A noite de 15 de julho de 1954 trouxe-nos a alegria do primeiro contacto com o Espírito do Doutor Francisco de Menezes Dias da Cruz, distinto médico e denodado batalhador do Espiritismo, que foi Presidente da Federação Espírita Brasileira, no período de 1889 a 1895, desencarnado em 1937.
Tomando as faculdades psicofônicas do médium, pronunciou a palestra aqui transcrita, que consideramos precioso estudo em torno da obsessão.
Subordinando o assunto ao tema “alergia e obsessão”, elucida-nos sobre a maneira pela qual facilitamos a influenciação das entidades Infelizes ou inferiores em nosso campo físico, desde as mais simples perturbações epidérmicas aos casos dolorosos de avassalamento psíquico.
Quem se consagra aos trabalhos de socorro espiritual há de convir, por certo, em que a obsessão é um processo alérgico, interessando o equilíbrio da mente.
Sabemos que a palavra «alergia» foi criada, neste século, pelo médico vienense Von Pirquet, significando a reação modificada nas ocorrências da hipersensibilidade humana.
Semelhante alteração pode ser provocada no campo orgânico pelos agentes mais diversos, quais sejam os alimentos, a poeira doméstica, os polens das plantas, os parasitos da pele, do intestino e do ar, tanto quanto as bactérias que se multiplicam em núcleos infecciosos.
As drogas largamente usadas, quando em associação com fatores protéicos, podem suscitar igualmente a constituição de alérgenos alarmantes.
Como vemos, os elementos dessa ordem são exógenos ou endógenos, isto é, procedem do meio externo ou interno, em nos reportando ao mundo complexo do organismo.
A medicina moderna, analisando a engrenagem do fenômeno, admite que a ação do anticorpo sobre o antígeno, na intimidade da célula, liberta uma substância semelhante à histamina, vulgarmente chamada substância «H», que agindo sobre os vasos capilares, sobre as fibras e sobre o sangue, atua desastrosamente, ocasionando variados desequilíbrios, a se expressarem, de modo particular, na dermatite atípica, na dermatite de contacto, na coriza espasmódica, na asma, no edema, na urticária, na enxaqueca e na alergia sérica, digestiva, nervosa ou cardiovascular.
Evitando, porém, qualquer preciosismo da técnica científica e relegando à medicina habitual o dever de assegurar os processos imunológicos da integridade física, recordemos que as radiações mentais, que podemos classificar por agentes «R», na maioria das vezes se apresentam, na base de formação da substância «H», desempenhando importante papel em quase todas as perturbações neuropsíquicas e usando o cérebro como órgão de choque.
Todos os nossos pensamentos definidos por vibrações, palavras ou atos, arrojam de nós raios específicos.
Assim sendo, é indispensável curar de nossas próprias atitudes, na autodefesa e no amparo aos semelhantes, porqüanto a cólera e a irritação, a leviandade e a maledicência, a crueldade e a calúnia, a irreflexão e a brutalidade, a tristeza e o desânimo, produzem elevada percentagem de agentes «R», de natureza destrutiva, em nós e em torno de nós, exógenos e endógenos, suscetíveis de fixar-nos, por tempo indeterminado, em deploráveis labirintos da desarmonia mental.
Em muitas ocasiões, nossa conduta pode ser a nossa enfermidade, tanto quanto o nosso comportamento pode representar a nossa restauração e a nossa cura.
Para sanar a obsessão nos outros ou em nós mesmos, é preciso cogitar dos agentes «R» que estamos emitindo.
O pensamento é força que determina, estabelece, transforma, edifica, destrói e reconstrói. Nele, ao influxo divino, reside a gênese de toda a Criação.
Respeitemos, assim, a dieta do Evangelho, procurando erguer um santuário de princípios morais respeitáveis para as nossas manifestações de cada dia.
E, garantindo-nos contra a alergia e a obsessão de qualquer procedência, atendamos ao sábio conselho de Paulo, o grande convertido, quando adverte aos cristãos da Igreja de Filipos:
— «Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é nobre, tudo o que é puro, tudo o que é santo, seja, em cada hora da vida, a luz dos vossos pensamentos. »
Dias da Cruz
Fonte:
Do livro INSTRUÇÕES PSICOFÔNICAS
médium Francisco Cândido Xavier-
Dias da Cruz/Edição FEB
http://www.cacef.info/news/alergia-e-obsessão
quinta-feira, 8 de dezembro de 2016
Lesões Afetivas
Nas ocorrências da Terra de hoje, quando se escreve e se fala tanto, em torno de amor livre e de sexo liberado, muitos poucos são os companheiros encarnados que meditam nas consequências amargas dos votos não cumpridos.
Se habitas um corpo masculino, conforme as tarefas que te foram assinaladas, se encontraste essa ou aquela irmã que se te afinou com o modo de ser, não lhe desarticules os sentimentos, a pretexto de amá-la, se não estás em condição de cumprir a própria palavra, no que tange a promessas de amor. E se moras presentemente num corpo feminino, para o desempenho de atividades determinadas, se surpreendeste esse ou aquele irmão que se harmonizou com as tuas preferências, não lhe perturbes a sensibilidade sob a desculpa de desejar-lhe a proteção, caso não estejas na posição de quem desfruta a possibilidade de honorificar os próprios compromissos.
Não comeces um romance de carinho a dois, quando não possas e nem queiras manter-lhe a continuidade.
O amor, sem dúvida, é lei da vida, mas não nos será lícito esquecer os suicídios e homicídios, os abortos e crimes na sombra, as retaliações e as injúrias que dilapidam ou arrasam a existência das vítimas, espoliadas do afeto que Ihes nutria as forças, cujas lágrimas e aflições clamam, perante a Divina Justiça, porque ninguém no mundo pode medir a resistência de um coração quando abandonado por outro e nem sabe a qualidade das reações que virão daqueles que enlouquecem, na dor da afeição incompreendida, quando isso acontece por nossa causa.
Certamente que muitos desses delitos não estão catalogados nos estatutos da sociedade humana; entretanto, não passam despercebidos nas Leis de Deus que nos exigem, quando na condição de responsáveis, o resgate justo.
Tangendo este assunto, lembramo-nos automaticamente de Jesus, perante a multidão e a mulher sofredora, quanto afirmou, peremptório: "aquele que estiver isento de culpa, atire a primeira pedra".
Todos nós, os espíritos vinculados à evolução da Terra, estamos altamente compromissados em matéria de amor e sexo, e, em matéria de amor e sexo irresponsáveis, não podemos estranhar os estudos respeitáveis nesse sentido, porque, um dia, todos seremos chamados a examinar semelhantes realidades, especialmente as que se relacionem conosco, que podem efetivamente ser muito amargas, mas que devem ser ditas.
(Emmanuel / Francisco Cândido Xavier. In: Momentos de Ouro)
Leia mais: http://www.cacef.info/news/lesoes-afetivas
Se habitas um corpo masculino, conforme as tarefas que te foram assinaladas, se encontraste essa ou aquela irmã que se te afinou com o modo de ser, não lhe desarticules os sentimentos, a pretexto de amá-la, se não estás em condição de cumprir a própria palavra, no que tange a promessas de amor. E se moras presentemente num corpo feminino, para o desempenho de atividades determinadas, se surpreendeste esse ou aquele irmão que se harmonizou com as tuas preferências, não lhe perturbes a sensibilidade sob a desculpa de desejar-lhe a proteção, caso não estejas na posição de quem desfruta a possibilidade de honorificar os próprios compromissos.
Não comeces um romance de carinho a dois, quando não possas e nem queiras manter-lhe a continuidade.
O amor, sem dúvida, é lei da vida, mas não nos será lícito esquecer os suicídios e homicídios, os abortos e crimes na sombra, as retaliações e as injúrias que dilapidam ou arrasam a existência das vítimas, espoliadas do afeto que Ihes nutria as forças, cujas lágrimas e aflições clamam, perante a Divina Justiça, porque ninguém no mundo pode medir a resistência de um coração quando abandonado por outro e nem sabe a qualidade das reações que virão daqueles que enlouquecem, na dor da afeição incompreendida, quando isso acontece por nossa causa.
Certamente que muitos desses delitos não estão catalogados nos estatutos da sociedade humana; entretanto, não passam despercebidos nas Leis de Deus que nos exigem, quando na condição de responsáveis, o resgate justo.
Tangendo este assunto, lembramo-nos automaticamente de Jesus, perante a multidão e a mulher sofredora, quanto afirmou, peremptório: "aquele que estiver isento de culpa, atire a primeira pedra".
Todos nós, os espíritos vinculados à evolução da Terra, estamos altamente compromissados em matéria de amor e sexo, e, em matéria de amor e sexo irresponsáveis, não podemos estranhar os estudos respeitáveis nesse sentido, porque, um dia, todos seremos chamados a examinar semelhantes realidades, especialmente as que se relacionem conosco, que podem efetivamente ser muito amargas, mas que devem ser ditas.
(Emmanuel / Francisco Cândido Xavier. In: Momentos de Ouro)
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sábado, 3 de dezembro de 2016
Tragédias Coletivas
Constantemente a humanidade é surpreendida por tragédias coletivas. Desde os fenômenos sísmicos às guerras, aos acidentes de várias ordens, demonstrando a fragilidade do ser humano ante as forças da natureza e as suas próprias paixões, que, amiúde, somos convidados a reflexionar em torno da transitoriedade carnal e sobre a continuidade da vida em outra dimensão.
Há poucos dias, um desastre aéreo de lamentáveis consequências feriu dezenas de famílias, ceifando vidas juvenis em plena busca da felicidade. Desejamos referir-nos ao acidente que arrebatou 71 vidas, especialmente de chapecoenses, deixando aflições inomináveis em muitos familiares e amigos.
Os conceitos filosóficos do materialismo diante do infortúnio não conseguem acalmar as ansiedades e as dores dos sentimentos vitimados pelas ocorrências infelizes do cotidiano, provocando, não raro, revolta e desespero.
Algumas correntes religiosas despreparadas para o enfrentamento dos desafios afligentes que ferem a humanidade simplificam a maneira de os encarar, transferindo para a “vontade de Deus” todas as ocorrências nefastas, sem que, igualmente, com algumas exceções, logrem o conforto moral e a esperança nas suas vítimas.
Ao Espiritismo cabe a tarefa urgente de demonstrar que a criatura humana é autora do próprio destino através dos atos que realiza.
A Divindade estabelece leis morais que atuam nas existências, com a mesma severidade que aqueloutras que regem o Universo e são inalteradas.
Embora Deus seja amor, o dever e o equilíbrio são expressões desse incomparável amor pelas criaturas.
O sofrimento não é um ato punitivo da Divindade, mas uma resposta da Vida ao comportamento malsão de quem se permite
desrespeito aos supremos códigos.
Por intermédio da reencarnação o Espiritismo explica a lógica de acontecimentos tão funestos.
No caso em tópico, segundo a Imprensa, a Anac havia proibido a viagem programada, mas a fatalidade conseguiu uma maneira de atender ao determinismo cármico, mediante o aluguel de uma outra aeronave boliviana. Alguns sobreviventes e outros, que não puderam viajar por uma ou outra razão, foram poupados da terrível provação, por não fazerem parte do grupo comprometido com as Leis divinas.
Provavelmente essas vítimas resgataram antigo débito moral no seu processo evolutivo e foram reunidas para o ressarcimento coletivo, conforme a responsabilidade do conjunto em algum desmando anterior, de existência pregressa.
Hoje, no mundo espiritual, na condição de vítimas das circunstâncias de que não são responsáveis, encontram-se amparados por Espíritos nobres, que os auxiliarão a encontrar a plenitude. Aos seus familiares e amigos, apresentamos a nossa solidariedade.
Há poucos dias, um desastre aéreo de lamentáveis consequências feriu dezenas de famílias, ceifando vidas juvenis em plena busca da felicidade. Desejamos referir-nos ao acidente que arrebatou 71 vidas, especialmente de chapecoenses, deixando aflições inomináveis em muitos familiares e amigos.
Os conceitos filosóficos do materialismo diante do infortúnio não conseguem acalmar as ansiedades e as dores dos sentimentos vitimados pelas ocorrências infelizes do cotidiano, provocando, não raro, revolta e desespero.
Algumas correntes religiosas despreparadas para o enfrentamento dos desafios afligentes que ferem a humanidade simplificam a maneira de os encarar, transferindo para a “vontade de Deus” todas as ocorrências nefastas, sem que, igualmente, com algumas exceções, logrem o conforto moral e a esperança nas suas vítimas.
Ao Espiritismo cabe a tarefa urgente de demonstrar que a criatura humana é autora do próprio destino através dos atos que realiza.
A Divindade estabelece leis morais que atuam nas existências, com a mesma severidade que aqueloutras que regem o Universo e são inalteradas.
Embora Deus seja amor, o dever e o equilíbrio são expressões desse incomparável amor pelas criaturas.
O sofrimento não é um ato punitivo da Divindade, mas uma resposta da Vida ao comportamento malsão de quem se permite
desrespeito aos supremos códigos.
Por intermédio da reencarnação o Espiritismo explica a lógica de acontecimentos tão funestos.
No caso em tópico, segundo a Imprensa, a Anac havia proibido a viagem programada, mas a fatalidade conseguiu uma maneira de atender ao determinismo cármico, mediante o aluguel de uma outra aeronave boliviana. Alguns sobreviventes e outros, que não puderam viajar por uma ou outra razão, foram poupados da terrível provação, por não fazerem parte do grupo comprometido com as Leis divinas.
Provavelmente essas vítimas resgataram antigo débito moral no seu processo evolutivo e foram reunidas para o ressarcimento coletivo, conforme a responsabilidade do conjunto em algum desmando anterior, de existência pregressa.
Hoje, no mundo espiritual, na condição de vítimas das circunstâncias de que não são responsáveis, encontram-se amparados por Espíritos nobres, que os auxiliarão a encontrar a plenitude. Aos seus familiares e amigos, apresentamos a nossa solidariedade.
Divaldo Franco -Médium
Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 1-12-2016.
Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 1-12-2016.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2016
Tragédias!
A tragédia com os jogadores do time Chapecoense e as demais pessoas que estavam no avião que caiu matando a quase todos nesta madrugada, tem mexido com o mundo, impressionando e comovendo.
Muitos, impressionados com o fato dramático, diante de pessoas que estavam progredindo, choram e questionam a justiça divina, entrando na revolta e no inconformismo. Outros tentam entender dizendo que foi "a vontade de Deus" e outros simplesmente não buscam explicações. O fato é que todas as pessoas se comoveram e para muitos fica a pergunta: por quê?
Espiritualmente falando tudo que acontece é certo e o ritmo da Vida é perfeito. Há leis justas, eternas e imutáveis que regulam desde os maiores astros do universo infinito até os pequenos seres microscópicos, passando pela nossa vida.
Acreditar que algo tenha acontecido de maneira errada é questionar o Criador e a perfeição de suas leis. Deus não erra. Mas, então, por que isso aconteceu?
As tragédias coletivas geralmente tem haver com acontecimentos de vidas passadas, onde essas mesmas pessoas atingidas hoje agiram de determinada maneira, provocando agora essa reação. Porém Deus não castiga nem pune e só acontece uma reação como esta quando os envolvidos precisam dar um passo a mais na escala evolutiva.
Todos que estavam nesse avião não foram reunidos por acaso. Todos tinham as mesmas necessidades de evolução e aprendizagem, todos estavam atraindo esse fato para o despertar da consciência.
Embora não possamos jamais dizer qual foi a causa, porque realmente não sabemos e talvez não saberemos nunca, o importante é lembrar que um acontecimento desses só vem para quem precisa passar por isso visando o desenvolvimento da consciência.
A vida continua e todos que morreram aqui, continuarão vivos na outra dimensão, sentindo, amando, sorrindo, sofrendo e evoluindo. A vida muitas vezes usa uma situação como esta para que os envolvidos mudem sua escala de valores. Diante de um fato desses, tanto para quem ficou quanto para quem foi, a partir de agora tenho certeza que, na escala dos valores, outros é que serão prioritários.
Não só tragédias como esta, mas o surgimento inesperado de uma doença grave, da falência financeira, de acidentes graves que deixam sequelas, da iminência da morte de um ente querido, dentre outras coisas, é a vida nos chamando para uma mudança radical na inversão de nossos valores.
Em vez de entrarmos no clima da tragédia e nos impressionarmos, vamos enviar pensamentos de amor, de paz e esperança para todos os envolvidos. Como fazer isso? Entrando em recolhimento sempre que possível ao longo desta semana e orando por todos, pedindo a Deus a intercessão dos espíritos de Luz e de Jesus para que todos fiquem bem e encontrem a paz.
Se é só isso que podemos fazer, não esperemos mais. Vamos lá?
P.S: Para entender melhor as tragédias coletivas sugiro a leitura dos livros "Ação e Reação" de Chico Xavier e André Luiz (espírito), "Vai Amanhecer Outra Vez" de Ricky Medeiros e "Treze Almas" de Marcelo Cezar e Marco Aurélio (espírito).
Por Mauricio de Castro-escritor e médium
Muitos, impressionados com o fato dramático, diante de pessoas que estavam progredindo, choram e questionam a justiça divina, entrando na revolta e no inconformismo. Outros tentam entender dizendo que foi "a vontade de Deus" e outros simplesmente não buscam explicações. O fato é que todas as pessoas se comoveram e para muitos fica a pergunta: por quê?
Espiritualmente falando tudo que acontece é certo e o ritmo da Vida é perfeito. Há leis justas, eternas e imutáveis que regulam desde os maiores astros do universo infinito até os pequenos seres microscópicos, passando pela nossa vida.
Acreditar que algo tenha acontecido de maneira errada é questionar o Criador e a perfeição de suas leis. Deus não erra. Mas, então, por que isso aconteceu?
As tragédias coletivas geralmente tem haver com acontecimentos de vidas passadas, onde essas mesmas pessoas atingidas hoje agiram de determinada maneira, provocando agora essa reação. Porém Deus não castiga nem pune e só acontece uma reação como esta quando os envolvidos precisam dar um passo a mais na escala evolutiva.
Todos que estavam nesse avião não foram reunidos por acaso. Todos tinham as mesmas necessidades de evolução e aprendizagem, todos estavam atraindo esse fato para o despertar da consciência.
Embora não possamos jamais dizer qual foi a causa, porque realmente não sabemos e talvez não saberemos nunca, o importante é lembrar que um acontecimento desses só vem para quem precisa passar por isso visando o desenvolvimento da consciência.
A vida continua e todos que morreram aqui, continuarão vivos na outra dimensão, sentindo, amando, sorrindo, sofrendo e evoluindo. A vida muitas vezes usa uma situação como esta para que os envolvidos mudem sua escala de valores. Diante de um fato desses, tanto para quem ficou quanto para quem foi, a partir de agora tenho certeza que, na escala dos valores, outros é que serão prioritários.
Não só tragédias como esta, mas o surgimento inesperado de uma doença grave, da falência financeira, de acidentes graves que deixam sequelas, da iminência da morte de um ente querido, dentre outras coisas, é a vida nos chamando para uma mudança radical na inversão de nossos valores.
Em vez de entrarmos no clima da tragédia e nos impressionarmos, vamos enviar pensamentos de amor, de paz e esperança para todos os envolvidos. Como fazer isso? Entrando em recolhimento sempre que possível ao longo desta semana e orando por todos, pedindo a Deus a intercessão dos espíritos de Luz e de Jesus para que todos fiquem bem e encontrem a paz.
Se é só isso que podemos fazer, não esperemos mais. Vamos lá?
P.S: Para entender melhor as tragédias coletivas sugiro a leitura dos livros "Ação e Reação" de Chico Xavier e André Luiz (espírito), "Vai Amanhecer Outra Vez" de Ricky Medeiros e "Treze Almas" de Marcelo Cezar e Marco Aurélio (espírito).
Por Mauricio de Castro-escritor e médium
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
Desdobramento- Tirando dúvidas!
O que é desdobramento?
Durante o sono o Espírito desprende-se do corpo; devido aos laços fluídicos estarem mais tênues. A noite é um longo período em que está livre para agir noutro plano de existência. Porém, variam os graus de desprendimento e lucidez. Nem todos se afastam do seu corpo, mas permanecem no ambiente doméstico; temem fazê-lo, sentir-se-iam constrangidos num meio estranho (aparentemente).
Outros movimentam-se no plano espiritual, mas suas atividades e compressões dependem do nível de elevação. O princípio que rege a permanência fora do corpo é o da afinidade moral, expressa, conforme a explanação anterior, por meio da afinidade vibratória ou sintonia.
O espírito será atraído para regiões e companhias que estejam harmonizadas e sintonizadas com ele através das ações, pensamentos, instruções, desejos e intenções, ou seja, impulsos predominantes. Podendo assim, subir mais ou se degradar mais.
O lúbrico terá entrevistas eróticas de todos os tipos, o avarento tratará de negócios grandiosos (materiais) e rendosos usando a astúcia. A esposa queixosa encontrará conselhos contra o seu marido, e assim por diante. Amigos se encontram para conversas edificantes, inimigos entram em luta, aprendizes farão cursos, cooperadores trabalharão nos campos prediletos, e, assim, caminhamos.
Para esta maravilhosa doutrina, conforme tais considerações, o sonho é a recordação de uma parte da atividade que o espírito desempenhou durante a libertação permitida pelo sono. Segundo Carlos Toledo Rizzini, interpretação freudiana encara o sonho como apontando para o passado, revelando um aspecto da personalidade.
Para o Espiritismo, o sonho também satisfaz impulsos e é uma expressão do estilo de vida, com uma grande diferença: a de não se processar só no plano mental, mas ser uma experiência genuína do espírito que se passa num mundo real e com situações concretas.
