sexta-feira, 31 de maio de 2013

Reencarnação de suicidas

Portal Espiritual

O processo reencarnatório é sempre complexo e fruto de minucioso planejamento. Ao tomarmos conhecimento do nascimento de um novo habitante da superfície terrestre devemos ter a consciência do enorme esforço engendrado não só no plano material, mas também no invisível, para que esse “milagre” seja uma realidade.
As crianças nos demonstram concretamente a confiança de Deus nos seres humanos. Elas são a prova da misericórdia Divina que nos resgata incansavelmente das trevas e suplícios em que nos afogamos repetida e propositadamente.
E, essa mesma misericórdia é a fonte que nos ilumina com a luz morna do dia, que nos invade os olhos infantis curiosos, quando os abrimos pela primeira vez no mundo físico.
Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo;
a tua vara e o teu cajado me consolam. Salmos 23:4
Apesar de um longo e penoso trânsito pela erraticidade os espíritos vítimas de si mesmos, geralmente, não têm condições de presidir a construção de um corpo físico saudável durante seu processo reencarnatório.
A disposição integral dos recursos intelectuais e físicos, amealhados preteritamente por aqueles filhos de Deus, pode ser necessária ao completo êxito de sua missão terrena. Por isso, a espiritualidade responsável por esses pacientes se empenha no tratamento das suas mazelas, através da medicina astral, mesmo quando são frutos da imprudência e do orgulho.
Assim, eles poderão chegar um pouco melhores à terra, e então, terão, por sua vez, a magnífica oportunidade de retribuir ao Criador tamanha benção, colaborando com seus contemporâneos em seu progresso como cidadãos.
Uma das causas mais freqüentes de debilidade e deformidade do corpo espiritual é a desagregação energética induzida pelo auto-extermínio. As lesões do corpo espiritual são ainda mais severas do que aquelas que desvitalizaram o corpo físico. Não atingem apenas o sistema mental do desencarnado, toda a complexa estrutura perispiritual é comprometida.
Sua delica da tessitura é impregnada pelas energias deletérias que causaram, primariamente, o auto-extermínio e por aquelas que se originaram dele. Os componentes unitários do tormento com que se deparam os suicidas são: Dores intensas, de teor moral e físico, acrescidas do desespero de se encontrar vivo após a morte, revolvidas com o cimento da culpa.
Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes. Mateus 25:30
E sentindo-se servos inúteis reconhecem a justiça de seu tormento imediatamente após o desenlace traumático do corpo físico. Entretanto, a falta de equilíbrio que os caracterizou em vida, os persegue no além túmulo. Crises subintrantes de arrependimento e desespero se sucedem, como se fossem continuar indefinidamente.
Não dispõem de recursos íntimos para atenuarem esse estado de dentro para fora. A prece é impronunciável para eles, sem que entendam o porquê dessa afasia seletiva. É, na realidade, a autopunição que se segue à culpa demolidora.
Querem, e cultivam a dor por ilusão da purificação. Assim o fizeram por milênios e, assim, se conduzem quase que reflexamente.
Interromper esse processo depende de uma fagulha de esperança em seus corações petrificados. Fagulha insignificante, mas perceptível aos benfeitores do além, que nesse momento crítico, de olhar hesitante e frágil voltado para os céus, os acodem e recolhem às instituições caridosas do invisível.
Esse é apenas o primeiro passo em direção á reencarnação libertadora e reconstrutora. Muitos serão necessários.
Os abnegados servidores do cristo que os acolheram, oferecem a eles os medicamentos espirituais mais avançados. Todos eles repletos de um principio ativo que se habituaram a negligenciar em suas numerosas existências físicas pregressas.
É o amor temperado com energias de diferentes ordens, mas também sublimes e retificadoras em sua essência.
Os amigos encarnados atuam expressivamente nesse processo, fornecendo a matéria mais densa para que os cirurgiões do espaço refaçam a delicada anatomia do corpo astral desses pobres desvalidos.
Suturas, drenagens, condutoplastias, inúmeros procedimentos são executados para a melhor recuperação possível de pacientes tão especiais.
Uma vez que se encontrem anatomicamente recuperados (relativamente) serão guiados aos estudos. Não é um processo rápido. A formação de que necessitam é longa, didática e transformadora.
Nas aterradoras crises de confiança são restabelecidos pela doação de energia salutar dos seus colegas em melhores condições.
Começam a se doar uns aos outros, aos próximos bem próximos. Em um momento socorrem e no seguinte são socorridos. Estão ainda em uma montanha russa íntima. No seu ápice acumulam forças para enfrentarem os vales.
Aos poucos estudam suas existências anteriores e os motivos que os levaram ao desespero. Isso é oferecido a eles de uma forma tal que possam se distanciar o suficiente para que entendam e relembrem da dor, sem serem cegados e confundidos por ela.
Com esse método podem identificar mecanismos de defesa impróprios e padrões de comportamento com tendência à recorrência.
Quando conseguem elaborar, ou melhor, metabolizar seu passado são transferidos às escolas gerais. Necessitam do convívio com todos os outros espíritos. Nesta fase já podem ajudar necessitados de outros matizes.
Trabalham em funções diversas, sempre iniciando pelas mais simples. São felizes por terem a oportunidade de realizar pequenas obras. Não são cobrados para erigirem grandes monumentos, pois para muitos deles o orgulho e o poder foram a passarela condutora à derrocada.
Décadas eles despendem nessas escolas, e o tempo todo, são ajudados, escorados, impulsionados pelo amor dos benfeitores espirituais. Muitos são pais, mães, filhos de outras épocas.
A maioria, entretanto, são os seus inimigos do passado, já refeitos dos vícios morais mais limitantes, que hoje agradecem a possibilidade de resgatarem seus débitos cármicos no trabalho junto aos, transitoriamente, mais frágeis.
Ao mesmo tempo em que se recuperam auxiliam no progresso de seus educadores.
O treinamento prossegue, posteriormente, em frentes de trabalho mais densas e perigosas, verdadeiros testes de fidelidade em relação aos exércitos do Cristo. Aprendem a amar o diferente, o ignorante e o demente. Vêem nestes irmãos o reflexo de seu passado recente.
A última fase preparatória para a reencarnação dos antigos suicidas é a elaboração do projeto reencarnatório. Por mais que tenham obtido algum grau de recuperação da anatomia de seu corpo espiritual, as lesões que a essa estrutura foram impostas pela auto-agressão ainda serão máculas indeléveis no plano espiritual.
Mesmo que sejam imperceptíveis aos olhos dos próprios portadores elas carrearão, necessariamente, ao corpo físico as mensagens de alerta de um passado que não deve ser revivido.
Serão limitações congênitas de graus variáveis, doenças crônicas severas com crises intermitentes e curtos períodos de acalmia. Insuficiências orgânicas diversas e possivelmente múltiplas.
Essas doenças graves os açoitarão, na vida física, relembrando-os dos compromissos assumidos e, também, cumprindo o papel de verdadeiros exaustores biológicos na drenagem das energias perniciosas e densas de uma qualidade tal que apenas podem ser expurgadas no trânsito pela matéria.
O amor vivido em sua plenitude os livrará das dores inúteis. Aquelas necessárias foram discutidas durante a sua preparação pré-encarnatória e devem ser vividas resignadamente, mesmo quando extremamente dolorosas. A luta pela vida é o exercício diário necessário para que desenvolvam os meios de evitarem novas quedas.
Os amigos espirituais os acompanharão em toda a sua existência física, oferecerão o suporte e consolo diante das suas fraquezas. E a cada obstáculo que venham a superar, mais fortes se encontrarão.
Não mais suicidas serão, mas, ex-suicidas, dispostos ao trabalho retificador em prol do seu próprio progresso. Serão, também, luzes nos rodapés dos longos e tortuosos corredores da existência infeliz de seus semelhantes, daqueles ainda cegos à luz redentora do Cristo.

Giselle Fachetti Machado

quinta-feira, 30 de maio de 2013

O Processo Desencarnatório

Equipes de Desligamento

Somente alguns espíritos encarnados tem a capacidade de auto-desligamento, ou seja, de desligar os laços que o prendem ao corpo físico.
A grande maioria precisa de ajuda e amparo, pois o processo de desligamento é difícil para nós, que ainda estamos ligados "vibratoriamente" ao planeta.
Por esse motivo existe na espiritualidade equipes especializadas no desligamento. Elas realizam suas tarefas de acordo com o merecimento dos espíritos que estão desencarnando.
O tamanho das equipes é variado e geralmente organizado para amparar grupos de espíritos que desencarnarão em um período específico.
Junto a equipe de desligamento encontram-se os amigos espirituais dessa ou de outras vidas, os familiares, os amigos espirituais de trabalho (no caso de médiuns), etc ..
Mesmo os médiuns que trabalham em casas onde existem mentores experientes nas ledes espirituais, recebem o auxílio da equipe de desligamento.

