A encarnação, ou seja, a ligação temporária da individualidade espiritual a um corpo material é uma disposição estabelecida pela Sabedoria Divina com vistas à nossa felicidade.Com a Doutrina Espírita passamos a dispor de informações mais detalhadas sobre a vida após a morte, aprendendo, então, que os espíritos se aproximam sobretudo em função de sua afinidade, isto é, da semelhança de seus hábitos e objetivos, formando grupamentos relativos homogêneos.
As obras espíritas descrevem algumas dessas comunidades, cujas características, até certo ponto análogas às que observamos na vida terrena, permitem entendermos como transcorre ali a existência.
Esclarecem os benfeitores espirituais que o que se passa em níveis mais elevados escapa ainda à nossa compreensão pela total falta de analogia entre nossas experiências como encarnados e o que ocorre em tais ambientes. Considerando os benefícios e a proteção de que desfrutam os integrantes de comunidades espirituais que, embora distantes da perfeição, já se voltam para o bem, surge naturalmente à pergunta: não seria melhor permanecer nessa condição? Progredir na espiritualidade, sem a exposição aos riscos e dificuldades da vida material?
Dirigindo essa indagação aos orientadores que ditaram “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec obteve deles a seguinte resposta, simples e incisiva:
“Não, não; estacionar-se-ia e o que se quer é caminhar para Deus”. Não é difícil entendermos o significado das expressões estacionar-se-ia e caminhar para Deus, à luz do conhecimento espírita. Num ambiente como o acima referido realmente minimizam-se os conflitos e potencializam-se as iniciativas para o bem mas o progresso exige que se possa conviver fraterna e proveitosamente com quaisquer pessoas tanto as que estagiam ainda em nível inferior, que precisamos compreender e ajudar, na medida do possível (ao invés de criticá-las e condená-las), quanto as que se adiantam muito a nós em termos de conhecimento e bondade, cujas tarefas precisamos apoiar ao invés de sobrecarregá-las com pedidos de ajuda e orientação sobre questões menores cujo encaminhamento é da nossa exclusiva responsabilidade. A reencarnação proporciona essa aprendizagem, pois desfaz de forma natural a homogeneidade que vivenciamos na espiritualidade, possibilitando a convivência com os tipos mais variados, privando-nos, ainda, temporariamente, da lembrança de nosso passado, evitando assim os constrangimentos decorrentes de erros cometidos, troca de posição social ou encontro com desafetos.
As obras doutrinárias, referindo-se a entidades de nossa condição, são unânimes em frisar sua intenção de retornar à luta material a fim de saldar débitos para com indivíduos ou coletividades, para ajudar determinadas pessoas, para superar tendências negativas, numa palavra: progredir.
Renascer na terra, mesmo em condições difíceis, constitui benção de inestimável valor graças à qual superamos progressivamente o egoísmo e a ignorância das Leis Divinas que ainda nos caracterizam, conscientizando-nos, pouco a pouco, de nossa condição de espíritos imortais, herdeiros da Luz Divina.
“O Livro dos Espíritos” (175 a).
As obras espíritas descrevem algumas dessas comunidades, cujas características, até certo ponto análogas às que observamos na vida terrena, permitem entendermos como transcorre ali a existência.
Esclarecem os benfeitores espirituais que o que se passa em níveis mais elevados escapa ainda à nossa compreensão pela total falta de analogia entre nossas experiências como encarnados e o que ocorre em tais ambientes. Considerando os benefícios e a proteção de que desfrutam os integrantes de comunidades espirituais que, embora distantes da perfeição, já se voltam para o bem, surge naturalmente à pergunta: não seria melhor permanecer nessa condição? Progredir na espiritualidade, sem a exposição aos riscos e dificuldades da vida material?
Dirigindo essa indagação aos orientadores que ditaram “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec obteve deles a seguinte resposta, simples e incisiva:
“Não, não; estacionar-se-ia e o que se quer é caminhar para Deus”. Não é difícil entendermos o significado das expressões estacionar-se-ia e caminhar para Deus, à luz do conhecimento espírita. Num ambiente como o acima referido realmente minimizam-se os conflitos e potencializam-se as iniciativas para o bem mas o progresso exige que se possa conviver fraterna e proveitosamente com quaisquer pessoas tanto as que estagiam ainda em nível inferior, que precisamos compreender e ajudar, na medida do possível (ao invés de criticá-las e condená-las), quanto as que se adiantam muito a nós em termos de conhecimento e bondade, cujas tarefas precisamos apoiar ao invés de sobrecarregá-las com pedidos de ajuda e orientação sobre questões menores cujo encaminhamento é da nossa exclusiva responsabilidade. A reencarnação proporciona essa aprendizagem, pois desfaz de forma natural a homogeneidade que vivenciamos na espiritualidade, possibilitando a convivência com os tipos mais variados, privando-nos, ainda, temporariamente, da lembrança de nosso passado, evitando assim os constrangimentos decorrentes de erros cometidos, troca de posição social ou encontro com desafetos.
As obras doutrinárias, referindo-se a entidades de nossa condição, são unânimes em frisar sua intenção de retornar à luta material a fim de saldar débitos para com indivíduos ou coletividades, para ajudar determinadas pessoas, para superar tendências negativas, numa palavra: progredir.
Renascer na terra, mesmo em condições difíceis, constitui benção de inestimável valor graças à qual superamos progressivamente o egoísmo e a ignorância das Leis Divinas que ainda nos caracterizam, conscientizando-nos, pouco a pouco, de nossa condição de espíritos imortais, herdeiros da Luz Divina.
“O Livro dos Espíritos” (175 a).
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