sábado, 30 de novembro de 2013

Questionamentos Espíritas

Por Que Existimos?
Somos um alto investimento de Deus. Temos todos os atributos da perfeição, mas ainda somos falhos, simples e ignorantes.
Para conseguirmos alcançar os caracteres da perfeição será necessário muito trabalho, estudo, devotamento à causa do bem, vigilância constante de atos e pensamentos, derrotar imperfeição por imperfeição nas lutas do dia a dia.
Somos elos de uma corrente, por isso, somos importantes para que a corrente se mantenha inteira. Não tem como retirarmos esse elo. Se ele deixasse de existir a corrente também não existiria.
Somos resultado de milenares existências e o objetivo de toda essa peregrinação é a evolução do princípio inteligente até alcançar a perfeição.


O que acontecerá, então, quando alcançarmos a perfeição?
Iremos trabalhar em benefício daqueles que ainda não a alcançaram, iremos consolar aqueles que se encontram em desespero, dar forças aqueles que passam por duras provas, ensinar aqueles que estão carentes de conhecimento, em suma, retribuir aos outros aquilo tudo que recebemos, por nossa vez, do mais Alto.

Quer dizer que não iremos descansar?

O descanso é uma necessidade humana. Quando encarnados, precisamos deste período para nosso equilíbrio, por isso, condicionamos nossa mente a pensar que o que nos aguardaria no futuro seria paz e descanso. Mera ilusão. Habitaremos corpos mais sutis e, quanto mais sutil for, menor a necessidade de descanso.
O que nos espera é mais trabalho?
Quanto mais evoluídos espiritualmente estivermos, abraçaremos mais responsabilidades e trabalhos, mas com uma grande diferença: trabalharemos não porque seremos forçados e sim por amor. O trabalho nos trará a satisfação que tanto nosso espírito anseia e a ociosidade seria para nós uma enorme decepção. Quanto mais evoluímos, mais compreendemos nossa importância, o “por quê” fomos criados, qual o nosso papel no universo. Por ora, pensamos ser um simples e insignificante ser, mas tenho certeza absoluta que o Pai não pensa assim e assim não o é. Trabalho jamais será um castigo e sim um privilégio.

Qual a finalidade da vida?
A finalidade é nos fazer crescer e evoluir.

Por que não fomos já criados perfeitos?
Porque não teríamos mérito algum para isso. Como ter privilégios sem merecer?
Por que tantos sofrem imensamente, desde o berço e ainda terão que sofrer e trabalhar mais ainda para alcançar um mundo melhor?
As dificuldades, dores e sofrimentos que hoje atingem uma imensidão de seres humanos é resultado do mal proceder de outras existências. É a colheita obrigatória da semeadura errada realizada no passado. Somos totalmente responsáveis pelos nossos atos e pelas suas conseqüências. A Lei que nos rege não é de punição, mas de educação. Aprendemos com as conseqüências de nossos erros para não errar mais. Uma vez a lição sendo compreendida e “quitado” nosso débito, desaparece o sofrimento, adquire-se uma lucidez maior e as forças são reavivadas para a continuação da jornada.

Quer dizer então que o trabalho não tem fim?
Não, não tem. Deus cria incessantemente, Jesus trabalha pelo nosso planeta incessantemente, os espíritos abnegados do Bem se desdobram em nos ajudar continuamente. Se o mais Alto Escalão não tem descanso, por que nós teríamos?
Entendamos que o trabalho não é uma punição e sim uma bênção. É a sagrada oportunidade que temos de retribuir todo o bem que fora realizado em nosso benefício para que chegássemos à condição que nos encontramos.

Qual o sentido real da vida?

Viver, amar e servir.
Isso é apenas filosofia, não tem uma explicação melhor?
Viver: onde existe vida, existe uma criação de Deus e toda criação é importante para a harmonia do Universo.
Amar: É o sentimento que mais nos aproxima de Deus. É o elo inquebrantável da corrente da vida.
Servir: É a contribuição que podemos dar em troca de todo investimento que fora empregado em nossa evolução. É o trabalho que fará com que quitemos o imenso débito para com toda a organização da vida, empregada em nosso favor. Se ficássemos inertes, ociosos, seria sinal de que na realidade não teríamos compreendido a magnitude da vida e seu mecanismo, ou melhor, não teríamos evoluído.


De onde viemos?

Eis uma pergunta que todo mundo já fez um dia.
Muitos pensam que fomos criados quando nascemos. Outros acreditam que no momento da concepção é que somos criados.
Na realidade, na matéria, somos criados (corpo, perispírito, espírito) no momento da concepção, porém nosso espírito e perispírito já existiam.
No momento da concepção uma nova jornada se inicia, como se fosse um ano letivo do currículo escolar. Terminada essa vida, esse ciclo, há um intervalo para posteriormente reiniciarmos em novo ano escolar, ou seja, uma nova jornada neste mundo.

Por que isso ocorre?
Ocorre para que possamos, nas diferentes jornadas, irmos adquirindo experiências e conhecimentos nas mais diversas condições, consequentemente, fazendo a desenvolvimento de nossas faculdades morais e espirituais.
Mas, quando foi nossa primeira encarnação?
Somos frutos de um constante desenvolvimento. Nossa primeira existência como seres humanos foi exatamente posterior a última que vivenciamos no reino animal. Talvez, como seres imortais que somos, nem tenhamos feito essa mudança de reino neste planeta. Talvez, e tudo indica ser essa a realidade, tenhamos vindo para este planeta estagiar em condições mais primitivas para adquirirmos aquilo que este meio poderia nos fornecer em termos de aprendizagem. Quando esse período se findar, retornaremos para o planeta de origem ou estagiaremos em outro mais evoluído para continuarmos nosso ciclo de aprendizagem, assim como os alunos que saem do colégio, ingressam numa determinada faculdade para complementarem seus estudos.
Quer dizer que podemos ter vivido já em outro planeta?

Sim, isso é bem provável, tendo em vista a Terra ser um planeta ainda relativamente “jovem”, ou seja, que há muito pouco tempo saiu de uma fase primitiva. Em sua maior parte, os espíritos nativos desse planeta renascem em agrupamentos mais rudimentares, isolados, como nos agrupamentos indígenas e, gradativamente, vão travando contato com a civilização e adquirindo conhecimentos. Lógico que isso não é uma regra, mas digamos que grande parte se encontram ali vivendo.
Nós viemos para este planeta por alguns motivos: ajudar o progresso da civilização primitiva aqui existente; para que o planeta que habitávamos ficasse “livre” da nossa influenciação negativa e pudesse progredir com menos impecilhos, assim como está ocorrendo hoje com a Terra, onde multidões de espíritos estão sendo exilados para planetas mais primitivos para que os que aqui ficarem possam evoluir mais livremente; para que aprendêssemos, no exílio, a dar o devido valor aquilo que tínhamos, aprendermos através do nosso suor e lágrimas, construir um novo ser, mais humano e irmão, capaz de conviver facilmente em quaisquer sociedades, dando ali sua contribuição sem esperar nada em troca.


Isso quer dizer que poderemos sair deste planeta e sermos levados a outro primitivo?

Isso dependerá da condição evolutiva de cada um. Se ficarmos ainda apegados com excesso à matéria, com o orgulho e vaidade intensos, atrapalhando o progresso de nossos semelhantes, desperdiçando nosso tempo em gozos perecíveis e não construindo nada de bom para nós mesmos e nosso próximo, com certeza, haverá grande probabilidade de sermos “banidos” para outro orbe.
E se isso acontecer, como ficaremos?

Renasceremos em novo mundo primitivo nas condições físicas que aquele plano nos oferecer. Nossos corpos serão mais limitados, porém, toda bagagem de conhecimentos que adquirimos estará sempre conosco. Teremos possibilidade, com muito suor e lágrimas, de construir um novo mundo a partir do zero, ajudar os povos primitivos a adquirirem novos conhecimentos, assim como sucedeu com a Terra milênios atrás.
Nunca mais voltaremos a Terra?
Quando expurgarmos tudo aquilo que nos imanta aquele planeta, seremos reconduzidos para cá ou para outro plano que se assemelhe às nossas vibrações.
Quem somos nós, afinal?
Somos seres imortais, filhos de Deus, que estagiamos em todos os lugares criados por Ele para exercitar nossa capacidade e despertar nossa inteligência. Digamos que essa centelha que somos estagia a milhões de anos nos diversos reinos da natureza e o que somos hoje, é o resultado de todo esse processo de aperfeiçoamento.
Não seria mais prudente crermos que Deus nos criou quando nascemos?
Se crermos nisso, estaremos incorrendo no erro de classificá-Lo como parcial e imperfeito, pois para alguns dá muitas facilidades e para outros verdadeiros martírios. Deus jamais daria privilégios a uns em detrimentos de outros, afinal, ele é a Suprema Perfeição. Deu a todos aquilo que precisavam para construírem um ser perfeito, mas o resultado final sempre será mérito individual de cada um. Fomos criados simples e ignorantes, mas com todos os atributos de um ser perfeito. Para adquirir a perfeição é necessário estimular esse princípio inteligente para que ele se desenvolva. Esses estímulos começam a ocorrer ainda no reino mineral e avança sempre, até chegar onde nos encontramos. Longa etapa essa, mas afinal, o que é o tempo diante da eternidade? É apenas uma unidade de medida para que possamos nos situar. A evolução do ser é constante, em todos os reinos desse planeta e posteriormente, de outros, ainda ignorados, que um dia habitaremos.
(Colaboração: Valdenir 

 Fonte: Centro Espírita Vinhas do Senhor


Questionamentos Espíritas

-Para Onde Vamos?
“Na casa de meu Pai há muitas moradas”.

Essa máxima de Jesus vem a nos consolar, indicando-nos que na casa do Pai (Universo) existem muitas moradas. Logicamente, estaremos enquadrados em alguma delas. Atualmente vivemos neste planeta azul, mas pode ser que sejamos originários de outras esferas e, com certeza, um dia abandonaremos esse plano para viver outras experiências em outros mundos.
Existe uma Lei Maior que nos rege, que nos guia, que traça sempre os melhores caminhos para que possamos aprender, trabalhar e evoluir. Nem sempre o que gostaríamos para nós é o melhor, por isso é comum que andemos inconformados com algumas provas que surgem em nosso caminho. Não temos ainda uma visão dimensionada para entender toda extensão das Leis Supremas, mas devemos estar atentos, nos resignar e aprender com as lições proveitosas que cercam nossa existência física.