Como vimos, o espírito, livre temporariamente dos laços orgânicos, empreende atividades noturnas que poderão se caracterizar apenas por satisfação de baixos impulsos, como também, trabalhar e aprender muito. Nesta experiência fora do corpo, na oportunidade do desprendimento através do sono, o ser, poderá ver com clareza a finalidade de sua existência atual, lembrar-se do passado, entrevê o futuro, todavia a amplitude ou não dessas possibilidades é relativa ao grau de evolução do espírito.
Preparação para o Sono
Verificando o lado físico da questão, vamos ver a importância do sono, pelo fato de passarmos 1/3 de nosso dia dormindo, nesta atividade o corpo físico repousa e liberta toxinas. Para o lado espiritual, o espírito liga-se com os seus amigos e intercambia informações, e experiências.
Façamos um preparo para o nosso repouso diário:
Orgânico – refeições leves, higiene, respiração moderada, trabalho moderado, condução de nosso corpo quanto a postura sem extravagâncias.
Mental Espiritual – leituras edificantes, conversas salutares, meditação, oração, serenidade, perdão, bons pensamentos.
Todavia não nos esqueçamos que toda prece se fortifica com atos voltados ao bem, pois então, atividades altruístas possibilitam uma melhor afinidade com os bons espíritos.
Desdobramento
É o nome que se dá o fenômeno de exteriorização do corpo espiritual ou perispírito.
O perispírito ainda ligado ao corpo, distancia-se do mesmo, fazendo agora parte do mundo espiritual, ainda que esteja ligado ao corpo por fios fluídicos. Fenômenos estes, naturais que repousam sobre as propriedades do perispírito, sua capacidade de exteriorizar-se, irradiar-se, sobre suas propriedades depois da morte que se aplicam ao perispírito dos vivos (encarnados).
Os laços que unem o perispírito ao corpo temporal, afrouxam-se por assim dizer, facultando ao espírito manter-se em relativa distancia, porém, não desligado de seu corpo. E esta ligação, permite ao espírito tomar conhecimento do que se passa com o seu corpo e retornar instantaneamente se algo acontecer. O corpo por sua vez, fica com suas funções reduzidas, pois dele foram distanciados os fluidos perispirituais, permanecendo somente o necessário para sua manutenção. Este estado em que fica o corpo no momento do desdobramento, também depende do grau de desdobramento que aconteça.
Os desdobramentos podem ser:
- Conscientes: Este, caracteriza-se pela lembrança exata do ocorrido, quando ao retornar ao corpo o ser recorda-se dos fatos e atividades por ele desempenhadas no ato do desdobramento. O sujeito é capaz de ver o seu “Duplo”, bem próximo, ou seja, de ver a ele mesmo no momento exato em que se inicia o desdobramento. Facilmente nestes casos, sente-se levantando geralmente a cabeça primeiramente e o restante do corpo, depois. Alguns flutuam e vêem o corpo carnal abaixo deitado, outros vêem-se ao lado dos corpos, todavia esta recordação é bastante profunda e a consciência e altamente límpida neste instante. Existe uma ligação ainda profunda dos fluidos perispirituais entre o corpo e o perispírito, facilitando assim, as recordações pós-desdobramento.
- Inconscientes: Ao retornar o ser de nada recorda-se. Temos que nos lembrar que na maioria das vezes a atividade que desempenha o ser no momento desdobrado, fica como experiências para o próprio ser como espírito, sendo lembrado em alguns momentos para o despertar de algumas dificuldades e vêem como intuições, idéias.
Os fluidos perispirituais são neste caso bem mais tênues e a dificuldade de recordação imediata fica um pouco mais árdua, todavia as informações e as experiências ficam armazenadas na memória perispiritual, vindo a tona futuramente.
Em realidade a palavra inconsciente, é colocada por deficiência de linguagem, pois, inconsciência não existe, tendo em vista o despertar do espírito, levando consigo todas as experiências efetivadas pelo mesmo, então colocamos a palavra inconsciente aqui, é somente para atestarmos a temporária inconsciência do ser enquanto encarnado.
-Voluntários: Se a própria pessoa promove este distanciamento. Analisemos algo bastante singular, nem todos os desdobramentos voluntários há consciência, pois como dissemos acima poderão haver algumas lembranças do ocorrido, existem ainda muitas dificuldades, no momento em que o espírito através de seu perispírito aproxima-se novamente de seu corpo, pela densidade ainda dos órgãos cerebrais é possível haver bloqueio dessas experiências. É necessário salientar que o ser encarnado na terra, ainda se encontra distante de controlar todos os seus potenciais, e por isso também há este esquecimento. Haja vista, algumas pessoas até provocarem o desdobramento e no momento de consciência terem medo e retornarem ao corpo apressadamente, dificultando ainda mais a recordação.
Os desdobramentos podem também ocorrer nos momentos de reflexões, onde nos encontramos analisando profundamente nossos atos e cuja atividade nos propicia encontrar com seres que nos querem orientar para o bem, parte de nosso perispírito expande-se e vai captar as experiências e orientações devidas.
-Provocados: Através de processos hipnóticos e magnéticos - Apometria: agentes desencarnados e encarnados podem propiciar o desdobramento do ser encarnado. Os bons Espíritos podem provocar o desdobramento ou auxiliá-los sempre com finalidades superiores. Mas espíritos obsessores também podem provocá-los para produzir efeitos malefícios. Afinizando-se com as deficiências morais dos desencarnados, propiciamos assim, uma maior facilidade para que os espíritos mal-feitores possam provocar o desligamento do corpo físico atraindo o ser encarnado para suas experiências fora do corpo. A lei que exerce esta dependência é a de afinidade.
- Emancipação Letárgica: Decorre da emancipação parcial do espírito, podendo ser causada por fatores físicos ou espirituais. Neste caso o corpo perde temporariamente a sensibilidade e o movimento, a pessoa nada sente, pois os fluidos perispiríticos estão muito tênues em relação a ligação com o corpo. O ser não vê o mundo exterior com os olhos físicos, torna-se por alguns instantes incapaz da vida consciente. Apesar da vitalidade do corpo continuar executando-se. Há flacidez geral dos membros. Se suspendermos um braço, ele ao ser solto cairá.
- Emancipação Cataléptica: Como acima, também resulta da emancipação parcial do espírito. Nela, existe a perda momentânea da sensibilidade, como na letargia, todavia existe uma rigidez dos membros. A inteligência pode se manifestar nestes casos. Difere da letárgica, por não envolver o corpo todo, podendo ser localizado numa parte do corpo, onde for menor o envolvimento dos fluidos perispirituais.
Por: Aluney Elferr Albuquerque Silva
Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net
Durante o sono o Espírito desprende-se do corpo; devido aos laços fluídicos estarem mais tênues. A noite é um longo período em que está livre para agir noutro plano de existência. Porém, variam os graus de desprendimento e lucidez. Nem todos se afastam do seu corpo, mas permanecem no ambiente doméstico; temem fazê-lo, sentir-se-iam constrangidos num meio estranho (aparentemente).
Outros movimentam-se no plano espiritual, mas suas atividades e compressões dependem do nível de elevação. O princípio que rege a permanência fora do corpo é o da afinidade moral, expressa, conforme a explanação anterior, por meio da afinidade vibratória ou sintonia.
O espírito será atraído para regiões e companhias que estejam harmonizadas e sintonizadas com ele através das ações, pensamentos, instruções, desejos e intenções, ou seja, impulsos predominantes. Podendo assim, subir mais ou se degradar mais.
O lúbrico terá entrevistas eróticas de todos os tipos, o avarento tratará de negócios grandiosos (materiais) e rendosos usando a astúcia. A esposa queixosa encontrará conselhos contra o seu marido, e assim por diante. Amigos se encontram para conversas edificantes, inimigos entram em luta, aprendizes farão cursos, cooperadores trabalharão nos campos prediletos, e, assim, caminhamos.
Para esta maravilhosa doutrina, conforme tais considerações, o sonho é a recordação de uma parte da atividade que o espírito desempenhou durante a libertação permitida pelo sono. Segundo Carlos Toledo Rizzini, interpretação freudiana encara o sonho como apontando para o passado, revelando um aspecto da personalidade.
Para o Espiritismo, o sonho também satisfaz impulsos e é uma expressão do estilo de vida, com uma grande diferença: a de não se processar só no plano mental, mas ser uma experiência genuína do espírito que se passa num mundo real e com situações concretas.
Como vimos, o espírito, livre temporariamente dos laços orgânicos, empreende atividades noturnas que poderão se caracterizar apenas por satisfação de baixos impulsos, como também, trabalhar e aprender muito. Nesta experiência fora do corpo, na oportunidade do desprendimento através do sono, o ser, poderá ver com clareza a finalidade de sua existência atual, lembrar-se do passado, entrevê o futuro, todavia a amplitude ou não dessas possibilidades é relativa ao grau de evolução do espírito.
Preparação para o Sono
Verificando o lado físico da questão, vamos ver a importância do sono, pelo fato de passarmos 1/3 de nosso dia dormindo, nesta atividade o corpo físico repousa e liberta toxinas. Para o lado espiritual, o espírito liga-se com os seus amigos e intercambia informações, e experiências.
Façamos um preparo para o nosso repouso diário:
Orgânico – refeições leves, higiene, respiração moderada, trabalho moderado, condução de nosso corpo quanto a postura sem extravagâncias.
Mental Espiritual – leituras edificantes, conversas salutares, meditação, oração, serenidade, perdão, bons pensamentos.
Todavia não nos esqueçamos que toda prece se fortifica com atos voltados ao bem, pois então, atividades altruístas possibilitam uma melhor afinidade com os bons espíritos.
Desdobramento
É o nome que se dá o fenômeno de exteriorização do corpo espiritual ou perispírito.
O perispírito ainda ligado ao corpo, distancia-se do mesmo, fazendo agora parte do mundo espiritual, ainda que esteja ligado ao corpo por fios fluídicos. Fenômenos estes, naturais que repousam sobre as propriedades do perispírito, sua capacidade de exteriorizar-se, irradiar-se, sobre suas propriedades depois da morte que se aplicam ao perispírito dos vivos (encarnados).
Os laços que unem o perispírito ao corpo temporal, afrouxam-se por assim dizer, facultando ao espírito manter-se em relativa distancia, porém, não desligado de seu corpo. E esta ligação, permite ao espírito tomar conhecimento do que se passa com o seu corpo e retornar instantaneamente se algo acontecer. O corpo por sua vez, fica com suas funções reduzidas, pois dele foram distanciados os fluidos perispirituais, permanecendo somente o necessário para sua manutenção. Este estado em que fica o corpo no momento do desdobramento, também depende do grau de desdobramento que aconteça.
Os desdobramentos podem ser:
- Conscientes: Este, caracteriza-se pela lembrança exata do ocorrido, quando ao retornar ao corpo o ser recorda-se dos fatos e atividades por ele desempenhadas no ato do desdobramento. O sujeito é capaz de ver o seu “Duplo”, bem próximo, ou seja, de ver a ele mesmo no momento exato em que se inicia o desdobramento. Facilmente nestes casos, sente-se levantando geralmente a cabeça primeiramente e o restante do corpo, depois. Alguns flutuam e vêem o corpo carnal abaixo deitado, outros vêem-se ao lado dos corpos, todavia esta recordação é bastante profunda e a consciência e altamente límpida neste instante. Existe uma ligação ainda profunda dos fluidos perispirituais entre o corpo e o perispírito, facilitando assim, as recordações pós-desdobramento.
- Inconscientes: Ao retornar o ser de nada recorda-se. Temos que nos lembrar que na maioria das vezes a atividade que desempenha o ser no momento desdobrado, fica como experiências para o próprio ser como espírito, sendo lembrado em alguns momentos para o despertar de algumas dificuldades e vêem como intuições, idéias.
Os fluidos perispirituais são neste caso bem mais tênues e a dificuldade de recordação imediata fica um pouco mais árdua, todavia as informações e as experiências ficam armazenadas na memória perispiritual, vindo a tona futuramente.
Em realidade a palavra inconsciente, é colocada por deficiência de linguagem, pois, inconsciência não existe, tendo em vista o despertar do espírito, levando consigo todas as experiências efetivadas pelo mesmo, então colocamos a palavra inconsciente aqui, é somente para atestarmos a temporária inconsciência do ser enquanto encarnado.
-Voluntários: Se a própria pessoa promove este distanciamento. Analisemos algo bastante singular, nem todos os desdobramentos voluntários há consciência, pois como dissemos acima poderão haver algumas lembranças do ocorrido, existem ainda muitas dificuldades, no momento em que o espírito através de seu perispírito aproxima-se novamente de seu corpo, pela densidade ainda dos órgãos cerebrais é possível haver bloqueio dessas experiências. É necessário salientar que o ser encarnado na terra, ainda se encontra distante de controlar todos os seus potenciais, e por isso também há este esquecimento. Haja vista, algumas pessoas até provocarem o desdobramento e no momento de consciência terem medo e retornarem ao corpo apressadamente, dificultando ainda mais a recordação.
Os desdobramentos podem também ocorrer nos momentos de reflexões, onde nos encontramos analisando profundamente nossos atos e cuja atividade nos propicia encontrar com seres que nos querem orientar para o bem, parte de nosso perispírito expande-se e vai captar as experiências e orientações devidas.
-Provocados: Através de processos hipnóticos e magnéticos - Apometria: agentes desencarnados e encarnados podem propiciar o desdobramento do ser encarnado. Os bons Espíritos podem provocar o desdobramento ou auxiliá-los sempre com finalidades superiores. Mas espíritos obsessores também podem provocá-los para produzir efeitos malefícios. Afinizando-se com as deficiências morais dos desencarnados, propiciamos assim, uma maior facilidade para que os espíritos mal-feitores possam provocar o desligamento do corpo físico atraindo o ser encarnado para suas experiências fora do corpo. A lei que exerce esta dependência é a de afinidade.
- Emancipação Letárgica: Decorre da emancipação parcial do espírito, podendo ser causada por fatores físicos ou espirituais. Neste caso o corpo perde temporariamente a sensibilidade e o movimento, a pessoa nada sente, pois os fluidos perispiríticos estão muito tênues em relação a ligação com o corpo. O ser não vê o mundo exterior com os olhos físicos, torna-se por alguns instantes incapaz da vida consciente. Apesar da vitalidade do corpo continuar executando-se. Há flacidez geral dos membros. Se suspendermos um braço, ele ao ser solto cairá.
- Emancipação Cataléptica: Como acima, também resulta da emancipação parcial do espírito. Nela, existe a perda momentânea da sensibilidade, como na letargia, todavia existe uma rigidez dos membros. A inteligência pode se manifestar nestes casos. Difere da letárgica, por não envolver o corpo todo, podendo ser localizado numa parte do corpo, onde for menor o envolvimento dos fluidos perispirituais.
Por: Aluney Elferr Albuquerque Silva
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quarta-feira, 14 de setembro de 2016
Espíritos Protetores
Jehul, elevada entidade de uma das mais belas regiões da vida espiritual, foi chamado pelo caricioso apelo de um nobre mensageiro da Verdade e do Bem, que lhe falou nestes termos:
- Uma das almas a que te vens devotando particularmente, de há muitos séculos, vai agora ressurgir nas tarefas da reencarnação sobre a Terra. Seus destinos foram agravados de muito em virtude das quedas a que se condenou pela ausência de qualquer vigilância, mas o Senhor da Vida concedeu-lhe nova oportunidade de resgate e elevação.
Jehul sorriu e exclamou, denunciando sublimes esperanças:
- É Laio?
- Sim - replicou o generoso mentor -, ele mesmo, que noutras eras te foi tão amado na Etrúria. Atendendo às tuas rogativas, permite Jesus que lhe sejas o guardião desvelado, através de seus futuros caminhos. Ouve, Jehul! - serás seu companheiro constante e invisível, poderás inspirar-lhe pensamentos retificadores, cooperar em suas realizações proveitosas, auxiliando-o em nome de Deus; mas, não esqueças que tua tarefa é de guardar e proteger, nunca de arrebatar o coração do teu tutelado das experiências próprias, dentro do livre-arbítrio espiritual, a fim de que construa suas estradas para o Altíssimo com as próprias mãos.
Jehul agradeceu a dádiva, derramando lágrimas de reconhecimento.
Com que enlevo pensou nas possibilidades de conchegar ao seio aquele ser amado que, havia tanto tempo, se lhe perdera do caminho!... Laio lhe fora filho idolatrado na paisagem longínqua. É certo que não lhe compreendera a afeição, na recuada experiência. Desviara-se das sendas retas, quando ele mais esperava de sua mocidade e inteligência; seu coração carinhoso, porém, preferira ver no fato um incidente que o tempo se encarregaria de eliminar. Agora, tomá-lo-ia de novo nos braços fortes e o reconduziria à Casa de Deus. Suportaria, corajosamente, por ele, a pesada atmosfera dos fluidos materiais. Toleraria, de bom grado, os contrastes da Terra. Todos os sofrimentos eventuais seriam poucos, pois acabava de alcançar a oportunidade de erguer, dentre as dores humanas, um irmão muito amado, que fora se\! filho inesquecível.
O generoso amigo espiritual atravessou as paisagens maravilhosas que o separavam do ambiente terrestre. Ficaram para trás de seus passos os jardins suspensos, repletos de flores e de luz. As melodias das regiões venturosas distanciavam-se-lhe dos ouvidos.
Esperançoso, desassombrado, o solícito emissário penetrou a atmosfera terrestre e achou-se diante de um leito confortável, onde se identificava um recém-nascido pelo seu brando choramingar. Os Espíritos amigos, encarregados de velar pela transição daquele nascimento, entregaram-lhe o pequenino, que Jehul beijou, tomado de profunda emoção, apertando-o de encontro ao peito afetuoso.
E era de observar-se, daí em diante, o devotamento com que o guardião se empenhou na tarefa de amparar a débil criança. Sustentou, de instante a instante, o espírito maternal, solucionando, de maneira indireta, difíceis problemas orgânicos, para que não faltassem os recursos da paz aos primeiros tempos do inocentinho humano. E Jehul ensinou-lhe a soletrar as primeiras palavras, reajustando-lhe as possibilidades de usar novamente a linguagem terrestre. Velou-lhe os sonos, colocou-o a salvo das vibrações perniciosas do invisível, guiou-lhe os primeiros movimentos dos pés. O generoso protetor nada esqueceu, e foi com lágrimas de emoção que inspirou ao coração materno as necessidades da prece para a idolatrada criancinha. Depois das mãos postas para pronunciar o nome de Beus, o amigo desvelado acompanhou-a a escola, a fim de restituir-lhe, sob as bênçãos do Cristo, a luz do raciocínio.
Jehul não cabia em si de contentamento e esperança, quando Laio se abeirou da mocidade.
Então, a perspectiva dos sentimentos transformou-se.
De alma aflita, observou que o tutelado regressava aos mesmos erros de outros tempos, na recapitulação das experiências necessárias. Subtraía-se, agora, à vigilância afetuosa dos pais, inventava pretextos desconcertantes e, por mais que ouvisse as advertências preciosas e doces do mentor espiritual, no santuário da consciência, entregava-se, vencido, aos conselheiros de rua, caindo miseravelmente nas estações do vício.
Se Jehul lhe apontava o trabalho como recurso de elevação, Laio queria facilidades criminosas; se alvitrava providências da virtude, o fraco rapaz desejava dinheiro com que se desvencilhasse dos esforços indispensáveis e justos. Entre sacrifícios e dores ásperas, o prestimoso guardião viu-o gastar, em prazeres condenáveis, todas as economias do suor paternal, assistindo aos derradeiros instantes de sua mãe, que partia, da Terra, ferida pela ingratidão filial. Laio relegara todos os deveres santos ao abandono, entregando-se à ociosidade destruidora. Não obstante os cuidados do mentor carinhoso, procurou o álcool, o jogo e a sífilis, que lhe sitiaram a existência consagrada por ele ao desperdício. O dedicado amigo, entretanto, não desanimava.
Após o esgotamento dos recursos paternos, Jehul cooperou junto de companheiros prestigiosos, para que o tutelado alcançasse trabalho.
Embora contrafeito e subtraindo-se, quanto possível, ao cumprimento das obrigações, Laio tornou-se auxiliar de urna empresa honesta, que, às ocultas, era objeto de suas críticas escarnecedoras. Quem se habitua à ociosidade criminosa costuma caluniar os bens do espírito de serviço.
De nada valiam os conselhos do guardião, que lhe falava, solícito, nos quais profundos recessos do ser.
Daí a pouco tempo, menos por amor que por necessidade, Laio buscou uma companheira. Casou-se. Mas, no desregramento que se entregava de muito tempo, não encontrou matrimônio senão sensações efêmeras que terminavam em poucas semanas, como a potencialidade de um fósforo que se apaga em alguns segundos. Jehul, no entanto, alimentou a esperança de que talvez a união conjugal lhe proporcionasse oportunidade para ser convenientemente ou não. Isso, todavia, não aconteceu. O tutelado não sabia tratar a esposa senão entre desconfianças e atitudes violentas. Sua casa era uma seção do mundo inferior a que havia confiado seus ideais. Recebendo três filhinhos para o jardim do lar, muito cedo lhes inoculava no coração as sementes do vício, segregando-os num egoísmo cruel.
