sábado, 30 de abril de 2011

O Aborto

              O aborto é um ato bárbaro.Vocês não imaginam a dor que esse espírito reencarnante sente nesse momento tão doloroso.No momento do aborto, ele perde a oportunidade de voltar a reencarnar e, dessa forma ,poder se redimir de erros do passado,aproveitar a oportunidade de evolução concedida pela misericórdia divina.Por isso ,ocorre ao reencarnante o desequilíbrio pela rejeição,pois muitos necessitam voltar para resgatar débitos do passado.

           O processo da reencarnação é traçado pelo departamento da reencarnação,onde é preparado o mapa da vida do reencarnante.O encontro com os futuros pais nos sonhos é essencial para o conhecimento da tarefa de cada um ,muitas vezes ,amigos de outras vidas ou desafetos,que devem aproveitar a oportunidade para repararem seus erros.

           Como temos o livre -arbítrio,cabe aos pais a decisão de abortar ou não.antes do ato propriamente dito,há um trabalho todo especial feito pelos socorristas com o intuito de evitar o crime,porém a decisão final é do encarnado.

            No momento do aborto, o espírito abortado sofre muito.No livro deixe-me viver,Luiz Sérgio descreve:" mas o feto urrava de ódio.Logo presenciamos sua transformação,que se  operou parcialmente de uma frágil criança para um homem já idoso.Os médicos aguardavam, mas ele mal podia sustentar a cabeça de homem no corpo de um feto de cinco meses'.Após o aborto,esse espírito precisa de tratamento,passando por algumas cirurgias perispirituais e tratamento psicológico,pois sua casa mental não esquece os momentos cruéis de seu assassinato.Esse tratamento é lento ,pois não é fácil conscientizar o abortado de que o aborto é um ato físico e o espírito não deve ficar lembrando os fatos tristes que passou.Em tratamento no plano espiritual ,encontra-se metade bebé e metade adulto.Revoltados ,uns choram,outros gritam palavrões,todos com muito ódio e rancor.

                                            REVOLTA E OBSESSÃO  
           Mas nem todos os abortados aceitam a ajuda dos socorristas e passam a obsediar os pais,os médicos e todos aqueles que,de uma forma ou de outra,tiveram alguma ligação com o aborto.esses passam a ser obsidiado tanto no plano físico quanto no espiritual.Os abortados "colam-se aos seus assassinos para cobrar deles o direito de viver.Na obsessão,os corpos saem do nível e os abortados buscam as rodas energéticas(chacras),alimentando-se através delas .O espírito encarnado vai perdendo as forças ficando, à mercê dos vampiros"

             Existem no "vale da revolta " e o vale do aborto" para quais diversos de espíritos são atraídos pela vibração perispiritual.Não conseguimos calcular o horror deste lugar ,onde vários espíritos são escravizados por outros mais fortes.Vamos descrever uma passagem do livro deixe-me viver:"envolto por dez espíritos obsessores,vimos um aborteiro ,que chamarei de Célio .Tentamos ajudá-lo ,mas sua forma ,que não podemos dizer humana,tal a deformação perispiritual,toda gelatinosa ,arrastava-se pelo solo negro e viscoso,movendo-se com dificuldade,ainda mais por carregar junto de si verdugos,também muitos deles ainda na forma fetal,no ponto de interrupção da grávidez.Em Célio só havia a fisionomia sofredora,o resto de seu corpo não mais possuía forma humana .Mais parecia um verme,lutando para se livrar de seus verdugos que lhe sugavam sem piedade.Célio me pareceu um enorme feto,tendo a cabeça humana deformada colodo nele,suas vítimas.assim como Célio ali estavam vários outros aborteiros que contribuíram não só para retardar o plano de Deus para a reencarnação ,como também prejudicaram seus próprios corpos.
        Mesmo  nestes lugares, há um hospital para ajudar estes espíritos ."A aura espiritual é capta a luz do mais alto e uma mente ligada ao ódio  não se alimenta de luz e, sim,de vibrações baixas".Neste momento ,eles serão socorridos.

O Hábito da Oração

        No momento quando nossa mente silencie das torpezas, a partir do instante em que procuremos a quietude com Deus e, estabeleçamos um vínculo de amor com a divindade, nossa vida será um ato de oração. Então, os tormentos de fora não nos perturbarão. O vozerio, os clamores das perturbações em volta não lograrão atingir-nos.
        Chegamos a um momento de desaires e de angústias por imprevidência, nada obstante saibamos das recomendações do Mestre, ainda preferimos o tumulto. Há necessidade imperiosa, meus filhos, de nos aquietarmos para que o Senhor possa falar no adito dos nossos corações aquilo que nos pode servir de diretriz para segurança pessoal. Tornasse-nos indispensável a perfeita identificação com o Pai através da oração.
        Alguém se tornou adversário infeliz da nossa existência? Oremos por ele porque perdeu a direção de si mesmo.
        A calúnia foi atirada à nossa frente para embaraçar os nossos pés? Oremos suplicando ao Senhor da Vida que ilumine o caluniador e dê-nos resistência para superar a circunstância desagradável.
        A traição cavou um abismo e nos empurra com o sorriso dos indiferentes? Oremos ainda aí em favor do companheiro equivocado suplicando forças para não tombarmos na sua cilada.
        Orar é abrir a alma para Deus esvaziando-a das paixões, dos limites e das fixações negativas para que Deus preencha esse espaço com plenitude.
        Fostes honrados com a dádiva do conhecimento espírita; dialogais com aqueles que vos precederam na viagem de volta à grande família; sabeis que não cai uma folha da árvore, ou um fio de cabelo das vossas cabeças que não seja pela vontade do Pai, graças às suas Leis.
        Tende coragem! O infortúnio é um acidente de percurso em vossa viagem de evolução. O sofrimento é uma experiência para avaliação das conquistas espirituais de que sois portadores. A carência afetiva, a solidão, constitui um resgate imperioso do mau uso da afetividade que foi conspurcada.
        Em qualquer situação tendes a claridade da lei de Causa e Efeito para entenderdes, mas dispondes da oração para em comunhão com Deus, superardes os impedimentos nas dificuldades. Não vos desespereis. Nunca estareis sós.
        Podereis isolar-vos, mas o Pai não vos deixará sem a Sua presença.
        Podereis fugir do suave convívio, mas Ele através das imarcescíveis leis espera-vos um pouco adiante.
        Enxugai então o suor do desespero, as lágrimas da aflição e buscai a resignação da confiança, orando porque através da oração atingireis a meta que buscais - a paz interior que D’Ele dimana.
        São momentos cruciais mesmos os escolhidos correm perigo nesse momento de grande seleção. Tendes tento e porfiai até o fim. Não vos considereis exitosos antes de encerrada a experiência carnal. Muitas vezes, uma viagem não se conclui porque na etapa final há um abismo sem ponte. Esperai por Deus, pela glorificação depois da mortificação.
        Que o Senhor nos abençoe e, que Sua paz siga conosco e os leve aos vossos lares em clima de harmonia.
        São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre.
Recebida em Palestra no Grupo Espírita André Luiz em 12.08.2004
Bezerra de Menezes & Divaldo P. Franco

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Tuas Plantas


Em tua casa devem existir plantas.

Elas são benfeitoras que sempre operam em silêncio, ajudando na sustentação da vida.
Sejam elas quais forem, são como um laboratório que transforma,
dando-nos durante o dia o oxigênio puro, capaz de nos alegrar quando respirado, mantendo o ritmo orgânico e conduzindo a energia divina
para o sistema mais apurado do mundo, onde nascem as idéias.

Cuida bem de tuas plantas pois elas são a manifestação de vida, reconhecendo e devolvendo
o amor que recebem da afetuosidade humana. Ainda mais, se observadas com entendimento, as árvores nos ensinam sem palavras como manter a Economia em casa: não absorvem nada sem necessidade e não são dadas ao desperdício; as doenças que sofrem, quando sofrem, são devidas ao gás carbônico que tiram da atmosfera durante o dia, imantado de magnetismo humano inferior, que transformam em bênçãos para o próprio homem.


Que dizes disso?
É o perdão de nossas ofensas, pois as maltratamos e elas nos doam saúde e vida por todos os meios de que o Senhor as dotou.

As plantas não exigem nada de nós; apenas vivem com um pouco de água - que por vezes teríamos que jogar fora - e não descansam um só segundo que seja, em operação constante
para o bem da coletividade.

Mesmo depois de mortas elas continuam a beneficiar a humanidade, como remédio e como utensílios. Todos os lares usam delas para o bem-estar dos que ocupam a casa. O reino vegetal
é divino, onde as bênçãos do Senhor são sempre renovadas para ajudar a humanidade.


Se o nosso tema é Economia, entremos na escola das plantas com os sentimentos já despertados em nós, copiando-lhes o exemplo, que nada nos faltará.