-Para onde iremos após a morte física?
Eis aí uma pergunta que todo mundo já se fez. Iremos para onde nossa condição espiritual nos levar. Como já fora dito, na casa do Pai há muitas moradas. Podemos entender também por moradas o plano espiritual,para onde iremos caso não fiquemos apegados às coisas deste mundo. Muitas vezes, ficamos hipnotizados no sentimento de posse material ou apegados excessivamente aos nossos entes queridos e criamos uma força de atração que nos prende a esse mundo da matéria.


Quer dizer que mesmo depois do desencarne podemos ficar residindo neste mundo?


Podemos sim e o tempo que vai determinar isso é justamente o necessário para que essas energias atrativas sejam enfraquecidas e consequentemente possamos ser resgatados.

Como que essas energias podem ser enfraquecidas?
À medida que o indivíduo vai tomando consciência da sua situação e se resignando, os laços que o prendem a esse mundo vão se enfraquecendo.

Por que não somos resgatados imediatamente?


Isso dependerá do merecimento de cada um. Não podemos nos esquecer também que todos possuem o livre arbítrio, que sempre é respeitado. Um indivíduo somente é resgatado quando tem merecimento para isso ou quando acorda para a realidade que o cerca e pede auxílio ao Alto.

Se formos atraídos para o plano espiritual, onde iremos parar?
Iremos para uma dimensão que se sintonize com nossa freqüência vibratória. Quanto mais animalizados estejamos, mais seremos atraídos para regiões densas. Quanto mais espiritualizados estejamos, seremos atraídos para regiões mais sublimes.
A Lei que nos rege é natural, imutável, perfeita e aplicada a todos os seres da criação. Não existe julgamento. Quem faz nosso julgamento é a própria consciência. Ela nos aponta os erros e acertos, nos mostra as atenuantes e as agravantes que geraram nosso estado consciencial. No plano espiritual, iremos conviver com pessoas que tenham as mesmas idéias e disposições que as nossas, gostos,virtudes e defeitos. Em suma, cada um conviverá com o grupo que se afinizar.

Quer dizer que poderei ficar separado das pessoas que mais amo?
Temporariamente sim. Tudo dependerá da sintonia vibratória. Cada um será atraído para determinado lugar, de acordo com seu nível evolutivo. Se tivermos um nível maior que outros, quando estivermos preparados e adaptados ao novo meio, poderemos visitá-los e até auxiliá-los, de acordo com a permissão superior. Caso estejamos num nível inferior, poderemos ser auxiliados pelos que estão acima de nosso nível, para que mais rapidamente possamos nos recuperar e conseguir alcançar esferas mais elevadas. Tudo dependerá da força de vontade de cada um.

Por que não podemos conviver com todos nossos familiares no plano espiritual?
Porque dificilmente todos estarão em perfeita sintonia vibratória. Essa separação é temporária, porém, como a evolução é constante, uns evoluem mais rápidos e outros mais lentamente. Uns vão na frente e puxam os que ficam atrás. Quem está na frente vê quem está atrás e o ajuda, mas quem está atrás raramente nota quem está à frente.

Se formos atraídos para regiões baixas, por quanto tempo ficaremos ali?


O tempo que for suficiente para desgastar as energias mais densas e termos condições de ser socorridos pelos benfeitores espirituais. Esse tempo pode durar desde algumas horas, como até séculos. Tudo depende da disposição íntima de cada um de se melhorar, de perdoar, de abandonar seus vícios, ódios, rancores e sentimentos de vingança. Cada um desempenha uma trajetória diferente, mas no final, nem que leve milênios, todos retornarão ao caminho seguro que leva ao Pai.

E o contrário: se formos para planos mais elevados, o que acontecerá?
Iremos continuar nesse plano nosso aprendizado. Iremos ter condições de aprender novos ensinamentos, teremos maior oportunidade de trabalho e também maiores responsabilidades. Não existe “céu” de ociosidade. O trabalho é constante, assim como a nossa evolução é também. Nas esferas superiores alcançaremos conhecimentos que o plano material que vivemos jamais poderia nos fornecer. Trabalharemos pelos nossos semelhantes que ficaram “para trás”, para que possam, com seu esforço e superação, nos alcançar. Aí sim, quando todos tivermos livres as nossas imperfeições, poderemos conviver harmonicamente.

(Colaboração: Valdenir 

Fonte: Centro Espírita Vinhas do Senhor

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A melhora da morte

Quando os familiares não aceitam a perspectiva da separação (desencarnação) formando a indesejável teia vibratória, os técnicos da Espiritualidade promovem, com recursos magnéticos, uma recuperação artificial do paciente que, "mais prá lá do que prá cá", surpreendentemente começa a melhorar, recobrando a lucidez e ensaiando algumas palavras...
Geralmente tal providência é desenvolvida na madrugada. Exaustos, mas aliviados, os "retentores" vão repousar, proclamando:
"Graças a Deus! O Senhor ouviu nossas preces!"
Aproveitando a trégua na vigília de retenção os benfeitores espirituais aceleram o processo desencarnatório e iniciam o desligamento.
A morte vem colher mais um passageiro para o Além.
Raros os que consideram a necessidade de ajudar o desencarnante na traumatizante transição.
Por isso é freqüente a utilização desse recurso da Espiritualidade, afastando aqueles que, além de não ajudar, atrapalham. Existe até um ditado popular a respeito do assunto:
"Foi a melhora da morte! Melhorou para morrer!”

Richard Simonetti – Grupo de estudo Allan Kardec

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O Retorno do Apóstolo Chico Xavier

Quando mergulhou no corpo físico, para o ministério que deveria desenvolver, tudo eram expectativas e promessas.
Aquinhoado com incomum patrimônio de bênçãos, especialmente na área da mediunidade, Mensageiros da Luz prometeram inspirá-lo e ampará-lo durante todo o tempo em quase encontrasse na trajetória física, advertindo-o dos perigos da travessia
no mar encapelado das paixões bem como das lutas que deveria travar para alcançar o porto de segurança.
Orfandade,perseguições rudes na infância, solidão e amargura estabelecermos cerco que lhe poderia ter dificultado o avanço. Porém, as providências superiores auxiliaram-no a vencer esses desafios mais rudes e a crescer interiormente no rumo do objetivo de iluminação.
Adversários do ontem que se haviam reencarnado também, crivaram-no de aflições e de crueldade durante toda a existência orgânica, mas ele conseguiu amá-los, jamais devolvendo as mesmas farpas, os espículos e o mal que lhe dirigiam.
 Experimentou abandono e descrédito, necessidades de toda ordem, tentações incontáveis que lhe rondaram os passos ameaçando-lhe a integridade moral, mas não cedeu ao dinheiro, ao sexo, às projeções enganosas da sociedade, nem aos sentimentos vis.
Sempre se manteve em clima de harmonia, sintonizado com as Fontes Geradoras da Vida, de onde hauria coragem e forças para não desfalecer.
Trabalhando infatigavelmente, alargou o campo da solidariedade, e acendendo o archote da fé racional que distendia através dos incomuns testemunhos mediúnicos, iluminou vidas que se tornaram faróis e amparo para outras tantas existências.
 Nunca se exaltou e jamais se entregou ao desânimo, nem mesmo quando sob o metralhar de perversas acusações, permanecendo fiel ao dever, sem apresentar defesas pessoais ou justificativas para os seus atos.
Lentamente, pelo exemplo, pela probidade e pelo esforço de herói cristão, sensibilizou o povo e os seu líderes, que passaram a amá-lo, tornou-se parâmetro do comportamento,transformando-se em pessoa de referência para as informações seguras sobre o Mundo Espiritual e os fenômenos da mediunidade.
Sua palavra doce e ungida de bondade sempre soava ensinando, direcionando e encaminhando as pessoas que o buscavam para a senda do Bem.
Em contínuo contato com o seu Anjo tutelar, nunca o decepcionou,extraviando-se na estrada do dever, mantendo disciplina e fidelidade ao compromisso assumido.
Abandonado por uns e por outros,afetos e amigos, conhecidos ou não, jamais deixou de realizar o seu compromisso para com a Vida, nunca desertando das suas tarefas.
As enfermidades minaram-lhe as energias, mas ele as renovava através da oração e do exercício intérmino da caridade.
A claridade dos olhos diminuiu até quase apagar-se, no entanto a visão interior tornou-se mais poderosa para penetrar nos arcanos da Espiritualidade.
Nunca se escusou a ajudar, mas nunca deu trabalho a ninguém.
 Seus silêncios homéricos falaram mais alto do que as discussões perturbadoras e os debates insensatos que aconteciam a sua volta e longe dele, sobre a Doutrina que esposava e os seus sublimes ensinamentos.
Tornou-se a maior antena parapsíquica do seu tempo, conseguindo viajar fora do corpo, quando parcialmente desdobrado pelo sono natural, assim como penetrar em mentes e corações para melhor ajudá-los, tanto quanto tornando-se maleável aos Espíritos que o utilizaram por quase setenta e cinco anos de devotamento e de renúncia na mediunidade luminosa.
Por isso mesmo, o seu mediunato foi incomparável.
...E ao desencarnar, suave e docemente, permitindo que o corpo se aquietasse,ascendeu nos rumos do Infinito, sendo recebido por Jesus, que o acolheu com a Sua bondade, asseverando-lhe:
- Descansa, por um pouco, meu filho, a fim de esqueceres as tristezas da Terra e desfrutares das inefáveis alegrias do reino dos Céus.

