sábado, 2 de março de 2013

A água da paz

Em torno da mediunidade, improvisam-se, ao redor do Chico, acesas discussões. É, não é. Viu, não viu. E o médium sofria, por vezes, longas irritações, a fim de explicar sem ser compreendido. Por isso, à hora da prece, achava-se quase sempre, desanimado e aflito.
Certa feita, o Espírito de Dona Maria João de Deus compareceu e aconselhou-lhe:
- Meu filho, para curar essas inquietações você deve usar a Água da Paz.
O Médium, satisfeito, procurou o medicamento em todas as farmácias de Pedro Leopoldo. Não o encontrou. Recorreu a Belo Horizonte. Nada. Ao fim de duas semanas, comunicou à genitora desencarnada o fracasso da busca.
Dona Maria sorriu e informou:
- Não precisa viajar em semelhante procura. Você poderá obter o remédio em casa mesmo. A Água da Paz pode ser a água do pote. Quando alguém lhe trouxer provocações com a palavra, beba um pouco de água pura e conserve-a na boca. Não a lance fora, nem a engula. Enquanto perdurar a tentação de responder, guarde a água da paz, banhando a língua. O Médium baixou então, os olhos, desapontado.
Compreendera que a mãezinha lhe chamava o espírito à lição da humildade e do silêncio.

Da obra Lindos Casos de Chico Xavier - Ramiro Gama.

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