sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Dez conselhos que recebemos antes de vir a este planeta

Filmes Espíritas/Frases espiritas

1- Você receberá um corpo. Poderá amá-lo ou odiá-lo, mas ele será seu todo o tempo.
2- Você aprenderá lições. Você está matriculado numa escola informal de tempo integral chamada Vida. A cada dia, terá oportunidade de aprender lições. Você poderá amá-las ou considerá-las idiotas e irrelevantes.
3- Não há erros, apenas lições. O crescimento é um processo de ensaio e erro, de experimentação. Os experimentos 'mal sucedidos' são parte do processo, assim como experimentos que, em última análise, funcionam.
4-Cada lição é repetida até ser aprendida. Ela será apresentada à você sob várias formas. Quando você a tiver aprendido, passará para a próxima.
5- Aprender lições é uma tarefa sem fim. Não há nenhuma parte da vida que não contenha lições. Se você está vivo, há lições a serem aprendidas e ensinadas.
6- 'Lá' só será melhor que 'aqui' quando o seu 'lá' se tornar um 'aqui'. Você simplesmente terá um outro 'lá' que novamente parecerá melhor que 'aqui'.
7-Os outros são apenas espelhos de você. Você não pode amar ou odiar alguma coisa em outra pessoa, a menos que ela reflita algo que você ame ou deteste em você mesmo.
8- O que você faz da sua vida é problema seu. Você tem todas as ferramentas e recursos de que precisa. O que você faz com eles não é da conta de ninguém. A escolha é sua.
9- As respostas para as questões da vida estão dentro de você. Você só precisa olhar, ouvir e confiar. 10) Você se esquecerá de tudo isso, e ainda assim, você se lembrará.

Fonte: Luz de uma Nova Era

REENCARNAÇÃO NO CATOLICISMO

Filmes Espíritas/Frases espiritas
Agostinho, o Santo Agostinho dos Católicos (354 - 430 D.C)
Em sua autobiografia "Confissões", 1:6, faz esta pergunta: "Não terei eu vivido em outro corpo, em alguma outra parte, antes de entrar no útero de minha mãe?"
É dele também a assertiva contida na mesma Obra: "Dizei-me, eu vo-lo suplico, ó Deus, misericordioso para comigo, que sou miserável, dizei se a minha inf
ância sucedeu a outra idade já morta, ou se tal idade foi a que levei no seio de minha mãe?
E antes desse tempo, quem era eu, minha doçura, meu Deus?
Existi, porventura, em qualquer parte? Era Eu, por acaso, alguém?"
A reencarnação sempre foi proclamada pelas culturas religiosas orientais, mesmo antes do Cristianismo.
O próprio Cristo falava abertamente da reencarnação, consoante se vê, por exemplo, em Mateus 11:14. Infelizmente, de um modo geral, sempre a verdade, principalmente a religiosa, esteve submetida a caprichos e interesses humanos, muitos destes justificados pela vaidade ou pelo jogo político de poder.
Assim, Teodora, esposa do imperador Justiniano, escravocrata desumana e muito preconceituosa, temia que pudesse reencarnar como negra e escrava, por isso pressiona o papa Virgílio, que ascendera ao pontificado pela intervenção do general Belisário, a fim de que fosse excluído o princípio da reencarnação no Catolicismo.
Era, então, meado do século VI, no ano de 553, quando o segundo Concílio de Constantinopla, atual Istambul, na Turquia, em decisão política, para agradar o Império Bizantino, resolveu abolir tal certeza, cientificamente justificada, substituindo-a pela palavra ressurreição, que ataca toda ordem natural do processo da vida neste planeta.
A Igreja de Roma rejeita todo o pensamento de Orígenes de Alexandria, um dos maiores teólogos de todos os tempos, e execra nessa assembléia dos bispos o princípio da reencarnação.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Aspectos Espirituais da reprodução assistida

Sérgio Ribeiro
CONGELAMENTO DE EMBRIÕES, FECUNDAÇÃO IN VITRO E UTILIZAÇÃO DE CÉLULAS-TRONCO. UMA ANÁLISE SOB A ÓTICA DA DOUTRINA ESPÍRITA
O homem, servindo de instrumento da Misericórdia Divina, tem auxiliado a mulher na nobre tarefa de procriar por diversas maneiras.
O que acontece, freqüentemente, é que muitas mulheres e homens ainda carregam um certo grau de desequilíbrio e desarmonia no chacra genésico, consequência de um passado de negligências, nesta ou em outras vidas, e, embora possam estar arrependidos e superados daqueles erros e desvios, isso ainda não foi traduzido num restabelecimento completo do seu aparelho reprodutor. Dessa forma, necessitam do auxílio de técnicas e procedimentos laboratoriais para que alcancem o êxito de gerar o seu próprio filho.
Considerando que os desequilíbrios energéticos no chacra genésico são freqüentemente causas de insucesso nas tentativas de engravidar, o primeiro passo seria se harmonizar, se equilibrar, buscando os recursos de meditação, do autocontrole, da oração, do trabalho junto às crianças carentes e do auxílio através do passe magnético e trata
Geralmente, o processo de reprodução, seja ele natural ou não, possui assistência do Plano Espiritual.
Assim, o termo reprodução assistida poderia ser estendido a todas as formas de reprodução, sob o aspecto espiritual.
Vemos nas citações de André Luiz, no livro Missionários da Luz, que existe no Plano Espiritual um departamento que cuida do processo reencarnatório, que ele denominou de Ministério da Reencarnação. Ele relatou, na sua obra, como a Espiritualidade Superior interferiu na reencarnação de Segismundo, preparando o casal que o iria acolher, estabelecendo sintonia vibratória do espírito reencarnante com a futura mãe, logo a seguir com o óvulo, magnetizando-o envolvendo-o pelos seus fluidos perispirituais. Por sua vez, o espermatozóide que será o eleito, entre milhões contidos numa ejaculação, para fecundar o óvulo, será aquele que mais sintonizar energeticamente com o mesmo, sintonia essa que vai determinar não o mais apto, mas o que carrega a carga genética mais apropriada para aquela futura reencarnação.
Esse fato já vem sendo demonstrado pela Ciência oficial. O jornal O Globo, em uma edição de 1991, estampou a seguinte manchete: “Óvulos falam com espermatozóides”. A matéria tratava do trabalho realizado por cientistas dos Estados Unidos e Israel, descobrindo que óvulos maduros comunicam-se com espermatozóides, enviando-lhes sinais para guiá-los até às trompas de Falópio, propiciando a fecundação.
Religião x Ciência
Existem muitas pessoas e seitas religiosas que são contrárias ao emprego desses métodos auxiliares da fecundação, alegando que os homens estão violando um processo natural. Argumentam que são técnicas frias, realizadas em laboratório, carecendo do amor e da relação sexual entre os parceiros. “Mas, só quem convive com um casal que passa por cima de vários obstáculos para ter um filho é que tem capacidade de quantificar o Amor que depositam neste ato”, afirmou o biólogo Irineu Degasperi, da Clínica de Reprodução Huntington, em Vitória.
O avanço das técnicas de reprodução assistida e da engenharia genética é visto com naturalidade pela doutrina espírita. Kardec deixou claro que o espiritismo caminharia junto com a Ciência, portanto, não há porque se opor ao seu desenvolvimento. Deus, através da evolução intelectual da humanidade, permite que surjam técnicas novas para auxiliar a natureza no seu processo criativo. O homem evolui intelectualmente, descobrindo e compreendendo como funciona a natureza, em suas várias manifestações, e, através do conhecimento das leis naturais, passa a interferir e contribuir com Deus, tornando-se co-criadores. Contudo, os cientistas devem ter a humildade de reconhecer que estão somente manuseando e favorecendo processos naturais, mas não criando vida.
A doutrina espírita ressalta que as descobertas devem servir para o bem da humanidade e as pesquisas devem ter a finalidade de enobrecer o ser humano. Infelizmente, muitas vezes o homem as utiliza de forma inadequada.
Em O Livro dos Espíritos, pergunta nº 780, encontramos que o progresso moral segue o intelectual, mas nem sempre imediatamente. À medida que progredimos com as descobertas científicas, torna-se maior a nossa responsabilidade. Assim aconteceu com a energia nuclear, que inicialmente foi utilizada para fins bélicos (bomba atômica) e atualmente serve como fonte riquíssima de energia, e com outras descobertas científicas.
As descobertas científicas não são boas ou más em si mesmas. Bom ou mal é o uso que se faz delas.
No livro Uma Janela para a Vida, Emmanuel foi inquirido sobre se os espíritos que reencarnavam através da reprodução assistida vinham precedidos de um preparo espiritual, e ele respondeu que sim, desde que a Ciência, na Terra, evitasse abusos e extravagâncias nas suas experimentações.
Certa vez, perguntaram a Chico Xavier se o ser humano seria desenvolvido no laboratório. Ele respondeu:
“Olha gente, a Ciência vai desenvolver o ser humano no laboratório. Eles (os cientistas) vão fabricar um enorme ‘útero’ no laboratório e aí dentro vão gerar o ser.
Levarão talvez de duzentos a quatrocentos anos até conseguirem realizar. Mas vão realizar. Aí, libertarão a mulher do parto.
E tem outra coisa. Nesse útero, os espíritos vão reencarnar, tudo direitinho, sem problema. Esse fato não vai alterar coisa alguma, a Ciência vai conseguir isso.
Ora, o avanço da Ciência é obra da Espiritualidade através dos missionários”. Esse fato foi narrado por Ranieri no livro: Chico Xavier – o Santo de Nossos Dias (2ª edição – 1973).
Não importa de que modo a criança tenha vindo ao mundo, se por meio naturais ou não; o que importa é se vai ser bem recebida e criada com amor e dedicação.