Quando viu o infeliz envenenando outras almas que chegavam pela bondade infinita de Deus para a santa oportunidade de serviços novos, Jehul sentiu-se desolado e, reconhecendo que não poderia prosseguir sozinho naquela tarefa, solicitou o socorro dos Anjos das Necessidades. Esses mensageiros de educação espiritual lhe atenderam atenciosamente aos rogos, começando por alijar o tutelado do emprego em que obtinha o pão cotidiano. Entretanto, em lugar de melhorar-se com a experiência buscando meditar como convinha, Laio internou-se por uma rede de mentiras, fazendo-se de vítima para recorrer às leis humanas e ferir as mãos de antigos benfeitores. Acusou pessoas inocentes, exigiu indenizações descabidas, tornou-se odioso aos amigos de outros tempos.
Jehul foi então mais longe, pedindo providências aos Anjos que se incumbem do Serviço das Moléstias úteis, os quais o auxiliaram de pronto, conduzindo Laio ao aposento da enfermidade reparadora, a fim de que o mísero pudesse refletir na indigência da condição humana e na generosa paternidade do Altíssimo; aquele homem rebelde, contudo, pareceu piorar cem por cento. Tornou-se irascível e insolente, abominava o nome de Deus, sujava a boca com inúmeras blasfêmias. Foram necessários verdadeiros prodígios de paciência para que Jehul lhe lavasse do cérebro esfogueado e caprichoso os propósitos de suicídio. Foi aí que, desalentado quanto aos recursos postos em prática, o bondoso guardião implorou os bons ofícios dos Anjos que se encarregam dos Trabalhos da Velhice Prematura. Os novos emissários rodearam Laio com atenção, amoleceram-lhe. as células orgânicas, subtraíram-lhe do rosto a expressão de firmeza e resistência, alvejaram-lhe os cab elos e enrugaram-lhe o semblante. No entanto, o infeliz não cedeu. Preferia ser criança ridícula nas aparências de um velho, a entrar em acordo com o programa da Sabedoria Divina, a favor de si mesmo.
Enquanto blasfemava, seu amigo orava e desdobrava esforços incessantes; enquanto praticava loucuras, o guardião duplicava sacrifícios e esperanças.
O tempo passava célere, mas, um dia, o Anjo da Morte veio espontaneamente ao grande duelo e falou com doçura:
- Jehul, chegou a ocasião da tua retirada!. . .
O generoso mentor abafou as lágrimas de angustiosa surpresa. Fixou o mensageiro com olhos doridos e súplices; o outro, no entanto, continuou:
- Não intercedas por mais tempo! Laio agora me pertence. Conduzi-lo-ei aos meus domínios, mas podes rogar a Deus que o teu tutelado recomece, mais tarde, outra vez...
Terminara a grande partida. A Morte decidira no feito, pelos seus poderes transformadores, enquanto o guardião recolhia, entre lágrimas, o tesouro de suas esperanças imortais. .
E, grafando esta história, lembro-me que quase todos os Espíritos encarnados têm algum traço do Laio, ao passo que todos os Espíritos protetores têm consigo os desvelos e os sacrifícios de Jehul.
Humberto de Campos - Do livro: Reportagens do Além Túmulo: Francisco Cândido Xavier.
Leia mais: http://www.cacef.info/news/espiritos-protetores/?
- Uma das almas a que te vens devotando particularmente, de há muitos séculos, vai agora ressurgir nas tarefas da reencarnação sobre a Terra. Seus destinos foram agravados de muito em virtude das quedas a que se condenou pela ausência de qualquer vigilância, mas o Senhor da Vida concedeu-lhe nova oportunidade de resgate e elevação.
Jehul sorriu e exclamou, denunciando sublimes esperanças:
- É Laio?
- Sim - replicou o generoso mentor -, ele mesmo, que noutras eras te foi tão amado na Etrúria. Atendendo às tuas rogativas, permite Jesus que lhe sejas o guardião desvelado, através de seus futuros caminhos. Ouve, Jehul! - serás seu companheiro constante e invisível, poderás inspirar-lhe pensamentos retificadores, cooperar em suas realizações proveitosas, auxiliando-o em nome de Deus; mas, não esqueças que tua tarefa é de guardar e proteger, nunca de arrebatar o coração do teu tutelado das experiências próprias, dentro do livre-arbítrio espiritual, a fim de que construa suas estradas para o Altíssimo com as próprias mãos.
Jehul agradeceu a dádiva, derramando lágrimas de reconhecimento.
Com que enlevo pensou nas possibilidades de conchegar ao seio aquele ser amado que, havia tanto tempo, se lhe perdera do caminho!... Laio lhe fora filho idolatrado na paisagem longínqua. É certo que não lhe compreendera a afeição, na recuada experiência. Desviara-se das sendas retas, quando ele mais esperava de sua mocidade e inteligência; seu coração carinhoso, porém, preferira ver no fato um incidente que o tempo se encarregaria de eliminar. Agora, tomá-lo-ia de novo nos braços fortes e o reconduziria à Casa de Deus. Suportaria, corajosamente, por ele, a pesada atmosfera dos fluidos materiais. Toleraria, de bom grado, os contrastes da Terra. Todos os sofrimentos eventuais seriam poucos, pois acabava de alcançar a oportunidade de erguer, dentre as dores humanas, um irmão muito amado, que fora se\! filho inesquecível.
O generoso amigo espiritual atravessou as paisagens maravilhosas que o separavam do ambiente terrestre. Ficaram para trás de seus passos os jardins suspensos, repletos de flores e de luz. As melodias das regiões venturosas distanciavam-se-lhe dos ouvidos.
Esperançoso, desassombrado, o solícito emissário penetrou a atmosfera terrestre e achou-se diante de um leito confortável, onde se identificava um recém-nascido pelo seu brando choramingar. Os Espíritos amigos, encarregados de velar pela transição daquele nascimento, entregaram-lhe o pequenino, que Jehul beijou, tomado de profunda emoção, apertando-o de encontro ao peito afetuoso.
E era de observar-se, daí em diante, o devotamento com que o guardião se empenhou na tarefa de amparar a débil criança. Sustentou, de instante a instante, o espírito maternal, solucionando, de maneira indireta, difíceis problemas orgânicos, para que não faltassem os recursos da paz aos primeiros tempos do inocentinho humano. E Jehul ensinou-lhe a soletrar as primeiras palavras, reajustando-lhe as possibilidades de usar novamente a linguagem terrestre. Velou-lhe os sonos, colocou-o a salvo das vibrações perniciosas do invisível, guiou-lhe os primeiros movimentos dos pés. O generoso protetor nada esqueceu, e foi com lágrimas de emoção que inspirou ao coração materno as necessidades da prece para a idolatrada criancinha. Depois das mãos postas para pronunciar o nome de Beus, o amigo desvelado acompanhou-a a escola, a fim de restituir-lhe, sob as bênçãos do Cristo, a luz do raciocínio.
Jehul não cabia em si de contentamento e esperança, quando Laio se abeirou da mocidade.
Então, a perspectiva dos sentimentos transformou-se.
De alma aflita, observou que o tutelado regressava aos mesmos erros de outros tempos, na recapitulação das experiências necessárias. Subtraía-se, agora, à vigilância afetuosa dos pais, inventava pretextos desconcertantes e, por mais que ouvisse as advertências preciosas e doces do mentor espiritual, no santuário da consciência, entregava-se, vencido, aos conselheiros de rua, caindo miseravelmente nas estações do vício.
Se Jehul lhe apontava o trabalho como recurso de elevação, Laio queria facilidades criminosas; se alvitrava providências da virtude, o fraco rapaz desejava dinheiro com que se desvencilhasse dos esforços indispensáveis e justos. Entre sacrifícios e dores ásperas, o prestimoso guardião viu-o gastar, em prazeres condenáveis, todas as economias do suor paternal, assistindo aos derradeiros instantes de sua mãe, que partia, da Terra, ferida pela ingratidão filial. Laio relegara todos os deveres santos ao abandono, entregando-se à ociosidade destruidora. Não obstante os cuidados do mentor carinhoso, procurou o álcool, o jogo e a sífilis, que lhe sitiaram a existência consagrada por ele ao desperdício. O dedicado amigo, entretanto, não desanimava.
Após o esgotamento dos recursos paternos, Jehul cooperou junto de companheiros prestigiosos, para que o tutelado alcançasse trabalho.
Embora contrafeito e subtraindo-se, quanto possível, ao cumprimento das obrigações, Laio tornou-se auxiliar de urna empresa honesta, que, às ocultas, era objeto de suas críticas escarnecedoras. Quem se habitua à ociosidade criminosa costuma caluniar os bens do espírito de serviço.
De nada valiam os conselhos do guardião, que lhe falava, solícito, nos quais profundos recessos do ser.
Daí a pouco tempo, menos por amor que por necessidade, Laio buscou uma companheira. Casou-se. Mas, no desregramento que se entregava de muito tempo, não encontrou matrimônio senão sensações efêmeras que terminavam em poucas semanas, como a potencialidade de um fósforo que se apaga em alguns segundos. Jehul, no entanto, alimentou a esperança de que talvez a união conjugal lhe proporcionasse oportunidade para ser convenientemente ou não. Isso, todavia, não aconteceu. O tutelado não sabia tratar a esposa senão entre desconfianças e atitudes violentas. Sua casa era uma seção do mundo inferior a que havia confiado seus ideais. Recebendo três filhinhos para o jardim do lar, muito cedo lhes inoculava no coração as sementes do vício, segregando-os num egoísmo cruel.
Quando viu o infeliz envenenando outras almas que chegavam pela bondade infinita de Deus para a santa oportunidade de serviços novos, Jehul sentiu-se desolado e, reconhecendo que não poderia prosseguir sozinho naquela tarefa, solicitou o socorro dos Anjos das Necessidades. Esses mensageiros de educação espiritual lhe atenderam atenciosamente aos rogos, começando por alijar o tutelado do emprego em que obtinha o pão cotidiano. Entretanto, em lugar de melhorar-se com a experiência buscando meditar como convinha, Laio internou-se por uma rede de mentiras, fazendo-se de vítima para recorrer às leis humanas e ferir as mãos de antigos benfeitores. Acusou pessoas inocentes, exigiu indenizações descabidas, tornou-se odioso aos amigos de outros tempos.
Jehul foi então mais longe, pedindo providências aos Anjos que se incumbem do Serviço das Moléstias úteis, os quais o auxiliaram de pronto, conduzindo Laio ao aposento da enfermidade reparadora, a fim de que o mísero pudesse refletir na indigência da condição humana e na generosa paternidade do Altíssimo; aquele homem rebelde, contudo, pareceu piorar cem por cento. Tornou-se irascível e insolente, abominava o nome de Deus, sujava a boca com inúmeras blasfêmias. Foram necessários verdadeiros prodígios de paciência para que Jehul lhe lavasse do cérebro esfogueado e caprichoso os propósitos de suicídio. Foi aí que, desalentado quanto aos recursos postos em prática, o bondoso guardião implorou os bons ofícios dos Anjos que se encarregam dos Trabalhos da Velhice Prematura. Os novos emissários rodearam Laio com atenção, amoleceram-lhe. as células orgânicas, subtraíram-lhe do rosto a expressão de firmeza e resistência, alvejaram-lhe os cab elos e enrugaram-lhe o semblante. No entanto, o infeliz não cedeu. Preferia ser criança ridícula nas aparências de um velho, a entrar em acordo com o programa da Sabedoria Divina, a favor de si mesmo.
Enquanto blasfemava, seu amigo orava e desdobrava esforços incessantes; enquanto praticava loucuras, o guardião duplicava sacrifícios e esperanças.
O tempo passava célere, mas, um dia, o Anjo da Morte veio espontaneamente ao grande duelo e falou com doçura:
- Jehul, chegou a ocasião da tua retirada!. . .
O generoso mentor abafou as lágrimas de angustiosa surpresa. Fixou o mensageiro com olhos doridos e súplices; o outro, no entanto, continuou:
- Não intercedas por mais tempo! Laio agora me pertence. Conduzi-lo-ei aos meus domínios, mas podes rogar a Deus que o teu tutelado recomece, mais tarde, outra vez...
Terminara a grande partida. A Morte decidira no feito, pelos seus poderes transformadores, enquanto o guardião recolhia, entre lágrimas, o tesouro de suas esperanças imortais. .
E, grafando esta história, lembro-me que quase todos os Espíritos encarnados têm algum traço do Laio, ao passo que todos os Espíritos protetores têm consigo os desvelos e os sacrifícios de Jehul.
Humberto de Campos - Do livro: Reportagens do Além Túmulo: Francisco Cândido Xavier.
Leia mais: http://www.cacef.info/news/espiritos-protetores/?
terça-feira, 6 de setembro de 2016
A arte de ser Feliz
Caminhando pelos lindos bosques daqui, conheci Patrício. Olhar expressivo, atento ao mundo, caminhava firme em direção ao seu objetivo. Queria fazer parte de uma grande expedição de resgate. Achei loucura quando me revelou seus planos. Eu bem sabia como era uma expedição desta. Vivenciei uma como resgatada e sabia o quanto era difícil.
Tentei persuadi-lo. Comecei contando minha história, descrevendo com detalhes cada acontecimento desesperador aos meus olhos. Patrício, empolgado, vibrava a cada palavra. Podia ver nos seus olhos que descrevia o mundo que ele queria conhecer e viver. Mal podia acreditar no que via e floreava ainda mais a minha contação.
Nada que eu pudesse dizer o abalaria. Queria aquela vida mais que tudo. Fiquei curiosa quanto os seus motivos e o provoquei a ir a fundo em seus sonhos e planos. “O que deseja de verdade viver? ” “Não se preocupa com as intempéries que vivenciará” O que realmente sente quanto a tudo isso? ” Questionava, entrevistando-o.
Iniciou sua fala timidamente. Parecia não saber como começar. Incentivei-o, quase ordenando: “Inicie pelo começo”. Então, respirou fundou, cruzou as mãos sobre o colo e após uma longa e angustiante (para mim) pausa. Começou:
“Venho de um mundo diferente do seu. Aonde, feio e pobre, atravanquei-me na vida devido um milhão de dificuldades. E não pense que exagero. Vou explicar-lhe melhor. Nasci em uma família pobre após cinco irmãos. Sim, era o caçula. Limpei o tacho como dizem os antigos.
Minha mãe idosa (diferente da época, começou tarde no mundo materno) já não suportava grito e choro de criança. Vivia mal humorada, reclamando de tudo e todos e, principalmente, de mim que, para seu ver, era um pacote de trabalho e problemas.
Fruto de uma relação que nunca desejou, mas que foi obrigada a viver por causa da penúria que vivíamos. Deitou-se com um vizinho velho e asqueroso que possuía um pouco mais que nós. Sofreu do início ao fim desta relação e ao me ver diante de si lembrava-se de tudo de ruim que havia passado.
Meu pai nunca me fez um mínimo agrado. Orgulhava-se pela prole no fim da idade. Ganhar um filho naquela idade fazia-lhe forte e robusto na idade avançada que tinha, mas já não havia paciência para um garotinho na sua vida. Pegava-me ao colo para apresentar-me aos colegas do carteado e logo saltava-me nos braços daquela que a quem impunha uma vida sem graça e sem beleza, apenas obrigação e trabalho. Morreu anos depois. Eu tinha apenas cinco anos e já era órfão de pai e mãe viva. Mãe que me puxava para cá e empurrava-me para lá.
Meus irmãos, maiores um pouco, filhos de um pai amado que partiu deixando saudade, (pena não o ter conhecido) não se agradavam-me da minha companhia. Encardidinho, assim me chamavam. “Deixa de ser besta. Não tenta ser nosso irmão. Só nos traz mais lembranças. Teu pai era ruim para nós”. Só uma irmã olhava-me com carinho. Emprestava-me seu colo para descanso e compreensão.
Foi assim que cresci. Rejeitado em casa. Rejeitado na escola. Franzino e amarelado, feio de doer como me apontavam, nunca consegui ser aceito. Por mais que me esforçasse não conseguia fazer amigos e muitos menos aprender. Deficiente das ideias, como dizia meu irmão mais velho, mal sabia ler e escrever.
Adolescente e, depois, adulto jovem escorraçado. Tímido, sem coragem, encolhendo-me aonde chegava, atraia olhares de crítica e piedade. Não conseguia achar um emprego digno e costumava ser enxovalhado pelos colegas de trabalho. Assim vivi até chegar por aqui, vítima de um acidente de trabalho. Uma caldeira explodiu, levando-me a vida.
Acordei no hospital. Clamando por ajuda. Não me dei conta que já estava em outra vida. Soube depois, que fui resgatado no momento da minha morte e trazido para cuidados, despertando três dias depois”.
Sua história deixou-me impressionada! Como o resgate e o cuidado poderiam ser tão rápidos? Ouvi muitas outras histórias. A maioria dolorosas, levando dias e até anos de internação e muito mais tempo ainda para o resgate. Quis saber mais.
“Deve estar impressionada! Também fiquei ao ouvir tantos outros relatos durante as minhas caminhadas pelos leitos do hospital. A minha história era completamente distinta da maioria. E diferente da vida material, por aqui, eu era acolhido e escutado. Pareciam não se importar como eu era, com o pouco que tinha ou com a minha debilidade. Faziam questão da minha presença.
João Francisco, meu cuidador apresentou-me a mim mesmo e surpreendi-me. Relatou que planejei aquela vida com afinco e não me atrapalhei em nenhum detalhe de sua execução. Decidi retornar a vida de uma forma difícil para aperfeiçoar-me. E agora estava ali, diferente do que fôra".
Madalena
20.09.2015
Leia mais: http://www.cacef.info/news
Tentei persuadi-lo. Comecei contando minha história, descrevendo com detalhes cada acontecimento desesperador aos meus olhos. Patrício, empolgado, vibrava a cada palavra. Podia ver nos seus olhos que descrevia o mundo que ele queria conhecer e viver. Mal podia acreditar no que via e floreava ainda mais a minha contação.
Nada que eu pudesse dizer o abalaria. Queria aquela vida mais que tudo. Fiquei curiosa quanto os seus motivos e o provoquei a ir a fundo em seus sonhos e planos. “O que deseja de verdade viver? ” “Não se preocupa com as intempéries que vivenciará” O que realmente sente quanto a tudo isso? ” Questionava, entrevistando-o.
Iniciou sua fala timidamente. Parecia não saber como começar. Incentivei-o, quase ordenando: “Inicie pelo começo”. Então, respirou fundou, cruzou as mãos sobre o colo e após uma longa e angustiante (para mim) pausa. Começou:
“Venho de um mundo diferente do seu. Aonde, feio e pobre, atravanquei-me na vida devido um milhão de dificuldades. E não pense que exagero. Vou explicar-lhe melhor. Nasci em uma família pobre após cinco irmãos. Sim, era o caçula. Limpei o tacho como dizem os antigos.
Minha mãe idosa (diferente da época, começou tarde no mundo materno) já não suportava grito e choro de criança. Vivia mal humorada, reclamando de tudo e todos e, principalmente, de mim que, para seu ver, era um pacote de trabalho e problemas.
Fruto de uma relação que nunca desejou, mas que foi obrigada a viver por causa da penúria que vivíamos. Deitou-se com um vizinho velho e asqueroso que possuía um pouco mais que nós. Sofreu do início ao fim desta relação e ao me ver diante de si lembrava-se de tudo de ruim que havia passado.
Meu pai nunca me fez um mínimo agrado. Orgulhava-se pela prole no fim da idade. Ganhar um filho naquela idade fazia-lhe forte e robusto na idade avançada que tinha, mas já não havia paciência para um garotinho na sua vida. Pegava-me ao colo para apresentar-me aos colegas do carteado e logo saltava-me nos braços daquela que a quem impunha uma vida sem graça e sem beleza, apenas obrigação e trabalho. Morreu anos depois. Eu tinha apenas cinco anos e já era órfão de pai e mãe viva. Mãe que me puxava para cá e empurrava-me para lá.
Meus irmãos, maiores um pouco, filhos de um pai amado que partiu deixando saudade, (pena não o ter conhecido) não se agradavam-me da minha companhia. Encardidinho, assim me chamavam. “Deixa de ser besta. Não tenta ser nosso irmão. Só nos traz mais lembranças. Teu pai era ruim para nós”. Só uma irmã olhava-me com carinho. Emprestava-me seu colo para descanso e compreensão.
Foi assim que cresci. Rejeitado em casa. Rejeitado na escola. Franzino e amarelado, feio de doer como me apontavam, nunca consegui ser aceito. Por mais que me esforçasse não conseguia fazer amigos e muitos menos aprender. Deficiente das ideias, como dizia meu irmão mais velho, mal sabia ler e escrever.
Adolescente e, depois, adulto jovem escorraçado. Tímido, sem coragem, encolhendo-me aonde chegava, atraia olhares de crítica e piedade. Não conseguia achar um emprego digno e costumava ser enxovalhado pelos colegas de trabalho. Assim vivi até chegar por aqui, vítima de um acidente de trabalho. Uma caldeira explodiu, levando-me a vida.
Acordei no hospital. Clamando por ajuda. Não me dei conta que já estava em outra vida. Soube depois, que fui resgatado no momento da minha morte e trazido para cuidados, despertando três dias depois”.
Sua história deixou-me impressionada! Como o resgate e o cuidado poderiam ser tão rápidos? Ouvi muitas outras histórias. A maioria dolorosas, levando dias e até anos de internação e muito mais tempo ainda para o resgate. Quis saber mais.
“Deve estar impressionada! Também fiquei ao ouvir tantos outros relatos durante as minhas caminhadas pelos leitos do hospital. A minha história era completamente distinta da maioria. E diferente da vida material, por aqui, eu era acolhido e escutado. Pareciam não se importar como eu era, com o pouco que tinha ou com a minha debilidade. Faziam questão da minha presença.
