terça-feira, 31 de maio de 2011

Deus existe?

 A pergunta ainda baila na mente de muitas pessoas. Criaturas que se dizem agnósticas, descrentes de Deus.
Pessoas que têm ideias muito próprias a respeito da Criação, como se a harmonia que a tudo rege não nos dissesse, em altos brados, que uma ideia diretriz comanda o Universo.
Mas, para quem tem olhos de ver, basta um perpassar de vistas pela natureza para concluir pela existência desse Criador incriado, perfeição inigualável.
Como se poderia, de outra forma, admirar os campos de lavanda, perfumados e coloridos?
Quando se admira o arco-íris, já nos indagamos quem o traça de forma tão perfeita, nos céus?
Quem dobra as pétalas dos botões, que se abrem em corolas brilhantes?
Quem coloca música tão diversa no cantar das águas do rio manso, da cachoeira altíssima, das cataratas volumosas?
Como admirar a pétala aveludada de uma rosa, sem se perguntar quem nela colocou tanta maciez?
Quem dispôs que, no mesmo canteiro de jardim, que recebe o mesmo sol, a mesma chuva, sementes minúsculas que, por vezes até se assemelham, confundindo o leigo, se tenha resultado tão diverso?
Aqui as rosas apresentam seu brilho nas pétalas, ali os cravos espalham perfume, logo além as margaridas se exibem, enquanto o vento as vai despetalando e murmurando: bem-me- quer, mal-me-quer, ela me ama, ela não me ama...
Quem estabelece a rota dos astros no infinito? Quem determina que a gravidade nos mantenha presos ao planeta, enquanto ele gira vertiginosamente no espaço, em dois movimentos constantes, de rotação e translação?
Quem explica isso? Leis. Leis universais. Mas quem as estatuiu? Quem estabeleceu a rota do sol, das estrelas, das galáxias que se movem no infinito?
Quem criou a lei que determina se perpetuem nossos traços em nossos descendentes? E que, ao demais, é regida por uma lei de amor em que, quando as etnias se mesclam, as raças se misturam, novos e belos espécimes aparecem?
Quem definiu que duas minúsculas gotículas originassem um novo ser?
A tudo isso, o vento responde, a cascata faz eco e os astros estribilham em coro: Deus! Senhor dos mundos! Senhor do Universo.
Foi Deus que tudo criou, concebeu e não cessa de criar, surpreendendo o homem a cada passo.
O homem que, estudando, observando, se dá conta de que quanto mais descobre, menos sabe e mais há por descobrir.
O infindável mundo de Deus, sem fronteiras, em constante expansão.
Um mundo que se agiganta no espaço e se esconde no microcosmo.
Um mundo a ser estudado para que se louve o seu Criador. Um Deus Pai que a cada dia engendra um espetáculo na aurora e outro no crepúsculo.
Um Deus de amor que compõe sinfonias nas águas que descem dos montes e nos filetes que escorrem quase ocultos por entre pequenos seixos.
Um Deus que dedilha sinfonias na cabeleira do arvoredo e murmura canções na pradaria...
Um Deus! Um Pai! Nosso Pai!
Redação do Momento Espírita.
Em 30.05.2011.

Quantas vezes devo perdoar?

O Perdão deve começar como um auto-perdão, pois se tenho que perdoar, também tenho que ser perdoado e sobretudo me perdoar a mim própria.
Para ser Feliz viva em harmonia com o seu mais intimo interior, com a sua essência.
Crie a sua vida começando pelo seu dia, não espere que as coisas aconteçam para seu dia acontecer, não deixe que o que vem de fora dite o seu ritmo, faça o contrário, aceite os comandos que vem de dentro de você, aceite a sua consciência, e viva esse dia com intensidade e felicidade.
Deixe fluir com calma e amor.
Fale com você mesmo: Eu sou capaz! Eu sou tranquilo e faça o que você mesmo diz!
Perceba que ao fazer assim você começará a sentir-se mais feliz, mais seguro, mais amável, pois você será quem você veio ser: a consciência da sua própria existência, o seu próprio mestre.
Não culpe ninguém nem nenhuma situação em sua vida, já é hora de você tomar as rédeas de sua vida. Todos estão aqui para experimentar e para evoluir. Se as situações que estão em sua vida não são do seu agrado, se estão difíceis, se são dolorosas, mude-as, transforme-as, todos têm a capacidade para isso.
As coisas acontecem para que vocês sintam e experienciem tais fatos, se é bom que permaneça, se é ruim que acabe. A mesma coisa que fazemos com objetos devemos fazer com os fatos da vida, se nos servem: usamos, se sujou lavamos e reutilizamos, se não nos servem mais, jogamos fora.
Todas as suas dificuldades foram atraídas por você para que experimentasse delas, se não as quer elimine-as através da sua vontade, é simples assim, basta acreditar, a fé é a raiz e a base dessa fundação chamada VIDA.
Essas palavras e forma de pensar não fizeram parte de sua educação até agora, você aprendeu a ter fé nos outros, ou nas coisas que estão fora de você, por isso existe uma certa dificuldade em mudar, entendemos, mas é chegada a hora e o momento para a transformação é esse: tenha fé em você, faça mais por você e por sua existência, crie a sua vida, recrie seus momentos, a criatividade existe para isso.
Você pode ser feliz sim, você pode ter uma casa grande, um carro bonito, uma empresa respeitável, crie a sua vida, crie a sua existência, mas nunca se esqueça de uma coisa: Tudo tem dois lados, se você escolher viver a fortuna agora saiba que o oposto dela, ou seja, a miséria, fará parte da sua escolha também, pode ser por meio da caridade que você fará ao próximo ou a sua numa próxima existência.
Escolha, mas não se esqueça que o equilíbrio é sempre o melhor caminho e que estando com o amor aberto em seu caminho você sempre terá o melhor entre os dois pontos.
Viva plenamente e procure se livrar do apego, seja ele físico, material, humano, emocional, saiba que a vida foi feita para coexistirmos e não para dependermos, pois somos dotados com tudo o que precisamos, sim… Somos deuses.
Muitos mestres iluminados já disseram a mesma coisa, é o momento de nos despirmos do medo que nos acompanha a tanto tempo e de fazermos, com toda a responsabilidade necessária, a nossa própria vida.
Não viva a vida de outros, achando que está ajudando, não se projete na vida de seus amigos achando que está protegendo-os, não se inferiorize achando que está sendo humilde, não confunda as coisas, se está em dúvida tranquilize-se que a resposta virá, você deve ter coragem para ser o que o seu mais íntimo diz pra ser, a sua vida está em suas mãos. Você pode ajudar e pode ser ajudado a caminhar, mas não pode caminhar ou esperar que alguém caminhe por você.
Esperamos que vocês sintam a capacidade do EU SOU aflorar em vossas mentes, que o medo seja excluído de seus sentimentos e que o sofrimento não seja mais uma opção.
Muita luz, paz, boa vontade e amor em suas vidas

segunda-feira, 30 de maio de 2011

terapia do elogio

Renomados terapeutas que trabalham com famílias, divulgaram uma recente pesquisa onde nota-se que os membros das famílias brasileiras estão cada vez mais frios, não existe mais carinho, não valorizam mais as qualidades, só se ouvem críticas. As pessoas estão cada vez mais intolerantes e se desgastam valorizando os defeitos dos outros. Por isso, os relacionamentos    de hoje não duram.
A ausência de elogio está cada vez mais presente nas famílias de média e alta renda. Não vemos mais homens elogiando suas mulheres ou vice-versa, não vemos chefes elogiando o trabalho de seus subordinados, não vemos mais pais e filhos se elogiando, amigos, etc.
Só vemos pessoas fúteis valorizando artistas, cantores, pessoas que usam a imagem para ganhar dinheiro e que, por conseqüência são pessoas que tem a obrigação de cuidar do corpo, do rosto.
Essa ausência de elogio tem afetado muito as famílias.   A falta de diálogo em seus lares, o excesso de orgulho impede que as pessoas digam o que  sentem e levam essa carência para dentro dos consultórios. Acabam com seus casamentos, acabam procurando em outras pessoas o que não conseguem dentro de casa.
Vamos começar a valorizar nossas famílias, amigos, alunos, subordinados. Vamos elogiar o bom profissional, a boa atitude, a ética, a beleza de nossos parceiros ou nossas parceiras, o comportamento de nossos filhos.
Vamos observar o que as pessoas gostam.    O bom profissional gosta de ser reconhecido,     o bom filho gosta de ser reconhecido, o bom pai ou a boa mãe gostam de ser reconhecidos, o bom amigo, a boa dona de casa, a mulher, o homem, enfim vivemos numa sociedade em que um precisa do outro, é impossível um homem viver sozinho, e os elogios são a motivação na vida de qualquer pessoa.
Quantas pessoas você poderá fazer feliz hoje  elogiando de alguma forma?