O congelamento de embriões
Durante o procedimento da fertilização in vitro (FIV), geralmente são fecundados diversos óvulos, com a formação de um número excessivo de embriões. Como a lei brasileira só permite que sejam implantados no útero materno, no máximo quatro embriões por vez, os embriões excedentes são congelados a uma temperatura de –196ºC. Poderão ser utilizados posteriormente na própria mãe doadora do óvulo ou serem implantados em outra mãe receptora.
O que fazer com esses embriões? Essa pergunta vem intrigando cientistas, médicos, religiosos e juristas do mundo todo. A polêmica se acendeu na Inglaterra, onde existe uma lei em vigor desde 1991, que estabelece um prazo máximo de cinco anos para a conservação desses embriões. Os primeiros lotes já foram dissolvidos em água e álcool.
No centro da polêmica, está a complicada questão sobre o momento em que começa a vida. Embriões humanos podem ser destruídos impunemente, como um objeto qualquer, um subproduto de laboratório ou estaríamos diante de um aborto?
Nós sabemos, através da pergunta 344 de O Livro dos Espíritos e do capítulo XI, de A Gênese, que a união da alma ao corpo começa no momento da concepção, quando o espírito se sente atraído por uma força irresistível e se liga ao corpo por um laço fluídico, que nada mais é que uma expansão do seu perispírito.
Sabemos também que essa união é definitiva, no sentido de que um outro espírito não poderá substituir aquele que está designado para este corpo.
Por outro lado, vamos encontrar na pergunta 356 que podem existir natimortos que jamais tiveram espíritos designados para os seus corpos, podendo inclusive chegar a termo, porém não sobrevivem.
É descrito que embriões congelados podem permanecer viáveis por vários anos, com relato do caso de uma mulher que gerou um filho a partir de um embrião congelado por cinco anos. Como a união do espírito ao corpo se faz no momento da concepção, deduzimos que o espírito permaneceu ligado a esse corpo (embrião), durante todo esse tempo.
O espírito que está ligado ao embrião pode também recuar diante da prova, e romper os laços que o prende; nesse caso, o embrião não sobrevive.
Na pergunta 351 de O Livro dos Espíritos vamos encontrar que o espírito, durante o desenvolvimento do feto, goza parcialmente de suas faculdades no plano espiritual. Ele se encontra num estado de perturbação que vai crescendo até o nascimento, à medida que o laço fluídico vai se apertando.
Conforme a doutrina espírita, o espírito que vai animar aquele corpo tem existência fora dele, ou seja, ele ainda não está encarnado, mas apenas ligado ao novo corpo. Então, concluímos que, como o espírito reencarnante está apenas ligado por um cordão fluídico ao embrião, ele usufrui de certo grau de liberdade, de acordo com o seu estado evolutivo, como confirma Emmanuel no livro O Consolador. Isso permite que, mesmo se encontrando com certo grau de perturbação, ele possa desenvolver algumas atividades no plano espiritual.
Outra possibilidade, aventada por Raul Teixeira num artigo publicado na Revista Espírita Allan Kardec, seria que “entidades espirituais devedoras da sociedade se oferecem para vir atender ao progresso da Ciência. Dessa forma, são ligadas a esses embriões para que vivam hermeticamente vinculadas a eles, num processo de mutismo, enquanto o embrião estiver congelado. Nesse trabalho de servir à Ciência, possam conseguir o progresso, ao invés de renascerem na Terra e sofrerem situações de enfermidades variadas durante largos anos”.
De qualquer forma, analisando à luz da doutrina espírita, não podemos aceitar, sob qualquer pretexto, a eliminação pura e simples desses embriões, assim como somos contra o aborto ou qualquer outro ato contrário à vida.
Ciência
Talvez, os cientistas consigam congelar óvulos maduros e espermatozóides, minimizando os problemas éticos e espirituais relativos ao congelamento de embriões.
Outra linha de pesquisa que já se comenta é a possibilidade de detectar se já existe um espírito ligado ao embrião, através das emanações do seu perispírito, mas ainda não existe nada desenvolvido.

Retirado da Revista Espírita Internacional

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Mortes Prematuras

Instituto Chico Xavier
Estudo: O Evangelho Segundo o Espiritismo IV-ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires

21 – Quando a morte vem ceifar em vossas famílias, levando sem consideração os jovens em lugar dos velhos, dizeis freqüentemente: “Deus não é justo, pois sacrifica o que está forte e com o futuro pela frente, para conservar os que já viveram longos anos, carregados de decepções: leva os que são úteis e deixa os que não servem para nada mais; fere um coração de mãe, privando-o da inocente criatura que era toda a sua alegria”.

Criaturas humanas, são nisto que tendes necessidades de vos elevar, para compreender que o bem está muitas vezes onde pensais ver a cega fatalidade. Por que medir a justiça divina pela medida da vossa? Podeis pensar que o Senhor dos Mundos queira, por um simples capricho, infligir-vos penas cruéis? Nada se faz sem uma finalidade inteligente, e tudo o que acontece tem a sua razão de ser. Se perscrutásseis melhor todas as dores que vos atingem, sempre encontraria nela a razão divina, razão regeneradora, e vossos miseráveis interesses representariam umas considerações secundárias, que relegaríeis ao último plano.

Acreditai no que vos digo: a morte é preferível, mesmo numa encarnação de vinte anos, a esses desregramentos vergonhosos que desolam as famílias respeitáveis, ferem um coração de mãe, e fazem branquear antes do tempo os cabelos dos pais. A morte prematura é quase sempre um grande benefício, que Deus concede ao que se vai, sendo assim preservado das misérias da vida, ou das seduções que poderiam arrastá-lo à perdição. Aquele que morre na flor da idade não é uma vítima da fatalidade, pois Deus julga que não lhe será útil permanecer maior tempo na Terra.

É uma terrível desgraça, dizeis, que uma vida tão cheia de esperanças seja cortada tão cedo! Mas de que esperanças querem falar? Das esperanças da Terra onde aquele que se foi poderia brilhar, fazer sua carreira e sua fortuna? Sempre essa visão estreita, que não consegue elevar-se acima da matéria! Sabeis qual teria sido a sorte dessa vida tão cheia de esperanças, segundo entendeis? Quem vos diz que ela não poderia estar carregada de amarguras? Considerais como nada as esperanças da vida futura, preferindo as da vida efêmera que arrastais pela Terra? Pensais, então, que mais vale um lugar entre os homens que entre os Espíritos bem-aventurados?

Regozijai-vos em vez de chorar, quando apraz a Deus retirar um de seus filhos deste vale de misérias. Não é egoísmo desejar que ele fique, para sofrer convosco? Ah! essa dor se concebe entre os que não tem fé, e que vêem na morte a separação eterna. Mas vós, espíritas, sabeis que a alma vive melhor quando livre de seu invólucro corporal. Mães, vós sabeis que vossos filhos bem-aventurados estão perto de vós; sim, eles estão bem perto: seus corpos fluídicos vos envolvem, seus pensamentos vos protegem, vossa lembrança os inebria de contentamento; mas também as vossas dores sem razão os afligem, porque revela uma falta de fé e constituem uma revolta contra a vontade de Deus.

Vós que compreendeis a vida espiritual, escutai as pulsações de vosso coração, chamando esses entes queridos. E se pedirdes a Deus para os abençoar, sentireis em vós mesmas a consolação poderosa que faz secarem as lágrimas, e essas aspirações sedutoras, que vos mostram o futuro prometido pelo soberano Senhor.
Sansão
Antigo membro da sociedade Espírita de Paris,1863

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

QUAL A DIFERENÇA ENTRE ESPIRITISMO, UMBANDA E CANDOMBLE?

Sérgio Ribeiro
A palavra Espírita designa os seguidores da Doutrina Espírita, popularmente conhecida como Kardecismo, pegando carona no nome de seu fundador, Allan Kardec.
Embora no Brasil seja praticamente impossível resguardar a palavra Espírita para definir somente os seguidores de Allan Kardec, uma vez que a falta de informação é grande e cresce a cada dia, novas ramificações místicas e esotéricas que misturam em sua formação informações de inúmeras religiões como: Espiritismo, Umbanda, Candomblé, Judaísmo, Hinduismo, Budismo e tantas outras pela qual nutra alguma simpatia.
O brasileiro definitivamente é um povo religioso e está constantemente em busca de respostas. A espiritualidade está na pele, no olhar, nas palavras, em pequenos gestos. É raro conversar com um brasileiro que não demonstre preceitos cristãos em conversas. De um simples “vá com Deus”, aos bons conselhos. São sensitivos. São crentes na força soberana de Deus. Apesar de o Brasil ser um país ainda muito jovem, nós já temos a nossa cultura religiosa que é Espiritualista. Há uma diversidade de pensamento religioso, mas sabemos que somos filhos de Deus. Umbandistas, Candomblecistas, Espíritas, Católicos, Evangélicos e tantos outros. E todos nós, admitindo ou não, somos banhados por esse sentimento religioso espiritualista. Místico.
Não podemos confundir Umbanda e Candomblé com Espiritismo. E muito menos permitir que estas três religiões sofram interferências de outras ramificações místicas, esotéricas ou religiões orientais. Cada uma dessas religiões tem seu valor. Sua história deve ser respeitada e a convivência entre seus adeptos deve ser cunhada em harmonia e compreensão.
O Espiritismo encontrou terreno fértil no Brasil logo no início do século e ganhou força com o passar dos anos. Diferente do Espiritismo difundindo-nos demais países. Aqui é praticado o Espiritismo científico, filosófico e religioso. Como o Espiritismo, a Umbanda e o Candomblé também encontraram no coração do brasileiro terreno receptivo para firmar suas raízes.
Infelizmente ainda é difícil explicar aos leigos que nem todos que acreditam na continuidade da vida após a morte e comunicação com os espíritos dos homens já desencarnados são espíritas.
Sempre assistiremos enganos como esses, e muitos deles depreciativos. Talvez as duas grandes e únicas semelhanças entre estas três Doutrinas Religiosas seja a continuidade da vida após a morte e a comunicação com os desencarnados. Fato que acontece freqüentemente com membros de outras religiões como católicos, evangélicos, budistas dentre outros. A pessoa não precisa ser espírita para ser testemunhada de um fenômeno mediúnico. A interpretação difere de religião para religião. O espírita, umbandista e candomblecista verá um espírito, o católico verá um santo, o evangélico verá um anjo...
Mas apresso-me em firmar. Espírita não lê mão, não joga cartas, não traz trabalhos e oferendas e, muito menos, mercantiliza o Dom mediúnico. Então, quando encontrar os anúncios no jornal ou placas nos centros denominados “espíritas”, deverá entender que aquele local não é Espírita. È preciso conhecer para crer. Se sente afinidade com a umbanda ou com o Candomblé? Então estude, conheça e divulgue na íntegra o que estas duas religiões representam. Se sente simpatia pelo Espiritismo, será sempre bem vindo a um centro espírita onde encontrará amigos preparados para lhe receber e ensinar a Obra da Codificação da Doutrina Espírita.
Carinhosamente chamados de Kardecistas, os espíritas acabam se diferenciando dos umbandistas e candomblecistas. Às vezes munido até de um leve preconceito onde muitos afirmam sou “Espírita Kardecista”. Embora a expressão “Espírita Kardecista” ou “Kardecista não seja usual, ou até mesmo admitida entre alguns confrades, é assim que temos sido conhecidos e mesmo Divulgados deixando a denominação Espírita a qualquer seita ou filosofia espiritualista”.
No Brasil ainda carregamos resquícios da denominação da Igreja Católica e, muitos de nós, sentem-se constrangidos em declarar abertamente sua religião. Têm medo da interpretação do interlocutor. Ao se declarar espírita, corre o risco de ser confundido como sendo membro da umbanda ou candomblé, que são vistos como religiões de macumbeiro. Puro preconceito.
O mais importante é sermos homens de bem. Pois se a Espiritualidade escolheu o Nosso País para fazer brotar três Grandes Religiões. Procuraremos nos amar e respeitar uns aos outros, apesar da forma diferente de pensar e expressar a essência espiritual que o comando do Mas Alto nos confiou a traduzir.
Fonte: Revista Espírita Além da Vida Nº. 24