João Francisco, meu cuidador apresentou-me a mim mesmo e surpreendi-me. Relatou que planejei aquela vida com afinco e não me atrapalhei em nenhum detalhe de sua execução. Decidi retornar a vida de uma forma difícil para aperfeiçoar-me. E agora estava ali, diferente do que fôra".
Madalena
20.09.2015
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Pensamentos
Sempre que lhe vier um pensamento negativo ou uma emoção ruim, imediatamente pare e diga "isso não é meu". Caso o pensamento ou a emoção ruim prossiga, diga outra vez: "isso não é meu". Vá repetindo até ver que não estão mais lhe incomodando. É assim que vamos educando nossa mente e nossa mediunidade. Não aceite nada ruim em sua vida, mesmo que sejam pensamentos. Pensamentos geram sentimentos que, por sua vez, geram atitudes e por aí vai. Toda vez que você dá força a pensamentos de derrota, doença, pobreza, falta e medo, estará também dando força ao mal e permitindo que ele entre sua vida. O pior mal não é aquele que fazemos aos outros, mas o que fazemos a nós mesmos. Faça o propósito de evitar tudo que for ruim. Não permita que coisas ou pessoas negativas estraguem seu dia ou permaneçam em sua vida. Escolha sempre o bem. Esse é o caminho do sucesso e da paz.
Mauricio de Castro-escritor e médium
sábado, 3 de setembro de 2016
A Resposta de Enéas
Enquanto se esperava o médium Palhares, o velho Azevedo Cruz, doutrinador das sessões, confiava o bigode longo, comentando mordaz:
— Não reparam a ausência do Guilhermino? Desde muito tempo, não comparece.
— Que terá acontecido? — indagou D. Amália, piscando os olhos.
— Não sabem? — tornou o orientador do grupo — o nosso amigo caiu fragorosamente. Não sai do pano verde, nem se afasta do mau caminho.
— Que diz? interrogou Dona Margarida, fisgando o interlocutor por cima dos óculos — o Guilhermino desviou-se tanto? será possível?
— Ora, ora — aventurou uma senhora na turma, sussurrando —, a esposa dele é uma infortunada. Guilhermino é bastante pervertido para entender o que sejam obrigações do lar.
Azevedo, olhar transbordante de malícia, acrescentou:
— Nunca me enganou o patife. Velho malandro, o Guilhermino! Simples lobo na pele de ovelha. Conheço-lhe as patranhas, desde o primeiro dia em que me buscou, pedindo socorro.
E a conduta do ausente foi ali examinada, minúcia por minúcia.
Chamavam-lhe irmão de quando em quando, classificando-o de velhaco, alguns instantes depois.
Quando a pequena assembléia apareceu desinteressada, alguém recordou que Palhares estava demorando. Bastou isso para que se concentrasse a atenção geral do retardatário.
Após verificar que ninguém se encontrava à escuta nas vizinhanças, a Senhora Fagundes começou:
— Nosso médium já não é mais o mesmo... Nunca chega à hora, nada recebe de útil nas sessões e vive sempre desapontado...
— Não sabe o que vem acontecendo? — perguntou uma companheira irrequieta — Palhares anda agora bebericando... Por três vezes, senti-lhe pronunciado cheiro de vinho. Como poderá ele, desse modo, receber mensagens elevadas? Quando o médium esquece a responsabilidade própria, tudo vai por água abaixo...
O doutrinador fixou um gesto de puritano e considerou:
— Enquanto permanece ele no bar, demoramos aqui, aguardando reuniões improdutivas.
Palhares, presentemente, é um fracasso. Estou cansado de orar e rogar inutilmente...
Decorridos alguns instantes, entra a vítima, identificando sorrisos acolhedores.
Modifica-se a conversação.
Ao passo que o companheiro relaciona os atropelos havidos no lar, comenta-se a laboriosa missão dos médiuns. A maledicência de minutos antes converte-se em observações de suposto entendimento fraternal.
Palhares chega a sentir-se reconfortado e feliz.
Reúne-se à assembléia, em derredor da mesa.
Azevedo ora longamente, rogando a presença de Enéias, o sábio mentor dos trabalhos espirituais.
Silêncio profundo.
Enéias, contudo, não aparece.
Encerrada a sessão, os companheiros fixam o médium, quase irritados, como se fora ele exclusivamente o responsável pela ausência de comunicações com o plano superior.
Azevedo não consegue sopitar os pensamentos íntimos e exclama:
— Não posso compreender. Há mais de oito meses, estamos como que abandonados. Ora-se com fervor, pedimos humildemente; entretanto, Enéias não responde aos nossos apelos.
Todos concordam desapontados.
Na semana seguinte, reúnem-se de novo.
Nessa noite, Palhares está a postos, na hora convencional, mas espera-se pelo velho Azevedo.
Dona Amália, depois de comentar as desilusões sofridas com os vizinhos, afirmando-se perseguida de Espíritos das trevas, começa a tagarelice venenosa da noite. Baixando o tom de voz, sussurrou:
— Disseram-me no bairro que “seu” Azevedo não está procedendo como quem reconhece os deveres próprios. Meu primo afirmou que estamos redondamente enganados, que o nosso doutrinador perdeu o juízo, logo após a viuvez. Notificou-me, confidencialmente, tê-lo encontrado, por mais de uma vez, em situação equívoca, desfazendo talvez a felicidade de um lar honesto.
Palhares inclinou-se, esboçou um sorriso brejeiro e acentuou:
— Não costumo comentar os defeitos dos outros e, mormente, em se tratando dum irmão na fé; sempre estimei o silêncio da verdadeira caridade, mas, aqui para nós, a situação é de fato alarmante. Há no episódio muita coisa a lamentar. Inspira pena o companheiro infeliz.
E como o velho Arantes provocasse uma informação sólida, para conhecer a procedência da acusação, o médium deu de ombros e respondeu:
— Pelo menos é o que me disse um colega da repartição.
— Absurdo! — bradou o Sr. Siqueira, exasperado — onde chegaremos com semelhantes disparates? Azevedo não passa de miserável hipócrita.
Continuavam a operar as línguas venenosas, quando o companheiro penetrou o recinto.
Efusivas e calorosas saudações.
Nem parecia que se comentava tão escabroso assunto.
Durante meses a fio, a situação do grupo mantinha-se inalterada.
Acusavam-se as outras escolas religiosas, apontavam-se os infelizes que a provação atirava ao escárnio público, discutia-se a posição de lares alheios. E, quando faltavam indivíduos para o pasto da maledicência, maldiziam as instituições da época, criticavam os homens de responsabilidades do tempo, duvidavam de todos, espalhando-se leviandades e estabelecendo contradições.
Antes das preces de abertura, era necessário retirar os cinzeiros pletóricos, abrindo-se janelas para melhorar as condições do ambiente.
Decorrido mais de um ano, que se caracterizara pela excessiva conversação dos encarnados, com absoluto silêncio da esfera invisível, Azevedo se revelou, certa noite, mais preocupado e mais emotivo.
Estabelecido o círculo de companheiros, o velho doutrinador começou a orar, sentidamente, entre lágrimas.
Salientava o tempo de doloroso mutismo dos mentores espirituais, rogava esclarecimentos, pedia socorro, implorando auxílio dos protetores benevolentes. Lamentando a ausência de Enéias, o generoso orientador invisível que tantas vezes se manifestara noutros tempos, o chefe do grupo terminava a súplica:
— Oh! bem-amados amigos da esfera superior, não nos abandoneis... Se estamos em caminho errado, esclarecei-nos! por que permaneceis distantes há tanto tempo?! Por quem sois, atendei-nos! Ouvi as nossas rogativas, reaproximai-vos de nós, por amor de Deus!...
A essa altura, o pranto embargou-lhe a voz.
A pequena assembléia chorava também, igualmente comovida.
Quando a meditação séria empolgou a maioria dos corações, incorporou-se Enéias, valendose de Palhares, e exclamou para todos, pronunciando cada expressão em tom enérgico e amigo:
— Hoje, não iniciamos a palavra espiritual, rogando ao Senhor vos conceda paz e, sim, pedindo-vos, com interesse, guardeis a paz que o Senhor já nos concedeu. Vossa prece comoveu-nos a alma; entretanto, estais equivocados. Nunca estivemos ausentes do trabalho nobre. Aqui nos conservamos invariavelmente no cumprimento do dever, que é fonte de alegrias. Há mais de um ano, porém, utilizais todo o tempo no comentário venenoso e cruel.
Quando não criticais as nações, as coletividades, os lares e as reputações alheias, costumai ferir-vos uns aos outros. Como vedes, meus irmãos, estamos a esperar por vós, que tanto vos distanciastes da obrigação justa. Recordai que é necessário empregar o verbo, no sentido da criação superior. Falai, construindo com a vossa palavra algo de útil para a vida eterna. Não temos, por enquanto, outra mensagem. Quando terminardes as sessões de maledicência, estaremos prontos a iniciar convosco a sessão de Espiritismo construtivo e de Evangelho redentor.
Daí a momentos, a reunião estava finda e, naquela noite, todos se retiraram do recinto, em silêncio.
Irmão X. Do livro: Pontos e Contos: Francisco Cândido Xavier
— Não reparam a ausência do Guilhermino? Desde muito tempo, não comparece.
— Que terá acontecido? — indagou D. Amália, piscando os olhos.
— Não sabem? — tornou o orientador do grupo — o nosso amigo caiu fragorosamente. Não sai do pano verde, nem se afasta do mau caminho.
— Que diz? interrogou Dona Margarida, fisgando o interlocutor por cima dos óculos — o Guilhermino desviou-se tanto? será possível?
— Ora, ora — aventurou uma senhora na turma, sussurrando —, a esposa dele é uma infortunada. Guilhermino é bastante pervertido para entender o que sejam obrigações do lar.
Azevedo, olhar transbordante de malícia, acrescentou:
— Nunca me enganou o patife. Velho malandro, o Guilhermino! Simples lobo na pele de ovelha. Conheço-lhe as patranhas, desde o primeiro dia em que me buscou, pedindo socorro.
E a conduta do ausente foi ali examinada, minúcia por minúcia.
Chamavam-lhe irmão de quando em quando, classificando-o de velhaco, alguns instantes depois.
Quando a pequena assembléia apareceu desinteressada, alguém recordou que Palhares estava demorando. Bastou isso para que se concentrasse a atenção geral do retardatário.
Após verificar que ninguém se encontrava à escuta nas vizinhanças, a Senhora Fagundes começou:
— Nosso médium já não é mais o mesmo... Nunca chega à hora, nada recebe de útil nas sessões e vive sempre desapontado...
— Não sabe o que vem acontecendo? — perguntou uma companheira irrequieta — Palhares anda agora bebericando... Por três vezes, senti-lhe pronunciado cheiro de vinho. Como poderá ele, desse modo, receber mensagens elevadas? Quando o médium esquece a responsabilidade própria, tudo vai por água abaixo...
O doutrinador fixou um gesto de puritano e considerou:
— Enquanto permanece ele no bar, demoramos aqui, aguardando reuniões improdutivas.
Palhares, presentemente, é um fracasso. Estou cansado de orar e rogar inutilmente...
Decorridos alguns instantes, entra a vítima, identificando sorrisos acolhedores.
Modifica-se a conversação.
Ao passo que o companheiro relaciona os atropelos havidos no lar, comenta-se a laboriosa missão dos médiuns. A maledicência de minutos antes converte-se em observações de suposto entendimento fraternal.
Palhares chega a sentir-se reconfortado e feliz.
Reúne-se à assembléia, em derredor da mesa.
Azevedo ora longamente, rogando a presença de Enéias, o sábio mentor dos trabalhos espirituais.
Silêncio profundo.
Enéias, contudo, não aparece.
Encerrada a sessão, os companheiros fixam o médium, quase irritados, como se fora ele exclusivamente o responsável pela ausência de comunicações com o plano superior.
Azevedo não consegue sopitar os pensamentos íntimos e exclama:
— Não posso compreender. Há mais de oito meses, estamos como que abandonados. Ora-se com fervor, pedimos humildemente; entretanto, Enéias não responde aos nossos apelos.
Todos concordam desapontados.
Na semana seguinte, reúnem-se de novo.
Nessa noite, Palhares está a postos, na hora convencional, mas espera-se pelo velho Azevedo.
Dona Amália, depois de comentar as desilusões sofridas com os vizinhos, afirmando-se perseguida de Espíritos das trevas, começa a tagarelice venenosa da noite. Baixando o tom de voz, sussurrou:
— Disseram-me no bairro que “seu” Azevedo não está procedendo como quem reconhece os deveres próprios. Meu primo afirmou que estamos redondamente enganados, que o nosso doutrinador perdeu o juízo, logo após a viuvez. Notificou-me, confidencialmente, tê-lo encontrado, por mais de uma vez, em situação equívoca, desfazendo talvez a felicidade de um lar honesto.
Palhares inclinou-se, esboçou um sorriso brejeiro e acentuou:
— Não costumo comentar os defeitos dos outros e, mormente, em se tratando dum irmão na fé; sempre estimei o silêncio da verdadeira caridade, mas, aqui para nós, a situação é de fato alarmante. Há no episódio muita coisa a lamentar. Inspira pena o companheiro infeliz.
E como o velho Arantes provocasse uma informação sólida, para conhecer a procedência da acusação, o médium deu de ombros e respondeu:
— Pelo menos é o que me disse um colega da repartição.
— Absurdo! — bradou o Sr. Siqueira, exasperado — onde chegaremos com semelhantes disparates? Azevedo não passa de miserável hipócrita.
Continuavam a operar as línguas venenosas, quando o companheiro penetrou o recinto.
Efusivas e calorosas saudações.
Nem parecia que se comentava tão escabroso assunto.
Durante meses a fio, a situação do grupo mantinha-se inalterada.
Acusavam-se as outras escolas religiosas, apontavam-se os infelizes que a provação atirava ao escárnio público, discutia-se a posição de lares alheios. E, quando faltavam indivíduos para o pasto da maledicência, maldiziam as instituições da época, criticavam os homens de responsabilidades do tempo, duvidavam de todos, espalhando-se leviandades e estabelecendo contradições.
Antes das preces de abertura, era necessário retirar os cinzeiros pletóricos, abrindo-se janelas para melhorar as condições do ambiente.
Decorrido mais de um ano, que se caracterizara pela excessiva conversação dos encarnados, com absoluto silêncio da esfera invisível, Azevedo se revelou, certa noite, mais preocupado e mais emotivo.
Estabelecido o círculo de companheiros, o velho doutrinador começou a orar, sentidamente, entre lágrimas.
Salientava o tempo de doloroso mutismo dos mentores espirituais, rogava esclarecimentos, pedia socorro, implorando auxílio dos protetores benevolentes. Lamentando a ausência de Enéias, o generoso orientador invisível que tantas vezes se manifestara noutros tempos, o chefe do grupo terminava a súplica:
— Oh! bem-amados amigos da esfera superior, não nos abandoneis... Se estamos em caminho errado, esclarecei-nos! por que permaneceis distantes há tanto tempo?! Por quem sois, atendei-nos! Ouvi as nossas rogativas, reaproximai-vos de nós, por amor de Deus!...
A essa altura, o pranto embargou-lhe a voz.
A pequena assembléia chorava também, igualmente comovida.
Quando a meditação séria empolgou a maioria dos corações, incorporou-se Enéias, valendose de Palhares, e exclamou para todos, pronunciando cada expressão em tom enérgico e amigo:
— Hoje, não iniciamos a palavra espiritual, rogando ao Senhor vos conceda paz e, sim, pedindo-vos, com interesse, guardeis a paz que o Senhor já nos concedeu. Vossa prece comoveu-nos a alma; entretanto, estais equivocados. Nunca estivemos ausentes do trabalho nobre. Aqui nos conservamos invariavelmente no cumprimento do dever, que é fonte de alegrias. Há mais de um ano, porém, utilizais todo o tempo no comentário venenoso e cruel.
Quando não criticais as nações, as coletividades, os lares e as reputações alheias, costumai ferir-vos uns aos outros. Como vedes, meus irmãos, estamos a esperar por vós, que tanto vos distanciastes da obrigação justa. Recordai que é necessário empregar o verbo, no sentido da criação superior. Falai, construindo com a vossa palavra algo de útil para a vida eterna. Não temos, por enquanto, outra mensagem. Quando terminardes as sessões de maledicência, estaremos prontos a iniciar convosco a sessão de Espiritismo construtivo e de Evangelho redentor.
Daí a momentos, a reunião estava finda e, naquela noite, todos se retiraram do recinto, em silêncio.
Irmão X. Do livro: Pontos e Contos: Francisco Cândido Xavier
sexta-feira, 2 de setembro de 2016
Por que uma pessoa é assassinada?
"Perdi meu único filho em outubro do ano passado e jamais me conformei com sua morte. Ele era bom, honesto, um verdadeiro homem de bem, mas foi cruelmente assassinado por engano. Tudo já ficou provado. Quem deveria morrer era outra pessoa, mas por engano levaram meu filho. Por que uma coisa hedionda dessas é permitida por Deus? Estou descrente. (P. Freitas - RS)
É perfeitamente compreensível a sua descrença na Vida e em Deus. O que lhe aconteceu foi um golpe muito duro e praticamente todas as pessoas passariam a questionar a Justiça Divina e entrar na revolta, assim como você está agora. É muito fácil falar em compreensão, perdão e amor, quando estamos longe de situações dramáticas que desafiam nossa fé. Só experimentando é que vamos saber.
O fato de você ter me escrito, contudo, mostra que deseja voltar a acreditar em Deus e recuperar sua fé. Para isso você quer respostas.
Eu não sei dizer exatamente porque seu filho foi assassinado. O que posso afirmar com toda certeza é que as leis de Deus são sábias, justas, eternas e imutáveis. É por meio dessas leis que o Criador mantém a harmonia do universo, onde nada acontece por acaso ou de forma injusta. Para as leis da Vida tudo sempre está certo como está.
Você tem todo direito de duvidar, se revoltar e até deixar de acreditar em Deus, mas isso não mudará nada, não vai impedir que as leis continuem agindo, nem vai poder modificar a Vida que é mais forte e vence sempre, independente de suas crenças, de suas vontades e até da sua revolta e dor de mãe.
Os espíritos superiores nos ensinam que, em todo assassinato, há uma sintonia entre o criminoso e sua vítima. Como assim?
Essa sintonia pode, muitas vezes, estar em problemas mal resolvidos de vidas passadas, onde um não perdoou e o outro prosseguiu se culpando pelo que fez.
Você diz que seu filho era um homem de bem, o que eu não duvido, mas como era o seu mundo íntimo? Como ele enxergava a vida? Como lidava com seus problemas e frustrações? Será que ele não sofria de violência íntima?
A violência íntima acontece quando a pessoa teme o mal, se culpa pelo que fez ou pelo que deixou de fazer, quando não sabe dizer não na hora exata, quando se sacrifica demais pelas pessoas esquecendo de si mesmo ou quando carrega forte angústia emocional que não sabe de onde vem, mas que é fruto de uma culpa guardada no inconsciente, cujo fato não conseguiu superar nem se perdoar.
Uma pessoa que age assim entra em sintonia com aqueles que, no mundo, praticam a violência e se torna um ímã que atrai os violentos e a violência, que pode acontecer a qualquer momento.
Há casos em que as pessoas se entregam a um tipo de vida desregrada, envolve-se com pessoas de má índole, provoca confusão, é agressiva, desrespeitosa e invasiva. Isso também poderá atrair uma violência corretiva.
Mas quando a pessoa é do bem e ainda assim é assassinada, é preciso averiguar as causas que estão por trás, em acontecimentos de outras vidas e na personalidade íntima da pessoa.
É claro que quem mata, mesmo sendo atraído pela vítima, irá responder pelo que fez e criará uma dívida enorme com as leis divinas, dívida esta que terá que pagar mais cedo ou mais tarde pelo sofrimento, afim de aprender o sagrado direito de viver que cada um possui.
Depois, o espírito de uma pessoa assassinada sempre tem uma enorme lição a aprender. Se aceitar com mais passividade o que lhe aconteceu, poderá ser socorrido pelos amigos espirituais e levado para uma colônia de recuperação, onde aprenderá porque atraiu esse fato e mudará sua concepção de vida. Porém se não aceitar e se rebelar, poderá ir para o umbral ou voltar para a Terra em busca de justiça, colando-se a seu assassino, fazendo com que ele tenha sérios problemas.
Pense em seu filho e, em vez de perder a fé, comece a orar por ele. Você pode não saber porque Deus permitiu isso, mas pode entender que Deus é mais poderoso que qualquer assassino e se Ele não impediu o crime, foi porque era assim que precisava acontecer.
Qualquer um pode pegar uma arma e sair dizendo que vai matar, mas se Deus não permitir, se não estiver na Lei que essa pessoa morra pela violência, o assassino não conseguirá fazer nada. Temos muitos exemplos disso.
Acredite que Deus só faz o melhor e ore pelo seu filho para que, esteja onde estiver, possa encontrar entendimento e paz.
A revolta e a descrença só pioram as coisas.
Deus está no leme de tudo e nada acontece sem sua permissão. Entender isso é entrar a paz, recuperar a alegria de viver e ajudar àqueles que foram vítimas da violência.
Pense nisso com carinho.
É perfeitamente compreensível a sua descrença na Vida e em Deus. O que lhe aconteceu foi um golpe muito duro e praticamente todas as pessoas passariam a questionar a Justiça Divina e entrar na revolta, assim como você está agora. É muito fácil falar em compreensão, perdão e amor, quando estamos longe de situações dramáticas que desafiam nossa fé. Só experimentando é que vamos saber.
O fato de você ter me escrito, contudo, mostra que deseja voltar a acreditar em Deus e recuperar sua fé. Para isso você quer respostas.
