quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Divaldo Franco e as vítimas do Holocausto

Manhã de domingo, 10 de julho de 2011, cidade de Juiz de Fora, MG. São 10 horas.
A Sociedade Espírita Joanna de Ângelis, comemorando os 25 anos de sua fundação, recebe a visita do médium e orador baiano, Divaldo Pereira Franco.
É visível a alegria do público presente, tornando o ambiente espiritual pleno de amorosidade.
Dando início à reunião festiva, Vitor Silvestre Ferraz Santos, presidente da SEJA, cumprimenta o público e menciona a importância do momento.
No mesmo clima de emoções felizes, por breves minutos, passei a explanar como tudo começou em relação à fundação da SEJA, e logo em sequência referindo-me á presença de nosso amado amigo Divaldo, que uma vez mais, ao longo de quase 53 anos atende ao nosso convite.
Divaldo, a seguir, tem a palavra.
Sua fala a princípio, refere-se à sua presença entre nós neste largo período de tempo, revelando o quanto isto é grato ao seu coração.
Explica, a seguir, que fará um pequeno relato de sua viagem a Europa, nos meses de maio e junho de 2011. Após narrar alguns aspectos de seu labor doutrinário em alguns países, passa a expor a experiência que vivenciou ao conhecer o campo de concentração de Auschwitz, na Polônia.
Divaldo explana então, sobre sua ida a esse local, onde milhões de pessoas foram mortas. Ressalta o fato de ter tido uma percepção espiritual do ambiente e, sua emoção, ante a captação dos sofrimentos, daqueles que ali foram cruelmente exterminados. Comove, igualmente, o público ao relatar o caso do rapaz alemão, Herr Müller, que um rabino diariamente cumprimentava de maneira cordial, e que, mais tarde se transformou num dos algozes nazistas. O gesto amigável do rabino veio a repercutir anos depois, quando foi levado como prisioneiro para o campo de concentração, onde Herr Müller apontava os que deveriam morrer. Reconhecendo-o rabino saudou-o como nos velhos tempos e, ao ouvi-lo, o agora soldado implacável, salvou-lhe a vida.
Na parte final, Divaldo refere-se ao grupo de adolescentes que veio de ônibus, com alguns adultos, conhecerem o campo de Auschwitz, Todos eram portadores de necessidades especiais, com lesões físicas e mentais muito graves, sendo que a ambiência do local provocou terríveis sensações nos jovens, alguns foram acometidos de crises convulsivas, outros gritavam e choravam. Diante da dolorosa cena, a Mentora Joanna de Ângelis explicou ao médium, QUE ALI ESTAVAM ALGUNS TORTURADORES E ALGOZES, DE VOLTA AO, PRÓPRIO LOCAL ONDE EXERCERAM AS ATROCIDADES, hoje reencarnados, trazendo na consciência a culpa dos crimes cometidos, expurgando no corpo físico as sequelas remanescentes do passado.
Ao concluir sua explanação, o querido amigo Divaldo, com a lucidez e a bondade que lhe são peculiares, menciona a Misericórdia do Pai, que proporciona aos seus filhos através da reencarnação, este abençoado ensejo de redenção das almas enfermas, a reconstrução de si mesmos, a fim de que prossigam a escalada evolutiva, em novos e felizes aprendizados.
Suas palavras propiciaram suave e terna emoção aos que o ouviam atentamente, abrindo horizontes luminosos e plenos de esperança para todos os seres humanos. Por certo que dias melhores surgirão, não somente na vida das vítimas do holocausto, mas também na vida dos algozes, pois fazemos parte da grandiosa família universal, que aos poucos estamos aprendendo a amar incondicionalmente, como Jesus nos ensina.
A reunião foi encerrada com a prece proferida pelo querido amigo baiano, enquanto que do Alto recaiam sobre o público dúlcidas vibrações como orvalho sublime.


Por Sérgio Ribeiro

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