sábado, 24 de novembro de 2012

ESTUDANDO O LIVRO DOS MÉDIUNS





Cap. 6 – MANIFESTAÇÕES VISUAIS

100. De todas as manifestações espíritas, as mais interessantes são sem dúvidas aquelas pelas quais os Espíritos podem se tornar mais visíveis. Pela explicação desse fenômeno veremos que ele, como os outros, nada tem de sobrenatural. Damos inicialmente as respostas dos Espíritos a respeito do assunto.


1. Os Espíritos podem se tornar visíveis?
Sim, sobretudo durante o sono. Entretanto, certas pessoas os vêem também no estado de vigília, mas isso é mais raro.
Nota de Kardec: Enquanto o corpo repousa o Espírito se desprende dos laços materiais, fica mais livre e pode mais facilmente ver os outros Espíritos e entrar em comunicação com eles. O sonho é uma recordação desse estado. Quando não nos lembramos de nada, dizemos que não sonhamos, mas a alma não deixou de ver e de gozar da sua liberdade. Tratamos aqui mais particularmente das aparições no estado de vigília. – Sobre o estado do Espírito durante o sono ver nº 409 de O Livro dos Espíritos.


2. Os Espíritos que se manifestam pela visão pertencem a uma determinada categoria?
— Não; podem pertencer a todas as categorias, das mais elevadas às mais inferiores.

3. É permitido a todos os Espíritos manifestarem-se visivelmente?
— Todos o podem, mas nem sempre tem a permissão nem o desejo de fazê-lo.


4. Com que fim os Espíritos se manifestam visivelmente?
— Isso depende; segundo sua natureza, o fim pode ser bom ou mau.

5. Como pode ser permitido, quando o fim é mau?
— É então para por à prova aqueles que os vêem. A intenção do Espírito pode ser má, mas o resultado pode ser bom.


6. Qual o objetivo dos Espíritos que se fazem ver com má intenção?
— Assustar e muitas vezes vingar-se.


7. Qual o objetivo dos Espíritos que aparecem com boa intenção?
— Consolar os que lamentam a sua partida; provar-lhes que continuam a existir e estão perto deles; dar conselhos e algumas vezes pedir assistência para si mesmos.

8. Que inconveniente haveria em ser permanente e geral a possibilidade de ver os Espíritos? Não seria essa uma forma de tirar a dúvida aos mais incrédulos?
— Estando o homem constantemente cercado de Espíritos, o fato de vê-los sem cessar o perturbaria, constrangendo-o nas suas atividades, e lhe tiraria a iniciativa na maioria dos casos, enquanto, julgando-se só, pode agir com mais liberdade. Quanto aos incrédulos, dispõem de muitos meios para se convencerem, caso queiram aproveitá-los e se não estiverem cegos pelo orgulho. Sabes de pessoas que viram e nem por isso acreditam, pois dizem que se trata de ilusões. Não te inquietes por essa gente, de que Deus se encarrega.
Nota de Kardec: Haveria tanto inconveniente de estarmos sempre na presença dos Espíritos, como em vermos o ar que nos cerca ou as miríades de animais, microscópicos que pulam ao nosso redor. Do que devemos concluir que o que Deus faz é bem feito e que Ele sabe melhor do que nós o que nos convém.


9. Se a visão dos Espíritos tem inconvenientes, porque é permitida em alguns casos?
— Para dar uma prova de que nem tudo morre com o corpo e de que a alma conserva a sua individualidade após a morte. Essa visão passageira é suficiente para dar a prova e atestar a presença dos amigos ao vosso lado, não tendo os inconvenientes da visão incessante.


10. Nos mundos mais adiantados que o nosso a visão dos Espíritos é mais freqüente?
— Quanto mais os homens se aproximam da natureza espiritual, mais facilmente entra em relação com os Espíritos. É a grosseria do vosso corpo que torna mais difícil e mais rara a percepção dos seres etéreos.


11. É racional assustar-se com a aparição de um Espírito?
Aquele que refletir a respeito há de compreender que um Espírito, seja qual for, é menos perigoso que um vivo. Os Espíritos, aliás, estão por toda parte e não tens a necessidade de vê-los para saber que podem estar ao teu lado. O Espírito que desejar prejudicar alguém pode fazê-lo sem ser visto, e até com mais segurança. Ele não é perigoso por ser Espírito, mas pela influência que pode exercer no pensamento do homem, desviando-o do bem e impelindo-o ao mal.
Nota de Kardec:
As pessoas que tem medo da solidão e do escuro, raramente compreendem a causa do seu pavor. Elas não saberiam dizer do que tem medo, mas certamente deviam recear-se mais de encontrar homens do que Espíritos, porque um malfeitor é mais perigoso em vida do que após a morte. Uma senhora de nosso conhecimento teve uma noite, em seu quarto, uma aparição tão bem definida que acreditou estar na presença de alguém e sua primeira sensação foi de pavor. Certificando-se de que ali não havia nenhuma pessoa, disse a si mesma: Parece que se trata apenas de um Espírito; posso dormir tranqüila.

12. Aquele que vê um Espírito poderia conversar com ele?
— Perfeitamente. E é justamente o que se deve fazer nesse caso, perguntando quem é o Espírito, o que deseja e o que se pode fazer por ele. Se o espírito for infeliz e sofredor, o testemunho de comiseração o aliviará. Se for um Espírito benévolo, pode acontecer que tenha a intenção de dar bons conselhos.


13. Como o Espírito poderia responder?
— Às vezes falando, como uma pessoa viva; a maioria das vezes por uma transmissão de pensamentos.


14. Os Espíritos que aparecem com asas realmente as têm, ou essas asas são apenas uma aparência simbólica?
— Os Espíritos não tem asas. Não precisam delas, pois podem transportar-se por toda parte como Espíritos. Aparecem dessa forma porque querem impressionar a pessoa a que se mostram. Uns aparecerão com suas roupas habituais, outros envolvidos em panos, alguns com asas, como atributo da categoria espiritual que representam.


15. As pessoas que vemos em sonho são sempre as que aparentam ser?— São quase sempre as mesmas pessoas que o teu Espírito vai encontrar ou que te vêm encontrar.

16. Os Espíritos zombadores não poderiam tomar a aparência das pessoas que nos são caras e nos iludirem?
— Tomam aparências fantasiosas para se divertirem a vossa custa, mas há coisas com as quais não lhes é permitido brincar.


17. Como o pensamento é uma espécie de evocação, compreende-se que possa atrair o Espírito. Mas por que, quase sempre, as pessoas em que mais pensamos, que ardentemente desejamos rever, jamais aparecem nos sonhos, enquanto vemos outras que não nos interessam e nas quais nunca pensamos?
— Os Espíritos nem sempre tem a possibilidade de manifestar-se visivelmente, mesmo em sonhos e apesar do desejo que tenhamos de vê-los. Causas independentes da sua vontade podem impedi-los. Quase sempre é também uma prova que o mais ardente desejo não pode afastar. Quanto às pessoas que não interessam, embora não penseis nelas, é possível que pensem em vós. Aliás, não podeis fazer uma idéia das relações no Mundo dos Espíritos, onde reencontrais uma multidão de conhecidos íntimos, antigos e novos, dos quais nem tendes a menor idéia quando acordados.
Nota de Kardec: Quando não há nenhum meio de controlar as visões ou aparições, podemos sem dúvida levá-las à conta de alucinações, mas quando elas são confirmadas pelos acontecimentos não poderíamos atribuí-las à imaginação. Essas são, por exemplo, as aparições do momento da morte, em sonho ou no estado de vigília, de pessoas em quem não pensávamos e que, por diversos sinais, revelam as circunstâncias absolutamente inesperadas do seu falecimento. Viram-se tantas vezes cavalos empinarem e empacarem diante de aparições que assustavam os cavaleiros. Se a imaginação é alguma coisa entre os homens, seguramente nada é para os animais. Aliás, se as imagens que vemos em sonho fossem sempre conseqüência das preocupações de vigília, nada explicaria o fato, tão freqüente, de jamais sonharmos com as coisas em que mais pensamos.


18. Por que certas visões são mais freqüentes nas doenças?— Elas ocorrem igualmente no estado de perfeita saúde, mas na doença os laços materiais se afrouxam e a fraqueza do corpo deixa mais livre o Espírito, que entra mais facilmente em comunicação com outros Espíritos.

19. As aparições espontâneas parecem mais freqüentes em certas regiões. Alguns povos são mais bem dotados que outros para essas manifestações?
— Fizeste um relatório geral das aparições? As aparições, os ruídos e todas as manifestações expandem-se igualmente por toda a Terra, mas apresentam características próprias segundo os povos em que se verificam. Entre estes, por exemplo, a escrita é pouco desenvolvida e não há médiuns escreventes; entre outros eles abundam; além disso há mais freqüência de manifestações ruidosas e de movimento de objetos que de comunicações inteligentes, porque estas são menos apreciadas e procuradas.


