quarta-feira, 13 de junho de 2012

OS VERMES DA DEGRADAÇÃO

  Estávamos trabalhando uma família, cuja mãe estava com alguma doença, aparentemente degenerativa, já não se levantava da cama.
  Uma trabalhadora do grupo fazia habitualmente, com ela, um trabalho de energias chamado de  “freqüência de brilho”, como medicina alternativa, embora estivesse, a paciente, em tratamento medico convencional. Via-se que, pouco a pouco, sua melhora se acentuava, chegando ao ponto de caminhar razoavelmente bem.
  Também trabalhávamos sua parte espiritual, pois é habitual que os irmãos desencarnados venham nos cobrar, com suas agressões, o nossos comprometimentos com eles, seja nos campos físicos e ou emocionais, cujas mazelas do passado persistem.
  Aproveitam nossas fraquezas para cobrar a vingança planejada, às vezes por dezenas de anos. Em lamentável vingança, cultivam o ódio que os sustentam, acentuando a deformação do físico e do caráter, estabelecendo a loucura.
  Nessa noite de trabalho mediúnico, começamos, todos os trabalhadores, mentalizando e sondando a psicosfera da família em questão. Varias vidências desconexas dos participantes foram abrindo as portas do labirinto psíquico das criaturas agressoras e dos locais onde se estabeleceram como base de ataque.
  A vidência denunciava um lugar trevoso, sob um piso de cerâmica desgastada pelo tempo. Havia vermes escuros, em quantidade espantosa, que, como é habitual, seriam usados nas pessoas para destruir, provocando-lhes doenças que a medicina não saberia tratar.   
  Era uma quadrilha liderada por um agredido em outra vida, onde a doente de hoje deixou a marca da destruição e morte da família do violento personagem.
  Já havíamos, em semanas anteriores, tratado e reconduzido alguns subalternos para o refazimento em paragem da espiritualidade trabalhadora do CRISTO, mas este subalterno que recebíamos naquele dia era extremamente recalcitrante, não abria sua mente para o diálogo, era totalmente magnetizado por seu chefe que, de longe, comandava e manipulava sua mente.
  Fomos ambientando-o em energias benfazejas, que ele desconhecia e para as quais não tinha antídoto. Achava-se dominado para, segundo ele, ser derrotado. Lutava com todas as forças, mas o amor, que ele desconhecia, era irresistível.
  Afrontou o índio que chegava para ajudá-lo, pois não tinha medo, mas, pouco a pouco, lhe foi mostrado paragens do passado, que ele reconhecia familiares. Teve vontade de ir para um lugar assim, onde já fora feliz. O amigo espiritual acolheu-o em seus braços e ele se rendeu em placidez impressionante.
  Não se fez esperar a presença violenta do algoz-mor. A médium, equilibrada, não se submeteu às tentativas de agressão física que ele pretendia, todos os músculos retesados, falava guturalmente: que bandidos éramos que estávamos dando apoio a assassinos? que bruxaria que conseguia dominar seus asseclas? com que direito adentrávamos suas paragens virtualmente impenetráveis? 
  O ódio e a violência eram o alimento deste ser desesperado, deixamos que falasse, que derramasse sua fúria verbal, limpando assim, em parte, seu coração infestado de ódio. Ainda assim, não queria ouvir. Sua pantalha mental de vingança parecia intransponível, delirava repetindo seus objetivos, bloqueado para o esclarecimento, para o amor ou qualquer debate que pudesse reabilitá-lo a racionalizar.
  Nesse meio tempo, outro médium recebe uma figura singular! Achegou-se mansamente, ajoelhou-se aos pés da criatura e começou a falar de amor, de saudades, dos tempos em que eram felizes juntos: era uma das três criaturas assassinadas pela, agora, vitima das agressões espirituais. Este ser, antes machucado, já havia compreendido e perdoado, tomando o rumo da regeneração.
  Na conversa com a família perdida e reencontrada, o mentor obsessivo ainda resistia, pois não conseguia sair da dor. Ainda que sua violência tivesse suavizado, não conseguia perdoar. Reclamava que fora abandonado, que só ele se dispusera à vingança justa.
  A abundancia do amor, na sala mediúnica, e os pedidos para que o acompanhasse, foram permitindo a mudança. Foi-lhe relatado o fato de que, apesar de perdidos uns dos outros, jamais o havia esquecido e, na primeira oportunidade em que fora possível conversar, se fizera presente para tentar demovê-lo de sua vingança.
  O ente amigo mostrou, apenas pelo sentimento, que fizera a parte mais importante, a parte da rendição do ódio ao amor incondicional. Parte que começou a se operar no amigo atendido.
  ACA 08/02/06
Fonte:CACEF-casa de caridade esperança e fé

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