por Gustavo Martins

quarta-feira, 29 de maio de 2013

A conta da vida

Marcus Moagdibe

Quando Levindo completou vinte e um anos, a Mâezinha recebeu-lhe os amigos festejou a data e solenizou o acontecimento com grande alegria.
No íntimo, no entanto, a bondosa senhora estava triste, preocupada.
O filho, até à maioridade, não tolerava qualquer disciplina. Vivia
ociosamente, desperdiçando o tempo e negando-se ao trabalho. Aprendera as primeiras letras, a preço de muita dedicação materna, e lutava contra todos os planos de ação digna.
Recusava bons conselhos e inclinava-se, francamente, para o desfiladeiro do vício.
Nessa noite, todavia, a abnegada Mãe orou, mais fervorosa, suplicando a jesus o encaminhasse à elevação moral. Confiou-o ao Céu, com lágrimas,convencida de que o Mestre Divino lhe ampararia a vida Jovem.
As orações da devotada criatura foram ouvi-das, no Alto, porque Levindo, logo depois de arrebatado pelas asas do sono, sonhou que era procurado por um  mensageiro espiritual, a exibir largo documento na mão.
Intrigado, o rapaz perguntou-lhe a que devia a surpresa de semelhante visita.
O emissário fitou nele os grandes olhos e respondeu:
— Meu amigo, venho trazer-te a conta dos seres sacrificados, até agora,em teu proveito.
Enquanto o moço arregalava os olhos de assombro, o mensageiro prosseguia:
— Até hoje, para sustentar-te a existência, morreram, aproximadamente,
2.000 aves, 10 bovinos, 50 suínos, 20 carneiros e 3.000 peixes diversos. Nada menos de 60.000 vidas do reino vegetal foram consumidas pela tua,relacionando-se as do arroz, do milho, do feijão, do trigo, das várias raízes e legumes. Em média calculada, bebeste 3.000 litros de leite, gastaste 7.000 ovos e comeste 10.000 frutas. Tens explorado farta-mente as famílias de seres
do ar e das águas, de galinheiros e estábulos, pocilgas e redis. O preço dos teus dias nas hortas e pomares vale por uma devastação. Além disto, não relacionamos aqui os sacrifícios maternos, os recursos e doações de teu pai,os obséquios dos amigos e as atenções dos vários benfeitores que te rodeiam.
Em troca, que fizeste de útil? Não restituiste ainda à Natureza a mínima parcela de teu débito imenso. Acreditas, porventura, que o centro do mundo repousa em tuas necessidades individuais e que viverás sem conta nos domínios da Criação? Produze algo de bom, marcando a tua passagem pela Terra. Lembrate de que a própria erva se encontra em serviço divino. Não permitas que a
ociosidade te paralise o coração e desfigure o espírito!...
O moço, espantado, passou a ver o desfile dos animais que havia
devorado e, sob forte espanto, acordou...
Amanhecera.
O Sol de ouro como que cantava em toda parte um hino glorioso ao
trabalho pacífico.
Levindo escapou da cama, correu até à genitora e exclamou:
— Mãezinha, arranje-me serviço! arranje-me serviço!...
—Oh! meu filho — disse a senhora num transporte de júbilo —, que alegria! como estou contente!... que aconteceu?
E o rapaz, preocupado, informou:
— Nesta noite passada, eu vi a conta da vida.
Daí em diante, converteu-se Levindo num homem honrado e útil.

ALVORADA CRISTÃ
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER- NEIO LÚCIO

O poder da gentileza

Marcos Antonio Teixeira Paulo

Eminente professor negro, interessado em fundar uma escola num bairro pobre,onde centenas de crianças desamparadas cresciam sem o benefício das letras,foi recebido pelo prefeito da cidade que lhe disse imperativamente,depois de ouvir-lhe o plano:
 — A lei e a bondade nem sempre podem estar juntas. Organize uma casa e autorizaremos a providência.
— Mas, doutor, não dispomos de recursos... — considerou o benfeitor dos meninos desprotegidos.
— Que fazer?
—De qualquer modo, cabe-nos amparar os pequenos analfabetos.
O prefeito reparou-lhe demoradamente a figura humilde, fêz um riso escarninho e acrescentou:
—O senhor não pode intervir na administração.
O professor, muito triste, retirou-se e passou a tarde e a noite daquele pensando,pensando...
Domingo, muito cedo, saiu a passear, sob as grandes árvores, na direção de antigo mercado.
Ia comentando, na oração silenciosa:
—Meu Deus, como agir? Não receberemos um pouso para as criancinhas,Senhor?
Absorvido na meditação, atingiu o mercado e entrou.
O movimento era enorme.
Muitas compras. Muita gente.
Certa senhora, de apresentação distinta, aproximou-se dele e tomando-o por servidor vulgar,de mãos desocupadas e cabeça vazia,exclamou:
—Meu velho, venha cá.
O professor acompanhou-a, sem vacilar.
À frente dum saco enorme, em que se amontoavam mais de trinta quilos de verdura,a matrona recomendou:
—Traga-me esta encomenda.
Colocou ele o fardo às costas e seguiu-a.
Caminharam seguramente uns quinhentos metros e penetraram elegante vivenda,onde a senhora voltou a solicitar
— Tenho visitas hoje. Poderá ajudar-me no serviço geral?
—Perfeitamente — respondeu o interpelado —, dê suas ordens.
Ela indicou pequeno pátio e determinou-lhe a preparação de meio metro de lenha para o fogão.
Empunhando o machado, o educador, com esforço, rachou algumas toras.Findo o serviço,foi chamado pararetificar a chaminé.
Consertou-a com sacrifício da própia roupa. Sujo de pó escuro, da cabeça aos pés, recebeu recebeu ordens de buscar um peru assado
 à distância de dois quilômetros. Pôs-se a caminho,trazendo o grande prato em pouco tempo. Logo após, atirou-se à
limpeza de extenso recinto em que se efetuaria lauto almoço.
Nas primeiras horas da tarde, sete pessoas davam entrada no fidalgo
domicílio. Entre elas, relacionava-se o prefeito que anotou a presença do visitante da véspera, apresentado ao seu gabinete por autoridades respeitáveis. Reservadamente, indagou da irmã, que era a dona da casa,quanto ao novo conhecimento, conversando ambos em surdina. 
Ao fim do dia, a matrona distinta e autoritária, com visível desapontamento,
veio ao servo improvisado e pediu o preço dos trabalhos.
— Não pense nisto — respondeu com sinceridade —, tive muito prazer em ser lhe útil.
No dia imediato, contudo, a dama da véspera procurou-o, na casa modesta em que se hospedava e depois de roga-lhe desculpas,anunciou-lhe a concessão de amplo edifíciodestinado a escola que pretendia estabelecer. As crianças usariam o patrimônio á vontade e o prefeito autorizariam a providência com satisfação.
Deixando transparecer nos olhos úmidos a alegria e o reconhecimento que lhe reinavam na alma, o professor agradeceu e beijou-lhe as mãos, respeitoso.
A bondade dele vencera os impedimentos legais.
O exemplo é mais vigoroso que a argumentação.
A gentileza está revestida, em toda parte, de glorioso poder.

Alvorada Cristã
NEIO LÚCIO-Chico Xavier

RENASCER PARA PROGREDIR

Sérgio Ribeiro
A encarnação, ou seja, a ligação temporária da individualidade espiritual a um corpo material é uma disposição estabelecida pela Sabedoria Divina com vistas à nossa felicidade.Com a Doutrina Espírita passamos a dispor de informações mais detalhadas sobre a vida após a morte, aprendendo, então, que os espíritos se aproximam sobretudo em função de sua afinidade, isto é, da semelhança de seus hábitos e objetivos, formando grupamentos relativos homogêneos. 
As obras espíritas descrevem algumas dessas comunidades, cujas características, até certo ponto análogas às que observamos na vida terrena, permitem entendermos como transcorre ali a existência.
Esclarecem os benfeitores espirituais que o que se passa em níveis mais elevados escapa ainda à nossa compreensão pela total falta de analogia entre nossas experiências como encarnados e o que ocorre em tais ambientes. Considerando os benefícios e a proteção de que desfrutam os integrantes de comunidades espirituais que, embora distantes da perfeição, já se voltam para o bem, surge naturalmente à pergunta: não seria melhor permanecer nessa condição? Progredir na espiritualidade, sem a exposição aos riscos e dificuldades da vida material?
Dirigindo essa indagação aos orientadores que ditaram “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec obteve deles a seguinte resposta, simples e incisiva:
“Não, não; estacionar-se-ia e o que se quer é caminhar para Deus”. Não é difícil entendermos o significado das expressões estacionar-se-ia e caminhar para Deus, à luz do conhecimento espírita. Num ambiente como o acima referido realmente minimizam-se os conflitos e potencializam-se as iniciativas para o bem mas o progresso exige que se possa conviver fraterna e proveitosamente com quaisquer pessoas tanto as que estagiam ainda em nível inferior, que precisamos compreender e ajudar, na medida do possível (ao invés de criticá-las e condená-las), quanto as que se adiantam muito a nós em termos de conhecimento e bondade, cujas tarefas precisamos apoiar ao invés de sobrecarregá-las com pedidos de ajuda e orientação sobre questões menores cujo encaminhamento é da nossa exclusiva responsabilidade. A reencarnação proporciona essa aprendizagem, pois desfaz de forma natural a homogeneidade que vivenciamos na espiritualidade, possibilitando a convivência com os tipos mais variados, privando-nos, ainda, temporariamente, da lembrança de nosso passado, evitando assim os constrangimentos decorrentes de erros cometidos, troca de posição social ou encontro com desafetos.
As obras doutrinárias, referindo-se a entidades de nossa condição, são unânimes em frisar sua intenção de retornar à luta material a fim de saldar débitos para com indivíduos ou coletividades, para ajudar determinadas pessoas, para superar tendências negativas, numa palavra: progredir.
Renascer na terra, mesmo em condições difíceis, constitui benção de inestimável valor graças à qual superamos progressivamente o egoísmo e a ignorância das Leis Divinas que ainda nos caracterizam, conscientizando-nos, pouco a pouco, de nossa condição de espíritos imortais, herdeiros da Luz Divina.