20. Por que as aparições se verificam mais à noite?
— Pela mesma razão que vês as estrelas à noite e não em pleno dia. A claridade intensa pode ofuscar uma aparição delicada. Mas é errôneo supor que a noite tenha algo de especial para isso. Interpela todos os que as viram, e constatarás que a maioria ocorre de dia.
Nota de Kardec: Os fenômenos de aparição são muito mais freqüentes e gerais do que se pensa, mas muitas pessoas não os revelam por medo do ridículo e outras os atribuem à ilusão. Se parecem mais abundantes em certos povos é porque esses conversam mais cuidadosamente as tradições verdadeiras ou falsas, quase ampliadas pelo fascínio do maravilhoso, a que se o aspecto das localidades se presta mais ou menos. A credulidade faz ver, então, efeitos sobrenaturais aos fenômenos mais vulgares; o silêncio da solidão, o escapamento dos caminhos, o rumorejar das florestas, o estrépito das tempestades, o eco das montanhas, a forma fantástica das nuvens, as sombras, as miragens, tudo enfim se presta à ilusão das imaginações simples e ingênuas, que propagam de boa fé aquilo que viram ou que acreditam ter visto. Mas ao lado da ficção há o real,que o estudo sério do Espiritismo consegue livrar dos acessórios ridículos da superstição.


21. A visão dos Espíritos ocorre no estado normal ou somente durante o êxtase?
— Pode ocorrer em condições perfeitamente normais; entretanto, as pessoas que os vêem estão quase sempre num estado especial, próximo do êxtase que lhes dá uma espécie de dupla vista. (Ver O Livro dos Espíritos, nº 447)

22. Os que vêem os Espíritos o fazem com os olhos?
— Eles pensam que sim, mas na realidade é a alma que vê. A prova é que podem vê-los de olhos fechados.



23. Como o Espírito pode tornar-se visível?
— O princípio é o mesmo de todas as manifestações e está nas propriedades do perispírito, que pode sofrer diversas modificações, à vontade do Espírito.


24. O Espírito propriamente dito pode fazer-se visível ou só o faz com a ajuda do perispírito?— Na vossa situação material o Espírito só pode manifestar-se com a ajuda do seu invólucro semimaterial. É este o intermediário pelo qual eles agem sobre os vossos sentidos. Graças a esse invólucro é que eles aparecem algumas vezes com a forma humana ou outra qualquer, seja nos sonhos ou no estado de vigília, assim a plena luz como na obscuridade.

25. Poderíamos dizer que é pela condensação do fluido do perispírito que o Espírito se torna visível?
— Condensação não é o termo. Trata-se apenas de uma comparação que pode ajudar a compreender o fenômeno, pois não há realmente uma condensação. Pela combinação dos fluidos produz-se no perispírito uma disposição especial, sem possibilidade de analogia para vós, e que o torna perceptível.


26. Os Espíritos que aparecem são sempre inacessíveis ao fato e não podemos pegá-los?
— No estado normal de Espíritos não podemos pegá-los, como pegamos os sonhos. Não obstante, podem impressionar o nosso tato e deixar sinais de sua presença. Podem mesmo, em alguns casos, tornarem-se momentaneamente tangíveis, o que prova a existência de matéria entre eles e vós.


27. Todos são aptos a ver os Espíritos?
— Durante o sono, todos. Mas não quando estão acordados. No sono, a alma vê diretamente; quando estais acordados ela sofre em maior ou menor grau a influência dos órgãos. Eis porque as condições não são as mesmas nos dois casos.


28. Como podemos ver os Espíritos em estado de vigília?
— Isso depende do organismo, da facilidade maior ou menor do fluido do vidente de se combinar como o do Espírito. Assim, não basta o espírito querer mostrar-se; é também necessário que a pessoa a quem se quer mostrar tenha a aptidão para vê-lo.


29. Essa faculdade pode desenvolver-se pelo exercício?
— Pode, como todas as outras faculdades. Mas é daquelas cujo desenvolvimento natural é melhor do que o provocado, quando corremos o risco de superexcitar a imaginação. A visão geral e permanente dos espíritos excepcional e não pertence às condições normais do homem.(1)


30. Pode-se provocar a aparição dos espíritos?
— Pode-se algumas vezes, mas muito raramente. Ela é quase sempre espontânea. Para provocá-la é necessário que se possua uma faculdade especial.


31. Os Espíritos podem fazer-se visíveis com outra aparência, além da humana?
— A forma humana é a sua forma normal. O Espírito pode variá-la na aparência, mas conservando sempre o tipo humano.


32. Não podem manifestar-se com a forma de flamas?
— Podem produzir flamas, clarões, como qualquer outro efeito para demonstrar a sua presença, mas essas coisas não são o próprio Espírito. A flama é quase sempre apenas um efeito óptico ou uma emanação do perispírito. Em todos os casos é somente uma parte do perispírito, que só aparece inteiramente nas visões.(2)


33. Que pensar da crença que os fogos fátuos são almas ou Espíritos?— Superstição, produzida pela ignorância. A causa física dos fogos fátuos é bem conhecida.

34. A chama azul que apareceu sobre a cabeça de Servius Tullius, na infância, foi real ou, apenas uma lenda?
- Era real, produzida pelo Espírito Familiar que desejava advertir a mãe. Esta, médium vidente, percebeu uma irradiação do Espírito protetor de seu filho. Os médiuns videntes variam de grau no tocante à percepção, como os médiuns escreventes variam na escrita. Enquanto essa mãe via uma chama outro médium poderá ver o próprio Espírito.(3)


35. Os Espíritos poderiam se apresentar com a forma de animais?
— Isto pode acontecer, mas são sempre Espírito inferiores os que tomam essas aparências. Mas seriam sempre, em todos os casos, aparências passageiras, pois seria absurdo acreditar que um animal pudesse ser a encarnação de um Espírito. Os animais são sempre animais e nada mais do que isso.(4)

Nota de Kardec:
Somente a superstição pode levar a crer que certos animais são encarnações de Espíritos. É necessário ter uma imaginação muito condescendente ou muito impressionável para ver algo de sobrenatural nas atitudes às vezes um pouco estranhas que eles tomam, mas o medo freqüentemente faz ver aquilo que não existe. Aliás o temor nem sempre é a fonte dessa idéia. Conhecemos uma senhora, por sinal muito inteligente, que estimava demais um gato preto, acreditando que ele possuía uma natureza super animal. Nunca, entretanto ouvira falar de Espiritismo. Se o tivesse conhecido, compreenderia o ridículo da causa de sua predileção, pois a doutrina lhe provaria a impossibilidade dessa metamorfose.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Saudade

‎"Quando as lágrimas refletem a nossa saudade tocada de esperança, os nossos amigos desencarnados nos dizem que as lágrimas fazem a eles muito bem. Porque elas são luzes no caminho daqueles que são lembrados com imenso carinho.
Mas quando as nossas lágrimas traduzem revolta de nossa parte diante dos desígnios divinos que nós não podemos, de imediato, sondar, quando essas lágrimas retratam rebeldia, essas lágrimas prejudicam os desencarnados, tanto quanto prejudicam os encarnados".

Chico Xavier

Bicorporeidade

Sabemos que durante o sono, o espírito readquire parte de sua liberdade, isto é, isola-se do corpo e é nesse estado que em muitas ocasiões, se
tem ensejo de observá-lo. O espírito de um encarnado pode como o de um desencarnado, mostrar-se com todas as aparências da realidade. De acordo com Allan Kardec, no livro Obras Póstumas, este fenômeno mediúnico, conhecido pelo nome de bicorporeidade, foi o que deu margem às histórias de homens duplos, isto é, de indivíduos cuja presença simultânea em dois lugares diferentes se chegou a comprovar.
Como ocorre a bicorporeidade?
 espírito encarnado, ao sentir que lhe vem o sono, entra em transe. Seu espírito deixa o corpo e fica num estado próximo ao da morte, a matéria fica inerte e o corpo espiritual se materializa no lugar desejado, conforme o grau de sua elevação. Entretanto, nesse processo, somente um dos corpos contém a inteligência, no caso, onde o espírito se materializou. Como sabemos, o espírito é indivisível, portanto, ele não pode aparecer ativamente em dois lugares simultâneos. O que ocorre na bicorporeidade é semelhante ao que acontece conosco no período do sono: dormimos e nosso corpo espiritual age, pensa e sente livremente em outras regiões espirituais até o momento que retorna ao corpo físico, que ficou momentaneamente inanimado. A única diferença é que no fenômeno da bicorporeidade, o corpo espiritual fica visível e tangível aqui mesmo, no plano físico. Pode-se dizer que no primeiro, o corpo físico, tem a vida orgânica e no segundo, o espiritual, tem a vida da alma.
Temos uma pergunta n’O Livro dos Médiuns, capítulo VII, item 119, que nos explica bem esse processo. Diz assim: que sucederia se estando o homem a dormir enquanto seu espírito se mostra noutra parte alguém que de súbito o despertasse? Resposta: Isso não se verificaria porque se alguém tivesse a intenção de o despertar, o espírito retornaria ao corpo prevendo a intenção porquanto o espírito lê os pensamentos.
Alguns médiuns possuidores desta mediunidade nos deixaram relatos sobre a bicorporeidade, como Antônio de Pádua e Eurípedes Barsanulfo.
O frei Antônio de Pádua ou de Lisboa, canonizado pela Igreja Católica, estava pregando na Itália quando seu pai, em Portugal, era acusado de um crime que não havia cometido. No momento da execução, Santo Antônio aparece e demonstra a inocência do acusado e revela o verdadeiro criminoso, que mais tarde fora punido. Comprovou-se que Antônio pregava na Itália na cidade de Pádua, ao mesmo tempo em que aparecia no julgamento do pai, em Lisboa, estando, assim, em dois lugares diferentes.
O médium mineiro Eurípides Barsanulfo também possuía este tipo de mediunidade e por várias vezes saía do corpo para realizar algum atendimento às pessoas que estavam necessitando de auxílio, que o chamavam mentalmente. Ele pendia a cabeça, caía em sono e permanecia assim por alguns minutos. Eurípedes, que era professor, muitas vezes entrava nesse tipo de transe, durante as aulas no Colégio Allan Kardec, em Sacramento, e os alunos, já acostumados com a bicorporeidade do professor, permaneciam em silêncio, contribuindo ainda mais para o êxito do trabalho de Eurípedes.
Os registros sobre a bicorporeidade são extensos ao longo da História: Dom Bosco (século XIX), Afonso de Liguori (século XVIII), Francisco Xavier , Maria de Jesus Agreda (século XVII) e por aí vai.
Nomes como Afonso de Liguori, são alguns exemplos de canonização pelos famosos “milagres” por terem sido pessoas duplas. Para nós, médiuns que usaram a ferramenta da bicorporeidade para proporcionar o Bem ao próximo.