Sejamos felizes com a felicidade da natureza , comungando com a harmonia da vida e aprendamos com o Evangelho a respeitar tudo o que nos cerca.

A tua felicidade depende do respeito às leis de Deus; enquanto falhar em teus sentimentos a compreensão, sofrerás as conseqüências de teus desacertos.

Meu filho!... Mesmo ganhando pouco, pelas lutas que tens de enfrentar, se compreenderes
as leis do uso, nada vai faltar. O cumprimento do dever faz multiplicar todos os valores que
se aproximam de tua casa e de ti. É necessário que entendas que a Economia cristã não é miserabilidade, nem egoísmo; é sómente gastar o de que precisas, sem o desperdício tão comum nesta época.

Quem amontoa demais, acaba sufocado nos seus pertences e os esbanjadores estão plantando faltas que o futuro mostrará. O pecúlio no lar, na ordem divina do termo, é alegria para a consciência e paz para o coração.



Um lar não pode deixar de entender esta verdade, porque Deus não é Deus dos extremos;
Ele está no centro de tudo, para que nasça o sol da brandura e da fraternidade em todos os corações.

A Economia é um dever, não sómente do homem, mas de toda a criação; ela é equilíbrio da vida que se manifesta em muitas dimensões.

Vejamos um sinal dos mais visíveis em uma casa:
se comeres demais, o corpo adoecerá; se deixares faltar o necessário, ele igualmente se enfermerá.

Quando falamos de poupança, falamos no ponto de equilíbrio de todas as funções orgânicas e sociais, políticas e religiosas e de vida espiritual.

Podes receber lições dentro de tua casa, através de tuas plantas.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Tudo passa

Chico Xavier costumava ter em cima de sua cama uma placa escrita: ISSO TAMBÉM PASSA! Então perguntaram a ele o porquê disso... Ele disse que era para que quando estivesse passando por momentos ruins, se lembrar de que eles iriam embora, que iriam passar, e que ele estava vivendo isso por algum motivo. Mas essa placa também era para lembrá-lo de que quando estivesse muito feliz, não deveria deixar tudo para trás e se deixar levar, porque esses momentos também iriam passar e momentos difíceis viriam novamente. É exatamente disso que a vida é feita, momentos. Momentos que TEMOS que passar, sendo bons ou não, para o nosso próprio aprendizado. Nunca esquecendo do mais importante:
. NADA NESSA VIDA É POR ACASO.
Absolutamente nada. Por isso temos que nos preocupar em fazer a nossa parte, da melhor forma possível.. A vida nem sempre segue o nosso querer,
Mas ela..

É PERFEITA NAQUILO QUE TEM QUE SER !
Chico Xavier

Solidão Aparente

Em meados de 1932, o "Centro Espírita Luiz Gonzaga" estava reduzido a um quadro de cinco pessoas, José Hermínio Perácio, D. Carmen Pena Perácio, José Xavier, D. Geni Pena Xavier e o Chico.
Os doentes e obsidiados surgiram sempre, mas, logo depois das primeiras melhoras, desapareciam como por encanto.
Perácio e senhora, contudo, precisavam transferir-se para Belo Horizonte por impositivos da vida familiar.
O grupo ficou limitado a três companheiros.
D. Geni, porém, a esposa de José Xavier, adoeceu e a casa passou a contar apenas com os dois irmãos.
José, no entanto, era seleiro e, naquela ocasião, foi procurado por um credor que lhe vendia couros, credor esse que insistia em receber-lhe os serviços noturnos, numa oficina de arreios, em forma de pagamento.
Por isso, apesar de sua boa vontade, necessitava interromper a freqüência ao grupo, pelo menos, por alguns meses.
Vendo-se sozinho, o Médium também quis ausentar-se.
Mas, na primeira noite, em que se achou a sós no centro, sem saber como agir, Emmanuel apareceu-lhe e disse:
- Você não pode afastar-se.
- Prossigamos em serviço.
- Continuar como?
- Não temos freqüentadores...
- E nós?
disse o espírito amigo.
- Nós também precisamos ouvir o Evangelho para reduzir nossos erros.
E, além de nós, temos aqui numerosos desencarnados que precisam de esclarecimento e consolo. Abra a reunião na hora regulamentar, estudemos juntos a lição do Senhor, e não encerre a sessão antes de duas horas de trabalho.
Foi assim que, por muitos meses, de 1932 a 1934, o Chico abria o pequeno salão do Centro e fazia a prece de abertura, às oito da noite em ponto. Em seguida, abria o "Evangelho Segundo o Espiritismo", ao acaso e lia essa ou aquela instrução, comentando-a em voz alta.
Por essa ocasião, a vidência nele alcançou maior lucidez.
Via e ouvia dezenas de almas desencarnadas e sofredoras que iam até o grupo, à procura de paz e refazimento.
Escutava-lhes as perguntas e dava-lhes respostas sob a inspiração direta de Emmanuel.
Para os outros, no entanto, orava, conversava e gesticulava sozinho...
E essas reuniões de um Médium a sós com os desencarnados, no Centro, de portas iluminadas e abertas, se repetiam todas as noites de segundas e sextas.

(Lindos casos de Chico Xavier)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

SE VOCÊ QUER, VOCÊ PODE!

 O Universo conspira a seu favor... Você é uma pessoa especial, cheia de luz! A felicidade é um estado de espírito, depende só de você... Saia da passividade, diga sim para a Vida! Eu quero, eu consigo, eu posso...
 
Vibre amor, irradie energia positiva, atraia bons fluidos! Faça acontecer... Plante a sementinha hoje, não procrastine... Não invente desculpas, saia do lugar-comum, seja você mesmo! Fale "eu mereço, eu vou, eu faço"...
 
Mude a trajetória, ande por caminhos desconhecidos, fale com pessoas novas! Saiba que nada é por acaso... Todo dia é uma nova chance de ser feliz, de cura, de autoconhecimento. Reencontrar os amigos. Romper barreiras!
 
Seja uma eterna criança na alma, aceite mudanças, goste das pessoas como elas são... Ajude o seu amigo a ser feliz! Ame incondicionalmente... Reaja, vá à luta! Realize os seus sonhos, você é capaz! Não desista na primeira dificuldade...
 
A beleza da Vida está nos segredos de cada dia: o inesperado... Sorria para o mundo e ele retribuirá com generosidade. Confie nas suas qualidades, trabalhe sua auto-estima, pense positivo!
 
Fixe em seus pontos fortes e melhore as suas carências. Leia bastante, seja atualizado, desenhe muito... Brinque com uma criança, você aprenderá bastante!
Faça sons diferentes, role no chão, olhe a Vida sob um novo ângulo! Trabalhe a sua criatividade...
 
Cante, ouça música inspirada, aprenda outro idioma! Vá passear, saia de casa!
Respire, tenha amigos . Adote um animal! De noite, fique exausto, mas com a alma feliz. Viva o momento presente!
 
Apaixone-se, você merece! Medo de se machucar? São experiências positivas para o nosso crescimento espiritual. A Vida é um aprendizado constante...
E Deus escreve certo por linhas tortas... Alegria, !
 
Vá estudar, assista a um filme, dance na chuva! Dê muitas risadas, abrace muito, seja voluntário. Toque um instrumento musical. Escreva um livro. Pinte sua casa. Plante uma árvore. Compre flores!
 
Treine meditação, a sua espiritualidade vai agradecer e você terá muitos insights...
Tenha momentos de puro prazer, permita-se aceitar mudanças...
Vibre, pule, comemore a cada avanço, a cada nova conquista!
Chore, sim, mas de puro prazer...
Porque se você quer mesmo, você pode!

