quinta-feira, 31 de março de 2011

PAI -que pessoa é essa?

Foi no século IV a.C. que a figura masculina assumiu o controle das ações dentro das coletividades humanas. Antes, os cultos eram oferecidos às mulheres, notadamente pela maternidade. Naquela época os clãs eram dominantes e o homem teve que assumir o controle da família e todos os que não fossem do sexo masculino deveriam seguir seus comandos. Na história das civilizações encontramos constantemente a figura do escravo. Também o escravo devia obediência ao homem. A soberania masculina era hereditária e, assim, permaneceu por longos períodos históricos
Os professores Aquino, Oscar e Denise, no livro “História das Sociedades”, fazem importante abordagem ao assunto, elucidando-o: “Antes, nas comunidades primitivas, a família se confundia com o próprio grupo; todos se consideravam ligados por laços consanguíneos e a descendência era fixada pelo lado feminino, pois a mulher exercia uma atividade mais importante para a sobrevivência do grupo – a coleta. Vigorava o direito materno... Com o surgimento da propriedade privada, o direito materno foi derrubado e a descendência passou a se fazer pelo lado paterno para garantir o direito dos filhos à herança. Desse modo garantia-se a acumulação da riqueza para a família. Da mulher passou a exigir-se a virgindade e a fidelidade conjugal – imposição feita principalmente para garantir a certeza da paternidade e, portanto, para legitimar o direito dos filhos à herança”.

Assim explica-se historicamente o porquê da soberania masculina na relação familiar. Acontece, porém, que a medida surgia apenas para garantir a descendência das riquezas. E como ficavam os filhos? Provavelmente eram educados para garantir a sobrevivência do clã e defendê-lo das agressões internas e externas. São notáveis os fatos que relatam a transferência do poder paternal ao primogênito, um deles, talvez o mais famoso historicamente, é o caso de Esaú e Jacó, netos de Abraão.

O tempo passou e o homem continuou como dominante. Filhos nasciam e cresciam sob os tetos constituídos. E lá estava ela, a mãe, cuidando da educação, enquanto o pai cuidava da manutenção do lar. Pai e Mãe tornaram-se assim peças importantes no constructo social. Os filhos nasciam e se preparavam para o matrimônio. Meninas dos doze anos em diante já podiam pensar em casamento e jovens meninos deviam assumir seus compromissos conjugais bem cedo e assim perpetuavam o “modus operandi” do processo.

Um dia houve uma revolução feminina na qual a mulher deixou o posto de submissão ao homem, buscando sua igualdade de direitos. Estamos vivendo presentemente essa situação. Ora, se os pais são independentes entre si e os filhos necessitam tanto deles para crescerem de forma psicologicamente sadia, como enfrentar a situação? Quem de fato predomina – o pai ou a mãe? Para um estudo mais profundo da questão devemos buscar as observações do psiquiatra e psicanalista e membro da Associação Freudiana da Bélgica e Lacaniana Internacional, Dr. Jean-Pierre Lebrun. Segundo ele a discussão de soberania entre pai e mãe remonta aos tempos dos sábios gregos, notadamente Ésquilo, um dos tragediógrafos, em sua história denominada Oréstia. Naquele episódio a mãe mata o pai e é morta pelo filho por causa do assassinato que cometera. A pergunta é: por que o filho matou a mãe? Seria o caso de ser o pai o legitimo genitor por ser ele o que fecunda e a mulher a que salvaguarda o jovem rebento, apenas nutrindo o germe que lhe fora semeado?

A questão é muito complexa se vista por este lado, contudo, o notável psicanalista apresenta outro fato contundente quando explica a relação de parentalidade. Segundo ele, “no primeiro tempo, a criança está presa ao gozo materno, mas é necessário que ela se desvincule para poder levar vida própria. O pai funciona como um anteparo, impedindo que esse gozo invada a criança. A figura paterna separa a criança da mãe porque constitui um outro polo do gozo”.

Segundo estas observações notam-se a importância de ambos no processo da condução dos filhos e o pai é aquela figura que oferece à criança uma nova oportunidade: a relação dela com o mundo, pois que ele, o pai, é o representante deste mundo no contexto familiar. Assim o pai passa a ser o dinamizador daquela consciência em direção ao futuro. A mãe representa o aconchego, o pai, a abertura. Assim se explica o porquê do “Honrar Pai e Mãe” inscrito no Decálogo.

Nas questões 582 e 583 de “O Livro dos Espíritos” temos a informação concisa dos deveres de ambos, notadamente quando a espiritualidade comenta que “Deus colocou a criança sob a tutela dos pais para que eles a conduzam no caminho do bem, e lhes facultou a tarefa ao conceder à criança uma constituição frágil e delicada, que a torna acessível a todas as impressões”. Joanna de Ângelis assevera que ”os pais não são os construtores da vida, porém, os médiuns dela, plasmando-a, sob a divina diretriz do Senhor”. Emmanuel, como que concluindo o pensamento acima, nos diz que: “os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura”.

De posse de todas essas informações podemos situar bem a posição do Pai, da Mãe e de ambos no processo de construção de um indivíduo saudável. Quanto ao Pai, ele é o grande orientador do filho em relação ao mundo. Mundo que ele conhece porque nasceu primeiro. A ele é dado o dever de conduzir o filho para as vias úteis dos seus crescimentos; representa o grande cicerone daquele que está retornando para mais um período no corpo físico.

No capítulo 46 do livro “Luz no Lar”, psicografado por Chico Xavier, encontramos a frase: “Ser Pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação”. Hoje a moderna psicologia coloca os pais como educadores, e a sociedade corre sérios riscos se: “não transmitir à geração seguinte as ferramentas indispensáveis para enfrentar o que pertence à nossa condição comum”, ainda nas palavras de Jean-Pierre.

Ser Pai, portanto, é ser um amigo indispensável para que o filho cresça em paz enquanto se organiza física e psiquicamente para os embates que o aguardam no processo da sua evolução espiritual.

              Guaraci Lima Silveira

A Força do Amor

      "Localizamos em determinado nicho, em nosso plano, uma comunidade de suicidas vivendo em situação precaria, em todos os aspectos. Chamava nossa atenção que tal reduto de dor nunca reduzia de tamanho. Ao contrário, contabilizavamos um numero crescente, dia após dia. Procurando analisar a problematica por todos os seus ângulos, verificamos que no local, incrustado em lugar de dificil acesso, existia uma espécie de " escola " - se este é o nome que se pode utilizar - cujos integrantes se especializaram na indução ao suicidio: técnicas, recursos e equipamentos sofisticados eram desenvolvidos para que encarnados cometessem suicidio.
            O suicida era, então, conduzido a instituição e, sob tortura, a alma sofredora fornecia elementos mentais que serviam de alimento à manutenção de diferentes desarmonias que conduzem o homem ao desespero.
            Fomos surpreendidos pela existencia de tal organização e estarrecidos  diante do fato, de como a alienação, associada à maldade, pode desestruturar o ser humano.
            Após tomar conhecimento dos detalhes, um plano de trabalho foi definido, depois que um mensageiro de elevada região veio até nós.
            Durante algum tempo pelejamos para sermos adequadamente preparados, inclusive aprendendo a liberar vibrações mais sublimadas, a fim de fornecer a matéria mental e sentimentos puros que pudessem erguer um campo de força energetica ao redor do local.
            Almas devotadas estiveram conosco permanentemente, instruindo-nos, fortificando-nos e nos revelando a excelsitude do amor. Desfazer a organização não representaria, em principio, maiores problemas; o desafio seria convencer os instrutores a não fazer mais aquele tipo de maldade. Varias tentativas foram envidadas, neste sentido. Orientadores esclarecidos da Vida Maior foram rejeitados e até ridicularizados. Nada conseguiamos com os dirigentes daquela instituição voltada para a pratica do suicidio.
          Mas, a vitoria chegou, gloriosa, no final da tarde do domingo último, quando convidados a participar do encerramento do Congresso, aqueles dirigentes presenciaram a luminosidade do amor. Conseguiram, finalmente, ver o significado da vida, a sua importancia e fundamentos.
          Foram momentos de grande emoção que envolveu a todos nós, quando uma nesga de luz desceu sobre os encarnados e desencarnados  no exato instante  em que todos, em ambos os planos da vida, se deram as mãos e cantaram a musica em prol da paz.
          A nesga de luz se alargou, cresceu, envolveu a todos. A força do amor jorrou plena e, em sublime explosão, rompeu o ar, circulou sobre a cabeça de todos, espalhou-se como poderosa onda para além do recinto, ganhando a cidade.
          Brasília se nimbou de luz, no ar, no solo, nas águas. À nossa visão estupefata e maravilhada parecia que uma nova estrela estava surgindo. Os seres da Criação, vegetais, animais, hominais, os elementos inertes, rochas e minerais, as construções humanas, prédios, edificios, avenidas, bancos, repartições publicas e privadas, residencias, tudo, enfim, foi banhado por luz pura e cristalina que jorrava do Alto.
          Célere, a bela luminosidade espalhou do coração da Pátria para todos os recantos do Brasil, das Américas, da Europa, África, mais além, no Extremo e Médio Oriente, atingindo todos os continentes, países e cidades. Alcançou os polos do  Planeta, girou, em bailado sublime, por breves minutos ao redor da Terra e se prolongou mais além, em direção ao infinito.
          Jesus tinha se aproximado do Planeta, em brevissima visita de luz, amor e compaixão.
          Jamais presenciei tanta beleza e tanta paz!
          Com afeto.
                                         Ivone Pereira
                     
 ( mensagem psicográfica recebida por Marta Antunes de Moura, na Federação Espírita Brasileira, em Brasília, no dia 22 de abril de 2010 )

José Alencar - Sinônimo de Humildade

Ex-Vice Presidente da República

"A humildade não está na pobreza, não está na indigência, na penúria, na necessidade, na nudez e nem na fome".
Na semana passada, o vice-presidente da República, José Alencar, de 77 anos deu início a mais uma batalha contra o câncer.
É o 11º tratamento ao qual se submete.