Pense nisso

 Arthur Nogueira (Psicólogo)

A Prece

 — Qual a Finalidade da prece?
O Evangelho nos traz: a finalidade da prece é elevar nossa alma a Deus (Cap. 28 item 1), é buscar a sintonia. A prece é uma invocação: por ela nos pomos em relação mental com o ser a que nos dirigimos. Ela pode ter por objeto um pedido, uma agradecimento ou um louvor (Cap. 27 item 9). Quando queremos falar, pedir, agradecer algo a alguém, o primeiro passo é chegar até esse alguém. Não conseguiremos este contato se estivermos longe, sem estabelecer primeiro algum tipo de ligação, seja por telefone, ou mandando uma carta, ou indo até a pessoa. Pois bem, a prece pede essa primeira busca de contato, este estar junto de alguma forma.
Também no Livro dos Espíritos encontramos, na pergunta 659: A prece é um ato de adoração. Fazer preces a Deus é pensar nele, aproximar-se dele, pôr-se em comunicação com ele. Pela prece podemos fazer três coisas: louvar, pedir e agradecer.
— Tem eficácia a prece?
Ouvimos algumas vezes lamentações de pessoas dizendo que pediram, mas que não obtiveram o que queriam. Injusto acusar a Providência, pois Deus sabe o que nos convém, como um pai prudente, que recusa ao filho o que seria prejudicial. Mas ainda assim escuta-o, deixa-o pedir, etc. É um exercício, no qual o livre-arbítrio do filho se desenvolve.
O Evangelho ilustra essa questão com um exemplo: um homem está perdido no deserto, morrendo de sede. Ele faz uma prece, pedindo ajuda a Deus, mas nenhum anjo aparece, trazendo-lhe água. No entanto, um bom espírito lhe sugere que se levante e vá em determinada direção, sendo que ao fazê-lo, ele encontra um riacho. Por que não apareceram com a água? Ou ainda por que não lhe disseram claramente que direção tomar para encontrar a água? A resposta é simples: Primeiramente, para lhe ensinar que é necessário ajudar-se a si mesmo e usar as próprias forças. Depois porque, pela incerteza, Deus põe à prova a confiança e a submissão à sua vontade . Como criança que chora se alguém a vê cair, mas levanta-se se está só. Se o anjo está ali, não fazemos nada por nós mesmos, e ficamos aguardando que façam por nós.
Mas vejam que a prece possibilitou a ajuda, em forma da inspiração do caminho a seguir. Mais ainda, ela deu força a ele para continuar. Ou seja, a prece funciona, sim, na medida daquilo que precisamos e que nos impele ao desenvolvimento.
— Como fazer a prece?
A ação da prece tem a ver com transmissão do pensamento. Não há receita, não há fórmula exata a ser seguida. Deus, em sua grandeza, recebe todas sinceras.
As sugestões de preces dadas pelos espíritos, ou até por Jesus, naquela prece que tornou-se símbolo de todas as preces, o Pai Nosso, são para nos ajudar, orientar nossas idéias e pensamento. Mas de nada adianta se falarmos de forma decorada e sem pensar no que estamos dizendo.
Uma das condições essenciais da prece é ser inteligível, para que possa tocar o nosso espírito. Sua principal qualidade: clareza. Deve ser simples e concisa. Cada palavra deve ter o seu valor, exprimir uma idéia, tocar uma fibra da alma. Enfim, deve levar à reflexão.Os Espíritos sempre disseram: "A forma não é nada, o pensamento é tudo. Faça cada qual a sua prece de acordo com suas convicções. E da maneira que mais lhe agrade, pois um bom pensamento vale mais do que numerosas palavras que não tocam o coração." — Qual o poder da prece?
A prece é uma transmissão de pensamento. Possuímos em nós mesmos, pelo pensamento e a vontade um poder de ação que se estende muito além dos limites da nossa esfera corpórea . E muitas vezes nem nos damos contas de tal poder.
Além disso, a prece nunca é inútil, quando bem feita, porque dá força, o que já é um grande resultado. — Como criar o hábito da prece?
Conseguimos já que tantas coisa fizessem parte do nosso cotidiano, como escovar os dentes antes de dormir, lavar as mãos antes das refeições… Por que não trabalhar no sentido de estabelecer o hábito da prece? Não aquelas frases ligadas maquinalmente umas às outras, sem sentido, mas a prece com o coração e pensamento…
Os espíritos nos orientam: vamos fazer prece ao acordar, diariamente, agradecendo a noite transcorrida, e pedindo forças para a nossa melhoria moral . Vamos fazer o Evangelho no Lar ao menos semanalmente, propiciando, além dos benefícios da própria prece, o aprendizado das crianças que participam.
Porque se a idéia da existência de Deus já está firmemente presente em cada criatura da Terra, nem sempre se sabe como estabelecer esse contato… Ou às vezes sabe, mas nem sempre se faz…
Daí a importância de se estudar, aprender e ensinar sobre a prece.
— Em fim, para que fazer prece?
A prece é recomendada por todos os Espíritos. Renunciar a ela é ignorar a bondade de Deus; é rejeitar para si mesmo sua assistência; e para os outros, o bem que se poderia fazer. 

domingo, 29 de maio de 2011

MARIA, A MÃE DE JESUS

Ela crescera, tendo o espírito alimentado pelas profecias de Israel.
Desde a meninice, quando acompanhava a mãe à fonte, para apanhar o líquido precioso, ouvia os comentários. Entre as mulheres, sempre que se falava a respeito, perguntavam-se umas às outras, qual seria o momento e quem seria a felizarda, a mãe do aguardado Messias.
as noites povoadas de sonhos, era visitada por mensageiros que lhe falavam de quefazeres que ela guardava na intimidade d'alma.
Então, naquela madrugada, quase manhã do princípio da primavera, em Nazaré, uma voz a chamou: "Miriam". Seu nome egípcio-hebraico, significa "querida de Deus".
Ela despertou. "Que estranha claridade era aquela em seu quarto? Não provinha da porta. Não era o Sol, ainda envolto, àquela hora, no manto da noite quieta. De quem era aquela silhueta? Que homem era aquele que ousava adentrar seu quarto?"
"Sou Gabriel", identifica-se, "um dos mensageiros de Yaveh. Venho confirmar-te o que teu coração aguarda, de há muito. Teu seio abrigará a glória de Israel. Conceberás e darás à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo e o seu reino não terá fim."
Maria escuta. As palavras lhe chegam, repassadas de ternura e pela sua mente, transitam os dizeres proféticos.
Sente-se tão pequena para tão grande mister. Ser a mãe do Senhor. Ela balbucia: "Eis aqui a escrava do Senhor. Cumpra-se em mim segundo a tua palavra."
Ela gerou um corpo para o ser mais perfeito que a Terra já recebeu. Seus seios se ofereceram úberes para alimentar-lHe os meses primeiros. Banhou-O, agasalhou-O, segurou-O fortemente contra o peito mais de uma vez. E mais de uma vez, deverá ter pensado:
"Filho meu, ouve meu coração batendo junto ao teu. Dia chegará em que não te poderei furtar à sanha dos homens. Por ora, amado meu, deixa-me guardar-te e proteger-te."
Ela lhe acompanhou o crescimento. Viu-O iniciar o seu período de aprendizado com o pai, que lhe ensinou os versículos iniciais da Torá, conforme as prescrições judaicas, embora guardasse a certeza de que o menino já sabia de tudo aquilo.
Na sinagoga, O viu destacar-se entre os outros meninos, e assombrar os Doutores. O seu Jesus, seu filho, seu Senhor. Angustiou-se mais de uma vez, enquanto O contemplava a dormir. Que seria feito Dele?
No célebre episódio em Jerusalém, seu coração se inquietara a cogitar se não seria aquele o momento do início das grandes dores.
A viuvez lhe chegou e ela viu o primogênito assumir os negócios da carpintaria. Suas mãos, considerava, tinham habilidade especial e a madeira se lhe submetia de uma forma toda particular.
Aquele era um filho diferente. Um olhar bastava para que se entendessem. Tão diferente dos demais, que não tinham para com ela a mesma ternura...
Chegou o dia em que Ele se foi e ela começou a ter Dele as notícias. A escolha dos primeiros discípulos, o batismo pelo primo João, no Jordão.
Mantinha contato constante, providenciando quem lhe fizesse chegar a túnica tecida no lar, sem nenhum costura, sempre alva. Em cada fio, um pouco do seu amor e da sua saudade.
Quando Ele a veio visitar e a acompanhou a Caná, às bodas da sua parenta, ela sabia que Ele a obedeceria, providenciando o líquido para que os convivas se pudessem deliciar, saindo da embriaguez em que haviam mergulhado.
Acompanhou-lHe a trajetória de glórias humanas, e as injustas alusões ao Seu messianato, aos Seus dizeres.
Em Nazaré, quando quase O mataram, tomou-se de temores. Contudo, ela sabia que Ele viera para atender os negócios do Pai. Por vezes, visitava a carpintaria, e parecia vê-lo, ainda uma vez, nos quadros da saudade.
Tanto quanto pôde, acompanhou o seu Jesus e recebeu-lhe o carinho. Ele era tão grande, e, entretanto, atendia-lhe o coração materno, os pedidos. Quantas vezes ela intercedera por um ou outro?
Quando os dias de sombra chegaram, Ela acompanhou, junto a outras mulheres, as trágicas horas. Ao ver o corpo chagado do filho, o sangue coagulado nas feridas abertas, a túnica tão alva, que ela tecera com tanto desvelo, toda manchada, sentiu as lágrimas inundarem-lhe os olhos.
Porém, era necessário ser forte. Seu filho lecionara as lições mais belas que jamais os ouvidos humanos haviam escutado. Ele cantara as belezas do Reino dos Céus, no alaúde do lago de Genesaré, e prometera as bem-aventuranças aos que abraçassem os inovadores ensinos.
Ao pé da cruz, junto ao Apóstolo João, ouviu a expressão do carinho filial se externar, outra vez: "Mulher, eis aí teu filho". E a confia ao jovem apóstolo.
Ela estaria presente, quando das Suas aparições, após a morte. Vê-lO-ia mais de uma vez. E compreenderia: aquele corpo era diferente. Não era o que fora gerado em seu ventre. Embora se deixasse tocar, para dar-se a conhecer, era de substância muito diversa aquele corpo. Ela o sabia.
Viu-O desaparecer perante os olhos assombrados dos quinhentos discípulos, na Galiléia, na Sua despedida.
E, amparada por João, seguiu a Éfeso, mais tarde. Ali, numa casinha de onde podia ouvir o mar, balbuciando cantigas, viveu o Amor que Ele ensinara. Tornou-se a mãe dos desvalidos e logo sua casa se enchia de estranhos viandantes, necessitados e enfermos que desejavam receber os cuidados de suas mãos e ouvir as delícias das recordações daquele que era o Caminho, a Verdade e a Vida.
Numa tarde serena, ela atendeu um homem. Serviu-lhe o alimento e seu coração extravasou saudade. Quanta a tinha do filho amado.
Então, o viajor se deu a conhecer:
"...minha mãe, sou eu!... Venho buscar-te, pois meu Pai quer que sejas no meu reino a Rainha dos Anjos." 2
João, chamado às pressas, ainda lhe pôde assistir o derradeiro suspiro e o espírito liberto adentrou a Espiritualidade.
Ainda e sempre amorosa, seu primeiro pensamento foi visitar os cristãos que estavam em Roma, sofrendo o martírio e os foi animar a cantar, enquanto conduzidos ao suplício, na arena circense.
Mais tarde, notícias nos chegariam de que a suave mãe de Jesus, Maria, foi por Ele incumbida de assistir os foragidos da vida, os infelizes suicidas; detalhes do Hospital Maria de Nazaré nas zonas espirituais; do seu desvelo maternal para com tais criaturas.
Maria, espírito excelso, exemplo de mulher, esposa, mãe.
Bibliografia:
1.PEREIRA, Yvonne A. No hospital "Maria de Nazaré". In: Memórias de um suicida. 5. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1975. pt. I, cap. III.2.XAVIER, Francisco Cândido. Maria. In: Boa nova. Pelo espírito Irmão X. 8. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1963. cap. 30.