A Inveja

Os homens são Espíritos destinados à angelitude.
Foram criados simples e ignorantes e gradualmente desenvolvem suas potencialidades e virtudes.
Por muito tempo viveram os instintos em sua plenitude.
Atualmente, deixam de forma paulatina a vida instintiva e pautam seu atuar pela razão.
No lento processo evolutivo, alguns antigos vícios perdem sua força.
Em seu lugar, algumas novas virtudes vicejam.
É no trato com os semelhantes que o homem toma contato com sua realidade espiritual.
Os embates do dia-a-dia tornam possível ao ser humano perceber suas fraquezas.
Ciente delas, pode dedicar-se ao seu combate.
Uma das fissuras morais bastante comuns na humanidade atual é a inveja.
São Tomás de Aquino definiu esse vício como a tristeza que se tem em relação às coisas boas dos outros.
O invejoso simplesmente se sente mal porque o próximo tem sucesso.
Não há necessidade de que algo lhe falte.
Ele apenas se considera diminuído com a grandeza alheia.
Na realidade, por vezes se perdoa ao semelhante mais facilmente um erro do que um acerto.
É mais fácil auxiliar quem cai do que suportar a vitória do outro.
Ante a fome e a enfermidade, não tardam mãos que auxiliam.
Os benfeitores, sob o prisma material, sempre ocupam lugar de realce.
O auxílio aos miseráveis pode propiciar, de algum modo, a satisfação da vaidade.
Bem mais difícil é ser feliz com a felicidade alheia.
Perante alguém que vence na vida, a animosidade com freqüência torna-se acirrada.
Não faltam fiscais e acusadores de alguém obtém algum sucesso.
Muitas vezes ouvimos a respeito de quem enriquece: "deve estar roubando!"
Na escola, o aluno que obtém boas notas não raramente é objeto de maldosas observações.
Ele ganha apelidos grosseiros e sofre comentários pouco generosos.
­Comenta-se que cola, que goza de favoritismos.
A inveja está muito presente em nossa sociedade.
A vontade de apontar os defeitos alheios é um indicativo desse vício em nós.
Trata-se de uma fissura moral bastante freqüente e reveladora de grande mesquinharia.
Prestemos atenção em nosso comportamento.
Apliquemos firmemente a vontade em alijar de nosso íntimo esse triste defeito.
Ser caridoso não é apenas amparar a miséria.
Ser feliz com a felicidade alheia também é uma forma de caridade cristã.
Valorizemos as conquistas e as virtudes dos outros.
Somos todos companheiros na imensa jornada da vida.
O clima psíquico da terra é fruto da soma da vibração de todas as criaturas que nela habitam.
Todos os homens têm a ganhar com a felicidade dos semelhantes.
Quando alguém se eleva, com ele se ergue toda a humanidade.
Quando alguém cai, é prejuízo na economia moral do planeta.
Alegremo-nos com as vitórias de nossos irmãos.
Ao vencerem, eles não nos tiram nada.
Muitas vezes dão preciosos exemplos, que podemos seguir.
Sejamos solidários nas dificuldades do próximo.
Mas participemos também, sinceramente, de seus júbilos.

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no capítulo VII do livro Leis Morais da Vida, do Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

TREM DA VIDA

Há algum tempo atrás, li um livro que comparava a vida a uma viagem de trem.

Uma leitura extremamente interessante, quando bem interpretada. Isso mesmo, a vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes tristezas em outros.

Quando nascemos, entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que julgamos, estarão sempre nessa viagem conosco : nossos pais. Infelizmente, isso não é verdade; em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos de seu carinho, amizade e companhia insubstituível...

mas isso não impede que, durante a viagem, pessoas interessantes e que virão a ser super especiais para nós, embarquem.

Chegam nossos irmãos, amigos e amores maravilhosos.

Muitas pessoas tomam esse trem apenas a passeio.

Outros encontrarão nessa viagem somente tristezas. Ainda outros circularão pelo trem, prontos a ajudar a quem precisa.

Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos passam por ele de uma forma que, quando desocupam seu acento, ninguém nem sequer percebe.

Curioso é constatar que alguns passageiros que nos são tão caros, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos; portanto, somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não impede, é claro, que durante o trajeto, atravessemos com grande dificuldade nosso vagão e cheguemos até eles...

 só que, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já terá alguém ocupando aquele lugar. Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas...

porém, jamais, retornos. Façamos essa viagem, então, da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando, em cada um deles, o que tiverem de melhor, lembrando, sempre, que, em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender porque nós também fraquejaremos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que nos entenderá.

O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em qual parada desceremos, muito menos nossos companheiros, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado.

Eu fico pensando se quando descer desse trem sentirei saudades ... acredito que sim.

Me separar de alguns amigos que fiz nele será, no mínimo dolorido. Deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos, com certeza será muito triste, mas me agarro na esperança que, em algum momento, estarei na estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram...

e o que vai me deixar feliz, será pensar que eu colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.

Amigos, façamos com que a nossa estada, nesse trem, seja tranqüila, que tenha valido a pena e que, quando chegar a hora de desembarcarmos, o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem a viagem.

Nosso Espírito protetor


− Qual a missão do Espírito protetor?

− A de um pai para com os filhos: conduzir o seu protegido pelo bom caminho, ajudá-lo com os seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições, sustentar sua coragem nas provas da vida. (Questão 491, de “O Livro dos Espíritos” – Allan Kardec).

Nenhuma criatura existe sobre a Terra que não conte com o auxílio de um Espírito protetor e nisso temos uma das mais belas e consoladoras concessões da providência divina.

Ninguém poderá dizer que está só na vida, mesmo que esteja momentaneamente isolado do convívio social, pois sempre contará com a presença amiga e oportuna de um Espírito generoso, seguindo seus passos.

Devemos, então, a ele recorrer com freqüência, quer seja para solicitar seus valiosos préstimos, quer seja para agradecer suas constantes e importantes intercessões em nosso favor. Deus o coloca a nossa disposição para que possamos cumprir com as nossas obrigações e responsabilidades na existência física, pois que a nossa presença na Terra tem objetivos claros de nos promover o crescimento espiritual.

No entanto, é preciso compreender que o Espírito protetor em momento algum realizará a tarefa que nos compete, uma vez que está ao nosso lado como um pai, um amigo, um irmão, mas não como alguém habilitado a fazer o serviço que nos compete, fruto de nossos compromissos. Além disso, é em razão do nosso próprio esforço que adquirimos as experiências que nos assegurará o amadurecimento espiritual de que temos tanta necessidade.

Desse modo, nosso benfeitor amigo intuitivamente nos aconselha nos momentos de dúvida, mas a decisão de qual caminho seguir será sempre nossa; escolher o que é melhor e mais proveitoso é de competência exclusivamente nossa.

O Espírito protetor pode nos consolar face a situações que nos causam dores e sofrimentos, mas sair do marasmo, ou da letargia, é obrigação própria de cada um, pois a vida sempre nos presenteia com todas as possibilidades de deliberar pela melhor direção.

Constantemente nosso Espírito protetor distribuiu sua ajuda ao nosso redor, mas precisamos trilhar pela vida com as nossas próprias pernas, pois tal decisão permitirá que colhamos os frutos da nossa plantação, o que faz nascer o indispensável aprendizado que não podemos dispensar.

Confiantes, aprendemos a contar com o valioso apoio desse amigo leal, mas não podemos descuidar, em nenhum momento, de seguir nossa própria estrada, uma vez que a evolução espiritual, que nos assegurará as conquistas eternas, sempre será o resultado do nosso esforço pessoal.

Os acertos verificados na vida ou os erros deliberados sempre serão de nossa inteira responsabilidade. Nunca a Providência divina nos deixará desprotegidos, nem nos desamparará, mas fazer ou deixar de fazer, seguir por um caminho ou por outro,  sofrer ou ser feliz será sempre uma escolha totalmente nossa.

Busquemos, sim, pelo nosso Espírito protetor, mas nunca deixemos de assumir a nossa parte. Esse amigo espiritual terá sempre imenso prazer em nos ajudar, mas caso não lhe dermos ouvidos, preferindo acolher as sugestões que nos chegam de fontes menos dignas, poderá se afastar do nosso convívio, por algum tempo, até que aprendemos a reconhecer os verdadeiros valores da vida.

Trabalhar pela perfeição espiritual é tarefa exclusivamente nossa, mas a Bondade divina, para nos ajudar, colocou ao nosso lado um Espírito protetor. Procuremos por ele visando facilitar as nossas tarefas, mas nunca esqueçamos de que ele não realizará o serviço que é nosso.

AGRADEÇA

Quando o relógio despertar, agradeça a Deus
pela oportunidade de acordar mais um dia.
O bom humor é contagiante.
Espalhe-o.
Fale de coisas boas, de sonhos, de amor.
Não se lamente.
Comece a sorrir mais cedo.
Não viva emoções mornas e vazias.
Cultive o seu interior.
Extraia o máximo das pequenas coisas.
Seja transparente e deixe que as pessoas saibam que você gosta e precisa delas.
Repense os seus valores.
Tudo o que tem que ser feito merece ser bem feito.
Torne suas obrigações atraentes, tenha garra e determinação.
Não trabalhe só pela obrigação, mas pela satisfação da missão cumprida.
Transforme os seus movimentos em oportunidades.
Não inveje!
Admire!
Sinta entusiasmo com o sucesso alheio, como se fosse o seu.
Ocupe seu tempo crescendo, desenvolvendo habilidades.
Só assim não terá tempo de criticar os outros.
Tenha fé, acredite.
Você pode tudo que quiser!
Finalmente, ria das coisas à sua volta, de seus problemas, de seus erros.
Ria da vida.
E ame, antes de tudo a você mesmo.
A gente é capaz de ser feliz quando é capaz de rir da gente mesmo!

A BÊNÇÃO DO ESQUECIMENTO...