Fonte:Comunicação Social Espírita

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Energia das palavras

"Se pudéssemos ver a energia das palavras agressivas no momento em que ela rompem nossos campos energéticos. 
  Se pudéssemos observar a diminuição de nossa força vital quando o golpe verbal é recebido, nunca mais iríamos gritar ou insultar outra pessoa. Palavras ásperas ou cruéis criam a mesma destruição que uma arma possui ao ser usada violentamente contra um corpo. Os sentimentos de dor e tristeza que experimentamos quando outros nos tratam assim deveriam ser suficientes para nos ensinar, mas muitos de nós não entendem essas simples verdades."
 Fonte:Mensageiros da luz

As críticas de Augusto

Augusto era um homem sensato. Sempre atento às obras doutrinárias, procurava estudar e exercer na prática os ensinos que obtinha com o evangelho de Jesus. Um bom homem, sempre que possível auxiliava nas tarefas a que era chamado no meio espírita, proferindo palestras, cursos e lançando idéias que contribuíam muito com o movimento ao qual estava vinculado.
Porém, como ocorre com todos os que se dedicam à causa nobre de nossa doutrina, espíritos obscuros sondavam-lhe as ações, aguardando como lobos na toca o momento certo de atacar esse companheiro devotado. Como não conseguiam atingi-lo diretamente, afetaram Augusto em seu ponto fraco: o da crítica.
Embora Augusto fosse um homem muito modesto e trabalhador, tinha como fraqueza o hábito de criticar irmãos de ideal; as vezes mesmo com razão, mas em outras pelo simples costume de criticar e julgar. Foi desse modo que Augusto, sem o perceber, entrou nas ondas vibratórias desses irmãos infelizes que souberam lhe encaminhar a um destino oposto a que estava encarregado antes de sua encarnação.
Augusto havia se preparado muito bem antes de adentrar na nova existência. Companheiros abnegados e amorosos o instruíram correta e incansavelmente sobre os objetivos a que estava destinado na existência que entraria. Com muito preparo, Augusto avançou para a esfera terrestre e desde pequeno já dava sinais de seu dom espiritual e de sua autoridade moral sobre os acontecimentos que lhe acometiam na vida. Mas infelizmente, não prestando atenção necessária em sua forma de agir e pensar, deixou-se levar pelo hábito ruim da crítica desnecessária e tornou-se alvo de espíritos contrários ao seu ideal.
Ao desencarnar, Augusto prestou contas à consciência.

Arrependido, pediu nova oportunidade e hoje, reencarnado, Augusto, com outro nome e endereço, carrega consigo o mesmo ideal, participando ativamente do movimento espírita onde procura com toda garra e amor divulgar e esclarecer sobre a importância da indulgência no coração e nas ações de cada dia.

Psicografia recebida em 03 de Março de 2010 no C.E. Batuíra
Médium: André Ariovaldo
Espírito: Amigo de sempre, Josué.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS NA VISÃO ESPÍRITA

É no momento do sono que nosso espírito se desprende do corpo físico, permanecendo ligado por um cordão fluídico, e
assume suas capacidades espirituais.
Como está descrito no Evangelho Segundo o Espiritismo, "o sono foi dado ao homem para a reposição das forças orgânicas e morais. Enquanto o corpo recupera as energias que perdeu pela atividade no dia anterior, o espírito vai se fortalecer entre outros espíritos".
Por isso a importância de termos uma conduta moral aplicada, com boas companhias, leituras e músicas. Nossas companhias do dia serão as da noite, ou seja, o nosso pensamento vai atrair espíritos encarnados ou desencarnados que tenham a mesma sintonia que a nossa.
É através dos sonhos que temos contato com amigos, parentes, instrutores e desafetos. Dessa forma, precisamos aproveitar o máximo para podermos ser esclarecidos sobre as dificuldades que estamos passando. É através dessa conversa que teremos com esses espíritos afins que poderemos, no dia seguinte, estarmos aptos a tomar decisões mais precisas. Mesmo não lembrando do sonho na maioria das vezes, através de uma visão, uma frase ou uma conversa, podemos lembrar de algo que nos foi elucidado durante o sonho e, assim, podermos tomar a decisão correta.
Existem sonhos proféticos, em que a pessoa tem visões de acontecimentos futuros? A experiência diz que sim. A Bíblia é um repositório de fatos dessa natureza. Destaque especial para os sonhos do faraó, interpretados por José, filho de Jacó, sobre anos de fartura e escassez que se aproximavam.
Os sonhos do faraó falavam particularmente em sete vacas gordas e sete vacas magras, algo nebuloso. É assim mesmo? Sonhos proféticos exprimem, geralmente, intervenção de mentores espirituais. Eles não falam de forma simbólica, mas a pessoa registra como simbolismo, em face da dificuldade em fazer a transposição de uma experiência extracorpórea para o cérebro físico.
Por que isso acontece? Nosso cérebro tem registro objetivo apenas para experiência que passam pelos cinco sentidos – tato, paladar, olfato, visão e audição. Essa é uma das razões pelas quais não lembramos das existências anteriores. Ao reencarnar, ficamos na dependência de cérebro “zero-quilômetro, sem registros do pretérito. Algo semelhante ao que ocorre em relação às nossas atividades no plano espiritual, durante o sono.
É sempre assim? Há exceções, envolvendo pessoas dotadas de uma mediunidade especial, chamada onirofania, que permite o registro objetivo das experiências vividas no mundo espiritual durante as horas de sono. Exemplos típicos são os sonhos de José, pai de Jesus, que, em inúmeras oportunidades, foi orientado durante o sono por Gabriel, mentor espiritual de elevada hierarquia que o acompanhava.
Pode não se cumprir um sonho profético? Sim, mesmo porque, não raro, sonhos premonitórios apenas exprimem uma fantasia relacionada com nossas preocupações. Um familiar viaja. Apreensivos, sonhamos com um acidente. A premonição pode apenas exprimir um aviso da Espiritualidade para que sejamos cuidadosos. É como se nossos mentores avisassem: “Há problemas na estrada. Seja prudente! Vá com cuidado.”
Há premonições que não são meros avisos, mas a antecipação de algo que fatalmente ocorrerá? Sim, envolvendo situações difíceis, doenças, peoblemas e até a morte. Ex.: O presidente Lincoln sonhou que acordava em plena noite e, dirigindo-se ao salão principal da Casa Branca, notou que havia um velório. Perguntou a um soldado, que lhe respondeu que era do presidente, que fora assassinado. Comparecendo a um teatro, naquele mesmo dia, Lincoln foi morto num atentado.
Há diversos estudos sobre os sonhos na parapsicologia, tentando desvendar esse enigma que nos afeta sempre que acordamos na intenção de decifrarmos algo que às vezes é um sinal, outras não passa de meras imagens sem significado. Antigamente, os sonhos eram considerados visões proféticas e reveladoras do futuro, onde homens entravam em contato com deuses e demônios. Muitas vezes, suas interpretações ligavam-se a superstições, numerologia, crendices, astrologia, entre outros.
Ainda hoje, pessoas aproveitam da ignorância dos homens sobre o assunto e ganham dinheiro fácil na interpretação dos sonhos de quem as procura com o intuito de decifrá-los. Assim, tornam-se vulneráveis nas mãos de gente insensata ou espíritos zombeteiros, levianos e obsessores.
Portanto, NÓS ESPÍRITAS NÃO INTERPRETAMOS OU BUSCAMOS A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS. Mas, r
-espeitamos aqueles que buscam e acreditam.
TIPOS DE SONHOS  
Há 3 tipos de sonhos: fisiológicos, psicológicos e espirituais.
Fisiológico:
é aquele que dramatiza algo que acontece com nosso corpo. Se está frio e nos descobrimos, sono pesado, sem despertar poderemos nos ver num campo de neve, tiritando. Pessoas com incontinência urinária sonham que estão satisfazendo essa necessidade fisiológica, enquanto molham a cama.
Psicológico:
é aquele que exprime nossos estados íntimos. Nos velhos tempos, em que não havia os recursos da informática, eu (Richard Simonetti) passava dias e dias procurando diferenças nas fichas gráficas de contas correntes, no Banco do Brasil, onde trabalhava. Á noite, sempre me via, durante o sono, na agência, repetindo intermináveis verificações. Era a dramatização de meu envolvimento com aquele problema.
Espiritual:
é a lembrança de uma atividade desenvolvida pelo Espírito no mundo espiritual durante o sono. Kardec denomina essa situação como “emancipação da alma”.
Como podemos distinguir o sonho? Os sonhos de caráter fisiológico ou psicológico são fugidos, mal delineados. Os sonhos espirituais são mais nítidos, mais claros. Guardamos melhor. E um detalhe: geralmente são coloridos, o que não costuma ocorrer com as demais formas, que se apresentam em preto e branco.
E os sonhos repetitivos? Sonhos repetitivos chamam-se “recorrentes”. Geralmente envolvem uma experiência dramática, em passado próximo, na vida atual ou remoto, em vidas anteriores. Esses registros, sepultados no inconscientes, podem aflorar na forma de sonhos, principalmente quando passamos por alguma tensão ou preocupação exacerbada.
Às vezes, nada lembramos dessa vivência espiritual, porque, durante ela, o cérebro físico não foi utilizado e depois, no retorno ao corpo, a matéria deste, pesada e grosseira, também não permitiu o registro das impressões trazidas pelo espírito.
Outras vezes lembramos apenas a impressão do que nosso espírito experimentou à saída ou no retorno ao corpo. Se essas lembranças se misturarem aos problemas fisiopsíquicos, tornam-se confusas, incoerentes.
Quando necessário, os bons espíritos atuam de modo especial sobre nós para que, ao acordar, lembremos algo de maior importância tratado ao mundo espiritual. Mesmo que não lembremos tudo perfeitamente, do que nos sugere idéias, ações.
Os espíritos maus também podem fazer o mesmo se, pelo nosso modo de viver, tivermos concedido a eles essa ascendência sobre nós.
http://grupoallankardec.blogspot.com.br

O que é Perispírito?