“O Livro dos Espíritos” (175 a).

terça-feira, 28 de maio de 2013

Visão espírita da epilepsia

Sérgio Ribeiro

A epilepsia é uma das enfermidades mais antigas da humanidade. Na antiga Babilônia, eram feitas restrições ao casamento de pessoas epilépticas, com o argumento de que eram possuídas pelo demônio. Já na Idade Média, a epilepsia era considerada uma doença mental e contagiosa, visão que persiste nos tempos atuais nas pessoas desinformadas.
Na Bíblia, encontramos a passagem do “menino epiléptico”, narrada por Mateus (17: 14 a 19), na qual Jesus, “tendo ameaçado o demônio, fez com que ele saísse da criança, que foi curada no mesmo instante”. No livro A Gênese, Allan Kardec explica que a “imensa superioridade do Cristo lhe dava tal autoridade sobre os espíritos imperfeitos, chamados então de demônios, que lhe bastava ordenar que se retirassem para que não pudessem resistir a essa injunção”.
Para nós, espíritos em aprendizado, fazer uma desobsessão é mais complexo. Precisamos ter uma ajuda espiritual e muito carinho com nossos semelhantes, pois o verdugo de hoje foi vítima ontem. Para sabermos se o problema é um processo obsessivo ou carma, devemos analisar os tipos de reencarnação: expiação, provação e missão. A expiação é o resgate, por meio da dor, de erros cometidos em outras existências. Pela provação, temos provas voluntariamente solicitadas pelo espírito, as quais, se bem suportadas, resultarão em seu progresso espiritual. A missão é a realização de qualquer tarefa, de pequena ou grande relevância. A Terra pertence à categoria dos mundos de expiação e provas.
A medicina descreve uma crise epiléptica como uma desordem cerebral, causada por descarga elétrica anormal, excessiva e transitória das células nervosas, decorrente de correntes elétricas que são fruto da movimentação iônica através da membrana celular. Existem diversos tipos de crises, como parciais, parciais e completas, generalizadas e tônico-crônicas.

Causas da epilepsia
As causas da epilepsia podem ser desde uma lesão na cabeça como um parto à fórceps. O uso abusivo de álcool e drogas, além de outras doenças neurológicas, também podem gerar a doença. Na maioria dos casos, entretanto, desconhece-se as causas que lhe dão origem. Muitas vezes, o paciente tem as convulsões e os exames realizados dão resultados normais. Divaldo Pereira Franco, no livro Grilhões Partidos, afirma que “mesmo nesses casos, temos que levar em conta os fatores cármicos incidentes para imporem ao devedor o precioso reajuste com as leis divinas, utilizando-se do recurso da enfermidade-resgate, expiação purgadora de elevado benefício para todos nós”.
Vale ressaltar que a medicina terrestre evoluiu, não só porque conta com a cirurgia, que é usada quando o resultado da medicação não foi satisfatório e o médico avalia as possibilidades de sucesso cirúrgico, mas por que os médicos têm se preocupado em adaptar o paciente à vida social e familiar, além da reabilitação aos estudos. Muitas vezes, envolvem vários profissionais de diversas áreas, como psicólogos, terapeutas etc., elucidando o paciente e sua família sobre a importância do uso dos remédios e o apoio dos pais nesta caminhada. Estes, inclusive, com receio das crises epilépticas, acabam dando uma superproteção ao filho, temendo que ele se machuque. Essa proteção é normal, mas deixa o epiléptico dependente dos genitores, tornando-o uma criança isolada e fechada.
Algumas pessoas, sem o devido estudo, alegam que a epilepsia é uma mediunidade que deve se desenvolver. Porém, conforme afirma Divaldo Pereira Franco em Grilhões Partidos, vale ressaltar que “não desconhecemos que toda enfermidade procede do espírito endividado, sendo a terapêutica espiritista de relevante valia. Porém, convém considerar que, antes de qualquer esforço externo, há que se predispor o paciente à renovação íntima intransferível, ao esclarecimento, à educação espiritual, a fim de que se conscientize das responsabilidades que lhe dizem respeito, dando início ao tratamento que melhor lhe convém, partindo de dentro para fora. Posteriormente e só então, far-se-á lícito que participe dos labores significativos do ministério mediúnico, na qualidade de observador, cooperador e instrumento, se for o caso”.
Existem processos perniciosos de obsessão que fazem lembrar um ataque epiléptico devido à igualdade da manifestação. Também com uma gravidade séria, ainda conforme as palavras de Divaldo, “ocorrência mais comum se dá quando o epiléptico sofre a carga obsessiva simultaneamente, graças aos gravames do passado, em que sua antiga vítima se investe da posição de cobrador, complicando-lhe a enfermidade, então com caráter misto”.
Independentemente do fato do epiléptico estar sob um processo obsessivo ou não, é importante a freqüência ao centro espírita para a reforma íntima e para receber aplicação de passes, que é uma transfusão de energias físio-psíquicas. Porém, mesmo com o tratamento espiritual, o epiléptico deve manter controle com a medicina terrestre, com a aplicação de anticonvulsivos, pois cada caso é um caso.

Reforma íntima
Pode-se fazer um tratamento de desobsessão e o inimigo do passado ser doutrinado, mas a dívida persistirá enquanto não for regularizada, como explica Divaldo no livro. “Considerando-se que o devedor se dispõe à renovação, com real propósito de reajustamento íntimo, modificando as paisagens mentais a esforço de leitura salutar, oração e reflexão com trabalho edificante em favor do próximo e de si mesmo, mudam-se-lhe os quadros provacionais e providências relevantes são tomadas pelos mensageiros encarregados de sua reencarnação, alterando-lhe a ficha cármica. Como vê, o homem é o que lhe compraz, o que cultiva”, descreve.
Gostaria de terminar dizendo para as pessoas que têm epilepsia e seus familiares que jamais desanimem, em momento algum, sobretudo nos momentos mais difíceis, onde a doença parece incontrolável. Os pais são o alicerce para o filho epiléptico e este só poderá obter a cura total ou parcial com o apoio dos familiares e muita fé em Deus.
Ao terminar de ler esta matéria, não se preocupe em ficar remoendo na mente sobre os atos que poderia ter feito no pretérito que lhe fizessem voltar com essa enfermidade. Cuide de sua reforma íntima e espiritual, para que, posteriormente, venha a trabalhar em prol dos mais necessitados. Dessa forma, além de se ajudar a evoluir espiritualmente, ajudará também muitas pessoas que virão ao seu socorro.


Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição 14.

O descuido impensado

No orfanato em que trabalhava, Irmã Clara era o ídolo de toda gente pelas virtudes que se adornavam o caráter.Era meiga, devotada, diligente.
Daquela boca educada não saíam más palavras.
Se alguém comentava faltas alheias, vinha solícita, aconselhando:
— Tenhamos compaixão... Inclinava a conversa em favor da benevolência e da paz.
Insuflava em quantos a ouviam o bom ânimo e o amor ao dever.
Além do mais, estimulava, acima de tudo, em todos os circunstantes a boa vontade de trabalhar e servir para o bem.
— Irmã Clara — dizia uma educadora —, tenho necessidade do vestido para o sábado próximo.
Ela, que era a costureira dedicada de todos, respondia, contente:
— Trabalharemos até mais tarde. A peça ficará pronta.
— Irmã — intervinha uma das criadas —, e o avental?
— Amanhã será entregue — dizia Clara, sorrindo.
Em todas as atividades, mostrava-se a desvelada criatura qual anjo de bondade e paciência.
Invariavelmente rodeada de novelos de linha, respirava entre a agulha e a máquina de costurar.
Nas horas da prece, demorava-se longamente contrita na oração.
Com a passagem do tempo, tornava-se cada vez mais respeitada. Seus pareceres eram procurados com interesses.
Transformara-se em admirável autoridade da vida cristã.
Em verdade, porém, fazia por merecer as considerações de que era
cercada.Amparava sem alarde.
Auxiliava sem preocupação de recompensa.
Sabia ser bondosa, sem humilhar a ninguém com demonstrações de
superioridade.
Rolaram os anos, como sempre, e chegou o dia em que a morte a conduziu para a vida espiritual.
Na Terra, o corpo da inesquecível benfeitora foi rodeado de flores e
bênçãos, homenagens e cânticos e sua alma subiu, gloriosamente, para o Céu.
Um anjo recebeu-a, carinhoso e alegre, à entrada.
Cumprimentou-a. Reportou-se aos bens que ela espalhara, todavia, sob impressão de assombro,Irmã Clara ouviu-o informar:
—Lastimo não possa demorar-se conosco senão por três semanas.
—Oh! porquê? — interrogou a valorosa missionária.
—Será compelida a voltar, tomando novo corpo de carne no mundo
esclareceu o mensageiro.
—Como assim?
O anjo fitou-a, bondoso, e respondeu:
—A Irmã foi extremamente virtuosa; entretanto, na posição espiritual em que se encontrava não poderia cometer tão grande descuido.Desperdiçou uma enormidade de fios de linha impensadamente. Os novelos que perdeu, por 28 
alhear-se à noção de aproveitamento, davam para costurar alguns milhares de
vestidos para crianças desamparadas.
—Oh! Oh! Deus me perdoe! — exclamou a santa desencarnada — e como resgatarei a dívida?
O anjo abraçou-a, carinhoso, e reconfortou-a dizendo:
— Não tema. Todos nós a ajudaremos, mas a querida irmã recomeçará sua tarefa no mundo plantando algodão.

ALVORADA CRISTÃ- Chico Xavier-Néio Lúcio

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Onde estaria o espírito de Hitler?

O texto que publico abaixo é da autoria de Geraldo Lemos Neto baseado em suas conversas com Chico Xavier.

(...) Perguntei ao Chico sobre Hitler. Onde estaria o espírito de Hitler ? Chico então me contou uma história muito interessante. Segundo ele, imediatamente após a sua desencarnação, o espírito de Hitler recebeu das Altas Esferas uma sentença de ficar 1.000 anos terrestres em regime de solitária numa prisão espiritual situada no planeta Plutão. Chico explicou-me que esta providência foi necessária não somente pelo aspecto da pena que se lhe imputara aos erros clamorosos, mas também em função da Misericórdia Celeste em protegê-los da horda de milhões de almas vingativas que não o haviam perdoado os deslizes lamentáveis. Durante este período de 10 séculos em absoluta solidão ele seria chamado a meditar mais profundamente sobre os enganos cometidos e então teria nova chance de recomeçar na estrada evolutiva.