Um dos postulados básicos do espiritismo é o da pluralidade das existências ou reencarnação.
A evolução dos espíritos exige inúmeras existências para aperfeiçoar-se.
Todos são criados simples e ignorantes,
mas seu destino é tornarem-se anjos.
A magnitude da meta evidencia a impossibilidade de ser alcançada
no curto espaço de uma vida terrena.
Um questionamento freqüentemente levantado a essa idéia refere-se ao esquecimento das existências passadas.
Afirma-se que esse olvido é contraproducente.
Se já vivemos muitas vezes na terra,
por que não nos lembramos?
Segundo alguns, a lembrança auxiliaria a não repetir os equívocos do passado.
Também serviria de incentivo à adoção
de um patamar nobre de conduta.
Afinal, seria possível correlacionar as dores atuais a específicos erros de outrora.
Conseqüentemente, as criaturas teriam
interesse em agir com dignidade.
A crítica parece sedutora, mas não resiste
a uma análise criteriosa.
Tenha-se em mente que o esquecimento constitui a regra geral.
Raras pessoas têm, naturalmente, a lembrança de seu agir em outras existências.
A sabedoria divina certamente possui razões para assim estabelecer.
Convém recordar que a lei do progresso rege a vida. Toda a criação está em permanente processo de evolução e metamorfose.
Na conformidade dessa lei, os espíritos não retroagem em suas conquistas.
As posições sociais mudam constantemente, mas ninguém é hoje pior do que já foi um dia.
As conquistas morais e intelectuais dos
espíritos jamais são perdidas.
Assim, cada homem hoje se encontra no auge
de seu processo evolutivo.
Ninguém nunca foi no passado mais bondoso ou nobre do que é agora.
Ocorre que a maioria absoluta da humanidade possui atualmente inúmeras mazelas morais.
Isso evidencia que o passado dos homens, em geral, não é repleto de nobres e belas ações.
Nesse contexto, o esquecimento das encarnações pretéritas constitui uma bênção.
No âmbito de uma única existência, quantas vezes a criatura deseja esquecer seus equívocos?
Não é fácil conviver com a lembrança de atos levianos. Inúmeros relacionamentos periclitam pela dificuldade dos seres humanos relevarem
os erros recíprocos. E, na verdade, os erros
são inerentes ao processo de aprender.
Não é possível sair da mais completa ignorância e transitar para a angelitude sem cometer equívocos nesse gigantesco caminhar.
Para propiciar os acertos necessários,
a divindade permite o esquecimento
do viver pretérito.
O que se viveu persiste na forma de
intuições e tendências, simpatias e antipatias, facilidades e dificuldades.
Muitas vezes, o inimigo de ontem renasce na condição de um filho. O esquecimento permite a transformação da mágoa em amor.
Ante o rostinho rosado e o olhar ingênuo
de uma criança, torna-se possível amar
a quem ontem odiávamos.
Quem outrora nos incomodava hoje nos
auxilia na figura de um amigo ou irmão.
Sob a bênção do esquecimento, refundem-se
as emoções e elos fraternos se estabelecem.
Assim, não é relevante lembrar o passado.
O importante é viver bem o presente.

Equipe de Redação do Momento Espírita

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Um Novo Olhar

Em algum momento da vida, enquanto crianças, jovens ou adultos, muitos de nós, talvez, já nos tenhamos perguntado se a família que temos é a que realmente merecemos.
Pode ser que tenhamos desejado, mesmo que por um breve instante, ter pais diferentes, mais dedicados e afetuosos.
Pais que, enquanto éramos crianças, tivessem nos carregado mais no colo, que tivessem trabalhado menos e brincado mais.
E que, quando éramos jovens ou mesmo na fase adulta, tivessem valorizado mais nossas conquistas, vibrado mais por cada obstáculo superado ou que tivessem, simplesmente, nos feito mais companhia.
Por vezes, desejamos irmãos que fossem mais companheiros. Quantos de nós não gostaríamos de ter um irmão que enfrentasse o mundo para nos defender?
Com a maturidade e o desenvolvimento moral, é de se esperar que mudemos um pouco esses questionamentos.
Ao invés de cobranças, perguntemos a nós mesmos quanto de afeto nossos pais receberam na infância. Será que tiveram uma infância feliz? Será que foram cercados da devida atenção, de compreensão e carinho?
Será que, quando jovens, eles tiveram pais que se fizeram presentes? Quais dificuldades afetivas ou materiais tiveram que superar?
Levemos em consideração que, talvez, eles tenham feito o melhor que puderam. Por mais que possa parecer pouco o que fizeram por nós, filhos, talvez esse pouco que nos ofertaram, seja muito mais do que um dia receberam.
Talvez eles tenham superado a si mesmos, tenham vencido obstáculos invisíveis para tentarem ser melhores pais.
Como filhos, temos deveres intransferíveis para com nossos genitores. Toda gratidão, carinho, afeição e respeito são pouco para retribuir o que fizeram por nós.
Eles nos deram a oportunidade do renascimento na carne, a assistência desde antes do berço e a grandeza de gestos de sacrifício e abnegação.
A nossa ingratidão para com os pais é um dos mais graves enganos que o Espírito pode cometer no caminho evolutivo. Devemos amar e respeitar os nossos genitores.
Em relação aos pais que fugiram à responsabilidade, nós, filhos, não devemos julgá-los com severidade. Sejamos tolerantes e compreensivos. Se fracassaram, um dia reconhecerão o erro e terão oportunidade de repará-lo.
Renascemos na família de que se tem necessidade e nem sempre naquela que se gostaria. Os afetos e desafetos são instrumentos para nossa própria evolução.
Enquanto nossos pais estiverem fortes, sejamos a companhia e a jovialidade. Quando fracos, sejamos a proteção e o socorro. Quando sadios, ofertemos-lhes a alegria. Quando enfermos, ofereçamos-lhes o sustento e a assistência.
Busca crescer com a tua família e dá-lhe a mão enquanto possas. Envolve teus pais no carinho, gratidão e paciência. Oferta aos teus irmãos tolerância e respeito.
Seja qual for o lar em que te encontres, se não fores compreendido ou amado, esforça-te para amar e compreender.Nos momentos de dificuldade, ora e, com certeza, contarás com o auxílio Divino e a proteção dos Guias espirituais.
Aproveita a família consanguínea pois ela é a oportunidade de luta e progresso ofertada pelo Criador.
Joanna de Ãngelis- Divaldo Pereira Franco

Indiferença Moral

  No livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo", encontramos sábios conselhos, alertas, chamamentos de atenção por parte de Espíritos nobres, que seguramente trabalham em prol do bem e da nossa felicidade.
Um deles escreveu o seguinte:
Cada época é marcada com o cunho da virtude ou do vício que a tem de salvar ou perder. A virtude da vossa geração é a atividade intelectual; seu vicio é a indiferença moral.
Muitos poderão dizer que não acreditam nos Espíritos, e simplesmente ignorar essas palavras.
Mas uma coisa é certa: trata-se de uma grande verdade.
A nossa época é notável pelas conquistas intelectuais, mas lamentavelmente marcada pela indiferença moral.
Quando vemos, nas mídias, de maneira escancarada, a mentira, a corrupção, a hipocrisia, temos que dar razão aos Sábios do espaço, que nos observam atentos.
Pessoas que estão no poder se chafurdam na corrupção e zombam do povo diante das câmeras, numa demonstração vergonhosa de indiferença e desrespeito por aqueles que os colocaram na posição de mando.
Pais observam, passivos, o mau-caráter de filhos tiranos, violentos, que pisam nos sentimentos alheios como quem esmaga um verme infeliz.
Jovens, filhos de pais que fazem as leis ou que deveriam exigir o seu cumprimento, são os primeiros a desdenhá-las, desrespeitá-las, com visível cinismo, como se estivessem acima do bem e do mal.
Mães que maltratam filhos indefesos ou os jogam no lixo, como se fossem dejetos fétidos dos quais desejam se livrar.
Hordas de pessoas que se dizem injustiçadas invadem propriedades alheias com armas em punho, com violência, e com a certeza de contar com a impunidade e a indiferença das autoridades...
Povos inteiros são massacrados, subjugados, quase exterminados, por nada...
Apenas para que o mundo veja quem tem mais poder...
São realmente tempos de grande indiferença moral, não há dúvida...
Parece, mesmo, que o mundo vai acabar em corrupção, em conluios, conchavos, interesses mesquinhos de toda ordem...
E isso tudo acontece diante das vistas dos intelectuais do terceiro milênio, daqueles que deveriam e poderiam usar os veículos de comunicação para conter essa "tsuname" moral que tudo arrasta, poderosa...
Diante de uma geração que assiste a tudo em tempo real, graças aos avanços tecnológicos...
E as pessoas de bem se perguntam, desoladas: "Que mundo é esse? Que tipo de pessoas está com as rédeas do planeta nas mãos?"
Não se pode negar, todavia, que muitas estão indignadas, mas, lamentavelmente, a nossa indignação não sai do conforto do sofá, na sala aconchegante, de dentro da segurança de nossos lares.
São tempos de indiferença moral, de passividade, de insensibilidade generalizada, certamente.
No entanto, devemos convir que se todos quiséssemos, poderíamos "emparedar"
e retirar de cena os malfeitores, em pouco tempo.
Isso sim valeria a pena. Mas a maioria prefere pagar para opinar nos shows de faz-de-conta, como se isso lhes garantisse alguma vantagem real.
...E assim vamos vivendo, de ilusão em ilusão...
E a indiferença vai se alastrando, destruindo, entorpecendo, infelicitando, aniquilando a esperança...
Se você é uma dessas pessoas que está indignada com a situação, faça alguma coisa. Aja de alguma forma. Escreva. Fale. Manifeste-se. Cobre atitudes dos governantes. Mas faça isso com serenidade e bom senso, sem violência.
Considere que toda atitude violenta não faz sentido, quando o que se pretende é justamente o contrário.
Pense nisso, e não fique só na indignação.