*Desde quando o senhor sabe que, do ponto de vista médico, sua doença é incurável?
JA - Os médicos chegaram a essa conclusão há uns dois anos e logo me contaram. E não poderia ser diferente, pois sempre pedi para estar plenamente informado.
A informação me tranquiliza. Ela me dá armas para lutar. Sinto a obrigação de ser absolutamente transparente quando me refiro à doença em público. Ninguém tem nada a ver com o câncer do José Alencar, mas com o câncer do vice-presidente, sim. Um homem público com cargo eletivo não se pertence.

*O senhor costuma usar o futebol como metáfora para explicar a sua luta contra a doença. Certa vez, disse que estava ganhando de 1 a 0. De outra, que estava empatado. E, agora, qual é o placar?
JA - Olha, depois de todas as cirurgias pelas quais passei nos últimos anos, agora me sinto debilitado para viver o momento mais prazeroso de uma partida: vibrar quando faço um gol. Não tenho mais forças para subir no alambrado e festejar.

*Como a doença alterou a sua rotina?
JA - Mineiro costuma avaliar uma determinada situação dizendo que "o trem está bom ou ruim". O trem está ficando feio para o meu lado. Minha vida começou a mudar nos últimos meses. Ando cansado. O tratamento que eu fiz nos Estados Unidos me deu essa canseira. Ando um pouco e já me canso. Outro fato que mudou drasticamente minha rotina foi a colostomia (desvio do intestino para uma saída aberta na lateral da barriga, onde são colocadas bolsas plásticas), herança da última cirurgia, em julho. Faço o máximo de esforço para trabalhar normalmente. O trabalho me dá a sensação de cumprir com meu dever. Mas, às vezes, preciso de ajuda.
Tenho a minha mulher, Mariza e a Jaciara (enfermeira da Presidência) para me auxiliarem com a colostomia. Quando, por algum motivo, elas não podem me acompanhar, recorro a outros dois enfermeiros, o Márcio e o Dirceu. Sou atendido por eles no próprio gabinete. Se estou em uma reunião, por exemplo, digo que vou ao banheiro, chamo um deles e o que tem de ser feito é feito e pronto.Sem drama nenhum.

*O senhor não passa por momentos de angústia?
JA - Você deveria me perguntar se eu sei o que é angústia. Eu lhe responderia o seguinte: desconheço esse sentimento. Nunca tive isso. Desde pequeno sou assim, e não é a doença que vai mudar isso.

*O agravamento da doença lhe trouxe algum tipo de reflexão?
JA - A doença me ensinou a ser mais humilde.
Especialmente, depois da colostomia.
A todo momento, peço a Deus para me conceder a graça da humildade. E Ele tem sido generoso comigo. Eu precisava disso em minha vida. Sempre fui um atrevido. Se não o fosse, não teria construído o que construí e não teria entrado na política.

*É penoso para o senhor praticar a humildade?
JA - Não, porque a humildade se desenvolve naturalmente no sofrimento. Sou obrigado a me adaptar a uma realidade em que dependo de outras pessoas para executar tarefas básicas. Pouco adianta eu ficar nervoso com determinadas limitações. Uma das lições da humildade foi perceber que existem pessoas muito mais elevadas do que eu, como os profissionais de saúde que cuidam de mim. Isso vale tanto para os médicos Paulo Hoff, Roberto Kalil, Raul Cutait e Miguel S-rougi quanto para os enfermeiros e auxiliares de enfermagem anônimos que me assistem. Cheguei à conclusão de que o que eu faço profissionalmente tem menos importância do que o que eles fazem. Isso porque meu trabalho quase não tem efeito direto sobre o próximo. Pensando bem, o sofrimento é enriquecedor.

*Essa sua consideração não seria uma forma de se preparar para a morte?
JA - Provavelmente, sim. Quando eu era menino, tinha uma professora que repetia a seguinte oração: "Livrai-nos da morte repentina".

*O que significa isso?
Significa que a morte consciente é melhor do que a repentina. Ela nos dá a oportunidade de refletir.

*O senhor tem medo da morte?
JA - Estou preparado para a morte como nunca estive nos últimos tempos. A morte para mim hoje seria um prêmio. Tornei-me uma pessoa muito melhor. Isso não significa que tenha desistido de lutar pela vida. A luta é um princípio cristão, inclusive. Vivo dia após dia de forma plena. Até porque nem o melhor médico do mundo é capaz de prever o dia da morte de seu paciente. Isso cabe a Deus, exclusivamente.

*Se recebesse a notícia de que foi curado, o que faria primeiro?
Abraçaria minha esposa, Mariza e diria: "Muito obrigado por ter cuidado tão bem de mim".

(* Repórter desconhecido, via e-mail Ivana Bussab – Suíça)

terça-feira, 29 de março de 2011

Palavra às Mães

       Se o Senhor te concedeu  filhos ao coração de mulher, por mais difícil se te faça o caminho terrestre, não largues os pequeninos à ventania das adversidades.

        É possível que o companheiro haja desertado das obrigações que ele próprio aceitou, bandeando-se para a fuga sob a compulsão de enganos, dos quais um dia se desvencilhará.

        Não lhe condenes, porém a atitude. Abençoa-o e, quando possível, ampara os filhos inexperientes que te ficaram nos braços fatigados de espera.

        Quem poderá, no mundo, calcular a extensão das forças negativas que assediam, muitas vezes, a criatura enfrascada no corpo físico, induzindo-a a transitório esquecimento dos encargos que abraçou? Quem conseguirá, na Terra, medir a resistência espiritual da pessoa empenhada ao resgate complexo de compromissos múltiplos a lhe remanescerem das existências passadas?

        Se foste sentenciada à indiferença e, em muitas ocasiões, até mesmo à estremada penúria, ao lado de pequeninos a te solicitarem proteção e carinho, permanece com eles e, o trabalho por escudo de segurança e tranqüilidade, conserva a certeza de que o Senhor te proverá com todos os recursos indispensáveis à precisa sustentação.

        Natural preserves a própria independência e que não transformes a maternidade em cativeiro no qual te desequilibres ou em que venhas a desequilibrar os entes amados, através de apego doentio. Mas enquanto os filhos ainda crianças te pedirem apoio e ternura, de modo a se garantirem na própria formação da qual consigam partir em demanda ao mar alto da experiência, dispensando-te a cobertura imediata, auxilia-os, quanto puderes, ainda mesmo a preço de sacrifício, a fim de que marchem, dentro da segurança necessária, para as tarefas a que se destinam.

        Teus filhos pequeninos!... Recorda que as Leis da Vida aguardam do homem a execução dos deveres paternais que haja assumido diante de ti; entretanto, se és mãe, não olvides que a Providência Divina, com relação ao homem, no que se reporta a conhecimento e convívio, determinou que os filhos pequeninos te fossem confiados nove meses antes.

Livro: Na Era do Espírito
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

Nem castigo Nem perdão

Um dos maiores temores que vibram no coração do homem é o medo do castigo
divino.
Convivendo com a possibilidade de que Deus possa se ofender e castiga-lo por
suas faltas, o indivíduo sofre e se divide entre o amor e o temor de Deus.
Atribuindo ao Criador os mesmos vícios que ainda possui, o ser humano teme
ser castigado a qualquer momento por um Deus caprichoso e cruel que está
sempre à procura de defeitos para se vingar, impondo-nos sofrimentos.
Paulo, o apóstolo, se manifestou a respeito desse tema dizendo o seguinte:
“Gravitar para a unidade divina, eis o fim da humanidade”.
Para atingi-lo, três coisas são necessárias: a justiça, o amor e a ciência.
Três coisas lhe são opostas e contrárias: a ignorância, o ódio e a
injustiça.
Pois bem! Digo-vos, em verdade, que mentis a estes princípios fundamentais,
comprometendo a idéia de Deus, exagerando-lhe a severidade.
Duplamente a comprometeis, deixando que no espírito da criatura penetre a
suposição de que há nela mais clemência, mais virtude, amor e verdadeira
justiça, do que atribuis ao ser infinito.
Quem é, com efeito, o culpado? É aquele que, por um desvio, por um falso
movimento da alma, se afasta do objetivo da criação, que consiste no culto
harmonioso do belo, do bem, idealizados pelo arquétipo humano, pelo
Homem-Deus, por Jesus - Cristo.
Que é o castigo? A conseqüência natural, derivada desse falso movimento; uma
certa soma de dores necessárias a desgostá-lo da sua deformidade, pela
experimentação do sofrimento.
Assim, o que se chama castigo é apenas a conseqüência das leis naturais.
É graças à dor física que a criatura procura o remédio para sua enfermidade.
É graças ao sofrimento moral que a alma busca a própria cura.
O sofrimento só tem por finalidade a reabilitação, o retorno do aprendiz ao
caminho reto.
Como podemos perceber, o mal não é de essência divina, é gerado pelas
criaturas, ainda imperfeitas.
O sofrimento não é imposto por Deus como castigo, é o efeito natural do
falso movimento da criatura, e que a estimula, pela amargura, a se dobrar
sobre si mesma, a voltar ao objetivo traçado pelas leis divinas, que é a
harmonia.
E essas leis são justas, imparciais e amorosas.
Um exemplo disso acontece quando um homem, enlouquecido, assassina várias
pessoas ...foge e, na fuga, se fere profundamente.
O que acontece com seu organismo?
Suas células, obedecendo a lei natural, começam imediatamente a se
movimentar para estancar o sangue, cicatrizar a ferida e expulsar os germes
que causam infecção.
Se Deus quisesse castigá-lo, derrogaria suas próprias leis e faria com que
as células desse indivíduo não trabalhassem a seu favor, mas se rebelassem e
o deixassem morrer.
Afinal, ele é um criminoso!
Mas não é isso que acontece. As leis divinas seguem naturalmente seu curso.
O sol brilha, incansável, sobre justos e injustos, sem se importar com o que
acontece sob sua luz.
A chuva cai sobre a mansão e sobre o casebre. O frio fustiga a pobres e
ricos. As catástrofes naturais arrebatam sábios e ignorantes, velhos e
crianças, fortes e fracos.
Por todas essas razões devemos entender que o Criador não derroga suas
próprias leis para nos punir ou para nos premiar.
As nossas ações é que geram efeitos sobre essas leis.
As boas ações geram efeitos positivos, e as infrações às leis geram efeitos
desajustados.
Nada mais justo do que esta sentença: "a cada um segundo suas obras."
Nem castigo, nem perdão. Deus não castiga porque suas leis são de amor, e
não perdoa porque jamais se ofende.
Pensemos nisso, e busquemos atender essas leis soberanas que estão inscritas
em nossa própria consciência.

Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no item 1009 de O
Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.

Casamento

O casamento ou a união permanente de dois seres, como é óbvio, implica o regime de vivência pelo qual duas criaturas se confiam uma à outra, no campo da assistência mútua.
Essa união reflete as Leis Divinas que permitem seja dado um esposo para uma esposa, um companheiro para uma companheira, um coração para outro coração ou vice-versa, na criação e desenvolvimento de valores para a vida.
Imperioso, porém, que a ligação se baseie na responsabilidade recíproca, de vez que na comunhão sexual um ser humano se entrega a outro ser humano e, por isso mesmo, não deve haver qualquer desconsideração, entre si.
Quando as obrigações mútuas não são respeitadas no ajuste, a comunhão sexual injuriada ou perfidamente interrompida costuma gerar dolorosas repercussões na consciência, estabelecendo problemas cármicos de solução, por vezes, muito difícil, porquanto ninguém fere alguém sem ferir a si mesmo.
Indiscutivelmente, nos Planos Superiores, o liame entre dois seres é espontâneo, composto em vínculos de afinidade inelutável. Na Terra do futuro, as ligações afetivas obedecerão a idêntico princípio e, por antecipação, milhares de criaturas já desfrutam no próprio estágio da encarnação dessas uniões ideais, em que se jungem psiquicamente uma à outra, sem necessidade da permuta sexual, mais profundamente considerada, a fim de se apoiarem mutuamente, na formação de obras preciosas, na esfera do espírito.
Acontece, no entanto, que milhões de almas, detidas na evolução primária, jazem no Planeta, arraigadas a débitos escabrosos, perante a lei de causa e efeito e, inclinadas que ainda são ao desequilíbrio e ao abuso, exigem severos estatutos dos homens para a regulação das trocas sexuais que lhes dizem respeito, de modo a que não se façam salteadores impunes na construção do mundo moral.
Os débitos contraídos por legiões de companheiros da Humanidade, portadores de entendimento verte para os temas do amor, determinam a existência de milhões de uniões supostamente infelizes, nas quais a reparação de faltas passadas confere a numerosos ajustes sexuais, sejam eles ou não acobertados pelo beneplácito das leis humanas, o aspecto de ligações francamente expiatórias, com base no sofrimento purificador. De qualquer modo, é forçoso reconhecer que não existem no mundo conjugações afetivas, sejam elas quais forem, sem raízes nos princípios cármicos, nos quais as nossas responsabilidades são esposadas em comum.

 Francisco Cândido Xavier -  Emmanuel)

Os terapeutas nos tempos de Jesus

Depois de aproximadamente 40 anos do início da era cristã, Fílon, um eminente filósofo judeu, que defendeu os interesses judaicos junto à corte de Nero, escreveu sobre os hábitos de vida e o pensamento do que teriam sido as primeiras comunidades cristãs.

Eles viviam no Egito, nas imediações de Alexandria, uma das cidades mais importantes dos primeiros tempos do movimento cristão, bem antes da constituição, em Roma, de uma religião dita cristã, com pretensões a ser universal.

Nessa comunidade, homens e mulheres acorriam para se preparar para uma vida mais verdadeira, mais elevada, sendo tratados da mesma forma, embora houvesse um muro que os separasse. Todos ouviam as mesmas palestras, podiam estudar os mesmos textos e procuravam ter os mesmos hábitos de comportamento. Para os padrões judaicos de então, isso era algo impensável, mesmo porque praticamente até o século 20, as mulheres não eram admitidas, conjuntamente com os homens, ao estudo e discussão dos temas mais pungentes da vida, recebendo educação exclusivamente no lar e para o lar.

Esses terapeutas, como se chamavam, também liam textos judeus, além de outros que Fílon não reconheceu, pois não os conhecia na verdade – tudo indica fossem textos cristãos. Buscavam ser comedidos no falar, no comer e no beber. Prezavam as virtudes do coração e da mente. Contudo, o que mais os distinguia era a preocupação com o ser, para o quê isolavam-se na comunidade para melhor aprimorarem-se nesse mister.

E o que seria cuidar do ser? Cuidar de si, do próprio corpo, dos outros? Seriam eles devotados a alguma forma de medicina alternativa da época? Sim e não. Se por medicina entendermos o cuidado com a saúde do corpo, buscando nele mesmo a origem das doenças, os terapeutas de Alexandria não eram médicos, enfermeiros. Entretanto, se por medicina entendermos a preocupação com a saúde do corpo, entendendo-a como efeito da saúde da alma, então eles exerciam sim uma forma de medicina, identificando a origem dos males físicos nos hábitos de comportamento e valores morais. Viam as doenças orgânicas como consequências dos desequilíbrios da alma. A ira, o ódio, a inveja, a cobiça, as fobias, a tristeza, a desorientação do desejo, o apego ao prazer, a inconformação e a ignorância, entre outras coisas, eram tidos como a origem das doenças em geral, procurando-se orientar o comportamento, tendo em vista a manutenção da saúde integral, de corpo e de alma.

O que distinguia ainda mais os terapeutas era o exercício de vida que continuamente buscavam. Adestravam-se para ver em cada um, fosse quem fosse, uma manifestação do Ser, a presença divina, em tantas formas de existência. Esmeravam-se em procurar as necessidades relativas, não propriamente à personalidade de cada um, mas ao que de fato necessitava o ser universal para se desenvolver plenamente.

Outros dados curiosos podem ser encontrados pelo leitor na tradução que Jeans-Yves Leloup, fez da obra de Fílon (Editora Vozes), cujo título em português é Cuidar do ser.

Os terapeutas no Evangelho

Na introdução de O evangelho segundo o espiritismo (1863), no item Notícias Históricas, Kardec destaca que para bem compreender certas passagens dos evangelhos é necessário conhecer o valor de muitas palavras que são frequentemente empregadas nos textos, e que caracterizam o estado dos costumes e da sociedade judia daquela época. É assim que lá estão os comentários sobre os samaritanos, os nazarenos, os publicanos, os peageiros, os fariseus, os escribas, os saduceus, os essênios e os terapeutas. Esclarece Kardec:

Terapeutas (do grego therapeutai, formado de therapeuein, servir, cuidar, isto é: servidores de Deus, ou curadores). Eram sectários judeus contemporâneos do Cristo, estabelecidos principalmente em Alexandria, no Egito. Tinham muita relação com os essênios, cujos princípios adotavam, aplicando-se, como esses últimos, à prática de todas as virtudes. Eram de extrema frugalidade na alimentação. Também celibatários, votados à contemplação e vivendo vida solitária, constituíam uma verdadeira ordem religiosa. Fílon, filósofo judeu platônico, de Alexandria, foi o primeiro a falar dos terapeutas, considerando-os uma seita do judaísmo. Eusébio, S. Jerônimo e outros Pais da Igreja pensam que eles eram cristãos. Fossem tais, ou fossem judeus, o que é evidente é que, do mesmo modo que os essênios, eles representam o traço de união entre o Judaísmo e o Cristianismo.

Ricardo Madeira

Plantar e Colher...

As pedras que encontramos ao longo desse caminho se traduzem em dores físicas, perdas de entes queridos, do emprego, dos bens materiais e dificuldade nos relacionamentos.

Mas esses obstáculos ou fardos se tornarão mais leves se voltarmos os nossos pensamentos para dentro de cada um de nós, buscando em nosso íntimo a luz e a força que se transformarão em ânimo e coragem para enfrentá-los com fé, com a certeza de que todos são amparados na misericórdia do Pai e no amor do Divino Mestre que guia a cada irmão com os seus ensinamentos.

A revolta e a blasfêmia não amenizam a dor ou tornam a caminhada suave.

Estes sentimentos turvam os olhos e impedem esses irmãos de encontrarem ação que amenize essa dor.

Sabemos que a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.

Assim queridos, vigiem os seus pensamentos e palavras para que a colheita seja proveitosa.


Grupo de estudos
Fraternidade Francisco de Assis
em 23/03/2011

segunda-feira, 28 de março de 2011

pluralidade dos mundos

Duas interpretações:
       1. diferentes moradas são os mundos que circulam no universo
       2. diferentes esferas em torno da Terra.

E S E Cap. 3 "Conforme se ache (o Espírito) mais ou menos depurado e desprendido dos laços materiais, variarão ao infinito o meio em que ele se encontre, o aspecto das coisas, as sensações que experimente, as percepções que tenha.

Das infinitas esferas da vida do Mundo Espiritual a literatura mediúnica espírita tem-nos informado de algumas, que vamos conhecer visando apenas o melhor entendimento do tema.

POIS DEVEREMOS RETORNAR À PÁTRIA ESPIRITUAL E TEMOS QUE CONHECER PARA ONDE VAMOS
São:
   1. ABISMO
   2. TREVAS
   3. ESFERAS TERRESTRES
   4. UMBRAL
   5. ZONA DE TRANSIÇÃO
   6. ESFERAS SUPERIORES
   7. ESFERAS RESPLANDESCENTES
VAMOS CONHECER UM POUCO DE CADA

ABISMO – Região Espiritual de padecimentos inenarráveis, destinada a Espíritos que tenham cometido os mais graves crimes contra as Leis Divinas. Os Espíritos vinculam-se conscencialmente à região e aglutinam-se em "Vales" ou "Áreas", consoante os erros grosseiros que tenham cometido na última reencarnação.