Quando o espírito de Gandhi desencarnou, e ascendeu aos Planos Mais Altos da Terra pela iluminação natural de sua bondade característica, ao saber do triste destino do algoz da humanidade na II Grande Guerra Mundial, solicitou uma audiência com Jesus Cristo, o Governador Espiritual da Terra, e pediu ao Cristo a possibilidade de guiar o espírito de Hitler para o Bem, o Amor e a Verdade. Sensibilizado pelo sacrifício de Gandhi, Nosso Senhor autorizou-o na difícil tarefa e desde então temos Gandhi como dos poucos que se aproximam do espírito de Hitler com compaixão e amor...

Impressionado perguntei ao Chico : Então Chico, o Planeta Plutão é um planeta penitenciária ?

E ele me respondeu : É sim, Geraldinho. Em nosso Sistema Solar, temos penitenciárias espirituais em Plutão, em Mercúrio e na nossa Lua terrena. Eu soube por exemplo que o espírito de Lampião está preso na Lua. É por isso que alguns astronautas que lá pisaram, sentindo talvez um frio na alma, voltaram à Terra meio desorientados e tristes. Soube de um até que se tornou religioso depois de estar por lá !

Como vemos o nosso Chico era capaz de desvendar muitos mistérios em torno da organização da vida mais além ! E com que simplicidade e naturalidade ele nos falava dessas coisas ..."


Fonte: GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC

A existência de Deus

"Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho,cada noite,que certa vez,o rico chefe de grande carana o chamou a sua presença e lhe perguntou:
 — Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe,quando
nem ao menos sabes ler?
O crente fiel respondeu:
— Grande senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos
sinais dele.
— Como assim? — indagou o chefe, admirado.
O servo humilde explicou-se:
— Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como
reconhece quem a escreveu?
— Pela letra.
— Quando o senhor recebe uma jóia, como é que se informa quanto ao valor dela?
— Pela marca do ourives.
O empregado sorriu e acrescentou:
— Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabe,
depois, se foi um carneiro, um cavalo ou um boi?
— Pelos rastros — respondeu o chefe, surpreendido.
Então, o velho crente convidou-o para fora da barraca e mostrando-lhe o ceu,onde a lua brilhava,cercada por multidões de estrelas
exclamou, respeitoso:
- Senhor, aqueles sinais, lá em cima, não podem ser dos homens!
Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou a orar também.
na areia e começou a orar também."

Meimei/Francisco Cândido Xavier

quinta-feira, 23 de maio de 2013

A DOR EM NOSSAS VIDAS

Você já parou para pensar na razão da existência da dor, do sofrimento, em nossas vidas?Talvez num daqueles momentos de extrema angústia, em que o coração parece apertar forte, você tenha pensado em Deus, na vida, e gritado intimamente: Por quê?!
Os benfeitores espirituais vêm nos esclarecer que a dor é uma lei de equilíbrio e educação.
Léon Denis, reconhecido escritor francês, em sua obra O problema do ser, do destino e da dor, esclarece que o gênio não é somente o resultado de trabalhos seculares; é também a apoteose, a coroação de sofrimento.
De Homero a Dante, a Camões, a Tasso, a Milton, todos os grandes homens, como eles, têm sofrido.
A dor lhes fez vibrar a alma, lhes inspirou a nobreza dos sentimentos, a intensidade da emoção que souberam traduzir com os acentos do gênio, e que os imortalizou.
É na dor que mais sobressaem os cânticos da alma.
Quando ela atinge as profundezas do ser, faz de lá saírem os gritos sinceros, os poderosos apelos que comovem e arrastam as multidões.
Dá-se o mesmo com todos os heróis, com todas as pessoas de grande caráter, com os corações generosos, com os espíritos mais eminentes. Sua elevação se mede pela soma dos sofrimentos que passaram.
Ante a dor e a morte, a alma do herói e do mártir se revela em sua beleza comovedora, em sua grandeza trágica que toca, às vezes, o sublime, e o inunda de uma luz inapagável.
A história do mundo não é outra coisa mais que a sagração do Espírito pela dor. Sem ela, não pode haver virtude completa, nem glória imperecível.
Se, nas horas da provação, soubéssemos observar o trabalho interno, a ação misteriosa da dor em nós, em nosso eu, em nossa consciência, compreenderíamos melhor sua obra sublime de educação e aperfeiçoamento.
A dor é um dos meios de que Deus se utiliza para nos chamar a si e, ao mesmo tempo, nos tornar mais rapidamente acessíveis à felicidade espiritual, única duradoura.
É, pois, realmente pelo amor que nos tem que Deus nos envia o sofrimento.
Fere-nos, corrige-nos como a mãe corrige o filho para educá-lo e melhorá-lo. Trabalha incessantemente para nos tornar dóceis, para purificar e embelezar nossas almas, porque elas não podem ser completamente felizes, senão na medida correspondente às suas perfeições.
A todos aqueles que perguntam: Para que serve a dor? a Sabedoria Divina responde: para polir a pedra, esculpir o mármore, fundir o vidro, martelar o ferro.
A dor física é, em geral, um aviso da natureza, que procura nos preservar dos excessos. Sem ela, abusaríamos de nossos órgãos até ao ponto de os destruirmos antes do tempo.
Quando um mal perigoso se vai insinuando em nós, que aconteceria se não lhe sentíssemos logo os efeitos desagradáveis? Ele nos invadiria cada vez mais, terminando por secar em nós as fontes de vida.É assim que, em nosso mundo, para o nosso crescimento, a dor ainda se faz necessária.


Redação do Momento Espírita, com base no
cap. XXVI, do livro O problema do ser,
do destino e da dor, de Léon Denis,

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Tolerância

Tolerância é caminho de paz.
Não julgues esse ou aquele companheiro ignorante ou desinformado, porquanto, se aprendeste a ouvir, já sabes compreender.
Diante de criaturas que te enderecem qualquer agressão, conversa com naturalidade, sem palavras de revide que possam desapontar o 
interlocutor.
Perante qualquer ofensa, não percas o sorriso fraternal e articula alguma frase, capaz de devolver o ofensor à tranqüilidade. 
Nos empecilhos da existência, tolera os obstáculos sem rebeldia e eles se te farão facilmente removíveis. 
No serviço profissional, suporta com paciência o colega difícil, e, aos 
poucos, em te observando a calma e a prudência, ele mesmo transformará para melhor as próprias disposições.
Em família, tolera os parentes menos simpáticos e, com os teus exemplos de abnegação, conquistarás de todos eles a bênção da simpatia. 
No trânsito público, não passes recibo aos palavrões que alguém te dirija e evitará discussões de conseqüências imprevisíveis. 
Nos aborrecimentos e provações que te surgem, a cada dia, suporta com humildade as ocorrências suscetíveis de ferir-te, e a tolerância se te fará a trilha de acesso à felicidade, de vez que aceitarás todos os companheiros do mundo na condição de filhos de Deus e nossos próprios irmãos.

Emmanuel-Francisco Cândido Xavier

Perdão

Sérgio Ribeiro

O perdão é tão importante que depois da caridade e do amor foi à lição que o Cristo deixou.
Disse Jesus: perdoa seu adversário enquanto estiveres em seu caminho, pois o que ligarmos na terra será ligado no céu e o que desligarmos na terra será desligado no céu.
Dessa forma, se não nos reconciliarmos com nossos adversários estaremos adiando nosso acerto com estes.
Quanto sofrimento e quanta obsessão ocorrem por isso.
O remédio para esse sofrimento é o perdão, seguido pelo amor e trabalho com caridade.
Jesus entendeu que tal ensinamento sublime é tão importante que em sua oração disse: "perdoa-nos assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido." E para deixar seu ensinamento no madeiro: "Senhor, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem!”.
Queridos irmãos, diante do ensinamento do Mestre, digo-vos, se realmente quereis a libertação de vossos males, comecem então a praticar o perdão.
Todo ensinamento só tem valor com seu exemplo. Por isso o Mestre viveu o perdão.
Aprendam meus irmãos!

Rogério
Colônia Recanto dos Irmãos

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Resgate

Todos os que vieram a encarnar e não cumpriram a sua missão espiritual, a sua promessa e que não realizaram o desejo, a vontade e o querer praticar o bem, precisam resgatar cada ato e comportamento, que infringiram ao outros seres.Todos os resgates têm a finalidade de aliviar o espírito das pessoas que cometeram erros ou injustiças, tanto pelo pensamento, pela mente e por meio de imagens, pela ilusão e pela criatividade. Eles trazem benefícios para elevação de alma e de espírito, através de conceder o perdão e ser perdoado.
Todos os resgates, de todas as vidas, estão acontecendo nesta encarnação para que cada um possa cumprir a sua missão e o seu trabalho Divino e se preparar para a vida eterna.
Nesta vida, cada um está cruzando ou reencontrando outra pessoa para poder resgatar, tanto o que infringiu ou foi infringido. Quando o resgate acontece ao conhecer o outro, torna-se mais fácil, evitando lembranças de outras vidas e lembrando-se somente do espírito da pessoa que conheceu em vidas passadas. Porém não reconhecendo a pessoa e sem ter as lembranças do passado, a forma de resgate será natural, espontânea e instantânea.
O resgate precisa ser realizado através da vontade, do desejo e do querer de cada um para com o outro, em amor verdadeiro e sincero, para que seja mais rápido e para que não precise passar por duras e difíceis purificações e sofrimentos.