A páscoa

O nome páscoa surgiu a partir da palavra hebraica "pessach"  ("passagem"), que para os hebreus significava o fim da escravidão e o início da libertação do povo judeu (marcado pela travessia do Mar Vermelho, que se tinha aberto para "abrir passagem" aos filhos de Israel que Moisés ia conduzir para a Terra Prometida).

Ainda hoje a família judaica se reúne para o "Seder", um jantar especial que é feito em família e dura oito dias. Além do jantar há leituras nas sinagogas.

Para os cristãos, a Páscoa é a passagem de Jesus Cristo da morte para a vida: a Ressurreição. A passagem de Deus entre nós e a nossa passagem para Deus. É considerada a festa das festas, a solenidade das solenidades, e não se celebra dignamente senão na alegria.

Em tempos antigos, no hemisfério norte, a celebração da páscoa era marcada com o fim do inverno e o início da primavera. Tempo em que animais e plantas aparecem novamente. Os pastores e camponeses presenteavam-se uns aos outros com ovos.

OVOS DE PÁSCOA
De todos os símbolos, o ovo de páscoa é o mais esperado pelas crianças.

Nas culturas pagãs, o ovo trazia a idéia de começo de vida. Os povos costumavam presentear os amigos com ovos, desejando-lhes boa sorte. Os chineses já costumavam distribuir ovos coloridos entre amigos, na primavera, como referência à renovação da vida.

Existem muitas lendas sobre os ovos. A mais conhecida é a dos persas: eles acreditavam que a terra havia caído de um ovo gigante e, por este motivo, os ovos tornaram-se sagrados.

Os cristãos primitivos do oriente foram os primeiros a dar ovos coloridos na Páscoa simbolizando a ressurreição, o nascimento para uma nova vida. Nos países da Europa costumava-se escrever mensagens e datas nos ovos e doá-los aos amigos. Em outros, como na Alemanha, o costume era presentear as crianças. Na Armênia decoravam ovos ocos com figuras de Jesus, Nossa Senhora e outras figuras religiosas.

Pintar ovos com cores da primavera, para celebrar a páscoa, foi adotado pelos cristãos, nos século XVIII. A igreja doava aos fiéis os ovos bentos.

A substituição dos ovos cozidos e pintados por ovos de chocolate, pode ser justificada pela proibição do consumo de carne animal, por alguns cristãos, no período da quaresma.

A versão mais aceita é a de que o surgimento da indústria do chocolate, em 1830, na Inglaterra, fez o consumo de ovos de chocolate aumentar.

COELHO
 ila_renderedO coelho é um mamífero roedor que passa boa parte do tempo comendo. Ele tem pêlo bem fofinho e se alimenta de cenouras e vegetais. O coelho precisa mastigar bem os alimentos, para evitar que seus dentes cresçam sem parar.
Por sua grande fecundidade, o coelho tornou-se o símbolo mais popular da Páscoa.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Perdão:

"Dizem que perdoar é coisa de gente fraca, medrosa, boba. Possuímos crenças negativas de que perdoar é aceitar de forma passiva tudo o que nos fizeram. Achamos que perdoar é aceitar agressões, desrespeito aos nossos direitos. Muitos afirmam: "eu não levo desaforo para casa!..." Somos alguns destes?

Será que a pessoa que perdoa demonstra fraqueza de caráter? Temos a certeza que não. Aliás, esta certeza não é nossa, mas do Cristo que nos recomendou e viveu o perdão incondicional. E não consta que o Mestre tenha demonstrado em Sua vida fraqueza de caráter. Alguns até pensaram que ele era meio fraco, já que quando perseguido e açoitado, não esboçou qualquer gesto de reação e no auge do seu martírio ainda foi capaz de pedir ao Pai que perdoasse os seus ofensores.

Não existe uma razão plausível para não perdoar, mas existem muitas razões para exercitarmos o perdão. Vamos ver algumas delas?

A primeira razão para perdoar encontra-se na constatação de que todos nós ainda somos imperfeitos. Não há ninguém, no atual estágio do planeta Terra, que tenha atingido a perfeição, por isso, o erro faz parte das nossas vidas.

A visão da eternidade, que a doutrina espírita nos mostra, abre os nossos horizontes, pois se já percorremos inúmeras encarnações, muito já aprendemos, porém temos que aprender outras centenas de lições. E como o Criador está em constante processo de criação, cada um de nós iniciou sua trajetória evolutiva em época diferente da dos demais. Logo, cada um de nós está em determinada faixa evolutiva, com determinados aprendizados já realizados e com muitos outros a serem realizados.

Então, se alguém nos ofende, não o faz por maldade, mas por ignorância. Ignorância significa que quem nos ofendeu ignora, ainda não aprendeu a lição do respeito. Somente quem tem a visão da imortalidade do espírito pode compreender a trajetória que todos nós realizamos, passo a passo, degrau a degrau.

Um outro motivo para esquecermos as ofensas está na constatação de que o perdão traz um grande alívio para quem perdoa. Nem sempre para quem é perdoado. Porque muitas vezes quem é perdoado não consegue se livrar da sua consciência, mas este também precisa aprender a se perdoar e a recomeçar novamente. O autoperdão também é importante. Para que reconhecendo os nossos erros encontremos forças para reformular nossas atitudes e começar uma nova vida.

Considerando a própria fragilidade, o indivíduo deve conceder-se a oportunidade de reparar os males praticados, reabilitando-se perante si mesmo e perante aqueles a quem haja prejudicado.

O arrependimento, puro e simples, se não acompanhado da ação reparadora, é tão inócuo e prejudicial quanto a falta dele.

O autoperdão ajuda o amadurecimento moral, porque propicia clara visão de responsabilidade, levando o indivíduo a cuidadosas reflexões, antes de tomar atitudes agressivas ou negligentes, precipitadas ou contraditórias no futuro.

Quando alguém se perdoa, aprende também a desculpar, oferecendo a mesma oportunidade ao seu próximo.

terça-feira, 19 de abril de 2011




Passando pela Terra

        Sempre útil não te esqueceres de que te encontras em estágio educativo na Terra.

        Jornadeando nas trilhas da evolução, não é o tempo que passa por ti, mas, inversamente, és a criatura que passa pelo tempo.

        Conserva a esperança em teus apetrechos de viagem.

        Caminha trabalhando e fazendo o bem que puderes.

        Aceita os companheiros do caminho, qual se mostram, sem exigir-lhes a perfeição da qual todos nos vemos ainda muito distantes.

        Suporta as falhas do próximo com paciência, reconhecendo que nós, os espírito ainda vinculados à Terra, não nos achamos isentos de imperfeições.

        Levanta os caídos e ampara os que tropecem.

        Não te lamentes.

        Habitua-te a facear dificuldades e problemas, de ânimo firme, assimilando-lhes o ensino de que se façam portadores.

        Não te detenhas no passado, embora o passado deva ser uma lição inesquecível no arquivo da experiência.

        Desculpa, sem condições, quaisquer ofensas, sejam quais sejam, para que consigas avançar, estrada afora, livre do mal.
        Auxilia aos outros, quanto estiver ao teu alcance, e repete semelhante benefício, tantas vezes quantas isso te for solicitado.

        Não te sirvam de estorvo ao trabalho evolutivo as calamidades e provas em que te vejas, já que te reconheces passando pela Terra, a caminho da Vida Maior.

        Louva, agradece, abençoa e serve sempre.

        E não nos esqueçamos de que as nossas realizações constituem a nossa própria bagagem, onde estivermos, e nem olvidemos que das parcelas de tudo aquilo que doamos ou fazemos na Terra, teremos a justa equação na Vida Espiritual.

 Livro: Calma
Emmanuel  & Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ação e Reação

          É fora de dúvida que toda ação desencadeia uma reação: Se a ação for boa, a reação será positiva; porém, se a ação for má, a reação será negativa. O próprio Jesus disse que não se colhe uvas de espinheiros; um grande instrutor ensinou que a semeadura é livre, porém a colheita é obrigatória. Nós, os cristãos, acreditamos que a vida é um Grande Campo e compete a nós cultivá-lo com sementes de boa qualidade.