O Espírito CAMILO no livro "Memórias de um suicida "conta-nos os seus sofrimentos em razão do gesto de tirar sua vida.

EUZÉBIO instrutor de A Luiz nos diz: "Aqui os avarentos, os homicidas, os cúpidos e os viciados de todos os matizes se agregam em deplorável situação."

TREVAS – Região Espiritual desprovida de qualquer luminosidade, constituindo morada de Espíritos ainda envolvidos pelas mais diversas vibrações do mal e que tenham tido comportamento moral condenável em suas oportunidades reencarnatórias.

No livro "Libertação" A Luiz nos conta de uma expedição a uma "colónia espiritual", sustentada por vibrações espirituais negativas.

"vizinha a região dos homens, começa um vasto império espiritual. Aí se agitam milhões de espíritos imperfeitos, que partilham com as criaturas terrenas, as condições de habitabilidade da crosta do Mundo.

ESFERAS TERRESTRES – A terra como se sabe é um mundo de "Expiação e Provas, onde domina o mal". Assim Espíritos viciosos das mais diversas naturezas sintonizam com as vibrações deletérias dela imanadas permanecendo a ela vinculados.

No livro NAS FRONTEIRAS DA LOUCURA de Divaldo pelo Espírito Manoel F Miranda reporta-se à época do carnaval na cidade do Rio de Janeiro, para que possamos aquilatar a nossa natureza vibracional e o nosso envolvimento com pensamentos de baixo nível.

"As mentes em torpe comércio de interesses subalternos, haviam produzido uma psicosfera pestilenta na qual se nutriam vibriões psíquicos, formas-pensamento de mistura com Entidades perversas, viciadas, dependentes, em espetáculo pandemônico, deprimente"

UMBRAL – É uma região espiritual que começa na crosta terrestre na qual se concentra tudo o que não tenha finalidade para a vida superior. É a região para esgotamento de resíduos mentais ; uma zona purgatorial, os Espíritos aí confinados julgam-se injustiçados e sentem-se desesperançados por não terem encontrado na Vida Maior aquilo que suas crenças religiosas divulgaram.

LÍSIAS no livro NOSSO LAR de FCX A Luiz(Esp.) diz que no Umbral encontram-se "legiões compactas de almas irresolutas e ignorantes, que não são suficientemente perversas para serem enviadas à colónia de reparação mais dolorosa, nem bastante nobres para serem conduzidas a planos de elevação" É uma região semitrevosa habitada por Espíritos consciencialmente culpados de erros diversos conta as Leis Divinas.

ZONAS DE TRANSIÇÃO – São colónias espirituais inseridas no Umbral, quais fossem oásis nos desertos. Os Espíritos que conseguem alcançá-las , por méritos conscienciais, nelas encontram amparo e assistência podendo reajustar-se e até mesmo evoluir.

NOSSO LAR e MANSÃO PAZ ,são duas dessas colónias. Mas existem também os chamados "Postos de Socorro", que funcionam como bastiões avançados, numa incessante busca de novos Espíritos que tenham logrado reunir condições para acessar novas paragens, mais evoluídas vibracionalmente.

ESFERAS SUPERIORES – São regiões de felicidade , onde estacionam Espíritos devotados de grande elevação moral , lá habitam os Bons Espíritos e os Espíritos Superiores.

André Luiz foi visitar sua mãe quando estava dormindo em N Lar nessa esfera.

ESFERAS RESPLANDESCENTES – Regiões Espirituais onde impera a bondade , a confiança e a felicidade verdadeiras.

No livro RENÚNCIA ditado pelo Esp. Emmanuel médium FCX , é descrita a paragem espiritual a que está vinculado o Espírito ALCÍONE , são paisagens que nossa pobre imaginação não consegue nem sonhar.

CAROS OUVINTES ESTE FOI UM PEQUENO PASSEIO PELAS REGIÕES ESPIRITUAIS

ISSO PORQUE QUANDO DESENCARNARMOS NÓS VAMOS PARA ALGUMA DELAS

É MUITO PROVÁVEL QUE FIQUEMOS NA ZONA DE TRANSIÇÃO ,

E VAMOS CONHECER UM POUCO MAIS DE CIDADES DESSE LUGAR

Nosso Lar, Colónia Socorria Moradia, Colónia Campo de Paz, Casa Transitória de Fabiano, Colónia da Música, Redenção - ISSO NO BRASIL

- Os espíritos errantes sentem fome . Na maioria das vezes os desencarnados, após o desligamento do corpo físico são atormentados pelo desejo de satisfazerem necessidades fisiológicas, como SEDE e FOME incontroláveis.

Afirmam os espíritos que existem fábricas de concentrados de sucos e sopas sujeitas à manipulação da Espiritualidade.

Nos hospitais os alimentos são fornecidos aos enfermos a fim de se revigorarem.

Os espíritos errantes comem e bebem. Absorvem principalmente muita água, pois é um óptimo alimento para o perispírito.

ÁGUA é um poderoso veiculo de fluido de qualquer natureza. Ex.: ÁGUA FLUIDIFICADA.

- Tanto no plano terreno como no plano espiritual, os Espíritos Superiores lutam pela instituição de um idioma comum, pois a diversidade de línguas segundo sua opinião perturba a comunicação entre os homens.

Em muitas obras é citado o ESPERANTO , idioma criado pelo mensageiro do Cristo Lázaro L. Zamenhof (1857 a 1917 ) divulgado por ele em 1887, como o elo de ligação entre os povos.

O ESPERANTO – é usado pela CEE como idioma oficial entre os membro o Brasil – DF – tem junto com o Inglês nas escolas.

Toda a infra-estrutura das Colónias Espirituais é um perfeito sistema previdenciário que tem como objetivo o atendimento de toda a população espiritual necessitada de assistência e amparo.

Os tratamentos se efectivam através da ASSISTÊNCIA MÉDICA, da ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL da REABILITAÇÃO e do SERVIÇO SOCIAL

O doente nas Colónias recebe assistência completa, isto é em todos os aspectos: desde RESGATE NAS ZONAS UMBRALINAS

PASSANDO PELO TRATAMENTO MÉDICO HOSPITALAR

Até A CONVALESCENÇA daí a CONCLUSÃO do APRENDIZADO PRODUTIVO, A readaptação a NOVA VIDA e a PREPARAÇÃO PARA FUTURA REENCARNAÇÃO

Os enfermos são sempre acolhidos com atenção e carinho.

OS SUICIDAS, as CRIANÇAS, e os DESEnCARNADOS DE FORMA VIOLENTA são os mais necessitados de atenção e tratamentos especiais

A MEDICINA e a ENFERMAGEM são praticadas com amor e dedicação.

Consta que muitos profissionais que não souberam honrar o diploma adquirido na Faculdade ou cometeram atos dolosos ou culposos, colocam seus serviços a disposição, objectivando a APRENDIZAGEM e RECTIFICAÇÃO dos erros praticados.

– Onde há agrupamento de indivíduos impõe-se o estabelecimento de uma estrutura organizacional onde as pessoas se orientem dentro da colectividade de que fazem parte.

A população das Colónias Espirituais está dividida entre ASSISTENTES e ASSISTIDOS , ADMINISTRADORES e ADMINISTRADOS.

São geralmente comunidades heterogéneas, adultos, crianças, jovens, velhos, mulheres, homens convivem e trabalham conjuntamente.

Excepcionalmente a Colónia Espiritual é constituída especialmente para crianças ou suicidas.

No conceito humano dá-se o nome de ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL às diversas camadas ou classes sociais.

No mundo espiritual o que determina a estratificação É O GRAU DE EVOLUÇÃO dos espíritos, a importância social e financeira, como é obvio neste caso não tem nenhuma influência.

HIERARQUIA BASEADA NA AUTORIDADE MORAL

As instituições que formam o Mundo Espiritual formam um conjunto harmônico em que imperam a ORDEM e a JUSTIÇA.

A DIREÇÃO é exercida por um governador. Geralmente os espíritos trabalham em equipes e os grupos de trabalho são subdivididos e

MINISTÉRIOS : COMUNICAÇÃO

AUXILIO

ESCLARECIMENTO

REGENERAÇÃO

UNIÃO DIVINA

ENCARNAÇÃO

ELEVAÇÃO

Subordinados aos ministérios estão os :

HOSPITALAR

DEPARTAMENTOS VIGILÂNCIA

AUXILIAR

Toda a estrutura está ligada a GOVERNADORIA que é um órgão DIRECTIVO

A SUPERVISÃO GERAL das Colónias que circulam a Terra é atribuída por Jesus a vários mensageiros espirituais, o BRASIL por exemplo está sob a tutela de ISMAEL . Jesus não é visto pelos Espíritos, mas é descrito como UMA LUZ, UMA FORÇA

Há creches e escolas apropriadas a educação infantil.

Nas Colónias Espirituais a REEDUCAÇÃO e INSTRUÇÃO são indispensáveis .

Os centros de estudo oferecem várias formas de educação e lazer. Todos os habitantes são estimulados a participarem de tarefas e estudo.

Os Espíritos mais evoluídos recebem o CARGO DE MESTRE ou INSTRUTOR.

Qualquer Espírito errante pode continuar no Mundo Espiritual as tarefas e os estudos interrompidos pela desencarnação, desde que assim o deseje.

CURSOS: MORAL , FILOSOFIA , CIÊNCIA , PSICOLOGIA , PEDAGOGIA , ARTES

O ENSINO se realiza através de métodos didáticos moderníssimos e das mais aperfeiçoadas técnicas .

Existem CURSOS, PALESTRAS, CONFERENCIAS , tudo coadjuvado por recursos visuais, aparelhos especiais, e sistema electrónico avançado.

Nas cidades espirituais, todos cooperam, através do trabalho para o engrandecimento do património comum

As leis trabalhistas são cumpridas rigorosamente dentro do período de dias, meses anos.