Fonte:Luz da Existência Kardecista

O MENDIGO RENITENTE

Relembrando nosso Chico 

Narrou-nos Chico que um dia foi procurado por um médico, seu particular amigo de muitos anos, espírita militante e colaborador em suas obras psicografadas.
Ele queria saber o que fazer com um velho mendigo, que insistia em dormir no alpendre de sua casa. Não estava preocupado em tê-lo como hóspede em tão precário lugar, mas, sim, com a má acomodação e a friagem da noite. Já o havia alertado de que se permanecesse ali acabaria por ficar doente.
Contudo, vendo que seus avisos eram ignorados, dedicou-se a arrumar um lugar onde o mendigo pudesse pernoitar. Depois de conseguir um quartinho na vizinhança, levou-o para lá.
Qual não fora sua surpresa ao dar com ele em sua varanda no dia seguinte!
Pensando que talvez não tivesse gostado do lugar, procurou um albergue que o tratasse melhor. De nada adiantara. O velho voltou a passar as noites no seu alpendre.
O médium então falou-nos:
— O que o médico amigo não sabia era que aquele espírito carregava consigo um grande complexo de culpa. Passei então a narrar-lhe as cenas que os amigos espirituais me haviam mostrado:
Aquele mendigo, doutor, na existência anterior havia sido um cruel fazendeiro que expulsara impiedosamente muitas famílias de suas terras, deixando-as ao relento, sem rumo...
Depois que desencarnou, a partir daquelas lembranças formara-se o complexo de culpa. E o sofrimento perdura até os dias atuais, não permitindo que ele permaneça alojado em lugar nenhum.
Chico concluiu:
— Então eu disse ao amigo: Não adianta tentar melhorar sua situação, deixe-o dormir no seu alpendre. Mais uns dias e ele procurará outro lugar para deitar-se ao relento. Essa situação perdurará até que o complexo de culpa deixe de atormentá-lo.
Em nossas cogitações, vem-nos à mente a lição: para exercer a caridade é necessário usarmos do bom senso e não insistirmos quando o necessitado se nega a receber o benefício. Sempre haverá uma razão que justifique situações como a que nos foi narrada.

(Do livro Inesquecível Chico – Edição GEEM)

Fonte:Luz da existência Kardecista

A VERGONHA

Pensamentos de André Luiz

Os dias que longe vão levam-me à triste lembrança de meu afastamento obrigatório, através do aborto.
Ainda me recordo daquela noite, em que às pressas fui convocado para reencarnar, porque uma inexperiente jovem acabara de se entregar aos braços de um rapaz que tanto amava.
O amor se realizara fecundo fora o óvulo na presença da vida, e a concepção se faziam e eu, de uma forma repentina, me via ligado àquela criatura que me receberia em seus braços, como filho querido.

Dias, semanas e meses se passaram. Agora, nada mais dava para esconder. A notícia chegara ao conhecimento dos familiares que seriam meus avós maternos, e, por não quererem ver a família passar diante da sociedade por esse ato vergonhoso, obrigaram aquela jovem futura mãezinha abortar-me.
Duas escolhas lhe propuseram: o aborto ou rua!
A inexperiente jovem, sem saber o que fazer, sozinha, diante de tão triste situação, porque já amava o pequenino feto que se desenvolvia dentro de suas entranhas, derramava lágrimas copiosas.

Não faltou, porém, quem não a aconselhasse: quase todos tinham a mesma opinião, parentes, vizinhos e amigos.
“Vamos, menina, o que você está esperando? Vá logo abortar essa criança, para que a mesma não venha ser a vergonha de sua tão honrada família”.
E, assim, na calada noite, senti frios aços vindo de encontro a mim, impulsionados pelas mãos de uma parteira curiosa, expulsando-me sem piedade.
E aqui termino mais um triste episódio da curta vida de um feto que foi denominado, “A Vergonha”

Livro: Os abortados

PARRICÍDIO E INFANTICÍDIO

Sérgio Ribeiro
 São dois crimes, aos olhos de Deus, que têm suas devidas penalidades, ainda mais de conformidade com as intenções, no entanto, todo crime é crime, e quem mata responde pelo fato irracional.A lei de Deus manda amar aos seus pais e respeitá-los, ajudando nas suas devidas necessidades. Então, o filho que mata seus pais ou ascendentes é um criminoso que deverá responder duramente por essa violência e falta de respeito às criaturas que serviram de instrumento para a sua vinda ao mundo material.
O infanticida, aquele que mata uma criança, age abaixo de um animal, que sempre defende a vida dos seus filhotes. O ser humano deve defender a vida dos seus filhos e das crianças em geral. Como matar uma criança, se esta não tem condições de ofender a quem quer que seja?
O adulto que pratica o infanticídio será, certamente, cobrado pela natureza, por seu ato selvagem. Se o infanticida agir sob a influência de obsessores, também estes estarão incursos nas leis da justiça.
Em alguns países, no passado, certos magos adoravam o deus Moloc, que pedia sangue das crianças e das virgens, um deus feito pelos homens maus, que os Espíritos das trevas usavam para pedir morte, mas o Deus verdadeiro, que é vida, fez com que desaparecessem esses tipos de entidades, levando-os para os mundos que lhes são próprios. Lá estão expiando suas faltas, de acordo com os seus sentimentos.
O espírita deve conhecer e compreender que esses dois tipos de crimes, tanto o parricídio como o infanticídio, se processam em muitas faixas; é a matança lenta, por variados meios de vida que se impõe aos outros: pais que são agredidos por filhos, filhos que são agredidos pelos pais, e crianças que sofrem violências por parte dos adultos, quando deveriam ser amparados.
Estamos todos em um regime de provações, mas muitos já compreenderam seus deveres, que sua obrigação urgente é amparar os mais fracos nas suas necessidades. Não esmoreçamos de fazer o bem; se já acordamos para a caridade, não queiramos ser admirados por termos cumprido simples dever de ajudar. Olhemos primeiro o que disse o Divino Mestre, anotado por João, no capítulo quatro, versículo quarenta e quatro:
Porque o mesmo Jesus testemunhou que um profeta não tem honras na sua própria Terra.
E isso é bom, para que esse profeta ou benfeitor não se envaideça com as suas obrigações ante a sociedade a que pertence.
Filhos, deveis respeitar pais e parentes! Pais e homens comuns, respeitai a vida de todos os viventes, procurai ajudá-los no que puderdes, que Deus a tudo vê e podereis ser instrumentos do Senhor para o bem comum. Sede mansos na mansidão de Jesus; sede honestos na honestidade do Cristo; amai a todos e a tudo do modo que Deus nos ensinou pelo Seu filho do coração. E lembrai-vos que, que tanto o parricídio como o infanticídio são crimes aos olhos do Divino Doador da vida. Entregai-vos ao amor, que o amor de Deus se irradiará em vosso coração, como um sol que atingirá a todos.

MIRAMEZ
Filosofia Espírita – Volume XV

sábado, 18 de maio de 2013

O espírito e a deficiência física mental

Luz Da Existencia Kardecista

Quando nos deparamos com um deficiente físico ou mental, ficamos a indagar o porquê de determinadas pessoas encarnarem em corpos enfermos. Na antiguidade, muitos pensavam que os indivíduos vinham com essas enfermidades por que os deuses não gostavam deles, assim, seria um castigo imposto por algo indevido que haviam praticado.
No livro deficiente mental: por que fui um? Há o seguinte comentário sobre esse assunto: “temos muitas oportunidades de voltar à terra em corpos diferentes e que são adequados para o nosso aprendizado necessário. Quando há muito abuso, há o desequilíbrio, e para ter novamente o equilíbrio tem de haver a recuperação. Quando se danifica o corpo perfeito, podemos por aprendizado, tê-lo com anormalidades para aprender a dar valor a essa grande oportunidade que é viver por períodos num corpo de carne. O acaso não existe, Deus não nos castiga, somos o que fizemos por merecer, e as dificuldades que temos encarnados são lições preciosas”.
A deficiência não quer dizer que se trata de um espírito inferior; pelo contrário, muitas vezes é mais inteligente do que uma pessoa que ocupa um corpo sadio. Os espíritos superiores, em o livro dos espíritos, de Allan Kardec, explicam que “é uma expiação imposta ao abuso que fizeram de certas faculdades; é um tempo de prisão”.
O físico Stephen Hawking é, realmente, um gênio. Ele tem deficiência física. Entre os seus estudos, há a busca de uma fórmula para explicar a origem do universo, mas, também, para extinguir a necessidade de um deus para criá-lo e governá-lo. Conforme explica Kardec: “a superioridade moral não está sempre em razão da superioridade intelectual, e os maiores gênios podem ter muito a expiar; daí resulta, frequentemente, para eles, uma existência inferior a que tiveram e uma causa de sofrimentos. Os entraves que o espíritos experimenta em suas manifestações lhe são como as correntes que comprimem os movimentos de um homem vigoroso”.
Devemos ter a consciência de que estamos em um processo de evolução. O importante é sabermos que nada acontece por acaso. Uma vez, um pastor comentou comigo que “Deus foi generoso conosco ao nos dar um corpo sadio”. Isso não tem lógica! Por que faria isso com uns e com outros não, já que somos todos filhos dele? Em o Evangelho Segundo O Espiritismo consta que “as contrariedades da vida têm, pois, uma causa e, uma vez que Deus é justo, essa causa deve ser justa”.
A família tem um papel primoroso nessa relação com o ente enfermiço. Primeiro, por se tratar de uma expiação em conjunto, os pais têm este resgate a fazer junto ao filho. Segundo, porque se não houver esse carinho, amor e paciência, o deficiente terá muitas dificuldades na sua reabilitação, aprendizado e convivência. Afinal, o amor é imprescindível em qualquer situação da existência, independente de qual seja o nosso problema. Todos nós precisamos de carinho e, principalmente, dar esse carinho.
O Centro Espírita também tem sua eficácia nesse tratamento, por meio da aplicação de passes, que é uma transfusão de energias. Há palestras com conteúdo moral e a desobsessão, pois, em alguns casos, a obsessão está aliada à expiação, ou seja, além da deficiência, há inimigos, agindo simultaneamente, devido aos gravames do passado.
A revolta e as palavras duras proferidas contra Deus não são providenciais; pelo contrário, serão prejudiciais, pois irão criar uma atmosfera psíquica de baixa sintonia que facilitará o contato obsessivo. Por isso, devemos nos manter sempre em oração, agradecendo a Deus pela vida e pela reencarnação, que nos proporciona momentos especiais para o nosso aprendizado, aprimoramento e evolução.
Ao passar por essa expiação, o espírito estará mais tranquilo e refeito dos entraves do pretérito. Não devemos nos preocupar com o que provocou a enfermidade, mas em plantar bons frutos para colher no futuro. A caridade e as boas obras serão o nosso plantio. E lembre-se de que é preciso “ter sempre muita fé e perseverança, pois sem elas você jamais conseguirá vencer os obstáculos da vida”.