          Certa ocasião Jesus disse aos Seus discípulos que "a seara é grande, mas os trabalhadores são poucos". Segundo o dicionário, "seara" é "extensão de terra semeada, cultivada"; todos nós somos semeadores e colheremos segundo a qualidade da semente que plantamos. Nossos atos, emoções, palavras e pensamentos são as sementes, e da qualidade dessas sementes depende nossa felicidade na Terra e depois desta vida.

          Quando Jesus afirmou que "os trabalhadores são poucos", certamente Ele se referia a semeadores conscientes que semeiam a boa semente e constroem o reino de Deus na Terra (e em seus próprios corações).

          Portanto, se a tua colheita de hoje te causa dissabores e sofrimentos, tome cuidado com o tipo de semente que você está lançando no campo da tua vida!

          Faça ainda hoje uma auto-crítica e programe sua reforma moral, selecionando, desta forma, as sementes do teu campo. E lembre-se: Sua felicidade presente e futura depende apenas e tão somente de você.

sábado, 16 de abril de 2011


Aborto - Visão Espírita


A Doutrina Espírita trata clara e objetivamente a respeito do aborto, na questão 358 de sua obra básica O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec:

Pergunta - Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação?

Resposta - Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. A mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando.

Sobre os direitos do ser humano, foi categórica a resposta dos Espíritos a Allan kardec na questão 880 de O Livro dos Espíritos:

Pergunta - Qual o primeiro de todos os direitos naturais do homem?

Resposta - O de viver. Por isso é que ninguém tem o de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal.

Para a doutrina espírita, está claramente definida a ocasião em que o ser espiritual se insere na estrutura celular, iniciando a vida biológica com todas as suas conseqüências. Na questão 344 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec indaga aos Espíritos Superiores:

Pergunta - Em que momento a alma se une ao corpo?

Resposta - A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até o instante em que a criança vê a luz. O grito que o recém-nascido solta, anuncia que ela se conta no mundo dos vivos e dos servos de Deus.

As ciências contemporâneas, por meio de diversas contribuições, vêm confirmando a visão espírita acerca do momento em que a vida humana se inicia. A doutrina espírita firma essa certeza definitiva, estabelecendo uma ponte entre o mundo físico e o mundo espiritual, quando oferece registros de que o ser é preexistente á concepção, bem como sobrevivente à morte biológica.

A tese da reencarnação que o Espiritismo apresenta como eixo fundamental para se compreender a vida e o homem em toda sua amplitude, hoje é objeto de estudo de outras disciplinas do conhecimento humano que, através de evidências científicas, confirmam a síntese filosófica do Espiritismo: Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei.

O que não é o espiritismo

Existe uma enorme confusão a respeito do que é ou não é Espiritismo. Muitas pessoas quando ouvem falar em Espiritismo confundem com coisas que não têm absolutamente nada a ver. Pensam que as tais "mulheres de virtudes", cartomantes ou videntes são espíritas. Chegam até a pensar que são espíritas, também, certas pessoas que distribuem panfletos pelas ruas prometendo resolver problemas, desde ganhar no euromilhões até conseguir casamentos, com consultas pagas.
Li uma vez em um site anti-espírita: "O Espiritismo que hoje se expande no Brasil e no mundo nada mais é do que a continuação da necromancia e do ocultismo praticados pelos povos antigos". Muitas vezes também o Espiritismo é associado a magia, feitiçaria, etc.
Visando ajudar àqueles que não conhecem o Espiritismo, mostraremos abaixo algumas coisas que NÃO DEVEM SER ENCONTRADAS EM UMA CASA ESPÍRITA VERDADEIRA:
Explanações e orações ao som de batuques, atabaques, etc: o Espiritismo não utiliza instrumentos musicais para exortar o público ou evocar Espíritos. Não há o uso de qualquer instrumento durante os trabalhos.
Trajes Especiais: o Espiritismo não tem roupas especiais para os dias de trabalhos ou mesmo no dia-a-dia das seus adeptos. Enfeites, amuletos, colares, vestimentas com cores que significariam o bem (branca) ou o mal (negra, vermelha) não têm fundamento para o espírita.
Presença de rituais como: ajoelhar-se frente a algo ou alguém, beijar a mão ou louvar os responsáveis pela casa, benzer-se, sentar-se no chão ou ficar levantando e sentando durante os trabalhos, proferir determinadas palavras (mantras) para evocar os Espíritos. Nas sedes dos verdadeiros centros espíritas não são encontradas imagens de santos ou personalidades do movimento espírita, amuletos de sorte, figuras que afastam ou atraem maus Espíritos, incensos, velas e tudo o mais que seja material e que teoricamente serviria de ligação com o mundo espiritual.
Sacrifícios de Animais: o local que possui este tipo de prática ou decoração não é espírita. O Espiritismo é contrário a qualquer tipo de sacrifício animal. Espíritos que pedem este tipo de atividade são Espíritos atrasados, ignorantes da Lei de Deus e muitas vezes maléficos, que podem prejudicar a vida de quem dá ouvidos aos seus baixos desejos.
Comunicação de Espíritos em público: a Doutrina Espírita é contrária a este tipo de manifestação, cercada geralmente de curiosidades e interesses materiais, ao invés do bom senso que deve permear toda comunicação espiritual. Há locais em que os médiuns recebem seus "guias" ou "Espíritos protetores", teoricamente responsáveis pelo funcionamento da casa, e orientam os consulentes sobre qualquer tipo de dúvida. Muitas vezes, as respostas dadas por este tipo de Espírito não têm base científica ou doutrinária alguma, seguindo apenas seu próprio conhecimento, que pode ser limitado. Em vários destes lugares em que há a manifestação pública, as entidades espirituais são servidas de fumo, bebida, comida, ingeridas pelo médium incorporado. Com isso, mostram a limitação destes Espíritos, ainda muito apegados aos vícios e prazeres materiais.
Desenvolvimento mediúnico forçado: se ao chegar em um ambiente espiritualista lhe afirmarem que sua mediunidade "precisa" ser desenvolvida, caso contrário você sofrerá as consequências materiais e espirituais; sua vida será um transtorno; que os Espíritos estão lhe chamando para o trabalho; que esta é a sua missão; com certeza este não é um local que segue a Doutrina Espírita. Há seitas e religiões afro-brasileiras que obrigam a pessoa a desenvolver-se mediunicamente e depois as ameaçam com terríveis problemas futuros se elas deixarem de "trabalhar". Isto gera angústia, medo e desespero nos envolvidos, que geralmente acabam vítimas de graves obsessões (influência maléfica persistente de um Espírito atrasado sobre outro ser). Cuidado!
Promessas de cura: qualquer lugar que prometa a cura de problemas espirituais ou materiais, sem levar em consideração os fatores já citados, não é um local espírita. Condicionar uma cura à frequência exclusiva naquele ambiente, ao pagamento de dinheiro ou bens materiais, ou mesmo à "força da casa" não tem base no Espiritismo e foge do bom senso que regula as leis de Deus. Estas, não podem ser modificadas de acordo com nossa vontade. Por isso, prometer algo que não depende apenas de nós mesmos beira a irresponsabilidade e pode levar a pessoa desesperada ao desequilíbrio total ou à descrença em Deus.
Cobrança pela ajuda espiritual: todo local que cobra dinheiro, favores ou exige qualquer coisa ou favor material devido à ajuda espiritual prestada não é um centro espírita. A cobrança financeira é própria de pessoas que vivem da exploração da crença alheia, contrariando os ensinos de Jesus. Há seitas que pedem dinheiro aos seus assistidos afirmando que será usado para o feitio de trabalhos espirituais, como a compra de velas, comida, roupas e coisas do gênero. Isso não é Espiritismo. Espíritos que se prestam a fazer serviços espirituais em troca de coisas materiais são entidades atrasadas, que nada de bom podem trazer aos que os procuram.Não podemos comprar a paz de espírito e tranquilidade que buscamos, é isto que prega a Doutrina Espírita. Se não for esta a orientação do local, com certeza não é um ambiente espírita.
fonte:
http://www.oconsoladorprometido.blogspot.com/

