As manhas eram quentes de vibrações. O professor Eurípedes despertava bem cedinho para orar e alimentar-se em Espírito. Dedicava-se ao receituário; com amor, atender irmãos necessitados era um estímulo ao seu coração.
Ao ler cada carta transportava-se até os irmãos, através das vias mediúnicas que ganhavam o concurso maior da expansão magnética de Dr. Bezerra de Menezes. Ia ao encontro do doente em pensamento, fazendo um registro fotográfico do caso clínico em andamento. A equipe espiritual desdobrava-se de tal forma que informações valiosas eram trazidas por esses Espíritos que registravam magnanimamente a situação espiritual de cada doente.
As enfermidades tinham seus centros energéticos em disfunção, o que resultava no quadro patológico ou mesmo espiritual. Cada situação era trabalhada de forma diferente, pois a Equipe de Bezerra promovia a leitura ótica do estado consciencial de cada enfermo, vindo assim a prescrever o receituário mais sublime e eficiente.
Acostumado ao trabalho de amor, o Espírito Barsanulfo já se colocava como intermediário entre os dois planos da vida, participando ativamente dessa atividade espiritual. Seu transe era constante, o que possibilitava atender às condições essenciais de cada enfermo.
Dr. Bezerra de Menezes atuava no contexto mental do médium com tanta propriedade e naturalidade, que as informações oferecidas pelos Espíritos eram assimiladas de tal forma que ficava em sua memória todo o registro desse trabalho.
Horas e horas eram dedicadas ao próximo, interagindo com esses Espíritos que cada vez mais lhe deixavam o reflexo do trabalho de auxílio ampliado em sua consciência. Estava estabelecida a interação plena entre Bezerra e Eurípedes, formando assim um único pensamento e uma única vibração. Amava o seu trabalho e o realizava com a grandeza dos bons para todos que o procuravam.
Euripedes se expandia em amor e a sua carga eletromagnética permanecia constantemente em renovação. Espírito milenar dedicou todas as suas existências ao trabalho da caridade, amando e servindo o seu irmão. A caridade de Eurípedes se estabelecia desde a criança a quem demonstrava amor e interesse até o idoso, a quem amparava e compreendia em suas necessidades mais íntimas.
Eurípedes sabia que ali estava um irmão, Espírito em expansão e que amanhã viria estabelecer novos caminhos de trabalho.
Qual foi a maior caridade?
Seria atender à dor física?
Amparar os doentes, agasalhando-os em seu coração?
Eurípedes fez como Jesus. Esclareceu para dar amparo, eis a maior caridade. Esclarecer o Espírito, dando-lhe condições de mudar seu contexto mental. Ensinou os Espíritos a raciocinarem e a construírem um novo paradigma de fé, desenvolvendo nesses seres o interesse pela Verdade, auxiliando-os a se manterem numa postura de caridade conforme Jesus havia ensinado.
Sua postura ética e caridosa se manifestava em todas as suas atitudes, que eram sempre de fé e amor. Conhecedor das Leis que regem a Vida sentia a grandeza divina em sua intimidade espiritual, transformando tudo isso num sublime código de amor e de trabalho renovadores.
Diante do clero, respeitou seus princípios; diante da justiça humana pronunciou seu testemunho de fé através do respeito. Humilhado, ensinou, amou e exemplificou. Eurípedes foi ação, foi dignidade. Foi junto ao próximo que formalizou seu código de fé e de trabalho.
Amou sem olhar a quem, distribuindo a todos a lição de fraternidade e de amor universal.
Era Jesus o seu modelo, nele alimentou toda sua fé e fortaleceu o seu ânimo através do trabalho redentor. A caridade de Eurípedes avançou e expandiu, saindo do contexto das relações afetivas para estender sua vibração aos campos sublimes do amor universal, este foi seu testemunho de fidelidade a Jesus.
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