REVISTA CRISTÃ DE ESPIRITISMO
POR MARCO TULIO MICHALICK

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Pensamentos de Chico Xavier

TUDO DA VIDA
198 - "A mediunidade nunca me isentou de meus problemas pessoais; mediunidade não é condição de santidade... Sempre tive os meus problemas - estou cheio deles! -, como qualquer pessoa... Não tenho privilégios. Eu me sentiria envergonhado, se a mediunidade me concedesse uma situação especial. Como é que eu deveria estar diante daqueles que sempre me pr...ocuraram?! Como dizer a eles algumas palavras, desconhecendo, em mim mesmo, o drama que estão vivenciando?! Nunca vi privilégios na mediunidade; pelo menos, comigo não! E não seria capaz de entender um médium que, justamente por ser médium, fosse poupado de suas provas... Quando eu mais apanhava, é que eu mais produzia. A coisa apertava para o meu lado, Emmanuel aparecia e me mandava pegar lápis e papel..."

199 - "Fico muito triste quando um companheiro vem se queixar de um outro para mim... Fico calado, mas a minha vontade era a de perguntar ao portador da conversa maledicente se ele não tinha alguma coisa de útil para fazer... A atitude de quem denigre, publicamente, a imagem alheia é, no mínimo, descaridosa e, portanto, contrária ao espírito do Evangelho, que nos recomenda não fazer aos outros o que não queremos que nos seja feito."

200 - "Eu nunca tive muito tempo para tentar convencer o meu pessoal... Os que quiseram me acompanhar, acompanharam. Eu não podia ficar com eles... Todos sempre me respeitaram e eu sempre os respeitei. Quando minhas irmãs vinham me ver, eu preparava o quarto delas, colocando neles as imagens dos santos de sua devoção... Nunca quis mudar a religião de ninguém, porque, positivamente, não acredito que a religião A seja melhor que a religião B... Nas origens de toda religião cristã está o Pensamento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Quem seguir o Evangelho... De modo que, os meus familiares sempre me respeitaram a opção religiosa, mas eu também nunca quis convencê-los de que estava com a Verdade. Aliás, o Espiritismo não tem esta pretensão. Se Allan Kardec tivesse escrito que "Fora do Espiritismo não há salvação", eu iria por outro caminho. Graças a Deus, ele escreveu: "Fora da Caridade, ou seja, fora do Amor não há salvação..."

Carlos Baccelli / Livro: O Evangelho de Chico Xavier - Ítens 198 a 200 - / Ed. Didier

Espíritos Protetores

Os espíritos protetores normalmente são familiares de alguém encarnado. São espíritos que tem por ele amor, fidelidade e compaixão. Estão em posição que lhes proporcione, mesmo que em determinados momentos, estar ao lado do encarnado lhe guiando, orientando e protegendo.
André Luiz, mostrando que os mentores espirituais reencarnam na terra para cumprirem suas missões junto à humanidade
“Com todo o apreço que lhes devemos, é preciso considerar que são vanguardeiros do progresso, sem serem infalíveis. São grandes almas em abençoado processo de sublimação, credoras de nossa reverência pelo grau de elevação que já conquistaram, contudo, são Espíritos ainda ligados á Humanidade terrena e em cujo seio se corporificarão, de novo, no futuro, através do instituto universal da reencarnação, para o desempenho de preciosas tarefas”

Luz a Existência Kardecista

quinta-feira, 16 de maio de 2013

O lavrador e a enxada

Certa manhã, quando ainda trabalhava na Fazenda de Criação do Ministério da Agricultura, em Pedro Leopoldo, Chico caminhava para o trabalho, atravessando largo trecho do campo no rumo do escritório, meditando sobre os trabalhos mediúnicos a que se confiava.As exigências eram sempre muitas.
Como agir para equilibrar-se na tarefa?
Surgiam doentes, pedindo socorro...
Aflitos rogavam consolação...
Curiosos reclamavam esclarecimentos...
Ateus insistiam pela obtenção de fé...
Os problemas eram tantos!
Quando curvava a cabeça, desanimado, aparece-lhe Emmanuel e aponta-lhe um quadro a pequena distância.
Era um lavrador ativo, manejando uma enxada ao sol nascente.
— Reparou? – disse ele ao Médium – guiada pelo cultivador, a enxada apenas procura servir.
Não pergunta se o terreno é seco ou pantanoso, se vai tocar o lodo ou ferir-se entre pedras... Não indaga, se vai cooperar em sementeira de flores, batatas, milho ou feijão... Obedece ao lavrador e ajuda sempre...
Logo, após, fez uma pausa, e considerou:
— Nós somos a enxada nas mãos de Jesus, o Divino Semeador. Aprendamos a servir sem indagar.
Chico, tocado pelo ensinamento, experimentou iluminada renovação interior, e disse:
— É verdade! O desânimo é um veneno...
— Sim, – concluiu o orientador – a enxada que foge à glória do trabalho, cai na tragédia da ferrugem. Essa é a Lei.
O benfeitor despediu-se e o Médium abraçou o trabalho, naquele dia, de coração feliz e a alma nova.

(Do livro Lindos Casos de Chico Xavier – Ramiro Gama – Editora Lake)
Lua da Existência Kardecista

DEPRESSÕES

Se trazes o espírito agoniado por sensações depressivas, concede ligeira pausa a ti mesmo, no capítulo das próprias aflições, a fim de raciocinar.Se alguém te ofendeu, desculpa.
Se feriste alguém, reconsidera a própria atitude .
Contratempos do mundo estarão constantemente no mundo, onde estiveres.
Parentes difíceis repontam de todo núcleo familiar.
Trabalho é a lei do Universo.
Disciplina é alicerce da educação.
Circunstâncias constrangedoras assemelham-se a nuvens que aparecem no firmamento de qualquer clima.
Imcompreensões com relação a caminho e decisões que se adotem são empeços e desafios, na experiência de quantos desejem equilíbrio e trabalho.
Agradar a todos, ao mesmo tempo, é realização imposível.
Separações e renovações representam imperativos inevitáveis do progresso espiritual.
Mudanças equivalem a tratamento da alma, para os ajustes e reajustes necessários à vida.
Conflitos íntimos marcam toda criatura que aspire a elevar-se.
Fracassos de hoje são lições para os acertos de amanhã.
Problemas enxameiam a existência de todos aqueles que não se acomodam com estagnação.
Compreendendo a realidade de toda a pessoa que anseie por felicidade e paz, aperfeiçoamento e renovação, toda vez que sugestões de desânimo nos visitem a alma, retifiquemos em nós o que deva ser corrigido e, abraçando o trabalho que a vida nos deu a realizar, prossigamos à frente. 

Emmanuel - psicografia de Chico Xavier
 Fonte:Luz da existência Kardecista

Alguém contigo

Nunca estarás a sós...Ante a névoa das lágrimas, quando a incompreensão de outrem te agite os sentimentos, lembra-te de alguém que sempre te oferece entendimento e conforto.
Ante a deserção de pessoas queridas, quando mais necessitavas de presença e segurança, pensa nesse benfeitor oculto que jamais te abandona.
Ante as ameaças do desânimo, nos obstáculos para a concretização de tuas esperanças mais belas, considera o amparo desse amigo certo que, em tempo algum, te recusa bom-ânimo.
Ante a queda iminente na irritação, capaz de induzir-te à delinqüência, refugia-te no clima desse doador de serenidade que te guarda o coração nas bênçãos da paz.
Ante as sugestões do desequilíbrio emotivo, suscetíveis de te impulsionarem a esquecer encargos que assumiste, reflete no mentor abnegado que jamais te nega defesa, para que usufruas a tranqüilidade de consciência.
Ante prejuízos, muitas vezes causados por amigos aos quais empenhaste generosidade e confiança, medita nesse protetor magnânimo que nunca te desampara e que promove, em teu favor, sempre que necessário, os recursos precisos á recuperação de que careças.
Ante acusações daqueles que se te fazem adversários gratuitos, amargurando-te os dias, eleva-te em pensamento ao instrutor infatigável que sempre te convida à tolerância e ao perdão.
Ante as crises da existência que te sugiram revolta e desespero, recorda o mestre da paciência que te resguarda constantemente na certeza de que não há problema sem solução para quem trabalha e serve para o bem sem perder a esperança.
Ante os desgostos e contratempos que te sejam impostos pelos entes amados, não te emaranhes no cipoal das afeições possessivas, refletindo no companheiro que te ama desinteressadamente muito antes que te decidisses a conhecê-lo.
E quando perguntares quem será esse alguém que nunca te desampara e que te garante a vida, em nome de Deus, deixa que os teus ouvidos se recolham aos recessos da própria alma e escutarás o coração a dizer-te na intimidade da consciência que esse alguém é Jesus.