Prece de Gratidão

Senhor Jesus, muito obrigada!
Pelo ar que nos dá,
pelo pão que nos deste,
pela roupa que nos veste,
pela alegria que possuímos,
por tudo de que nos nutrimos.
Muito obrigada, pela beleza da paisagem,
pelas aves que voam no céu de anil,
pelas Tuas dádivas mil!
Muito obrigada, Senhor!
Pelos olhos que temos...
olhos que vêem o céu, que vêem a terra e o mar,
que contemplam toda beleza!
Olhos que se iluminam de amor
ante o majestoso festival de cor
da generosa Natureza!
E os que perderam a visão ?
Deixa-me rogar por eles
Ao Teu nobre Coração!
Eu sei que depois desta vida,
além da morte,
voltarão a ver com alegria incontida...
Muito obrigada pelos ouvidos meus,
pelos ouvidos que me foram dados por Deus.
Obrigado, Senhor, porque posso escutar
o Teu nome sublime, e, assim, posso amar.
Obrigada pelos ouvidos que registram:
a sinfonia da vida,
no trabalho, na dor, na lida...
o gemido e o canto do vento nos galhos do olmeiro,
as lágrimas doridas do mundo inteiro
e a voz longínqua do cancioneiro...
E os que perderam a faculdade de escutar ?
Deixa-me por eles rogar...
Eu sei que no Teu Reino voltarão a sonhar.
Obrigada, Senhor, pela minha voz.
Mas também pela voz que ama,
pela voz que canta,
pela voz que ajuda,
pela voz que socorre,
pela voz que ensina,
pela voz que ilumina...
E pela voz que fala de amor,
obrigada, Senhor!
Recordo-me, sofrendo, daqueles
que perderam o dom de falar
e o teu nome sequer podem pronunciar!...
Os que vivem atormentados na afasia
e não podem cantar nem à noite, nem ao dia...
Eu suplico por eles,
Sabendo que mais tarde,
no Teu Reino, voltarão a falar.
Obrigada, Senhor, por estas mãos, que são minhas
alavancas da ação, do progresso, da redenção.
Agradeço pelas mãos que acenam adeuses,
pelas mãos que fazem ternura,
e que socorrem na amargura;
pelas mãos que acarinham,
pelas mãos que elaboram as leis
e pelas que as feridas cicatrizam
retificando as carnes partidas,
a fim de diminuírem as dores de muitas vidas!
Pelas mãos que trabalham o solo,
que amparam o sofrimento e estancam lágrimas,
pelas mãos que ajudam os que sofrem,
os que padecem...
Pelas mãos que brilham nestes traços,
como estrelas sublimes fulgindo nos meus braços!
...E pelos pés que me levam a marchar,
ereto, firme a caminhar,
pés da renúncia que seguem
humildes e nobres sem reclamar.
E os que estão amputados, os aleijados,
os feridos e os deformados,
os que estão retidos na expiação
por crimes praticados noutra encarnação.
Eu rogo por eles e posso afirmar
que no Teu Reino, após a lida
desta dolorosa vida,
poderão bailar
e em transportes sublimes com os seus braços
também afagar
Sei que lá tudo é possível
quando Tu queres ofertar,
mesmo o que na Terra parece incrível!
Obrigado, Senhor, pelo meu lar,
o recanto de paz ou escola de amor,
a mansão de glória
ou pequeno quartinho,
o palácio ou tapera, o tugúrio ou a casa de miséria!
Obrigada, Senhor, pelo amor que eu tenho e
pelo lar que é meu...
Mas, se eu sequer
nem um lar tiver
ou teto amigo para me abrigar
nem outra coisa para me confortar,
se eu não possuir nada,
senão as estradas e as estrelas do céu,
como sendo o leito de repouso e o suave lençol,
e ao meu lado ninguém existir: vivendo e
chorando sozinho, ao léu...
Sem um alguém para me consolar
direi, cantarei, ainda:
Obrigada, Senhor,
porque Te amo e sei que me amas,
porque me deste a vida
jovial, alegre, por Teu amor favorecida...
Obrigada, Senhor, porque nasci,
Obrigada, porque Creio em Ti.
...E porque me socorres com amor,
Hoje e sempre,
Obrigada, Senhor!

Amélia Rodrigues- Divaldo Pereira Franco

sexta-feira, 15 de abril de 2011

como a alma se liberta durante o sono?

Emancipação da alma durante o sono
Baseado no Livro dos Espíritos

413. Do princípio de emancipação da alma durante o sono parece resultar que temos, simultaneamente, duas existências: a do corpo, que nos dá a vida de relação exterior, e a da alma, que nos dá a vida de relação oculta. É isso exato?

— No estado de emancipação a vida do corpo cede lugar à da alma, mas não existem, propriamente falando, duas existências; são antes duas fases da mesma existência, porque o homem não vive de maneira dupla.

414. Duas pessoas que se conhecem podem visitar-se durante o sono?

- Sim, e muitas outras que pensam não se conhecerem se encontram e conversam. Podes ter, sem que o suspeites, amigos em outro país. O fato de visitardes, durante o sono, amigo, parentes, conhecidos, pessoas que vos podem ser úteis, é tão freqüente que o realizais quase todas as noites.

415. Qual pode ser a utilidade dessas visitas noturnas, se não as recordamos?

— Ordinariamente, ao despertar, resta uma intuição que é quase sempre a origem de certas idéias que surgem espontaneamente, sem que se possa explicá-las, e não são mais que as idéias hauridas naqueles colóquios.

416.0 homem pode provocar voluntariamente as visitas espíritas? Pode, por exemplo, dizer ao adormecer: “Esta noite quero encontrar-me em espírito com tal pessoa; falar-lhe e dizer-lhe tal coisa?”

— Eis o que se passa: o homem dorme, seu Espírito desperta, e o que o homem havia resolvido o Espírito está, muitas vezes, bem longe de o seguir, porque a vida do homem interessa pouco ao Espírito, quando ele se liberta da matéria. Isto para os homens já bastante elevados, pois os outros passam de maneira inteiramente diversa a sua existência espiritual: entregam-se às paixões ou permanecem em inatividade. Pode acontecer, portanto, que, segundo o motivo que se propôs, o Espírito vá visitar as pessoas que deseja: mas o fato de o haver desejado quando em vigília não é razão para que o faça.

417. Certo número de Espíritos encarnados pode então se reunir e formar uma assembléia?

— Sem nenhuma dúvida. Os laços de amizade, antigos ou novos, reúnem assim, freqüentemente, diversos Espíritos que se sentem felizes de se encontrar.

Comentário de Kardec: Pela palavra “antigos” é necessário entender os laços de amizade contraídos em existências anteriores. Trazemos ao acordar uma intuição das idéias que haurimos nesses colóquios ocultos, mas ignoramos a fonte.

418. Uma pessoa que julgasse morto um de seus amigos, que na realidade não o estivesse, poderia encontrar-se com ele em espírito e saber, assim, que continuava vivo? Poderia, nesse caso, ter uma intuição ao acordar?

— Como Espírito pode certamente vê-lo e saber como está. Se não lhe foi imposto como prova acreditar na morte do amigo, terá um pressentimento de que ele vive, como poderá ter o de sua morte.

Anjo guardião-Raul Teixeira

"Licenciado em Física pela Universidade Federal Fluminense, Doutor em Educação pela UNESP - Universidade Estadual Paulista - e Professor na citada Universidade Federal Fluminense, nosso entrevistado é sobejamente conhecido do movimento espírita nacional e internacional. Já esteve em 37 países em atividades de divulgação da Doutrina Espírita; tem 23 livros publicados, ditados por diversos espíritos, sendo 3 deles já traduzidos para o espanhol e é um dos mais requisitados oradores espíritas no Brasil e exterior, pois seu verbo fácil e lúcido é garantia de impecável transmissão dos postulados doutrinários do Espiritismo. Lidera igualmente um trabalho assistencial a crianças socialmente carentes e seus familiares, através da Sociedade Espírita Fraternidade - conhecida como SEF (em Niterói-RJ) -, que mantém o Remanso Fraterno, departamento que desenvolve aquela atividade, e a Editora Frater que edita seus livros.

‘Em entrevista à Revista Espírita Allan Kardec, o Orador Espírita Raul Teixeira fala sobre os Anjos, que aqui transcrevemos:

P: - É ponto pacífico em todas as religiões, que todo indivíduo tem um espírito protetor ou "anjo da guarda" que o acompanha durante toda a vida. Esse espírito fica sempre junto do seu protegido ou sua atuação se faz à distância?

R: - Esse Anjo da Guarda estará sempre junto ao seu protegido, sem que esse "estar junto" seja entendido física ou geograficamente. Mesmo que se encontre à distância do protegido o Anjo Guardião estará "perto", desde que o seu tutelado se mantenha psiquicamente a ele vinculado. Isso nos permite dizer que a atuação do Guardião pode fazer-se estando próxima ou distante, fisicamente, do seu protegido.

P: - A chamada "Voz da Consciência" é a voz desse espírito protetor?

R: - A voz da consciência, geralmente, se refere à presença das leis divinas em nossa intimidade, agindo na condição do implacável juiz que nos aplaude quando acertamos e que nos admoesta quando erramos. Entretanto, em muitas ocasiões, a inspiração superior dos nossos Guardiões pode-se apresentar como verdadeira voz da consciência, principalmente quando nos vem advertir quanto a situações comprometedoras ou, ainda, quando nos sugere realizações importantes para a nossa jornada de evolução.