Joanna de Ângelis - Divaldo Franco

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Em torno da Mediunidade

Ali, no movimentado salão do Carnegie Hall, em Nova Iorque, encontramos famosa médium, a que emprestaremos tão-só o nome de Sra. Hayden, e de quem ouvíramos as melhores referências no Plano Espiritual.
Marcado o encontro pela intervenção afetuosa de nosso amigo Fred. Figner, fomos recebidos pela distinta senhora desencarnada, para conversação de alguns minutos.
A Sra. Hayden, orientadora de assuntos medianímicos, em vários círculos doutrinários dos Estados Unidos, recebeu-nos com extrema bondade, e, porque a víssemos cercada de amigos, naturalmente em atividades inadiáveis, firmamo-nos no objetivo direto de nossa visita, depois das saudações fraternais.
-Sra. Hayden — começamos —, se possível, estimaríamos ouvi-la em algumas perguntas sobre mediunidade...
-Minha experiência — comentou a interpelada — nada possui de notável...
E sorrindo:
-Mas pergunte o que deseje e responderei o que possa.
Sabíamos que a entrevistada, desde os primórdios do Espiritismo, na América, se fizera amiga pessoal do Juiz John Edmonds, do professor Robert Hare, da Sra. James Mapes, de Emma Hardinge e outros pioneiros do movimento espírita na Terra, e considerei:
-Não desconhecemos que a senhora estuda a mediunidade, desde as bases da Doutrina Espírita no mundo...
-Sim — aprovou —, tenho essa honra.
E o nosso diálogo prosseguiu:
-Que nos diz acerca da mediunidade, no momento atual do Planeta?
-Questão ainda nova, tão nova como quando nos aventuramos a praticá-la, há precisamente um século. Temos longo tempo, diante de nós, para examiná-la, conhecê-la, educá-la.
-Mas, a Ciência e a Religião?...
-Duas forças que, até agora, ainda não puderam compreendê-la. Com a veneração que lhes devemos e acatadas as exceções, não será lícito ignorar que os cientistas, até hoje, se esforçam, quase sempre, não em estudá-la mas em dissecá-la, como quem anatomiza grãos de trigo verde, querendo encontrar o pão feito; e os religiosos, muitas vezes, unicamente procuram cercear-lhes os vôos, sob capas mitológicas, interessados em prestigiar a superstição.
-Acredita, no entanto, que as realizações da mediunidade são retardadas tão-só pela inf1uência de cientistas e religiosos?
-De modo algum. A mediunidade é uma força neutra, qual o magnetismo e a eletricidade, que não são bons e nem maus em si. O homem é quem lhes caracteriza as aplicações. Todos sabemos que milhares de indivíduos, encarnados e desencarnados, abusam da mediunidade, como os falsários criam chantagem com o dinheiro ou os impostores exploram a palavra, envilecendo-a na demagogia.
-A senhora crê na possibilidade de se coibirem semelhantes abusos pelo estabelecimento, na Terra, de um instituto central de controle dos fenômenos mediúnicos?
-A questão é de consciência pessoal. Já pensou o que seria do mundo, nas condições morais em que ainda se encontra, se apenas um grupo de nações ou pessoas pudesse controlar a potência do Sol? As ocorrências medianímicas pertencem ao domínio da verdade; por isso mesmo, devem estar com todas as criaturas, no grau evolutivo em que se vejam, em regime de liberdade, conquanto saibamos que todo médium dará contas aos Poderes Orientadores da Vida quanto àquilo que faça de suas próprias faculdades.
-Sra. Hayden, estamos convencidos de que a mediunidade é característica peculiar a todas as pessoas. Apesar disso, a senhora crê, tanto quanto nós, que muitos Espíritos reencarnam com mandatos especiais para desenvolvê-la e honorificá-la?
-Perfeitamente.
-E como explicarmos a falência de tantos médiuns no mundo?
-Isso não sucede exclusivamente nos domínios da mediunidade. O amigo admite que os tiranos em política, os sicários da cultura intelectual que supõem desacreditar a Ciência com atos de crueldade e os fanáticos em Religião hajam nascido na Terra para fazerem o mal que causam? Identificamos companheiros transviados na mediunidade, como é fácil de conhecê-los nos círculos da fortuna, da inteligência, da administração...
-Que diz a isso?
-Que, por enquanto, somos, no conjunto, a família humana do Planeta, com imperfeições, paixões, erros e bancarrotas, inerentes à nossa posição de Espíritos em aperfeiçoamento gradativo, caindo agora e levantando depois, aprendendo e melhorando sempre.
-Em seu ponto de vista, como promover a elevação do conceito de mediunidade?
-Separar o fenômeno mediúnico da doutrina do Espiritismo, definindo fenômeno por matéria de observação e doutrina como sendo a luz que o esclarece.
-A senhora conhece a Codificação Kardequiana?
-Sim.
-Se fosse solicitada a falar para os irmãos de língua inglesa, encarnados na Terra, com vistas à obra de Allan Kardec, permitir-nos-á, por obséquio, saber o que diria?
-Se isso me fosse possível, convidaria todos os amigos e associados de ideal, de formação anglo-saxônia e latina, para o estudo generalizado dos temas e interesses espíritas e espiritualistas, em benefício da Humanidade, a começar dos mais humildes agrupamentos de opinião. Esses assuntos fundamentais da alma, da imortalidade, da evolução, da reencarnação, do destino, da dor e da justiça precisam sair do ambiente estreito dos simpósios para a analise clara e simples do povo.
-Sra. Hayden, desejando centralizar o nosso entendimento no que se relaciona com a mediunidade, muito nos agradaria ouvi-Ia sobre o que pensa, neste outro lado da vida, quanto à mistificação mediúnica.
-O irmão diz muito bem, quando afirma «neste outro lado da vida», porque, no campo físico, habituamo-nos a ver o empeço de maneira excessivamente sumária. A mistificação medianímica assume agora para mim aspectos multiformes, de vez que, se em alguns casos raros, podemos reconhecê-la movida pela má-fé, na maioria absoluta das ocorrências necessitamos compreender o papel da hipnose, da compulsão, do reflexo condicionado ou do processo obsessivo dentro dela. Discriminar mistificações mediúnicas, separando-as de fatos autênticos da mediunidade, não é tão fácil...
-Que sugere para a solução do problema?
-Trabalhar e estudar, cada vez mais. Os sábios das Esferas Superiores nos inspiram e guiam, mas não efetuam por nós a tarefa que nos cabe fazer.
-Mas, as fraudes mediúnicas, Sra. Hayden, que pensar das fraudes mediúnicas que plantam a dúvida e a negação entre os homens? Porque os sábios das Esferas Superiores não as proíbem irrevogavelmente?
-A notável seareira do Espiritismo, na América, sorriu de enigmático modo e acrescentou:
-Ah! Meu amigo, a dúvida é permitida pela Bondade Divina, em benefício da fraqueza humana. A fraude mediúnica, se prejudica de um lado, mostra função seletiva de outro. Muita gente que se gaba de cultura e discernimento não suportaria, de chofre, as verdades do Mundo Espiritual. Existem Espíritos que reencarnam prometendo prodígios de fidelidade e serviço, na obra do Senhor; entretanto, depois de se constituírem seguramente no corpo físico, voltam às tentações que noutro tempo lhes conturbavam o campo íntimo e recuam dos propósitos de elevação... Ainda assim, são criaturas boas e nobres. O Senhor, então, permite que elas duvidem das realidades espirituais e aceita, generosamente, que lhe neguem até mesmo a existência, de modo a que se inclinem para outras tarefas, não tão heróicas quanto as da confiança e da lealdade ao Bem até às últimas conseqüências, mas igualmente construtivas e meritórias... Tornarão à fé mais tarde, enquanto os companheiros mais amadurecidos seguem, com a bênção do Senhor, para a frente.
Uma campainha retiniu.
Os minutos previstos para a conversação haviam terminado.
A Sra. Hayden despediu-se e nós ficamos repentinamente a sós, no grande salão, com fome de silêncio e com sede de pensar.

 Irmão X , Do Livro: Entre Irmãos de Outras Terras- Francisco Cândido Xavier

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Classificações de Casamentos

Acidentais, Provacionais, Sacrificiais, Afins (Afinidade superior), Transcendentes.

ACIDENTAIS : Se dá por efeito de atração momentânea, de almas ainda inferiorizadas. São as pessoas que se encontram, se vêem, se conhecem, se aproximam, surgindo, daí, o enlace acidental, sem qualquer ascendente espiritual. Usando de seu livre arbítrio, uma vez que por ele construímos sempre o nosso destino. No nosso mundo, tais casamentos são comuns, ainda.

PROVACIONAIS: Reencontro de almas, para reajustamentos necessários à evolução delas. São os mais frequentes. É por essa razão que há tantos lares onde reina a desarmonia, onde impera a desconfiança, onde os conflitos morais se transformam, tantas vezes, em dolorosas tragédias. Deus permite a união deles, através das leis do Mundo, a fim de que, pelo convívio diário, a Lei Maior, da fraternidade, seja por eles exercida nas lutas comuns. A compreensão evangélica, a boa vontade, a tolerância e a humildade são virtudes que funcionam à maneira de suaves amortecedores.
O Espiritismo, pelos conhecimentos que espalha, é meio eficiente para que muitos lares em provação, se reajustem e se consolidem, dando, assim, os primeiros passos na direção do Infinito Bem. O Espírita esclarecido sabe que somente ele pagará as suas próprias faltas, porém sempre contando com o auxílio Divino.

SACRIFICIAIS: Deus permite aí, o reencontro de alma iluminada com alma inferiorizada, com o objetivo de redimir a que se perdeu pelo caminho. Reúnem almas possuidoras de virtude a outras de sentimentos opostos. Acontece quando uma alma esclarecida, ou iluminada se propõe ajudar a que se atrasou na jornada ascensional. Como a própria palavra indica, é casamento de sacrifício, para um deles. E o sacrificado tanto pode ser a mulher como o homem. Quem ama não pode ser feliz se deixou na retaguarda, torturado e sofredor, o objeto de sua afeição.Volta, então, e, na qualidade de esposo ou esposa, recebe o viajor retardatário, a fim de, com o seu carinho e com a sua luz, estimular-lhe a caminhada. O Evangelho nos lares, como em toda a parte, funciona à maneira de estimulante da harmonia e construtor do entendimento. 

AFINS :
Pela lei da afinidade, reencontram-se corações amigos, para consolidação de afetos. São os que reúnem almas esclarecidas e que muito se amam. São Espíritos que, pelo casamento, no doce aconchego do lar, consolidam velhos laços de afeição.