Eu não sei dizer exatamente porque seu filho foi assassinado. O que posso afirmar com toda certeza é que as leis de Deus são sábias, justas, eternas e imutáveis. É por meio dessas leis que o Criador mantém a harmonia do universo, onde nada acontece por acaso ou de forma injusta. Para as leis da Vida tudo sempre está certo como está.
Você tem todo direito de duvidar, se revoltar e até deixar de acreditar em Deus, mas isso não mudará nada, não vai impedir que as leis continuem agindo, nem vai poder modificar a Vida que é mais forte e vence sempre, independente de suas crenças, de suas vontades e até da sua revolta e dor de mãe.
Os espíritos superiores nos ensinam que, em todo assassinato, há uma sintonia entre o criminoso e sua vítima. Como assim?
Essa sintonia pode, muitas vezes, estar em problemas mal resolvidos de vidas passadas, onde um não perdoou e o outro prosseguiu se culpando pelo que fez.
Você diz que seu filho era um homem de bem, o que eu não duvido, mas como era o seu mundo íntimo? Como ele enxergava a vida? Como lidava com seus problemas e frustrações? Será que ele não sofria de violência íntima?
A violência íntima acontece quando a pessoa teme o mal, se culpa pelo que fez ou pelo que deixou de fazer, quando não sabe dizer não na hora exata, quando se sacrifica demais pelas pessoas esquecendo de si mesmo ou quando carrega forte angústia emocional que não sabe de onde vem, mas que é fruto de uma culpa guardada no inconsciente, cujo fato não conseguiu superar nem se perdoar.
Uma pessoa que age assim entra em sintonia com aqueles que, no mundo, praticam a violência e se torna um ímã que atrai os violentos e a violência, que pode acontecer a qualquer momento.
Há casos em que as pessoas se entregam a um tipo de vida desregrada, envolve-se com pessoas de má índole, provoca confusão, é agressiva, desrespeitosa e invasiva. Isso também poderá atrair uma violência corretiva.
Mas quando a pessoa é do bem e ainda assim é assassinada, é preciso averiguar as causas que estão por trás, em acontecimentos de outras vidas e na personalidade íntima da pessoa.
É claro que quem mata, mesmo sendo atraído pela vítima, irá responder pelo que fez e criará uma dívida enorme com as leis divinas, dívida esta que terá que pagar mais cedo ou mais tarde pelo sofrimento, afim de aprender o sagrado direito de viver que cada um possui.
Depois, o espírito de uma pessoa assassinada sempre tem uma enorme lição a aprender. Se aceitar com mais passividade o que lhe aconteceu, poderá ser socorrido pelos amigos espirituais e levado para uma colônia de recuperação, onde aprenderá porque atraiu esse fato e mudará sua concepção de vida. Porém se não aceitar e se rebelar, poderá ir para o umbral ou voltar para a Terra em busca de justiça, colando-se a seu assassino, fazendo com que ele tenha sérios problemas.
Pense em seu filho e, em vez de perder a fé, comece a orar por ele. Você pode não saber porque Deus permitiu isso, mas pode entender que Deus é mais poderoso que qualquer assassino e se Ele não impediu o crime, foi porque era assim que precisava acontecer.
Qualquer um pode pegar uma arma e sair dizendo que vai matar, mas se Deus não permitir, se não estiver na Lei que essa pessoa morra pela violência, o assassino não conseguirá fazer nada. Temos muitos exemplos disso.
Acredite que Deus só faz o melhor e ore pelo seu filho para que, esteja onde estiver, possa encontrar entendimento e paz.
A revolta e a descrença só pioram as coisas.
Deus está no leme de tudo e nada acontece sem sua permissão. Entender isso é entrar a paz, recuperar a alegria de viver e ajudar àqueles que foram vítimas da violência.
Pense nisso com carinho.
Mauricio de Castro-escritor mediúnico
Efeito Borboleta
–… Acaso sou eu responsável por meu irmão?
Essa a resposta de Caim a Jeová, que o questionou sobre seu irmão Abel (Gênesis, 4:9). Disfarçava a própria culpa, porquanto o havia assassinado, cometendo o primeiro fratricídio da História.
Imagino que, diariamente, Deus, o Pai, de infinito amor e misericórdia revelado por Jesus, nos faz a mesma pergunta, na intimidade da consciência, a respeito de todos aqueles que cruzam nosso caminho. Certamente, não teremos, como Caim, cometido um fratricídio, mas dificilmente alguém deixará de ser enquadrado num "fraternicídio". É o assassinato da fraternidade, quando, ante as carências de nossos irmãos em Humanidade, nossa indiferença reproduz o questionamento negativo de Caim.
Ocorre, amigo leitor, que somos, sim, responsáveis por nossos irmãos, considerando a Lei de Solidariedade que rege a vida universal, e será inteligente de nossa parte assumir nossos compromissos perante o próximo, considerando o efeito borboleta.
Trata-se de uma teoria desenvolvida por Eduard Norton Lorenz, cientista americano, nos anos setenta, século passado, para explicar a dificuldade de uma previsão meteorológica a longo prazo, em face da insuficiência dos meios de observação, para detectar fenômenos isolados que podem produzir grandes efeitos atmosféricos. É como se o bater de asas de uma borboleta num hemisfério produzisse um furacão em outro.
Aplicando o efeito borboleta à vida social, consideremos a criança que nasce em miserável favela, pai desconhecido, mãe alcoólatra. Cresce sem orientação moral, sem estudo, sem assistência espiritual. Aos sete anos é um menino de rua, pedindo esmola. Aos dez torna-se um laranja, termo usado pelos traficantes para crianças que usam para a entrega de drogas. Aos doze aprende a usar armas de fogo. Aos quinze já matou várias pessoas, em assaltos. Aos dezoito mata um chefe de traficantes e assume seu lugar.
É a culminância de cruel efeito borboleta que começou no vagido desalentado de uma criança negligenciada e terminou com um inimigo da sociedade.
Ah! Se esse pequeno houvesse recebido amparo, orientação, encaminhamento! Ah! Se aquele homem soubesse que o menino mirradinho que bateu à sua porta, pedindo comida, era a borboleta que poderia gerar o furacão devastador, a levar sua tranquilidade, sua segurança, seus bens, e, talvez, sua vida ou de um familiar, certamente não se omitiria e faria todo o possível para movimentar-se e mobilizar a sociedade em favor das crianças carentes.
Há o outro lado. Se fosse concedida àquela criança a oportunidade de uma vida decente, digna, com encaminhamento adequado aos recursos comunitários, em favor de seu crescimento moral e espiritual, seria bem diferente. Poderia converter-se em alguém de proeminência social, a contribuir em favor do progresso e do bem-estar da sociedade. Dependendo de como é tratado, o efeito borboleta pode produzir terra arrasada ou campos verdejantes.
Um exemplo interessante diz respeito ao garoto que quase morreu afogado na piscina de sua rica residência. Foi salvo pelo filho do jardineiro. O dono da casa quis recompensá-lo. O serviçal respondeu que não se preocupasse. O filho apenas cumprira seu dever. Todavia, ante a insistência do patrão, informou que o sonho do menino, desde criança, era ser médico. Imediatamente foram tomadas as devidas providências e ele se formou médico.
Seu nome Alexandre Fleming, o descobridor da penicilina.
Foi a culminância de um maravilhoso efeito borboleta, que começou com um menino salvo do afogamento e terminou com a invenção dos antibióticos, que salvam milhões de vidas.
Lembra a parábola de Jesus (Mateus, 13:31-32):
O Reino dos céus é semelhante ao grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. Embora seja a menor de todas as sementes, quando cresce é maior do que as hortaliças e se transforma em árvore, de sorte que vêm as aves do céu e se aninham em seus ramos.
Richard Simonetti- escritor espírita
Essa a resposta de Caim a Jeová, que o questionou sobre seu irmão Abel (Gênesis, 4:9). Disfarçava a própria culpa, porquanto o havia assassinado, cometendo o primeiro fratricídio da História.
Imagino que, diariamente, Deus, o Pai, de infinito amor e misericórdia revelado por Jesus, nos faz a mesma pergunta, na intimidade da consciência, a respeito de todos aqueles que cruzam nosso caminho. Certamente, não teremos, como Caim, cometido um fratricídio, mas dificilmente alguém deixará de ser enquadrado num "fraternicídio". É o assassinato da fraternidade, quando, ante as carências de nossos irmãos em Humanidade, nossa indiferença reproduz o questionamento negativo de Caim.
Ocorre, amigo leitor, que somos, sim, responsáveis por nossos irmãos, considerando a Lei de Solidariedade que rege a vida universal, e será inteligente de nossa parte assumir nossos compromissos perante o próximo, considerando o efeito borboleta.
Trata-se de uma teoria desenvolvida por Eduard Norton Lorenz, cientista americano, nos anos setenta, século passado, para explicar a dificuldade de uma previsão meteorológica a longo prazo, em face da insuficiência dos meios de observação, para detectar fenômenos isolados que podem produzir grandes efeitos atmosféricos. É como se o bater de asas de uma borboleta num hemisfério produzisse um furacão em outro.
Aplicando o efeito borboleta à vida social, consideremos a criança que nasce em miserável favela, pai desconhecido, mãe alcoólatra. Cresce sem orientação moral, sem estudo, sem assistência espiritual. Aos sete anos é um menino de rua, pedindo esmola. Aos dez torna-se um laranja, termo usado pelos traficantes para crianças que usam para a entrega de drogas. Aos doze aprende a usar armas de fogo. Aos quinze já matou várias pessoas, em assaltos. Aos dezoito mata um chefe de traficantes e assume seu lugar.
É a culminância de cruel efeito borboleta que começou no vagido desalentado de uma criança negligenciada e terminou com um inimigo da sociedade.
Ah! Se esse pequeno houvesse recebido amparo, orientação, encaminhamento! Ah! Se aquele homem soubesse que o menino mirradinho que bateu à sua porta, pedindo comida, era a borboleta que poderia gerar o furacão devastador, a levar sua tranquilidade, sua segurança, seus bens, e, talvez, sua vida ou de um familiar, certamente não se omitiria e faria todo o possível para movimentar-se e mobilizar a sociedade em favor das crianças carentes.
Há o outro lado. Se fosse concedida àquela criança a oportunidade de uma vida decente, digna, com encaminhamento adequado aos recursos comunitários, em favor de seu crescimento moral e espiritual, seria bem diferente. Poderia converter-se em alguém de proeminência social, a contribuir em favor do progresso e do bem-estar da sociedade. Dependendo de como é tratado, o efeito borboleta pode produzir terra arrasada ou campos verdejantes.
Um exemplo interessante diz respeito ao garoto que quase morreu afogado na piscina de sua rica residência. Foi salvo pelo filho do jardineiro. O dono da casa quis recompensá-lo. O serviçal respondeu que não se preocupasse. O filho apenas cumprira seu dever. Todavia, ante a insistência do patrão, informou que o sonho do menino, desde criança, era ser médico. Imediatamente foram tomadas as devidas providências e ele se formou médico.
Seu nome Alexandre Fleming, o descobridor da penicilina.
Foi a culminância de um maravilhoso efeito borboleta, que começou com um menino salvo do afogamento e terminou com a invenção dos antibióticos, que salvam milhões de vidas.
Lembra a parábola de Jesus (Mateus, 13:31-32):
O Reino dos céus é semelhante ao grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. Embora seja a menor de todas as sementes, quando cresce é maior do que as hortaliças e se transforma em árvore, de sorte que vêm as aves do céu e se aninham em seus ramos.
Richard Simonetti- escritor espírita
terça-feira, 30 de agosto de 2016
Tempo
Há muitas pessoas presas num círculo vicioso e ilusório chamado TEMPO. Quando não estão mergulhadas no passado, cheias de angústias e saudades, estão ansiosas, vivendo no futuro, querendo a todo custo antecipar as coisas, acreditando que só nele será feliz.
O resultado disso é a depressão, o tédio, o desânimo e a falta de alegria de viver.
A pessoa fica ausente o tempo inteiro, vivendo fora da realidade em tempos que já passaram ou que nunca chegarão.
Ninguém pode ser feliz no passado ou no futuro, simplesmente porque eles não existem. Só existe o AGORA, o momento PRESENTE. É só nele que você pode ser feliz aproveitando tudo que a vida lhe está oferecendo, acalmando os pensamentos, pondo os pés no chão, vivendo como pode ser e aceitando o que não se pode mudar.
Enquanto você se apega ao passado ou sonha com o futuro deixa de VIVER. Simplesmente vê a vida passar, como um espectador tristonho e passivo.
Pare com isso! Assuma sua vida! Aprenda a valorizar as vantagens do hoje, sem medo do amanhã, entendendo que tudo que é seu está guardado e virá sempre no tempo certo.
Não sofra mais de depressão pelo passado, nem de ansiedade pelo futuro. Não tenha medo de nada. Confie plenamente em Deus e seja feliz agora, não importa como sua vida esteja.
Mauricio de Castro Escritor e médium
O resultado disso é a depressão, o tédio, o desânimo e a falta de alegria de viver.
A pessoa fica ausente o tempo inteiro, vivendo fora da realidade em tempos que já passaram ou que nunca chegarão.
Ninguém pode ser feliz no passado ou no futuro, simplesmente porque eles não existem. Só existe o AGORA, o momento PRESENTE. É só nele que você pode ser feliz aproveitando tudo que a vida lhe está oferecendo, acalmando os pensamentos, pondo os pés no chão, vivendo como pode ser e aceitando o que não se pode mudar.
Enquanto você se apega ao passado ou sonha com o futuro deixa de VIVER. Simplesmente vê a vida passar, como um espectador tristonho e passivo.
Pare com isso! Assuma sua vida! Aprenda a valorizar as vantagens do hoje, sem medo do amanhã, entendendo que tudo que é seu está guardado e virá sempre no tempo certo.
Não sofra mais de depressão pelo passado, nem de ansiedade pelo futuro. Não tenha medo de nada. Confie plenamente em Deus e seja feliz agora, não importa como sua vida esteja.
Mauricio de Castro Escritor e médium
Melhor dia
Comece o dia dizendo "este será o melhor dia da minha vida, muito obrigado!". Não importa se você está infeliz, não importa se você está sozinha, doente ou sem dinheiro. Continue afirmando que este será o melhor dia de sua vida e ao final agradeça. Nos primeiros dias você não perceberá nenhuma diferença, mas se persistir fazendo esse exercício, verá, aos poucos, toda sua vida se transformar. A gratidão é o meio mais poderoso de obter sucesso, amor, paz, saúde, felicidade e tudo mais que você desejar. A gratidão tem mais poder do que pedir, mentalizar ou repetir afirmações e pensamentos positivos. Quando você agradece você está afirmando para sua alma que tudo está bem, que tudo está ótimo, e então o universo trará isso para você. Agradeça também pelas coisas que você não tem, mas que quer ter. Afirme: Obrigado, muito obrigado por... e então diga o que você quer como se já estivesse acontecido. Isso parece até mágica. Em pouco tempo aquilo que você deseja vai surgir em sua vida. Já imaginou, então, o que acontece quando você se queixa? A gratidão tem o poder de construir, mas a queixa tem o poder de levar você para o fundo do poço. Pense nisso e use a gratidão para todos os problemas de sua vida e espere. Vá agradecendo mesmo que passem algumas semanas sem você ver nenhum sinal de mudança. A prática da gratidão geralmente não leva 20 dias para você ver os resultados. Teste, faça a experiência e poderá comprovar por si mesma.
Uma excelente semana para todos!
Por Maurício de Castro-escritor e médium
Uma excelente semana para todos!
Por Maurício de Castro-escritor e médium
Reconciliação
Há uma interessante passagem evangélica na qual Jesus recomenda que o homem se reconcilie o mais depressa possível com seu adversário.
A reconciliação deve se processar enquanto ambos estão a caminho, para que um não entregue o outro ao juiz.
Porque o juiz poderá entregar o culpado ao ministro da justiça, que o colocará na prisão.
Se isso ocorrer, as celas não se abrirão enquanto não for pago o último ceitil.
Trata-se de imagens fortes, que chamam a atenção para a importância da convivência equilibrada.
A vida na Terra é uma fecunda e importante escola.
Espíritos de personalidades e valores diversos são colocados lado a lado.
O resultado deve ser o aprendizado e o crescimento de todos os envolvidos.
A convivência nem sempre é fácil.
Na vida social, costumam surgir desacertos.
As ideias e os objetivos costumam ser diferentes, mesmo entre pessoas de boa vontade.
Comumente se afirma que a convivência entre certos indivíduos é difícil por serem inimigos espirituais.
Nessa linha, teriam um passado de erros em comum a justificar a animosidade presente.
Essa hipótese por vezes é verdadeira.
Entretanto, em geral, os desentendimentos de hoje decorrem mais de imperfeições e vícios do que de real inimizade pretérita.
Vaidade, orgulho e egoísmo respondem pela ampla maioria das querelas do mundo.
Não importa o passado, seres generosos e humildes sempre encontram um modo de conviver de forma respeitosa e pacífica.
O problema não reside no ontem, mas no hoje que pode se desdobrar no amanhã.
Importa adotar comportamento digno e fraterno, para seguir livre.
A lei divina é perfeita e cuida de todos.
Ela jamais é burlada, mesmo no mais ínfimo ceitil.
Mas é programada para o progresso e a felicidade dos seres, não para punir e infelicitar.
Daí vem a magna importância da exortação de Jesus.
Seres imperfeitos erram e se atritam.
Dos embates e dos pontos de vista divergentes, o progresso pode surgir.
Contudo, limites se fazem necessários nesse processo de divergência.
A vida precisa ser levada de modo que o coração não se replete de mágoas.
Está-se em uma escola, não em uma batalha campal.
Os outros são irmãos, companheiros de jornada, embora por vezes pensem e ajam de modo diverso.
Acima de qualquer coisa, é preciso manter-se digno e fraterno.
Quando o semelhante erra, perdoá-lo de coração, sem impor condições humilhantes.
Quando se erra, arrepender-se, pedir desculpas, reparar e seguir adiante.
Só não convém esperar a incidência da Lei, por entre mágoas e vaidades.
Porque é aí que surgem as grandes dores, destinadas a dulcificar o coração que se fez orgulhoso e ressentido.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita
A reconciliação deve se processar enquanto ambos estão a caminho, para que um não entregue o outro ao juiz.
Porque o juiz poderá entregar o culpado ao ministro da justiça, que o colocará na prisão.
Se isso ocorrer, as celas não se abrirão enquanto não for pago o último ceitil.
Trata-se de imagens fortes, que chamam a atenção para a importância da convivência equilibrada.
A vida na Terra é uma fecunda e importante escola.
Espíritos de personalidades e valores diversos são colocados lado a lado.
O resultado deve ser o aprendizado e o crescimento de todos os envolvidos.
A convivência nem sempre é fácil.
Na vida social, costumam surgir desacertos.
As ideias e os objetivos costumam ser diferentes, mesmo entre pessoas de boa vontade.
Comumente se afirma que a convivência entre certos indivíduos é difícil por serem inimigos espirituais.
Nessa linha, teriam um passado de erros em comum a justificar a animosidade presente.
Essa hipótese por vezes é verdadeira.
Entretanto, em geral, os desentendimentos de hoje decorrem mais de imperfeições e vícios do que de real inimizade pretérita.
Vaidade, orgulho e egoísmo respondem pela ampla maioria das querelas do mundo.
Não importa o passado, seres generosos e humildes sempre encontram um modo de conviver de forma respeitosa e pacífica.
O problema não reside no ontem, mas no hoje que pode se desdobrar no amanhã.
Importa adotar comportamento digno e fraterno, para seguir livre.
A lei divina é perfeita e cuida de todos.
Ela jamais é burlada, mesmo no mais ínfimo ceitil.
Mas é programada para o progresso e a felicidade dos seres, não para punir e infelicitar.
Daí vem a magna importância da exortação de Jesus.
Seres imperfeitos erram e se atritam.
Dos embates e dos pontos de vista divergentes, o progresso pode surgir.
Contudo, limites se fazem necessários nesse processo de divergência.
A vida precisa ser levada de modo que o coração não se replete de mágoas.
Está-se em uma escola, não em uma batalha campal.
Os outros são irmãos, companheiros de jornada, embora por vezes pensem e ajam de modo diverso.
Acima de qualquer coisa, é preciso manter-se digno e fraterno.
Quando o semelhante erra, perdoá-lo de coração, sem impor condições humilhantes.
Quando se erra, arrepender-se, pedir desculpas, reparar e seguir adiante.
Só não convém esperar a incidência da Lei, por entre mágoas e vaidades.
Porque é aí que surgem as grandes dores, destinadas a dulcificar o coração que se fez orgulhoso e ressentido.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita
Páginas de Saudades e Ternuras
Minha querida filha:
Deus abençoe a vocês todos, concedendo-lhes muita saúde, alegria e paz.
Suas preces e pensamentos me buscam, na vida espiritual, como vivos apelos do coração.
Nossas lágrimas de saudade se confundem.
Morrer, minha filha, não é descansar, porque o amor, principalmente das mães, é sempre uma aflição permanente do espírito.
Ainda não pude habituar-me á idéia de que nos separamos, no mundo, apesar de sentir-me amparada, incessantemente, por minha mãe e pelo carinho de seu pai.
Quando você se encontra a sós, pensando... pensando... muitas vezes, sou atraída por suas meditações, e, em sua companhia, revejo nossos dias escuros e difíceis em minha viuvez iniciante. Uma ansiedade dolorosa me constrange o coração, nesses encontros...
