terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Os Órfãos

Meus irmãos, amai os órfãos!
Se soubésseis quanto é triste estar só e abandonado, sobretudo quando criança!
Deus permite que existam órfãos, para nos animar a lhes servirmos de pais.
Que divina caridade, a de ajudar uma pobre criaturinha abandonada, livrá-la da fome e do frio, orientar sua alma, para que ela não se perca no vicio!
Quem estende a mão a uma criança abandonada é agradável a Deus, porque demonstra compreender e praticar a sua lei.
Lembrai-vos também de que, frequentemente, a criança que agora socorreis vos foi cara numa encarnação anterior, e se o pudésseis recordar, o que fazeis já não seria caridade, mas o cumprimento de um dever.
Assim, portanto, meus amigos, todo sofredor é vosso irmão e tem direito à vossa caridade. Não a essa caridade que magoa o coração, não a essa esmola que queima a mão que a recebe, pois os vossos óbolos são frequentemente muito amargos!
Quantas vezes eles seriam recusados, se a doença e a privação não os esperassem no casebre!
Dai com ternura, juntando ao benefício material o mais precioso de todos: uma boa palavra, uma carícia, um sorriso amigo.
Evitai esse ar protetoral, que resolve a lâmina no coração que sangra, e pensai que, ao fazer o bem, trabalhais para vós e para os vossos.

UM ESPÍRITO PROTETOR
Paris, 1860
-fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo-

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