sábado, 28 de maio de 2011

Obsessão e Assistência Espiritual

De acordo com o Espiritismo, obsessão é a ação persistente que um Espírito exerce sobre uma pessoa com o objetivo de causar-lhe sofrimento.
Na Bíblia, particularmente no Novo Testamento, há o relato de vários casos de obsessão – referidos como atormentados, endemoninhados, lunáticos, possessos – curados por Jesus e pelos discípulos.
Pela sua importância, o assunto é muito bem estudado pelo Espiritismo. Vários recursos são empregados na assistência espiritual, ou, como preferem alguns, no tratamento espiritual dos portadores desse transtorno.
São eles: estudo e prática do Evangelho, oração, passe e água fluidificada, desobessão.
O estudo e prática dos ensinamentos evangélicos, feitos com desejo sincero de se melhorar, provocam profundas mudanças no ser humano, enobrecendo os seus sentimentos, pensamentos e ações.
A ação dos Espíritos obsessores é facilitada pelas nossas imperfeições morais.Quanto maiores estas,mais vulneráveis nos tornamos ao assédio dos Espíritos imperfeitos. Pensamento positivo, bom ânimo e otimismo são de importância muito grande.
Jesus – o maior de todos os médicos e psicólogos –, no momento em que dirigia aos discípulos palavras de despedida, encorajou-os: “[...] no mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”. (João, 16:33.). Talvez o Mestre tivesse por objetivo evitar que os discípulos ficassem tristes, ou mesmo deprimidos.
O nosso estado mental torna-se então desfavorável às influências dos Espíritos obsessores e favorável à ajuda dos bons Espíritos. A prática do bem, como manifestação do amor, aumenta os nossos méritos e atrai o auxílio e assistência espiritual.
Água fluidificada: um dos importantes recursos usado na assistência espiritual Espíritos elevados. Além disso, favorece a intervenção divina no sentido de abreviar a nossa expiação.
A oração, além de nos proporcionar sensação de paz, força, coragem e aumento da resistência, atrai a assistência dos bons Espíritos.
Allan Kardec enfatiza a importância da oração: “Em todos os casos de obsessão, a prece é o mais poderoso auxiliar de quem haja de atuar sobre o Espírito obsessor”. (Op. cit., cap. XXVIII, item 81.)
O passe e a água fluidificada são recursos importantes para livrar o obsidiado dos fluidos negativos do obsessor e envolvê-lo com energias salutares.
Esclarece Allan Kardec: “Nos casos de obsessão grave, o obsidiado se acha como que envolvido e impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares e os repele”.(Op. cit., cap. XXVIII, item 81.)
É importante que o obsidiado deseje a própria cura, que colabore com a força da sua vontade. Sobre isso, ensina Kardec: “A tarefa se apresenta mais fácil quando o obsidiado, compreendendo a sua situação, presta o concurso da sua vontade e da sua prece”.
Quando o obsidiado não segue essas orientações, os resultados da assistência espiritual ficam aquém do esperado. Ele corre o risco de permanecer longo tempo tomando passe,melhorando e tendo recaída. Por outro lado, quando se esforça para segui-las, os resultados são altamente positivos.
Não se pode esquecer do trabalho incansável e imperceptível aos olhos humanos, desenvolvido pelos Espíritos Superiores, em todas as regiões do planeta, com a finalidade de aliviar os portadores de transtornos obsessivos.
Confiança em Deus e renovação íntima são de extrema importância para a recuperação do obsidiado

Texto extraído da Revista Reformador. 2007 p 39-40.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

A função da dor

Deus ama a todos os Seus filhos igualmente, mas, é justamente por amar, que Ele permite a dor para que a evolução se realize.
            A dor traz despertamento interior, levando o ser, em qualquer estágio evolutivo em que se encontre, a buscar corrigir em si próprio aquilo que precisa ser melhorado.
            Ninguém veio a este mundo para sofrer. Contudo, se passas por momentos dolorosos ou se tens uma existência repleta de dificuldades ou de aflições, naturalmente é por resultado da tua própria imperfeição.
            Deus, na Sua Onipotência e Onisciência, jamais condenaria um filho Seu ao sofrimento, apenas com o intuito de puni-lo. Ninguém em sã consciência, castigaria uma criança por ainda não saber agir como um adulto. Cada um a seu tempo e do modo que puder, conseguirá aos poucos, renovar-se para melhor e vencer as próprias fraqueazas, inseguranças e outras imperfeições.
            A dor é o santo remédio que o Pai da Vida, por Sua Misericórdia, a todos nós oferece para que tenhamos “olhos de ver” e “ouvidos de ouvir”, diante das situações da vida que nos impulsionem a uma renovação de atitudes e, conseqüentemente, a um crescimento interior.
            A evolução do espírito se faz de lutas, de esforço constante, de superação das dificuldades, mas também de aquisição de virtudes, a fim de que se consiga transformar em bem, o que estaria sendo um mal dentro de nós mesmos.
            Não te atormentes pois, filho querido, se a vida hoje para ti se faz tão difícil! Seca as tuas lágrimas, apazigua o teu coração, reveste-te de paciência e coragem e, buscando dentro de ti mesmo uma vontade imensa de crescer, encontrarás a humildade suficiente para tudo saberes aceitar e suportar sem revolta, mas confiante de que tudo são nuvens passageiras em tua vida. Reconhecerás, com certeza, que a dor que hoje possas estar atravessando, são ensinamentos preciosos que te proporcionarão uma vida futura melhor.
            Algo certamente, ainda precisas aprender. Analisa a ti mesmo e perceberás o que em ti precisa ser modificado. E, acima de tudo reconhecerás que a função maior da dor, é a de ensinar-nos a amar.