Perispírito é o nome dado por Allan Kardec ao elo de ligação entre o Espírito e o corpo físico. Quando o Espírito está desencarnado, é o perispírito que lhe serve como meio de manifestação. É o que o Apóstolo Paulo chamava de corpo espiritual (I Coríntios, XV,44).
Do que é feito?
Havendo no universo três elementos básicos: Deus, Espírito e Matéria, a Doutrina Espírita denomina de Fluido Universal a matéria elementar que serve para a criação de todas as outras. Tanto a matéria que conhecemos na Terra (pedra, ar, água, nossos corpos e tudo o que existe), quanto a matéria do Plano Espiritual (que forma as cidades, colônias, o perispírito, o fluido que emitimos pelo passe) são feitos de Fluido Universal. Essa única matéria básica transforma-se em todas as outras conforme atua nela o pensamento divino ou dos próprios Espíritos.
Um exemplo para compreendermos essas transformações é o fato de um único elemento químico, o Carbono, transformar-se em diamante ou carvão, que são duas coisas completamente diferentes, apenas alterando-se as ligações moleculares entre os átomos de carbono.
Assim, o perispírito é feito de uma das transformações do Fluido Universal que existe em torno do planeta onde o Espírito deve encarnar.
Para que serve?
Quando o Espírito está encarnado, o perispírito serve como elo de ligação entre o Espírito e o corpo. Desencarnado, o perispírito faz o papel de corpo com o qual o Espírito se manifesta.
Em qualquer caso, é através do perispírito que o Espírito, ser imaterial, recebe as sensações do ambiente ou nele atua.
Perispírito é o nome dado por Allan Kardec ao elo de ligação entre o Espírito e o corpo físico. Quando o Espírito está desencarnado, é o perispírito que lhe serve como meio de manifestação. É o que o Apóstolo Paulo chamava de corpo espiritual (I Coríntios, XV,44).
Do que é feito?
Havendo no universo três elementos básicos: Deus, Espírito e Matéria, a Doutrina Espírita denomina de Fluido Universal a matéria elementar que serve para a criação de todas as outras. Tanto a matéria que conhecemos na Terra (pedra, ar, água, nossos corpos e tudo o que existe), quanto a matéria do Plano Espiritual (que forma as cidades, colônias, o perispírito, o fluido que emitimos pelo passe) são feitos de Fluido Universal. Essa única matéria básica transforma-se em todas as outras conforme atua nela o pensamento divino ou dos próprios Espíritos.
Um exemplo para compreendermos essas transformações é o fato de um único elemento químico, o Carbono, transformar-se em diamante ou carvão, que são duas coisas completamente diferentes, apenas alterando-se as ligações moleculares entre os átomos de carbono.
Assim, o perispírito é feito de uma das transformações do Fluido Universal que existe em torno do planeta onde o Espírito deve encarnar.
Para que serve?
Quando o Espírito está encarnado, o perispírito serve como elo de ligação entre o Espírito e o corpo. Desencarnado, o perispírito faz o papel de corpo com o qual o Espírito se manifesta.
Em qualquer caso, é através do perispírito que o Espírito, ser imaterial, recebe as sensações do ambiente ou nele atua.

Fonte:http://www.forumespirita.net

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O Empréstimo

Rosalino Perneta alcançara os círculos da morte, em falência integral. Extrema bancarrota. Perdera todas as ricas possibilidades que o Senhor lhe colocara nas mãos. Estava sozinho, sob o látego do remorso e do sofrimento.
Por anos longos viveu assim o desventurado, chorando os dias perdidos e implorando a concessão de oportunidades novas.
Os lustros sucediam-se uns aos outros, quando Sizínio, velho amigo espiritual, veio ao encontro dele, fazendo-se-lhe visível.
Rosalino caiu-lhe aos pés, em soluços.
- Meu abençoado amigo – clamou em lágrimas -, por que tamanha desdita? Vivo num inferno de sombras e padecimentos incríveis. Onde está Deus que se não compadece de minha miserabilidade?
Sizínio contemplou-o, paternalmente, e observou:
- Não, Perneta. Não te lastimes de semelhante modo. Antes de tudo, recorda os próprios erros e lava o coração nas águas do arrependimento. Não atendeste aos deveres humanos, não cultivaste o campo da espiritualidade enobrecida, mergulhaste a alma em verdadeiro banho de lodo. Que fazer, agora, senão suportar a reparação com paciência? Tem confiança e solidifica os bons propósitos.
O infeliz tentou enxugar o pranto copioso e, depois de outras considerações, alusivas ao passado, interrompidas pelas advertências e frases consoladoras do amigo espiritual, Rosalino terminou:
- Ah! Se eu pudesse voltar!... se eu pudesse renascer!...
E, fixando no benfeitor o olhar dorido, acentuava:
- Sizínio, meu grande irmão, não poderias obter-me a oportunidade nova? Auxilia-me, por piedade...
Intensamente comovido, o interlocutor prometeu ajudá-lo no que estivesse ao seu alcance.
E, com efeito, em breve Sizínio regressou à sombria furna, trazendo esperanças novas.
Rosalino recebeu-o, radiante.
- Perneta – disse o amigo generoso -, sabes que o aval é ato grave para quem lhe assume a responsabilidade.
- Sei, sim – respondeu o misero.
E o benfeitor prosseguiu:
- Não ignoras também que, por enquanto, não tens direito a reclamação alguma.
- Reconheço.
- Desconsideraste as oportunidades divinas, menosprezaste a família, o trabalho, o corpo físico...
- Tudo é verdade – gemeu o infeliz.
- Pois bem – continuou a entidade amiga -, não encontrei nenhuma expressão valiosa em tua existência última, na qual me pudesse basear, a fim de pedir alguma coisa em teu nome. Em razão disso, não somente reforcei tuas súplicas, como também solicitei um empréstimo para a tua experiência nova. Há na terra grande movimento de restauração do Evangelho, renovando esperança e redimindo corações. Terás nele humilde e valiosa posição de trabalhador e ensinarás, no plano dos encarnados o caminho justo aos necessitados da esfera visível e invisível. Entretanto, meu caro, o serviço não será fácil, porque não se resumirá a questão de palavras. Serás constrangido a viver o ensinamento em ti mesmo, não atenderas aos caprichos próprios, não procuraras o contentamento da ilusão, mas sim, atenderas a tudo o que representa interesse de Jesus, no circulo das criaturas. Deves muito aos homens e encontraras no empréstimo a que me refiro os recursos indispensáveis ao pagamento.
Rosalino ouvia feliz.
- Recomendo, com insistência – acentuou Sizínio, criterioso -, não esqueças a tua condição de devedor. O lar, o carinho dos teus, a benção materna, a saúde física, o ambiente de trabalho, o pão cotidiano, o campo de testemunho cristão e todas as demais possibilidades constituirão o precioso deposito do Senhor em caráter experimental às tuas mãos, porque não dispões ainda do justo merecimento. Recorda que vais movimentar um patrimônio que te não pertence por direito e que receberás, por bondade de Jesus, semelhante concessão a titulo precário. Vê como te comportas!...
Prometeu Rosalino fiel observância ao compromisso.
Fez cálculos, expôs o que pensava do futuro e até marcou o tempo de materializar no mundo as promessas que formulava entusiasta, com o grande otimismo do devedor, à fonte de recursos novos.
Sizínio mobilizou as medidas necessárias e o amigo teve a felicidade de renascer junto de pais cristãos que, desde o berço, lhe forneceram sublimes notícias do Cristo.
Perneta, no entanto, nas primeiras recapitulações, demonstrou a maior teimosia e a antiga má-vontade.
Não valiam lições de Jesus no Evangelho, conselhos paternais e sugestões superiores e indiretas de Sizínio que o acompanhava, solicito, do plano espiritual. Apesar de advertido, assistido e guiado, Perneta não queria saber de problemas fundamentais do destino.
Apossara-se novamente da vida terrestre, como o fauno sequioso de prazer na floresta das emoções planetárias.
Convidado ao serviço de espiritualização, não respondeu à chamada, alegando que os pais cometiam a loucura de se devotarem ao bem dos outros. Dizia-se incompreendido, inadaptado e, se alguém o compelia a raciocínios mais lógicos, reportava-se à escassez de tempo e à falta de oportunidade.
Voltou vagarosamente aos mesmos erros criminosos de outra época. Casou-se, foi esposo e pai, mas nunca se rendeu, de fato, às obrigações do lar, junto da esposa e dos filhos.
Borboleteava à procura de sensações que lhe saciassem a vaidade.
Quando alguma voz amiga se referia à espiritualidade, esquivava-se ao assunto, apressado. Não pretendia cogitar de assuntos referentes à religião, à morte, ao “outro mundo” – dizia, enfático e orgulhoso.
Sizínio, vigilante, desvelara-se no sentido de chamá-lo aos compromissos assumidos; no entanto, tão grandes faltas perpetrara Rosalino, que, ao atingir ele os quarenta e cinco anos, outros amigos espirituais da família que o recebera, generosamente, começaram a reclamar providencias ativas. Em vão se movimentou o avalista, no propósito de acordá-lo para as realidades essenciais. Perneta, porém, não respondia satisfatoriamente. Declarava-se muito bem, desenvolvendo embora a longa serie de disparates.
A experiência, todavia, chegava ao fim.
Em virtude da rebeldia e da ingratidão de Rosalino, os superiores espirituais intimaram Sizínio a retirar o empréstimo concedido. Não obstante a amargura, o velho amigo foi obrigado a obedecer.
O avalista iniciou o trabalho, alimentando, ainda, a esperança de que o companheiro despertasse.
Operou devagarinho, ansioso de observar-lhe alguma reação benéfica, mas o desventurado não sabia revoltar-se e ferir.
Primeiramente, a esposa de Perneta foi chamada à vida espiritual; em seguida, os filhinhos separaram-se de sua companhia. A casa em que se lhe situara o ninho domestico foi a leilão para pagamento de vultosas dívidas. Perdeu, mais tarde, o emprego e a consideração dos amigos. Os bens emprestados foram sendo recolhidos por Sizínio lentamente.
Rosalino, porém, não mostrava qualquer sinal de renovação.
Foi irredutível na maldade, na ingratidão, na blasfêmia.
Por fim, o avalista retirou-lhe a ultima concessão, que era a saúde física.
No leito humilde de hospital, reconsiderou Perneta a situação, refletiu com mais clareza nas bênçãos de Deus e meditou na eternidade, desejando voltar no tempo, mas ... era tarde.
Não valeram rogativas e prantos.
Em manhã muito fria, absolutamente isolado de todos, apartou-se do corpo de carne, premido pelas exigências da morte.
Recomeçou para ele, então, o angustioso caminho.
Recordou o empréstimo, a dedicação do benfeitor, os compromissos anteriores, a bondade que o cercara em todos os instante, no transcurso de sua experiência na terra. Implorou a presença da esposa, nas densas trevas de que se rodeava, mas o silencio inalterável era a única resposta às suas suplicas. Não obstante envergonhado, rogou a visita de Sizínio, mas o benfeitor, agora, parecia inacessível.
Desdobraram-se muitos anos, quando, um dia, o amigo dedicado se fez visível, novamente.
- Sizínio! Sizínio! – gritou Perneta, em lagrimas dolorosas – ajuda-me! Compadece-te de mim! Estende-me as tuas mãos, nobre amigo! Perdoa-me e atende-me!
E, antes que o velho companheiro respondesse, desfiou o rosário das justificativas, das reclamações, dos remorsos e desculpas.
Quando terminou, em soluços, o protetor fixou nele o olhar muito lúcido e asseverou:
- Por enquanto, Rosalino, ainda não paguei todas as conseqüências do empréstimo que te foi concedido e do qual fui espontaneamente avalista. Tuas lágrimas, agora, não me sensibilizam tão fortemente o coração. Ofereci-te o suor que salva, mas preferiste o pranto que lamenta. Pede, pois, ao Senhor que te renove a esperança, porque, para voltar ao empréstimo contraído, é muito tarde!...
 Irmão X - Do livro: Pontos e Contos- Francisco Cândido Xavier.