Existem hora do almoço, hora da prece colectiva (ao cair do crepúsculo)

Segundo ANDRÉ LUIZ a jornada normal é de 08 horas diárias, sendo permitido 04 extras , com uma semana de trabalho de 06 dias

No Espaço o descanso é rigorosamente observado.

Segundo ANDRÉ LUIZ o Governador de N LAR nunca repousa, quanto mais evoluído mais trabalha.

Nos SERVIÇOS SACRIFICIAIS as horas são contados em DOBRO e as vezes ao TRIPLO

EX.: IMPORTÂNCIA DA FUNÇÃO MATERNAL – Se um determinado lar se dedica a ADOÇÀO DE CRIANÇAS além de contar em dobro as horas trabalhadas, fica dispensada das tarefas externas.

NAS COLÓNIAS UM DOS MAIS VALIOSOS INSTRUMENTOS DE REABILITAÇÃO É O TRABALHO - Usado com TERAPIA OCUPACIONAL

A medida que o Espírito convalescente se interessa pelo serviço a comunidade, dedicando-se a qualquer tarefa ainda que das mais simples, vai da mesma forma sedimentando a cura.

Salário BONUS HORA = 01 hora de trabalho

Ex.: 01 casa 30.000 bônus hora

Meus amigos devemos nos preparar para retornar ao Mundo Espiritual, uma das maneiras é conhecendo aqui, e a outra é começar a fazer aqui do mesmo modo que lá.

O mundo espiritual

Antes do surgimento do Espiritismo desconhecíamos o que encontraríamos depois da morte.
Mesmo nas religiões orientais, em especial o Budismo e as religiões da Índia, onde se conhece há milênios a Reencarnação e o Carma bem como a marcha evolutiva das criaturas, não há uma definição clara de como é a vida “do lado de lá”.

Nas religiões cristãs tinha-se como certo dois destinos após o desencarne: o Céu ou o Inferno. 

Dizia-se que o Céu ficava acima da abóbada celeste, ou seja, da cúpula azul onde flutuava o Sol, a Lua e as estrelas. E que o inferno situava-se abaixo da terra, pois acreditavam os antigos que a Terra era plana. E esta forma de pensar durou até o fim da idade média. 

Ora, com o advento da ciência ficou provado que a terra era redonda, uma bola, que girava em torno do Sol, e que não éramos o centro do Universo. De um só golpe, perdeu-se a localização do chamado Céu e do Inferno, pois não mais havia o “acima” e o “abaixo” da Terra. Perdido este referencial, os que acreditam em Céu e Inferno ficaram sem saber muito bem para onde irão. 

Uma das grandes contribuições que a Doutrina Espírita trouxe para o mundo, foi a descoberta do Mundo Espiritual. Deu-lhe a exata localização, bem como descreve pormenorizadamente como é a vida no plano espiritual.

De pronto tira-nos o enorme peso das costas ante a perspectiva de ir para o “Inferno”, onde nos aguardariam dores terríveis por toda a eternidade. Que perspectiva horrorosa, não é mesmo? E também elimina a expectativa deliciosa de um “Céu” de felicidade, em eterna ociosidade. Que tédio, não lhes parece?

Pois bem. Agora temos uma verdadeira visão do que nos aguarda ao termo da nossa jornada na terra. Iremos para cidades espirituais!

Onde elas se encontram, perguntariam alguns? No caso do nosso planeta Terra, situam-se em esferas concêntricas, mais afastadas da Terra quanto mais elevado é o seu nível vibratório, consoante a elevação dos espíritos que podem para lá se transportar!

E como elas são? São lugares felizes ou tristes, feias ou bonitas? Perguntariam os novatos na doutrina. Ora, elas podem ser felizes ou tristes, bonitas ou feias, abrigar a dor ou a paz, dependendo apenas das criaturas que lá se agrupam. Pois sabemos que os semelhantes se atraem, e isto acontece com maior intensidade no plano espiritual. Assim, os espíritos ainda afeiçoados ao crime e a maldade buscam por afinidade cidades onde isto existe, e os espíritos que só procuram fazer o bem irão para as cidades elevadas e belas. Entre um extremo e outro, ou seja, entre os locais de muita dor, maldade, e fealdade, e as cidades de luz e beleza onde só o bem tem morada, existe uma infinidade de cidades intermediarias, cada uma segundo o grau de adiantamento dos seus habitantes. 

Mas outros ainda perguntarão... Seremos felizes ou infelizes do lado de lá? Sofreremos ou estaremos bem? Como explica-nos Kardec, o Inferno e o Céu estão na consciência de cada um. Assim, a nossa condição futura no plano espiritual, irá depender do que fizermos de nossas vidas.

Nos livros da Doutrina, mormente no livro Nosso Lar da coleção de André Luis, poderemos acompanhar passo a passo o retorno de uma criatura ao plano espiritual. Lá encontraremos a descrição minuciosa dos ambientes encontrados pelo espírito deste medico terreno surpreendido pelo retorno prematuro à pátria espiritual.

Nos surpreenderemos com a exuberância de vida palpitante em todos os cantos. Nada está parado. Todos estão agindo nesta ou naquela atividade. Alguns procuram continuar sua existência terrena, apegados ainda às sensações materiais, e assim vivem em meio aos encarnados. Outros demandam as cidades espirituais em busca do prosseguimento das suas tarefas evolutivas. Encontramos também aqueles que continuam a sua vida de crimes e maldades, e os que desejam apenas se divertir irresponsavelmente a custa dos outros. Enfim, lá como cá, a vida continua. Cada um faz aquilo que sabe, que gosta, ou que é obrigado a fazer.

Portanto, nada de feliz ociosidade eterna, nem sofrimentos perenes. Teremos pela frente a vida como a conhecemos, apenas com as naturais diferenças relativas a situação espiritual, onde teremos ampliadas nossas condições de manifestação devido a estarmos libertos do pesado corpo físico.

E, o mais importante! Sabemos que nossa situação não fica fixada com a morte do corpo físico, como se tudo parasse pelo fato de termos desencarnado. Ao contrário, temos a maravilhosa constatação que poderemos mudar o que fizemos de errado, consertar o que quebramos, reconciliar-nos com quem nos desentendemos, ampliar nossos conhecimentos, trabalhar em atividades de serviço ao semelhante, e evoluir sempre!

Consoladora perspectiva esta que se abre ao nosso entendimento!

Graças a divulgação dos conhecimentos espíritas temos a reconfortante certeza de que nosso destino não está selado com a morte, mas que é o começo, ou melhor dizendo, é o recomeço da nossa caminhada a um futuro pleno de luz e de paz!

Para os leitores que já estão familiarizados com os conhecimentos espíritas é ocioso repetir pormenorizadamente como é o mundo espiritual, e para os amigos que ainda não a conhecem, seria tão longa a narrativa que não caberia nestas poucas linhas. Sugerimos então, a estes amigos, que busquem a leitura nos livros da doutrina, onde obterão maravilhosos esclarecimentos acerca da exuberante vida no Mundo Espiritual!

Henrique Fracalanza

sexta-feira, 25 de março de 2011

Se eu tivesse uma segunda chance

Uma mulher que já havia perdido a luta contra o câncer, nos seus últimos momentos da existência escreveu um desabafo que poderíamos intitular: se eu tivesse uma segunda chance.

Dizia mais ou menos assim:

Se eu tivesse minha vida para viver novamente eu falaria menos e ouviria mais. Eu convidaria os amigos para o jantar mesmo que o carpete estivesse sujo e o sofá desbotado.

Eu comeria pipoca na sala de estar com as crianças e me preocuparia menos com a sujeira quando alguém pensasse em acender a lareira.

Eu tiraria um tempo para ouvir meu avô contar-me sobre sua juventude e jamais insistiria para que as crianças fechassem as janelas do carro no verão, por causa do meu cabelo, que havia acabado de arrumar.

Eu acenderia aquela vela em forma de rosa, antes dela se desmanchar. Eu me sentaria no chão com meus filhos, sem me preocupar com a roupa. Eu choraria menos assistindo televisão e viveria mais intensamente a minha vida.

Eu iria para cama quando estivesse doente ao invés de agir como se o mundo fosse acabar, caso eu não saísse naquele dia.

Ao invés de ficar reclamando durante os nove meses de gravidez, eu aproveitaria cada momento pensando em como a vida que se desenvolvia dentro de mim era um milagre de Deus.

Quando os meus filhos me beijassem e abraçassem espontaneamente, eu jamais diria, "mais tarde! Agora vamos lavar as mãos para jantar".

Haveria mais "te amo"... mais "me desculpe", mas, principalmente, se tivesse a minha existência prolongada, eu iria aproveitar cada minuto... vivê-lo intensamente... e nunca desperdiçá-lo.

Mas isso tudo, era se eu tivesse uma segunda chance...

***

Aquela mulher não teve sua existência prolongada para refazer o caminho e repensar valores, mas você ainda tem tempo. Pense na importância de cada minuto e o utilize para construir a sua felicidade e a felicidade daqueles que você ama.

Conquiste novos amigos, dê atenção aos já conquistados e conviva mais com os filhos e demais familiares.

Adquira o hábito da leitura saudável e busque aprender um pouco mais sobre as leis que regem a vida espiritual, que é para onde você irá mais cedo ou mais tarde.

Viva intensamente cada momento de sua existência, mas com moderação. Preste atenção no que as pessoas lhe dizem e cuide bem da sua saúde.

Doe um pouco do seu tempo aos velhos abandonados nos asilos.

Dê afeto a uma criança órfã.

Distribua alegria aos que caminham tristes e sós.

Renove as esperanças de alguém.

Não dê tanta importância às aparências exteriores, nem ao que pensam de você.

E lembre-se de que o que realmente importa é estar bem com a própria consciência.

Pense nisso!