TRANSCENDENTES
São Almas engrandecidas no Bem que se buscam para realizações imortais. São constituídos por almas que se reencontram, no plano físico, para as grandes realizações de interesse geral. A vida desses casais encerra uma finalidade superior. O ideal do Bem e do Belo enche-lhes as horas e os minutos repletando-lhes as almas de doce ventura, acima de quaisquer vulgaridades terrenas, acima das emoções inferiores, o amor puro e santo. Todos nós passamos, ou passaremos ainda, segundo o caso, por essa sequência de casamentos: acidentais, provacionais e sacrificiais, até alcançarmos no futuro, sob o sol de um novo dia, a condição de construirmos um lar terreno na base do idealismo transcendental ou da afinidade superior. E enquanto caminhamos, o Espiritismo, abençoada Doutrina, cumulará os nossos dias das mais santas esperanças…
É evidente que o matrimônio, sagrado em suas origens, tem reunido sob o mesmo teto os mais variados tipos evolutivos, o que vem demonstrar que a união, na Terra, funciona, às vezes como meio de consolidação de laços de pura afinidade espiritual, e, noutros casos, em sua maioria, como instrumento de reajuste.
Algumas vezes o lar é um santuário, um templo, onde almas engrandecidas pela legítima compreensão exaltam a glória suprema do amor sublimado. Porém, a maioia dos lares funcionam como oficina e hospital purificadores, onde, sob o calor de rudes provas e dolorosos testemunhos, Espíritos frágeis caminham, lentamente, na direção da Vida Superior.


Autor: Martins Peralva
Livro : Estudando a Mediunidade – cap. XVIII

O Problema do Divórcio

Ouvistes o que foi dito aos antigos: – Quem abandonar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio.
Eu, porém, vos digo que quem repudiar sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, a torna adúltera; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério.
(Mateus, 5:31 e 32.)


Nos primórdios do Judaísmo os vínculos matrimoniais eram bastante frágeis. Se o homem chegasse à conclusão de que sua esposa não lhe convinha, até pelo fato de cometer uma falha no preparo da comida, bastava dar-lhe carta de divórcio, uma espécie de demissão ou rescisão do contrato matrimonial. Isto bem de acordo com a mentalidade da época, situada a mulher em regime de escravidão.
Por incrível que pareça, a carta de divórcio, instituída por Moisés, representava um progresso, pois regulamentava a separação e dava à repudiada o direito de constituir nova família.
No capítulo 19, do Evangelho de Mateus, Jesus diz, categórico, que semelhante instituição deveu-se à dureza do coração humano.
Ao referir-se ao assunto, no Sermão da Montanha, o Mestre explica que o casamento deve ser indissolúvel, admitindo a separação apenas num caso — a infidelidade —, porque esta des-trói as bases fundamentais da união matrimonial: a confiança, a integridade, o respeito, o amor, a dignidade.
A Doutrina Espírita é bastante clara quanto à seriedade do vínculo matrimonial, demonstrando que ele é, geralmente, fruto de planejamento espiritual, e que, ao se ligarem, os cônjuges assumem compromissos muito sérios, não tão somente em relação ao próprio ajuste, mas, particularmente, no concernente aos filhos.
Todo casamento dissolvido representa fracasso dos cônjuges. A separação não faz parte do destino de ambos — é simples¬mente uma alternativa, quando a união entra em crise insuperável. O divórcio, nesta circunstância, defendido por Kardec, em O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo 22, limita-se tão só a re¬conhecer uma separação já existente. É o mal menor, oferecendo ao casal divorciado a oportunidade de recompor suas vidas e de legalizar sua nova situação perante a sociedade.
Imperioso reconhecer – e nisso reside a seriedade do problema – que a separação representa uma transferência de com¬promissos para o futuro, em regime de débito agravado, sempre que os filhos ou os próprios cônjuges venham a comprometer-se em desajustes e desequilíbrios diretamente relacionados com a desintegração do lar.
Inútil, entretanto, considerar-se os prejuízos advindos da separação, diante daqueles que chegaram a extremos tais de desentendimentos que tornam impossível a vida em comum. Nesta circunstância, nem toda a sabedoria do mundo os convencerá a permanecerem juntos, superando suas desavenças.
Por isso, mais importante do que tentar ajustar peças demasiadamente comprometidas pela ferrugem da discórdia, é cuidar de recursos que garantam a estabilidade matrimonial, a saúde do casamento.
Para tanto, a primeira providência é superar o velho enga¬no cometido pelo homem e pela mulher, que se julgam casados apenas porque assinaram o livro do registro civil, submetendo-se às demais disposições legais.
Socialmente falando o casamento é isso, mas, sob o ponto de vista moral e espiritual, trata-se de um compromisso a ser re¬novado todos os dias. Deve representar o empenho diário de dois seres, de estrutura biológica e psicológica totalmente diferentes, no sentido de se ajustarem. Cérebro e coração, razão e sentimento, força e sensibilidade, o homem e a mulher, realmente, são duas partes que se completam — mas somente com a força do amor. Não o amor paixão, que se esvai após a embriaguez dos primeiros tempos, mas o amor convivência, que se consolida com o perpassar dos anos, desde que sustentado pelos valores da compreensão, do respeito mútuo, da tolerância e da boa vontade.
Emmanuel tem uma imagem muito feliz a respeito do casamento, quando diz que a euforia dos noivos, no grande dia, é semelhante à do estudante que recebe o diploma do curso superior. É o coroamento de seus esforços, de seus anseios...
Mas depois vem o trabalho de cada dia, a dedicação, o es¬forço, o sacrifício, para que seu diploma represente para ele a base de uma vida melhor, econômica e socialmente.
Assim acontece com o casamento. Muita alegria no início, muito empenho depois, porque nenhuma casa será um lar autêntico, oásis de bênçãos e ternura, se não for primeiro uma oficina de boa vontade e de esforço em favor da paz.
Para tanto, lembrando ainda Jesus, é preciso que combatamos a dureza de nossos corações, pois, se bem analisarmos, verificaremos que todo problema de relacionamento humano, em qualquer lugar, principalmente no lar, nasce justamente porque nosso coração se fecha com muita facilidade ante as manifestações do egoísmo, que nos leva a exigir demais dos outros e tão pouco de nós mesmos.

Richard Simonetti

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Sofrimento,Alavanca do Progresso

Terra é planeta-escola, que abriga uma sociedade cujas características de imperfeição e fraqueza estão adequadas às necessidades de Espíritos carecedores de oportunidades, a lhes oferecerem meios de expungir do acervo pessoal as mazelas que impedem ascensão aos planos superiores da Eternidade. A vida de relação é, assim, valioso recurso para exercício dos elevados atributos intelectuais e morais da alma, com vistas à vida eterna, apanágio de todos os Espíritos, rumo à perfeição.
As adversidades, os infortúnios, as dores em geral são meios de purificação da natureza espiritual que nos é própria, por isso, não deverão ser considerados punições, e sim, oportunidades redentoras, estimulando- nos os esforços, no caminho da própria libertação. Há que considerar, ainda, que ninguém mais nos impõe sofrimentos, senão nós próprios, criando, no pleno uso da liberdade e do livre-arbítrio, o determinismo que nos coloca diante dos inflexíveis efeitos da Lei Causal.
As aflições que nos visitam objetivam estimular-nos o esforço, não somente para compreendê-las, mas também para envidarmos esforços concretos na sua erradicação, porque, embora a vida material nos pareça suficiente e completa em si mesma, na realidade visa o progresso da natureza eterna que nos é peculiar: a natureza espiritual. “Bem-aventurados os que sofrem porque serão consolados” (Mateus, 5:4), sentenciou Jesus. Como complemento dessa máxima, ensina-nos o divino Mestre que a coragem, a resignação e humildade são as forças que otimizam a conquista do progresso, enquanto a revolta, a rebeldia, o orgulho e a fraqueza retardam-lhe o advento.
Os resgates, expiações e provas a que estamos sujeitos, durante a vida material, são criações nossas.
Os acontecimentos do presente estarão sempre com raízes no passado.
Nossos agressores e adversários nada mais são que auxiliares da nossa evolução; instrumentos utilizados pelo automatismo da Lei, para que a justiça se cumpra. Eis por que a vingança será sempre um sentimento desprovido de sentido!
É como se estivéssemos destruindo um remédio amargo, que nos livrará de enfermidade pertinaz.
Se quisermos bem aproveitar a oportunidade encarnatória, evitando a repetição de experiências mal-sucedidas, há que exercitarmos a capacidade de renúncia e o espírito de serviço, conquistando, através deles, o enriquecimento do acervo de realizações, com que retornaremos à Pátria Espiritual portando bagagem que nos situará no convívio dos justos. Os elementos para a consecução desse objetivo serão encontrados nos ensinamentos do Evangelho de Jesus, amplamente explicados pela Terceira Revelação, que é a Doutrina Espírita.

Reformador Ago/08

Por Sergio Ribeiro

sábado, 23 de novembro de 2013

15 coisas que você precisa abandonar para ser feliz

Essa lista é uma tradução, o texto original e em inglês é do World Observer Online.


1. Desista da sua necessidade de estar sempre certo

Há tantos de nós que não podem suportar a ideia de estarem errados – querem ter sempre razão – mesmo correndo o risco de acabar com grandes relacionamentos ou causar estresse e dor, para nós e para os outros. E não vale a pena, mesmo. Sempre que você sentir essa necessidade “urgente” de começar uma briga sobre quem está certo e quem está errado, pergunte a si mesmo: “Eu prefiro estar certo ou ser gentil?” (Wayne Dyer) Que diferença fará? Seu ego é mesmo tão grande assim?

2. Desista da sua necessidade de controle
Estar disposto a abandonar a sua necessidade de estar sempre no controle de tudo o que acontece a você e ao seu redor – situações, eventos, pessoas, etc. Sendo eles entes queridos, colegas de trabalho ou apenas estranhos que você conheceu na rua – deixe que eles sejam. Deixe que tudo e todos sejam exatamente o que são e você verá como isso irá o fazer se sentir melhor.

“Ao abrir mão, tudo é feito. O mundo é ganho por quem se desapega, mas é necessário você tentar e tentar. O mundo está além da vitória.” Lao Tzu

3. Pare de culpar os outros
Desista desse desejo de culpar as outras pessoas pelo que você tem ou não, pelo que você sente ou deixa de sentir. Pare de abrir mão do seu poder e comece a se responsabilizar pela sua vida.

4. Abandone as conversinhas auto-destrutivas
Quantas pessoas estão se machucando por causa da sua mentalidade negativa, poluída e repetidamente derrotista? Não acredite em tudo o que a sua mente está te dizendo – especialmente, se é algo pessimista. Você é melhor do que isso.