Lições de Amor e Perdão

O mundo conheceu o drama da mulher nigeriana que, por ter concebido fora do casamento, foi condenada a morrer apedrejada.
Sua história comoveu o Mundo, mas poucos a sabem em detalhes.
Poucos sabem que ela, aos treze anos foi dada em casamento, pelos pais, a um homem de mais de cinquenta anos.
Após ela ter quatro filhos, foi repudiada por esse marido, com a alegação de que não cuidara de forma eficiente das crianças, permitindo que duas viessem a morrer.
Diga-se, de catapora, em uma região desolada, na savana nigeriana, com total falta de recursos.
Quando o médico chegou, era tarde demais.
Depois disso, ela se casou mais três vezes, tendo ao todo sete filhos.
Conforme a Lei Islâmica, foi repudiada por mais duas vezes e, do último marido, ela mesma pediu o divórcio.
Um primo distante, pertencente à família de seu pai a começou cortejar.
Toda vez que ela saía, ele a encontrava. Falava-lhe coisas gentis, agradáveis, que a foram seduzindo.
Prometeu-lhe casamento. Ela acreditou ter encontrado a felicidade.
Quando engravidou, feliz, lhe deu a notícia. Ele a aconselhou a fazer um aborto clandestino, que ela não aceitou.
Quando a gravidez não podia mais ser ocultada, ela foi denunciada à Corte Islâmica.
Quem a denunciou? Não foram os vizinhos, amigos ou curiosos. Foi seu irmão. O irmão mais querido.
Aquele que ela, ainda menina, auxiliara a cuidar, levando amarrado às costas muitas vezes.
O drama vivido por essa mulher foi pungente. Humilhada várias vezes, ao ter sua sentença de morte decretada, seu maior pesar foi que sua filhinha, Adama, ficaria sem mãe.
Duas grandes lições essa mulher passou ao Mundo.
A primeira, é que o fruto da sua ligação com o homem que a abandonou, o motivo da sua sentença de morte, é intensamente amado por ela.
Em nenhum momento, ela deixou de olhar para a menina com olhos de muito amor.
Mesmo condenada à pena capital, continuou a amamentá-la, acarinhá-la, considerando-a um presente de Deus.
Minha filha me dá forças, ela é o meu alento. - Dizia.
A outra grande lição é a do perdão incondicional. Quando foi decretada sua sentença, o irmão que a denunciara a foi visitar.
Sem esperar que ele falasse, ela se aproximou dele e o abraçou.
Ele estava arrependido do que fizera. Dera ouvidos a amigos, não pensara nas consequências finais.
Misturaram as lágrimas. Ele se ofereceu para auxiliar a pagar o advogado que faria a apelação perante a Corte Islâmica.
Safiya foi perdoada. Considerada inocente.
Graças ao esforço de seu advogado e da grande pressão internacional.
A sua história auxiliará, em seu país, a outras mulheres, com certeza.
As suas lições de amor, de perdão, contudo, se fazem exemplo para o Mundo inteiro.

Safiya vive no mesmo lugarejo, ao norte da Nigéria. Ela tornou a se casar.
Um jornalista italiano transformou em livro a sua história. Parte dos proventos advindos da venda do livro são doados a um projeto de apoio e assistência às mulheres e crianças nigerianas.

Tudo realizado por uma ONG italiana, fundada em 1965. Ao todo, essa ONG trabalha em trinta e seis países da África, América Latina, Ásia e nos Bálcãs, envolvendo quase 1.800 operadores.

A solidariedade não tem fronteiras.

Aceite o inevitável

A humildade é uma força que deve estar sempre presente em nossos caminhos. Ela estabiliza as nossas condições emocionais, abrindo para nós perspectivas novas dentro daquilo que antes não aceitávamos. Ela nos abre as portas do entendimento para aceitar o inevitável, que é o melhor para a nossa vida. Se recuamos diante dele, é por não conhecermos seus efeitos na maturação do nosso espírito.

A reencarnação é um desses exemplos, chegando a ponto de os próprios conhecedores da lei a detestarem, por que não querem portar novos corpos dentro da seqüência imposta pela limpeza cármica. Esses sofrerão mais, porque ela não vai deixar de existir, apesar das resistências alimentadas pela ignorância.

Podemos enumerar várias situações inevitáveis no mundo em que ora vives: a dor, o trabalho obrigatório, a educação, a disciplina, o perdão, as inferioridades; as leis do mundo, chuvas, ventos, guerras, fome, pestes, agressões de todos os tipos e a temível velhice e decadência do corpo físico. Sabendo destas, podem deduzir outras mais que, por enquanto, existem no plano em que vives.

O observador inteligente reconhece um Deus único e bom, justo e amoroso para com todos os Seus filhos. Tal observador usa da humildade, da obediência e aceita o inevitável, aquilo que não pode ser mudado. Depois, reconhecerá que tudo está de acordo com as leis naturais que nos servem a todos.

Grande parte dos problemas é formada por nossas criações e cabe a nós mesmos resolvê-los, limpando nossos próprios caminhos. Se a Terra está passando por uma fase de provações, é porque tal é necessário para a higiene cármica dos homens. São processos do despertar espiritual das criaturas, e a fase mais dura para a humanidade deve ocorrer neste fim de século para o princípio do outro.

Se os homens se educarem, isolando suas mãos dos engenhos mortíferos de guerras fratricidas, a própria natureza cobrará as dívidas feitas pelas invigilâncias das almas em passado mais remoto, com lições dolorosas e justas para os retardatários que não puderam aprender por amor.

Vamos aceitar o inevitável e tirar dele as lições que possam nos oferecer, pelos meios que a natureza descobriu serem os melhores para a humanidade. Nada ocorre sem a presença de Deus. Ele é que vê primeiro e analisa as conseqüências. Tais catástrofes existem dentro de nós nas proporções dos nossos tamanhos evolutivos e espirituais. Basta analisar as ocorrências. Quando um idoso de uma família entra em decadência, o apego da mesma deseja contrariar as leis de Deus e muitos blasfemam contra os sofrimentos necessários ao desprendimento da alma.

O inevitável deve ser respeitado, para não ser perturbada a harmonia. É de bom alvitre que desenvolvamos a fé, porque tendo confiança em Deus, tudo passa na vida sob a forma de construção, e poderemos sentir o Senhor mais visível em todos os fatos, com e por amor às Suas magnânimas leis.

Todas as provações são tempestades passageiras. A bonança é eterna condição do espírito imortal.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Razão de viver

Muitas pessoas erguem-se pela manhã acreditando não existir qualquer sentido para despertarem.
Dormem sem nenhum objetivo e acordam do mesmo modo, transformando o dia-a-dia, em uma experiência insossa ou vazia.
Vagam pelas ruas, sem destino certo, à mercê do que lhes aconteça no curso do dia.
Levam uma vida sem direção, desvalorizando o tempo e a oportunidade de estarem reencarnados.
Deixam-se levar pelos “ventos do acaso”.
Não vêem significado em família, em amigos, nem em trabalho.
Quando se estabelece este estado d’alma, a pessoa corre o risco de ser tragada pelo aguaceiro das circunstâncias, sem quaisquer resistências morais para enfrentar as dificuldades.
Com certeza, não é o melhor modo de se viver.
É urgente que nos possamos sentir como peças importantes nas engrenagens da vida.
É necessário que tomemos gradual consciência quanto ao nosso exato papel frente às leis de Deus.
Seria muito belo se cada pessoa – principalmente as que não vêem sentido para a própria vida – resolvessem perguntar-se: “O que posso fazer em prol do mundo onde estou?
Para que, afinal, é que eu vivo?
Para quem é que eu vivo?”
Dificilmente não achará respostas valiosas, caso esteja, de fato, imbuída da vontade de conferir um sentido para sua existência.
Cada um de nós, quando se encontra nas pelejas do mundo terreno, pode viver para atender, para cuidar de alguém ou de alguma coisa, dando valor às suas horas.
É importante dar sentido à vida.
É importante viver por algo ou por alguém.
Dedique-se a um ser que lhe seja querido, que lhe sensibilize a alma, e passe a viver em homenagem a ele, ou a eles, se forem vários.
Dedique-se a uma causa que lhe pareça significativa para o bem geral, e passe a viver em cooperação com ela.
Dedique-se a cuidar de plantas, de animais, do ambiente.
Apóie-se em algum projeto justo, desde que voltado para as fontes do bem, pois isso alimentará o seu íntimo.
Assim seus passos na terra não serão a esmo, ao azar.
Quando se encontram razões para viver, passa-se a respeitar e a honrar as bênçãos da existência terrestre.
Cada momento se converte em oportunidade valiosa para crescer e progredir.
A vida na terra não precisa ser um “campo de concentração” a impor-lhe tormentos a cada hora.
Se você quiser, ela será um jardim de flores ou um pomar de saborosos frutos, após a sementeira responsável e cuidadosa que você fizer.
Dedique-se a isso.
Empreste sentido e beleza a cada um dos seus dias terrenos.
Liberte-se desse amortecimento da alma que produz indiferença.
Sinta que, apesar de todos os problemas e dificuldades que se abatem sobre a humanidade, a chuva continua a beijar a face do mundo e um sol magnífico segue iluminando e garantindo a vida em todo lugar.
Isso porque, todos nós somos alvos da dedicação de Deus.
***
O tempo é uma dádiva que Deus nos oferece sem que o possamos reter.
Utilizá-lo de forma responsável e útil é dever que nos cabe a todos.
Dê sentido às suas horas, aos seus dias, e assim, por conseqüência, a toda a sua vida.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Desafios

