, mas é preciso querer.
Não desanime, lute, busque ajuda espiritual. Um dia tudo vai passar.
Por Maurício de Castro-escritor mediúnico

Um comentário:

  1. Esse negócio de reincidência é intrigante... Eu comecei a fumar com 13 anos (13 ANOS!) e fumo até hoje (hoje tenho 19). O primeiro trago foi tão rápido, tão fácil, tão familiar... Hoje eu tenho certeza ABSOLUTA de que carrego esse vício há muito mais que 6 anos. Desde que (re)conheci a Doutrina Espírita, tenho feito um trabalho árduo na luta contra o tabagismo. Quanto ao vício associado a um vazio existencial: eu super concordo. Eu comecei a fumar porque não encontrava em mim razões para ser amado, daí confundi "amor" com "atenção barata" e mergulhei nessa zona infernal pra conseguir admiração de pessoas que, hoje, nem sei se estão encarnadas ou não. O que sei é que a vida é doida demais! No melhor sentido possível. E que nada acontece por acaso. Devemos ser fortes. Quanto a essa moça, tenho certeza de que o filho dela se verá livre dessa algema, não importa quanto tempo for necessário. :)
    A vida sempre vence! Confiemos e nós mesmos, confiemos em Deus.

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