“A mente é um instrumento soberbo, se usado corretamente. Usado de forma errada, contudo, torna-se muito destrutiva.” Eckhart Tolle

5. Deixe de lado as crenças limitadoras sobre quem você pode ou não ser, sobre o que é possível e o que é impossível. De agora em diante, não está mais permitido deixar que as suas crenças restritivas te deixem empacado no lugar errado. Abra as asas e voe!
“Uma crença não é uma ideia realizada pela mente, é uma ideia que segura a mente.” Elly Roselle

6. Pare de reclamar
Desista da sua necessidade constante de reclamar daquelas várias, várias, váaaarias coisas – pessoas, momentos, situações que te deixam infeliz ou depressivo. Ninguém pode te deixar infeliz, nenhuma situação pode te deixar triste ou na pior, a não ser que você permita. Não é a situação que libera esses sentimentos em você, mas como você escolhe encará-la. Nunca subestime o poder do pensamento positivo.

7. Esqueça o luxo de criticar
Desista do hábito de criticar coisas, eventos ou pessoas que são diferentes de você. Nós somos todos diferentes e, ainda assim, somos todos iguais. Todos nós queremos ser felizes, queremos amar e ser amados e ser sempre entendidos. Nós todos queremos algo e algo é desejado por todos nós.

8. Desista da sua necessidade de impressionar os outros
Pare de tentar tanto ser algo que você não é só para que os outros gostem de você. Não funciona dessa maneira. No momento em que você pára de tentar com tanto afinco ser algo que você não é, no instante em que você tira todas as máscaras e aceita quem realmente é, vai descobrir que as pessoas serão atraídas por você – sem esforço algum.

9. Abra mão da sua resistência à mudança
Mudar é bom. Mudar é o que vai te ajudar a ir de A a B. Mudar vai melhorar a sua vida e também as vidas de quem vive ao seu redor. Siga a sua felicidade, abrace a mudança – não resista a ela.

“Siga a sua felicidade e o mundo abrirá portas para você onde antes só havia paredes” Joseph Campbell

10. Esqueça os rótulos
Pare de rotular aquelas pessoas, coisas e situações que você não entende como se fossem esquisitas ou diferentes e tente abrir a sua mente, pouco a pouco. Mentes só funcionam quando abertas.

“A mais extrema forma da ignorância é quando você rejeita algo sobre o que você não sabe nada” Wayne Dyer

11. Abandone os seus medos
Medo é só uma ilusão, não existe – você que inventou. Está tudo em sua cabeça. Corrija o seu interior e, no exterior, as coisas vão se encaixar.

“A única coisa de que você deve ter medo é do próprio medo” Franklin D. Roosevelt

12. Desista de suas desculpas
Mande que arrumem as malas e diga que estão demitidas. Você não precisa mais delas. Muitas vezes nos limitamos por causa das muitas desculpas que usamos. Ao invés de crescer e trabalhar para melhorar a nós mesmos e nossas vidas, ficamos presos, mentindo para nós mesmos, usando todo tipo de desculpas – desculpas que, 99,9% das vezes, não são nem reais.

13. Deixe o passado no passado

Eu sei, eu sei. É difícil. Especialmente quando o passado parece bem melhor do que o presente e o futuro parece tão assustador, mas você tem que levar em consideração o fato de que o presente é tudo que você tem e tudo o que você vai ter. O passado que você está desejando – o passado com o qual você agora sonha – foi ignorado por você quando era presente. Pare de se iludir. Esteja presente em tudo que você faz e aproveite a vida. Afinal, a vida é uma viagem e não um destino. Enxergue o futuro com clareza, prepare-se, mas sempre esteja presente no agora.

14. Desapegue do apego
Este é um conceito que, para a maioria de nós é bem difícil de entender. E eu tenho que confessar que para mim também era – ainda é -, mas não é algo impossível. Você melhora a cada dia com tempo e prática. No momento em que você se desapegar de todas as coisas, (e isso não significa desistir do seu amor por elas – afinal, o amor e o apego não têm nada a ver um com o outro; o apego vem de um lugar de medo, enquanto o amor… bem, o verdadeiro amor é puro, gentil e altruísta, onde há amor não pode haver medo e, por causa disso, o apego e o amor não podem coexistir), você irá se acalmar e se virá a se tornar tolerante, amável e sereno… Você vai alcançar um estado que te permita compreender todas as coisas, sem sequer tentar. Um estado além das palavras.

15. Pare de viver a sua vida segundo as expectativas das outras pessoas
Pessoas demais estão vivendo uma vida que não é delas. Elas vivem suas vidas de acordo com o que outras pessoas pensam que é o melhor para elas, elas vivem as próprias vidas de acordo com o que os pais pensam que é o melhor para elas, ou o que seus amigos, inimigos, professores, o governo e até a mídia pensa que é o melhor para elas. Elas ignoram suas vozes interiores, suas intuições. Estão tão ocupadas agradando todo mundo, vivendo as suas expectativas, que perdem o controle das próprias vidas. Isso faz com que esqueçam o que as faz feliz, o que elas querem e o que precisam – e, um dia, esquecem também delas mesmas. Você tem a sua vida – essa vida agora – você deve vivê-la, dominá-la e, especialmente, não deixar que as opiniões dos outros te distraiam do seu caminho.

Fonte: Guia Ingresse

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Temos Data e Hora para Desencarnar?

Quando encarnamos, recebemos uma carga de fluidos vital (fluido da vida).
Quando este fluido acaba, morremos. Somos como a pilha que com o tempo vai descarregando.
Chegamos ao ponto que os remédios já não fazem mais efeito. Daí não resta outra alternativa senão trocar de “roupa” e voltar para a escola planetária.
Mas a quantidade de fluido vital não é igual em todos seres orgânicos. Isso dependerá da necessidade reencarnatória de cada um de nós.
Quando chegamos á Terra cada um tem uma estimativa de vida. Vai depender do que viemos fazer aqui.
André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier, explica que poucos são completistas, ou seja, nascemos com uma estimativa de vida e, com os abusos, desencarnamos antes do previsto, não completamos o tempo estimado, isso chama-se suicídio indireto.
Se viemos acertar as pendências biológicas por mau uso do corpo, como o suicídio direto ou indireto, nós vamos ficar aqui pouco tempo. É só para cobrir aquele buraco que nós deixamos. Exemplo: Se nossa estimativa de vida é 60 anos e nós, por abusos, desencarnamos aos 40 anos, ficamos devendo 20 anos. Então, na próxima encarnação viveremos somente 20 anos.
Mas há outros indivíduos que vem para uma tarefa prisional. E daí vai ficar, 70, 80, 90, 100 anos. Imaginamos que quem vira os 100 anos está resgatando débitos. Porque vê as diversas gerações que já não são as suas. E o indivíduo vai se sentindo cada vez mais um estranho no ninho. Os jovens o olham como se ele fosse um dinossauro. Os da sua idade já não se entendem mais porque já faltam certos estímulos (visuais, auditivos, etc.). Já não podem visitar reciprocamente, com raras exceções. Tornam-se pessoas dependentes dos parentes, dos descendentes para levar aqui e acolá. Até para cuidar-se e tratar-se. Então, só pode ser resgate para dobrar o orgulho, para ficar nas mãos de pessoas que nem sempre gostam dela. Alguns velhos apanham, outros são explorados na sua aposentadoria, outros são colocados em asilos onde nunca recebem visitas.
Em compensação, outros vêm, cuidam da família, educam os filhos em condição de caminhar, fecham os olhos e voltam para a casa com a missão cumprida com aqueles que se comprometeu em orientar, impulsionar, a ajudar.
Por isso, precisamos conversar com os jovens. Dizer a eles que é na juventude que a gente estabelece o que quer na velhice, se chegar lá. E que vamos colher na velhice do corpo o que tivermos plantado na juventude. Se ele quiser ter um ídolo, que escolha alguém que esteja envolvido com a paz, com a saúde, a ética, ao invés de achar ídolos da droga, do crime, das sombras.
E aqueles que não tem jovens para orientar e que estão curtindo a própria maturidade, avaliar o que fizeram da vida até agora. Se a morte chegasse hoje, o que teriam para levar? Se chegarem a conclusão que não tem nada para levar lembrem que: HÁ TEMPO.
Enquanto Deus nos permitir ficar na Terra, HÁ TEMPO, para fazermos algum serviço no Bem seja ao próximo ou a nós mesmos: estudar, aprender uma língua, uma arte, praticar um esporte. Enquanto respirarmos no corpo perguntemos: 
“O QUE DEUS QUER QUE EU FAÇA?” Usemos bem o fluido que nos foi disponibilizado. A vida bem vivida pela causa do Bem pode nos dar “moratória”, ou seja, uma sobrevida, uma dilatação do tempo de permanência do Espírito no corpo de carne.
Então, há idosos em caráter expiatório e em caráter de moratória.

José Raul Teixeira
Fonte: GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Ligações espirituais

Na trama cármica das encarnações físicas, os espíritos interligam-se por afinidade espiritual ou através dos vínculos culposos de vidas anteriores. Assim, a vivência humana agradável, ou desagradável, frustrada ou acertada, é uma conseqüência da natureza boa ou má do espírito encarnado! Os espíritos, em regra geral, reencarnam sob um esquema traçado pelos instrutores e técnicos competentes, no Além, onde intercambiam emoções, sentimentos afins ou ostensivos, e ajustam os seus propósitos aos interesses do conjunto! Espíritos nobres ou sórdidos, sábios ou ignorantes, bondosos ou malignos, santos ou delinqüentes, ligam-se na trama da existência física e se agrupam sob diversos motivos de interesses recíprocos movimentados no passado e trazendo resíduos corretivos. Em conseqüência, há espíritos bondosos e de boa estirpe espiritual, que ainda se imantam a entidades inferiores porque as exploraram em seu exclusivo bem e interesse pessoal. Embora tenham galgado mais alguns degraus na escadaria espiritual, terão de liquidar quaisquer saldos de contas devedoras do pretérito, ajudando os próprios comparsas à mais breve ascese para a freqüência superior. Mas, como no Espaço também não há regras sem exceção, existem almas missionárias e benfeitoras, que não hesitam em abandonar o seu mundo de venturas e encarnarem-se para socorrer e auxiliar espíritos primários e até vingativos, junto aos quais comprovam a sua piedade e amor sob a égide do Cristo!