Você sabia que a melhor maneira de se enfrentar um desafio é começar enfrentando-o?
Quantas vezes você se deteve a pensar nos problemas do mundo e os considerou insolúveis?
Uma negra americana, de nome Mary Jane Mac Leod Bethune, começou a educar crianças em um depósito de lixo.
A lei da segregação racial nos Estados Unidos era muito severa com os negros.
Ela era negra. Ganhara uma bolsa de estudos de uma costureira e, após se formar, não tinha alunos.
Quando foi nomeada, não tinha escola.
Sem pestanejar, ela conseguiu três caixotes de cebola, colocou-os debaixo de uma árvore em um depósito de lixo. Chamou três crianças, descendentes de escravos, e começou a ensiná-las a ler e escrever.
Quando Henry Ford foi a Osmond, uma praia da Califórnia, ela foi visitá-lo.
À porta foi barrada pelo mordomo, também negro, que lhe perguntou como ela ousava procurar Mr. Ford, sendo negra.
Sem titubear, ela falou bem alto: Tenho uma entrevista marcada com Mr. Ford. Marquei por telefone.
Ouvindo-a, Henry Ford pediu-lhe que entrasse. Ao vê-la, exclamou: Eu não sabia que a senhora era negra!
Não totalmente, respondeu Mary Jane. Duvido que o senhor conheça dentes mais alvos e olhos mais brancos do que os meus.
Ela lhe disse que precisava da ajuda dele para construir a sua escola, ampliá-la. Queria que ele fosse com ela conhecer o terreno e com ela construísse a escola dos seus sonhos.
Convencido por aquela mulher de caráter espontâneo e firme, desceu com ela pelo elevador e foi até ao local.
Quando chegaram ao depósito de lixo Mary Jane falou:
É aqui, senhor, que eu desejo construir a minha escola.
Mas, é um depósito de lixo. - falou ele.
Ora, disse Mary Jane, sempre esqueço dos detalhes. A minha escola de verdade está em minha cabeça. Eu preciso do seu dinheiro para tirá-la de minha mente e colocá-la ali.
Ele lhe deu vinte mil dólares.
Essa mulher tornou-se o símbolo da educadora mundial. Até o ano de 1969 havia educado milhares de negros americanos.
Assim, quando há um desafio é necessário começar. Ante tantos iletrados, podemos começar, agora, alfabetizando um que esteja próximo de nós.
Ante tantos sem medicação, podemos auxiliar alguém a conseguir a medicação, a consulta, o exame de que careça.
Perante os que padecem fome, podemos iniciar oferecendo um prato de sopa quente e nutritiva, o leite para um bebê, o pão a um velhinho enfermo e só.
Na seqüência, chamar um cooperador, mais um e outro, e formar um grupo. Então já seremos vários a lutar contra o que antes caracterizávamos como totalmente sem solução.
  *   *
A célebre Universidade Mackenzie, em São Paulo, começou quando uma educadora americana notou, em São Paulo, na rua em que morava, um grupo de crianças vadias.
Ela atraiu os meninos, oferecendo-lhes broa de milho e lhes falou do Evangelho de Jesus.
Mais tarde, as crianças eram tantas, que ela abriu uma escola de alfabetização para elas.
O Mackenzie, que tem uma bela e longa história, foi visitado inclusive pelo imperador D. Pedro II, que lhe fez uma expressiva doação.

Redação do Momento Espírita, com base no item A história de Mary Jane, do livro
Palavras de luz, de diversos Espíritos, psicografia de Divaldo P. Franco, ed. Feb.
Em 05.01.2008.

terça-feira, 24 de maio de 2011

O maior desafio

Cada um de nós tem desafios diferentes. A vida é feita de desafios diários.
Para quem não dispõe de movimentos nas pernas, transportar-se da cama para a cadeira de rodas, a cada manhã, é um desafio.
Para quem sofreu um acidente e está reaprendendo a andar, o desafio está em apoiar-se nas barras, na sala de reabilitação, e tentar mover um pé, depois o outro.
Para quem perdeu a visão, o grande desafio é adaptar-se à nova realidade, aprendendo a ouvir, a tatear, a movimentar-se entre os obstáculos sem esbarrar. É aprender um novo alfabeto, é ler com os dedos, é adquirir nova independência de movimentos e ação.
Para o analfabeto adulto, o maior desafio é dominar aqueles sinais que significam letras, que colocados uns ao lado dos outros formam palavras, que formam frases.
É conseguir tomar o lápis e escrever o próprio nome, em letras de forma. É conseguir ler o letreiro do ônibus, identificando aquele que deverá utilizar para chegar ao seu lar.
Cada qual, dentro de sua realidade, de sua vivência, apontará o que lhe constitui o maior desafio: dominar a técnica da pintura, da escultura, da música, da dança.
Ser um ás no esporte. Ser o primeiro da classe. Passar no vestibular. Ser aprovado no concurso que lhe garantirá um emprego. Ser aceito pela sociedade. Ser amado.
Para vencer um desafio é preciso ter disciplina, ser persistente, ser diplomático, saber perdoar-se e perdoar aos outros.
É ser otimista quando os demais estão pessimistas. Ser realista quando os demais estão com os pensamentos na lua. É saber sonhar e ir em frente.
É persistir, mesmo quando ninguém consiga nos imaginar como um prêmio Nobel de Química, um pai de família, um professor,  prefeito ou programador.
Acima de tudo, o maior desafio para deficientes, negros e brancos, japoneses e americanos, brasileiros e argentinos, para todo ser humano, é fazer.
Fazer o que promete. Dar o primeiro passo, o segundo e o terceiro. Ir em frente.
Com que frequência se escutam pessoas dizendo que vão fazer regime, que vão estudar mais, que vão fazer exercício todo dia, que vão ler mais, que vão assistir menos televisão, que vão...
Falar, reclamar ou criticar são os passatempos mais populares do mundo, perdendo só, talvez, para o passatempo de culpar os outros pelo que lhe acontece.
Então, o maior desafio é fazer. E não adianta você dizer que não deu certo o que pretendia porque é cego, ou porque é negro, ou porque é amarelo, ou porque você é brasileiro. Ou porque mora numa casa amarela. Ou porque não teve tempo.
Aprenda com seus erros. Quando algo não der certo, você pode tentar de maneira diferente. Agora você já sabe que daquele jeito não dá.
Você pode treinar mais. Você pode conseguir ajuda, pode estudar mais, pode se inspirar com sábios amigos. Ou com amigos dos seus amigos.
Pode tentar novas idéias. Pode dividir seu objetivo em várias etapas e tentar uma de cada vez, em vez de tentar tudo de uma vez só.
Você pode fazer o que quiser. Só não pode é sentir pena de si mesmo. Você não pode desistir de seus sonhos.

*   *   *

Problemas são desafios. Dificuldades são testes de promoção espiritual.
Insucesso é ocorrência perfeitamente natural, que acontece a toda e qualquer criatura.
Indispensável manter o bom ânimo em qualquer lugar e posição.
O pior que pode acontecer a alguém é se entregar ao desânimo, apagando a chama íntima da fé e caminhar em plena escuridão.
Assim, confia em Deus, e, com coragem, prossegue de espírito tranquilo.

Redação do Momento Espírita, a partir de carta assinada por Fernando Botelho e endereçada a um cego, de nome Juliano, residente em Curitiba, e do cap. 9 da obra Convites da vida, psicografia de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis, ed. Leal.

Melancolia

Dentre os vários problemas com que se debate a Humanidade, está a melancolia.
A melancolia é um estado d'alma de difícil definição, porque se manifesta nas profundezas do sentimento.
Sabemos que não nos encontramos pela primeira vez na Terra. Já vivemos aqui em outras épocas, em outros países, na companhia de outras pessoas.
Viajores que somos da Eternidade, trazemos em nós as marcas das experiências vividas nas várias existências.
Hoje estamos na Terra novamente, num corpo diferente, talvez nesse país por primeira vez, numa situação social diversa da vivida em outras épocas.
Assim sendo, vez que outra nos deparamos com situações que tocam pontos guardados nos porões da nossa alma, e sentimos uma saudade de algo que não sabemos o que é.
Ou, ainda, sentimos uma vaga tristeza, uma depressão injustificável.
Fatos, situações, pessoas, música, perfume são indutores dessas incursões inconscientes no passado e, conforme tenha sido a experiência, será o sentimento.
Se o registro é de uma experiência feliz, nos sentiremos bem. Se, ao contrário, foram experiências malfadadas, teremos o sentimento correspondente.
Existem pessoas que, quando se deparam com o tempo nublado, frio e cinzento, sentem-se deprimidas.
Outras, o tempo chuvoso as faz sentirem-se muito bem.
Outras, ainda, quando ouvem uma música, sentem-se transportadas imediatamente de um estado d'alma a outro completamente inverso.
Por vezes, pessoas do nosso relacionamento nos dizem alguma coisa que nos deixa tristes, melancólicos, sem que exista motivo para tanto. Mas o problema não está no que dizem, e sim em como dizem.
Quando nos percebermos mergulhados em melancolia, devemos fazer esforços para mudar o clima psíquico, através da leitura edificante, de uma prece, da companhia de alguém que nos ajude a sair dela.
Jamais deveremos dar asas a esse tipo de sentimento, para que não mergulhemos nele ainda mais, a ponto de perdermos o controle da situação.
Nos momentos de depressão, quando inconscientemente mergulhamos no passado, Espíritos infelizes ou antigos comparsas podem tentar nos envolver nas mesmas teias dos equívocos por nós cometidos anteriormente, levando­-nos a estados de difícil retorno.
Por essa razão é que não devemos nos entregar aAos braços da melancolia ou da depressão.
É imperioso que façamos esforços, que busquemos com muita vontade mesmo, mudar nosso clima mental, buscando a sintonia com nossos Benfeitores Espirituais, que sempre nos amparam e auxiliam em todos os momentos da nossa existência.
Agindo assim, guardemos a certeza que logo mais, num amanhã feliz, saberemos o quanto valeu a pena passarmos por essas situações com coragem e dignidade, porque, então, nos aguardarão de braços abertos, os afetos dos quais tanta saudade sentimos.
* * *
Expulse a melancolia da sua alma fazendo luz íntima. Acenda a lâmpada do Evangelho na sua mente.

Redação do Momento Espírita.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

De coração pra coração

     O que separa corações não é a distância,
é a indiferença.
Há pessoas juntas estando separadas por milhares de quilômetros e outras separadas vivendo lado-a-lado.
Muitas vezes nos importamos com o que acontece no mundo, nos sensibilizamos e pensamos até em fazer alguma coisa, mas nos esquecemos do que se passa ao nosso lado, na nossa casa, na nossa família
e mesmo na vizinhança.
Colocamos, sem querer, barreiras entre os corações que nos cercam.
A indiferença mata lentamente, anula qualquer sentimento; e assim criamos distâncias quando estamos tão próximos.
As pessoas se habituam tanto àquelas que convivem com elas que elas passam a não notá-las mais, a não dar mais importância.
Mas, se quisermos transformar o mundo, comecemos por transformar a nós mesmos.
Se quisermos entrar em combates para melhorar algo para o futuro, que esse combate comece dentro da nossa própria casa.
Precisamos olhar os que estão ao nosso lado sempre com olhos novos.
Comunicar mais, destruir mais barreiras e construir mais pontes.
Precisamos nos dar de coração a coração.
A melhor maneira de acabar com a indiferença de uma pessoa em relação a nós é amá-la.
O amor transforma tudo.
Não permita que pessoas ao seu lado morram de solidão!
Não permita que elas sintam-se melhor
fora de casa que dentro dela!
Dê atenção, dê do seu próprio tempo!
Comunique-se!
Assista menos televisão e converse mais.
Riam juntos.
Há quanto tempo você não diz para a pessoa que vive ao seu lado que gosta dela?
A gente não recupera tempo perdido.
Mas podemos decidir não perder mais.
Vamos amar os corações que nos cercam e tentar alcançar novamente aqueles que se distanciaram.
Há sempre tempo para se amar.
E se não houvesse, o próprio amor seria capaz de inventar

sábado, 21 de maio de 2011

Consciência de Sua Missão

Freqüentemente, eu me pergunto:
" O que cada um de nós está fazendo neste planeta?

Se a vida for somente tentar aproveitar o máximo possível as horas e minutos, esse filme é bobo.
Tenho certeza de que existe um sentido melhor  em tudo o que vivemos.
Para mim, nossa vinda ao planeta Terra tem basicamente dois motivos: evoluir espiritualmente e aprender a amar melhor.
Todos os nossos bens na verdade não são nossos. Somos apenas as nossas almas.
E devemos aproveitar todas as oportunidades que a vida nos dá para nos aprimorarmos como pessoas.
Portanto, lembre sempre que os seus fracassos são sempre os melhores professores e é nos momentos difíceis que as pessoas precisam encontrar uma razão maior para continuar em frente. As nossas ações, especialmente quando temos de nos superar, fazem de nós pessoas melhores.
A  nossa capacidade de resistir às tentações, aos desânimos para continuar o caminho é que nos  torna pessoas especiais.
Ninguém veio a essa vida com a missão de juntar dinheiro e comer do bom e do melhor. Ganhar dinheiro e alimentar-se faz parte da vida, mas, não pode ser a razão da vida.
Tenho certeza de que pessoas como Martin Luther King, Mahatma Ghandi, Nelson Mandela, Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce, Betinho e tantas outras anônimas, que lutaram e lutam para melhorar a vida dos mais fracos e dos mais pobres, não estavam motivadas pela idéia de ganhar dinheiro.
O que move essas pessoas generosas a trabalhar diariamente, a não desistir nunca?
A resposta é uma só: a consciência de sua missão nesta vida.
Quando você tem a consciência de que através do seu trabalho você está  realizando sua missão você desenvolve uma força extra, capaz de levá-lo ao cume da montanha mais alta do planeta.
Infelizmente, muita gente se perde nesta viagem e distorce o sentido de sua existência pensando que acumular bens materiais é o objetivo da vida.
E quando chega no final do caminho percebe que o caixão não tem gavetas e que  ela só vai poder levar daqui o bem que fez às pessoas.
Se você tem estado angustiado sem motivo aparente está aí, um aviso para parar e refletir sobre o seu estilo de vida.
Escute a sua alma: ela tem a orientação sobre qual caminho seguir.
Tudo na vida é um convite para o avanço e a conquista de valores, na harmonia e na glória do bem.

- Roberto Shinyashiki –

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Existe vida depois da morte?

As pesquisas científicas indicam que sim, e as religiões também afirmam que, de alguma forma, a vida continua depois desta vida, nem que seja em estado latente, aguardando a ressurreição dos mortos.

Só que aí surge uma questão da mais alta importância: se todos havemos de morrer um dia, como estaremos nesse além da vida? Será que vamos ficar armazenados em algum galpão celestial, aguardando o juízo final? Ou quem sabe, prostrados diante do trono divino, em adoração, pela eternidade afora? Ou talvez sentados no beiral de uma nuvem tocando harpa?

Será que uma natureza dinâmica, como a do ser humano, iria suportar um estado de inatividade, inócuo e vazio, por toda a Eternidade?

São os próprios espíritos que têm dado as mais completas explicações sobre esse outro lado da vida. Essas informações têm chegado, principalmente através da psicografia, por intermédio de inúmeros médiuns, nos mais diferentes pontos da Terra e nas mais diversas épocas.

 Nessas mensagens, dirigidas em sua maioria a parentes e amigos, os espíritos contam como foi a sua passagem para o mundo ou dimensão espiritual, e como é essa nova realidade.

Também pela TCI – Transcomunicação Instrumental, os espíritos se comunicam através de aparelhos eletrônicos, passando informações semelhantes.

Um dos portadores das mais amplas e detalhadas notícias sobre o mundo espiritual, a vida e atividades dos seus habitantes - através da mediunidade - é o espírito André Luiz, nos 11 livros psicografados por Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier): Nosso Lar,
Os Mensageiros, Missionários da Luz, Obreiros da Vida Eterna, No Mundo Maior, Libertação, Entre a Terra e o Céu, Nos Domínios da Mediunidade, Ação e Ração, Sexo e Destino, E a Vida Continua.

André Luiz nos mostra que esse outro lado da vida é muito parecido com o lado de cá.
Há muitas semelhanças. Ninguém fica vagando no espaço como alma penada, nem tocando harpa no beiral de uma nuvem. O mundo espiritual, para os espíritos, é tão real e dinâmico quanto o mundo físico é para nós.

É por isso que muitos espíritos não sabem, ou não conseguem acreditar que já morreram.
São daqueles que pensam que ao morrer irão para o céu, o purgatório ou mesmo para o inferno, ou então, que a morte irá apagá-los de vez. Mas, ao invés disso, encontram-se quase como antes. Muitos voltam para o lar, para os ambientes do trabalho ou do lazer. Vêem as pessoas, falam com elas, mas as pessoas não lhes dão a menor atenção. Alguns pensam que ficaram loucos, ou que estão vivendo um pesadelo interminável. Muitos assistem ao próprio velório e sepultamento, mas não aceitam a idéia de que aqueles funerais sejam os seus. Espíritos nessa condição são popularmente conhecidos como sofredores.

Uma das atividades dos centros espíritas é o esclarecimento a esses irmãos tão necessitados. Eles se incorporam ao médium e o doutrinador conversa com eles explicando-lhes a realidade. O grupo todo envolve o irmão sofredor em vibrações de paz e de amor.
É como ele se alivia e consegue melhorar a própria freqüência vibratória.

Essa elevação vibratória é necessária para que ele possa ser socorrido e levado para tratamento em local adequado.

Mas há também aqueles que retornam à dimensão espiritual mais ou menos conscientes do que está ocorrendo, ou seja, sabem, ou mesmo desconfiam que desencarnaram, ou “morreram”.

Quando alguém desencarna é muito importante que receba vibrações de paz, em vez das manifestações de desespero que geralmente acontecem nessas situações.

Muitos espíritos têm relatado através da mediunidade seus dramas, sofrimentos e aflições, por causa do desespero e desequilíbrio dos parentes e amigos, após seus desenlaces. Eles dizem que as lágrimas dos entes queridos que ficaram na Terra, suas vibrações angustiadas, chegam a eles com muita intensidade, provocando-lhes sofrimentos e aflições sem conta.

Por isso, diante da morte, a atitude dos presentes deve ser de respeito, serenidade, equilíbrio e, acima de tudo, prece. O recém-desencarnado necessita de paz e de muita oração.

Que é freqüência vibratória?

O pensamento e a emoção produzem o que se conhece como vibração, e o seu teor reflete o que há em nossa alma, definindo a freqüência dessa vibração, desde a mais baixa até a mais elevada que a nossa condição possa gerar.

