Você já ouviu aquela história da mulher que reuniu a família para dar a
notícia de que logo morreria?
Disse ela que fora a dezenas de consultas, realizara muitos exames, conforme solicitações médicas e, por fim, recebera o diagnóstico. Era portadora de uma moléstia incurável e seu tempo máximo de vida seria de quatro meses. A família reagiu mal, espantando-se de que ela desse aquela notícia terrível, com tamanha tranquilidade. Mas, a senhora disse que teria cento e vinte dias para fazer tudo o que desejava. Arrumaria seus armários, doando tudo que pudesse a alguém servir e jogaria fora o que era imprestável. Ficaria com o estritamente necessário para seu uso. Trocaria as cortinas das janelas. Elas a impediriam de ficar bisbilhotando a vida alheia. Tiraria o pó da casa, diariamente e ficaria pensando que devia se libertar de todas as sujeiras que guardara do passado. Alimentaria sua alma com leituras saudáveis e conversas amenas. Evitaria criticar as pessoas e o mundo. Perdoaria todas as pessoas que a haviam magoado. Agradeceria a Deus por sua vida, toda manhã e faria, pelo menos, uma boa ação a cada dia. Assim, quando partisse para a outra vida, teria, ao menos, cento e vinte boas ações realizadas. A morte é, com certeza, o que de mais certo há na vida. Ninguém dela foge. Pode demorar, mas dia chegará em que a pessoa abandonará o corpo físico. Podemos temê-la ou agir como a senhora da nossa história: propor-se a fazer algo de útil e bom. E é bem possível que nos surpreendamos com a melhoria da qualidade de vida pessoal. É verdade: quando passamos a pensar e agir no bem, modificamos nossa estrutura psíquica e, consequentemente, a alegria, o bem-estar passam a fazer parte das nossas horas. E se você deseja saber o que aconteceu com a senhora da história, acredite: ela viveu mais vinte e três anos. Erro de diagnóstico? Não! É que ela pensou que estava condenada à morte em pouco tempo e resolveu mudar esse restante de vida que lhe restava. Ao transformar o seu mundo interior, ao se transformar em uma pessoa totalmente diferente do que fora, curou sua alma. Consequentemente, curou-se da doença física. Por isso, se a enfermidade nos visita, aproveitemos para reflexões valiosas em torno do comportamento e da reprogramação das atividades. Pensemos na saúde e a desejemos ardentemente, sem imposição, sem pressão, mas com nobre intenção. Libertemo-nos de todo entulho mental, que nos pode intoxicar: mágoas, ódios, ciúmes, vinganças, invejas, amarguras. Vinculemo-nos a Deus de onde emanam todas as forças e aspiremos os recursos necessários ao reequilíbrio. Reabasteçamos a mente com pensamentos de paz, de compaixão, de solidariedade, de perdão e de ternura, envolvendo-nos, emocionalmente com a vida, de forma a nos sentirmos nela integrados, conscientes e felizes. Confiantes, avancemos, vitalizados pelo hálito da fonte geradora de vida, nosso Pai Criador. |
Redação do Momento Espírita-Joanna de Ângelis e Divaldo Pereira Franco |
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Vida Renovada
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