Por: Márcia Fernandes

Amar sem amarrar

Perguntam-me o que podemos fazer por familiares desencarnados, que saibamos não preparados para enfrentar o retorno à vida espiritual. Três iniciativas são básicas.
Oração. É um refrigério para as almas penadas, aquelas que se situam perplexas ante as realidades espirituais que insistiram em ignorar no desdobramento de suas experiências. Quando oramos pelos desencarnados, não só os beneficiamos com vibrações balsamizantes, como evocamos, em favor deles, a assistência dos amigos espirituais.
Serenidade. Os recém-desencarnados permanecem em estreita sintonia com os familiares e são muito sensíveis às suas vibrações. O desespero, a revolta, a inconformação, não apenas colocam em dúvida nossa crença, como atingem os que partiram, exacerbando suas perplexidades e sofrimentos.
Normalidade. Se após sofrer a amputação de um braço ou perna, num acidente, alimentamos indefinidamente o sentimento de perda, inconformados, fatalmente estaremos resvalando para indesejáveis estados de depressão e desequilíbrio.
A morte de um ente querido é uma amputação psicológica. Sentiremos falta, tanto maior quanto mais fortes os elos do amor, mas é preciso que nos habituemos a viver sem ele, conscientes de que devemos seguir em frente, em nosso próprio benefício.
Sem esse empenho, fatalmente nos desajustaremos, com reflexos negativos no ânimo daquele que partiu.

***
Não raro, ao invés de o desencarnado perturbar o encarnado de quem se aproxima, carente e sofrido, ocorre o contrário. Pode parecer inusitado, amigo leitor, mas a Doutrina Espírita nos fala de obsessões de encarnados sobre desencarnados.
Lembro-me de Roberval, modesto servidor público, pai de três filhos, casado com Ifigênia, mulher de bons princípios, preocupada com a família, mas extremamente apegada ao marido, amor possessivo.
Era Roberval pra cá, Roberval pra lá, em efusões amorosas extremadas que acabavam por aborrecê-lo, tirando-lhe a liberdade. Não fosse a sua índole pacata e haveria sérios conflitos entre eles.
Se o mel é demais, fatalmente enjoa.
Quando Roberval desencarnou, repentinamente, vitimado por um enfarto, foi um transtorno para Ifigênia. Não se conformava com a morte do bem-amado, razão de sua existência. Lamuriava-se em oração, questionando os desígnios divinos.
E chamava pelo marido.
– Ah! Roberval, onde anda você, minha vida?
E, dia e noite, continuava a história do Roberval pra cá, Roberval pra lá!
Não dava sossego para o pobre marido, mesmo depois de morto, porquanto suas vibrações o atingiam em cheio, reclamando sua presença, convocando-o ao lar. Tanto se perturbou que os benfeitores espirituais decidiram interná-lo em nova encarnação.
Foi a solução para livrá-lo da pressão desajustada da esposa inconformada. Atendendo à afinidade e à disponibilidade, ele reencarnou como filho de sua filha.
Por sugestão insistente de Ifigênia, deram o nome do avô à criança.
Roberval reencarnado recebeu o mesmo nome. Como a jovem mãe tinha compromissos profissionais, decidiu confiar a criança à avó, enquanto ausentava-se.
Pobre Roberval! O dia todo se via às voltas com os excessivos zelos de Ifigênia, agora sua avó.
Roberval pra cá, Roberval pra lá!
Amor que amarra é egoísmo. É preciso amar sem prender.
Ótimo quando agimos assim. Nossos amados partem em paz. Em paz ficamos nós.

Richard Simonetti

sábado, 16 de novembro de 2013

GRAVIDEZ

O  elevado poder magnético ou um molde vivo
destinado à fundição e refundição das formas, ao sopro criador da Bondade Divina, que, em toda a parte, nos oferece recursos ao desenvolvimento para a Sabedoria e para o Amor. Esse vaso atrai a alma sequiosa de renascimento e que lhe é afim, reproduzindo-lhe o corpo denso, no tempo e no espaço, como a terra engole a semente para doar-lhe nova germinação, consoante os princípios que encerra.


Entre o Céu e a Terra - Chico Xavier

A gravidez é a materialização da vida no plano físico, através da mãe (médium, intermediária da vida) serão modelados os elementos necessários para a expressão do espírito no mundo físico.

A Gestação é um processo de beleza divina onde temos a participação dos seguintes componentes:
- Mãe – Atua fornecendo os elementos físicos e espirituais, auxilia através da sua força mental a formar o molde físico.
- Espírito Reencarnante – Atua junto com a mãe na formação do corpo físico.
- Anjo da Guarda, Protetor Espiritual – Fica muito próximo durante a gravidez, protege a mãe e o filho (segundo o merecimento) das energias hostis. Os amigos espirituais também se aproximam para visitar e ajudar no que for possível, levando vibrações de otimismo e fé para a família. No trecho abaixo, retirado do livro Missionários da Luz, vemos o exemplo de Herculano, espírito que se comprometeu a auxiliar Segismundo em sua nova encarnação.

- Equipe Reencarnacionista (Construtores) – São os responsáveis pelo processo de reencarnação, atuam protegendo e auxiliando e estão presentes mesmo quando a mãe não realiza sua parte na tarefa divina que lhe foi outorgada. Sua ajuda tem limites e está diretamente vinculada á conduta da mãe.

- Espíritos Superiores – Embora os anjos do senhor estejam em uma faixa de vibração quase imperceptível, eles estão sempre presentes, podemos facilmente verificar nas passagens do livro Missionários da Luz o auxilio imperceptível que espíritos de alta estirpe espiritual realizam.
A troca de impressões entre mãe e filho acontece durante todo o período da gravidez, quando o futuro filho é um espírito inferior ele não traz sensações muito agradáveis. Nesses casos funcionam também um canal de expurgo para as energias tóxicas do reencarnante.
Quando um espírito mais evoluído se liga a mãe as influencias são suaves e agradáveis.
E sobre a aversão que muitas mães sentem em relação aos maridos ou pessoas próximas:
— Afligia-me observar — lembrou Hilário, com interesse — a inopinada
aversão de muitas gestantes contra os próprios maridos...
— Sim, isso ocorre sempre que um inimigo do pretérito volta à carne, a fim de resgatar débitos contraídos para com aquele que lhe servirá de pai.

Missionários da Luz – Chico Xavier

O mal estar e as doenças que muitas mães sentem durante a gravidez pode ter como causa as energias que ela expurga do filho:
O organismo materno, absorvendo as emanações da entidade reencarnante, funciona como um exaustor de fluidos em desintegração, fluidos esses que nem sempre são aprazíveis ou facilmente suportáveis pela sensibilidade feminina.

Entre o Céu e a Terra – Chico Xavier

por Gustavo Martins
Coluna: Em Busca da Verdade
Grupo PAS

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Após o Desencarne

Após o desencarne o espírito também fica suscetível às vibrações dos familiares. Quando estes, em desequilíbrio, ficam chamando por ele, ocorre uma atração muito forte e o espírito recebe esse impacto de forma violenta, porque ainda está em período de adaptação.Diferente do que muitos pensam, se o espírito recém-liberto voltar para o lar ele sofrerá junto com os familiares e de forma inconsciente se tornará obsessor dos seus entes queridos. Nos casos de doença pode até acontecer de um dos encarnados começar a sentir as dores que o moribundo sofria. Nesse caso ele se torna obsessor.
Retiramos o seguinte trecho do livro Voltei para exemplificar:
"... bastou que me entregasse à quietação para que certo fenômeno auditivo e visual me perturbasse as fibras mais íntimas.
Vi perfeitamente, qual se estivessem dentro de mim, as filhas queridas, então na Terra, e alguns poucos amigos, que deixara no mundo, dirigindo-me palavras de saudade e carinho.
- Pai querido! Diga-me se você ainda vive! Desfaça minhas dúvidas, ensine-me o caminho, venha até mim!
Era a voz de uma delas a interpelar-me.
O amoroso chamamento ameaça-me o equilíbrio. Minha razão periclitou por segundos. Onde me encontrava? Contemplava-a ao meu lado, queria beijar-lhe as mãos, expressando-lhe reconhecimento pela imensa ternura, mas debalde a buscava.
Ainda me não desembaraçara do inolvidável momento de estranheza, quando um médium de minhas relações apareceu igualmente no quadro.
- Meu amigo! Fale-nos, conforte-nos!.. – rogou comovidamente.
Ia gritar, suplicando socorro. Todavia, o Irmão Andrade, mais prestativo e prudente que eu poderia supor, abeirou-se de mim e cientificou-me de que aquele era fenômeno da sintonia espiritual, comum a todos os recém-desencarnados que deixam laços de coração, na retaguarda....
... asseverou que, aos poucos, saberia controlar o fenômeno das solicitações terrestres, canalizando-lhes as possibilidades para trabalho de elevação."
Conselhos Para quem Perdeu Recentemente Pessoas Próximas
Como foi falado no item Após o Desencarne, o espírito que desencarna sofre inicialmente o impacto dos pensamentos e emoções dos encarnados que estavam ligados a ele. Tanto os pensamentos de revolta e vingança quanto os de angústia e saudade chegam até ele.
Após algum tempo desencarnado ele aprende a lidar com essas vibrações.
O nosso conselho para quem perdeu alguém que ama é orar por ele, pedindo ao Pai que o proteja e ampare onde ele estiver, PRONTO, SÓ ISSO e CHEGA!!
Aprendamos a acreditar REALMENTE na vida e eterna e na reencarnação, pois que nosso desequilíbrio traz sofrimento para aquele que amamos.
Dependendo do grau de evolução do espírito ele poderá voltar a visitar seus familiares na terra, assim que se restabelecer.

Luz Da Existencia Kardecista

Macário fagundes

Quando o Espírito de Macário Fagundes bateu à porta da Esfera Superior, sobraçava à altura do peito elegante volume da Bíblia.
A Bíblia resumira-lhe na Terra as preocupações e os objetivos.
Estudara religiões. Simpatizara com todas. Contudo, refugiara-se na Bíblia, dela fazendo argumento de última instância.