O escritor Francisco Carvalho, no livro Influências Energéticas Humanas,
elabora uma escala imaginária que vai de zero a cem graus, com os seguintes valores: no grau zero teríamos o ódio, emoção de mais baixo teor
vibratório; nos 10 graus os desejos de vingança; nos 20, a inveja, o ciúme; nos 30, o rancor, o azedume, os ressentimentos e assim por diante, até os neutros, nos 50 graus. Nos 70, já numa faixa positiva, teríamos a esperança; nos 80, a fé; nos 90, a oração e a alegria e, finalmente, nos 100, o amor, a mais forte vibração de teor positivo.

Ainda na escala de vibrações de baixo teor podemos acrescentar as inúmeras “curtições” de natureza inferior, como as mais diversas taras, a crueldade, a perversidade, os muitos tipos de perversão, as conversas voltadas às baixas paixões, os mais diversos vícios, etc.

Já, para elevar o teor vibratório, também podemos acrescentar os sentimentos nobres, as leituras e conversas voltadas para assuntos ligados à religiosidade, à fraternidade, ao amor puro; a alegria sã e a meditação em temas luminosos, enfim, tudo que possa abrir canais entre nós e as forças mais altas da vida.

 Quanto a mais informações sobre espíritos e mundo espiritual, há extensa bibliografia a respeito, particularmente pela psicografia de Chico Xavier, inclusive casos em que foram feitas perícias da letra e assinatura do espírito, comparando-se com sua letra e assinatura, quando ainda encarnado, e o diagnóstico dos peritos afirmou tratar-se da mesma pessoa.
(por Patrícia Lacerda)

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Mansuetude e Poder

A mansuetude é, por vezes, confundida com fraqueza espiritual, apatia ou indiferença. Pensa-se que a pessoa portadora dessa virtude está impedida de reclamar seus direitos e deve tolerar com passividade todos os abusos.
Acredita-se que a mansuetude não combina com o poder, pois este tem se confundido com prepotência, despotismo e violência.
Contudo, mais uma vez vamos encontrar na natureza lições preciosas a nos dizer que o verdadeiro poder anda de mãos dadas com a mansuetude.
Na natureza tudo acontece com poder e silêncio, com um silêncio poderoso. O sol nasce e se põe em profunda quietude. Move gigantescos sistemas planetários, mas penetra suavemente pela vidraça de uma janela sem a quebrar.
Acaricia as pétalas de uma flor sem a ferir e beija as faces de uma criança adormecida sem a acordar.
As estrelas e galáxias descrevem as suas órbitas com estupenda velocidade pelas vias inexploradas do Cosmo, mas nunca deram sinal da sua presença pelo mais leve ruído.
O oxigênio, poderoso mantenedor da vida, penetra em nossos pulmões, circula discreto pelo nosso corpo, e nem lhe notamos a presença.
A luz, a vida e o Espírito, os maiores poderes do Universo, atuam com a suavidade de uma aparente ausência.
Como nos domínios da natureza, o verdadeiro poder do homem não consiste em atos de violência física, mas sim numa atitude de presença metafísica. Não se trata de fazer algo, mas de ser alguém.
Quando um homem conquista o verdadeiro poder, toda a antiga violência acaba em benevolência.

A violência é sinal de fraqueza, a benevolência é indício de poder.
Os grandes mestres sabem ser severos e rigorosos sem renegarem a mansuetude e a benevolência.
O Criador, que é o Supremo Poder, age com tamanha mansuetude que a maioria dos homens nem percebe a Sua ação.
Essa poderosa força, na qual todos estamos mergulhados, mantém o Universo em movimento, cria novos mundos a cada instante, faz pulsar o coração dos abutres e dos colibris, dos bandidos e dos homens de bem, na mais harmoniosa mansuetude.
Até mesmo a morte, mensageira da liberdade, chega de mansinho e, como hábil cirurgiã, rompe os laços que prendem a alma ao corpo, libertando-a do cativeiro físico.
Assim se expressa o verdadeiro poder: sem ruído, sem alarde e sem violência...

*   *   *
Sempre que a palavra poder lhe vier à mente, lembre-se do sol e de sua incontestável mansuetude.
O sol nasce e se põe em profunda quietude. Move gigantescos sistemas planetários, mas penetra suavemente pela vidraça de uma janela sem a quebrar.
Acaricia as pétalas de uma flor sem a ferir e beija as faces de uma criança adormecida, sem a acordar.

Pai Nosso

Nosso Pai, que estás em toda a parte:
Santificado seja o teu nome, no louvor de todas as criaturas;
Venha a nós o teu reino de amor e sabedoria;
Seja a tua vontade, acima dos nossos desejos,
Tanto na Terra, quanto nos círculos espirituais;
Pão Nosso do corpo e da mente dá-nos hoje;
Perdoa as nossas dívidas, ensinando-nos a perdoar nossos devedores com o esquecimento de todo o mal;
Não permitas que venhamos a cair sob os golpes da tentação de nossa própria inferioridade;
Livra-nos do mal que ainda resista em nós mesmos;
Porque só em ti brilha a luz eterna do reino e do poder, da glória e da paz, da justiça e do amor para sempre!

Assim seja!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Força Interior

"Não menosprezes a força interior que Deus te conferiu como dom natural.
Essas energias superiores estão em ti, basta somente que as liberte
e um fluxo energético te guiará melhor ante tua própria existência.
O acontecimento não é o que ocorreu, mas sim o que fazes com aquilo que ocorreu.
Podes tornar pior ou suavizar tuas tribulações pelo jeito com que reages a elas.
Tua dor será sanada.
Teu conflito, extirpado.
Tua ansiedade, apaziguada.
Tuas buscas sempre encontrarão porto feliz.
Usa abundantemente tua luz interior e terás maior lucidez e discernimento em tua casa mental.
As soluções fluirão mais fáceis, se te integrares nesta força íntima que habitam em ti,
pois és herdeiro de Deus.
Ele habita em teu âmago;
busca-O, e essas potencialidades divinas estarão mais disponíveis em ti mesmo.
Assim, a harmonia e a serenidade estarão contigo, reforçando o elo que te ligara Divina Providência.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Anjo da Guarda

Quem cuida de seu filho quando ele não está sob seus olhos?

Você diz que, na escola, os professores são os responsáveis; que em seu lar, você tem uma babá igualmente responsável.

Enfim, você sempre acredita que alguém, quando você não estiver por perto, estará de olho nele.

Parentes, amigos, contratados à parte, há, também, uma proteção invisível que zela por seu filho.

Você pode dizer que é seu anjo de guarda, seu anjo bom. A denominação, em verdade, não importa.

O que realmente se faz de importância é esta certeza de que um ser invisível debruça sua atenção sobre seu filho, onde quer que ele esteja.

E também sobre você. Não se trata de uma teoria para consolar as mães que ficam distantes de seus filhos longas horas.

Ou para quem caminha só nas estradas do mundo. Refere-se a uma verdade que o homem desde muito tempo percebeu.

Basta que nos recordemos de gravuras antigas que mostram crianças atravessando uma ponte em mau estado, sob o olhar atento de um mensageiro celeste.

Ou que evoquemos o livro bíblico de Tobias, onde um anjo acompanha o jovem em seu longo itinerário, devolvendo-o ao pai zeloso, são e salvo.

É doce e encantador saber que cada um de nós tem seu anjo de guarda. Um ser que lhe é superior, que o ampara e aconselha.

É ele que nos sussurra aos ouvidos: Detenha o passo! Acalme-se! Espere para agir!
Ou nos incentiva: Vá em frente! Esforçe-se! Estou com você!

É esse ser que nos ajuda na ascensão da montanha do bem. Um amigo sincero e dedicado, que permanece ao nosso lado por ordem de Deus.

Foi Deus quem aí o colocou. e ele permanece por amor de Deus, desempenhando o que lhe constitui bela, mas também penosa missão.

Isso porque em muitas ocasiões, ele nos aconselha, sugere e fazemos ouvidos surdos. Ele se entristece, nesses momentos, por saber que logo mais sofreremos pela nossa rebeldia.

Mas não afronta nosso livre-arbítrio. Permanece à distância, para agir adiante, outra vez, em nova tentativa.

Sua ação é sempre regulada, porque se fôssemos simplesmente teleguiados por ele não seríamos responsáveis pelos nossos atos.

Também não progrediríamos se não tivéssemos que pensar, reflexionar e tomar decisões.

O fato de não o vermos também tem um fim providencial. Não vendo quem o ampara, o homem  confia em suas próprias forças.

E batalha. Executa. Combate para alcançar os objetivos que pretende.

Não importa onde estejamos: no cárcere, no hospital, nos lugares de viciação, na solidão, ele sempre estará presente.

Esse anjo silencioso e amigo nos acompanha desde o nascimento até a morte. E, muitas vezes, na vida espiritual.

E mesmo através de muitas existências corpóreas, que mais não são do que fases curtíssimas da vida do Espírito.

Você pode ter se transviado no mundo. Quem sabe, perdido o rumo dos próprios passos.
Pense, no entanto, que um missionário do bem e da verdade, que é responsável por você, pela sua guarda, permanece vigilante.

Se você quiser, abra os ouvidos da alma e escute-o, retomando as trilhas luminosas.
Ninguém, nunca, está totalmente perdido neste imenso universo de almas e de homens.

Pense nisso!

