A perda de uma mãe é irreparável. Quanto vácuo em nós, ao nosso redor, assim que essa amiga, a melhor, a mais antiga e mais certa de todas, desce ao túmulo; assim que esses olhos, que nos contemplaram com amor, se fecham para sempre; assim que esses lábios, que tantas vezes repousaram sobre nossa fronte, se esfriam! O amor de uma mãe não será o que há de mais puro, de mais desinteressado?
Não será como que um reflexo da bondade de Deus?A morte dos filhos também é fonte de amargos dissabores. Um pai, uma mãe não poderiam, sem grande mágoa, ver desaparecer o objeto da sua afeição. É nessas ocasiões que a filosofia dos Espíritos é de grande auxílio. Aos nossos pesares, à nossa dor de ver essas existências promissoras tão cedo interrompidas ela responde que a morte prematura é, muitas vezes, um bem para o Espírito que parte e se acha livre dos perigos e das seduções da Terra. Essa vida tão curta - para nós inexplicável mistério - tinha sua razão de ser.
A alma confiada aos nossos cuidados, às nossas carícias veio para completar a obra que deixara inacabada em encarnação anterior. Não vemos as coisas senão pelo prisma humano, e daí resultam os erros. A passagem desses entes sobre a Terra ter-nos-á sido útil, fazendo brotar do nosso coração essas santas emoções da paternidade, esses sentimentos delicados que nos eram desconhecidos, porém que, produzindo o enternecimento, nos tornarão melhores. Ela formará laços assaz poderosos que nos liguem a esse mundo invisível, onde todos nos deveremos reunir... É nisso que consiste a beleza da doutrina dos Espíritos. Assim, esses seres não estão perdidos para nós. Deixam-nos por um instante, mas, finalmente, deveremos juntar-nos a eles.
Mas, que digo eu, a nossa separação só é aparente. Essas almas, esses filhos, essa mãe bem-amada estão perto de nós. Seus fluidos, seus pensamentos envolvem-nos; seu amor protege-nos. Podemos mesmo comunicar-nos com eles, recebermos suas animações, seus conselhos. Sua afeição para conosco não ficou desvanecida, pois a morte tornou-a mais profunda, mais esclarecida. Eles exortam-nos a desviar para longe essa tristeza vã, essas mágoas estéreis, cujo espetáculo os torna infelizes. Suplicam-nos que trabalhemos com coragem e perseverança para o nosso melhoramento, a fim de tornarmos a encontrá-los, de nos reunirmos a eles na vida espiritual.
LÉON DENIS
A alma confiada aos nossos cuidados, às nossas carícias veio para completar a obra que deixara inacabada em encarnação anterior. Não vemos as coisas senão pelo prisma humano, e daí resultam os erros. A passagem desses entes sobre a Terra ter-nos-á sido útil, fazendo brotar do nosso coração essas santas emoções da paternidade, esses sentimentos delicados que nos eram desconhecidos, porém que, produzindo o enternecimento, nos tornarão melhores. Ela formará laços assaz poderosos que nos liguem a esse mundo invisível, onde todos nos deveremos reunir... É nisso que consiste a beleza da doutrina dos Espíritos. Assim, esses seres não estão perdidos para nós. Deixam-nos por um instante, mas, finalmente, deveremos juntar-nos a eles.
Mas, que digo eu, a nossa separação só é aparente. Essas almas, esses filhos, essa mãe bem-amada estão perto de nós. Seus fluidos, seus pensamentos envolvem-nos; seu amor protege-nos. Podemos mesmo comunicar-nos com eles, recebermos suas animações, seus conselhos. Sua afeição para conosco não ficou desvanecida, pois a morte tornou-a mais profunda, mais esclarecida. Eles exortam-nos a desviar para longe essa tristeza vã, essas mágoas estéreis, cujo espetáculo os torna infelizes. Suplicam-nos que trabalhemos com coragem e perseverança para o nosso melhoramento, a fim de tornarmos a encontrá-los, de nos reunirmos a eles na vida espiritual.
LÉON DENIS
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