Leia mais: http://www.cacef.info/news/o-emprestimo/?

domingo, 18 de novembro de 2012

Sopre as Cinzas

Quem feriu você, já feriu e já passou. Lá na frente encontrará o inevitável retorno e pelas mãos de outrem, se merecer,
 será ferido também. A Vida se encarregará de dar-lhe o troco e você, talvez, jamais fique sabendo.
Mágoa? Rancor? Ressentimento? Ódio?
Você consegue perceber que esses sentimentos foram escolhidos por você? Somos nós que escolhemos o que sentir diante de agressões e de ofensas.
Quem nos faz o mal é responsável pelo que faz, mas NÓS somos responsáveis pelo que sentimos.
Essa responsabilidade tem a ver com o Amor que devemos e temos que sentir por nós mesmos.
O ofensor fez o que fez e o momento passou, mas o que ficou aí dentro de você?
Mágoa
- Você sabia que de todas as drogas ela é a mais cancerígena?
Pela sua própria saúde, jogue-a fora.
Rancor
- Ele é como um alimento preparado com veneno irreconhecível: dia mais, dia menos, você poderá contrair doenças de cujas origens nem suspeitará.
Ressentimento
- Pois imagine-se vivendo dentro de um ambiente constantemente poluído, enfumaçado, repleto de bactérias e de incontáveis tipos de vírus: é isso que seu coração e seus pulmões estão tentando agüentar. Até quando você acha que eles vão resistir?
Ódio
- Seus efeitos são paralisantes. Seu sistema imunológico entrará em conflito com esse veneno que com o tempo poderá colocar você face a face com a morte e talvez muito tarde você venha a perceber que melhor seria ter deixado que seu agressor colhesse os frutos do próprio plantio.
Por seu próprio Bem e pelo seu Bem, perdoe.
O perdão o libertará e o fará livre para ser feliz. Esqueça o mal que lhe foi feito. Deixe o seu ofensor de lado, e não penses nele com ímpetos de vinganças. Siga a sugestão. Se desejas ser feliz por um dia: vinga-te. Se desejas ser feliz por toda a vida: PERDOE
Mude seu destino... Não permita que suas emoções negativas dominem os seus sentimentos. Seja o comandante da sua nau!
Escolha o melhor caminho para sua "viagem"
E se outras vezes o ferirem, perdoe... Perdoe sempre.
Perdoe... Como Cristo perdoou os que o crucificaram.
Que DEUS, em sua infinita bondade, cubra você e sua família de muita Paz, Saúde e Prosperidade...

Que Tenhas muita paz de espírito.

Mensageiros da Luz

Críticas

Se você está na hora de criticar alguém, pense um pouco, antes de iniciar.
Se o parente está em erro, lembre-se de que você vive junto dele para ajudar
.Se o irmão revela procedimento lamentável, recorde que há moléstias ocultas que podem atingir você mesmo.
Se um companheiro faliu, é chegado o momento de substituí-lo em trabalho, até que volte.
Se o amigo está desorientado, medite nas tramas da obsessão.
Se o homem da atividade pública parece fora do eixo, o desequilíbrio é problema dele.
Se há desastres morais nos vizinhos, isso é motivo para auxílio fraterno, porquanto esses mesmos desastres provavelmente chegarão até nós.
Se o próximo caiu em falta, não é preciso que alguém lhe agrave as dores de consciência.
Se uma pessoa entrou em desespero, no colapso das próprias energias, o azedume não adianta.
Ainda que você esteja diante daqueles que se mostram plenamente mergulhados na loucura ou na delinquência, fale no bem e fuja da crítica destrutiva, porque a sua reprovação não fará o serviço dos médicos e dos juízes indicados para socorrê-los, e, mesmo que a sua opinião seja austera e condenatória, nisso ou naquilo, você não pode olvidar que a opinião de Deus, Pai de nós todos, pode ser diferente.

André Luiz-Chico Xavier

sábado, 17 de novembro de 2012

Brinde para Jesus

Na existência terrestre, surgem momentos tão aflitivos em certas circunstâncias, que mais vale dissolver as nossas reações na luz do entendimento, ante o silêncio do coração que expô-las verbalmente, traduzindo-as nos lábios, sob a força do raciocínio.
Bastas vezes, semelhantes ocasiões decorrem de provações particulares,na vida íntima, como sejam:
a atitude impensada de pais queridos, antes os quais não nos será lícito demonstrar o mínimo desconsolo;
a ofensa de filhos bem-amados, a quem desejamos ofertar unicamente proteção e ternura;
a hora de lágrimas de incompreensão de que partilhamos, freqüentemente, perante a companheira ou o companheiro com os quais tenhamos edificado a bênção do lar;
o prejuízo que procede do associado de trabalho ou de ideal, a cuja amizade empenhamos o coração;
o desapontamento que um amigo nos cause;
o menosprezo oriundo da indiferença de companheiros que relacionavamos por tesouros de felicidade no escrínio da vida;
a deserção dos seres queridos;
a extremada luta pela conquista da compreensão naqueles com que respiramos o mesmo clima espiritual;
a dor que os entes amados nos impõem, quando se fazem motivos de tumulto e tribulação no campo de nossa própria casa...
Nessas horas de crise, em que tudo pareça conspirar contra nós e em que a nossa própria palavra, se for expressa, nada mais conseguirá que complicação e mais luta para a vida dos outros, lembremo-nos de que todos somos criaturas do Criador e ofereçamos um brinde para Jesus, de que todos somos tutelados na Terra: ? o brinde de paciência para com todos aqueles que nos criem provações e problemas, e, reconhecendo que os objetivos da evolução se nos resumem na formação da felicidade de todos, em louvor de todos, acendamos pelo menos pequenina chama de amor no próprio coração...E com semelhante luz, trabalhando e servindo, sem precipitação e sem desânimo, aguardaremos, em paz, a intervenção infalível das Leis de Deus.
Emmanuel & Francisco C. Xavier
Obra: Encontro de Paz
Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

O bico de gás

Naquela noite Vitalino discutira muito. Acaloradamente.
Opondo-se aos argumentos de dois amigos, combatia a fé. Acreditava somente no que visse. Estudara profundamente a anatomia e precisava apalpar para crer. Necessitava sentir, ouvir, cheirar, analisar...
Por isso mesmo, estava contrariado ao recolher-se.
A esposa demorou-se ainda um tanto em luta pela ordem no apartamento estreito.
Acomodava os filhinhos, atendia aos afazeres da casa.
Mas, mesmo depois que Da. Constância passou a ressonar, Vitalino prosseguia em solilóquio mental.
Não mudaria. Era homem prático. Só renderia à evidência dos fatos. Queria fatos. Mais fatos. Mais fatos para compreender os fatos.
Algo cansado, acabou dormindo.
Dormiu e sonhou que se achava diante de Rosalino, seu velho irmão desencarnado havia muitos anos...
Rosalino dizia convincente:
- Meu caro, ouvimos-lhe as considerações silenciosas.
Realmente, as provas de sobrevivência, muitas vezes, são difíceis. Mas, essa circunstância, só por só, não lhe autoriza negá-la.
Veja bem.
Existe a fé automática, inconsciente, sem comprovação. É a aceitação dos acontecimentos naturais, sem a ajuda dos sentidos.
Em quanta coisa você confia inteiramente sem proceder a qualquer exame!
Você não examina a competência do motorista,mas viaja no veículo despreocupadamente...
Você não testa a resistência do leito, cada noite, mas deita e dorme tranquilo...
Você não vê os ingredientes que lhe compõem a refeição, mas como sem medo...
Você não experimente a segurança da casa bancária, mas confia-lhe os bens sem titubear...
Por outro lado, inúmeras ocorrências perspassam-lhe na vida sem merecer de sua parte estudo mais acurado.
Você não apalpa o ar, mas respira o oxigênio sem susto...
Você não vê o vírus, mas sofre a gripe...
Você não escuta muitas das ondas sonoras que se entrecruzam à sua volta, mas ouve satisfeito os programas radiofônicos...
Você não mediu o Universo, metro a metro, mas reconhece o infinito da Criação...
Você não morreu ainda, mas aceita a fatalidade do fenômeno da morte...
Igualmente, meu amigo, você diz que não vê e não pega o Mundo Espiritual, mas.....ele....existe...
Acorde para a verdade!
Acorde e viva!
Acorde e viva!
Como se impulsionado por estranha força, Vitalino despertou no corpo físico.
O ambiente pesava. Fazia-se o ar irrespirável. Algo sucedera de estranho...
Levantou-se estremunhado. Procurou o berço das duas crianças. Ambas desacordadas.
Aflito, abre maquinalmente a janela próxima e faz luz.
Somente aí descobre que a esposa, distraída, deixara aberta a torneira do gás.
A família salvara-se a tempo.
E, passado o perigo, tomou papel e lápis, escreveu todas as considerações que ouvira em sonho, e começou a meditar...