É que desejava fazer-me visível aos seus olhos e acariciar seus cabelos, como em outro tempo. Em vão, procuro dizer a você, que estou viva, que a morte é ilusão. Inutilmente busco um meio de arrancá-la das reflexões tristes, arrebatando-a das sombras intimas, para restituir seu espírito à alegria; mas sou forçada a receber suas perguntas doloridas e esperar...
Filha do meu coração, rogo-lhe se reanime.
Não estamos separadas para sempre.
O túmulo é apenas uma porta que se abre no caminho da vida, da vida que continua sempre vitoriosa.
Quando você puder, interesse-se pelos estudos da alma eterna.
Guarde a sua fé em Deus, como lâmpada acesa para todos os caminhos do mundo.
Tudo na terra é passageiro.
Ainda ontem estávamos juntas, conversando, unidas, quanto aos nossos problemas; e, hoje, tão perto pelo coração, mas tão longe pelos olhos da carne, uma da outra, somos obrigadas a colocar a saudade e a recordação no lugar da presença e da comunhão mais intima, em nossa alma.
Tenha paciência, minha filha, e nunca perca a serenidade.
Estarei com você, em todos os seus passos.
Abraçados às suas orações e às lembranças carinhosas, que me fortalecem para a jornada nova, e rogando a você muita tranqüilidade e confiança em deus, sou a mamãe muito amiga, que vive constantemente com você pelo coração.
Pelo Espírito Noemia - Do livro:Relicário de Luz: Francisco Cândido Xavier
Deus abençoe a vocês todos, concedendo-lhes muita saúde, alegria e paz.
Suas preces e pensamentos me buscam, na vida espiritual, como vivos apelos do coração.
Nossas lágrimas de saudade se confundem.
Morrer, minha filha, não é descansar, porque o amor, principalmente das mães, é sempre uma aflição permanente do espírito.
Ainda não pude habituar-me á idéia de que nos separamos, no mundo, apesar de sentir-me amparada, incessantemente, por minha mãe e pelo carinho de seu pai.
Quando você se encontra a sós, pensando... pensando... muitas vezes, sou atraída por suas meditações, e, em sua companhia, revejo nossos dias escuros e difíceis em minha viuvez iniciante. Uma ansiedade dolorosa me constrange o coração, nesses encontros...
É que desejava fazer-me visível aos seus olhos e acariciar seus cabelos, como em outro tempo. Em vão, procuro dizer a você, que estou viva, que a morte é ilusão. Inutilmente busco um meio de arrancá-la das reflexões tristes, arrebatando-a das sombras intimas, para restituir seu espírito à alegria; mas sou forçada a receber suas perguntas doloridas e esperar...
Filha do meu coração, rogo-lhe se reanime.
Não estamos separadas para sempre.
O túmulo é apenas uma porta que se abre no caminho da vida, da vida que continua sempre vitoriosa.
Quando você puder, interesse-se pelos estudos da alma eterna.
Guarde a sua fé em Deus, como lâmpada acesa para todos os caminhos do mundo.
Tudo na terra é passageiro.
Ainda ontem estávamos juntas, conversando, unidas, quanto aos nossos problemas; e, hoje, tão perto pelo coração, mas tão longe pelos olhos da carne, uma da outra, somos obrigadas a colocar a saudade e a recordação no lugar da presença e da comunhão mais intima, em nossa alma.
Tenha paciência, minha filha, e nunca perca a serenidade.
Estarei com você, em todos os seus passos.
Abraçados às suas orações e às lembranças carinhosas, que me fortalecem para a jornada nova, e rogando a você muita tranqüilidade e confiança em deus, sou a mamãe muito amiga, que vive constantemente com você pelo coração.
Pelo Espírito Noemia - Do livro:Relicário de Luz: Francisco Cândido Xavier
terça-feira, 21 de junho de 2016
Um caso de obsessão
Hoje veio à minha casa uma mulher que me procurou cerca de dois anos antes com sérios problemas de relacionamento. Ela veio me dizer que finalmente resolveu sua vida afetiva e está feliz e em paz.
O caso dela foi muito interessante e por isso quero abordar aqui.
Quando ela veio à minha procura para uma consulta metafísica, seu principal problema era a vida amorosa. Já tinha 38 anos e nunca havia dado certo com nenhum homem que se envolveu. Chegou a casar quando tinha 25 anos, mas a relação não durou mais que dois anos, terminando com a traição do marido. Para casar foi com grande dificuldade, pois não tinha sorte no amor desde adolescente e depois do casamento fracassado havia chegado aos 38 anos sem expectativa de se realizar no campo afetivo e com muito medo de ficar só.
Conversamos e submeti seu caso aos espíritos amigos que trabalham comigo. Eles disseram que a causa de sua solidão e de seus desacertos amorosos eram porque havia um espírito que a obsediava. Tratava-se de um homem que fora apaixonado por ela na última encarnação, mas que, após anos de dedicação, ela o traiu, deixando-o triste, magoado e infeliz.
Ela reencarnou, mas ele continuou no mundo astral e logo a encontrou, ainda adolescente, no novo corpo de carne. A partir daí, louco de paixão e ciúme passou a segui-la o tempo inteiro, desviando os homens que se interessavam por ela fazendo-os com que desistissem, espalhava energias desagradáveis ao seu redor para que nenhum homem a observasse ou gostasse de sua presença. Quando ela casou, fez de tudo para destruir seu casamento e conseguiu. Durante 38 anos ele conseguiu com que ela ficasse solitária, amargurada e sem esperanças, já que os homens pareciam não enxergá-la e fugiam como o diabo da cruz.
Ela, de posse dessa informação, procurou um Centro Espírita Kardecista, se tratou e o espírito cedeu, foi doutrinado e resolveu deixá-la em paz. Hoje está muito bem e feliz com um companheiro que a aprecia e respeita.
Você pode estar se perguntando: por que Deus permitiu que um espírito fizesse isso na vida de uma pessoa? Terá sido pela traição que ela fez no passado? Ou haveria outro motivo? Se ela não soubesse dessa informação continuaria sozinha e infeliz?
A princípio parece que essa mulher foi vítima indefesa da obsessão de um espírito apaixonado e possessivo, mas isso não é verdade. Para conseguir fazer tudo isso que ele fez, ele manipulou seus pontos fracos, se aproveitou de sua baixa estima, insegurança, falta de firmeza, amor próprio e crenças negativas. Nenhuma obsessão acontece sem nós darmos abertura. Se ela não tivesse uma ideia negativa de si mesma e muita baixa estima, ele não teria conseguido nada.
Os espíritos obsessores exploram nossas fraquezas para nos dominar, enganar e até destruir nossa vida. Deus, Jesus e até nosso mentor espiritual permite para que nós possamos aprender com essa lição, ainda que dolorosa.
Tomar posse de si e gerenciar o mundo interior é a melhor forma de se defender do assédio dos espíritos das trevas.
Essa mulher está aprendendo isso e se melhorando cada vez mais.
Existem muitos casos como o dela, mas nós, mesmo sabendo de alguns, não podemos dizer porque as pessoas não irão acreditar ou se acreditar ficarão com medo, se impressionarão, o que dará ainda mais força ao espírito.
Será que em sua vida não está acontecendo o mesmo?
Fica a reflexão!
O caso dela foi muito interessante e por isso quero abordar aqui.
Quando ela veio à minha procura para uma consulta metafísica, seu principal problema era a vida amorosa. Já tinha 38 anos e nunca havia dado certo com nenhum homem que se envolveu. Chegou a casar quando tinha 25 anos, mas a relação não durou mais que dois anos, terminando com a traição do marido. Para casar foi com grande dificuldade, pois não tinha sorte no amor desde adolescente e depois do casamento fracassado havia chegado aos 38 anos sem expectativa de se realizar no campo afetivo e com muito medo de ficar só.
Conversamos e submeti seu caso aos espíritos amigos que trabalham comigo. Eles disseram que a causa de sua solidão e de seus desacertos amorosos eram porque havia um espírito que a obsediava. Tratava-se de um homem que fora apaixonado por ela na última encarnação, mas que, após anos de dedicação, ela o traiu, deixando-o triste, magoado e infeliz.
Ela reencarnou, mas ele continuou no mundo astral e logo a encontrou, ainda adolescente, no novo corpo de carne. A partir daí, louco de paixão e ciúme passou a segui-la o tempo inteiro, desviando os homens que se interessavam por ela fazendo-os com que desistissem, espalhava energias desagradáveis ao seu redor para que nenhum homem a observasse ou gostasse de sua presença. Quando ela casou, fez de tudo para destruir seu casamento e conseguiu. Durante 38 anos ele conseguiu com que ela ficasse solitária, amargurada e sem esperanças, já que os homens pareciam não enxergá-la e fugiam como o diabo da cruz.
Ela, de posse dessa informação, procurou um Centro Espírita Kardecista, se tratou e o espírito cedeu, foi doutrinado e resolveu deixá-la em paz. Hoje está muito bem e feliz com um companheiro que a aprecia e respeita.
Você pode estar se perguntando: por que Deus permitiu que um espírito fizesse isso na vida de uma pessoa? Terá sido pela traição que ela fez no passado? Ou haveria outro motivo? Se ela não soubesse dessa informação continuaria sozinha e infeliz?
A princípio parece que essa mulher foi vítima indefesa da obsessão de um espírito apaixonado e possessivo, mas isso não é verdade. Para conseguir fazer tudo isso que ele fez, ele manipulou seus pontos fracos, se aproveitou de sua baixa estima, insegurança, falta de firmeza, amor próprio e crenças negativas. Nenhuma obsessão acontece sem nós darmos abertura. Se ela não tivesse uma ideia negativa de si mesma e muita baixa estima, ele não teria conseguido nada.
Os espíritos obsessores exploram nossas fraquezas para nos dominar, enganar e até destruir nossa vida. Deus, Jesus e até nosso mentor espiritual permite para que nós possamos aprender com essa lição, ainda que dolorosa.
Tomar posse de si e gerenciar o mundo interior é a melhor forma de se defender do assédio dos espíritos das trevas.
Essa mulher está aprendendo isso e se melhorando cada vez mais.
Existem muitos casos como o dela, mas nós, mesmo sabendo de alguns, não podemos dizer porque as pessoas não irão acreditar ou se acreditar ficarão com medo, se impressionarão, o que dará ainda mais força ao espírito.
Será que em sua vida não está acontecendo o mesmo?
Fica a reflexão!
Maurício de Castro-médium e escritor
A cerimônia dos sonhos
Frida sempre havia sonhado com um casamento de contos de fadas.
Planejara como seria o vestido, o véu, o buquê, o penteado, o sapato, os vestidos das madrinhas.
Selecionou as músicas da cerimônia, da entrada até a saída, e especificou como seriam as lembrancinhas, o bolo, os doces.
Preparou tudo com cuidadoso zelo.
Mas se esqueceu de levar em conta a parte principal, aquela que faria a diferença na adaptação do casamento: a realidade da vida a dois.
Ficara tão absorvida na cerimônia que deixara de lado a essência e o significado profundo desse ato.
O dia da celebração foi maravilhoso. Os convidados se encantaram com a decoração dos salões, os aromas das flores, os sons dos violinos e os sabores dos pratos.
Frida estava orgulhosa de si mesma. Havia se esmerado e agora se sentia realizada.
O noivo a tudo assistia com resignada alegria. Ficava feliz ao vê-la radiante.
Para ele, bastaria uma cerimônia simples, com os amigos íntimos e os familiares, mas ela queria uma festa digna de rainha.
Por conta desse desejo, casaram-se endividados.
Casamento é uma vez só, justificara Frida, a cada novo gasto inesperado.
E assim foram avançando em compromissos financeiros. Tudo em nome do sonho da mimada noiva.
Uma amiga alertou: Você não acha que está exagerando? Foi afastada do convívio e tratada com polida indiferença.
A noiva não queria ninguém lançando energias negativas em seu casamento.
Terminada a cerimônia, o casal rumou para uma breve lua de mel, em uma cidade de veraneio.
Quando voltaram, Frida não conseguia se adaptar à rotina de casada. Irritava-se, reclamando das tarefas diárias.
As dívidas chegavam impiedosas e o casal acabava discutindo por causa da eterna insatisfação de Frida.
Meses depois, ela decidiu voltar para a casa dos pais. Acusava o marido de não lhe dar atenção, de trabalhar muitas horas, deixá-la sozinha e não ajudá-la nos trabalhos da casa.
Ele realmente trabalhava horas a mais para pagar as onerosas contas. E, ultimamente, não fazia questão de retornar mais cedo.
Não se sentia à vontade em casa, onde a esposa o aguardava sempre com queixumes.
O casamento acabou antes mesmo do casal terminar de pagar todas as prestações assumidas.
Aquela amiga que havia sido afastada, um dia encontrou Frida e, ao ouvi-la reclamar sem parar, nem a deixou terminar.
Você estava tão focada em concretizar o seu sonho, tão voltada para si mesma e para a parte material do casamento, que ignorou o fato de que nossa felicidade está intimamente associada à felicidade dos que nos cercam.
O que você fez para que as pessoas que a cercam também tivessem seus sonhos realizados?
Frida emudeceu. Não havia pensado nos sonhos de mais ninguém. Apenas nos seus.
Naquele momento, um clarão iluminou sua mente. Ela percebeu, em choque, o quanto havia sido egoísta e imatura.
Voltou para casa cabisbaixa, pensando no quê, de fato, havia significado o casamento para ela.
E lamentou ter desperdiçado tanto tempo e recursos numa ilusão.
Desde então, Frida mudou sua forma de ser e estar no mundo, buscando primeiro a essência das coisas, e não suas manifestações exteriores.
Por Redação do Momento Espírita
Planejara como seria o vestido, o véu, o buquê, o penteado, o sapato, os vestidos das madrinhas.
Selecionou as músicas da cerimônia, da entrada até a saída, e especificou como seriam as lembrancinhas, o bolo, os doces.
Preparou tudo com cuidadoso zelo.
Mas se esqueceu de levar em conta a parte principal, aquela que faria a diferença na adaptação do casamento: a realidade da vida a dois.
Ficara tão absorvida na cerimônia que deixara de lado a essência e o significado profundo desse ato.
O dia da celebração foi maravilhoso. Os convidados se encantaram com a decoração dos salões, os aromas das flores, os sons dos violinos e os sabores dos pratos.
Frida estava orgulhosa de si mesma. Havia se esmerado e agora se sentia realizada.
O noivo a tudo assistia com resignada alegria. Ficava feliz ao vê-la radiante.
Para ele, bastaria uma cerimônia simples, com os amigos íntimos e os familiares, mas ela queria uma festa digna de rainha.
Por conta desse desejo, casaram-se endividados.
Casamento é uma vez só, justificara Frida, a cada novo gasto inesperado.
E assim foram avançando em compromissos financeiros. Tudo em nome do sonho da mimada noiva.
Uma amiga alertou: Você não acha que está exagerando? Foi afastada do convívio e tratada com polida indiferença.
A noiva não queria ninguém lançando energias negativas em seu casamento.
Terminada a cerimônia, o casal rumou para uma breve lua de mel, em uma cidade de veraneio.
Quando voltaram, Frida não conseguia se adaptar à rotina de casada. Irritava-se, reclamando das tarefas diárias.
As dívidas chegavam impiedosas e o casal acabava discutindo por causa da eterna insatisfação de Frida.
Meses depois, ela decidiu voltar para a casa dos pais. Acusava o marido de não lhe dar atenção, de trabalhar muitas horas, deixá-la sozinha e não ajudá-la nos trabalhos da casa.
Ele realmente trabalhava horas a mais para pagar as onerosas contas. E, ultimamente, não fazia questão de retornar mais cedo.
Não se sentia à vontade em casa, onde a esposa o aguardava sempre com queixumes.
O casamento acabou antes mesmo do casal terminar de pagar todas as prestações assumidas.
Aquela amiga que havia sido afastada, um dia encontrou Frida e, ao ouvi-la reclamar sem parar, nem a deixou terminar.
Você estava tão focada em concretizar o seu sonho, tão voltada para si mesma e para a parte material do casamento, que ignorou o fato de que nossa felicidade está intimamente associada à felicidade dos que nos cercam.
O que você fez para que as pessoas que a cercam também tivessem seus sonhos realizados?
Frida emudeceu. Não havia pensado nos sonhos de mais ninguém. Apenas nos seus.
Naquele momento, um clarão iluminou sua mente. Ela percebeu, em choque, o quanto havia sido egoísta e imatura.
Voltou para casa cabisbaixa, pensando no quê, de fato, havia significado o casamento para ela.
E lamentou ter desperdiçado tanto tempo e recursos numa ilusão.
Desde então, Frida mudou sua forma de ser e estar no mundo, buscando primeiro a essência das coisas, e não suas manifestações exteriores.
Por Redação do Momento Espírita
As aflições
No íntimo de todas as criaturas existe o desejo de ser feliz e de afastar os sofrimentos.
No entanto, Jesus Cristo nos disse: No mundo só tereis aflições.
São variadas as causas das aflições. Podemos, para melhor compreensão, separá-las entre as que têm origem em nossa intimidade e aquelas próprias da natureza em que vivemos.
Assim temos várias dores que somente têm a ver com o mundo em que nos encontramos.
Por exemplo, a dor causada pelo nascimento do siso, o último dos molares, é um impositivo da biologia humana. A dor pela picada de um mosquito ou de uma agulha, da mesma forma.
São dores próprias de um mundo material. São dores comuns a que estão sujeitos os seres que habitam o planeta.
O sofrimento faz parte de nossa vida, uma vez que em tudo existe a necessidade de ação.
Nossa mente pensa, nossa vontade almeja. Mas o corpo precisa executar.
Toda vez que desejamos alguma coisa, quando aspiramos algo, a necessidade de trabalhar para realizar nossos sonhos gera um certo sofrimento.
Quem deseja bater recordes, vive aflições. São horas intermináveis de exercícios, disciplina rígida, com intuito de superar as próprias limitações físicas.
Dores físicas, preocupação com a classificação, um revés de última hora. Aflições de toda sorte.
Quem deseja passar no vestibular, apesar do grande esforço despendido no estudo, se aflige ante a perspectiva de não conseguir a vaga pretendida.
E se esquecer tudo na hora da prova? E se não conseguir a vaga? E se precisar fazer outro vestibular?
Quem deseja ser cantor, ator, engenheiro, médico passa pelas aflições das horas estafantes de estudo, estágio, aprendizagem, esforço, testes.
Reveses. Inquietudes. Aflições.
São os sofrimentos deste mundo, os empeços materiais que se apresentam.
Também existem os sofrimentos causados por nós mesmos. É o resultado originado de nossas intenções, de nossas atitudes, do estado geral da nossa mente e do nosso coração.
Quando tomamos decisões desequilibradas, sofremos.
Quando agimos de forma negativa, teremos que recolher adiante o resultado dessas ações infelizes.
Quando pensamos somente em nós, num egocentrismo doentio, sofremos.
Quando desejamos que as coisas não mudem ou não terminem, sofremos novamente.
Tudo passa. As paisagens mudam. Os momentos bons terminam, e os maus também.
Procurando entender a mensagem de Jesus poderemos vencer os sofrimentos do mundo, vendo-os como realmente se apresentam.
Ou seja, como empeços materiais numa realidade relativa. Alargando nosso ponto de vista poderemos vencer a melancolia e a aflição.
No íntimo de todas as criaturas existe o desejo de ser feliz e de afastar os sofrimentos.
No entanto, Jesus Cristo nos disse: No mundo só tereis aflições.
São variadas as causas das aflições. Podemos, para melhor compreensão, separá-las entre as que têm origem em nossa intimidade e aquelas próprias da natureza em que vivemos.
Assim temos várias dores que somente têm a ver com o mundo em que nos encontramos.
Por exemplo, a dor causada pelo nascimento do siso, o último dos molares, é um impositivo da biologia humana. A dor pela picada de um mosquito ou de uma agulha, da mesma forma.
São dores próprias de um mundo material. São dores comuns a que estão sujeitos os seres que habitam o planeta.
O sofrimento faz parte de nossa vida, uma vez que em tudo existe a necessidade de ação.
Nossa mente pensa, nossa vontade almeja. Mas o corpo precisa executar.
Toda vez que desejamos alguma coisa, quando aspiramos algo, a necessidade de trabalhar para realizar nossos sonhos gera um certo sofrimento.
Quem deseja bater recordes, vive aflições. São horas intermináveis de exercícios, disciplina rígida, com intuito de superar as próprias limitações físicas.
Dores físicas, preocupação com a classificação, um revés de última hora. Aflições de toda sorte.
Quem deseja passar no vestibular, apesar do grande esforço despendido no estudo, se aflige ante a perspectiva de não conseguir a vaga pretendida.
E se esquecer tudo na hora da prova? E se não conseguir a vaga? E se precisar fazer outro vestibular?
Quem deseja ser cantor, ator, engenheiro, médico passa pelas aflições das horas estafantes de estudo, estágio, aprendizagem, esforço, testes.
Reveses. Inquietudes. Aflições.
São os sofrimentos deste mundo, os empeços materiais que se apresentam.
Também existem os sofrimentos causados por nós mesmos. É o resultado originado de nossas intenções, de nossas atitudes, do estado geral da nossa mente e do nosso coração.
Quando tomamos decisões desequilibradas, sofremos.
Quando agimos de forma negativa, teremos que recolher adiante o resultado dessas ações infelizes.
Quando pensamos somente em nós, num egocentrismo doentio, sofremos.
Quando desejamos que as coisas não mudem ou não terminem, sofremos novamente.
Tudo passa. As paisagens mudam. Os momentos bons terminam, e os maus também.
Procurando entender a mensagem de Jesus poderemos vencer os sofrimentos do mundo, vendo-os como realmente se apresentam.