Emmanuel-chico xavier

terça-feira, 14 de maio de 2013

A Bondade é o Caminho para a Luz

Já observaram como existem pessoas que já nascem com um ar de bondade na alma, iluminando a todos em volta? São seres agradáveis, com lindos sorrisos a nos cativar desde o primeiro contato.
Por outro lado, existem aqueles que nos causam repulsa só em olhar. Quando se aproximam de nós é como se uma nuvem negra cobrisse de sombra tudo em volta. Geralmente, são de temperamento soturno e fazem com que nos afastemos deles.
Tudo isso é explicável a luz do Espiritismo. Cada ser humano encarnado na Terra já teve muitas existências físicas, já passou por alegria e sofrimento. Aqueles que mais aprenderam retornam agora numa condição melhor, mais felizes, sentem prazer em fazer o bem. Os seres soturnos vêm cheios de dívidas do passado, para resgatar e precisam passar por obstáculos, para continuar a caminhada rumo a evolução.
Entretanto, não devemos esquecer que nosso comportamento externo reflete o que está na alma, ou em nosso interior. Quando mais belo nosso interior, mais agradáveis aos nossos irmãos de jornada nos mostramos.
A Doutrina Espírita, ditada pelos Espíritos Superiores e codificada nas obras básicas de Allan Kardec são roteiros seguros, na continuação dos ensinamentos de Jesus cristo.
Todo bem que fazemos aqui na Terra começa a ser gerado dentro de nós, por isso, é fundamental aprender cada vez mais, para atingirmos a evolução para chegarmos até Deus . Muito trabalho em prol de nossos irmãos necessitados e muita fé em Jesus nos farão chegar mais rapidamente ao objetivo almejado, que é a evolução espiritual. Que assim seja.

Fonte:
Livro dos Espíritos, de Allan Kardec

O Homem:Corpo,alma e Perispírito

Que é um ser humano?
Um ser composto de uma alma e de um corpo, isto é, de espírito e carne.
Que é, então, a alma?
- É o princípio de vida em nós. A alma do homem é um Espírito encarnado; é o princípio da inteligência, da vontade, do amor, a sede da consciência e da personalidade.
Que é o corpo?
- O corpo é um envoltório de carne, composto de elementos materiais, sujeitos à mudança, à dissolução e à morte.
O corpo é, então, inferior à alma?
- Sim, porque ele é apenas sua vestimenta.
É necessário então desprezar o corpo, já que ele é inferior à alma?
- De maneira alguma: nada é desprezível. O corpo é o instrumento de que a alma tem necessidade para realizar seu destino; o operário não deve desprezar o instrumento com o qual ganha seu sustento.
A alma está encerrada no corpo ou é o corpo que está contido na alma?
- Nem uma nem outra coisa. A alma, que é espírito, não pode ficar encerrada num corpo; ela irradia por fora, como a luz através do cristal da lâmpada. Nenhum corpo pode mantê-la materialmente cativo; ela pode exteriorizar-se.
Como está unida a alma ao corpo, o espírito à carne?
- Por meio de um elemento intermediário, chamado corpo fluídico ou perispírito, que participa, ao mesmo tempo, da alma e do corpo, do espírito e da carne e os vincula, de alguma forma, um ao outro.
Que quer dizer a palavra perispírito?
- Esta palavra quer dizer: o que está em torno do Espírito. Da mesma forma que o fruto está contido num envoltório muito delgado chamado perisperma, o Espírito está envolvido por um corpo muito sutil denominado perispírito.
Como o perispírito pode unir a carne ao Espírito?
- Penetrando-os e permitindo se interpenetrarem. O perispírito comunica-se com a alma através de correntes magnéticas e com o corpo por meio do fluido vital e do sistema nervoso, que lhe serve, de certa forma, de transmissor.
Então, o homem é, na realidade, composto de três elementos constitutivos?
- Sim, esses três elementos são: o corpo, o espírito e o perispírito.
Quando e onde começa essa união da alma e do corpo?
- No momento da concepção, e se torna definitiva e completa por ocasião do nascimento.
A alma se separa do perispírito, quando se separa do corpo?
- Nunca. O perispírito é sua vestimenta fluídica indispensável. O perispírito precede a vida presente e sobrevive à morte. É ele que permite aos Espíritos desencarnados materializar-se, isto é, aparecer aos vivos, falar-lhes, como acontece por vezes nas reuniões espíritas.
O perispírito é então um corpo fluídico semelhante a nosso corpo material?
- Sim. É um organismo fluídico completo; é o verdadeiro corpo, as verdadeiras formas humanas, a que não muda em sua essência. Nosso corpo material se renova a cada instante; seus átomos se sucedem e se reformam; nosso rosto se transforma com a idade; o corpo fluídico propriamente dito não se modifica materialmente; ele é nossa verdadeira fisionomia espiritual, o princípio permanente de nossa identidade e de nossa estabilidade pessoal.
Onde, então, o perispírito encontrou seu fluido?
- No fluido universal, isto é, na força primordial, etérea. Cada mundo tem seus fluidos especiais, tomados ao fluido universal; cada Espírito tem seu fluido pessoal, em harmonia com o do mundo que ele habita e seu próprio estado de adiantamento.

 Léon Denis

Fonte: Espírita na Net

domingo, 12 de maio de 2013

Como fazer o Evangelho no Lar

(Estamos lançando uma campanha para incentivar as pessoas a realizarem o evangelho semanalmente em seus lares e assim conseguirem uma maior proteção espiritual para todos de casa).
...
Abaixo seguem as instruções:
...
Preparação
1- Combinar mentalmente com a espiritualidade, dia e hora apropriados, uma semana antes

 Este é o momento marcado com os benfeitores para o auxílio em nosso lar. Eles enviarão uma equipe para acompanhar a família no momento do evangelho.2- Desligue o telefone
Se a campainha tocar convidar os que chegaram a entrar e participar. Caso a pessoa não quiser participar, não forçar. Explicar que é momento de oração e pedir para que aguarde alguns instantes.
3- Coloque jarra ou copos com água para os participantes. Interessante deixar um copo com água separado caso haja alguém doente em casa. Assim a espiritualidade irá providenciar medicamento específico.
Prece Inicial
4- (Em voz alta) Inicia-se a reunião com uma prece simples e espontânea
 Podendo ser o Pai Nosso. Deve-se fazer silêncio interior e mentalizar a figura de Jesus, equilibrando, assim, a mente para sintonizar-se com o Plano Maior.Leitura do Evangelho
5- Faz-se a leitura de "O Evangelho Segundo o Espiritismo”, ou outro qualquer livro com mensagens edificantes (pode ser o novo testamento), começando da introdução ou aberto ao acaso. Lê-se um pequeno trecho.
Comentários Sobre o Texto Lido
6- Agora é hora de fazer os comentários sobre o que cada um entendeu da leitura, com simplicidade, sem fugir do assunto, tentando aplicar no dia a dia de todos, sem usar o evangelho para criticar ou apontar defeitos uns dos outros. O evangelho é um momento para unir a família.
Certamente, os Mentores Espirituais estarão ajudando os presentes a compreenderem a lição, a fim de que a assimilem com mais facilidade.
Deve-se marcar onde a leitura foi interrompida para continuar desse ponto, na próxima semana caso opte pela leitura sequencial.
Vibrações:
7- Antes da oração final é o momento de fazer uma vibração para o lar, para os necessitados, a quem esteja precisando de luz e amor e em pensamento. Podem dizer os nomes de todos os familiares. Para as demais pessoas fora do lar, fazer preces no geral, sem citar nomes. Se tiver algum conhecido que estiver passando por problemas, orientar a pessoa a procurar assistência espiritual na religião a que esteja vinculada. Conforme orar, ir envolvendo mentalmente, neste clima radiante, as pessoas e locais que estão sendo mencionados.
Prece de Encerramento
8- Ao final, proferir a prece também simples e espontânea, agradecendo ao Senhor da Vida e ao Plano Espiritual que deram sustentação ao Evangelho num clima de paz e harmonia. Pode ser feita a oração do Pai Nosso ou outra prece qualquer para a despedida.
9- Bebam a água que foi fluidificada durante o Evangelho no Seu Lar.

Mensagens Espíritas - Anjos da Noite

Culto Cristão no Lar

O culto do Evangelho no lar não é uma inovação. É uma necessidade em toda parte onde o Cristianismo lance raízes de aperfeiçoamento e sublimação. A Boa-Nova seguiu da Manjedoura para as praças públicas e avançou da casa humilde de Simão Pedro para a glorificação no Pentecostes. A palavra do Senhor soou, primeiramente, sob o teto simples de Nazaré e, certo, se fará ouvir, de novo, por nosso intermédio, antes de tudo, no círculo dos nossos familiares e afeiçoados, com os quais devemos atender às obrigações que nos competem no tempo.
Quando o ensinamento do Mestre vibre entre as quatro paredes de um templo doméstico, os pequeninos sacrifícios tecem a felicidade comum.
A observação impensada é ouvida sem revolta.
A calúnia é isolada no algodão do silêncio.
A enfermidade é recebida com calma.
O erro alheio encontra compaixão.
A maldade não encontra brechas para insinuar-se.
E aí, dentro desse paraíso que alguns já estão edificando, a benefício deles e dos outros, o estímulo é um cântico de solidariedade incessante, a bondade é uma fonte inexaurível de paz e entendimento, a gentileza é inspiração de todas as horas, o sorriso é a sombra de cada um e a palavra permanece revestida de luz, vinculada ao amor que o Amigo Celeste nos legou.
Somente depois da experiência evangélica do lar, o coração está realmente habilitado para distribuir o pão divino da Boa-Nova, junto da multidão, embora devamos o esclarecimento amigo e o conselho santificante aos companheiros da romagem humana, em todas as circunstâncias.
Não olvidemos, assim, os impositivos da aplicação com o Cristo, no santuário familiar, onde nos cabe o exemplo de paciência, compreensão, fraternidade, serviço, fé e bom ânimo, sob o reinado legítimo do amor, porque, estudando a Palavra do Céu em quatro Evangelhos, que constituem o Testamento da Luz, somos, cada um de nós, o quinto Evangelho inacabado, mas vivo e atuante, que estamos escrevendo com os próprios testemunhos, a fim de que a nossa vida seja uma revelação de Jesus, aberta ao olhar e à apreciação de todos, sem necessidade de utilizarmos muitas palavras na advertência ou na pregação.