O dia que amanhece é uma chance a mais que o criador lhe concede para que você construa a sua felicidade.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Um mundo em transição

O ano de 2011 está assinalado por muitas catástrofes. É como se observássemos uma grande revolta dos elementos naturais, buscando local próprio.
A tragédia na região serrana do Rio de Janeiro, transformando cidades e edificações em um mar de lama e pedras, ceifando incontáveis vidas, abalou os brasileiros.
Mas, ainda não refeitos desses fatos que motivaram gestos de solidariedade de variadas localidades, os terremotos no Japão nos levam ao quase terror.
Mais do que as cenas do cinema catástrofe, as imagens televisivas nos impressionaram ao mostrar o mar erguendo-se em enormes vagalhões e engolindo tudo.
Destruição em segundos do que o homem levou muito tempo para construir. Belos edifícios, cidades inteiras, lugares aprazíveis, tudo levado de roldão, arrasado.
Carros e máquinas arrastadas como brinquedos pela correnteza inclemente.
E vidas, quantas vidas ceifadas. Desaparecidos sem conta. E, depois, continua o tsunami em sua jornada, ameaçando outros países, que se colocam em alerta.
E dizer que todos recebemos o Ano Novo com tanta esperança. E vivemos o Terceiro Milênio em anseio de um novo tempo.
Como entender tamanha destruição?
Recorremos ao Evangelho de Jesus. Ele não nos enganou, em momento algum.
Falou de um mundo em extinção para o aparecimento de outro. Falou de dores, de desolação, de tempos amargosos: Pedi a Deus que a vossa fuga não se dê durante o inverno. A aflição desse tempo será tão grande como ainda não houve igual desde o começo do mundo até o presente e como nunca mais haverá.
E se esses dias não fossem abreviados, nenhum homem se salvaria. Mas esses dias serão abreviados, em favor dos eleitos.
Em verdade vos digo: chorareis e gemereis, e o mundo se rejubilará. Estareis em tristeza, mas a vossa tristeza se mudará em alegria.
Uma mulher, quando dá à luz, está em dor, porque é vinda a sua hora. Mas depois que ela dá à luz um filho, não mais se lembra de todos os males que sofreu, pela alegria que experimenta de haver posto no mundo um homem.
É assim que agora estais em tristeza. Mas, eu vos verei de novo e o vosso coração rejubilará e ninguém vos arrebatará a vossa alegria.
Jesus predisse os últimos tempos de um mundo de dores em transição para outro onde o bem predominará.
Assim, o que hoje observamos e que nos leva à solidariedade, ao auxílio de tantas vítimas é a concretização daqueles tempos anunciados.
Muitas dores se farão no mundo para que a grande renovação se apresente.
Muitos irão de retorno à Pátria Espiritual, outros tantos retornarão, Espíritos renovados para promover a grande transformação moral do planeta.
O mundo físico também sofre as transformações e por isso treme, alteram-se paisagens, modificam-se elevações.
Tudo é um grande estertor. Mas, como Jesus mesmo afirmou, após as grandes dores, virá o tempo da bonança.
Auxiliemo-nos enquanto as dores nos maltratam e aguardemos a aurora nova de um novo mundo.
O Senhor está no leme.

Redação do Momento Espírita, com citações extraídas do Evangelho de Mateus, cap. XXIV, vv. 15 a 22 e do Evangelho de João, cap. XVI, vv. 20 a 22.
Em 24.03.2011.

Lições para vida

Em seu livro “lições de vida para famílias”, Maria Tereza Maldonado enumera diversas sugestões que têm por objetivo auxiliar as pessoas a construir uma família harmoniosa, saudável e feliz.
Entre elas podemos ressaltar as seguintes:
Primeira: escute com atenção antes de falar; tente entender o que a pessoa realmente está dizendo, que pode ser muito diferente do que você acha que ela quer dizer.
Segunda: gentileza e boas maneiras são essenciais para construir um bom convívio familiar.
Terceira: aumente as opções de atividades prazerosas com seus familiares: conversar, brincar e jogar, ver bons filmes, passear.
Quarta: demonstre seu interesse em saber o que seus familiares estão fazendo, experimentando ou descobrindo na vida.
Quinta: para enviar mensagens fortes e eficazes para seus familiares, procure ter coerência entre palavras, gestos e atitudes.
Sexta: se você diz ‘não’ com muita freqüência, aprenda a dizer ‘sim’ com carinho. Se você diz ‘sim’ demais, aprenda a dizer ‘não’ sem culpa.
Sétima: tente criar, junto com seus familiares, maneiras eficazes de simplificar a vida para torná-la mais pacífica e prazerosa.
Oitava: aprender a tolerar frustrações é essencial para desenvolver paciência, compaixão e compreensão.
Nona: cada membro da família precisa descobrir meios eficazes e saudáveis de descarregar as tensões inevitáveis do dia-a-dia sem maltratar os outros.
Décima: os laços de sangue não garantem automaticamente a existência do amor, que precisa ser constantemente criado e bem cuidado ao longo da vida.
O fato de estarmos inseridos em um determinado grupo familiar é uma abençoada oportunidade que nos é oferecida pelo Pai Criador.
Os laços familiares que hoje nos envolvem são aqueles que nos são necessários ao nosso crescimento e desenvolvimento moral e espiritual.
As dificuldades de relacionamentos, tão estranhas e inaceitáveis aos olhos do mundo, podem ter causa em fatos pretéritos que escapam às nossas lembranças.
Os filhos difíceis de hoje podem ser cúmplices ou vítimas de nosso passado equivocado.
Podemos ter sido seus algozes ou aqueles que, pensando agir por amor, possamos ter-lhes desviado do bom caminho.
Encontrarmo-nos hoje nesse grupo familiar não é obra do acaso, nem da desdita.
Em tudo há sempre a mão e a autorização de Deus.
Eis aí uma nova chance de resgate e de reparação.
Aproveitemo-la.
Façamos a parte que nos cabe, nessa nobre tarefa que é viver em família.
Sejamos dignos, honrando os compromissos que assumimos perante Deus e perante os homens, educando os pequeninos e educando a nós próprios.
Vençamos os vícios que ainda azedam nossos dias e infelicitam nossos companheiros de jornada.
Abandonemos a reclamação vazia e inócua.
Superemos a preguiça e a omissão.
Abracemo-nos e unamo-nos em prol desse objetivo tão importante e básico que é viver bem em família, a fim de que possamos conviver do mesmo modo com toda a humanidade.

lei de Liberdade

                   Livre-arbítrio e Determinismo
Determinismo ou Fatalismo é uma doutrina segundo a qual todos os fatos são considerados como conseqüências necessárias de condições antecedentes. De acordo com essa maneira de pensar todos os acontecimentos foram irrevogavelmente fixados de antemão, sendo o homem mero joguete nas mãos do destino.

O livre-arbítrio, por sua vez, é a concepção doutrinária que afirma que o homem dispõe sempre da liberdade de escolha, podendo gerenciar as suas decisões e a sua vida.

Posição espírita:

O Espiritismo nos ensina que não há um fatalismo absoluto, um determinismo que norteará a vida do homem.

O livre-arbítrio foi talvez a grande conquista do princípio inteligente em sua jornada evolutiva, pois, através dele, tornou-se o Espírito responsável pelos seus atos.

Embora o homem esteja subordinado ao seu livre-arbítrio, sua existência está também submetida a determinada característica de acordo com o mapa de seus serviços e provações na Terra e, delineado pela individualidade em harmonia com as opiniões de seus guias espirituais antes da reencarnação.

As condições sociais, as moléstias, os ambientes viciosos, o cerco das tentações,os dissabores, são circunstâncias da existência do homem. Entre elas, porém, está a sua vontade soberana.

O homem é, pois, livre para agir, para escolher o tipo de vida que procura levar. As dores, as dificuldades existentes na sua vida são provas e expiações que vem muitas vezes como conseqüência do uso incorreto do livre-arbítrio em existência anteriores.

“Se o homem tem a liberdade de pensar, tem igualmente a de obrar. Sem o livre-arbítrio, o homem seria máquina.” [LE-qst 843]

Allan Kardec didaticamente separa o livre-arbítrio em:

a) No estado de Espírito: consiste na escolha da existência e das provas.
b) No estado corpóreo: consiste na faculdade de ceder ou resistir aos arrastamentos a que estamos submetidos.

Lembra, no entanto, Kardec, que excetuando-se as Almas Puras, que já atingiram a Perfeição que lhes é possível, em todos os outros o Livre-arbítrio é uma faculdade sempre limitada.

Na medida em que a nossa liberdade termina onde se inicia a liberdade do outro, certos atos, contrários à ordem geral que regem a evolução das criaturas, são vedados.

Assim sendo, o livre-arbítrio será diretamente proporcional a evolução intelecto moral da criatura. Os Espíritos mais evoluídos o possuem em grau maior; as almas mais inferiorizadas terão uma faixa de escolha mais limitada.

Livre-arbítrio e Evolução

Em outras condições, como no período da infância e na loucura, o livre-arbítrio pode momentaneamente ser retirado do homem.

Livre-arbítrio muito limitado
1. Seres inferiores:(animais, homem primitivo)
2. Período de infância
3. Estado de loucura

André Luiz [Ação e Reação] assim se manifesta:

“Nas esferas primárias da evolução, o determinismo pode ser considerado irresistível. É o mineral obedecendo às leis invariáveis de coesão e o vegetal respondendo, fiel, aos princípios organogênicos, na consciência humana a razão e a vontade, o conhecimento e o discernimento entram em junção nas forças do destino, conferindo ao Espírito as responsabilidades naturais que deve possuir sobre si mesmo. Por isso, embora nos reconheçamos subordinados aos efeitos de nossas próprias ações, não podemos ignorar que o comportamento de cada um de nós, dentro desse determinismo relativo, decorrente de nossa própria conduta, pode significar liberação abreviada ou cativeiro maior, agravo ou melhoria em nossa condição de almas endividadas perante a Lei.”