P: - Ele tem recursos para evitar ou provocar acidentes ou enfermidades, com o objetivo de proteger seu pupilo de um mal maior?

R: - Quanto mais evoluídos são os Espíritos, de mais recursos dispõem para conduzir os seus tutelados para uma ou outra situação, sempre atentos às necessidades e aos méritos dos seus pupilos, principalmente quando essas necessidades e esses méritos tenham o poder de interferir positivamente no processo evolucional dos indivíduos.

P: - Quais são os recursos que ele adota para desviar seu protegido dos vícios, das paixões e demais prejuízos espirituais?

R: - Pode ele inspirar, mobilizar situações sociais em torno dos seus tutelados. Pode lançar mão de fluidos diversos, de energias variadas, que tenham a possibilidade de agir nas células, nos órgãos, no psiquismo. Entretanto todas essas providências estão sempre associadas à "lei do mérito”.

P: - Esgotados esses recursos ele se afasta deixando o pupilo entregue a sua própria sorte?

R: - Consciente como é de que não deverá impor ao seu tutelado, aquilo que este não queira, entrega-o ao próprio livre arbítrio, quando, então, se vinculará às faixas vibratórias que deseje, até o momento do arrependimento e do "retorno" aos bons climas espirituais.

P: - Diz-se que o espírito Ismael é o guia espiritual do Brasil. Todas as nações têm a proteção de um espírito hierarquicamente superior aos demais que a compõem?

R: - Indubitavelmente.

P: - Quando duas ou mais nações estão em conflito, como fica o relacionamento dos respectivos espíritos protetores?

R: - Os nobres Guias das nações estão acima das perturbações dos seus povos, do mesmo modo que pais maduros e conscientes não permitem qualquer problema em seu relacionamento, quando seus filhos, meninos e irresponsáveis, imaturos e inexperientes, se engalfinhem, se agridam pelos campos onde se desenvolvem. Para os excelsos mentores, o serviço prestado a Jesus, em cuidando de largas faixas do Seu rebanho ainda inferiorizado, constitui-se em grande honra e estão sempre mobilizando providências para que se estabeleça a paz; o entendimento e a fraternidade entre as nações.

P: - Emmanuel é o espírito protetor de Chico Xavier. Comenta-se que, após a desencarnação de Chico, Emmanuel reencarnará e as posições se inverterão. O que você acha dessa hipótese?

R: - Como hipótese é bastante interessante. Faltam-me, contudo, melhores elementos para uma avaliação mais significativa.

P: - Os médiuns que trazem um "mandato mediúnico" possuem, além do espírito protetor, um espírito que coordena suas atividades mediúnicas? No seu caso, qual a posição de Camilo?

R: - Admitamos um empresário que deve dar conta de um certo projeto, e que, para isso, dispõe de uma equipe de servidores sob sua condução. O Anjo Guardião de ninguém com tamanha responsabilidade perante a existência, com certeza terá um grupo de outras entidades atendendo aos variados setores desse "projeto mediúnico".
Quando o Benfeitor Camilo apresentou-se claramente às minhas percepções, falando-me dos sérios compromissos nossos para com Jesus, já eu vinha, desde muito tempo, sendo "trabalhado", sendo exercitado em meus labores mediúnicos por outras entidades amigas que, no devido tempo, se afastaram da ação direta, afirmando que tinham cumprido o seu papel junto àquela etapa do meu desenvolvimento geral. Assim, até onde posso alcançar, o espírito Camilo é o querido Guardião, ensinando-me a viver melhor, a errar menos, enquanto me enterneço e prossigo nos labores do Sublimado Anjo Guardião do planeta, que é o amado Jesus Cristo.

P: - Para finalizar, gostaria de acrescentar mais alguma informação ou comentário sobre o assunto para os nossos leitores?

R: - Quero dizer aos nossos amigos, leitores dessa notável Revista Espírita Allan Kardec, sobre a beleza da nossa existência atual na Terra, perante esse amontoado de dificuldades e de tormentos que tem caracterizado o mundo, em fase,de transição. Quero dizer que todos somos muito felizes, mas muito felizes mesmo, tendo em vista que o Criador nos está presenteando com a chance de demonstrarmos o aprendizado de tantos imortais valores, exatamente nessa época de compreensíveis alucinações do "homem-velho", nos estertores finais de um período inferior.

Assim, que nenhum de nós se rebele. Que ninguém assimile esses tóxicos do desalento, mas que avancemos destemerosos oferecendo a. Jesus o que tivemos de melhor em nós e ao nosso alcance. Quem puder escrever sobre o bem, que escreva. Quem puder falar o bem, que o fale. Quem puder cantar a mensagem do bem, que distenda sua voz. Os que souberem encenar, que ponham a arte cênica para louvar o amor e o bem, impregnando com beleza as mentes e os corações. Quem souber ensinar, compreender, perdoar, quem souber alegrar, elevar, fazer, sorrir; quem for capaz de amar, em qualquer nível, pois que ame, não se negue, não se omita. É esse o nosso momento de semear felicidade e luz. Não importa que sejamos muito moços ou muito idosos, não nos importem as dificuldades materiais passageiras. Que cada um de nós ofereça, para o Grande Banquete, o que tivermos de melhor, porque o nosso melhor tempo é o tempo presente. 

               

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Divaldo Franco e o Padre

Certa vez, fui a um padre confessar (antes de tornar-me espírita). Contei-lhe sobre minhas comunicações com os mortos. Para ele eram forças demoníacas tentando me afastar da Igreja. Veio-me uma mágoa de Deus e comecei a questionar:
- Sou um bom católico, bom sacristão, adoro a Igreja, faço jejum, passo a semana da Páscoa sem comer até o meio-dia. Se Deus não pode com o diabo, eu vou agüentar? O diabo vai me vencer. Como um garoto de 17 anos, do interior, ingênuo, pode vencer o diabo se nem Deus consegue?
Entrei em depressão e fiquei com mágoa de Deus. Confessei-me ao padre:
- Eu vou me matar. Nossa Senhora do Carmo vai ter pena de mim, vai me colocar o escapulário e me tirar do inferno.
Ele me olhou demoradamente e respondeu:
- Não tome nenhuma atitude agora. O demônio às vezes nos perturba para testar a nossa fé; quando não consegue, abandona. Volte para a Igreja.
Era um homem honesto, acreditava piamente em suas idéias.
Um dia, ao confessar-me a ele, vi aproximar-se um Espírito. Tive outro conflito:
- Como pode o diabo entrar na sacristia?
Aliás eu via sempre os Espíritos. no momento da eucaristia a hóstia tornava-se luminosa quando colocada na minha boca. Às vezes, em Feira de Santana, via o cônego Mário Pessoa aureolado. No meu entendimento (católico), ele era um santo. As pessoas na hora da fé se iluminavam e eu julgava tudo alucinação.
Quando o Espírito entrou, exclamei:
- Olha, o diabo está vindo, e é mulher!
- Você vê algum sinal particular no rosto dela? - indagou-me o padre.
- Vejo uma verruga acima do lábio.
- E o que mais?
- O cabelo está partido ao meio, penteado com um coque atrás.
- E o que mais?
- Vejo um xale sobre os ombros, com pontas, um xale negro de xadrez.
- Pode ficar tranqüilo, é mamãe.
Ela "incorporou" e conversou com o padre. Quando despertei, ele me esclareceu:
- Divaldo, mamãe veio me alertar. A sua missão não é aqui, vá seguir a tarefa que Deus lhe confiou, porque o bem está em todo lugar.
Fiquei mais tumultuado, porque eu não era espírita, tinha medo, sentia-me de certo modo alijado da Igreja, mas continuava a frequentá-la e ao Centro Espírita.
Tinha conflitos de fé, principalmente quando morreu minha irmã, por suicídio. Mamãe foi encomendar missa a esse mesmo sacerdote, um homem bom, e ouviu dele:
- Dona Ana, não posso celebrar, porque o suicida está no inferno e Deus não o tira de lá.
Foi quando aprendi a primeira lição de lógica e de psiquiatria, com uma mulher iletrada - a minha mãe:
- Padre, então eu renego o seu Deus. Se Ele não é capaz de perdoar não é digno de ser Deus. Sou lavadeira modesta e analfabeta, mas a filha que perdi, eu a perdôo; como é que Deus, que a tem, não a perdoa? Digo mais, quem se mata não está no seu juízo.
Mais tarde eu viria saber que muitos portadores de psicose maníoco-depressiva PMD, vão ao suicídio.
Aprendi muito com esse homem, com mamãe, e quando eu lhe disse que não iria mais à igreja, ela me respondeu:
- Deus está em todo lugar. Se você for justo e agir com retidão, Ele estará com você. Faça o bem, meu filho, porque a verdadeira religião é aliviar o sofrimento alheio.
A partir desse acontecimento integrei-me lentamente ao Espiritismo.

Divaldo Franco