sábado, 30 de abril de 2011

O Hábito da Oração

        No momento quando nossa mente silencie das torpezas, a partir do instante em que procuremos a quietude com Deus e, estabeleçamos um vínculo de amor com a divindade, nossa vida será um ato de oração. Então, os tormentos de fora não nos perturbarão. O vozerio, os clamores das perturbações em volta não lograrão atingir-nos.
        Chegamos a um momento de desaires e de angústias por imprevidência, nada obstante saibamos das recomendações do Mestre, ainda preferimos o tumulto. Há necessidade imperiosa, meus filhos, de nos aquietarmos para que o Senhor possa falar no adito dos nossos corações aquilo que nos pode servir de diretriz para segurança pessoal. Tornasse-nos indispensável a perfeita identificação com o Pai através da oração.
        Alguém se tornou adversário infeliz da nossa existência? Oremos por ele porque perdeu a direção de si mesmo.
        A calúnia foi atirada à nossa frente para embaraçar os nossos pés? Oremos suplicando ao Senhor da Vida que ilumine o caluniador e dê-nos resistência para superar a circunstância desagradável.
        A traição cavou um abismo e nos empurra com o sorriso dos indiferentes? Oremos ainda aí em favor do companheiro equivocado suplicando forças para não tombarmos na sua cilada.
        Orar é abrir a alma para Deus esvaziando-a das paixões, dos limites e das fixações negativas para que Deus preencha esse espaço com plenitude.
        Fostes honrados com a dádiva do conhecimento espírita; dialogais com aqueles que vos precederam na viagem de volta à grande família; sabeis que não cai uma folha da árvore, ou um fio de cabelo das vossas cabeças que não seja pela vontade do Pai, graças às suas Leis.
        Tende coragem! O infortúnio é um acidente de percurso em vossa viagem de evolução. O sofrimento é uma experiência para avaliação das conquistas espirituais de que sois portadores. A carência afetiva, a solidão, constitui um resgate imperioso do mau uso da afetividade que foi conspurcada.
        Em qualquer situação tendes a claridade da lei de Causa e Efeito para entenderdes, mas dispondes da oração para em comunhão com Deus, superardes os impedimentos nas dificuldades. Não vos desespereis. Nunca estareis sós.
        Podereis isolar-vos, mas o Pai não vos deixará sem a Sua presença.
        Podereis fugir do suave convívio, mas Ele através das imarcescíveis leis espera-vos um pouco adiante.
        Enxugai então o suor do desespero, as lágrimas da aflição e buscai a resignação da confiança, orando porque através da oração atingireis a meta que buscais - a paz interior que D’Ele dimana.
        São momentos cruciais mesmos os escolhidos correm perigo nesse momento de grande seleção. Tendes tento e porfiai até o fim. Não vos considereis exitosos antes de encerrada a experiência carnal. Muitas vezes, uma viagem não se conclui porque na etapa final há um abismo sem ponte. Esperai por Deus, pela glorificação depois da mortificação.
        Que o Senhor nos abençoe e, que Sua paz siga conosco e os leve aos vossos lares em clima de harmonia.
        São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre.
Recebida em Palestra no Grupo Espírita André Luiz em 12.08.2004
Bezerra de Menezes & Divaldo P. Franco

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