Conclusões:

1. Pelo uso do livre-arbítrio, construímos o nosso destino, que pode ser de dores ou de alegrias.

2. Livre-Arbítrio, na fase evolutiva em que nos encontramos, é sempre relativo.

3. O determinismo, também relativo, pode ser traduzido como a conseqüência inaceitável de nossa conduta prévia.

         Fonte: CVDEE

terça-feira, 22 de março de 2011

Dá-me,Senhor

Dá-me , Senhor,
A sabedoria de ficar calada
quando meu coração quer gritar ao mundo
a verdade que somente tu sabes qual é
e que não me desonra.

Senhor,
Ilumina meus olhos
para que eu veja os defeitos
da minha alma e venda-os para
que eu não comente
os defeitos alheios.

Senhor,
Leva de mim a tristeza
e não a entregueis a mais ninguém...
Enche meu coração com a divina fé,
para sempre louvar o vosso nome
e arranca de mim o orgulho e presunção.

Senhor,
Faze de mim um ser humano realmente justo...
Dá-me a esperança de vencer
minhas ilusões todas.

Planta em meu coração
a sementeira do amor
e ajuda-me a fazer feliz
o maior número possível de pessoas,
para ampliar seus dias risonhos
e resumir suas noites tristonhas...

Transforma
meus rivais em companheiros,
meus companheiros em amigos
e meus amigos em entes queridos...

Não permita
que eu seja um cordeiro
perante os fortes
nem um leão perante os fracos...

Dá-me, Senhor,
O sabor de perdoar
e afasta de mim o desejo de vingança,
mantendo sempre em meu coração
somente o amor.

Autor:
Do livro da vida

Reencarnações -Afetos e Desafetos

Cada dia fico mais fascinada pela leitura do livro "Pais Brilhantes, Professores Fascinantes", do Dr. Augusto Cury. Pequenas frases têm o poder de nos fazer refletir tanto, especialmente sobre nós mesmos.

Uma frase que li hoje me fez refletir sobre a reencarnação e os encontros com nossos afetos e desafetos.

Ele diz:
"Nos computadores, a tarefa mais simples é deletar ou apagar as informações. No homem, isso é impossível, a não ser quando há lesões cerebrais. Você pode tentar com todas as suas forças apagar seus traumas, pode tentar com toda a sua habilidade destruir as pessoas que o decepcionaram, bem como os momentos mais difíceis de sua vida, mas não terá êxito".

Se carregamos uma mágoa, um trauma, um erro, um inimigo, enfim, alguma história que daríamos tudo para esquecer, de tanta dor que nos causa, e não resolvemos durante a vida, ao desencarnarmos, a dor irá conosco. Inclusive por isso o suicídio é o ato mais inútil e contra-produtivo que tem para fugir dos problemas, porque quando "atravessamos o véu", deixamos aqui só as coisas materiais, mas o que *somos*, o que *sentimos*, inclusive nossas maiores dores, vão conosco, porque elas não fazem parte do que temos, mas do que somos, como Cury diz:

"Cada idéia, pensamento, reação ansiosa, momento de solidão, período de insegurança são registrados em sua memória e farão parte da colcha de retalhos da sua história existencial, do filme da sua vida".

E aqui podemos ampliar o conceito de vida, para Vida Espiritual, porque o corpo que usamos muda de existência para existência, mas a consciência espiritual, a individualidade é sempre a mesma ao longo dos milênios, que vai acumulando as experiências boas e ruins. As boas continuam conosco pela eternidade, mas as ruins precisamos reescrever, transformando-as em experiências boas, como veremos mais para frente.

Portanto o que somos, nosso medos, alegrias, vontades, desejos, sonhos, pensamentos e atitudes boas ou ruins, sentimentos, afetos e desafetos, estão sempre conosco, na verdade o conjunto de tudo isso constrói o nosso "eu". É o nosso Patrimônio Espiritual. Nossa bagagem, como alguns dizem. Nosso Baú do Tesouro. Não podemos nos separar dele, mas podemos vida após vida, lapidar as pedras brutas em jóias de rara beleza, até que um dia nosso tesouro seja de uma beleza indescritível. Mas nos separar dele? Isso não podemos, independente de estarmos usando um corpo de carne ou não... Só podemos manuseá-lo e transformá-lo, e isso inclui, evidentemente, enchê-lo de pedras brutas e feias também.

Nisso podemos refletir: "Como fazemos, então, se nem quando eu morrer, não vou me libertar dessa dor, desse trauma, desse arrependimento, desse ódio, dessa mágoa?"

Augusto Cury diz que há apenas uma forma de nos livrarmos dos maus registros dentro de nós. Ele diz:

"A única possibilidade de resolver nossos conflitos, como vimos, é reeditar os arquivos da memória, através do registro de novas experiências sobre as experiências negativas, nos arquivos onde elas estão armazenadas. Por exemplo, a segurança, a tranqüilidade e o prazer devem ser arquivados nas áreas da memória que contenham experiências de insegurança, ansiedade, humor triste. Reeditar o filme do inconsciente ou reescrever a memória é construir novas experiências que serão arquivadas no lugar das antigas".

Bem, quando temos essa possibilidade na própria vida, excelente, mas quando não temos e morremos com traumas, dores, desafetos? É muito raro alguém morrer isento de conflitos, e com aquela paz angelical, mesmo porque a maioria esmagadora da população morre repentinamente em virtude dos campeões nas estatísticas dos motivos que geram a morte: acidentes de todos os tipos, doenças cardio-vasculares fulminantes e acidentes vasculares cerebrais, também repentinos e fatais na maior porcentagem dos casos. A verdade é: eu mesma que vos escrevo agora não posso garantir que amanhã estarei viva. Como saber?

O que podemos concluir com isso? Que a maioria esmagadora dos seres-humanos morrem sem resolver seus conflitos existenciais, e aqui ainda entra aqueles que morrem de causas naturais ou doenças dos mais diversos tipos, mas que não resolveram seus problemas antes de partir. Como faremos, portanto, para nos livrarmos dos conflitos, se segundo a Psicologia temos um único caminho, que é reeditar nosso emocional, viver situações boas que apaguem as ruins? Como aqueles que morreram com conflitos, poderiam fazer para reviver as situações e ficarem curados de suas mazelas íntimas? Aqui entra a reencarnação e sua necessidade.

Renascemos, então, justamente perto daqueles com quem precisamos viver as situações boas que apeguem as ruins. Um exemplo clássico: Se matei alguém e um dia, aqui ou no além-túmulo me arrependo, passo a sentir uma dor terrível de remorso, uma dor que eu pagaria qualquer preço para esquecer, para apagar. Por sua vez a minha vítima alimenta por mim um ressentimento, uma mágoa devastadora, que igualmente daria tudo para esquecer, para apagar. De comum acordo, portanto, renascemos. Eu venho primeiro e anos depois o recebo como filho. Um assassinato terrível e traumatizante tanto para a vítima como para o algoz, sendo reeditada, reescrita pela bênção da maternidade, por uma situação abençoada e sagrada que trás uma alegria indizível. Inimigos ferrenhos tendo a chance de viverem o mais sagrado dos relacionamentos, tendo a chance de reescreverem a sua história, de apagarem as suas dores e traumas.

Outras vezes o conflito não é necessariamente com alguém, mas com um acontecimento. Um suicídio, por exemplo. A pessoa, diante de uma situação de muita dor, resolve dar cabo da própria vida. Atravessando as dimensões, além de ver que sua dor continua, compreende as implicações do seu ato não só sobre si, mas sobre todos aqueles que foram atingidos por sua impulsividade. Pedem outra oportunidade. Quando conseguem, precisam reeditar aquele trauma contra si mesmo. Novamente passam por uma dor muito grande, mas dessa vez não se suicidam, conseguindo passar pelo testemunho vitoriosos. Reeditaram seu trauma e viram o Sol após a tempestade, a cura daquele conflito.

Aqui podemos aprofundar um pouco mais e pensarmos: Como saber se essa dor que agora nos aniquila, nos faz desejar fugir para a morte, não é justamente a oportunidade de reeditarmos um suicídio anterior? Como não temos condições de saber ao certo, na dúvida o melhor mesmo é resitir a essa idéia e continuar vivendo.

E assim será com todos os conflitos que carregamos vida após vida, até que não reste um único ser-humano com dores, conflitos, traumas, desavenças, enfim, até que nenhuma ovelha esteja mais perdida de si mesma.

No entanto continuamos tendo o livre-arbítrio e podendo sobrepor dores às dores, traumas aos traumas, erros aos erros. Podemos fazer nossos inimigos ainda mais inimigos, podemos sucumbir outra vez nas dores, buscando o suicídio. Mas como não somos bobos nem nada, dessa vez queremos fazer tudo diferente, queremos reeditar nossa alma e ter paz. Como fazer, então? Como podemos fazer tudo certo, reescrever as histórias ruins com as boas?

Um Mestre nos disse à muito tempo trás... Ou melhor, alguns Mestres vêm nos dizendo desde muitos milênios, cada um à seu tempo e povo: Buscando o auto-conhecimento, educando nossas emoções, cultivando bons pensamentos e hábitos, aprendendo a perdoar, a sermos bons, justos, misericordiosos, a termos boas atitudes no lugar das ruins. Aprendendo a ter bons sentimentos no lugar dos ruins. Aprendendo a ter bons anseios no lugar dos ruins. Aprendendo a ter fé nos momentos adversos, a superar dramas em vez de perpetuá-los e remoê-los. Sobretudo e especialmente, tentando dia-após-dia, aprimorarmo-nos na Arte de Amar.

É fácil?

Claro que não, pois que se fosse, não estaríamos ainda com tanto trabalho íntimo a ser feito. Mas podemos? Claro que sim. Somos Filhos de Deus, carregamos o Amor como Herança Divina, e por isso mesmo nos tornamos "Impossíveis"

segunda-feira, 21 de março de 2011

Aceite o inevitável

  A humildade é uma força que deve estar sempre presente em nossos caminhos. Ela estabiliza as nossas condições emocionais, abrindo para nós perspectivas novas dentro daquilo que antes não aceitávamos. Ela nos abre as portas do entendimento para aceitar o inevitável, que é o melhor para a nossa vida. Se recuamos diante dele, é por não conhecermos seus efeitos na maturação do nosso espírito.