Redação do Momento Espírita,

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Carta de um pai para seu filho

Meu querido filho
Quando reencarnamos o fazemos no local e com as pessoas necessárias para a  nossa evolução e, principalmente com as pessoas necessárias para apagarmos e pagarmos os erros do passado.
Aqueles a quem fizemos sofrer  e a  quem  temos que pedir perdão e aceitar as suas crises e angustias quiça provocadas no passado por nosso egoismo no amor …
E , também com aqueles que nos fizeram sofrer a nós e a quem devemos dar o exemplo de humildade  e perdão para se restabelecerem.
No entanto, existe algo bem mais complicado de se conseguir.O perdão a nós mesmos.
Certamente , endividados que somos de situações bastante sofredoras e causadoras  de sofrimentos, trazemos no nosso  perispirito essas marcas que não nos deixam viver sem culpas e,sem angústias, vendo em tudo e, em todos, os nossos erros e as nossas culpas, fazendo assim de uma encarnação mais um sofrimento, agora virado para nós mas, que por tabela, atinge também quem nos ama.
Devemos, portanto, aproveitar ao máximo, o tempo que ainda nos resta e, virar a página  de culpas e erros de nossas vidas e começar a construir, agindo.
Às vezes pensamos que a cultura intelectual espiritualizada nos levará a bom porto.
É bom, mas, não suficiente.
Agir, significa actuar, movimentar, ir em frente, sem medos de consequencias porque desde o momento que o estamos fazendo com amor no coração, nada de mal nos puderá acontecer.
No entanto, também é necessário agir na onda do progresso para com o planeta que nos aceitou.
Devemos trabalhar para e com harmonia com o planeta.
E, isso significa amor para e com todos
Agir-trabalhando
Agir – educando
Agir – amando
Agir  - cultivando
Agir – perdoando
Agir - - por fim , significa evoluir.
Vamos meu filho,portanto começar agir  senão no sentido que desejas, talvez no sentido que  a vida te indica.
Por vezes lutamos contra as indicações da vida e, não a favor delas que seria, por ultimo a nosso próprio favor.
Sempre estaremos  contigo, desde , que tu desejes estar connosco, porque  te amamos e sempre serás o nosso filho muito querido.......

domingo, 15 de maio de 2011

Faixas

        Comunicação espiritual não é privilégio da organização mediúnica.
        O pensamento é idioma universal e, compreendendo-se que o cérebro ativo é um centro de ondas em movimento constante, estamos sempre em correspondência com o objeto que nos prende a atenção.
        Todo Espírito, na condição evolutiva em que nos encontramos, é governado essencialmente por três fatores específicos, ou, mais propriamente, a experiência, o estímulo e a inspiração.
        A experiência é o conjunto de nossos próprios pensamentos.
        O estímulo é a circunstância que nos impele a pensar.
        A Inspiração é a equipe dos pensamentos alheios que aceitamos ou procuramos.
        Tanto quanto te vês compelido, diariamente, a entrar na faixa das necessidades do corpo físico, pensando, por exemplo, na alimentação e na higiene, és convidado incessantemente a entrar na faixa das requisições espiri­tuais que te cercam.
        Um livro, uma página, uma sentença, uma palestra, uma visita, uma notícia, uma distração ou qualquer pequenino acontecimento que te parece sem importância, pode representar silenciosa tomada de ligação para deter­minado tipo de interesse ou de assunto.
        Geralmente, toda criatura que ainda não traçou caminho de sublimação moral a si mesma assemelha-se ao viajante entregue, no mar, ao sabor das ondas.
        Receberás, portanto, variados apelos, nascidos do campo mental de todas as inteligências encarnadas e desencarnadas que se afinam contigo, tentando influen­ciar-te, através das ondas inúmeras em que se revela a gama infinita dos pensamentos da Humanidade, mas, se buscas o Cristo, não ignoras em que altura lhe brilha a faixa.
        Com a bússola do Evangelho, sabemos perfeitamente onde se localizam o bem e o mal, razão por que, dispondo todos nós do leme da vontade, o problema de sintonia corre por nossa conta.


Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

Sintonia e Vibração

 "Imaginemos alguém que, com um perfume muito forte, permanece determinado tempo em ambiente fechado. A fragrância do seu perfume irá se espalhar pelo ambiente, que ficará impregnado, durante algum tempo, com o odor característico. Da mesma forma, o resultado do que pensamos e sentimos, fica indelevelmente plasmado naqueles ambientes que mais costumamos freqüentar.

Assim, os nossos lares, os ambientes de trabalho, os locais onde se realizam cultos religiosos e de outros tipos, ficam com suas atmosferas marcadas pelas formas-sentimento e formas-pensamento que comumente ali são expressadas. Quem penetrar em um desses ambientes, inconscientemente ou não, se sentirá inclinado a sintonizar-se psiquicamente com as vibrações ali caracterizadas, sejam agradáveis ou desagradáveis.

Por outro lado, se alguém com um perfume muito forte nos abraça, inevitavelmente herdaremos o odor que dessa pessoa é emanado, seja ele prazeiroso ou não. Da mesma forma que o perfume alheio nos invade a atmosfera pessoal, as vibrações espirituais de quem nos abraça também nos invadem a organização íntima, nem que essa troca energética se processe - e também se conclua - em poucos segundos, tempo necessário para que as defesas energéticas da aura administrem a invasão energética.

Em resumo, estamos sempre marcando, com a "nossa fragrância espiritual", as pessoas e os ambientes com os quais convivemos e, ao mesmo tempo, recebendo a suas influências. Quando e se, as nossas defesas espirituais estiverem em boa forma, assimilaremos apenas o que nos for positivo e rechaçaremos o que não for.

Esse processo é inconsciente, como também o é o da defesa orgânica que os anticorpos promovem em nosso corpo, sempre que necessário. É tudo tão rápido que o cérebro físico-transitório não dá conta, apesar de ser ele que administra todo o processo, como também o faz, a nossa mente espiritual, quando o caso se relaciona com as vibrações de terceiros que nos invadem o espírito.

É importante perceber que, uma simples troca de olhares, um aperto de mão, um abraço, uma relação sexual, por exemplo, são situações em que a troca energética acontece, independentemente de querermos ou não. Quando a nossa resultante de defesa vibratória é positiva - normalmente assim o é nas pessoas que tem bom ânimo, não se deixam entristecer pelos fatos, são disciplinados no campo da oração e/ou meditação etc. - pouco nos invade a energia alheia, se isto for nos servir de transtorno ao nosso equilíbrio energético.

Ao contrário, se estivermos em baixa condição de defesa energética, tal qual um prato de alimento estragado que inapelavelmente irá causar 'estragos" no nosso organismo, a energia deletéria alheia nos desarmonizará durante pouco ou muito tempo, conforme for a nossa capacidade psiquica-espiritual em restabelecer o equilíbrio que nos caracteriza, seja ele de que nível for.

As crianças pequenas que sequer andam, normalmente tem energia passiva, e sofrem um bocado quando ficam "passando de braço em braço", recebendo verdadeiras descargas energéticas que normalmente lhes causam desequilíbrios de toda ordem. Se os pais terrenos disso soubessem, outras seriam as suas posturas em relação a permitirem que seus filhos andem de "braço em braço".

Portanto, estamos a todo momento, trocando energia com as pessoas e com os ambientes que nos rodeiam. O equilíbrio - leia-se, saúde espiritual - de cada um, é o único antídoto a impedir que as vibrações negativas, alheias à nossa organização espiritual, penetrem no nosso íntimo.

Saber conviver sem sintonizar com a energia de terceiros é postura que somente os mestres de si mesmos conseguem plasmar na difícil coexistência com os demais. Ao contrário, se a toda hora temos a sensibilidade pessoal invadida por problemas e influências de outras pessoas e/ou situações, ficamos sempre à mercê dos "outros nos deixarem" ficar em paz.

Assim, a nossa paz íntima dependerá dos outros, jamais de nós próprios; o nosso controle será sempre refém do descontrole alheio; a nossa fragrância espiritual estará sempre mesclada com a dos outros; enfim, dificilmente conseguiremos ser donos de nossa própria vida.

Se pretendemos ser os arquitetos e atores da nossa própria caminhada evolutiva é mister que cuidemos do nosso equilíbrio espiritual, escolhendo quando e como sintonizar com as vibrações alheias, seja em uma conversa, em um convívio mais íntimo, numa palestra, enfim, numa simples leitura, como é o caso que ora ocorre, pois, até o que lemos pode nos ser motivo de enriquecimento ou de desarmonia interior, já que é vibração que nos penetra a alma.

Lembremo-nos de que: a soberania espiritual passa necessariamente pelo controle das emoções; a saúde do nosso corpo dependerá da qualidade do que nos alimentamos; o equilíbrio do nosso espírito depende e, em muito, do que nos permitimos sintonizar, através dos sentidos.

Afinal, se a massa e energia são aspectos de um mesmo padrão existencial, sintonia e vibração formam o elo entre toda a massa e energia que existe, independente das formas transitórias que venham a assumir.

Melhoremos a nossa vibração pessoal e eduquemos os nossos padrões de sintonia. Isto feito, estaremos despertando no nosso íntimo, a grande herança que recebemos do Pai Celestial."