Ou seja, como empeços materiais numa realidade relativa. Alargando nosso ponto de vista poderemos vencer a melancolia e a aflição.
Sem visão pessimista, venceremos os obstáculos próprios ao meio em que nos encontramos.
E se optarmos por seguir Jesus, não haverá aflição que resista ao bendito remédio da fé.
Todos desejamos ser felizes. Sejamos ricos ou pobres, instruídos ou não, desejamos evitar os sofrimentos.
Assim, procuremos vencer as tribulações de cada dia e encontrar razões para a felicidade em coisas pequenas.
Ser grato pelo que temos, pelo que usufruímos.
Aprender com os pássaros a saudar o dia com um cântico de esperança.
Eis uma boa fórmula para superar as aflições e começar a ser feliz, desde hoje.
Sem visão pessimista, venceremos os obstáculos próprios ao meio em que nos encontramos.
E se optarmos por seguir Jesus, não haverá aflição que resista ao bendito remédio da fé.
Todos desejamos ser felizes. Sejamos ricos ou pobres, instruídos ou não, desejamos evitar os sofrimentos.
Assim, procuremos vencer as tribulações de cada dia e encontrar razões para a felicidade em coisas pequenas.
Ser grato pelo que temos, pelo que usufruímos.
Aprender com os pássaros a saudar o dia com um cântico de esperança.
Eis uma boa fórmula para superar as aflições e começar a ser feliz, desde hoje.
Fonte: Redação do Momento Espírita
No entanto, Jesus Cristo nos disse: No mundo só tereis aflições.
São variadas as causas das aflições. Podemos, para melhor compreensão, separá-las entre as que têm origem em nossa intimidade e aquelas próprias da natureza em que vivemos.
Assim temos várias dores que somente têm a ver com o mundo em que nos encontramos.
Por exemplo, a dor causada pelo nascimento do siso, o último dos molares, é um impositivo da biologia humana. A dor pela picada de um mosquito ou de uma agulha, da mesma forma.
São dores próprias de um mundo material. São dores comuns a que estão sujeitos os seres que habitam o planeta.
O sofrimento faz parte de nossa vida, uma vez que em tudo existe a necessidade de ação.
Nossa mente pensa, nossa vontade almeja. Mas o corpo precisa executar.
Toda vez que desejamos alguma coisa, quando aspiramos algo, a necessidade de trabalhar para realizar nossos sonhos gera um certo sofrimento.
Quem deseja bater recordes, vive aflições. São horas intermináveis de exercícios, disciplina rígida, com intuito de superar as próprias limitações físicas.
Dores físicas, preocupação com a classificação, um revés de última hora. Aflições de toda sorte.
Quem deseja passar no vestibular, apesar do grande esforço despendido no estudo, se aflige ante a perspectiva de não conseguir a vaga pretendida.
E se esquecer tudo na hora da prova? E se não conseguir a vaga? E se precisar fazer outro vestibular?
Quem deseja ser cantor, ator, engenheiro, médico passa pelas aflições das horas estafantes de estudo, estágio, aprendizagem, esforço, testes.
Reveses. Inquietudes. Aflições.
São os sofrimentos deste mundo, os empeços materiais que se apresentam.
Também existem os sofrimentos causados por nós mesmos. É o resultado originado de nossas intenções, de nossas atitudes, do estado geral da nossa mente e do nosso coração.
Quando tomamos decisões desequilibradas, sofremos.
Quando agimos de forma negativa, teremos que recolher adiante o resultado dessas ações infelizes.
Quando pensamos somente em nós, num egocentrismo doentio, sofremos.
Quando desejamos que as coisas não mudem ou não terminem, sofremos novamente.
Tudo passa. As paisagens mudam. Os momentos bons terminam, e os maus também.
Procurando entender a mensagem de Jesus poderemos vencer os sofrimentos do mundo, vendo-os como realmente se apresentam.
Ou seja, como empeços materiais numa realidade relativa. Alargando nosso ponto de vista poderemos vencer a melancolia e a aflição.
No íntimo de todas as criaturas existe o desejo de ser feliz e de afastar os sofrimentos.
No entanto, Jesus Cristo nos disse: No mundo só tereis aflições.
São variadas as causas das aflições. Podemos, para melhor compreensão, separá-las entre as que têm origem em nossa intimidade e aquelas próprias da natureza em que vivemos.
Assim temos várias dores que somente têm a ver com o mundo em que nos encontramos.
Por exemplo, a dor causada pelo nascimento do siso, o último dos molares, é um impositivo da biologia humana. A dor pela picada de um mosquito ou de uma agulha, da mesma forma.
São dores próprias de um mundo material. São dores comuns a que estão sujeitos os seres que habitam o planeta.
O sofrimento faz parte de nossa vida, uma vez que em tudo existe a necessidade de ação.
Nossa mente pensa, nossa vontade almeja. Mas o corpo precisa executar.
Toda vez que desejamos alguma coisa, quando aspiramos algo, a necessidade de trabalhar para realizar nossos sonhos gera um certo sofrimento.
Quem deseja bater recordes, vive aflições. São horas intermináveis de exercícios, disciplina rígida, com intuito de superar as próprias limitações físicas.
Dores físicas, preocupação com a classificação, um revés de última hora. Aflições de toda sorte.
Quem deseja passar no vestibular, apesar do grande esforço despendido no estudo, se aflige ante a perspectiva de não conseguir a vaga pretendida.
E se esquecer tudo na hora da prova? E se não conseguir a vaga? E se precisar fazer outro vestibular?
Quem deseja ser cantor, ator, engenheiro, médico passa pelas aflições das horas estafantes de estudo, estágio, aprendizagem, esforço, testes.
Reveses. Inquietudes. Aflições.
São os sofrimentos deste mundo, os empeços materiais que se apresentam.
Também existem os sofrimentos causados por nós mesmos. É o resultado originado de nossas intenções, de nossas atitudes, do estado geral da nossa mente e do nosso coração.
Quando tomamos decisões desequilibradas, sofremos.
Quando agimos de forma negativa, teremos que recolher adiante o resultado dessas ações infelizes.
Quando pensamos somente em nós, num egocentrismo doentio, sofremos.
Quando desejamos que as coisas não mudem ou não terminem, sofremos novamente.
Tudo passa. As paisagens mudam. Os momentos bons terminam, e os maus também.
Procurando entender a mensagem de Jesus poderemos vencer os sofrimentos do mundo, vendo-os como realmente se apresentam.
Ou seja, como empeços materiais numa realidade relativa. Alargando nosso ponto de vista poderemos vencer a melancolia e a aflição.
Sem visão pessimista, venceremos os obstáculos próprios ao meio em que nos encontramos.
E se optarmos por seguir Jesus, não haverá aflição que resista ao bendito remédio da fé.
Todos desejamos ser felizes. Sejamos ricos ou pobres, instruídos ou não, desejamos evitar os sofrimentos.
Assim, procuremos vencer as tribulações de cada dia e encontrar razões para a felicidade em coisas pequenas.
Ser grato pelo que temos, pelo que usufruímos.
Aprender com os pássaros a saudar o dia com um cântico de esperança.
Eis uma boa fórmula para superar as aflições e começar a ser feliz, desde hoje.
Sem visão pessimista, venceremos os obstáculos próprios ao meio em que nos encontramos.
E se optarmos por seguir Jesus, não haverá aflição que resista ao bendito remédio da fé.
Todos desejamos ser felizes. Sejamos ricos ou pobres, instruídos ou não, desejamos evitar os sofrimentos.
Assim, procuremos vencer as tribulações de cada dia e encontrar razões para a felicidade em coisas pequenas.
Ser grato pelo que temos, pelo que usufruímos.
Aprender com os pássaros a saudar o dia com um cântico de esperança.
Eis uma boa fórmula para superar as aflições e começar a ser feliz, desde hoje.
Fonte: Redação do Momento Espírita
quinta-feira, 14 de abril de 2016
E quando os outros nos adoencem?
"Mauricio, e quando o sofrimento leva às doenças?
Pessoas desprendidas e generosas por vezes são vítimas daquelas que lhes impõe sofrimentos que resultam em doenças graves. Acho até que isso ocorre com grande frequência. Além disso, o próprio sofrimento e temor impostos pelo mundo . Medo da violência, stress pela sobrevivência que não está fácil e outros temores que enfrentamos, especialmente, nos grandes centros urbanos. Eu tive câncer de mama e, de fato, foi uma grande experiência para mim. Quando lembro daqueles momentos vejo com clareza que a vida e algumas pessoas me adoeceram.” (Izabel Maiza Viana)
É como eu disse no texto: as emoções desequilibradas também são a causa das doenças. O medo, a angústia, o stress, a ansiedade, o sentimento de impotência, a mágoa, a ingratidão, dentre tantas pressões psicológicas que o ser humano enfrenta resulta em doenças físicas, mesmo que essas pessoas sejam muito boas ou desprendidas. Mas há algo importantíssimo a dizer: ninguém é vítima. É preciso uma boa dose de humildade para reconhecer que, até quando as pessoas nos impõe sofrimento, fomos nós, com nossa forma de ser que as atraímos. Outra coisa importante: a maneira como as pessoas interpretam o que os outros fazem, a maneira como encaram o próprio sofrimento que os outros impõe é importantíssimo na saúde física e mental. Há quem encare com mais força, enfrente e vença. Há quem veja os outros como seres doentes e por isso procuram se trabalhar para não sofrerem com o que eles fazem, ou sofrer o mínimo possível. Há também aqueles que não se sentem obrigados a ficar na situação e joga tudo pro alto conservando a saúde. Uma pessoa quando causa sofrimento à outra, embora pareça, não é gratuito, é nossa alma que atrai para que possamos vencer. E cada um é testado pelos outros nos seus pontos fracos: o vaidoso atrairá humilhações, o passivo pessoas autoritárias, o orgulhoso gente que vai pisar em seus sentimentos, o ingênuo pessoas que o enganarão, o excessivamente bom pessoas que irão abusar disso. A pessoa pode ser muito boa e desprendida, mas, exceto os grandes missionários, todos ainda tem muitos defeitos dentro de si, embora ajam com bondade e desprendimento material. Contudo, só uma boa dose de humildade para admitir que nós fazemos nossa vida em todos os instantes. Uma pessoa que não precise passar por determinado sofrimento psicológico não passará porque a Lei de Deus é justa. Você adoeceu por causa de algumas pessoas, ou se deixou adoecer por causa delas? Será que se tivesse reagido de outra forma teria mesmo adoecido? É uma boa pergunta para se fazer. Abraço!
Por Mauricio de Castro- escritor e médium
Pessoas desprendidas e generosas por vezes são vítimas daquelas que lhes impõe sofrimentos que resultam em doenças graves. Acho até que isso ocorre com grande frequência. Além disso, o próprio sofrimento e temor impostos pelo mundo . Medo da violência, stress pela sobrevivência que não está fácil e outros temores que enfrentamos, especialmente, nos grandes centros urbanos. Eu tive câncer de mama e, de fato, foi uma grande experiência para mim. Quando lembro daqueles momentos vejo com clareza que a vida e algumas pessoas me adoeceram.” (Izabel Maiza Viana)
É como eu disse no texto: as emoções desequilibradas também são a causa das doenças. O medo, a angústia, o stress, a ansiedade, o sentimento de impotência, a mágoa, a ingratidão, dentre tantas pressões psicológicas que o ser humano enfrenta resulta em doenças físicas, mesmo que essas pessoas sejam muito boas ou desprendidas. Mas há algo importantíssimo a dizer: ninguém é vítima. É preciso uma boa dose de humildade para reconhecer que, até quando as pessoas nos impõe sofrimento, fomos nós, com nossa forma de ser que as atraímos. Outra coisa importante: a maneira como as pessoas interpretam o que os outros fazem, a maneira como encaram o próprio sofrimento que os outros impõe é importantíssimo na saúde física e mental. Há quem encare com mais força, enfrente e vença. Há quem veja os outros como seres doentes e por isso procuram se trabalhar para não sofrerem com o que eles fazem, ou sofrer o mínimo possível. Há também aqueles que não se sentem obrigados a ficar na situação e joga tudo pro alto conservando a saúde. Uma pessoa quando causa sofrimento à outra, embora pareça, não é gratuito, é nossa alma que atrai para que possamos vencer. E cada um é testado pelos outros nos seus pontos fracos: o vaidoso atrairá humilhações, o passivo pessoas autoritárias, o orgulhoso gente que vai pisar em seus sentimentos, o ingênuo pessoas que o enganarão, o excessivamente bom pessoas que irão abusar disso. A pessoa pode ser muito boa e desprendida, mas, exceto os grandes missionários, todos ainda tem muitos defeitos dentro de si, embora ajam com bondade e desprendimento material. Contudo, só uma boa dose de humildade para admitir que nós fazemos nossa vida em todos os instantes. Uma pessoa que não precise passar por determinado sofrimento psicológico não passará porque a Lei de Deus é justa. Você adoeceu por causa de algumas pessoas, ou se deixou adoecer por causa delas? Será que se tivesse reagido de outra forma teria mesmo adoecido? É uma boa pergunta para se fazer. Abraço!
Por Mauricio de Castro- escritor e médium
quarta-feira, 13 de abril de 2016
Crônicas Espíritas
Hoje relatarei mais uma história obtida no trabalho mediúnico. São tantos os depoimentos importantes que sinto dificuldade em selecioná-los para compartilhar com vocês, caros leitores.
Trabalhávamos uma ficha e, enquanto a médium vibrava, percebi um ambiente familiar em completa desarmonia. Estabelecida a conexão com este espírito em particular, senti sua presença irradiando revolta e ódio. Hesitou, a princípio, em iniciar alguma conversação, contudo, envolvido numa psicosfera de calma e acolhimento, respirou um pouco e acabou por dialogar comigo.
Relatou que não entendia o que fazíamos ali, querendo proteger uma casa daquelas, cujo responsável era um criminoso. Disse que foi trazido “à força”, mas que voltaria para acabar seu trabalho, tarefa que exigiu sua dedicação por longos anos, e que iria terminar a despeito da nossa interferência, e esse era seu único objetivo.
Falou que estava já há algum tempo nos observando e que essa atitude de proteger a bandidos era hipócrita, pois falávamos em justiça e não a praticávamos, porque ele estava ali para fazer justiça e vingar a sua própria família, com nós querendo impedi-lo. Dizia que queria acabar com a vida do senhor que obsidiava, dificultando sua respiração, e que ele, ao morrer sufocado, iria pagar e daí seu serviço teria fim.
Esclareci-lhe que desconhecia esta família e que não sabia o tinha acontecido. Era com ele que conversava e queria ouvir sua história. Ficou surpreso com a última colocação, e me contou que era um trabalhador que labutava muitas horas para tirar o sustento da sua família, e, mesmo assim, só conseguiu uma casa muito simples, mas que não tinha vergonha dela.
Nesse momento visualizei na minha tela mental um bairro pobre, semelhante a uma favela horizontal, muito populoso e em seguida muitas chamas.
O Espírito prosseguiu contando que num determinado dia, “de ruína”, houve um incêndio à noite, e sua casinha foi destruída, mas que, o pior, sua mulher e sua filha faleceram com a fumaça. Ele disse: - Me senti morto naquele dia, acabado!
Não sei se sua morte física ocorreu ali, mas certamente foi essa uma ocasião nefasta na sua trajetória.
Decidiu-se por vingar-se do responsável, como único objetivo e dizia: - Eu já estou morto mesmo, então vou matar a ele, já perdi tudo e esta é a única coisa que me faz lutar.
Observo aí uma das muitas incoerências humanas ao dizer estar “morto” ao tempo em que está falando comigo, e sente a si mesmo nas ações que pratica.
Descobriu que um rico grileiro queria as terras do bairro para lotear e mandou atearem fogo no local. Muitas vidas tiveram seu fim trágico naquela madrugada.
Nesse momento entendi sua revolta e disse-lhe que me solidarizava com sua indignação, contudo falei que precisava lembrar-se das pessoas que amou. Ele retrucou dizendo que faria justiça por elas, e que queria acabar com a vida do senhor que perseguia, dificultando sua respiração, e que ele, ao morrer sufocado, iria pagar e daí seu serviço seria terminado, e que ele mesmo teria um fim.
Ele parou um pouco e senti uma mudança na sua psicosfera, as lembranças da esposa e filha amadas vieram à tona como saudade e tristeza profundas. Tocado na alma, estava em claro conflito interior.
Como de alguma maneira achava que fazia justiça, ainda que truncada, disse que se saísse de lá (casa do obsidiado), ele ficaria livre, o que não seria justo.
Pedi-lhe para limpar seus olhos, ao que aquiesceu e daí que olhasse com calma o ambiente da casa onde estava. Ele ficou surpreso pois haviam muitos espíritos com raiva, destilando ódio no ambiente.
Pude falar-lhe que a vida não acaba com o desencarne, como ele mesmo percebeu, e que não há um fim como ele imaginou.
Pergunto-lhe se é mais importante um reencontro com as amadas ou a permanência no ódio, no desequilíbrio.
Visualizei a aproximação de ambas na minha tela mental.
Disse-lhe que poderia encontrar com elas se essa fosse sua real vontade, e que era sua a escolha de seguir com sua família ou permanecer na revolta. O que era realmente importante para ele?
Seu pensamento se voltou para a companheira amada e mergulhou nas boas lembranças da família. A saudade o fez chorar, e Misericórdia Divina entra em ação. Ele viu a ambas, longe, como vultos e me pergunta se são elas. Disse-lhe que poderia ir encontra-las e que havia muito o que aprender. Ele me agradece e parte, com inúmeras dúvidas, mas principalmente com Esperança.
Encerramos o atendimento muito emocionadas, a médium e eu, agradecidas ao Pai-Mãe de Misericórdia que a todos ampara.
Muita paz para todos nós.
Francesca Freitas
14-09-2015
Leia mais: http://www.cacef.info/news/cronicas-espiritas-
Trabalhávamos uma ficha e, enquanto a médium vibrava, percebi um ambiente familiar em completa desarmonia. Estabelecida a conexão com este espírito em particular, senti sua presença irradiando revolta e ódio. Hesitou, a princípio, em iniciar alguma conversação, contudo, envolvido numa psicosfera de calma e acolhimento, respirou um pouco e acabou por dialogar comigo.
Relatou que não entendia o que fazíamos ali, querendo proteger uma casa daquelas, cujo responsável era um criminoso. Disse que foi trazido “à força”, mas que voltaria para acabar seu trabalho, tarefa que exigiu sua dedicação por longos anos, e que iria terminar a despeito da nossa interferência, e esse era seu único objetivo.
Falou que estava já há algum tempo nos observando e que essa atitude de proteger a bandidos era hipócrita, pois falávamos em justiça e não a praticávamos, porque ele estava ali para fazer justiça e vingar a sua própria família, com nós querendo impedi-lo. Dizia que queria acabar com a vida do senhor que obsidiava, dificultando sua respiração, e que ele, ao morrer sufocado, iria pagar e daí seu serviço teria fim.
Esclareci-lhe que desconhecia esta família e que não sabia o tinha acontecido. Era com ele que conversava e queria ouvir sua história. Ficou surpreso com a última colocação, e me contou que era um trabalhador que labutava muitas horas para tirar o sustento da sua família, e, mesmo assim, só conseguiu uma casa muito simples, mas que não tinha vergonha dela.
Nesse momento visualizei na minha tela mental um bairro pobre, semelhante a uma favela horizontal, muito populoso e em seguida muitas chamas.
O Espírito prosseguiu contando que num determinado dia, “de ruína”, houve um incêndio à noite, e sua casinha foi destruída, mas que, o pior, sua mulher e sua filha faleceram com a fumaça. Ele disse: - Me senti morto naquele dia, acabado!
Não sei se sua morte física ocorreu ali, mas certamente foi essa uma ocasião nefasta na sua trajetória.
Decidiu-se por vingar-se do responsável, como único objetivo e dizia: - Eu já estou morto mesmo, então vou matar a ele, já perdi tudo e esta é a única coisa que me faz lutar.
Observo aí uma das muitas incoerências humanas ao dizer estar “morto” ao tempo em que está falando comigo, e sente a si mesmo nas ações que pratica.
Descobriu que um rico grileiro queria as terras do bairro para lotear e mandou atearem fogo no local. Muitas vidas tiveram seu fim trágico naquela madrugada.
Nesse momento entendi sua revolta e disse-lhe que me solidarizava com sua indignação, contudo falei que precisava lembrar-se das pessoas que amou. Ele retrucou dizendo que faria justiça por elas, e que queria acabar com a vida do senhor que perseguia, dificultando sua respiração, e que ele, ao morrer sufocado, iria pagar e daí seu serviço seria terminado, e que ele mesmo teria um fim.
Ele parou um pouco e senti uma mudança na sua psicosfera, as lembranças da esposa e filha amadas vieram à tona como saudade e tristeza profundas. Tocado na alma, estava em claro conflito interior.
Como de alguma maneira achava que fazia justiça, ainda que truncada, disse que se saísse de lá (casa do obsidiado), ele ficaria livre, o que não seria justo.
Pedi-lhe para limpar seus olhos, ao que aquiesceu e daí que olhasse com calma o ambiente da casa onde estava. Ele ficou surpreso pois haviam muitos espíritos com raiva, destilando ódio no ambiente.
Pude falar-lhe que a vida não acaba com o desencarne, como ele mesmo percebeu, e que não há um fim como ele imaginou.
Pergunto-lhe se é mais importante um reencontro com as amadas ou a permanência no ódio, no desequilíbrio.
Visualizei a aproximação de ambas na minha tela mental.
