Moisés

Às vezes, uma ajuda vem de onde a gente menos espera. Moisés foi um dos grandes nomes das Escrituras, um dos mais expressivos do Antigo Testamento, porque Deus o escolheu para tirar o povo da escravidão e para governá-los. Ele não era qualquer pessoa, era um homem temente ao Senhor e orante; um dos poucos que eram chamados de “amigo de Deus”. No entanto, o Altíssimo o aconselha por intermédio de seu sogro, que nem acreditava em Deus.O Senhor usou a boca do sogro para aconselhar Moisés, este ouviu os seus conselhos e colocou em prática tudo que ele lhe havia dito. Deus sempre fala conosco por meio de um acontecimento ou de uma pessoa. E, se nós colocamos em prática esses conselhos e temos bons resultados, reconhecemos que foi realmente o Pai quem falou conosco por intermédio dessa pessoa ou situação. Os frutos vão dizer se a inspiração veio de Deus ou não. Os principais frutos que nós recebemos dessas inspirações são a paz, a bondade e o amor.
O conselho chegou a Moisés para lhe dizer que ele precisava de ajuda. Deus nos fez para vivermos em comunidade e não sozinhos. O Senhor nos criou para aprendermos que nós precisamos pedir ajuda e contar com os outros. Assumir uma responsabilidade não é fazer tudo sozinho. Por essa razão, por nada na nossa vida, nós devemos nos isolar. É claro que existem coisas que precisamos realizar sozinhos, mas a maioria delas, nós podemos e devemos fazer em grupo.
Seja no dia a dia, seja nas coisas de Deus, nós precisamos entender que não dá para fazer tudo sozinhos. Para isso, nós precisamos aprender a dizer “não”, pois existem coisas que não cabem a nós fazer.
Moisés estava fazendo um serviço que não era dele. Ele foi chamado por Deus para estar à frente de um povo e até lhe deu um amigo, Aarão, pois o Senhor queria que ele aprendesse a contar com outras pessoas. E saibam que isso demorou a acontecer, pois, Moisés já havia libertado o povo da escravidão e já era chefe de uma nação inteira havia tempo, mas, mesmo assim, continuava errando por querer fazer tudo sozinho.
Nessa situação, o povo ia diretamente a Moisés para tentar resolver as coisas e ele ficava o dia todo atendendo essas pessoas. O seu sogro, ao ver isso, percebeu que não era certo o que ele fazia, pois sabia que uma hora ele iria se esgotar e não conseguiria ajudar mais ninguém.
Da mesma forma, quando nós decidimos fazer tudo sozinhos, uma hora vamos acabar nos esgotando. Então, ficaremos doentes e depois não conseguiremos fazer o que realmente deveríamos. Podemos, sim, ajudar os outros, mas temos de fazer também o que nos cabe.
O sogro de Moisés o aconselhou a distribuir o serviço e a cuidar somente do que lhe era específico. Há coisas na nossa casa, na empresa, e onde trabalhamos que só nós podemos fazer, mas existem coisas que outros também podem fazê-lo, por isso temos que delegar os serviços. Cuidemos do que nos é especifico, pois se fizermos o serviço dos outros, depois não teremos forças de fazer o nosso.
Sempre quando lemos uma mensagem da Espiritualidade, iremos encontrar uma dica de ouro para nós sobre as coisas importantes: “Para que Deus esteja com você: represente o povo diante de Deus e apresente junto de Deus as causas dele.” Leve ao Senhor os problemas mais importantes e aguarde a Sua resposta em oração. Deus responderá, Ele nunca deixa sem resposta uma pessoa que recorreu a Ele devido a situações importantes.
Quando colocamos em prática todos os ensinamentos, permanecendo sempre na presença do Senhor, Ele colocará a nossa vida em ordem e nós daremos conta de tudo. Moisés ouviu, guardou-se para as questões difíceis e, em razão disso, fez o que Deus queria; dessa forma, todos ficaram em paz.
É essa paz que desejo a você nesta semana. A paz de poder contar com as outras pessoas, de saber que é justo pedir e receber ajuda, de poder levar os problemas para Deus e aguardar d’Ele a resposta em oração.
Peçamos ao Senhor a graça de vigiar e orar, de levar os problemas a Ele e aguardar Sua resposta com fé. Assim, permaneceremos humildes, não nos fecharemos e, consequentemente, não fecharemos as portas para o Senhor. 

Paz perfeita!

Por: Graça Rabelo