Fora a Macário que um amigo, certa feita, ponderara, delicado: “Fagundes, não tenho dúvidas quanto ao Novo Testamento, em que realmente sentimos a presença do Cristo, mas, no que se reporta aos antigos profetas, creio tudo devamos examinar com raciocínio e discernimento. Você acredita, por exemplo, no caso de Jonas, qual vem relatado pelos cronistas? Aceita que Jonas tenha sido tragado por uma baleia, viajando são e salvo dentro dela?” E Macário respondera, firme: “ A letra do Velho Testamento não pode falhar. Acredito piamente que a baleia engoliu Jonas para que ele cumprisse a missão de que estava incumbido, e, se estivesse escrito na Bíblia que Jonas engolira a baleia, eu aceitaria a informação com a mesma fé.”
Pois era Macário quem se perfilava agora, reverente, ao pé da Sagrada Porta.
Mensageiro espiritual atendeu, presto. E Fagundes explicou a própria condição. Vinha do mundo. Fora cristão fiel. Perdera o corpo de carne, no fenômeno da morte, e queria lugar para descanso. Para isso, acrescentava, vivera o temor da Bíblia, consagrando-se a ela de alma e coração.
- Entretanto, Fagundes, que fez você com a Bíblia? – indagou o amanuense, calmo.
- Peço licença para alongar-me um tanto na resposta – rogou o recém-chegado-, pois gastei a existência analisando ensinamentos e confrontando textos.
- Perfeitamente. Você esclarecerá a própria situação como deseje.
E Macário passou a elucidar:
- Adorei a Bíblia como sendo a palavra de Deus, em todos os meus dias. Sei que outros estudantes possuem apontamentos mais ou menos diversos de minha estatística pessoal, efetuada em longo tempo de estudo; no entanto, posso dizer que a Bíblia está contida em 69 livros, sendo 42 no Velho Testamento e 27 no Testamento Novo.
E prosseguiu:
- O Tesouro Eterno, dentro dos livros referidos, está formado de 1.189 capítulos. Os 1.189 capítulos estão divididos em 31.138 versículos. Os 31.138 versículos possuem 774.748 palavras. As 774.748 palavras estão articuladas com 3.566.512 letras. O meio da Bíblia fica no versículo 8, do Salmo 118, em que o profeta diz claramente: “É melhor confiar no Senhor do que confiar no homem.” O versículo mais longo é o de número 9, do capítulo VIII, do Livro de Ester, que relaciona uma ordem de Mardoqueu, e o versículo mais curto é o de número 35, do capítulo XI, do Evangelho de João, que dá notícias do pranto de Jesus por Lázaro morto.
Creio seja desnecessário alinhar anotações vulgarmente sabidas, mas é importante apontar que a Bíblia gastou cerca de mil anos para ser escrita, e está traduzida em mais de mil línguas e dialetos.
Macário silenciou.
Admitindo que ele apresentara quanto pretendia, o mensageiro replicou:
- Efetivamente, a sua cultura do livro sagrado é espantosa, mas houve um mal-entendido. Desejamos saber o que você realizou com a Bíblia no coração e nas mãos...
- Ah! – tornou Fagundes, repentinamente desapontado. – Já disse o que consegui... Minha confiança na Bíblia diz tudo...
- Sim, os seus conhecimentos são admiráveis; no entanto, a Esfera Superior pede obras, obras edificantes... A Lei determina seja cada um de nós julgado pelas próprias obras... É preciso que você relacione os próprios feitos...
- O apóstolo Paulo – adiantou Macário, desculpando-se – declara no versículo 1, do capítulo 5, na Epístola aos Romanos, que “justificados pela fé temos paz com Deus, por Nosso Senhor Jesus - Cristo”.
- Sem dúvida – atalhou o amigo espiritual -, a fé constitui o alicerce de todo trabalho, tanto quanto o plano é o início de qualquer construção. O apóstolo Paulo deve ser atenciosamente ouvido, mas não podemos esquecer a palavra do Divino Mestre, no versículo 34, do capítulo 13, no Evangelho de João: “Amai-vos uns aos outros como vos amei”. Não ignoramos que Jesus nos amou em plena renunciação de si mesmo para melhor servir.
- É... é... de fato...
E Fagundes indagou:
- E agora? Se me dediquei completamente à fé, que fazer agora?
- É preciso voltar à Terra e nascer de novo para fazer o bem que ensinamos. O próprio Cristo não teve outro programa, perante Deus, e Paulo de Tarso, que exaltou a fé, não viveu outras diretrizes diante do Cristo... Crer, sim, mas fazer também. Fazer muito e sempre o melhor...
Macário resmungou, chorou, lastimou-se, reclamou; contudo, não teve outro remédio senão aceitar a verdade e nascer de novo.

Irmão X, Do Livro: Contos desta e Doutra Vida-Francisco Cândido Xavier

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

O Médico Jesus

Esse texto e ilustra bem como os nossos sentimentos alteram a nossa saúde física e emocional.

"Sim, diga a seu médico que vc. tem dor no peito, mas diga também que a sua dor é de tristeza, é dor de angústia.

Conte a seu médico que vc. tem azia, mas descubra o motivo pelo qual você, com seu gênio, aumenta a produção de ácidos no estômago.

Relate que vc. tem diabetes, no entanto, não se esqueça que não está encontrando mais doçura em sua vida e que está muito difícil suportar o peso das suas frustrações.

Mencione que vc. sofre de enxaqueca, todavia confesse que padece com seu perfeccionismo, com a autocrítica, que é muito sensível à crítica alheia e demasiadamente ansioso.

Muitos querem se curar, mas não querem mudar de vida. Procuram a cura de um câncer, mas se recusam a abrir mão de uma simples mágoa.

Pretendem a desobstrução das artérias coronárias, mas querem continuar com o peito fechado pelo rancor e pela agressividade.

Pedem a solução para a depressão, entretanto, não abrem mão do orgulho ferido e do forte sentimento de decepção em relação a perdas experimentadas.

Suplicam auxílio para os problemas da tireoide, mas não cuidam de suas frustrações e ressentimentos , não levantam a voz para expressar suas legítimas necessidades.

Imploram a cura par um nódulo de mama, todavia, insistem em manter bloqueada a ternura e a afetividade, por conta das feridas emocionais do passado.

Clamam pela intercessão divina, porém permanecem surdos aos gritos de socorro que chega de pessoas muito próximas a si mesmo.

Deus nos fala através de mil modos; a enfermidade é uma delas.
Toda cura é sempre uma autocura e o Evangelho de Jesus é a farmácia onde encontraremos os remédios que nos cura por dentro.

"O médico Jesus", autor: José Carlos de Lucca
por: Nelci Nunes

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Velho Trauma

Recomendações:
− Só me enterrem quando começar a cheirar mal!...
− Não me sepultem. Quero ser cremado!...
− Cumpram rigorosamente o prazo de vinte e quatro horas para o enterro. Não importam as circunstâncias de minha morte!...
Em palestras sobre a morte, a pergunta frequente:
− Se eu passar por um transe letárgico e despertar no túmulo, o que acontecerá comigo?
A resposta jocosa:
− Nada de especial. Simplesmente morrerá em poucos minutos, por falta de oxigênio.
Incrível a preocupação das pessoas com a possibilidade de serem enterradas vivas, alimentada por velhas lendas de cadáveres estranhamente virados no esquife quando este é aberto, meses ou anos após a inumação.
Talvez fatos dessa natureza tenham ocorrido nos séculos passados, particularmente por ocasião de epidemias ou de batalhas.
Ante da quantidade de corpos a serem sepultados, passava-se por cima desse elementar cuidado de verificar se o indivíduo estava realmente morto.
Nossos ancestrais terão confundido, não raro, a letargia com a morte, condenando as vítimas de sua ignorância a um desencarne por asfixia.
Na atualidade, é praticamente impossível enterrar alguém vivo, desde que a família peça a presença de um médico (o que no Brasil é imposto por lei, já que não se pode providenciar o sepultamento sem o atestado de óbito firmado por profissional da Medicina e este não pode fazê-lo sem o competente exame do defunto).
O médico constatará facilmente se o candidato ao atestado está realmente morto ou em estado letárgico. Na letargia, não cessam as funções vitais. O organismo permanece em funcionamento, mas de forma latente, imperceptível à observação superficial.
Com o estetoscópio ele verificará tranquilamente se há circulação sanguínea, sustentada pelos batimentos cardíacos. Se ocorre uma parada cardíaca, a morte se consuma em quatro minutos. O exame oftálmico também é conclusivo. Verificando-se a midríase, uma ampla dilatação da pupila, sem resposta aos estímulos luminosos, o falecimento está consumado.
Em boa parte, os temores a respeito do assunto têm origem em problemas de desligamento, já que é muito comum o Espírito permanecer preso ao corpo por algumas horas ou dias, após o sepultamento, por despreparo para a morte.
Considerando que certamente todos já passamos por essa desagradável experiência em vidas anteriores, guardamos nos refolhos da consciência traumas que se manifestam no temor de sermos enterrados vivos.
Dois recursos podem ser mobilizados para superar essa incômoda herança de nossas desastradas experiências de vidas anteriores:
A compreensão dos mecanismos da morte, como se opera o retorno à vida espiritual, proporcionada pela Doutrina Espírita, que desbrava o continente espiritual.
A observância dos compromissos com a Vida, atendendo aos ditames do Evangelho, o celeste manual que Jesus legou à Humanidade, a partir de suas lições e exemplos.
Então poderemos repetir com o apóstolo Paulo (1 Cor. 15:55):

Onde está, ó morte, o teu aguilhão?
Richard Simonetti

domingo, 10 de novembro de 2013

O pessimismo



“Uma criatura que vive entregue ao pessimismo e aos maus pensamentos, tem em volta de si uma atmosfera espiritual escura, da qual aproximam-se Espíritos doentios.A angústia, a tristeza e a desesperança aparecem, formando um quadro físico-psíquico deprimente, que pode ser modificado sob a orientação dos ensinos morais de Jesus.”

- Allan Kardec. (Revista Espírita, Maio, 1867.)