Emmanuel-Chico Xavier

Fonte: fonte Paz

REENCARNAR

Além da vida

“O irmão protestante, reencarnará - embora não queira ou não acredite,
O irmão católico, reencarnará da mesma forma;
O irmão budista, reencarnará com mais tranquilidade, pois já tem noção desta Lei,
O adepto da Filosofia Espírita também, pois tem convicção deste Estatuto, então terá mais abnegação e resignação neste processo;
O islão, reencarnará - embora também não acredite e não queira;
Enfim, todo adepto de qualquer crença portadora da doutrina da reencarnação ou não, reencarnará, contra sua vontade, contra sua crença, contra suas convicções, reencarnarão, pois a Lei da Evolução tem que si cumprir, o aluno mesmo rebelde, terá que realizar nova matrícula na escola do Tempo e do Espaço, até quando seja necessário. A Lei do Progresso, tem que si efetivar mediante a égide da Justiça e do Amor.
Então vive bem e feliz, ama e auxilia sempre, amados irmãos reencarnareis, embora acredites ou não, a Lei das Existências Sucessivas é Lei Imutável, e está escrita na Consciência de Deus. A criatura tem que progredir, vives bem o hoje, corriges teu passado e construíreis um futuro de amor e paz, em nome dos Estatutos Universais!

Assim Seja” Espírito: Anne Sofia

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Renovação em amor

"E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem”. - PAULO (II Tessalonicenses, 3:13.).

Quando as crises te visitem, ante os problemas humanos, é justo medites nos princípios de causa e efeito, tanto quanto é natural reflitas no impositivo de burilamento espiritual, com que somos defrontados, entretanto, pensa igualmente na lei de renovação, capaz de trazer-nos prodígios de paz e vitória sobre nós mesmos, se nos decidimos a aceitar, construtivamente, as experiências que se nos façam precisas.
Se atingiste a integração profunda com as bênçãos da vida, considera a tarefa que a Divina Providência te confiou.
Deus não nos envia problemas de que não estejamos necessitados.
Aceitação e paciência, sem fuga ao trabalho, são quase sempre a metade do êxito em qualquer teste a que estejamos submetidos, em nosso proveito próprio.
Se qualquer tempo é suscetível de ser ocasião para resgate e reajuste, todo dia é também oportunidade de recomeçar, reaprender, instruir ou reerguer.
O amor que estejamos acrescentando à obrigação que nos cabe cumprir, é sempre plantação de felicidade para nós mesmos.
Onde estiveres e como estiveres, nas áreas da dificuldade, dá-te à serenidade e ao espírito de serviço e entenderás, com facilidade, que o amor cobre realmente a multidão de nossas faltas, apressando, em nosso favor, a desejada conquista de paz e libertação.
Emmanuel - Francisco Cândido Xavier

Velhice na visão espírita

Quando encarnamos, recebemos uma carga de fluidos vital (fluido da vida).
Quando este fluido acaba, morremos. Somos como a pilha que com o tempo vai descarregando.
Chegamos ao ponto que os remédios já não fazem mais efeito. Daí não resta outra alternativa senão trocar de “roupa” e voltar para a escola planetária.

A quantidade de fluido vital não é igual em todos seres orgânicos. Isso dependerá da necessidade reencarnatória de cada um de nós.
Quando chegamos á Terra cada um tem uma estimativa de vida. Vai depender do que viemos fazer aqui.
Se viemos acertar as pendências biológicas por mau uso do corpo, como no caso do suicídio, nós vamos ficar aqui pouco tempo. É só para cobrir aquele buraco que nós deixamos. Exemplo: Se nossa estimativa de vida é 60 anos e nós, por abusos, desencarnamos aos 40 anos, ficamos devendo 20 anos. Então, na próxima encarnação viverá somente 20 anos.

Mas há outros indivíduos que vem para uma tarefa prisional. E daí vai ficar, 70, 80, 90, 100 anos. Imaginamos que quem vira os 100 anos está resgatando débitos. Porque vê as diversas gerações que já não são as suas. E o indivíduo vai se sentindo cada vez mais um estranho no ninho. Os jovens o olham como se ele fosse um dinossauro. Os da sua idade já não se entendem mais porque já faltam certos estímulos (visuais, auditivos, etc.). Já não podem visitar reciprocamente, com raras exceções.

Tornam-se pessoas dependentes dos parentes, dos descendentes para levar aqui e acolá. Até para cuidar-se e tratar-se. Então, só pode ser resgate para dobrar o orgulho, para ficar nas mãos de pessoas que nem sempre gostam dela. Alguns velhos apanham, outros são explorados na sua aposentadoria, outros são colocados em asilos onde nunca recebem visitas.
Em compensação, outros vêm, cuidam da família, educam os filhos em condição de caminhar, fecham os olhos e voltam para a casa com a missão cumprida com aqueles que se comprometeu em orientar, impulsionar, a ajudar.

Por isso, precisamos conversar com os jovens. Dizer a eles que é na juventude que a gente estabelece o que quer na velhice, se chegar lá. E que vamos colher na velhice do corpo o que tivermos plantado na juventude. Se ele quiser ter um ídolo, que escolha alguém que esteja envolvido com a paz, com a saúde, a ética, ao invés de achar ídolos da droga, do crime, das sombras.
E aqueles que não tem jovens para orientar e que estão curtindo a própria maturidade, avaliar o que fizeram da vida até agora.

Se a morte chegasse hoje, o que teríam para levar? Se chegarem a conclusão que não tem nada para levar lembrem que: HÁ TEMPO.
Enquanto Deus nos permitir ficar na Terra, HÁ TEMPO, para fazermos algum serviço no Bem seja ao próximo ou a nós mesmos, já que somos Espíritos, ou seja, levaremos na memória espiritual o que fizermos: ser voluntário em uma instituição de caridade, estudar, aprender uma língua, uma arte, praticar um esporte. Enquanto respirarmos no corpo perguntemos: “O QUE DEUS QUER QUE EU FAÇA?” Usemos bem o fluido que nos foi disponibilizado. A vida bem vivida pela causa do Bem pode nos dar “moratória”, ou seja, uma sobrevida, uma dilatação do tempo de permanência do Espírito no corpo de carne.

Então, há idosos em caráter expiatório e em caráter de moratória.

J. Raul Teixeira

Fonte: GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Duplo Etérico e Vitalidade Acumulada

O desencarne não extingue as energias vitais que circulam no Duplo Etérico, que está diretamente ligado ao corpo físico e ao corpo astral. Os técnicos responsáveis pelo desencarne também devem tomar as devidas providencias para proteger os resíduos vitais contra as investidas dos vampiros do mundo astral.

Esses irmãos que já desencarnaram e por apego ao mundo ou desregramento ainda necessitam de sentir a vitalidade, que só pode ser absorvida através do contato com seres encarnados ou recém-desencarnados, encontram-se a espreita, buscando se apropriar de espíritos recém-desencarnados sem proteção, sugando as energias restantes do corpo físico, do duplo etérico e do perispírito.

Retiramos o seguinte trecho do livro Magia de Redenção Hercílio Maes, pelo espírito Ramatis, Os males do Vampirismo

"Quando o espírito desencarna, primeiramente rompe-se o cordão que liga o perispírito ao duplo etérico, e desse fato decorre a bipartição da corrente vital que flui normalmente para o organismo físico. Então, o tônus vital reflui em parte para o perispírito, enquanto a outra converge para o cadáver e depois desintegra-se no túmulo, ou então é absorvida no processo de vampirismo pelos espíritos subvertidos. Certa percentagem do tônus vital também é absorvida pela própria terra, pois ele é fortemente constituído de éter-físico"

As palavras de Ramatís são confirmadas por André Luiz no livro Obreiros da Vida Eterna,

"Jerônimo examinou-o e auscultou-o, como clínico experimentado.Em seguida, cortou o liame final, verificando-se que Dimas, desencarnado, fazia agora o esforço do convalescente ao despertar, estremunhado, findo longo sono.
Somente então notei que, se o organismo perispirítico recebia as últimas forças do corpo inanimado, este, por sua vez, absorvia também algo de energia do outro, que o mantinha sem notáveis alterações.
...
- Nossa função, acompanhando os despojos  esclareceu ele, afavelmente, não se verifica apenas no sentido de exercitar o desencarnado para os movimentos iniciais da libertação. Destina-se também à sua defesa. Nos cemitérios costuma congregar-se compacta fileira de malfeitores, atacando vísceras cadavéricas, para subtrair-lhes resíduos vitais.
...
Logo após, ante meus olhos atônitos, Jerônimo inclinou-se piedosamente sobre o cadáver, no ataúde momentaneamente aberto antes da inumação, e, através de passes magnéticos longitudinais, extraiu todos os resíduos de vitalidade, dispersando-os, em seguida, na atmosfera comum, através de processo indescritível na linguagem humana por inexistência de comparação analógica, para que inescrupulosas entidades inferiores não se apropriassem deles.

  fonte:Paz espiritual