pelo Espírito Hilário Silva
(Do livro "A Vida Escreve", Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira)

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A visão Espírita de Adão e Eva

De acordo com o Gênesis (o primeiro livro bíblico), o mundo, os animais e o homem foram criados diretamente por Deus durante uma semana. Essa descrição é de 3 mil anos atrás, época em que o homem não tinha os conhecimentos científicos de hoje. Por isso, é óbvio que não podemos analisar a Bíblia em seu sentido literal, sob pena de cairmos na infantilidade como a de achar que Deus tenha moldado Adão da argila, soprando-lhe a vida, e que uma de suas costelas foi a matéria-prima para o nascimento de Eva.
Sabemos hoje que a vida apareceu há mais ou menos 3,5 bilhões de anos, portanto, um bilhão de anos após o início da formação da Terra. Afirma-se que ela (a vida) tenha surgido na água sob forma de seres minúsculos extremamente simples. Estes seres deram origem às células, depois às plantas e aos animais invertebrados que habitavam o mar. Mais tarde, do mar, a vida se fixou sobre a terra firme e depois no ar.

Os primeiros seres humanos, surgiram sobre a Terra há aproximadamente 3 milhões de anos. Parece muito, mas não é, se considerarmos que a vida no planeta tem mais de 3 bilhões de anos. Ao longo dos anos, os seres sofreram transformações sucessivas, dando origem a várias espécies. Esse processo chama-se Evolução. Portanto, a vida humana descende, por evolução, daqueles primeiros seres vivos microscópicos.

Mas diz também, a Bíblia, que Adão e Eva foram instalados no Jardim do Éden onde viveriam felizes para sempre. Não teriam dores, nem problemas ou dificuldades. Não experimentariam a velhice, a doença, a morte. Mas para que isso fosse possível, Adão e Eva "Não deveriam comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal". O fruto não é a maçã, já que esta não é citada no texto bíblico. Mas entenderam os estudiosos da idade média que ela simbolizava o sexo. ? Mas, por que, Adão e Eva não deveriam ter relações sexuais, já que possuíam órgãos sexuais conforme ocorre com todos os seres vivos? Por conta dessa extravagante interpretação, durante séculos a atividade sexual foi situada como algo sujo e pecaminoso. Agora, perguntemos: E se Adão e Eva não tivessem cometido o "Pecado", o planeta Terra até hoje estaria habitado apenas pelo casal? Como Adão e Eva poderiam cometer o "crime" da desobediência se: – Não sabiam discernir entre o bem e o mal, – Não tinham noção do que é certo ou errado, – Obedecer ou desobedecer, – Justo ou injusto? Se Deus, que é bom, não é capaz de perdoar "a desobediência do casal", como espera Ele que exercitemos o perdão ensinado por Jesus? Deus, então, errou, por ter criado dois seres rebeldes, desobedientes e curiosos? Sabemos que não.

Mas, de acordo com Emmanuel, no livro “A Caminho da Luz”, psicografado por Chico Xavier, encarnaram aqui na Terra, Espíritos que foram expulsos de um planeta do sistema de Capela, que fica na Constelação de Cocheiro, situado a 42 anos-luz de nosso planeta. Tais espíritos "perderam" o paraíso, ou seja, o planeta em que moravam, que era mais evoluído, para vir morar em nosso planeta na fase primitiva. Estes Espíritos deram origem à raça simbolizada na pessoa de Adão e, por essa razão mesma, chamada Raça Adâmica.

Muito adiante do homem terrestre em inteligência e cultura, eles promoveram notável surto de progresso em nosso planeta. Deles originaram-se: A civilização do Egito, O grupo dos Árias, O povo de Israel, As castas da Índia. Quando eles aqui chegaram, a Terra já estava povoada desde tempos antigos, como a América (pelos índios), quando aqui chegaram os europeus. Um exemplo é Caim, que após matar seu irmão Abel, saiu vagando pelo mundo, por ordem de Jeová, encontrando assim, a terra de Nod, a leste de Éden, onde conheceu sua esposa dando-nos a entender que havia mais pessoas habitando o paraíso. Mas lembremos que, assim como Adão e Eva, Caim e Abel também são figuras alegóricas, estes simbolizam a personalidade das criaturas.

E o barro citado na Bíblia? Na Bíblia diz: "Deus tomou um pouco de barro, deu-lhe forma humana, soprou-lhe as narinas e surgiu o primeiro homem." Há algo de real escondido na fantasia bíblica. Podemos situar o barro como símbolo dos elementos químicos usados por Deus para criar o Homem. O corpo humano foi constituído dos elementos materiais básicos deste planeta. E costela significa que a mulher é da mesma natureza do homem, não lhe é inferior, mas sua igual e o homem deve amá-la como parte de si mesmo. Lembremos que esta versão Adão e Eva foi contada por Moisés a um povo ignorante que não entenderia a história real. Assim como fazemos com nossas crianças sobre vários assuntos.

Pensemos: "Se até hoje muitos não entendem, imaginemos naquela época." Então, com a Raça Adâmica, aconteceu o mesmo que vem acontecendo com a população do nosso planeta Terra. Aqueles que persistirem na maldade, não reencarnarão mais na Terra (serão expulsos do paraíso), ou seja, não herdarão a Terra, como afirmou Jesus. Na medida em que retornarem ao Além (ao desencarnar), haverá a separação do joio e do trigo. Os Espíritos que persistirem no mal (os joios) encarnarão em planetas inferiores, onde haverá choro e ranger de dentes, porque enfrentarão limitações e dores que funcionarão como lições que ajudarão na eliminação das falhas morais que ainda fazem parte da sua personalidade, até que aprendam a serem mansos e pacíficos, para que suas atitudes sejam dignas de filhos de Deus. Os bons (os trigos) continuarão a reencarnar na Terra, que está deixando de ser um mundo de provas e expiações (onde habitam Espíritos ignorantes e maldosos) para ser um mundo de regeneração (onde habitarão Espíritos regenerados), para que o Reino de Deus (que é de amor, de caridade, de paz, de solidariedade, etc.) se instale na Terra.

Então, podemos concluir que, a Raça Adâmica, foi expulsa do "Paraíso", ou seja, de um planeta superior do sistema de Capela, estrela pertencente à Constelação de Cocheiro, para morar num planeta inferior (Terra), por não seguirem as leis divinas. Como disse Jesus, "Há muitas moradas na casa do Pai".

Esse estudo não tem a intensão de menosprezar a crença dos outros. Apenas mostra a visão espírita sobre Adão e Eva.

Fonte: Grupo de Estudo Allan Kardec.

Lembra-te

Analisando o conceito de superioridade na esfera carnal, quase sempre demoras, desavisado, no fácil julgamento dos companheiros em prova...
E observas o usuário infeliz, confinado às ganas da sovinice, entre a perturbação e a insensatez, acentuando os desvarios da posse, como se a vida pudesse esperar dele vantagens imediatas...
Recordas o condutor humano, atrabiliário e impulsivo, entre a ilusão e a loucura, nos cargos a que se junge, desesperado, à caça e o poder, como se pudesse, de improviso, recolher-lhe o concurso na edificação do progresso.
Reportas-te a legisladores e juízes, a generais e sacerdotes, a tiranos e senhores da convivência terrestre como se fossem super-homens, de cuja fulguração passageira o campo social devesse aguardar a consolidação dos valores eternos do espírito...
Em verdade, cada criatura responderá pelos compromissos que assume, à frente da Lei, e mordomos e apóstolos da evolução planetária serão constrangidos à prestação de contas dos bens que houveram usufruído para a melhoria e iluminação do mundo, no entanto, não olvides a superioridade espiritual com Cristo e nem te esqueças de que foste chamado por Jesus a partilhar-Lhe o Conhecimento Divino da paz e da justiça, e da tolerância fraterna.
Na orientação ou na subalternidade, na carência de recursos materiais, ou na abundância deles, na cultura menos compacta ou na exaltação dos recursos intelectuais, não desdenhes servir.
Com o Divino Mestre aprendemos que somente a altura do amor prevalece, na direção da Luz Imperecível.
Descera, assim, a própria alma ao entendimento cristão e caminhemos com o Senhor, aprendendo e auxiliando incessantemente.
Onde a ignorância ensombra o caminho, seja tua fé, viva e operante, um raio de luz que diminua a extensão das trevas...
Onde a miséria se agigante, multiplicando angústias e problemas, seja tua bondade a migalha de carinho e reconforto que atenue o sofrimento...
Lembra-te do Eterno Benfeitor na extrema renúncia e, em matéria de superioridade, não olvides, com o Evangelho, que o maior no Reino dos Céus será sempre aquele que se fizer o mais simples e mais diligente servidor na Terra.

Emmanuel - Francisco Cândido Xavier

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Saudade e Amor

Ante as lembranças queridas dos entes amados que te precederam , na grande Transformação, é natural  que tuas orações, em auxílio a eles, surjam orvalhadas  de lágrimas.
Entretanto, não permitas que a saudade se te faça desespero.
Recorda-os, efetuando por eles, o bem que desejariam fazer.
Imagina-lhes as mãos dentro das tuas oferece algum apoio aos necessitados; lembra-lhes a presença amiga e visita um doente, qual se lhes estivesses atendendo á determinada solicitação; distribui sorrisos e palavras de amor com os irmãos algemados a rudes provas, como se os visses falando por teus lábios e atravessarás os dias de tristeza ou de angústia com a luz da esperança no coração, caminhando, em rumo certo , para o reencontro feliz com todos eles, nas bênçãos de Jesus, em plena imortalidade.
                                                                                                                                            EMMANUEL