A reencarnação é um desses exemplos, chegando a ponto de os próprios conhecedores da lei a detestarem, por que não querem portar novos corpos dentro da seqüência imposta pela limpeza cármica. Esses sofrerão mais, porque ela não vai deixar de existir, apesar das resistências alimentadas pela ignorância.

Podemos enumerar várias situações inevitáveis no mundo em que ora vives: a dor, o trabalho obrigatório, a educação, a disciplina, o perdão, as inferioridades; as leis do mundo, chuvas, ventos, guerras, fome, pestes, agressões de todos os tipos e a temível velhice e decadência do corpo físico. Sabendo destas, podem deduzir outras mais que, por enquanto, existem no plano em que vives.

O observador inteligente reconhece um Deus único e bom, justo e amoroso para com todos os Seus filhos. Tal observador usa da humildade, da obediência e aceita o inevitável, aquilo que não pode ser mudado. Depois, reconhecerá que tudo está de acordo com as leis naturais que nos servem a todos.

Grande parte dos problemas é formada por nossas criações e cabe a nós mesmos resolvê-los, limpando nossos próprios caminhos. Se a Terra está passando por uma fase de provações, é porque tal é necessário para a higiene cármica dos homens. São processos do despertar espiritual das criaturas, e a fase mais dura para a humanidade deve ocorrer neste fim de século para o princípio do outro.

Se os homens se educarem, isolando suas mãos dos engenhos mortíferos de guerras fratricidas, a própria natureza cobrará as dívidas feitas pelas invigilâncias das almas em passado mais remoto, com lições dolorosas e justas para os retardatários que não puderam aprender por amor.

Vamos aceitar o inevitável e tirar dele as lições que possam nos oferecer, pelos meios que a natureza descobriu serem os melhores para a humanidade. Nada ocorre sem a presença de Deus. Ele é que vê primeiro e analisa as conseqüências. Tais catástrofes existem dentro de nós nas proporções dos nossos tamanhos evolutivos e espirituais. Basta analisar as ocorrências. Quando um idoso de uma família entra em decadência, o apego da mesma deseja contrariar as leis de Deus e muitos blasfemam contra os sofrimentos necessários ao desprendimento da alma.

O inevitável deve ser respeitado, para não ser perturbada a harmonia. É de bom alvitre que desenvolvamos a fé, porque tendo confiança em Deus, tudo passa na vida sob a forma de construção, e poderemos sentir o Senhor mais visível em todos os fatos, com e por amor às Suas magnânimas leis.

Todas as provações são tempestades passageiras. A bonança é eterna condição do espírito imortal.

Texto extraido do Livro Cirurgia Moral escrito por João Nunes Maia ditado pelo espírito Lancellin.

Desejos

Desejo é realização antecipada.
Querendo, mentalizamos; mentalizando, agimos; agindo, atraímos; e atraindo, realizamos.
Como você pensa, você crê, e como você crê, será.
Cada um tem hoje o que desejou ontem e terá amanhã o que deseja hoje.
Campo do desejo, no terreno do espírito, é semelhante ao campo de cultura na gleba do mundo, na qual cada lavrador é livre na sementeira e responsável na colheita.
O tempo que o malfeitor gastou para agir em oposição à Lei, é igual ao tempo que o santo despendeu para trabalhar sublimando a vida.
Todo desejo, na essência, é uma entidade tomando a forma correspondente.
A vida é sempre o resultado de nossa própria escolha.
O pensamento é vivo e depois de agir sobre o objetivo a que se endereça, reage sobre a criatura que o emitiu, tanto em relação ao bem quanto ao mal.
A sentença de Jesus: “procura e achará”, equivale a dizer: “encontrarás o que desejas”

André Luiz
Psicografia: Francisco Cândido Xavier

Reflexão

Cuidado com seus pensamentos, eles podem se transformar em palavras;

Cuidado com suas palavras, elas podem se transformar em ações;

Cuidado com suas ações, elas podem  se transformar em hábitos;

Cuidado com seus hábitos, eles podem moldar o seu caráter;

Cuidado com seu caráter, ele pode controlar o seu destino.

sábado, 19 de março de 2011

Auxílio Eficiente

               "E abrindo a sua boca os ensinava.

          O homem que se distancia da multidão raramente assume posição digna à frente dela.

          Em geral, quem recebe autoridade cogita de encastelar-se em zona superior.

          Quem alcança patrimônio financeiro elevado costuma esquecer os que lhe foram companheiros do princípio e traça linhas divisórias humilhantes para que os necessitados não o aborreçam.

          Quem aprimora a inteligência, quase sempre abusa das paixões populares facilmente exploráveis.

          E a massa, na maioria das regiões do mundo, prossegue relegada a si própria.

          A política inferior converte-a em joguete de manobra comum.

          O comércio desleal nela procura o filão de lucros exorbitantes.

          O intelectualismo vaidoso envolve-a nas expansões do pedantismo que lhe é peculiar.

          De época em época, a multidão é sempre objeto de escárnio ou desprezo pelas necessidades espirituais que lhe caracterizam os movimentos e atitudes.

          Raríssimos são os homens que a ajudam a escalar o monte iluminativo.

          Pouquíssimos mobilizam recursos no amparo social.

          Jesus, porém, traçou o programa desejável, instituindo o auxílio eficiente.

          Observando que os filhos do povo se aproximavam dEle, começou a ensinar-lhes o caminho reto, dando-nos a perceber que a obra educativa da multidão desafia os religiosos e cientistas de todos os tempos.

          Quem se honra, pois, de servir a Jesus, imite-lhe o exemplo. Ajude o irmão mais próximo a dignificar a vida, a edificar-se pelo trabalho sadio e a sentir-se melhor.

 Livro: Vinha de Luz
Emmanuel  & Francisco Cândido Xavier

sexta-feira, 18 de março de 2011

Sofrer por antecipação

Quando ficamos muito preocupados , geralmente imaginamos coisas ou tiramos conclusões antecipadas de algo que ainda nem ocorreu, muitas vezes equivocadas. E a ansiedade toma conta da gente. Não devemos deixar essa sensação de medo, de insegurança tomar conta , fazendo com que sofremos por antecipação ou pior que tomemos atitude “insanas" pelo simples fato de não sabermos esperar.

O problema que te preocupa, talvez te pareça excessivamente amargo ao coração.
E tão amargo que talvez não possas comentá-lo, de pronto.
Às vezes, a sombra interior é tamanha que tens a idéia de haver perdido o próprio rumo.
Entretanto, não esmoreças.
Abraça o dever que a vida te assinala.
Serve e ora.
A prece te renovará energias.
O trabalho te auxiliará.
Deus não nos abondonará.
Faze silêncio e não te queixes.
Alegra-te e espera porque o Céu te socorrerá.
Por meios que desconheces, Deus permanece agindo.

Emmanuel / Chico Xavier

Dever

  Freqüentemente o dever entra em conflito com o interesse pessoal.

A criatura deseja ardentemente fazer algo, mas sente que não deve.

Ou quer fugir de uma situação, abster-se de determinada conduta, quando a consciência indica não ser essa a melhor solução.

Surge a dúvida: Por que não é possível a satisfação do desejo?

Qual a razão para o senso do dever contrariar os sonhos e as fantasias?

Há alguma lógica nisso?

Há uma lógica, que decorre de uma compreensão mais ampla da vida.

Os espíritos reencarnam infinitas vezes.

A evolução é uma conquista individual, por meio da qual se transita da ignorância para a sabedoria.

Em suas primeiras experiências terrenas, os espíritos são grandemente guiados pelos instintos.

De modo gradual, desenvolvem a vontade e conquistam a liberdade de optar.

Em decorrência de sua ignorância, as opções que fazem nem sempre são felizes.

Todos trazem as leis divinas gravadas na consciência.

Com o tempo, inteiram-se do teor dessas leis.

Equívocos, maldades, leviandades, tudo é registrado na consciência.

Somente goza de perfeita harmonia quem aprendeu a respeitar e valorizar a vida.

A paz interior é conquista daquele que se acertou com os estatutos divinos.

Isso apenas é possível mediante a recomposição dos tesouros dilapidados ao longo do tempo.

Onde se insuflou a guerra, impõe-se a labuta pela paz.

Quem induziu os outros ao abismo dos vícios, deve auxiliá-los na recuperação.

Se outrora as bênçãos do trabalho foram repudiadas, o tempo perdido deve ser recuperado.

Por outro lado, alguns hábitos da época da ignorância cristalizam-se no ser, dificultando a evolução.

Embora o processo de evoluir seja vagaroso, é necessário fazer esforços para transformar os hábitos viciosos e conquistar virtudes.

Também se impõe o amadurecimento do senso moral.

A lucidez espiritual traduz-se por uma conduta pautada no trabalho, no estudo, na lealdade e na compaixão.

Essa transição da infância para a maturidade espiritual não se faz sem esforço.

É preciso romper com o homem velho e seus hábitos infelizes.

Esse é o propósito da existência terrena.

Antes de renascer, o espírito faz um balanço de suas vivências.

Ele identifica os vícios que necessita vencer, os erros que precisa reparar, e projeta sua nova vida.

Todo homem traz em seu íntimo o resultado das experiências vividas.

Falta a lembrança do que ocorreu, mas há intuições e tendências.

Eis a razão da contradição entre o dever e as fantasias, pois a consciência cobra o dever.

De um lado há o passado: paixões, interesse, egoísmo, preguiça e vaidade.

De outro, os projetos para o futuro, na forma de disciplina, renúncia, devotamento ao próximo ou a uma causa.

Cada qual é livre para escolher seu caminho, mas o trabalho não feito hoje ressurgirá mais tarde, provavelmente acrescido de novos encargos.

A paz e a plenitude pressupõem o dever cumprido, a tarefa feita, a lição aprendida.

Pense nisso!

Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.