Disse-lhe que poderia encontrar com elas se essa fosse sua real vontade, e que era sua a escolha de seguir com sua família ou permanecer na revolta. O que era realmente importante para ele?
Seu pensamento se voltou para a companheira amada e mergulhou nas boas lembranças da família. A saudade o fez chorar, e Misericórdia Divina entra em ação. Ele viu a ambas, longe, como vultos e me pergunta se são elas. Disse-lhe que poderia ir encontra-las e que havia muito o que aprender. Ele me agradece e parte, com inúmeras dúvidas, mas principalmente com Esperança.
Encerramos o atendimento muito emocionadas, a médium e eu, agradecidas ao Pai-Mãe de Misericórdia que a todos ampara.
Muita paz para todos nós.
Francesca Freitas
14-09-2015
Leia mais: http://www.cacef.info/news/cronicas-espiritas-
quinta-feira, 31 de março de 2016
Retorno à Barbárie
1 – O aedes aegypty tem causado grandes transtornos para a Humanidade, vetor de doenças como o dengue, a febre amarela e agora a febre zika e a chikungunya. Como explicar tantos males?
Uma senhora perguntava por que Deus fez um inseto repugnante como a barata. O marido respondeu, bem-humorado, que seria, talvez, para ela cuidar melhor da higiene na cozinha. O aedes bem pode estar enquadrado nesse objetivo – estimular-nos a cuidar da limpeza urbana.
2 – O Criador está usando vara de marmelo para nos educar?
Até que seria bom. Na verdade, Deus nos concede o dom de viver. As condições e a qualidade de vida dependem de nós. Deus faz o mato crescer, organizando as disposições da Natureza. Se o mato invade nossa casa, a responsabilidade é inteiramente nossa.
3 – Os males provocados pelo aedes não seriam, portanto, do tipo “cavaleiros do apocalipse”?
De forma alguma. Basta lembrar que ele prospera apenas em países de clima quente. Seria um apocalipse circunscrito, não universal? Países de clima frio aprontam até mais. Basta lembrar as duas guerras mundiais, autênticas hecatombes que mataram perto de setenta milhões de pessoas. Assim considerando, os europeus seriam muito mais merecedores dos problemas gerados pelo impertinente inseto.
4 – Como ficam os Espíritos que contraem, no ventre materno, a microcefalia, em virtude de uma proliferação do inseto na região em que nascem? Seria esse o seu carma? Seria a infestação um agente do destino para que tivessem tão grave problema?
Nem sempre as contingências humanas surgem como instrumentos para realização de um carma. Se assim fosse, deveríamos cruzar os braços e deixar o aedes picar à vontade as gestantes, admitindo que seriam afetados apenas os reencarnantes que devessem enfrentar esse problema.
5 – Não é assustador imaginar que um filho possa contrair a microcefalia não por imposição cármica, mas por mera desídia humana?
Precisamos superar a ideia de que todas as ocorrências funestas que afetam as criaturas humanas são cármicas. Carma é viver na Terra, onde tudo pode nos acontecer, se não tivermos cuidado com nossa vida, dispondo-nos a cultivar a mansidão das pombas e a prudência das serpentes, como ensinava Jesus. Não obstante, recordemos que, em última instância, todos males trabalham pelo bem, agitando a consciência humana em favor de sua renovação.
6 – No cultivo dessa prudência, é razoável que as mulheres adiem a maternidade, como está acontecendo, até que o mosquito seja controlado ou tenhamos uma vacina contra os males que produz?
Essa é uma questão de foro íntimo. Se a mulher reside em região infestada e não se sente segura com relação ao assunto, submetendo-se a tensões e angústias que poderão prejudicar a própria gestação, será conveniente adiar, como tem sido recomendado pelos médicos.
7 – E no caso de ocorrer uma gravidez não planejada, pode-se cogitar do aborto terapêutico, sugerido por muitos médicos, evitando possíveis complicações provocadas pela picada do aedes?
Aí seria trocar a possibilidade de um mal menor pela certeza de um mal maior que é o aborto, um crime de lesa-humanidade, como destacam todas as religiões, particularmente o Espiritismo, que nos oferece uma visão muito objetiva de suas lamentáveis consequências.
8 – E se exames durante a gestação detectarem o zika vírus no feto, até mesmo um início de microcefalia, não será prudente o aborto?
A posição espírita está bem clara nas questão 359, de O Livro dos Espíritos. Aborto só quando houver risco de vida para a gestante. Além do mais, a presença desse vírus no feto não significa que vá instalar-se a microcefalia. Ainda que isso ocorra, há tratamentos e cirurgias que permitem ao nenê ter um desenvolvimento normal. Pretender simplesmente o sacrifício da criança afetada é nos igualarmos aos nazistas, que eliminavam deficientes físicos e mentais sem nenhuma preocupação de caráter moral. Esse tipo de comportamento nos reconduz à barbárie.
Richard Simonetti
richardsimonetti@uol.com.br
Uma senhora perguntava por que Deus fez um inseto repugnante como a barata. O marido respondeu, bem-humorado, que seria, talvez, para ela cuidar melhor da higiene na cozinha. O aedes bem pode estar enquadrado nesse objetivo – estimular-nos a cuidar da limpeza urbana.
2 – O Criador está usando vara de marmelo para nos educar?
Até que seria bom. Na verdade, Deus nos concede o dom de viver. As condições e a qualidade de vida dependem de nós. Deus faz o mato crescer, organizando as disposições da Natureza. Se o mato invade nossa casa, a responsabilidade é inteiramente nossa.
3 – Os males provocados pelo aedes não seriam, portanto, do tipo “cavaleiros do apocalipse”?
De forma alguma. Basta lembrar que ele prospera apenas em países de clima quente. Seria um apocalipse circunscrito, não universal? Países de clima frio aprontam até mais. Basta lembrar as duas guerras mundiais, autênticas hecatombes que mataram perto de setenta milhões de pessoas. Assim considerando, os europeus seriam muito mais merecedores dos problemas gerados pelo impertinente inseto.
4 – Como ficam os Espíritos que contraem, no ventre materno, a microcefalia, em virtude de uma proliferação do inseto na região em que nascem? Seria esse o seu carma? Seria a infestação um agente do destino para que tivessem tão grave problema?
Nem sempre as contingências humanas surgem como instrumentos para realização de um carma. Se assim fosse, deveríamos cruzar os braços e deixar o aedes picar à vontade as gestantes, admitindo que seriam afetados apenas os reencarnantes que devessem enfrentar esse problema.
5 – Não é assustador imaginar que um filho possa contrair a microcefalia não por imposição cármica, mas por mera desídia humana?
Precisamos superar a ideia de que todas as ocorrências funestas que afetam as criaturas humanas são cármicas. Carma é viver na Terra, onde tudo pode nos acontecer, se não tivermos cuidado com nossa vida, dispondo-nos a cultivar a mansidão das pombas e a prudência das serpentes, como ensinava Jesus. Não obstante, recordemos que, em última instância, todos males trabalham pelo bem, agitando a consciência humana em favor de sua renovação.
6 – No cultivo dessa prudência, é razoável que as mulheres adiem a maternidade, como está acontecendo, até que o mosquito seja controlado ou tenhamos uma vacina contra os males que produz?
Essa é uma questão de foro íntimo. Se a mulher reside em região infestada e não se sente segura com relação ao assunto, submetendo-se a tensões e angústias que poderão prejudicar a própria gestação, será conveniente adiar, como tem sido recomendado pelos médicos.
7 – E no caso de ocorrer uma gravidez não planejada, pode-se cogitar do aborto terapêutico, sugerido por muitos médicos, evitando possíveis complicações provocadas pela picada do aedes?
Aí seria trocar a possibilidade de um mal menor pela certeza de um mal maior que é o aborto, um crime de lesa-humanidade, como destacam todas as religiões, particularmente o Espiritismo, que nos oferece uma visão muito objetiva de suas lamentáveis consequências.
8 – E se exames durante a gestação detectarem o zika vírus no feto, até mesmo um início de microcefalia, não será prudente o aborto?
A posição espírita está bem clara nas questão 359, de O Livro dos Espíritos. Aborto só quando houver risco de vida para a gestante. Além do mais, a presença desse vírus no feto não significa que vá instalar-se a microcefalia. Ainda que isso ocorra, há tratamentos e cirurgias que permitem ao nenê ter um desenvolvimento normal. Pretender simplesmente o sacrifício da criança afetada é nos igualarmos aos nazistas, que eliminavam deficientes físicos e mentais sem nenhuma preocupação de caráter moral. Esse tipo de comportamento nos reconduz à barbárie.
Richard Simonetti
richardsimonetti@uol.com.br
segunda-feira, 28 de março de 2016
Quem vai para o Umbral
O umbral é uma região de sofrimentos que fica no espaço astral da Terra, especificamente em torno de todo o planeta. O umbral se formou a partir do desencarne de espíritos com baixa vibração e carregados de culpas pelos erros cometidos durante a passagem na Terra.
Por terem pensamentos carregados de amargura, ódio, mágoa, vingança, raiva e culpa, ao desencarnar esses espíritos foram de agrupando no espaço, cada grupo reunidos por afinidade e, sem mesmo saber como, foram criando o ambiente em volta.
As emanações mentais desses espíritos criaram um ambiente onde a luz do sol não entra ou quando entra é muito pálida, a superfície apresenta um solo pobre e de vegetação rasteira, foram aparecendo rios de águas fétidas, charcos, grotas por onde escorrem lama e, atraídos por esses pensamentos, animais de todos os tipos que ainda vibram em condições bastante primitivas, tais como aves de rapina enormes, aranhas gigantescas, insetos variados e cobras perigosas. No umbral também há cidades, construções grotescas e mal acabadas, sujeira, mal cheiro e odores pútridos.
É claro que esse ambiente é o resultado das mentes que ali habitam e não foi criado por Deus para punir os culpados, foi criado pelos próprios espíritos para se punirem mutuamente e a si mesmos.
Há lugares no Umbral que chega a ser pior do que as mais aterradoras imagens do inferno que as pessoas já imaginaram. É no Umbral que fica a Falange dos Justiceiros, A Legião dos Magos Negros, o Vale do Amor Livre, a Cidade Perversa, O Vale dos Suicidas, o Abismo e também a Legião dos Dragões de Cristo, essa última composta de espíritos altamente malignos e inferiores que estão se infiltrando no seio das religiões e doutrinas para deturpá-las e levar seus membros à queda.
Só vai para o Umbral depois da morte as pessoas carregadas de culpas, que não se perdoaram pelo que fizeram e aquelas que morrem com baixa vibração e baixa moral.
Não podemos apontar quem vai para lá porque não podemos julgar e não sabemos o que vai no íntimo de cada um. Quanto a nós, podemos fazer uma avaliação mais segura. Como anda nossa conduta no sentido do bem? Estamos sendo bons, íntegros, caridosos e honestos? Depois da morte não conta os títulos acadêmicos, as aparências, a posição social, a vida exterior. Só nossa bondade, boa vontade, humildade e sinceridade é que vão nos conduzir a um bom lugar. Nesse sentido reflita e se pergunte: Se eu morresse hoje para onde eu iria?
Por Mauricio de Castro-escritor e médium
Por terem pensamentos carregados de amargura, ódio, mágoa, vingança, raiva e culpa, ao desencarnar esses espíritos foram de agrupando no espaço, cada grupo reunidos por afinidade e, sem mesmo saber como, foram criando o ambiente em volta.
As emanações mentais desses espíritos criaram um ambiente onde a luz do sol não entra ou quando entra é muito pálida, a superfície apresenta um solo pobre e de vegetação rasteira, foram aparecendo rios de águas fétidas, charcos, grotas por onde escorrem lama e, atraídos por esses pensamentos, animais de todos os tipos que ainda vibram em condições bastante primitivas, tais como aves de rapina enormes, aranhas gigantescas, insetos variados e cobras perigosas. No umbral também há cidades, construções grotescas e mal acabadas, sujeira, mal cheiro e odores pútridos.
É claro que esse ambiente é o resultado das mentes que ali habitam e não foi criado por Deus para punir os culpados, foi criado pelos próprios espíritos para se punirem mutuamente e a si mesmos.
Há lugares no Umbral que chega a ser pior do que as mais aterradoras imagens do inferno que as pessoas já imaginaram. É no Umbral que fica a Falange dos Justiceiros, A Legião dos Magos Negros, o Vale do Amor Livre, a Cidade Perversa, O Vale dos Suicidas, o Abismo e também a Legião dos Dragões de Cristo, essa última composta de espíritos altamente malignos e inferiores que estão se infiltrando no seio das religiões e doutrinas para deturpá-las e levar seus membros à queda.
Só vai para o Umbral depois da morte as pessoas carregadas de culpas, que não se perdoaram pelo que fizeram e aquelas que morrem com baixa vibração e baixa moral.
Não podemos apontar quem vai para lá porque não podemos julgar e não sabemos o que vai no íntimo de cada um. Quanto a nós, podemos fazer uma avaliação mais segura. Como anda nossa conduta no sentido do bem? Estamos sendo bons, íntegros, caridosos e honestos? Depois da morte não conta os títulos acadêmicos, as aparências, a posição social, a vida exterior. Só nossa bondade, boa vontade, humildade e sinceridade é que vão nos conduzir a um bom lugar. Nesse sentido reflita e se pergunte: Se eu morresse hoje para onde eu iria?
Por Mauricio de Castro-escritor e médium
quinta-feira, 24 de março de 2016
Suicidio:O que acontece quando alguém se mata?
Diante de um grave problema muitos são os que optam pelo suicídio. A pessoa, sem fé e iludida pelo materialismo, acredita que não há mais solução para sua vida e, para não viver com tanta dor, escolhe morrer. A decisão é tão radical que ela não pensa em como vão ficar todos aqueles que serão atingidos pelo seu ato, em como irá provocar dor naqueles que a amam e querem seu bem. Para ela, só importa por fim ao seu sofrimento. Embora nem todos se matem por um problema específico, porque também há aqueles que tiram a própria vida por causa de uma depressão devastadora, o resultado é o mesmo.
O suicida tem uma grande surpresa ao descobrir que continua vivo, apesar de ter matado seu corpo. Ele entra no mundo espiritual com um baixíssimo padrão energético e vai se ver rodeado de espíritos que fizeram o mesmo que ele. No mundo espiritual todos os nossos sentimentos são ampliados e tomam uma dimensão gigantesca. Dessa forma a tristeza, a depressão, a desilusão, a frustração, a perda, o sentimento de impotência e todos os outros que levaram a pessoa a se matar prosseguirão com ela, mas agora com muito mais intensidade.
Em meio às trevas, rodeados de criaturas que cometeram o mesmo erro, aos poucos irão tentando encontrar o equilíbrio perdido e assim, quando for oportuno serão socorridos pelos espíritos de luz e levados a colônias onde ficarão por um tempo, até que voltem a reencarnar.
O suicida irá precisar reencarnar em um corpo cheio de problemas de saúde e até, conforme o caso, num corpo todo deformado, tendo poucos anos de vida. Depois disso, quando o equilíbrio do perispírito estiver restabelecido, irá renascer num corpo normal, e ao chegar o momento, terá que enfrentar os mesmos problemas que teve quando optou pelo suicídio a fim de vencê-los dessa vez. Se repetir o ato seu estado será pior.
Mesmo que o suicida reencarnado consiga vencer a prova, por ter tirado a própria vida no passado, na vida atual viverá imerso em estranha e por vezes profunda melancolia. O mundo lhe parecerá sem colorido e a vida tediosa e amarga. Será preciso muita ajuda espiritual, psicológica e psiquiátrica, com auxílio de medicação entorpecente, para conseguir superar a tristeza que o acompanha quase sem cessar.
Alguns suicidas, principalmente aqueles que se matam por causa de falência financeira ou qualquer outra causa puramente material, ficam presos dentro do corpo, percebe quando o caixão baixa a sepultura ou entra no crematório e acompanham todo o processo de decomposição da matéria de seu corpo físico.
É um sofrimento tão grande que só pode ser aliviado com as orações constantes daqueles que ficaram, orações que devem ser feitas com muito amor e intensidade, sem jamais julgá-lo por seu ato.
Se você, seja pelo que for, está pensando em suicídio, desista enquanto é tempo. Você está iludido achando que seus problemas não tem solução, mas não existe problema sem solução, já que Deus é sempre justo e nunca erra.
Busque ajuda, faça o que for possível, mas não tire sua própria vida, pois não compensa, não vai resolver nada e sua dor seguirá com você, multiplicada, para onde você for.
Pense nisso!
Por Maurício de Castro- escritor e médium
O suicida tem uma grande surpresa ao descobrir que continua vivo, apesar de ter matado seu corpo. Ele entra no mundo espiritual com um baixíssimo padrão energético e vai se ver rodeado de espíritos que fizeram o mesmo que ele. No mundo espiritual todos os nossos sentimentos são ampliados e tomam uma dimensão gigantesca. Dessa forma a tristeza, a depressão, a desilusão, a frustração, a perda, o sentimento de impotência e todos os outros que levaram a pessoa a se matar prosseguirão com ela, mas agora com muito mais intensidade.
Em meio às trevas, rodeados de criaturas que cometeram o mesmo erro, aos poucos irão tentando encontrar o equilíbrio perdido e assim, quando for oportuno serão socorridos pelos espíritos de luz e levados a colônias onde ficarão por um tempo, até que voltem a reencarnar.
O suicida irá precisar reencarnar em um corpo cheio de problemas de saúde e até, conforme o caso, num corpo todo deformado, tendo poucos anos de vida. Depois disso, quando o equilíbrio do perispírito estiver restabelecido, irá renascer num corpo normal, e ao chegar o momento, terá que enfrentar os mesmos problemas que teve quando optou pelo suicídio a fim de vencê-los dessa vez. Se repetir o ato seu estado será pior.
Mesmo que o suicida reencarnado consiga vencer a prova, por ter tirado a própria vida no passado, na vida atual viverá imerso em estranha e por vezes profunda melancolia. O mundo lhe parecerá sem colorido e a vida tediosa e amarga. Será preciso muita ajuda espiritual, psicológica e psiquiátrica, com auxílio de medicação entorpecente, para conseguir superar a tristeza que o acompanha quase sem cessar.
Alguns suicidas, principalmente aqueles que se matam por causa de falência financeira ou qualquer outra causa puramente material, ficam presos dentro do corpo, percebe quando o caixão baixa a sepultura ou entra no crematório e acompanham todo o processo de decomposição da matéria de seu corpo físico.
É um sofrimento tão grande que só pode ser aliviado com as orações constantes daqueles que ficaram, orações que devem ser feitas com muito amor e intensidade, sem jamais julgá-lo por seu ato.
Se você, seja pelo que for, está pensando em suicídio, desista enquanto é tempo. Você está iludido achando que seus problemas não tem solução, mas não existe problema sem solução, já que Deus é sempre justo e nunca erra.
Busque ajuda, faça o que for possível, mas não tire sua própria vida, pois não compensa, não vai resolver nada e sua dor seguirá com você, multiplicada, para onde você for.
Pense nisso!
Por Maurício de Castro- escritor e médium
sábado, 19 de março de 2016
Caminhos da Paz
Dizem que um homem de fé se aproximou de Jesus e indagou, após externar-se em manifestações de júbilo e reverência:
- Senhor, onde o caminho da paz? que fazer de meu filho que me arrasa a tranquilidade, atolado na rebeldia?
- Abençoá-lo-ás sempre - respondeu o Divino Mestre - procurando socorrê-lo com mais amor.
- E como agir, à frente de meu tio, aquele que me furtou a herança dos avós?
- Buscarás perdoá-lo, usando compaixão e esquecimento.
- E meu antigo sócio? de que modo proceder com esse homem que tanto me prejudicou e injuriou?
- Desculpa-lo-ás, orando em favor dele.
- Tenho quatro empregados ignorantes...
De que maneira harmonizar-me com esses companheiros problemas, se me afligem com as maiores dificuldades, dia por dia?
- Saberás instruí-los.
- Minha existência está repleta de perseguidores... Que fazer com essa gente cruel?
- Esquecerás qualquer agravo e auxiliarás em benefício de cada um, tanto quanto puderes.
O devoto baixou a cabeça, sentindo-se na presença da verdade, e considerou timidamente:
- Senhor, estou satisfeito.
Conta-se que Jesus afagou-lhe a cabeça dolorida e rematou, ao despedir-se:
- Então, vai, serve sempre e não perguntes mais.
- Senhor, onde o caminho da paz? que fazer de meu filho que me arrasa a tranquilidade, atolado na rebeldia?
- Abençoá-lo-ás sempre - respondeu o Divino Mestre - procurando socorrê-lo com mais amor.
- E como agir, à frente de meu tio, aquele que me furtou a herança dos avós?
- Buscarás perdoá-lo, usando compaixão e esquecimento.
- E meu antigo sócio? de que modo proceder com esse homem que tanto me prejudicou e injuriou?
- Desculpa-lo-ás, orando em favor dele.
- Tenho quatro empregados ignorantes...
De que maneira harmonizar-me com esses companheiros problemas, se me afligem com as maiores dificuldades, dia por dia?
- Saberás instruí-los.
- Minha existência está repleta de perseguidores... Que fazer com essa gente cruel?
- Esquecerás qualquer agravo e auxiliarás em benefício de cada um, tanto quanto puderes.
O devoto baixou a cabeça, sentindo-se na presença da verdade, e considerou timidamente:
- Senhor, estou satisfeito.
Conta-se que Jesus afagou-lhe a cabeça dolorida e rematou, ao despedir-se:
- Então, vai, serve sempre e não perguntes mais.
(Francisco Cândido Xavier por Meimei. In: Amizade)
Leia mais: http://www.cacef.info/news/caminho-da-paz
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