Fonte: GEAK - Grupo Espírita Allan Kardec.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Nanismo

Chico afirmou que a pessoa encarna sob essa condição, basicamente por duas razões: a primeira delas, a mais frequente, porque praticou o suicídio em outra existência e a segunda por ter abusado da beleza física, causando a infelicidade de outras pessoas.O nanismo está particularmente ligado ao suicídio por precipitação de grandes alturas. O anão revoltado, segundo explicou-nos Chico, em geral é o suicida de outra existência que não se conforma de não ter morrido, porque constatou que a vida é uma fatalidade e, mesmo desejando, não conseguiu extingui-la.
Chico afirmou que o corpo espiritual sofre, com esse tipo de morte, lesões que vão interferir no próximo corpo, prejudicando particularmente a produção de hormônios, daí a formação do corpo anão, e as diversas formas de nanismo, mais ou menos graves, segundo o comprometimento do espírito.
Ele disse ainda que conhece mães e pais maravilhosos que têm aceitado a prova com coragem e amparado os filhos anões com muito carinho e dedicação. Reconhece que a explicação espírita através da lei de causa e efeito e das encarnações sucessivas contribui bastante para a resignação perante a prova. Suas palavras são de estímulo e encorajamento aos pais e portadores de nanismo para que não se revoltem e aceitem essa estágio na Terra como um valioso aprendizado para o espírito imortal.

Irmãos da nova Era Espírita

-Texto extraído do livro Lições de Sabedoria – Chico Xavier

As dez coisas que os seres das sombras mais gostam que você faça

1-Que você minta, que não viva a verdade em cada ato, que não faça da vida aquilo que gosta, que procure preponderar os interesses materiais em relação aos conscienciais e que jamais cumpra com a sua palavra.

2. - Que você tenha muita dúvida, que sinta-se inseguro o tempo todo e que não tenha fé na vida, nas pessoas e nas possibilidades que o universo nos oferece.

3. - Que você não estabeleça uma conexão com a Fonte Divina ou Deus. Que você acredite que só se vive uma vida. Em especial que você se concentre em aproveitar a vida no sentido de apenas se divertir o tempo todo, principalmente, que você não dê atenção à evolução do amor e da consciência. Quanto menos você pensar e agir no sentido de realizar a missão da sua alma, que é o propósito da sua existência, mais você agrada os seres das sombras e mais você facilita o trabalho deles.

4. - Que você não se preocupe jamais com os outros. Que não pense em caridade, em bem-estar alheio, em colaborar para a formação de uma sociedade mais digna e elevada. Quanto mais você pensa unicamente nos seus interesses mundanos, mais você agrada e facilita o trabalho das sombras.

5. - Que você jamais perdoe, que sinta muita raiva e desejo de vingar-se das pessoas as quais lhe fizeram mal. Além disso, que você faça valer a sua palavra a qualquer preço, sem compaixão, sem paciência e sem respeito. O tipo de campo de energia produzido por esses sentimentos alimenta muito a força dos seres das sombras, oferecendo a eles alimento, energia e campo de ação para suas investidas nefastas.

6. - Que você jamais estude e que nunca busque o desenvolvimento de seus potenciais. Em especial que você seja acomodado, preguiçoso e sem iniciativa. Quanto menos você cuidar do seu corpo, da sua mente, das suas emoções e do seu espírito, mais você ajudará a facilitar o trabalho das sombras. Quanto mais alienado e cético você for, melhor!

7. - Que você seja fanático, determinista, inflexível, convicto e fascinado. Quanto menos tolerância, equilíbrio, leveza e sensatez você tiver nos seus atos, mais você contribuirá para as estratégias dos seres das sombras.

8. - Que você elimine da sua vida a oração, a meditação e qualquer tipo de prática espiritual. De preferência que você substitua essas práticas por vícios como drogas, álcool, fumo, alimentação desequilibrada, jogos e sexo promíscuo. Quanto mais você abandonar práticas saudáveis, mais você contribuirá para abrir a porta de acesso que liga os seres das sombras até você.

9. - Que a sua disciplina seja muito ruim e que você nunca tenha persistência para seguir seus objetivos, para realizar suas práticas diárias de conexão com Deus e que nunca tenha perseverança em seguir os seus sonhos.

10. - Que jamais acredite na sua intuição e que siga apenas a voz da razão e que não confie em nada, absolutamente nada que não seja comprovado cientificamente ou que não tenha relevância acadêmica. Em especial, que você abandone a sua sensibilidade de perceber as coisas e situações, acreditando apenas no que você vê com os próprios olhos. De preferência, quando situações ruins acontecerem em sua vida, vitimize-se e rapidamente encontre um culpado, que certamente não deve ser você.

Não quer alimentar atitudes que atraiam obsessores ou seres das sombras para a sua vida?
 Quer construir um estilo de vida que lhe faça feliz? 
Quer estar em sintonia com as Fontes Divinas?
Então, faça um exame de consciência e elimine da sua vida esses comportamentos citados anteriormente. Eliminando esses erros comuns você certamente dará um importante passo na conquista de uma vida cheia de bênçãos e bem aventurança!
por Bruno J. Gimenes - sintonia@luzdaserra.com.br

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Páginas De Fé

 Na reunião da noite de 19 de agosto de 1954, em rematando as nossas tarefas, tivemos a visita do Espírito Célia Xavier, que ocupou as faculdades psicofônicas do médium, oferecendo-nos expressiva página de fé. Célia Xavier é abnegada servidora espiritual do Evangelho num dos templos espíritas de Belo Horizonte.
Á frente do ataúde ou perante o sepulcro aberto, clama o homem desesperado:
- Maldita seja a morte que nos impõe a separação para sempre...Não suspeita de que os seus entes amados, na vanguarda do além, prosseguem evoluindo entre a alegria e a dor, compartilhando-lhe esperanças e ansiedades.
E não se apercebe de que ele mesmo atravessará, um dia, aflito e espantado, o portal de pó e cinza para colher o que semeou.
No entanto, somos hoje, os espíritas e os Espíritos, batedores da Era Nova e servos da Nova Luz.
Unidos, estamos construindo o túnel da grande revelação, pela qual se expressará, enfim, a vida plena e Vitoriosa.
Conhecemos de perto vosso combate, vossa tarefa, vossa fadiga...
A Verdade, que pediu outrora o martírio aos pioneiros da fé cristã, atualmente vos reclama o sacrifício por norma de triunfo.
Antigamente, era a perseguição exterior, através dos circos de sangue ou das fogueiras cruéis.
Agora, é a batalha íntima com os monstros da sombra a se aninharem, sutis, em nosso próprio coração, declarando oculta guerra ao nosso idealismo superior.
Ontem, poderia ser mais fácil morrer, de um átimo, sob o cutelo da flagelação física.
Hoje, porém, é muito difícil sofrer, pouco a pouco, o assalto das trevas, sustentando suprema fidelidade à glória do espírito.
Entretanto, não podemos trair a excelsitude do mandato que nos foi confiado.
Somos lidadores da renovação e arautos da luz, a quem incumbe a obrigação de acendê-la na própria alma, para que o nosso mundo suba no céu para o esplendor de céus mais altos.
É preciso não temer as serpes do caminho, nem recear os fantasmas da noite.
Nosso programa essencial na luta é o aprimoramento próprio, a fim de que o mundo, em torno de nós, também se aperfeiçoe.
Aprendendo e ensinando, lembremo-nos, pois, de que o nosso amanhã será a projeção do nosso hoje e, elegendo no bem o sistema invariável de nosso reto pensamento e de nossa reta conduta, continuemos unidos na cruzada contra a morte, esforçando-nos para que o homem compreenda que o amor e a justiça regem a vida no Universo e que o trabalho e a fraternidade são as forças que geram na eternidade a alegria e a beleza imperecíveis.

site: www.caminhosluz.com.br
Célia Xavier, Do Livro: Instruções Psicofônicas- Francisco Cândido Xavier.




O Disfarce

A velha Jordelina Torres recebera do fazendeiro Paulo Mota as piores humilhações da vida.
A princípio, quando mais moço, perseguira-a com propostas menos dignas a que resistira valentemente.
O homem teimoso, contudo, para vingar-se, crivara-lhe o esposo, então empregado da fazenda, com tantas tarefas de sacrifício, que o pobre veio a desencarnar de maneira inesperada e violenta.
Desde então, o adversário gratuito apertou o cerco.
Seduziu-lhe ambas as filhas, ao preço de ouro, lançando-as à existência em que a mulher bebe fel com o nome de “vida fácil” e em seguida, não contente, tomou-lhe a casinha esburacada, banindo-a do sítio.
Jordelina, analfabeta, buscou a cidade grande, encorajada na fé, e fez-se cozinheira na residência de um médico, junto de quem teve a felicidade de encontrar uma família do coração.
Os anos rolaram e, certo dia, já grisalha, Jordelina Torres foi solicitada a comparecer no leito de morte do fazendeiro.
O portador comunicou-lhe que Paulo Mota, muito doente, se fizera religioso e queria vê-la, antes de partir para o túmulo.
Quem sabe se o poderoso sitiante tencionava pedir-lhe perdão ou aquinhoá-la com algum bem?
Jordelina realmente não desejava rever o desafeto, mas, vencida pelos argumentos da casa afetuosa a que servia, pôs-se de viagem para a fazenda.
Lá chegando, contudo, encontrou a surpresa.
Paulo Mota estava morto, desde a véspera.
E, deitada no féretro, mostrava curiosa apresentação, pois pedira à filha que o vestissem como Jesus no dia do Calvário.
O cadáver estava em posição solene, envergando grande roupão branco, cana humilde entre as mãos, coroa de espinhos na cabeça, pés descalços.
Tudo simples, sem uma flor.
O fazendeiro dissera que desejava chegar ao outro mundo com a pobreza e a simplicidade do Divino Mestre.
Jordelina Torres chegou, respeitosa, e fitou o morto, compungidamente.
Orava, serena, quando foi abordada por D. Mariana Mota, a filha do fazendeiro, que lhe falou:
– Dona Jordelina, lamento que a senhora não tenha chegado antes... Papai estava muito interessado em que a senhora o perdoasse por alguma falta de outros tempos...
– Não tenho nada contra ele – disse a velha humilde –, pois também sou pecadora, necessitada do perdão de Deus.
Encorajada por uma resposta assim tão doce, a jovem senhora indicou o morto, cuja figuração efetivamente lembrava o Sublime Crucificado, e falou à recém-chegada:
– A senhora não acha que papai está bem como está?
Foi então que Jordelina explicou, sem afetação:
– Sim, minha filha, Nhô Paulo está muito bem disfarçado, mas ele agora está seguindo para o lugar onde é bem conhecido.

Hilario Silva - Do livro: Almas em Desfile- Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos